sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Artesanato no Festival do Bacalhau


Na "Oficina da Formiga", um espaço de artesanato com qualidade, o negócio está à vista. O Festival do Bacalhau não é só gastronomia. O artesanato da região de Ílhavo, as potencialidades económicas ligadas à pesca e transformação do "fiel amigo", bem como  a cultura da Faina Maior, são outros motivos de interesse. O Festival encerra no domingo.

Almoço no Festival do Bacalhau


Hoje, o almoço foi no Festival do Bacalhau. Obviamente, comi bacalhau, com o sal no ponto certo para o meu gosto. O vinho que me serviram, em caneca, era muito saboroso. A acompanhar, pada de Vale de Ílhavo; a encerrar melão e café. Antes do prato principal, provei os bolinhos de bacalhau, com o dito em dose jeitosa para afogar a batata. Não esperei muito e ali encontrei gente com apetite para degustar o melhor bacalhau do mundo. O pessoal gosta disto. E como é tempo de férias.ali abancaram famílias inteiras. Gostei de ver. Prometo repetir...

FM

Navio-museu Santo André celebra aniversário na próxima segunda-feira




Na próxima segunda-feira, 23 de Agosto, o navio-museu Santo André, ancorado na ria, junto ao Jardim Oudinot, vai celebrar o 9.º aniversário, com visitas gratuitas entre as 10 e as 18 horas. No encerramento da visita, será feita a entrega dos prémios do Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar”.
Os 50 melhores trabalhos estarão expostos até ao fim deste mês, no Santo André.

Leite de cabra para manter a beleza e frescura da pele



 Natividade

Maria Donzília Almeida

Voltou a ser palco de mais um acontecimento invulgar, a Quinta das Covadas, mais precisamente no seu bosque ensolarado. De facto, no dia 17 de Agosto, uma cria-turinha de palmo e meio veio à luz do mundo, fazendo as delícias dos donos e o enlevo da jovem mãe.
Quando se encarregava da distribuição de provisões e água aos pais, deparou a dona com uma coisa enroscada no chão, que à primeira vista lhe pareceu um gato. Depressa a sua vista lhe devolveu a imagem duma cabrinha anã, que acabara de nascer naquele momento. A mãe, surpreendentemente e ao contrário dos humanos que têm auxiliares, passou o trabalho de parto sozinha, conseguindo na perfeição pôr a cria neste mundo, sã e salva. Só o tamanho da criaturinha já desperta, no ser humano, uma ternura muito genuína, mas quando assistimos a este milagre... acabada de nascer, ergue-se logo nas patinhas frágeis e começa a andar. Que graciosidade, que leveza, ali contida neste quadro de tão rústica beleza! O Homem, tão sábio e inteligente, demora cerca de um ano a ganhar força nas suas pernas, para cometer a mesma proeza!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Concelho de Ílhavo na RTP a partir do Festival do Bacalhau


“Verão Total” a partir do Jardim Oudinot

Hoje, durante seis horas, o concelho de Ílhavo esteve na crista da onda, com a transmissão, a partir do Jardim Oudinot, do programa “Verão Total”. A apresentação principal esteve a cargo de Júlio Isidro e Sónia Araújo.
O programa era demasiado extenso para eu poder ver e ouvir tudo o que  sobre o nosso concelho foi dito. Pelo tempo de que dispus, deu para perceber que “Verão Total” foi um excelente cartaz para divulgar os nossos valores e as nossas potencialidades.
Artesanato, folclore, gastronomia (Bacalhau como Rei da festa), solidariedade social, paisagens, praias… Música, idosos com vida, Museu Marítimo e Santo André. E os nossos autarcas, os presidentes Manuel Serra e Ribau Esteves, a falarem com entusiasmo das terras e gentes que somos.
“Verão Total” talvez venha a contribuir para o esperado grande êxito do Festival do Bacalhau. Assim todos o desejamos.

FM

Recantos da Figueira da Foz


Em hora de ponta, não faltam carros à procura de um lugarzinho para estacionar, na Marginal da Figueira da Foz. No lado esquerdo, debaixo dos guarda-sóis amarelos, estão idosos a inalar os ares marinhos, sentados, que as pernas já não aguentam a caminhada até ao mar.


O Forte de Santa Catarina, na foz do Mondego, que foi palco de lutas durante a Guerra Peninsular, é sempre motivo para registo fotográfico. Bem tratado e asseado à volta, não falta quem procure ler as placas alusivas a diversas efemérides.


