domingo, 8 de setembro de 2024
A Magia das Construções na Areia
Há artistas por todo o lado. De todas as idades e condições. Até nas praias ao sol e na nossa imaginação. Mesmo sabendo que logo mais tudo se esboroa.
Vi nos Portos de Portugal
Santuário de Schoenstatt na Gafanha da Nazaré
Um dia destes terei de visitar o Santuário de Schoenstatt situado na Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré. Acompanhei de perto a entrada do Movimento Apostólico de Schoenstatt na nossa freguesia e a construção da Capela e demais edifícios para os diversos grupos de reflexão e oração, rumo a uma sociedade mais fraterna.
A vida, contudo, orienta-nos para outras atividades, mas há sempre selos que não descolam. E por isso a visita impõem-se.
Depois darei nota da visita.
sábado, 7 de setembro de 2024
O Homem: questão para si mesmo 5. No rosto, o olhar
Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias
Um rosto é um milagre. Há hoje, no mundo, oito mil milhões. Nenhum igual a outro: cada rosto é único. Um rosto é a visita do infinito e a sua manifestação viva no finito. Que é um rosto senão alguém que se mostra na sua aparição?
Esse rosto concentra-se no olhar. Sim, o olhar. Não é dos olhos que se trata. O mistério é o olhar. Um dia terão perguntado a Hegel o que se manifesta e vê num olhar. E ele: “O abismo do mundo.”
Num olhar, o que há é alguém que vem à janela de si e nos visita. Também por isso, para tornar alguém anónimo, venda-se-lhe os olhos. Faz-se o mesmo a um condenado à morte, porque é intolerável o seu olhar. E, quando alguém morre, coloca-se-lhe um véu sobre o rosto: já está para Além...
Até para nós próprios, somos por vezes terrivelmente estranhos. Quem nunca se surpreendeu ao olhar para o seu próprio olhar no espelho? “Quem é esse ou isso que me vê, desde o abismo?”
Blogues disponíveis para consulta
Por razões relacionadas com o peso da minha idade, senti ter chegado a hora de evitar alguns esforços. São leis que ninguém pode esquecer. Nessa linha, decidi suspender três blogues (Memórias, Galafanha e Ponte da Cambeia), que permanecem, contudo, disponíveis para consultas.
Agradeço a quantos ao longo dos anos me leram, ajudaram e criticaram, levando-me à busca da perfeição possível.
Fernando Martins
sexta-feira, 6 de setembro de 2024
Capela de Nossa Senhora dos Navegantes
No dia 6 de Setembro de 1863 foi benzida, no sítio chamado Forte da Barra de Aveiro, a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, cuja construção terminara em fins de Maio.
In Campeão das Províncias, 12-9-1901; Litoral,19-10-1979 — J.
Do livro Calendário Histórico de Aveiro
quinta-feira, 5 de setembro de 2024
EFEMÉRIDES – Eduardo Ala Cerqueira
1909 – 5 de Setembro — Nasceu na freguesia da Vera Cruz Eduardo Ala Cerqueira, que dedicaria grande parte da sua vida ao estudo e divulgação da História Local.
1983 – 5 de Setembro — Faleceu nesta data Eduardo Ala Cerqueira, que escreveu inúmeros e valiosíssimos artigos, publicados em jornais e revistas, sobre as instituições, os monumentos, os vultos e tradições locais. Aveirense por nascimento e aveirógrafo por devoção, afirmou-se sempre como cultor dos valores do «aveirismo». (Correio do Vouga, 9-9-1983) — J.
Do livro "Calendário Histórico de Aveiro" de António Christo e João Gonçalves Gaspar.
terça-feira, 3 de setembro de 2024
O assunto de que não se pode falar
Uma mãe de família, um teólogo e uma freira entram numa sala para falar a um grupo de cardeais. Parece o início de uma anedota. Mas é antes a continuação de uma grande conversa sobre as mulheres na Igreja. No entanto, a conversa está condicionada à partida. Há um assunto de que não podem falar. Mas é precisamente esse o único assunto que é preciso discutir, refletir ou conversar.
