Mensagens

Mais uma televisão em Portugal

O Governo vai licenciar um espaço para mais uma televisão generalista. Sou adepto da concorrência, mas estou em crer que vem aí mais uma televisão igual às que temos. A concorrência, numa economia liberal, pode, em princípio, beneficiar o consumidor. No entanto, mais um canal, com fome de clientela, os telespectadores, pode descambar no banal, no pimba, nos programas que nada dizem, mas que atraem gente que gosta de escândalos, do crime de faca e alguidar, do artisticamente pobre. Infelizmente, o povo, quantas vezes mal preparado para escolher qualidade, que forme e informe com verdade, que divirta com elevação, pode ir atrás do que degrada. Mas pode ser que eu me engane e que uma nova televisão se queira impor pela cultura, pela diversão sadia, pela informação isenta e pela formação adequada para as actuais e futuras gerações. FM

Imagens da Ria

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Marina da Costa Nova Ponte de acesso às praias Pescador solitário Antes das chuvadas e dos ventos que aí estão, pude apreciar a serenidade da nossa Ria, sem ondas, sem perigos. Não será assim todos os dias, que o Inverno não perdoa. Em dias calmos, porém, a Ria é sempre um convite dirigido aos turistas que gostam do que é belo. E a todos nós, os que nunca se cansam de olhar para ela.

FLORES NOS CINZEIROS

Numa grande superfície, por onde passei, os habituais cinzeiros não estavam cheios de beatas, donde emanava um cheiro nauseabundo. Hoje, as flores naturais ocuparam o lugar da cinza dos cigarros queimados, oferecendo o seu agradável odor a quem passava. E não vi nenhum fumador nem ninguém a protestar. Afinal, os portugueses, quando é preciso, sabem acatar as leis justas e os conselhos oportunos. Num café, onde também entrei, confirmei o mesmo ambiente, livre de tabaco, podendo os clientes respirar o ar puro, tão benéfico à saúde. Os fumadores, contudo, não puseram de lado o cigarro. Alguns fumavam, tranquilamente, ao frio e ao vento, fora do café.

INCÓMODO DE PRECONCEITOS ANCESTRAIS

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A anunciada e confirmada conversão de Tony Blair ao catolicismo tem incomodado muita gente. Uns manifestam-se, directamente, sobre o a despropósito desta conversão. Outros, em surdina ou a pretender assobiar para o lado, não conseguem esconder o desconforto. E também não falta quem vá dizendo que, apesar de tudo, o número crescente dos ateus é mais significativo na Europa que uma conversão isolada e, segundo dizem, por meros motivos de família... Quem anda atento ao que se diz, escreve, mostra e publica, decerto se apercebeu, desde há tempos, do ribombar do trovão e dos rugidos que o pressagiavam. De repente, e sem que nada o fizesse esperar, os diários começaram a pedir entrevistas a gente pouco opu nada conhecida, os editores a publicar livros que, logo na capa, publicitam se publicitam a si próprios, falando de milhões (!) de exemplares vendidos, por se tratar de “um livro que está a abalar o mundo”. Os entrevistados e os autores podem ser pessoas famosas no campo científico. Alguns...

Palheiro de José Estêvão

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Um dia destes andei pela Costa Nova. Apreciei, como tantas vezes já tinha feito, o típico casario (que hei-de mostrar), a ria espraiada, com um ou outro pescador solitário, e pouca gente por ali. O frio não aconselhava muito o passeio. Mas ainda pude ver o célebre Palheiro de José Estêvão, com o conhecido registo da passagem do grande Eça pela Costa Nova, que decerto bem conhecia, desde que viveu com o avô paterno em Verdemilho.

Santos fora das escolas?

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Em nome de uma sociedade laica, como é politicamente correcto dizer-se agora, de quando em vez vêm à baila uns ataques camuflados à religião, seja ela qual for. O Correio da Manhã lembra hoje que as Escolas não superiores podem optar por um patrono, mas recomenda que não se opte por Santos. Diz aquele diário que são instruções do ministério da Educação. Eu fui educado a admirar, sobretudo, os sábios, os santos e os artistas. Por razões óbvias: os sábios contribuem, com os seus estudos e genialidades, para o progresso das ciências, melhorando a qualidade de vida das pessoas; os santos dão-nos o exemplo do amor a Deus, da caridade, do respeito pelos outros, da entrega sem limites à causa do bem, da verdade e da justiça; e os artistas contribuem, com múltiplas expressões, para um mundo mais belo. Se agora se marginalizarem os santos, que são sinais evidentes da nossa identidade, o que virá a seguir? Que os pais não possam baptizar os filhos, dando-lhes nomes de santos? Que as autarquias r...

