sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

DIA DO HOLOCAUSTO — 27 de janeiro

Um texto de Maria Donzília Almeida 

Museu do Holocausto

Há homens de “estatura”... 
 e os pequenos homens! 


O Holocausto foi a maior mácula da história alemã, atribuída ao ditador Adolf Hitler. É, aliás, associado a esta personagem sinistra, o tom demagógico, tenebroso, sustentado pela característica gutural da língua alemã, verbalizado no vocativo: “Deutsche Frauen und Herren...”. Com todos os rr bem vincados... na boca do ditador... era o melhor isco para inflamar o sentimento patriótico da raça ariana! Constatei isso, quando estudei a língua alemã. 
A palavra Holocausto tem origens remotas, em sacrifícios e rituais religiosos da Antiguidade, em que plantas, animais e seres humanos, eram oferecidos às divindades e queimados durante o ritual. Passou a significar cremação dos corpos. 
Após a Segunda Guerra Mundial o termo Holocausto foi utilizado, para referir o extermínio de milhões de pessoas que faziam parte de grupos politicamente indesejados pelo regime nazi: judeus, comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu. Incluía também ativistas políticos, testemunhas de Jeová, sacerdotes católicos, membros mórmons e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum. Todos esses grupos pereceram, lado a lado, nos campos de concentração. 

A ideologia nazi nasceu num contexto de crise económica, social e moral da Alemanha, ainda a assimilar as humilhações do Tratado de Versalhes. Aparece, assim, a ideia de um Estado Autoritário e Totalitário, de partido único, National Soziallismus com uma vontade nacionalista de expansão territorial. Contudo, a conceção racista foi prevalecente na ideia de que os alemães eram descendentes dos Arianos, uma raça superior às demais raças. Deste princípio absurdo, nasceu o sentimento anti-semita de ódio aos judeus, propalado por Adolfo Hitler no seu livro “Mein Kampf”.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Gafanha da Nazaré vista da torre da igreja para norte



Mais uma oferta do Ângelo  Ribau. A Gafanha da Nazaré vista da torre da igreja matriz para norte. Para os emigrantes apreciarem a sua e nossa terra, decerto com saudades destes ares de maresia. E já agora, não seria interessante que os nossos  emigrantes nos mostrassem as paisagens que os envolvem ?

Fernando Maria lidera lista candidata à Mesa da Misericórdia de Ílhavo




Segundo o Diário de Aveiro, o antigo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo e actual presidente da Assembleia-Geral, Fernando Maria da Paz Duarte, apresenta-se como candidato da lista única à liderança da Mesa da Santa Casa, ultrapassando, assim, o impasse gerado pelo pedido de demissão da equipa presidida por João Bela.
Felicito o meu amigo Fernando Maria pela decisão e coragem em voltar de novo a uma tarefa cujas dificuldades conhece bem há muito tempo.

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A ÚLTIMA E MAIS ELEVADA DESCOBERTA DE NEWTON



"A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isso fica sendo a minha última e mais elevada descoberta."

Isaac Newton

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LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE SÃO VALORES INCONTESTÁVEIS

Um texto de José Mattoso

Sabedoria e fraternidade


Para quem tomar os três conceitos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade em si mesmos, não pode deixar de os considerar como valores incontestáveis, seja para um cristão, seja para quem for. Por isso, o observador desprevenido acha estranho que a Igreja tenha levantado objeções à sua valorização. De facto, a Igreja, durante o longo pontificado do papa Pio IX, e, depois disso, durante muito tempo, não hesitou em condenar o liberalismo em geral e o liberalismo católico em particular. Foi preciso uma muito lenta maturação intelectual e doutrinal para que a vigilância censória do Vaticano atenuasse as suas desconfianças. Quanto à trilogia que os liberais apresentavam quase como um novo Evangelho, a apologética cristã do século XIX interpretava-a como pura hipocrisia: do seu ponto de vista, os liberais não queriam instaurar a igualdade e a fraternidade, mas destruir a Igreja.

