domingo, 21 de julho de 2013

Os gafanhões vistos por outros — 4



As mulheres da Gafanha merecem um estudo profundo sobre o seu papel na construção das povoações e das comunidades desta região banhada pela Ria de Aveiro. É certo que alguns estudiosos e escritores de renome já se debruçaram sobre elas, cantando loas à sua coragem, mas também ao seu esforço, desde sempre indispensáveis na luta de transformação de areias improdutivas em solo ubérrimo.
Há décadas, e é sobre essas mulheres que nos debruçamos, elas eram as mães solícitas e amorosas dos filhos, mas também os “pais” que garantiam o sustento da casa, enquanto os maridos se aventuravam nas ondas do mar ou tentavam a emigração, na busca de mais algum dinheiro que escasseava em terra. 
Em jeito de desafio a quantos podem e devem, pelos seus estudos e graus académicos, retratar as nossas avós, com rigor histórico, estético, poético e antropológico, já que, aqui, não há lugar nem tempo para isso, apenas indicamos algumas pistas, que há mais de 60 anos nos foram oferecidas por Maria Lamas, na célebre obra “As mulheres do meu país”.


sábado, 20 de julho de 2013

As paixões de Lee Gallagher

Lee Gallagher
Lee Gallagher é capitão do Brasilia Fishing Charters. É natural do Reino Unido e vive nos Açores, onde é pescador e ilustrador de temas marinhos. Veio em 1987 de Inglaterra com destino aos Açores, para seguir a sua paixão de viver uma experiência de "pesca em mar aberto". Isto pude ler na revista NAU XXI, número 2, deste mês de julho, que sublinha, entre outros temas, que o "Peixe português é bom, muito bom...", em trabalho de Alexandra Prado Coelho. 
Voltando ao pescador ilustrador, que optou pelos Açores há 25 anos, ele confessou à revista a razão por que gosta do mar açoriano: "A biodiversidade marinha, o contacto com a natureza, a possibilidade de trabalhar nas suas duas grandes paixões e a vida rústica que tem oportunidade de viver.

Nota: Voltarei à revista para referir outra paixão pelo nosso país.

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Torreira: Tenda de Deus


Somos uma Diocese situada à beira mar, com zonas balneares de referência. Aveiro atrai todos os anos muitos veraneantes amigos vindos de longe. Queremos acolhê-los bem. Como é bom, muito bom mesmo, termos tanta gente que gosta da nossa terra, aqui encontra paz e procura descanso e se sente bem recebida e integrada nas nossas comunidades, sempre que aqui chega!


Novos olhos


«A verdadeira viagem de descobrimento 
não consiste em procurar novas paisagens,
 e sim em ter novos olhos.» 

Marcel Proust  (1871 – 1922) 

NOTA: Agora, mais do que nunca, todos precisamos de novos olhos ou novos olhares para enfrentar a crise que nos massacra o corpo e a alma. Com os erros, podemos sempre aprender, para não cairmos em precipícios que podem ser fatais. Com a indefinição, incompetência, luta cega  pelo poder, ambições pessoais, egoísmos ferozes e demagogias baratas ao nível político, social e económico temos mesmo de repensar as nossas opções partidárias. Com esta gente, não vamos a lado nenhum.

Falsos ricos

Desabafos de um habitante do Absurdistão

Anselmo Borges


«Há um verbo latino muito rico: mederi. É importante, porque dá origem a três palavras fundamentais para a nossa necessidade mais urgente: meditação, medicina, moderação. Precisamos de parar e meditar e viver mais moderadamente (todos, não apenas os pobres). Quanto à medicina, ninguém conhece exactamente o remédio, mas ele passa também pela convocação de representantes das forças mais dinâmicas e estruturantes do país - Universidade, partidos, patronato, sindicatos, média, Igreja -, no sentido de um estudo que comunique, sem mentira, a situação real do país, e de um consenso mínimo quanto ao essencial, para salvar o futuro de um país que caminha para o precipício.»

Anselmo Borges

Dia do Amigo: 20 de Julho


Com dedicação, gratidão e devoção... 
aos meus amigos do peito!





AMIGO...

Com o coração escuta...
A minha história
A minha luta!
A minha glória
O meu fracasso...
Tudo o que faço...
As lágrimas seca,
Com amor... e não peca!
Dá o seu ombro suave
Macio e acolhedor...
Refrigera a dor
Adivinha uma angústia
Vive os meus sucessos
E aceita os retrocessos.
Discorda de mim...
Cheira a rosas e a jasmim...
É o meu perfume!
Reacende-me o lume
Apagado, da paixão!
É certeza, na ilusão
Protege-me do perigo!
É no fundo do meu ser
O que mais desejo ter:
O meu porto de abrigo!


