quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Mensagem de Natal do Bispo de Aveiro


Os cristãos celebram no Natal o nascimento do Filho de Deus que veio habitar connosco e que faz renascer em nós e no mundo alegria e esperança.

Sonhamos com um Natal de todos e para todos. Sabemos, porém, que nem sempre estamos abertos e disponíveis para viver e celebrar Natal de encontro com Deus e de compromisso solidário e fraterno com os irmãos na construção do bem comum.
Sonhamos ainda com um Natal que seja fermento de uma cultura da caridade na verdade, unindo e responsabilizando pessoas e povos na alegria de servir e de amar.
Não haverá Natal verdadeiro, aquele de que o mundo precisa, sem Jesus, o Filho de Deus.
Na proximidade do Natal que se avizinha e na azáfama própria destes dias sentimo-nos envolvidos por gestos e sinais, por luzes e cores que nos falam de um mundo mais belo e de um tempo mais feliz.
Nos convites e mensagens que cruzamos interroguemo-nos sobre quem acolhemos e convidamos para viver Natal connosco e sobre quem esquecemos em continuadas celebrações de Natal.
Abram-se as portas do coração e da vida das pessoas, das instituições e das comunidades cristãs para levar o Natal aos que vivem a fé com alegria e encanto e através deles às famílias sem paz, aos lares sem pão, às empresas em dificuldade, às crianças sem amor e aos idosos sem ninguém, fazendo brilhar a estrela do Natal em olhares magoados pelo medo e pela pobreza!

Acordo Ortográfico continua adiado

Somos mesmo um País complicado

Se há poucas semanas a ministra da Cultura afirmou que o acordo ortográfico entrará em vigor já no início do próximo ano, ontem, a ministra da Educação disse que a sua aplicação não está prevista para os próximos tempos. A Associação dos Professores de Português (APP) e a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) estão preocupadas e à espera de uma reunião com a tutela.

A aplicação do acordo ortográfico nas escolas não vai entrar em vigor no próximo ano, anunciou a ministra da Educação Isabel Alçada, ontem, questionada pelo PÚBLICO. "Estamos a definir a estratégia mas ainda não estão definidas metas. Não é no próximo ano ainda, [porque] temos que fazer todo um trabalho com os diferentes parceiros para definir a forma como o acordo ortográfico será introduzido", disse.


Ler mais aqui

Cartão de Boas Festas com mensagem muito oportuna



Há cartões de Boas Festas que ultrapassam em muito o trivial. Como este que aqui ofereço aos meus leitores. Encontrei-o na USF Beira Ria, na Gafanha da Nazaré, onde fui hoje inscrever-me para ser vacinado contra a Gripe A. Vale bem uma leitura atenta.
Boas Festas para todos.

Fernando Martins

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O espírito do Natal alimenta a solidariedade...




O espírito do Natal alimenta a solidariedade e os gestos de generosidade e fraternidade. Não há que tirar-lhe esta riqueza, antes fazer que ela perdure, porque em todos os dias há gente que precisa e gente que pode ajudar. Os pobres, por exemplo, estão sempre disponíveis para ajudar sem papéis, sem juros, sem prazos, os mais pobres que eles.Não sei, porque normalmente não se diz, se na contagem dos milhões de lucros das grandes empresas, privadas ou estatais, há prevista alguma alínea destinada aos pobres ou às instituições que deles cuidam todos os dias. Dar a quem precisa é um gesto extraordinariamente rentável, do qual há gente que nunca não se apercebeu. Nada como pôr em prática, porque é este o modo pelo qual se mostra o valor das teorias.
António Marcelino

Jantar de Natal da Universidade Sénior


Leitura de texto ao jeito dos jograis

À volta da mesa  em espírito natalício


Ontem, no restaurante “Estufa” da Gafanha da Encarnação, teve lugar o jantar da Universidade Sénior (US). Directores e outros responsáveis, alunos e professores (ou todos alunos e todos professores) conviveram, em espírito natalício, tão propício à harmonia social e familiar.
Para além da refeição, sempre agradável, se bem confeccionada e servida, como foi o caso, houve a partilha de saberes e sabores, mas também a proximidade entre os comensais.
A abrir, o presidente da direcção da Fundação Prior Sardo, Hugo Coelho, recordou que a Universidade é, no fundo, uma “facilitadora de contactos” entre pessoas, com a preocupação de “fazer crescer” tudo e todos.



Carlos Duarte e Hugo Coelho

Manifestou o desejo de que num futuro próximo haja “novas condições de trabalho”, na linha de garantir o ambiente académico “em local próprio”. Disse que os convívios das quartas-feiras vão continuar, para celebrar aniversários e outros eventos, e afirmou que a US quer ser “ponto de encontro dos munícipes de Ílhavo”.
Não faltou a leitura de um texto, ao jeito de jograis, e o ensaio de cânticos de Natal, por iniciativa de Helena Matos, também autora do texto apresentado. Constata-se que, afinal, há potencialidades criativas nos alunos da universidade recentemente criada, para servir o município ilhavense.
A direcção ofereceu aos alunos o cartão individual, cuja utilização dará alguns direitos aos seus possuidores, noneamanete descontos em certos estabelecimentos comerciais e de serviços. Ainda foi oferecia uma prenda de Natal, uma miniatura da Fundaçãlo Prior Sardo, preparada, com todo o carinho, pelos directores e funcionários da instituição.



Nasceu a Confraria dos Ovos Moles de Aveiro


Confraria dos Ovos Moles


Confrades do Bacalhau e dos Ovos Moles


Decorreu no passado sábado, em Aveiro, a apresentação da nova Confraria denominada de OVOS MOLES DE AVEIRO, que teve como confraria padrinho a de S. Gonçalo. Presentes oito confrarias gastronómicas e enófilas, além da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas e de muitos convidados .
No final das entronizações dos novos Confrades e dos Confrades de Honra, decorreu um cortejo que terminou no Museu de Santa Joana, com a distribuição de Ovos Moles por todos os presentes.