A Arte Nova também está na Figueira da Foz. Não tanto como em Aveiro, mas está, como o atesta este edifício voltado para o Mondego e para o Mar, com toda a imponência. Dá gosto vê-lo. Há tempos, no Posto de Turismo, a escassos metros, um funcionário desconhecia a existência da Arte Nova na Figueira da Foz.



Na hora de nos deixar, ontem à tardinha, o sol brindou-nos com estas cores que nos deixaram fascinados. Quando a estrela-mãe quer, há espectáculo gratuito, que merece a nossa contemplação. Dura apenas uns minutos, mas vale a pena apreciar.


Na Marina da Figueira da Foz, por onde passo com alguma frequência, almocei ontem, no "Tapas Bar", um robalo grelhado de se lhe tirar o chapéu. O bar é bastante frequentado, sobretudo ao almoço, não só por navegadores, que por aqui descansam e se abastecem, mas também por veraneantes que se identificam com os ambientes marinhos. Ao lado, à direita, na foto, a Escola de Vela prepara futuros velejadores e, naturalmente, navegadores.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Recantos de Buarcos


Gosto de ver que o povo não é ignorado pelos poderes autárquicos. Normalmente, as ruas são baptizadas com nomes de gente célebre pelos seus feitos políticos, académicos e artísticos. O povo, embora se torne, pelos seus méritos, credor da nossa admiração, não costuma ser honrado com o nome numa rua. Mas a Maria Jarra aí está a atestar que não foi esquecida.


Povoação antiga que se preze não pode destruir ruas sinuosas e vielas estreitas. Buarcos não foge à regra. Andei por lá, ontem, em longa caminhada, para apreciar esses vestígios da sua ancestralidade, mas também da sua modernidade.


Os vestígios de antigas muralhas estão bem conservados, voltados para o mar e à vista de toda a gente. Ali e por toda a faixa que se estende como que a proteger a povoação, com sinais, até nas pessoas e sobretudo nas mulheres, de quem gosta de preservar o passado.  


O areal a perder de vista é marca notável das praias da Figueira da Foz, mais concretamente de todo o concelho ligado ao mar. E em Agosto, o mês privilegiado de quem gosta de vir a banhos, se não atingiu os cumes de outras eras, não faltaram veraneantes de todas as partes do país e até do estrangeiro.


O mastro, alto e armado, atesta a força do mar nas gentes de Buarcos. Os velhos pescadores, reformados mas com os olhos permanentemente fixos nas águas desafiadoras do oceano, não largam os seus recantos em conversas intermináveis uns com os outros.  Perto do mastro e por toda a marginal.


A homenagem ao pescador, na rotunda do mesmo nome, atesta o respeito que há por quem deu o ser a Buarcos. Na crista da onda, o pescador segura a rede, sempre na ânsia de que venha o peixe necessário para o sustento da família. Boa ideia.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

No Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, até 19 de Setembro


"Uma história entre a terra e o mar"

Esta exposição tem como temática principal o centenário da criação da Paróquia e da Freguesia da Gafanha da Nazaré. Evoca a vontade, sentida e afirmada pela comunidade local, de criação de uma Paróquia e Freguesia autónomas, concretizada no ano de 1910.

"Verão Total" no Festival do Bacalhau, na quinta-feira



Festival do Bacalhau no Jardim Oudinot


 
É já amanhã que o Festival do Bacalhau abre as portas para o convívio anual das gentes da região e não só.
Sendo indiscutível que neste festival é possível degustar o «melhor bacalhau do mundo», como no ano passado sublinhou o presidente da CMI, Ribau Esteves, também não será de menosprezar a parte convivial procurada e animada pelo nosso povo. Não é à volta da mesa que se fazem amigos e se consolidam amizades?
Nesta perspectiva, sinto-me na obrigação de convidar todos os meus leitores para que participem neste evento, emprestando a sua alegria e saboreando os nossos petiscos, que instituições concelhias saberão preparar para nossa satisfação.
Não se pense, porém, que é preciso comer à farta-brutos. Nada disso. Pense, por exemplo, nuns pastéis de bacalhau bem feitos, numas pataniscas saborosas, numas carinhas fritas deliciosas, numas línguas panadas de comer e chorar por mais, tudo acompanhado por padas de vale d’Ílhavo e por um copinho que não proíba a condução do automóvel. Claro que há feijoada de samos, posta grossa assada no formo ou na brasa e tudo o mais que possa imaginar de bom para um dia de férias cá dentro.
Se faltar, não me venha dizer depois que não o avisei a tempo.