M.ª Donzília Almeida

20.07.2013

Saber acolher


RECEBER JESUS EM SUA CASA

«Saber acolher como Abraão que interrompe o seu descanso e se põe ao serviço de desconhecidos, prestando-lhes generosamente os cuidados usuais. Como Marta, a incansável dona de casa, que se esmera na prática das regras da boa hospitalidade. Como Maria, a ouvinte dócil e atenta, que se senta aos pés de Jesus qual discípula fiel. O acolhimento é fonte de enriquecimento mútuo. Como recorda o Papa Francisco na sua recente encíclica: “A fé ensina-nos a ver que, em cada homem, há uma bênção para mim, que a luz do rosto de Deus me ilumina através do rosto do irmão (LF 42).»

Georgino Rocha

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Mandela: Um Gigante Moral

Mandela faz hoje 95 anos

«O objetivo da liberdade é criá-la para os outros.»

Mandela 


Nelson Mandela

«Nem profeta nem revolucionário, Nelson Mandela mostrou-se um homem fora do comum, um imenso líder político e um gigante moral.
Pelos seus princípios. Pelo seu sacrifício. Pela sua humanidade. Pela sua determinação. Pela sua coragem. Pela sua visão. Pela sua força para perdoar e reconciliar. Um homem íntegro. O combate de Nelson Mandela levou ao triunfo da justiça e da dignidade do homem. E quase sempre com Mandela a aparecer com um sorriso carinhoso.»

Li aqui 

Europa sem horizontes novos


Cristãos à escala universal?



"Numa Europa politicamente baralhada, eticamente empobrecida, incapaz de horizontes novos, o mundo voltou a olhar para Roma, dada a esperança que daí parece vir a favor dos direitos humanos fundamentais, da dignificação e humanização das relações pessoais e sociais, da colaboração séria em prol da verdade, da justiça e da paz."

António Marcelino

quarta-feira, 17 de julho de 2013

"Olhos sobre o Mar"

CONCURSO DE FOTOGRAFIA


​«O Executivo Municipal ratificou a decisão do Júri do X Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar” em relação à atribuição dos Prémios. Nesta edição participaram 134 fotógrafos de todo o País, com um total de 631 trabalhos relacionados com o Mar, tornando-se a edição mais participada de sempre.
​A entrega dos prémios decorrerá no dia 23 de agosto no Navio Museu Santo André, local onde ficarão expostos os 50 melhores trabalhos durante o mês de agosto, integrados no programa do “Mar Agosto 2013 – Festas do Município de Ílhavo”.»

Fonte: CMI

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Medo


«À medida que nos libertamos do nosso próprio medo 
a nossa presença liberta automaticamente outros.» 

Nelson Mandela (°1918)

O PIQUENIQUE

Piquenique nas Abadias

Já lá vão os tempos em que fazíamos piqueniques. Filhos pequenos, cada um com o seu saco e pai e mãe com o resto dos apetrechos, os mais pesados. Mesa articulada montada, com cuidado, tachos, pratos e demais utensílios em cima, e toca a comer que o apetite era muito por causa dos ares dos pinheiros das matas da Torreia, S. Jacinto, Gafanha e Vagueira, entre outras, que o campismo proporcionava.
O que nos irritava eram os mosquitos esfomeados, que não nos perdoavam e nem sequer respeitavam os repelentes. Depois, em dias de nortada, o pó invadia tudo, ao ponto de nos obrigar a procurar refúgios, nem sempre fáceis de encontrar. Cansámo-nos. Mas de vez em quando ainda tenho saudades desses tempos.

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Figueira da Foz - Ponte nas Abadias

Pontes na vida



A ponte sobre o Ribeiro das Abadias, em pleno parque do mesmo nome, serve muita gente, apesar de ser pequena. Sobretudo os que fazem, com regularidade, os seus exercícios de manutenção.
As pontes são sempre úteis, especialmente para aproximar pessoas e comunidades desavindas. Sem pontes, não físicas mas de comunicação, o diálogo raramente se estabelece ou restabelece, tornando muito difícil o entendimento e o benefício da proximidade. Haja pontes entre as pessoas, tanto mais que temos, como nação, grandes desafios a vencer, são os meus votos.

Treino para férias


FIGUEIRA DA FOZ
Farol da Serra da Boa Viagem
Um dia de férias na Figueira a Foz para ensaio, que férias a valer só mais tarde. Nem sei quando.
A agitação doutros tempos anda fugidia. Compreende-se. Já lá vai o tempo em que a Figueira da Foz pontificava no turismo balnear, com a alta burguesia a marcar presença e a impor o ritmo social. Agora a praia democratizou-se sem ser preciso pedir licença a ninguém.
Hoje vi pouca gente, mas pode ser que em agosto as ruas, areais, esplanadas, cafés e bares, restaurantes e hotéis, espaços verdes e sombras venham a encher-se. Eu gostaria imenso, porque sem gente a Figueira fica mais triste.