Prémio para Álvaro Garrido



Álvaro Garrido, Director do Museu Marítimo de Ílhavo e professor da Universidade de Coimbra, recebeu ex-aequo, o prémio Almirante Sarmento Rodrigues, atribuído pela Academia da Marinha, pela publicação do livro Biografia Politica de Henrique Tenreiro.

Para preparar o Natal

NATAL, E NÃO DEZEMBRO

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido…
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.


Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave…
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
Talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Diante da tempestade é que se dá valor à bonança




Dos fins aos princípios

1. Não é novidade que diante da tempestade é que se dá valor à bonança ou que quando estamos doentes é que damos mais valor à saúde. Esta experiência adquirida da vida diária haveria de ser transferida para patamares da ordem da saúde global dos grandes valores. Sendo interessante, não será necessário aprofundar obras paradigmáticas como «O fim da história e o último homem» (1992) de Francis Fukuyama ou a sua resposta no ensaio «O choque de civilizações e a recomposição da nova ordem mundial» (1996) de Samuel Huntington para nos apercebermos de que a temática da mudança de paradigmas pode ser comparada a um “fim” que abre novas janelas de compreensão de tudo o que nos rodeia. Não por se estar em final de ano 2009, mas se fizermos o corajoso exercício de nos situarmos nos diversos fins que poderão existir em termos pessoais, sociais ou globais, chegamos à conclusão de que é urgente relativizamos os acessórios e valorizarmos os grandes princípios.

Efeméride Aveirense: Posse do primeiro Reitor da Universidade de Aveiro

1973

Primeiro Reitor da UA

Neste dia, em 1973, o ministro da Educação Nacional, Prof. Doutor Veiga Simão, conferiu posse ao primeiro Reitor da UA, Prof. Doutor Vítor Gil, em sessão soleníssima realizada no salão de conferências  do Museu de Aveiro, junto ao túmulo da Princesa Santa Joana.
Aqui fica esta simples nota para evocar um acontecimento que marcou, de forma muito significativa, a vida de Aveiro e sua região.

Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré em jantar de Natal muito participado


Ribau Esteves e Ferreira da Silva


Com centenário da freguesia à porta,
esperam-se prendas condignas


Participei, no sábado, na jantar de Natal do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN). Como acontece todos os anos, a família do folclore junta-se para conviver, à volta da mesa, onde o espírito natalício marca presença indelével no coração de todos.
Se é verdade que esta festa se faz à sombra do Menino Deus que vem a caminho, também é justo dizer que este encontro encerra um ano de muito trabalho e de muitos quilómetros andados para levar longe o nome da nossa terra, como sublinhou o presidente do Grupo, Alfredo Ferreira da Silva.



Aspecto do jantar

Recordou, mais uma vez, que o GEGN nasceu na Catequese da paróquia, felicitou o Acácio Nunes, membro do grupo desde a primeira hora e que agora faz parte do Conselho Técnico da Federação do Folclore Português, falou da Festa em Honra de Nossa Senhora dos Navegantes, com a sua procissão pela ria, e perguntou onde estava o Programa das Festas do Centenário da Freguesia, porque "uma vida de 100 anos tem de ser comemorada condignamente".
O presidente da Câmara, Ribau Esteves, louvou o trabalho do GEGN, que luta pela "preservação dos nossos valores culturais", desenvolvido em “espírito de missão”, e garantiu que o próximo ano está na agenda da autarquia municipal, da Junta e da paróquia. Sublinhou que a inauguração do “renovadíssimo” Centro Cultural da Gafanha da Nazaré vai acontecer neste ano festivo, sendo uma “presença estética” de grande valia. Informou que a responsabilidade artística ficará garantida pela gerência do Centro Cultural de Ílhavo, com “toda a sua experiência”.
Ribau Esteves disse que o Festival do Bacalhau vai continuar no Jardim Oudinot e que a Casa Gafanhoa, a completar 10 anos, “vai ter nova vida, no que diz respeito à sua valorização”. E sobre a Casa da Música, espera “que tudo se resolva”, o mais breve possível. Ainda se mostrou esperançado de que “2010 vai ser o melhor de todos os anos para todos”.
FM

Para preparar o Natal


Presépio de Carlos Duarte

Jesus Cristo é a luz do mundo

Das trevas, ao fundo, brota a brancura do Presépio, como sinal de pureza, de simplicidade, de ternura. Para os crentes, Jesus Cristo é a luz do mundo, que ilumina  os homens e mulheres de boa vontade. Para todos, Ele pode ser porta aberta à fraternidade, à solidariedade, ao amor que tudo perdoa. Então, que este Presépio do Carlos Duarte nos inspire gestos de paz e bem, que nos tornem próximos de quantos nos rodeiam, nesta quadra e sempre.

FM

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

É preciso pensar sobre as razões da festa e o porquê da necessária sobriedade de vida…

A sobriedade infantil

1. A quadra, nas propostas aliciantes de consumo, é de forte apelo à quantidade. Não faltam em todos os escaparates as mil e uma ofertas com as mais variadas vantagens para outras tantas situações em que o gerar do hábito e da necessidade é a arma mais poderosa. Ninguém está obrigado a comprar, é certo. Mas a designada sociedade de consumo tem neste mês o pico mais visível. A necessária educação para o consumo, no pressuposto lógico da “liberdade de comprar”, tem nestas quadras razões maiores para se justificar, mas estas são precisamente as alturas em que, mesmo sem qualquer generalização, a reflexão sobre os hábitos de consumo mais se manifesta infecunda. Gilles Lipovetsky, autor da Era do Vazio, na sua obra Felicidade Paradoxal (2008), bem tentou compreender os contornos do hiper-consumo.