FM

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

S. Pedro do Sul: António Correia de Oliveira

Passar por S. Pedro do Sul e não recordar António Correia de Oliveira é como ir a Roma e não ver o Papa.
Não perdoaria a mim mesmo se o não procurasse nestas minhas curtas férias em S. Pedro do Sul. Aqui fica um bocadinho deste poeta saudosista, autor de "Verbo Ser e Verbo Amar".


Ó, como a tua carta é pequenina!
Cabe no cálix vivo de uma flor...
(No entanto, é mais pequeno o claro alvor
que espalha, em roda, a estrela matutina!)


Como é pequena a tua carta, Amor!
E vê: de encontro à sua luz divina,
a saudade, que nela se ilumina,
enche o mundo de sombra, anseio e dor!


Maria, que pequena a tua carta...
Pequena? O sonho lê-me (e não se farta!).
as coisas belas que me não disseste:


tantas e tantas, que, para escrevê-las,
só se as palavras fossem as estrelas,
fosse o papel a imensidão celeste!

António Correia de Oliveira

Obra da Rua visita Figueira da Foz


A Obra da Rua, mais conhecida por Casa do Gaiato, instituição criada pelo Padre Américo, visitou no passado fim-de-semana a Figueira da Foz, respeitando uma tradição de 70 anos. Um padre com alguns “gaiatos” participaram nas missas, para dar conta do que fazem e pretendem continuar a fazer em favor de meninos e jovens sem família.
Na altura, o pároco de S. Julião, cónego Veríssimo, sugeriu que todos contribuíssem para a Obra da Rua, repetindo o apelo feito há décadas pelo Bispo de Coimbra. Esta visita repete-se todos os anos no terceiro domingo de Agosto, tendo havido da parte de todos os residentes ou veraneantes uma excelente resposta aos desafios lançados pelo presidente da assembleia.

domingo, 15 de agosto de 2010

Diário de Notícias e o "Festival do Bacalhau"

 
Jardim Oudinot


«O Festival do Bacalhau substitui, desde 2008, as típicas tasquinhas que, durante dez anos, tiveram lugar no centro da cidade de Ílhavo. O Jardim Oudinot, um renovado espaço ribeirinho na Gafanha da Nazaré, acolhe agora o certame que conta com nove Tasquinhas do Bacalhau (da responsabilidade de associações da região) e duas das padeiras de Vale de Ílhavo. Pelo palco do evento, de quarta-feira a domingo [18 a 22 de Agosto], passarão Deolinda, Expensive Soul, GNR, Marco Paulo e Ana Moura. Marcam presença no certame 26 artesãos, duas barracas de espumante da Bairrada e onze stands de empresas locais. "Este festival é uma referência do nosso concelho, a capital do bacalhau. Esperamos dezenas de milhares de pessoas", diz ao DN Fernando Caçoilo, vice-presidente da autarquia.»

In DN

A objectiva de Carlos Duarte

Ria de Aveiro

Pois esta é uma das vantagens de andar de bicicleta na nossa região, sem ser necessário ir para as tais "ilhas de sonho", onde tudo ou quase tudo é artificial. Neste pequeno rectângulo temos coisas tão belas que até "dá pena" os portugueses não as conhecerem e, meus amigos, não é por falta de publicidade...

Carlos Duarte

"Os Segredos do Vaticano"



Bernard Lecomte, antigo jornalista do La Croix, L’Express e Le Figaro Magazine, escreveu “Os Segredos do Vaticano”, uma obra que se lê com gosto, sobretudo por quem, ao longo da vida dentro do séc. XX, teve conhecimento de muita informação, por vezes contraditória e controversa, saída do Vaticano ou com ele relacionada, como foi o meu caso.
O autor é um especialista em questões religiosas e escreve do que sabe, ou não estivesse ele numa posição profissional que lhe dava acesso a muitos pormenores da vida da Santa Sé. Razões suficientes para ser uma pessoa bem informada e credível.
Li com gosto este livro, com a vantagem de começar por temas que, desde há décadas, me despertaram interesse ou curiosidade, frequentemente alicerçados em boatos ou no “diz-se que…”, enchendo páginas e páginas da comunicação social.
Será que o silêncio do Papa Pio XII, face aos Nazis, foi uma realidade? O mesmo Papa terá proibido mesmo a experiência dos Padres Operários? O Vaticano II esteve prestes a soçobrar no dia da abertura? E o que aconteceu, de facto, quando João Paulo I faleceu ao fim de 33 dias de pontificado? E afinal o que se passa com o Santo Sudário de Turim? E o que revelou realmente a Virgem aos três pastorinhos em Fátima?
Trata-se de um trabalho que pode servir para quem gosta de estar bem informado.