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terça-feira, 16 de julho de 2013

Hortas


As hortas estão de regresso. As hortas têm de estar de regresso. Por prazer e por amor à natureza e ao gosto pela agricultura. Ainda  por causa das crises, que essas não perdoam e não têm compaixão por quem passa necessidades. As hortas são, na nossa região e noutras, um complemento para as receitas de qualquer família. Sobretudo de famílias onde entra pouco dinheiro. As hortas, que o arquiteto Ribeiro Teles defende há muito, como fundamentais na paisagem, estão a surgir também nas cidades. Esta encontrei-a na cidade do Porto, a capital do trabalho. 

Coragem


"Sucesso não é o final, falhar não é fatal: 
é a coragem para continuar que conta." 

Winston Churchill (1874 - 1965)


Fátima ajuda famílias

Publicado na Ecclesia 




Santuário propõe semana de férias 
para famílias com filhos 
portadores de deficiência

O Santuário de Fátima vai promover durante todo o mês de Agosto e início de Setembro um campo de férias gratuito para famílias com crianças, jovens e adultos portadores de deficiência.
O projeto solidário, que começou há sete anos com o objetivo de ajudar pais e mães que se dedicam a 100 por cento aos seus filhos, dando-lhes a oportunidade de “descansar durante uma semana”, transformou-se progressivamente numa iniciativa familiar, realça o reitor do Santuário, em entrevista concedida à Agência ECCLESIA.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

domingo, 14 de julho de 2013

Maria Virgínia e Manuel Olívio

50 anos de matrimónio

Olívio e Virgìnia


Há aniversários que merecem ser celebrados de forma muito especial. Não por se tratar de alguém que estimamos, mas sobretudo pelo exemplo demonstrado ao longo da vida na família e na sociedade, de amor e de responsabilidade comunitária e eclesial. Refiro-me concretamente a um casal amigo,  Maria Virgínia e Manuel Olívio Rocha, ela do Monte, Murtosa, e ele da Gafanha da Nazaré, que ontem, 13 de julho, comemorou 50 anos de matrimónio, com os seus filhos e netos, a que se associaram familiares e amigos.
Conheço este casal desde o tempo em que ambos eram jovens, solteiros e militantes da Ação Católica, tal como eu. Depois o amor, sorrateiramente, brotou nas suas vidas e continuou em crescendo, projetando-se nos filhos e netos, mas também nos amigos que a Virgínia e o Olívio souberam preservar e multiplicar.
Nos dias conturbados em que nos situamos, não será fácil viver um matrimónio tão duradoiro e capaz de testemunhar o amor com tanta serenidade. A sociedade, caracterizada pela competição desenfreada e a qualquer preço, repudiando, com que frequência!, a ética, o amor e a solidariedade, numa clara demonstração da prevalência do egoísmo entre os homens e mulheres deste século das altas tecnologias, das ciências e do mundo do ciberespaço, não tem sabido educar para  amores e casamentos duradoiros, com raízes que alicercem futuros mais fraternos e mais cristãos. Felizmente,  tal não aconteceu neste casal constituído por amor há 50 anos e noutros de formação semelhante, os quais bem podem servir de modelo a quem estiver interessado em aprender, estimulando-se nos seus testemunhos de compreensão, de tolerância, de respeito e de aceitação dos outros, tal como são, e no amor aberto à doação plena.
Daqui, deste meu recanto, saúdo os meus amigos Virgínia e Olivio, com votos sinceros de muita paz, alegria e amor, na companhia de filhos e netos, e também dos amigos que souberem manter nos seus corações.

Fernando Martins


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Gafanhões vistos por outros — 3


Joaquim Matias define o gafanhão deste modo:

«um homem persistente em seu querer, teimoso no trabalho, inquebrantável na fé de vencer. E há-de haver um dia, por justiça imanente da vida, cinzel ou caneta de homem de génio que materialize em forma artística a epopeia sublime desse camponês que ninguém conhece, quando ele é maior ainda do que o guerreiro da reconquista e o marinheiro das descobertas».

E mais adiante:

«O Gafanhão pretendeu apenas bastar-se, arrancar alimentos da areia, ser útil. Não tem consciência da epopeia magnífica erguida em três gerações, com suor e enxadadas, à sombra da proa recurvada dos seus moliceiros. Mas nem por isso é menor o seu mérito. Nem por isso a sua Gafanha, a Gafanha que ele fez sozinho, contra tudo e contra todos — nem por isso a sua Gafanha deixa de ser um triunfo monumental que aí temos a atestar ao País e ao Mundo que o braço do Homem continua sendo a grande alavanca da Criação, e que em boa verdade vence quem teima, porque “a fé revolve montanhas”.»