A mãe de família, o teólogo, que é padre, e a freira são, respetivamente, Lucia Vantini (Verona, 1972), Luca Castiglioni (Legnano, 1981) e Linda Pocher (Udine, 1980). E a conversa que tiveram com o grupo de cardeais que auxilia o Papa na reforma da Igreja aconteceu no dia 4 de dezembro de 2023 e foi publicada em português (a parte das comunicações destes três) pelas edições Paulinas sob o título “Desmasculinizar a Igreja. Análise crítica dos «princípios» de Hans Urs von Balthasar”.
Jorge Pires Ferreira
NOTA: Pode ler todo o artigo na Agência Ecclesia
segunda-feira, 2 de setembro de 2024
Ruy Cinatti — Os nomes de Deus
Não serei capaz de entrar em minha casa
se não vencer
o medo na alma.
Mas tenho que entrar na minh'alma
para vencer o medo
que paira em casa.
Ruy Cinatti
(8 de Março 1915 — 12 de Outubro 1986)
Do livrinho "Os Nomes de Deus - Poemas inéditos"
sábado, 31 de agosto de 2024
O Homem: questão para si mesmo
Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias
Esta é a pergunta decisiva. De facto, se não somos livres, o que se chama dignidade humana pode ser uma convenção, mas não tem fundamento real.
Mas quem nunca foi assaltado pela pergunta: a minha vida teria podido ser diferente? Para sabê-lo cientificamente, seria preciso o que não é de modo nenhum possível: repetir a vida exactamente nas mesmas circunstâncias. Só assim se verificaria se as “escolhas” se repetiam nos mesmos termos ou não.
Não há dúvida de que a liberdade humana é condicionada. Mas ela existe ou é uma ilusão? Não pretendem agora neurocientistas dizer que, mediante dados da tomografia de emissão de positrões e da ressonância magnética nuclear funcional, se mostra que afinal as nossas decisões são dirigidas por processos neuronais inconscientes?
De qualquer modo, já em 2004, destacados neurocientistas também tornaram público um Manifesto sobre o presente e o futuro da investigação do cérebro - cito Hans Küng, no seu Der Anfang aller Dinge (O princípio de todas as coisas) -, revelando-se prudentes no que toca às “grandes perguntas”: “Como surgem a consciência e a vivência do eu? Como se entrelaçam a acção racional e a acção emocional? Que valor se deve conceder à ideia de ‘livre arbítrio’? Colocar já hoje as grandes perguntas das neurociências é legítimo, mas pensar que terão resposta nos próximos dez anos é muito pouco realista.” É preciso continuar as investigações, no sentido de perceber o nexo entre a mente e o cérebro. “Mas nenhum progresso terminará num triunfo do reducionismo neuronal. Mesmo que alguma vez chegássemos a explicar a totalidade dos processos neuronais subjacentes à simpatia que o ser humano pode sentir pelos seus congéneres, ao seu enamoramento e à sua responsabilidade moral, a autonomia da ‘perspectiva interna’ permaneceria intacta. Pois também uma fuga de Bach não perde nada do seu fascínio, quando se compreende com exactidão como está construída.”
segunda-feira, 26 de agosto de 2024
José Saramago -- "Venham enfim"
Venham enfim as altas alegrias,
As ardentes auroras, as noites calmas,
Venha a paz desejada, as harmonias,
E o resgate do fruto, e a flor das almas.
Que venham, meu amor, porque estes dias
São de morte cansada,
De raiva e agonias
E nada.
José Saramago
As ardentes auroras, as noites calmas,
Venha a paz desejada, as harmonias,
E o resgate do fruto, e a flor das almas.
Que venham, meu amor, porque estes dias
São de morte cansada,
De raiva e agonias
E nada.
José Saramago
In "Provavelmente Alegria"
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Propriedade agrícola dos nossos avós
Pe. Resende Sobre a propriedade agrícola diga-se que nos primeiros tempos do povoamento desta região ela era razoavelmente extensa. Porém, à...
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Já lá vão uns anos. Os primeiros passos para a sua construção estavam a ser dados. Passei por lá e registei o facto. As fotos retratam o qu...
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Maria, tu és na Terra O que os anjos no céu são Se tu morresses, Maria, Morria meu coração! In O amor na quadra popular por Fernando de C...