FM

FUTEBOL: Sporting começou a perder

O Sporting, o tal que tinha a melhor equipa do mundo, no dizer do seu treinador, começou o campeonato a perder. Mau sinal... A intervenção psicológica nem sempre resulta. Os jogadores menos realistas ou mais sonhadores terão ficado convencidos de que constituem mesmo a melhor equipa do mundo. Mas os outros, não. Se calhar, está longe de ser a melhor de Portugal!
Mais uma palavra a abrir o nosso campeonato: o ridículo de alguns treinadores esconderem as deficiências técnico-tácticas, alegando  falta de condições do campo e o vento que se fez sentir, aí está para nos rirmos. O argumento estafado está sempre na boca dos menos corajosos, dos que pensam que nunca se enganam nem erram. Afinal, as condições da relva e o vento afectam ambas as equipas e não apenas a que perdeu ou a que venceu com inúmeras dificuldades. Ou não é verdade?

Serrazes: Para recordar bons momentos

Solar dos Malafaias

Nem vivalma


Está limpo, mas vazio

Adega-frigorífico, onde se vendia vinho verde de Lafões

Acesso sem sinais de utilização


Tanque abandonado


O acesso não será o melhor, para quem sai de Vouzela. Mas se for das Termas de S. Pedro do Sul, já não digo o mesmo. O difícil será partir de Serrazes à procura do Parque de Campismo, que até está sinalizado. O caminho é menos polido e tortuoso. Contudo, cheguei bem ao local onde passei algumas férias com a família.
Em Serrazes pude apreciar, mais uma vez, o solar dos Malafaias, que ostenta um poder económico fora do comum da restante aldeia. Há anos tive o privilégio de o visitar por dentro, por amabilidade de amigos. Agora, limitei-me a apreciá-lo por fora, o que já não é mau. E então recordei a história de um Malafaia que eventualmente matou um irmão por causa de ciúmes. Nunca cheguei a ler o livro que conta esse triste acontecimento. Mas gostava de o ler por simples curiosidade. Nada mais.
Chegado ao Parque de Campismo, fiquei desolado, tal o estado em que se encontra. Em pleno Agosto, quando era suposto estar cheio de campistas, estava às moscas. Nenhum sinal de vida turística nem sombra de busca de lazer. Tudo abandonado. Outros tempos, julgo eu.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 197

PELO QUINTAL ALÉM – 34



A PEREIRA



A
Engenheiro Oudinot,
Armando Ferraz

Caríssima/o:

a. Temos ali junto das abelhas, umas pereiras que minha Sogra tratava com todo o cuidado, já que era a sua fruta preferida. E de uma dessas pereiras se guarda uma recordação inolvidável: são pêras grandes, como que três ao prato.

e. Durante anos e anos, o Esteiro Grande, de saudosa memória, foi a nossa piscina. Toda a gente conhece a sua história tão badalada foi durante uma campanha promovida para a sua preservação ( de que resultou o arranjo que se pode apreciar e usufruir junto ao SANTO ANDRÉ). Mas há sempre algo de novo a acrescentar. Um dos nossos duelos era atravessar o Esteiro. Nesta época de Verão, atravessava-se e, se o guarda do Jardim não andasse por ali, fazia-se uma visita às pereiras e regressávamos, nadando, com apetecidos frutos a boiar à nossa frente. Sentados, à sombra, do lado de cá, era um regalo!...

i. A pêra deve ser consumida ao natural, quando a casca estiver firme sem rachadelas ou cortes, ou na culinária: geleias, compotas, tortas, sucos, cremes, sobremesas e sorvetes.
Chamada de "fruta-manteiga" por muitos em alusão à textura macia, a pêra é ideal no lanche, na sobremesa ou até mesmo como acompanhamento. Uma pêra de tamanho médio possui menos de 100 calorias.
As pêras são consideradas a fruta por excelência para um bebé: é o fruto ideal para introduzir nestes futuros adultos o salutar hábito de proteger o corpo com alimentos saudáveis.

sábado, 14 de agosto de 2010

FÉRIAS: descanso, repouso, paz, dias de festa...