"Arquivo do Distrito de Aveiro", n.º36, 1943

sábado, 13 de julho de 2013

Nadadores Salvadores

Praias da Costa Nova e da Barra mais seguras



«A Associação 'ResgatÍlhavo' que, neste Verão, coordena pela primeira vez os nadadores salvadores presentes diariamente nas praias de Ílhavo, trabalha com 21 'activos' que desenvolvem actividade preventiva e de salvamento.
André Baroet lidera a Associação e integra a equipa que coordena toda a actividade. "Desenvolvemos actividade na Costa Nova e na Barra. O nosso orçamento financeiro 'cobre' dois projectos integrados. Os custos são garantidos pela Associação de Concessionários da Beira Litoral, por concessionários individuais e por dinheiros da Câmara de Ílhavo e Porto de Aveiro", disse, em entrevista à Terra Nova.
"O nosso projecto que abrange as praias da Barra e Costa Nova permitiu diminuir o número de nadadores salvadores em termos comparativos com outros anos. Temos só um nadador por cada concessionário. Assim conseguimos reduzir os custos", adiantando que "não temos problemas. Temos mais meios, em termos materiais, rádios, telemóveis, viaturas", disse.»

A Luz da Fé

A última encíclica de Bento XVI



«A fé tem o seu fundamento na experiência crente de Jesus, naquela sua experiência avassaladoramente felicitante de Deus enquanto Abbá (querido paizinho). Acreditou, entregando a sua vida até à morte a esse Deus-Amor e ao seu Reino de vida digna para todos. Os cristãos acreditam como ele e nele, que está vivo em Deus, o Deus da Vida. E procuram agir como ele, levando avante, na confiança e no combate pela vida, o Reino do Deus da vida para todos.»

Anselmo Borges


Faz-te voluntário



VAI E FAZ O MESMO


«Vai e faz o mesmo porque o amor de Deus envolve necessariamente aqueles que Deus ama, sem distinção de género ou de raça; percorre os seus caminhos de aproximação e serviço; reveste os seus sentimentos de ternura e misericórdia; faz-te voluntário e envolve-te em todas as causas dignas da condição humana; doa-te, por inteiro, com os teus bens, o teu tempo, as tuas capacidades de relação e influência.»

Georgino Rocha

“A quem muda, Deus ajuda!”


Dia do Agricultor - 13-07


"A agricultura aqui (em Portugal) 
é a arte de assistir impassível 
ao trabalho da natureza."

Eça de  Queirós 


«Mudar é próprio das pessoas inteligentes! E... lá diz o povo: “A quem muda, Deus ajuda!”
A vida ao ar livre descongestiona o cérebro e permite o recarregar de baterias, sem a incómoda e onerosa deslocação ao ginásio. Deambular à sombra retemperadora dos pinheiros, regar uns pés de alface, couve galega, pepinos ou pimentos e contemplar os tomates a avolumar-se sob o olhar lascivo das curgetes...é um exercício que retempera a alma e promove a saúde física e mental, “Mens sana in corpore sano!” 
A sinfonia em “lá maior”, ali... no bosque ou na horta, orquestrada pelo canto sensual das rolinhas, dos melros e de outras espécies ornitológicas, convida ao sonho, à evasão dum mundo marcado pelo ritmo alucinante da vida moderna. 
Com o astro-rei a abençoar e fazer medrar todas as sementes de vida lançadas, neste ventre enorme que é a terra, temos uma réstia de paraíso... ao nosso alcance.»

M.ª Donzília Almeida

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Ílhavo: Semana Jovem no município


«A Câmara Municipal de Ílhavo organiza de 12 a 19 de julho mais uma edição da Semana Jovem. Este evento, já com larga tradição no Município, permitirá aos Jovens de todas as idades a participação num conjunto vasto de atividades, que preencherão por completo os dias previstos para a realização da Semana.

Na edição 2013 da Semana Jovem há a salientar, como tem acontecido nos últimos anos, a colaboração ativa e empenhada de diversas Associações e de mais de duas dezenas de Jovens Voluntários que aceitaram este desafio, consolidando desta forma a opção de uma Semana Jovem “de e para os Jovens”.

Das iniciativas propostas merecem especial destaque os sempre concorridos concertos (Luisa Sobral, Mind da Gap, Manilla, Motim e Kapittal), as restantes atividades noturnas, como é o caso da noite de cinema com o filme “Sangue Quente” no Centro Cultural de Ílhavo, e das noites animadas pelas nossas Associações com “Karaoke Jovem”, “Sarau 20 Anos” e “Noite dos Anos 60,70,80”. Durante a semana decorrerão diversas atividades de índole desportiva, como é o caso do futsal, street basket 3x3, ténis, minigolfe, futebol de praia, ténis de mesa, canoagem (passeios diurnos e noturnos), surf, bodyboard, matraquilhos, pesca desportiva, peddy paper e voleibol de praia.»

Ver mais aqui e Programa 

Farisaísmo na sociedade


Conversão da linguagem 
à verdade e à simplicidade

«A sociedade hoje iguala facilmente as pessoas, mas mantém o farisaísmo no modo de as tratar publicamente, pensando talvez que a importância das mesmas lhes vem dos superlativos que se lhes atiram para cima. Há um velho ditado que diz: “Excelência em Portugal, monsenhor em Itália e dom em Espanha não valem uma castanha.” A verdade, porém, é que todos estes epítetos, que significam bem pouco, continuam a engalanar os que gostam e se sentem lisonjeados com tal tratamento.»