Crónica de um Professor



Involução docente

Com a evolução dos tempos, há a necessidade de o cidadão comum se adaptar às novas realidades. Se isto se aplica a qualquer sector de actividade, com mais premência se aplica à vida docente.
Com uma formação académica centrada numa componente específica do saber, esperar-se-ia que o professor se dedicasse ao seu mister, não extravasando o domínio da sua área curricular.
Isto passava-se, antigamente, em que cada saber estava a cargo do seu detentor, sem que o professor metesse a foice em seara alheia.
Era assim, na mesma época em que as estações do ano estavam bem definidas, antes de as alterações climáticas terem destruído essa harmonia. Num qualquer Outono de meados do século passado, todos sabíamos que urgia reordenar o guarda-fatos e guardar para uma hibernação de alguns meses, as roupas da estação cessante – o Verão.
Hoje, no ano da Graça de 2009, em pleno século XXI, se por um lado o conhecimento tende a especializar-se e cada um tende a saber o máximo num campo, cada vez mais restrito, aparece algo de paradoxal com a profissão docente. A esta estão atribuídas funções de pai, amigo, médico, psicólogo, animador cultural, etc, etc. O mais surpreendente e inesperado é a sua função emergente de baby-sitter que integra a nova carga horária de qualquer interveniente, na acção educativa!
Quando falta o professor da disciplina, lá vai o baby-sitter de serviço, que a Escola moderna tem sempre em reserva. Nunca as nossas criancinhas foram tão bem tratadas (!?), “domesticadas”, vigiadas por pessoal especializado e tão competente! Noutros tempos, era uma alegria quando, raramente, um professor faltava; hoje, nenhuma das crianças que frequentam as nossas escolas, fica entregue a si própria, pode pôr o pé em ramo verde! Com toda esta vigilância, este acompanhamento próximo da perseguição detectivesca, pensarão alguns, esperar-se-ia uma sociedade perfeita, cumpridora de regras, bem formada e informada!
Hoje, no contexto da Escola actual, quase todos os professores têm, na sua carga horária, uma parte dedicada a esta actividade: baby-sitting!

Para começar a semana, uma sugestão de leitura: O Natal em Aveiro e sua Região



Para os meus leitores, aqui fica uma sugestão de leitura para a quadra que atravessamos. Se é certo que não podemos ignorar ou menosprezar as nossas tradições, que fazem parte, indissoluvelmente, do nosso ADN, enquanto seres inteligentes e sensíveis ao bem e ao belo, então importa reflectir um pouco sobre o Natal.
O historiador aveirense Amaro Neves escreveu este belíssiomo livro, que dedicou aos seus netos e aos seus pais, "reais figurantes das festas natalícias no quadro humano do nosso pequeno mundo familiar... que recordem, vivam e transmitam os valores espirituais subjacentes a todos os momentos da Natividade de Cristo."
Faço minhas, humildemente, as palavras do autor.

FM

domingo, 13 de dezembro de 2009

Alunos da Universidade Sénior expõem fotografias



Está a decorrer na Fundação Prior Sardo, na Gafanha da Nazaré,  uma exposição de 30 fotografias da autoria de quatro alunos da Universidade Sénior daquela instituição.
Paisagens, monumentos e rostos são temas retratados por Custódia Bola, Maria Jorge, Orlando Leitão e Piedade Trindade, alunos da disciplina de Fotografia e Comunicação, orientada por Carlos Duarte. Esta mostra fotográfica está patente até dia 31 de Dezembro
No dia da inauguração, e na presença de muitos alunos, professores e da Directora da Fundação, foi salientada a qualidade dos trabalhos apresentados e a dedicação com que alunos e professor se empenharam na sua realização.


Festa de Natal da Confraria Gastronómica do Bacalhau






XI Capítulo a 23 de Janeiro em Ílhavo

Decorreu no passado dia 11, no Hotel de Ílhavo, a Festa de Natal da Confraria Gastronómica do Bacalhau com a presença de todos os Confrades e respectivas esposas.
Momento de alegria e oferta de presentes foi também aproveitado pelo Grão Mestre, João Madalena, para anunciar a realização do XI Capítulo a decorrer no dia 23 de Janeiro.
A concentração das Confrarias será no Salão Nobre da Câmara de Ílhavo, seguindo-se a já célebre “patanisca de honra” e a missa solene na Capela da Nº. Senhora do Pranto, no fim da qual as Confrarias, em cortejo, dirigem-se para o Hotel de Ílhavo onde decorrerá a Entronização dos novos Confrades e dos Confrades de Honra.

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO de hoje


(Clicar na imagem para ampliar)

Os meus livros antigos







Este "DICCIONARIO DA ANTIGA LINGUÁGEM PORTUGUEZA", que tinha o preço de 800 reis, teve por Editor e proprietario F. A. Miranda e Souza e foi composto e impresso na tipografia da Empreza Lusitana Editora, pertencente ao editor, C. do Ferregial, 23, Lisboa. Foi coordenado por H. Brunswick.
Intercalado  com grande número de vocábulos HODIERNOS de OBSCURA SIGNIFICAÇÃO,  foi pertença do Dr. Alberto Souto.
É óbvio que de vez em quando o consulto...

FM

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 161

BACALHAU EM DATAS - 51




O PRINCÍPIO DO FIM ...