O TRABALHO E AS FÉRIAS

Anselmo Borges

Quando se fala de trabalho, é preciso ter em atenção algumas questões prévias, fundamentais.
Primeiro, o trabalho deve ser visto no seu sentido amplo. Assim, tanto trabalha o agricultor como o operário, o engenheiro, o estudante, o médico ou o professor.
Depois, é interessante observar como, apesar de tudo, mesmo etimologicamente, há diferença entre tipos de trabalho. Perguntamos a alguém que está no labor de uma investigação ou na redacção de um trabalho científico: como vai o seu trabalho? Podem dizer-nos: gosto do que faço, o meu trabalho realiza-me. Mas também: meti- -me em trabalhos. No quadro do trabalho duro, diz-se mesmo trabalho - de tripalium, o tal instrumento romano de tortura -, mas referimo-nos ao trabalho criativo como obra: alguém deixou uma obra, publicou as suas obras completas - a raiz é o grego ergon, como pode ver-se no alemão Werk. Mas também se diz: anda nas obras.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Bactérias Inteligentes

«O que podemos retirar desta ameaça é que o homem, apesar do seu poder sobre as outras espécies, ao ponto de as exterminar, é impotente para travar, controlar ou eliminar as que não consegue ver e que são a base da vida planetária.»

Ver mais aqui

Fátima: Um fenómeno religioso e sociológico


Terminou há poucas horas mais uma peregrinação ao Santuário de Fátima, em que participaram muitos milhares de crentes e devotos de Nossa Senhora. Desde as aparições, em 1917, que Fátima se tornou um fenómeno religioso e sociológico, com muitos estudos a tentarem justificá-lo. Uns assentando a sua análise no divino e outros tentando negar essa vertente. Porém, uma coisa é certa: haverá poucos portugueses que nunca lá foram ou se fixaram na indiferença perante a influência que Fátima exerce nos católicos e até em crentes de outras religiões.
Esta peregrinação, voltada para os emigrantes, foi mais uma manifestação de fé e da certeza que muitos compatriotas alimentam, ano após ano, da ajuda de Nossa Senhora nas horas difíceis que longe da pátria têm de enfrentar.
Promessas traduzidas em velas, em orações e cânticos, em sofrimento de joelhos até à Capelinha das Aparições, em esmolas oferecidas, em agradecimentos íntimos ou cantados, de tudo um pouco, ou muito, pude ver nas reportagens feitas a partir do Santuário.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Termas de S. Pedro do Sul: Devoções

Capela de S. Martinho

Agraciados e caixa de esmolas

A força das devoções


Nas Termas de S. Pedro do Sul, integrada na zona arqueológica (à espera, há anos, de trabalhos de limpeza e tratamento), está a Capela de S. Martinho. Antiga, como a imagem mostra, guarda os sinais das devoções dos agradecidos  pelas curas recebidas. Graças à intervenção de S. Martinho? Graças às águas termais? A ambas? Só Deus sabe.
Aqui fica o registo... para uma passagem por lá.

S. Pedro do Sul: espaço museológico das termas

No registo dos utentes lá estavam ilhavenses
Relíquias das termas antigas

Família Real


Em S. Pedro do Sul, no Balneário Rainha D. Amélia, há um espaço museológico que merece ser visitado. A entrada é gratuita. Basta pedir autorização à recepcionista. Está asseado e as legendas ajudam a compreender os tratamentos doutros tempos. No livro de registos dos termalistas há nota da presença de ilhavenses, alguns meus conhecidos. Aliás, as Termas de S. Pedro do Sul foram, durante anos, as mais frequentadas pelas nossas gentes. Não sei se ainda hoje o são.
É curioso entrar neste ambiente de há décadas, quando nem toda a gente podia gozar férias, um privilégio para os mais endinheirados.

Submarinos não são precisos

«A crise e o progressivo endividamento põem-nos ainda mais nas mãos dos alemães. Os submarinos vêm mais por questões económicas do que militares». Afirma quem sabe: General Loureiro dos Santos.
Se um General o diz, quem somos nós para duvidar?