 António Marcelino

Vaticano sem prisão prepétua




«O Papa assinou esta quinta-feira o decreto que reforma o Código Penal do Vaticano. São introduzidas penas duras para os membros da Igreja Católica que cometam crimes sexuais (pedofilia e prostituição com menores) e financeiros (lavagem de dinheiro e corrupção generalizada).
O decreto papal, que se chama Moto Proprio, terá como primeira consequência a aplicação de uma política de tolerância zero para com a pedofilia, que descredibilizou a Igreja Católica nos últimos anos.
São definidos os crimes cometidos contra menores, entre eles a venda, a prostituição, o recrutamento, a violência sexual, a pornografia infantil, a posse de material pornográfico com menores e os actos sexuais com menores.
"As leis adoptadas são a adequação das normas jurídicas vaticanas de Bento XVI", explicou o presidente do Tribunal do Vaticano, Giuseppe Della Torre (que apresentou esta reforma com o director da sala de imprensa, o padre Federico Lombardi). Em Abril, o Papa Francisco pedira que se agisse com "determinação" contra os crimes sexuais cometidos por membros do clero. Foi a primeira vez que o Papa falou publicamento do tema, menos de um mês depois de ter sido eleito, a 13 de Março, após a renúncia de Bento XVI.»

Li no PÚBLICO, ler mais na Ecclesia


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Oração numa noite de verão


“ Um dia vou rezar à noite… Hoje é o dia”


Zona da Bruxa


Oração numa noite de verão

O calor do verão leva-nos a procurar a brisa do mar, a proximidade da água, a sombra das árvores ou a altura das montanhas. E tudo isso dá mais conforto ao corpo e mais sentido e horizonte à vida.
O verão traz-nos também oportunidades de alimentar a alma e de saciar o espírito. E isso só a oração o consegue fazer. Rezar em noite de verão significa procurar Deus desde o alvorecer da manhã, acolher a ternura de Deus na tranquilidade da tarde, encontrar o Senhor Jesus no silêncio da noite e ouvir a voz do Mestre que fala aos discípulos à beira do Lago. Sabemos todos como é bom rezar no silêncio e a sós com Deus. Mas sabemos igualmente como é necessário reunir e rezar com todos quantos procuram Deus de coração sincero.
Nos caminhos de vida e de fé que a Missão Jubilar nos propõe tem todo o sentido valorizar as noites de verão como tempo abençoado de silêncio dado à oração e espaço necessário de encontro de pessoas que se juntam para rezar.
Assim está pensado o próximo dia 11 de Julho. Não é o único dia ao longo do verão em que nos congregamos para a oração, mas é um sinal pedagógico e um dia significativo em que nos queremos reunir, à mesma hora, num espaço público, em cada um dos arciprestados da nossa diocese para rezar: “Um dia vou rezar à noite…Hoje é o dia!”
Saboreemos esta experiência espiritual que nos vai ajudar a perceber o valor de sermos Igreja de Aveiro e de nos sabermos unidos em nome do Senhor para rezar. Ele está no meio de nós. A oração é a alma da vida cristã e da Igreja viva, dinâmica, evangelizadora e missionária que queremos ser.
Valorizemos esta oportunidade para vivermos com a criatividade que o tempo de verão nos proporciona e a que a Missão Jubilar nos convida estes momentos densos de fé e intensos de oração.
Não fazemos férias de Deus nem a Igreja está em férias. Aproveitamos, isso sim, o verão e as férias para nos reunirmos com tempo e com disponibilidade para rezar.

Da Mensagem de D. António Francisco


Museu de Aveiro

Um dos dez melhores de Portugal


«O Tripadvisor, um dos maiores sites de viagens do mundo, acaba de divulgar na sua "Traveller's choice 2013", a lista dos 10 melhores museus de Portugal. Nesta lista, apurada a partir dos comentários e impressões deixadas pelos “viajantes”, bem como informação diversa divulgada ao longo do ano, o Museu de Aveiro consta em oitavo lugar, numa selecção dos 10 mais votados.»

Li no Diário de Aveiro

Ver mais aqui

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terça-feira, 9 de julho de 2013

Santo António da Coutada



As festas em honra de Santo António da Coutada vão realizar-se nos próximos dias 20, 21 e 22 de julho naquele lugar de S. Salvador de Ílhavo, conforme me informou Jorge Saraiva, que faz parte de mordomia que tem por juiz António Simões. 
Jorge Saraiva, da Oficina da Formiga, que conheço há anos, teve o cuidado de me enviar notas dos preparativos da festa, que reputo de muito interessantes e até originais, fundamentalmente pelos encontros que proporcionaram entre os moradores. 
Sublinha Jorge Saraiva que a equipa organizadora, constituída por nove pessoas, conseguiu promover iniciativas, tendo em vista um orçamento correspondente a «metade do valor do ano passado». Atentos à crise, naturalmente.