ESTADO: ENTIDADE SEM ALMA

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O Estado, como já aqui tenho dito tantas vezes, é uma entidade cega e sem alma. Penso que ninguém ficará zangado por eu sublinhar esta realidade. Em nome dos objectivos que define, corta a direito, sem olhar às pessoas, para quem o Estado, afinal, vive. E não o contrário, como muitos julgam. Aí está, na rua, a contestação do povo, por causa do encerramento dos SAP (Serviços de Atendimento Permanente). Quando tanto se prega a valorização dos serviços de proximidade, que dão tranquilidade às pessoas, o Estado pensa unicamente nos custos económicos e na necessidade de redução da dívida pública, a todo o custo, esquecendo-se, como um dia disse o Presidente Jorge Sampaio, que “há vida para além do défice”. Mas há mais: Quando, neste País, o Estado não tinha capacidade nem hipótese de responder a muitas questões sociais, foi o povo, em muitos casos liderado pela Igreja Católica, quem se mexeu para criar instituições que ajudassem as famílias. Daí nasceram as instituições sociais, com as suas...

Mensagem do Bispo de Aveiro para o Dia Mundial da Paz

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"Andamos todos tão preocupados com a paz! E esquecemos tão facilmente que a família é o seu habitat natural, a sua escola permanente, o seu ambiente propício, o seu fundamento necessário. Pretender promover a paz e o progresso e desamparar a família humana é um contra-senso e um paradoxo. A sociedade civil e o Estado não podem esquecer esta realidade nem menosprezar o esforço da Igreja no serviço da família nas suas mais diversas vertentes e concretamente como educadora da paz das consciências, da harmonia dos esposos, do encontro de gerações, da comunhão entre pais e filhos e do equilíbrio social. Valorizemos a família humana, nos seus princípios essenciais, nos seus fundamentos indestrutíveis, nos seus valores cristãos e construiremos a paz no coração humano e na comunidade humana ." : Ler a Mensagem em Ecclesia

DIA MUNDIAL DA PAZ

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PAZ Paz de lareira acesa. A vida sem horário E os dias aquecidos. Dias acontecidos Num outro calendário. Hibernação da alma No corpo aconchegado. Nenhum grito dorido A bater ao ferrolho adormecido Do sossego acordado. Tréguas em toda a frente De batalha. O coração contente Porque ninguém lhe ralha De pulsar calmamente. Miguel Torga In “Poesia Completa”

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 58

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Caríssima/o: Ao espalmar a primeira folha de 2008, fica bem assomar à janela da vida e espreitar para, como se faz ao lume, espevitar a fogueira e reencontrar desafios que fomos pondo à margem. 1. Quero, contudo, que a primeira palavra, seja para o Professor Fernando; não para o parabenizar – ele faz o que gosta - mas para o encorajar (e se for preciso empurrar) a que continue este seu blogue com renovado fulgor. E, já agora, fica também a minha gratidão pelo espaço que me faculta. Que pena tenho de o não utilizar como mereceria! 2. De entre os muitos desafios que aguardam na prateleira, saltou, quase sem lhe dar autorização, o “que nos leva à Escola”! E como já disse alguém: “É sempre bom regressar à Escola!” Foi uma cândida menina-senhora que um dia me interpelou nesse sentido. Mas do muito que me indiciou apenas rabiscarei sobre a escola/ensino na Gafanha de há 60 anos. 3. Dedico estes apontamentos a meus Pais – que, não sabendo ler nem escrever, sempre se esforçaram por dar os filh...

BOM ANO DE 2008

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Que o novo ano nos traga a alegria de viver com a esperança de largos horizontes, que nos façam sentir a beleza do bem, do bom e do belo. Bom ano de 2008, com votos de boas festas. Fernando Martins