Somos bons em alguma coisa

«O i publica hoje o longo artigo do New York Times que coloca Portugal quase como exemplo para o Estados Unidos da América no campo das energias renováveis.»

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

“Gafanha da Nazaré — 100 anos de vida”



Integrado na celebração do centenário da criação da freguesia da Gafanha da Nazaré, teve lugar no sábado, 7 de Agosto, pelas 21.30 horas, no Centro Cultural da nossa terra, o lançamento do meu livro “Gafanha da Nazaré — 100 anos de vida”. Participaram muitos amigos, mais do que era esperado, já que, à mesma hora, decorria um jogo de futebol (Benfica – Porto), um festival de folclore na Praia da Barra, com organização do Grupo Etnográfico da nossa terra, e o festival de marisco, na Costa Nova, entre outros eventos.
Não é esperado nem bonito que eu fale do livro, que me ocupou alguns meses, em resposta ao desafio que me lançou o meu Prior, Padre Francisco Melo. Faço-o, no entanto, fundamentalmente, para dizer que se trata de um trabalho feito por dever de consciência e por imperativo do amor que tenho à minha terra e suas gentes, com as quais me identifico, por força genética que herdei dos meus antepassados, que aqui se fixaram desde há séculos.
No fundo, é preciso que diga que é um trabalho com lacunas, já que não foi humanamente possível abordar outros temas, tão dignos como os referidos no livro, por falta de tempo e de espaço.
Quero expressar os meus agradecimentos a todos os que, directa ou indirectamente, me ajudaram.
No final, a encerrar o livro, achei por bem sublinhar esse facto com este texto:

Etc.

Aqui chegado, fica-me a certeza de que o etc. é a melhor maneira de concluir este modesto trabalho. Ele representa o muito que ficou por dizer para memória futura.
O crescimento da Gafanha da Nazaré durante um século indicia um futuro ainda maior, alicerçado na responsabilidade colectiva das suas gentes, que não perderão a oportunidade de continuar a aproveitar as condições extraordinárias que a mãe-natureza lhes tem oferecido.
A sensação que colhi diz-me que muitos acontecimentos, vivências, projectos realizados e por realizar, emoções, sonhos e anseios ficaram na berma dos caminhos, sem espaço para ocupar um lugar no autocarro da história. Ficarão para a próxima viagem, se Deus quiser.

2010, ano do centenário

Fernando Martins

O drama dos fogos florestais




Todos os anos, invariavelmente, os fogos florestais espalham dor e morte por todo o mundo. Em Portugal, também. E muitas vezes, nos mesmos dias e horas, por ironia do destino, cheias semeiam dramas e multiplicam desalojados.
Olhando à nossa volta, paisagens lindas das nossas terras, com tonalidades verdes de cambiantes vários, convidativos quanto baste, mostram-se, de um dia para o outro, pinturas negras de troncos nus, hirtos e mortos.
Ainda há dias andei por S. Pedro do Sul a recordar momentos agradáveis que por lá vivi com esposa e filhos, todos brincando entre o arvoredo de matas virgens, ora em momentos de puro lazer, ora à cata da pedra da escrita em Serrazes ou por ali perto. Fotografias perdidas em alguma gaveta, a que não tenho acesso agora, testemunham essa caminhada entre mato cerrado e silvas agressivas, num verão quente de há décadas.  E há dias, um pouco incapaz de busca semelhante, passei por outras aldeias agora carbonizadas pelas chamas impiedosas que ninguém consegue evitar, deixando nos rostos de tanta gente as marcas do sofrimento que jamais serão esquecidas.
Os fogos florestais não são monopólio exclusivo de Portugal. Outros países se debatem com eles. Mas não será possível, perante tantas perdas, criar-se um ministério para o combate e prevenção dos fogos, com equipas de vigilância e com programas para ordenamento da rede de combate? O que se consome nesta luta, todos os verões, não daria para se fazer algo de mais positivo?