Convívio


Petiscos
Refere o leitor do meu blogue que a angariação dos respetivos fundos não passou por bater à porta das pessoas para lhes pedir dinheiro, mas tão-só para visitá-las nas suas casas, fotografando-as, o que suscitou considerações oportunas dos idosos: «Então nem os meus filhos me vêm visitar e vocês até me vêm tirar uma fotografia?» … «nunca ninguém me tirou uma fotografia!»
Dignas de registo foram as ações de convívio que se seguiram, nomeadamente, magusto, sardinhada, caminhada com chanfanada à moda da Coutada (receita antiga), animação musical com o envolvimento dos jovens valores do lugar e até aulas de ginástica, informa Jorge Saraiva.
Esclarece que «a própria divulgação das atividades também foi feita porta-a-porta» e que foi entregue em cada casa o programa da festa. «Tem sido cansativo, mas gratificante a aproximação às pessoas da rua», explicou Jorge Saraiva.

Chanfana 

Ginástica para todos

O leitor do meu blogue adiantou, por fim, que estão «apostados em fazer um bom trabalho com custos reduzidos e até agora temos conseguido superar-nos. Os dias da festa estão à porta e está tudo planeado para manter e valorizar a tradição de uma procissão religiosa condigna do passado e do presente».

««««««««««««««

NOTA: Este exemplo do Jorge Saraiva pode muito bem ser seguido por outros leitores, estejam eles onde estiverem. O valor da partilha de vivências é extremamente saudável. Fico à espera... 

Liberdade

"A liberdade é como o ar: se o ar é imperfeito, você sofre; se o ar é insuficiente, sufoca; se falta ar, morre”.

Luigi Sturzo (1871 - 1959)


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Festa da Vista Alegre


Terminaram ontem as Festas da Vista Alegre. Para o ano que vem há mais. Fui lá não tanto pela festa, que não sou muito festeiro, mas para sair de casa, apesar do calor e ar abafados que mal nos deixavam respirar. Entrei na igreja dedicada a Nossa Senhora da Penha da França, que preserva o túmulo artístico do Bispo D. Manuel de Moura Manuel, e regressei ao largo onde barracas de doces, comes e bebes e refrescos aguardavam a chegada do povo da região que ali vem decerto para descontrair das agruras provocadas pela política e não só.
Os meus olhares deambulavam pelos edifícios da famosa fábrica que leva a diversos cantos do mundo as artes ali iniciadas e projetadas pelo seu fundador, José Ferreira Pinto Basto. O museu que nos dá conta do passado que chegou até nós, as lojas para quem pode comprar sem dificuldades e para quem tem de se limitar a pouco e barato, as cores e traça do edifício, o busto do fundador que ficou para a posteridade e as árvores que oferecem alguma frescura em tempo de canícula, tudo contemplei sem preocupações de maior.
Depois, uma boa água fresquinha na improvisada esplanada. Umas boas duas horas na Vista Alegre. 

Ver: Vista Alegre

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Chorar os mortos que ninguém chora

Papa Francisco em Lampedusa




"O Papa que colocou os pobres no centro da sua missão visitou nesta segunda-feira a ilha que serve de porto de abrigo a milhares de imigrantes. Pediu um "despertar das consciências" para combater a "globalização da indiferença"."

Li no PÚBLICO


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Cemitério da Gafanha da Nazaré

25 de julho de 1921

Cemitério Paroquial

Cemitério da Gafanha da Nazaré
O Cemitério Paroquial, assim designado na altura da sua construção, foi benzido no dia 25 de julho de 1921. 
Avançando com um pouco de história, lembramos que foi sucessivamente acrescentado em 28 de dezembro de 1933 e em abril de 1939, conforme se lê na “Monografia da Gafanha” do Padre João Vieira Resende. Em 16 de julho de 1938, a Câmara pagou 1150 escudos pela planta do cemitério da Gafanha da Nazaré, certamente para legalizar as diversas alterações entretanto feitas. 
Com a sua inauguração, os falecidos na Gafanha da Nazaré deixaram de ser sepultados no cemitério de Ílhavo, acabando o sacrifício que isso representava, tanto na altura dos óbitos como nos dias de Todos os Santos [1 de novembro] e Fiéis Defuntos [2 de novembro].

Paciência

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO de ontem





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domingo, 7 de julho de 2013

Folclore na Gafanha da Nazaré

XXX Festival Nacional de Folclore 
da Gafanha da Nazaré

Cristina Reis entrega lembranças ao rancho de Minjoelho

Realizou-se ontem, com organização do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, o XXX Festival Nacional de Folclore, com a participação de grupos de cinco regiões do país, nomeadamente, Gafanha da Nazaré, Coruche, Santo Tirso, Soalhães (Marco de Canaveses) e Minjoelho (Tomar). Cinco regiões, correspondentes a outras tantas culturas etnográficas, sendo, por isso, um bom desafio à formação de quem aprecia e se interesse por esta área do saber e do viver.
Depois da visita à Casa Gafanhoa, espaço museológico integrado no Museu Marítimo de Ílhavo, mas da responsabilidade do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, teve lugar o jantar na Escola Preparatória da nossa cidade, seguindo-se o desfile e a exibição dos grupos e ranchos convidados, no Jardim 31 de Agosto,