Caríssimo/a:

1964 - «O máximo de arqueação líquida (capacidade) da frota bacalhoeira [é] de 67.026 toneladas em 1964, quase sete vezes mais que em 1934. Ora, se nesse período, o número de unidade em laboração pouco mais que duplicou, o que supõe um crescimento de capacidade média de pesca por navio.» [Oc45, 101]

1965 - «A quarta e última novidade só se detecta em 1965. É então que faz a sua primeira viagem inaugural o primeiro arrastão pela popa da frota portuguesa, o MARIA TEIXEIRA VILARINHO, armado pela empresa José Maria Vilarinho, L.da, de Aveiro. Construído nos Estaleiros Navais de Viana, foi também o primeiro navio da frota dotado de porão congelado.» [Oc45, 100]

1966 - «Até 1966, os diversos tipos de navios de pesca à linha perfazem a maioria das unidades da frota, embora nessa data a capacidade global de pesca dos arrastões bacalhoeiros já supere a dos veleiros com e sem motor.» [Oc45, 95]

1967 - «... a liberalização do comércio do bacalhau aconteceu em 1967...» (v. 1934)[BGEGN, 1991, 7]

«O princípio do fim da “Campanha do Bacalhau” ocorreu aquando da liberalização do comércio do bacalhau, em 22 de Julho de 1967 (Portaria n.º 22790). No essencial, este diploma, assinado pelo Secretário de Estado do Comércio, Fernando Alves Machado, abolia a “tabela do bacalhau” em vigor desde meados de trinta e permitia aos armazenistas a importação de remessas a título individual (abolição do sistema de quotas de rateio).» [Oc45, 104 n. 3]

Para preparar o Natal: Natal também é cultura



Esta Árvore de Natal, que encontrei na sexta-feira na  Biblioteca Municipal de Aveiro, mostra bem que o período natalício também é cultura. Descobrir o Natal nos livros, e  noutras formas de arte, poderá ser uma excelente oportunidade para nos familiarizarmos com o Jesus Cristo que nasceu há dois mil anos para dar início à civilização do amor. Contos, tradições, poesia, relatos de vivência natalinas, ilustrações e tantas outras expressões podem ser motivo de deleite cultural para cada um de nós.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Na Biblioteca Municipal de Aveiro: lançamento do livro do Padre Georgino Rocha

D. António Francisco dos Santos:

“A teologia não está fora da cultura 
nem na fronteira da vida”
Maria da Luz Nolasco, Helena Pinho e Melo e D. António

O livro do Padre Georgino Rocha – Intervenção da Igreja na sociedade portuguesa contemporânea – “ajuda-nos a descobrir os passos de Deus no caminho da esperança”, afirmou o nosso Bispo, D. António Francisco dos Santos, na sexta-feira, 11 de Dezembro, na Biblioteca Municipal, em sessão de lançamento daquela obra, por iniciativa da Comissão Diocesana da Cultura, com o patrocínio da Câmara Municipal de Aveiro.
O prelado aveirense referiu que “todos nós somos testemunhas desses passos de Deus pelo mundo”, adiantando que este livro “é o alimento do espírito” e que “a teologia não está fora da cultura nem na fronteira da vida”.
D. António Francisco recordou a restauração da Diocese de Aveiro, que foi levada à prática, com a aplicação da sentença executória, precisamente a 11 de Dezembro de 1938, neste “chão da liberdade”.
O lançamento de Intervenção da Igreja na sociedade portuguesa contemporânea  aconteceu num ambiente de alguma forma inédito, com a intervenção de D. António Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro e conhecido pela ousadia das suas intervenções públicas, em prol do diálogo entre fé e cultura, e Alberto Souto de Miranda, antigo presidente da edilidade aveirense, republicano e laico, educado numa família católica, onde não faltava um avô monárquico e maçónico, mas conhecido como homem aberto, tolerante e culto. A moderação coube a Maria da Luz Nolasco, vereadora monárquica da autarquia aveirense, no dizer de Alberto Souto.
D. António Marcelino lembrou que de Manuel Alegre ouviu, na altura do 25 de Abril, que “a história do nosso país não se faz à margem de Igreja”, e logo afirmou que sempre o preocupou ”o diálogo Igreja-Mundo”, tendo nomeado o Padre Georgino para promover iniciativas nesse sentido.


Contra as previsões, os suíços aprovaram a proibição de construir mais minaretes nas mesquitas


Minaretes


De todos os lados - mundo islâmico, ONU, União Europeia, Governo helvético, líderes das comunidades religiosas: judeus, protestantes, católicos - choveram críticas, pois está em causa o direito fundamental à liberdade religiosa. O Vaticano, através do arcebispo Antonio Maria Sveglio, presidente do Conselho Pontifício para as Migrações, condenou: "Não vejo como se pode travar a liberdade religiosa de uma minoria ou impedir um grupo de pessoas de ter a sua igreja"; e, referindo-se indirectamente às perseguições e limitações da liberdade dos cristãos nalguns países islâmicos, acrescentou: "Há um sentimento de aversão e medo, mas um cristão deve saber ultrapassar isso, mesmo se não tem reciprocidade." O secretário da Conferência Episcopal Suíça declarou que o resultado é "um duro golpe contra a liberdade religiosa e a integração". Na mesma linha se pronunciou a Federação das Igrejas Protestantes da Suíça: trata-se de "um atentado às liberdades fundamentais", que só pode causar novas tensões sociais.

Para preparar o Natal



Em que se fala do Menino Jesus

Fiz a maldade e olhei Jesus.
Ele baixou os olhos e corou,
e toda a gente julgou
que quem fez a maldade foi Jesus.

E todos lhe perdoaram...