FM

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Gente da Nossa Terra: Mário Retinto

Mário Cardoso

Doença pulmonar abre-lhe as portas ao estudo

Mário Cardoso, mais conhecido por Mário Retinto, 79 anos, casado, quatro filhos e seis netos, foi, desde muito jovem, um membro activo da nossa comunidade.
Primogénito de uma família numerosa, com 16 filhos, 12 dos quais ainda vivos, entrou no mundo do trabalho muito novo, e aos 16 anos assumiu a presidência da JOC (Juventude Operária Católica), depois do casamento do presidente, António Pata, «uma excelente pessoa», que, de algum modo, o marcou para a vida.
Aos 18 anos foi conhecer, como ajudante de motorista, a faina da pesca do bacalhau, no velho Santa Joana, e aos 20 concorreu para a Escola de Aviação Naval Almirante Gago Coutinho, como serralheiro. E foi aqui, durante 11 anos, que conheceu profissionais muito competentes, distinguindo um, Joaquim Bernardo, pela sua cordialidade e integridade.
A passagem pela Acção Católica, desde a pré-JOC, contribuiu para a sua formação cívica, religiosa e humana. «A JOC, em tempos de proibição dos sindicatos livres, foi um movimento que, de certa maneira, desenvolveu entre os seus filiados a consciência sindical operária», disse. E acrescenta: «Com o 25 de Abril, os membros da Acção Católica dispersaram-se e muitas deles envolveram-se no sindicalismo, com as bases que colheram nos organismos em que militavam.»
Por toda a formação que recebeu, o nosso entrevistado não descarta, ainda agora, a hipótese da reorganização deste movimento, a nível nacional, cujos princípios se apoiam no método “Ver, Julgar e Agir”, que leva à intervenção nos ambientes de trabalho, nas famílias e na sociedade em geral.
Mário Retinto recorda os tempos em que uma lesão pulmonar o atirou para a cama, aos 21 anos, durante dois anos e meio, um dos quais foi vivido num sanatório do Caramulo. Curiosamente, em vez de se lamentar, sublinha que a sua permanência naquela estância de cura, famosa na época, acabou por ter um saldo positivo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Faça Férias cá dentro: Festival do Bacalhau

Bacalhau à confraria

Uma boa maneira de fazer férias cá dentro é aproveitar o que nos oferecem de graça, em geral. Está neste caso o Festival do Bacalhau, que se vai realizar no Jardim Oudinot, entre 18 e 22 de Agosto, com um programa recheado para todos os gostos.
Haverá o culto do “fiel amigo” às mesas das instituições, com lugar marcado no festival, que sabem cuidar da nossa gastronomia com saber e arte. O destaque vai, naturalmente, para o bacalhau, mas também teremos música para todos os gostos.
Mesmo em tempo de crise, como é inegável, talvez haja possibilidades para ao menos podermos petiscar, com a família à nossa volta, umas pataniscas, carinhas fritas, línguas ou samos, neste caso com feijoada. Não será necessário empanturrar, mas ao menos saibamos degustar o que é típico da nossa terra.
Tem dito o presidente da Câmara, Ribau Esteves, que é aqui que se pode saborear o melhor bacalhau do mundo. E faz muito bem em garantir esta verdade, porque é uma realidade indesmentível.
Então, boas férias no Festival do Bacalhau. E bom apetite.



domingo, 8 de agosto de 2010

Festa simples para celebrar 45 anos de casamento

Flor do meu jardim. Foto da Lita

Uma festa simples para celebrar 45 anos de casamento só tem lugar uma vez na vida. Como é óbvio. Aconteceu ontem, 7 de Agosto, em ambiente familiar, como mandam as boas regras, na minha óptica. Há quem procure fazer uma festa de arromba para tornar mais badalada a efeméride. Prefiro a primeira forma, no aconchego da família, com esposa, filhos, nora, genro  e netos.
Alguns ainda perguntaram porquê celebrar 45 anos, que não é uma data certa, como 25 ou 50 anos. Respondi que mais vale comemorar já, não vá dar-se o caso de algum percalço estragar a festa. Portanto, agora, ano após ano, fazemos questão de viver essa celebração.
Foi muito agradável recordar, com calma e com a família, o que foram 45 anos de harmonia e amor, onde a aceitação do outro, neste caso a minha Lita ou eu próprio, com tudo o que cada um é.
Ver os filhos crescer, senti-los envolvidos na vida, ouvir as suas aspirações, apoiar os seus projectos e alegrarmo-nos com as suas alegrias, dá-nos um prazer enorme. Por isso a festa, por isso o encontro, por isso os brindes…