Vereador da CMI entrega lembranças ao grupo anfitrião

Na cerimónia de abertura na Casa Gafanhoa, que incluiu palavras de boas-vindas do presidente Alfredo Ferreira da Silva, e do convite do presidente da Junta, Manuel Serra, dirigido a quantos vieram pela primeira vez à nossa terra, para que nos visitem com mais frequência, a representante da Federação do Folclore Português, Cristina Reis, frisou que um Festival de Folclore «é uma festa e um momento de cultura», ao mesmo tempo que proporciona «um encontro de pessoas». 
Cristina Reis lembrou, contudo, que «os grupos federados não podem ser só isto», pois cada um tem de assumir «a responsabilidade de sensibilizar as populações por onde passam para a carga histórica do nosso passado cultural». E adiantou que são os grupos e ranchos que tornam mais presente as «identidades de lugares de que ninguém ouviu falar», porque «as comunidades académicas não podem chegar a todos os cantos».
A representante da Federação do Folclore Português perguntou, a título exemplificativo, quem é que ouviu falar de Minjoelho?

Fernando Martins

Gafanhões vistos por outros — 2


Rocha Madail afirma que os homens «são robustos e de boas formas, e as mulheres de mediana estatura, mas cheias e vigorosas. São de carácter expansivo e índole benévola. É raridade o casamento de um gafanhão, homem ou mulher, fora da colónia, que talvez por isso conserva imutável a sua feição primitiva».

No Livro “Gafanha da Nazaré: Escola e Comunidade numa Sociedade em Mudança”, coordenado por Jorge Arroteia

sábado, 6 de julho de 2013

Fonte de alegria

A ALEGRIA, FRUTO DA MISSÃO



«O envio dos discípulos é dirigido a todos. O número 72 comporta este símbolo. Eram os povos conhecidos. Neles, está toda a humanidade. A missão é universal. Realiza-se na reciprocidade de dons: oferecer o que cada um tem de valioso e, simultaneamente, receber a oferta que expressa o ser do outro. Todas as culturas estão dotadas de bens apreciáveis, todas as religiões contém expressões e rituais de grande significado. Também as confissões católicas/Igreja encerram ricas mensagens de humanização da pessoa e das sociedades, criam laços de fraterna convivência entre os seus membros, configuram, de modo sacramental, a pessoa e obra de Jesus Cristo prosseguida pelo seu Espírito na Igreja. Entrar em comunhão com os valores humanos e valorizar a originalidade fiel do Evangelho, eis o desafio da missão católica.»

Georgino Rocha

A coragem

"Eu aprendi que a coragem não era a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele."

Nelson Mandela (°1918)


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O Papa tornou-se humano

Cem dias de Francisco: a mudança a caminho




«E a revolução está em marcha. De modo natural, de tal modo natural que se fica espantado por ser notícia precisamente o que não devia sê-lo. Por exemplo, desejar "boa noite", "bom descanso", "bom almoço" ao povo. O Papa tornou-se humano, vendo-se claramente que o seu desejo e preocupação é o bem-estar, a saúde, a alegria de todos.»

Anselmo Borges


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Calor




Calor, praia, esplanada, refrescos e banhos com farol à vista. Aproveitar enquanto há.

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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Papa Francisco



Seguidores ou simples admiradores?



«O Papa dá-nos também um exemplo eloquente de que não veio para destruir o que está feito e responde às urgências do Reino, nem para passar por cima de quem o fez ou promoveu, sejam os papas seus antecessores ou outros, como se com ele é que tudo, finalmente, estará bem. Já disse, de muitos modos, que, acima da sua pessoa, está o Senhor, o único a quem a Igreja tudo deve. O único a merecer aplausos, dentro ou fora dos templos. O único ao qual os crentes são chamados a seguir e a ser fiéis.»

D. António Marcelino

Liberdade

PARA PENSAR...

"Se a liberdade está hoje acorrentada ou humilhada, não é porque seus inimigos usaram a traição, mas porque seus amigos pediram demissão."

Albert Camus (1913 - 1960)

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terça-feira, 2 de julho de 2013

Palhaçadas e tristezas





Hoje, os portugueses estão como as pedras. Uns a rir e outros a chorar. Os que se riem refletem as palhaçadas dos políticos que nos (des)governam. Os que choram sentem as desgraças em que estão uns milhões de portugueses, sem grande futuro à sua frente. Haja calma e esperança em dias melhores. São os meus votos.