- Obrigado, Menino! Mas agora
tira os olhos do baile e vem brincar,
que eu prometo, pra não Te ver corar,
já não fazer das minhas.
Anda jogar, ao pé das flores, no chão,
comigo, às cinco pedrinhas...!
anda jogar, pra não esqueceres
o preço do meu perdão…

Sebastião da Gama



sexta-feira, 11 de dezembro de 2009


Árvore ecológica

Movimentação pelo planeta


12 de Dezembro de 2009

A cimeira que está a realizar-se em Copenhague, na Dinamarca, pelo ambiente, mais do que começar a deitar cá para fora propostas de solução do problema, parece sim, apostada em gerar uma enorme polémica.
Os países mais desenvolvidos, logo, os mais responsáveis pela emissão dos CFCs, que estão a contribuir inequivocamente para o aquecimento global, não parecem querer assumir a responsabilidade pela diminuição desses gases poluentes.
A representação portuguesa reunir-se-á por estes dias em Bruxelas para ai tomar uma posição forte e determinada, em prol do planeta e de cada um de nós.
Sem dúvida que os nossos políticos têm uma enorme e nobre missão em suas mãos! Defender a habitabilidade do planeta em que vivemos, é um grande objectivo, mas as pequenas acções, que todas juntas irão promover a diferença, têm de partir do cidadão anónimo. As Escolas desdobram-se em campanhas pedagógicas, no sentido de sensibilizar os alunos e seus agregados familiares, para uma alteração de comportamentos. Ainda hoje, o grupo de Ciências Experimentais, promoveu a campanha das lâmpadas: dava 4 lâmpadas economizadoras em troca de uma lâmpada incandescente, virgem ou já usada. Noutros Departamentos, pratica-se há muito tempo já, a reutilização de materiais de desperdício, que muita gente deita fora, aumentando, em grande escala, as montureiras que por aí abundam, muitas vezes a céu aberto.
São afixados estudos e cálculos do consumo de água em actos banais do nosso quotidiano, levando os alunos a reflectir sobre a poupança que urge fazer, neste bem perecível que é a água.


Árvore de Natal

Prémio Pessoa 2009 para D. Manuel Clemente, Bispo do Porto



D. Manuel Clemente


"D. Manuel Clemente é uma referência para a sociedade portuguesa", salientou Balsemão


A caminho de casa, de uma viagem a Coimbra, ouvi pela rádio que o Prémio Pessoa 2009 foi atribuído a D. Manuel Clemente, Bispo do Porto e Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais. Foi um prazer muito grande, o que eu senti ao ouvir esta boa nova, merecidíssima, mas inesperada para mim. Não que D. Manuel Clemente não merecesse tal galardão, atribuído pelo Expresso e pela Caixa Geral de Depósitos, no valor de 60 mil euros, mas tão-só por estar habituado a ver o prémio seguir para personalidades de outras culturas, não necessariamente de inspiração cristã. Um homem da Igreja como ele sempre foi, mas aberto ao mundo contemporâneo, com uma capacidade de diálogo fascinante e com uma cultura que nos inebria, fica bem com esta distinção.
Tive o privilégio de o ouvir diversas vezes, em encontros relacionados com a pastoral da cultura. O seu jeito de estar próximo de todos, as suas respostas oportunas e convincentes, a sua capacidade para ouvir e o seu sorriso permanente, de quem testemunha a vida alicerçada em Cristo, são um claro e iniludível exemplo de como deve ser um bispo para o nosso tempo.
Os meus parabéns, não apenas para D. Manuel Clemente, mas também para o júri que soube olhar e ver, num bispo da Igreja Católica, alguém que sabe viver na sociedade e para a sociedade, num contínuo diálogo entre fé e cultura, na certeza de que ambas as componentes se complementam, sem necessidade de guerras ridículas, entre crentes e não crentes.

Fernando Martins



quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Manoel de Oliveira: 101 anos de vida cheia



Exemplo de vida para toda a gente

O realizador de cinema Manoel de Oliveira completa hoje, 11 de Dezembro, a bonita idade de 101 anos. É, como todos os portugueses devem saber, o mais velho realizar em plena actividade, sendo para toda a gente um exemplo de amor ao trabalho e à vida.
Independentemente de se gostar ou não dos seus filmes, a verdade é que ficará na história da sétima arte, em Portugal e até no mundo, como modelo do amor à arte e à cultura, não dando tréguas nem cedendo à vontade de se manter na ribalta. Quando muitos buscam a reforma ou a aposentação para parar na vida, dedicando-se a nada fazer de útil para a sociedade, é bom que se recorde e se apresente este cidadão que se recusa a parar. Não é verdade que parar é morrer?

O Elogio da Loucura espelha os cenários de uma época controversa


O novo elogio da loucura?

1. Decorria o início do século XVI e a sociedade europeia vivia sobressaltos de nunca vista desumanidade. A exploração escrava de outros povos descobertos, o egoísmo da riqueza e as cruéis guerras religiosas no coração da Europa registaram nos anais da história das piores páginas de sempre. Neste duro ambiente, alguns grandes autores procuraram interpretar o seu tempo propondo caminhos a seguir de forma humana e digna. Algumas dessas grandes personalidades inscreveram-se no chamado pensamento da renascença, o qual proporcionou uma recriação actualizada das ideias e artes clássicas. Se o problema da sociedade da época era humano, estes autores apostaram na resolução da “questão antropológica” (ou seja, do repensar o agir humano).