TECENDO A VIDA UMAS COISITAS -196

PELO QUINTAL ALÉM –33


O TOMATE

A
António Sá e esposa Rosa
Caríssima/o:



a. É um regalo ver como o Amigo Sá cuida da horta, num recanto do nosso quintal, e encantador ter o privilégio de acompanhar o desenvolvimento das plantas. Sem menosprezo para pimentos, couves, nabiças, melões, meloas, malaguetas, coentros, pepinos, ..., todos concordam que os tomates são únicos! Como escolhe as variedades; prepara o terreno; os semeia; os estaca; os capa; os rega; os sulfata, os colhe!... E o resultado não desilude e espelha-se no seu riso aberto e franco.
Degustar qualidade é outra coisa!

e. Embora sem tantos requintes, por vezes quase ao deus-dará, a nossa juventude deliciava-se com tomates apanhados e comidos ali mesmo (que crime: não os lavávamos!...) servindo-nos de merenda diferente e apetecida.

i. O tomateiro é uma planta fanerogâmica, angiospérmica e dicotiledónea. Apesar da crença generalizada de que seja um legume, é, na realidade, um fruto, uma vez que é o produto do desenvolvimento do ovário e do óvulo da flor, formando o pericarpo e as sementes, respectivamente, após a fecundação.
De sua família, fazem também parte as beringelas, os pimentas e os pimentões, além de algumas espécies não-comestíveis.
Os tomates podem ser divididos em diversos grupos, de acordo com o seu formato e a finalidade de seu uso.

sábado, 7 de agosto de 2010

O homem humaniza o mundo e humaniza-se a si próprio

O TRABALHO E O ÓCIO

Anselmo Borges


Entre as muitas características que nos distinguem dos outros animais, como a linguagem duplamente articulada, a autoconsciência, o pensamento abstracto, a orientação para o mundo como um todo e a capacidade de distanciamento da imediatidade no espaço e no tempo, a elaboração de teorias científicas, a avaliação segundo juízos morais, está também o trabalho. O homem também se define como homo faber. Karl Marx viu bem: "O homem diferencia-se dos animais a partir do momento em que começa a produzir os seus meios de vida."
Enquanto o animal colhe o que a natureza lhe oferece, o homem transforma-a. Trabalha para satisfazer as suas necessidades, estabelecendo uma relação de intercâmbio com a natureza: obtém dela o que lhe falta e, por outro lado, ao transformá-la, transforma-se a si mesmo. Mundanizando-se, o homem humaniza o mundo e humaniza-se a si próprio, autorrealiza-se. Ao mesmo tempo que elabora os produtos de que precisa, aperfeiçoa a natureza e forma-se a si mesmo teórica e praticamente.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

"Gafanha da Nazaré - 100 anos de vida"


Amanhã, 7 de Agosto, pelas 21.30 horas, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, vai ser lançado o meu livro, editado no âmbito das celebrações do centenário da freguesia da Gafanha da Nazaré. Por esta forma, endereço o convite a todos os meus leitores e amigos, para que marquem presença na sessão, como sinal da amizade que nos une.
FM

Rainha D. Amélia e as Termas de S. Pedro do Sul

Balneário

 D. Amélia na escadaria
 No Hotel
 No átrio do Balneário
No átrio do Balneário


A Rainha D. Amélia é uma figura tutelar nas Termas de S. Pedro do Sul. O impacto da sua visita àquela estância termal, em 1894, acompanhada dos seus filhos, D. Luís Filipe e D. Manuel, foi deveras grande. E no ano seguinte, em 1895, um decreto real classifica as termas de “Caldas da Rainha D. Amélia”.
As visitas reais ou de membros de realeza, bem como da aristocracia sonante, revestiam-se, naquelas épocas da Monarquia, de grande importância. Eram, sem dúvida, uma maneira de fazer publicidade e um incentivo à prática dos tratamentos termais. Quem ousava duvidar dos benefícios das águas curativas, preferidas até por gente tão importante? E quem não gostaria de dizer que até usou as tinas em que se banharam os nobres, reis e rainhas?
A figura da Rainha D. Amélia sente-se e pressente-se em cada canto. No Balneário que tem o seu nome, no museu anexo, nos folhetos propagandísticos e publicitários, no espírito dos funcionários, nos hotéis.
Algumas fotos ilustram o que digo, enquanto aconselho que nas termas todos os meus leitores procurem e vejam, ao vivo, o que aqui mostro.

FM