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Chefe Custódia Bola

“Não há escutismo sem religião”



Custódia Caçoilo Bola, professora aposentada do Ensino Básico, é chefe do CNE (Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português) há 35 anos, 25 dos quais ao serviço da 1.ª Secção (Lobitos). Envolveu-se no escutismo em 1978 a convite do Padre Miguel Lencastre, prior da nossa paróquia entre 1973 e 1982, e assume que «o escutismo é para toda a vida, mesmo quando cessa a atividade de dirigente».
A chefe Custódia recorda a equipa dirigente que se preparou para trabalhar com os Lobitos, constituída por si própria, Madalena Matias e Céu Lopes e, ainda, Eunice Bola, que entretanto se mudou para o grupo júnior. Seguiu-se a necessária formação específica para a 1.ª Secção que se estendeu por dois anos, pois no escutismo, a maior organização universal para a infância e juventude, nada se faz de improviso. Baden-Powell, o fundador constante e justamente recordado, sempre defendeu a preparação integral dos jovens através do jogo e da vivência ao ar livre, em contacto com a natureza e no respeito pela pessoa humana, pelos animais e pelos valores alicerçados na fé em Deus, defendidos, no caso do CNE, pelo catolicismo. «Não há escutismo sem religião, seja ela qual for», sublinhou a nossa entrevistada.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Visitar os pais

Para se pensar no assunto...


Adultos chineses 
obrigados por lei a visitar os pais

«A Lei dos Direitos dos Idosos entrou em vigor esta segunda-feira na China e obriga os filhos adultos, tenham que idade tiverem, a visitarem os seus pais. Quem não cumprir é multado e pode ir para a prisão.
Na base desta lei está a ideia de que os idosos não devem ser negligenciados e que os filhos devem preocupar-se com as suas necessidades.
De acordo com as estatísticas oficiais, em 2010 mais de 178 milhões de chineses tinham 60 ou mais anos. No final de 2030, de acordo com as previsões, esse número terá duplicado. E à medida que a população envelhece as histórias de negligência para com os mais velhos aumentam.»

Ler no PÚBLICO



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Coimbra

01.07.2013

Dia do antigo estudante de Coimbra

Jardim da Sereia

Quem, no percurso da sua vida académica, teve o privilégio de ter passado pela velha Lusa Atenas, recentemente, elevada a Património Mundial da Unesco, sentirá, hoje, uma grande nostalgia.
Coimbra é capital da cultura portuguesa, berço da 3ª universidade mais antiga de toda a Europa e da famosa biblioteca joanina, cujo interior exibe a beleza da madeira exótica oriunda do Brasil.
Por ela já passaram milhares de estudantes, gente que se tornou famosa nos mais diversos quadrantes, que ocupou lugares de destaque, na sociedade civil, nas ciências e nas artes, enfim, um repositório de celebridades.

Recordações de Coimbra
É essa cidade cheia de história, de magia, de sortilégio...e recordações gratas, que hoje evoco, nesta efeméride.
A mais antiga recordação dos meus tempos académicos foi o ingresso, como caloira, num mundo inteiramente novo, aonde cheguei carregada de sonhos, ilusões e também...do seu “enxoval” próprio. A estudante fazia-se acompanhar do uniforme, fato preto, camisa branca com gravata e a emblemática capa de estudante. A somar a este conjunto, estava a indispensável pasta preta de couro, em que a bolsinha interior/porta-moedas, era revestida de cetim, da cor das fitas e do anel de curso, no meu caso azul elétrico. Sou fã da cor azul, em todos os seus cambiantes... inclusive, o azul celeste, nestes dias de verão escaldante! Era tradição desta academia, a pasta ser oferecida pela madrinha. Quando abordei a minha, senti total abertura e recetividade, mesclada de um certo orgulho, por estar a perpetuar uma tradição de longa data. Sempre encontrei, na família, pessoas de espírito aberto! 
Outra tradição, a praxe, é um dos aspetos mais polémicos da vida académica. Com início na Universidade de Coimbra, surgiu como forma dos mais velhos integrarem os recém-chegados estudantes, os caloiros, num ambiente hierarquizado.

Fantoches


Armando Ferraz, 
um artista popular

Armando Ferraz


A Gafanha da Nazaré pode orgulhar-se de ter entre os seus naturais um artista popular que, mesmo iletrado, se tornou famoso. Foi, decerto, um dos últimos fantocheiros, ao jeito daqueles que andavam de feira em feira a exibir a sua arte. Era ele Armando Ferraz, que morava no «canto dos zanagos», perto do “Zé da Branca”, onde convivia com amigos, saboreando um qualquer aperitivo ou digestivo.
Trabalhava na JAPA e distinguiu-se, entre nós, como artista um pouco de tudo. Foi ensaiador de ranchos e marchas, sendo exímio na preparação de encadeados ou entrançados. Mas a sua arte preferida, aquela que levou até ao fim da vida, foi a dos fantoches, também chamados robertos.
Calcorreou arredores da nossa terra, ensinou na Universidade de Aveiro, aos futuros professores e educadores, as suas habilidades na confeção do necessário para apresentar os fantoches, embrulhados em estórias que ele muito bem sabia urdir e exibir como poucos.


POBREZA

CRÓNICA DE BENTO DOMINGUES NO PÚBLICO



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