Revista Visão: De profundis, de António Lobo Antunes



"O meu pai tinha quatro irmãs mais novas e um irmão que morreu pequenino, de meningite, por volta da idade em que tive essa doença. Parece que comecei com muita febre e horas depois estava em coma. Inexplicavelmente sobrevivi. Há de certeza pessoas que, pelo que vou dizer, me acharão tonto, mas ninguém me tira da cabeça que Santo António me salvou. E lá me levaram, aos sete anos, a Pádua, tocar no túmulo do Santo e fazer a primeira comunhão. A minha relação com Deus tem sido sempre tumultuosa, cheia de desacordos e discussões: longos períodos em que me afasto, alturas em que me aproximo, amuos, quase insultos, discussões. Creio firmemente que, nos livros que escrevo, é Ele que guia a minha mão e não passo de um instrumento da Sua vontade. Quantas vezes me vem à cabeça aquele pequenino poema de Sebastião da Gama: a corda tensa que eu sou o Senhor Deus é quem a faz vibrar; ai linda longa melodia imensa: por mim os dedos passa Deus e então já sou apenas som e ninguém se lembra mais da corda tensa. É que não escrevo assim tão bem, trabalho sem plano e quase me limito a assistir ao que vai ficando no papel. O meu único mérito é fuçar o dia todo, até ser apenas som. Componho-os numa espécie de febre, no fundo de um abismo em que me perco, cego e surdo, não resultam nunca de uma deliberação mental, um propósito, um plano definido. Não concordo com Jean Daniel, quando afirma que a única desculpa de Deus é não existir: há alturas em que o sinto tão fortemente em mim, alturas em que o sei tão longe.

Confraria dos Ovos Moles de Aveiro dá os primeiros passos



Entronização dos 24 confrades fundadores

Integrado nas Comemorações dos 250 anos da Cidade de Aveiro, irá decorrer no próximo dia 12 de Dezembro, pelas 13 horas, o 1.º Capítulo da Associação Cultural Confraria dos Ovos Moles de Aveiro. A cerimónia capitular, que decorrerá no salão nobre do Hotel Imperial (Aveiro), contará com a presença de diversas Confrarias Gastronómicas e Báquicas Nacionais, assim como com a Presidência da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, a par das forças vivas da cidade, do poder local ao turismo, e outras entidades culturais e eclesiásticas.
Serão entronizados, no decorrer da celebração, os 24 Confrades Fundadores, assim como demais Efectivos e de Honra, quer individuais quer institucionais.

Miguel Torga para começar o dia


NATAL

Menino Jesus feliz
Que não cresceste
Nestes oitenta anos!
Que não tiveste
Os desenganos
Que eu tive
De ser homem,
E continuas criança
Nos meus versos
De saudade
Do presépio
Em que também nasci,
E onde me vejo sempre igual a ti.

Miguel Torga

Bandeiras Verdes para premiar Escolas do Município de Ílhavo

A Câmara Municipal de Ílhavo vai entregar, hoje, dia 10, pelas 10.30 horas, na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal, as Bandeiras Verdes aos Estabelecimentos de Ensino, premiando, desta formar, o excelente trabalho desenvolvido pelas Escolas nas áreas ambientais. Refira-se que este empenho de professores,  funcionários e alunos contribuiu para que o Município de Ílhavo passasse a ser o 2.º Melhor Município do País, no âmbito da dinamização do  projecto das Bandeiras Verdes, com 30 Escolas galardoadas, em 2008 / 2009.
Esta cerimónia mais significado tem, por neste dia se comemorar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, ao mesmo tempo que decorre a Cimeira sobre o Clima, em Copenhaga.

A instalação cómoda entorpece os ossos, não os revigora




Chicotadas do Papa e seu sentido verdadeiro

O taxista que, pelas ruas do Porto, me levava à estação de Campanhã, percebendo pela conversa dos que me acompanhavam que eu era homem da Igreja, lamentou-se da notícia publicada no jornal desse dia, que dizia que o Papa João Paulo II, segundo o testemunho de uma freira polaca, se chicoteava a si próprio, no seu quarto privado e na calada da noite. E comentava: “O senhor já morreu há tanto tempo, porque vêm agora os jornais com esta conversa. Ele fazia o que entendia, e ninguém tem nada com isso”. Pôs-me nas mãos o jornal do dia onde vinha o que se dizia do Papa. Lá lhe expliquei o que significavam essas chicotadas e que o que dissera a religiosa fora para justificar a santidade e a virtude de João Paulo II.
Compreende-se que, num tempo em que se idolatra o corpo, se fique chocado ao saber que alguém, ainda por cima o Papa, o chicoteava de quando em quando.
Cilícios, disciplinas, jejuns eram formas ocasionais de penitência pessoal, frequentes em tempos passados, não muito longínquos, e, ainda hoje, ao alcance de quem livremente as quiser usar. Consideram-se meios de ascese cristã, porque de apelo à purificação e ao fortalecimento interior. Destes permanece ainda, na Igreja, como conselho de livre acolhimento e preceito duas vezes por ano, o jejum, como apelo à partilha com os pobres. Na sociedade, ele pratica-se, por vezes com exageros prejudiciais à saúde, por razões estéticas. As disciplinas e os cilícios foram progressivamente esquecidos, como se se tratasse de instrumentos desumanos, capazes de envergonhar gente evoluída.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Declaração Universal dos Direitos Humanos: Ideal comum a ser atingido por todos os povos



Praça Marquês de Pombal


O hino de Ser Humano

1. Foi a 10 de Dezembro de 1948 que a Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou o “ideal comum a ser atingido por todos os povos”, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DH). Daí para cá este documento vivo que celebra 61 anos, foi sendo desdobrado em muitas outras declarações aplicando ao concreto os valores humanísticos universais nela contidos. Algumas diferenciações claras de fundo importará salientar: primeiro, que a presente Declaração dos DH não contém só “direitos” mas compreende-os numa leitura transversal de deveres e responsabilidades partilhadas; segundo, no exercício do diálogo desta Declaração com a (anterior) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), da Revolução Francesa e do erguer do Estado de Direito, esta última (um avanço em alguns domínios para a época) apresenta-se orientada para mais para os direitos de cidadania que para os direitos humanos.

O mais recente livro de Monsenhor João Gaspar vai ser apresentado em Eixo


"Guerra Peninsular
- Invasões Francesas"

No dia 13 de Dezembro, às 11 horas, na sala da Assembleia de Freguesia de Eixo, será apresentado o mais recente livro de Mons. João Gaspar, “Guerra Peninsular - Invasões Francesas”, comemorativo do segundo centenário da 2.ª invasão que se fez profundamente sentir nas terras do Baixo-Vouga.
A apresentação será feita por Ana Amália Horta, professora de História na Escola Básica Integrada de Eixo.

ORBIS abre loja de comércio solidário no CUFC


CUFC

A ORBIS - Cooperação e Desenvolvimento, organização não governamental,  abriu a Loja de Comércio Solidário e Comércio Justo no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura).
A loja está aberta de quarta a sexta, das 10 às 17 horas, e ao sábado, as 10 às 13 horas. Trata-se de uma iniciativa destinada a apoiar projectos de desenvolvimento em África e no Brasil, sendo os produtos vendidos segundo as regras do “comércio justo”.
Os que puderem, e há muitos que podem, certamente, podem ali fazer as suas compras de Natal, levando à prática a marca da solidariedade.

Gafanha da Encarnação – Vila


Árvore do Outono

Escola Básica da Gafanha da Encarnação

Havia o sentido comunitário da partilha

Comemora-se no dia 9 de Dezembro, quase na mesma altura em que o Universo (!?) proclama o aniversário desta criatura, a elevação a vila, da Gafanha da Encarnação.
Quem atravessou já dois séculos de existência e recorda a vida pachorrenta destas gentes, tem na memória cenas bucólicas dum enorme pitoresco. Carros de vacas a chiarem sobre o asfalto da rua principal, a rua de cima, em que o condutor da viatura lhe seguia o ritmo, às vezes com a pessoa mais velha esparramada no estrado da carroça, eram um espectáculo recorrente. Os excrementos eram lançados na via pública sem que ninguém se importasse com isso, pois não havia a concorrência dos automóveis que hoje enxameiam nas artérias da vila. Eram poucos os proprietários de automóveis e quem os possuía era detentor de um estatuto económico-social privilegiado.
As casas de habitação eram modestas, poucas delas possuindo água sanitária canalizada e por consequência as instalações sanitárias eram quase inexistentes. O banho era um ritual de fim-de-semana, antes do dia do Senhor e não consta que tivesse havido alguma epidemia, muito menos pandemia, com esta parca higiene.
O comércio reduzia-se a meia dúzia de mercearias/tabernas, onde o povo se aviava e os homens passavam o tempo excedentário dos seus empregos, tagarelando, jogando as cartas, bebericando uns copitos! Quase todos ligados à agricultura e pesca.
Havia o sentido comunitário de partilha, em que o forno que cozia a boroa dava para mais de uma família e as pessoas vizinhas cooperavam nos momentos altos da faina agrícola –as sementeiras, as colheitas e a matança do porco.

Para preparar o Natal




Advento

Nem medo nem recusa perturbaram
A graça que em Ti cumpre a sua obra:
Ofereceste a Deus aquele silêncio,
Onde habita a Palavra.

Em Ti desponta a aurora da justiça,
O mistério do reino que há-de vir;
A sombra do Espírito que desce
Teu coração preserva.

Por Ti, Maria, Mãe imaculada,
Ao Céu se eleve o nosso humilde canto:
Louvor e glória a Deus três vezes santo,
Por toda a eternidade.

Liturgia das Horas

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Efeméride:Concílio Vaticano II encerrou a 8 de Dezembro



Começa a fazer falta o Vaticano III

O Concílio Vaticano II, iniciado por João XXIII e concluído com Paulo VI, revolucionou a Igreja Católica, que entrou no mundo com outros olhares. Foi em 1965, na Praça de S. Pedro, que os trabalhos conciliares foram  dados por encerrados. A partir daí, as constituições, decretos e declarações passaram a ser lei a seguir por todos os católicos do mundo. Porém, há quem diga que o Vaticano II ainda não entrou, em força, em muitos sectores da Igreja e mesmo da vida dos crentes. E também se diz, decerto com alguma lógica, que começa a fazer falta o Vaticano III.

Papa Bento XVI em Portugal: 11 a 14 de Maio de 2010





D. Carlos Azevedo em entrevista
à Agência Ecclesia sobre a visita do Papa

D. Carlos Azevedo é o coordenador, a nível eclesial, da visita de Bento XVI a Portugal, cujo programa foi apresentado esta Segunda-feira. Em entrevista à Agência ECCLESIA, destaca os momentos fundamentais da estadia papal no nosso país e sublinha a “responsabilidade” que a Igreja tem no acolhimento do Papa.


Agência ECCLESIA (A.E.) – No próximo mês de Maio, Bento XVI visitará o nosso país. Um momento de festa para os católicos portugueses?

D. Carlos Azevedo (C.A.) – A visita do sucessor de Pedro a uma Igreja particular é sempre momento de festa e uma grande responsabilidade. É um júbilo sentir perto de nós aquele que tem a missão na Igreja de presidir à caridade e de confirmar na fé. Sentir que ele está perto das comunidades. É uma responsabilidade porque a vinda dele obriga-nos, certamente, a fazer um exame de consciência e acolher uma mensagem que nos mobilizará como igrejas.

Ler aqui


Achado arqueológico na Ria de Aveiro: navio ainda sem data de nascimento

As notícias sobre mais um achado arqueológico na Ria de Aveiro, mais concretamente no Rio Boco, na Gafanha da Nazaré, já andam nas bocas dos mais curiosos por estas coisas.

Leia aqui.

No i de hoje: Subida do mar. Parte de Portugal pode desaparecer até ao final do século


Costa aveirense

Saiba o que ficará debaixo de água!

Viana do Castelo, Aveiro, Vila Franca de Xira, linha de Cascais. O mapa de Portugal pode mudar nos próximos anos com a subida do nível médio do mar. Novos cenários publicados ontem na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS) revêem em alta as últimas previsões do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), numa semana em que as atenções estão viradas para as negociações da cimeira de Copenhaga.
No pior cenário - que tem em conta as actuais dinâmicas da camada de gelo do planeta e o aumento das emissões de gases com efeito de estufa - o planeta aquece 4.º C até 2100 e o mar sobe 1,90 metros. Desaparecem dezenas de pequenas ilhas e a Baixa de Manhattan, em Nova Iorque, encolhe consideravelmente. Trindade e Tobago e parte da costa brasileira são engolidos pela água. O Sul do Vietname deixa de estar no mapa.
O impacto de uma subida desta magnitude sente-se ao longo de toda a costa portuguesa, com maior intensidade na zona Oeste de Lisboa e na Península de Setúbal. Através de uma ferramenta da Universidade do Arizona - disponível em geongrid.geo.arizona.edu -, é possível ver as zonas onde o mar poderá galgar a terra nos próximos anos, caso não sejam feitas adaptações, como a construção de novos diques ou barragens, ressalvam os investigadores.

Ler mais aqui



O milagre do Natal universal

Para que seja Natal

1. Já há longas semanas que os brilhos típicos da quadra de Natal estão nas ruas e avenidas por onde correm as gentes. Esta corrida reveste-se também da preocupação preparadora das festividades que se aproximam… Em termos de efemérides, o próprio mês de Dezembro mostra-se sensibilizante em termos de causas e valores natalícios a assumir: dia 3 de Dezembro foi dia (para que o seja todos os dias) dedicado à pessoa com deficiência, dia 5 enaltecedor dos Voluntários (Dia Internacional dos Voluntários) e dia 10 será o grande dia dos Direitos Humanos, também em Aveiro assinalado com um conjunto de iniciativas e sensibilizações. Já em finais de Novembro, início de Dezembro, havia ocorrido a campanha do Banco Alimentar contra a Fome.

2. Torna-se importante, no mundo especializado em tantas ligações tecnológicas, ligar o que de humano e bom existe; promovê-lo e enaltecê-lo para que cresça cada vez mais e diminua aquilo que são as “ervas daninhas” de qualquer comunidade social. As referências de iniciativas em rede multiplicam-se e procuram interpretar o mês do Natal como um eco para todos os dias dos meses e dos anos. Querendo esta quadra no plano das ideias, a partir da raiz única do Natal de há 2000 anos, gerar a vivência da igualdade em termos de dignidade humana (que reflecte a divina), a verdade é que a persistência prática das desigualdades faz com que o contraste se avolume na época do Natal. Todos os gestos tão sensibilizantes para tantas situações de “frio social” acabam por ser sempre pequenos para problemas tão grandes e problemáticas…

3. Verificam-se nestes dias essas preocupadas corridas de preparação do Natal gordo em que não há tempo para o gesto (seja global!) que suavize e promova para a autonomia e dignidade a magreza do sem lar, sem pão, … A autenticidade do Natal verdadeiro será sempre desconcertante; este tem mais dificuldades em conseguir fazer passar a mensagem. Quem dera que a grandeza de tantos gesto de tanta gente fosse o milagre do Natal universal. Preparemo-lo, melhor, sejamo-lo! É essa a maior luz!

Para preparar o Natal




AVE, MARIA

– Ave, Maria! Estrela matutina,
Porta do céu, Jardim Fechado: ó pura,
E delicada e angélica menina!

Cheia de graça! Tímida brandura
Mais forte do que o sol e a neve linda
Que nem o sol derrete a arder na altura!

É contigo o Senhor. Ele há de, ainda,
– Pois foi castigo, – ser perdão também:
O Pai nos dá seu Filho… E a hora é vinda.

Bendita és tu, entre as mulheres. – Mãe:
Bendito o Fruto do teu ventre, agora,
E por todo o sempre, e por Jesus. Amém.

António Correia d’Oliveira

In Verbo Ser e Verbo Amar



segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Universidade Sénior visita a Casa Gafanhoa









Azulejos da Casa Gafanhoa

A Casa Gafanhoa precisa de mais apoios


Um grupo de pessoas que frequentam a Universidade Sénior visitou hoje a Casa Gafanhoa, onde foi possível recordar vivências de tempos que já lá vão. Uns conheceram os antigos proprietários, Vergílio Ribau e Maria Merendeiro, e outros deles ouviram falar. Mas todos preservam na memória estórias do viver antigo, de gente que fez a Gafanha, com tenacidade indesmentível.



Alunos da Universidade Sénior

O fundador e presidente da direcção do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, Alfredo Ferreira da Silva, teve a gentileza de acompanhar os visitantes, prestando os esclarecimentos que se impunham, para quem gosta de saber. Em cada compartimento da Casa Gafanhoa sublinhou o que era de sublinhar, mas não escondeu que este espaço museológico precisa de ser mais dinamizado e acarinhado por toda a gente.
Apontou as peças expostas pela casa que vieram do tempo dos proprietários, referiu as que foram adquiridas e lembrou as que foram oferecidas. Há algumas que, por falta de espaço, aguardam que o Grupo possa usufruir de outro edifício, anexo à Casa Gafanhoa ou outro, para as apresentar aos que apreciam o que resta do tempo dos nossos avós.



Pintura das paredes (interior)

Durante a visita foi sublinhado que esta iniciativa da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo se apresenta como estímulo para novos desafios, à volta da identidade dos nossos avoengos, que o mesmo é dizer, dos actuais gafanhões.

FM