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Argentina, Parque Nacional Los Glaciares


Câmara de Ílhavo atribui Bolsas de Estudo




Amanhã, sexta-feira, 27 de janeiro, pelas 18h30, no Fórum Municipal da Juventude de Ílhavo, vai ter lugar a cerimónia de entrega de Bolsas de Estudo Municipais, referentes ao ano letivo 2011 – 2012. Nesta edição, candidataram-se à atribuição de Bolsa de Estudo 36 Alunos, tendo sido excluídos seis por incumprimento dos critérios de seleção. A Câmara Municipal de Ílhavo atribuirá neste ano letivo 14 Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Secundário e do Ensino Superior residentes no Município de Ílhavo, correspondendo oito a novas Bolsas e seis a renovações. O montante da Bolsa varia entre 51,13 euros e 102,25 euros, consoante se trate de um Aluno do Ensino Secundário ou do Ensino Superior.

Permitam-me que sublinhe a importância das Bolsas de Estudo, sobretudo em tempos de crise e de muitas dificuldades para as famílias. Segundo tenho lido na comunicação social, há já muitos alunos que cancelaram os seus estudos, precisamente por carências económicas. Interessante seria que outras instituições de qualquer pendor criassem bolsas para outros alunos necessitados.

AVIVAR A MEMÓRIA PARA ENTENDER A DECISÃO

Um artigo de António Marcelino

Três objetivos do Concílio pareciam claros: revisão da Igreja, em si mesma e da sua imagem; abertura ao mundo moderno e à sociedade, mediante a leitura e o discernimento dos “sinais dos tempos” e consequente diálogo; unidade dos cristãos, com uma presença significativa da Igreja no campo ecuménico.


É bom ter presente pessoas e aspetos significativos da iniciativa conciliar, bem como o contexto, social e eclesial, em que o Concílio surgiu e aconteceu. Muitos dos que, passo a passo, viveram o Concílio, padres ou leigos, em idade de vibrarem com a preparação e o decorrer do mesmo, se ainda vivem, na sua maioria, são pessoas com mais de setenta anos. Isto quer dizer que, passados cinquenta anos, a quase totalidade dos mais responsáveis hoje, na Igreja em Portugal, eram então muito jovens ou ainda nem tinham nascido. A memória histórica comporta, para todos, lições que é bom recordar, para compromisso no presente e ajuda no projetar do futuro.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Alberto João Jardim aceita acordo troikiano

Habituados que estávamos às ameaças do presidente do Governo Regional da Madeira, com cedências sistemáticas às exigências de Alberto João Jardim por parte de todos os Governos da República, gostei de saber que desta vez houve quem se impusesse com determinação e rigor. Já não era sem tempo. Os madeirenses são portugueses como nós e por isso têm de ser tratados em pé de igualdade. Tem-se dito que noutras eras os madeirenses eram menosprezados e até prejudicados. Com a democracia, porém, julgo não haver razões para isso. Penso que todos ganhamos com o respeito pelos direitos e obrigações de todos os portugueses, estejam eles na Madeira, nos Açores ou em qualquer parte do mundo.

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Argentina, Misiones Jesuíticas Guaraníes


O Hino ao Silêncio de Bento XVI


O silêncio é parte integrante da comunicação


Silêncio e palavra [são] dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas.
Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.
O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo.
No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos.

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MANUEL CORREIA, UM ARTISTA MULTIFACETADO


Entrevista conduzida por Fernando Martins

Capitão Correia mostra a técnica utilizada

Manuel Correia, 67 anos, natural de Ílhavo, casado, dois filhos e um neto, oficial da Marinha Mercante, é um apaixonado pelas artes, sobretudo pelas artes plásticas. Autodidata, começou na Escola Primária a manifestar um gosto especial pelo desenho e pintura, tendo participado no Concurso Milo, da Nestlé, a nível nacional, onde foi distinguido com uma Menção Honrosa. E desde essa altura, nunca mais deixou de pintar, interessando-se por várias técnicas: pintura a óleo e em acrílico, aguarela e desenho, mosaísmo e cerâmica. Esta última, a arte do fogo, é, sem dúvida, a sua paixão. «Há uns três anos frequentei um curso de cerâmica, curso esse que envolveu, na verdade, diversas tecnologias necessárias, como a moldagem em barro, a pintura, as muflas e a cozedura, entre outras», disse.
Manuel Correia, mais conhecido por Capitão Correia, gosta imenso de música, interpretando vários instrumentos de corda, em especial viola, cavaquinho e viola braguesa. A música popular portuguesa merece a sua preferência, pela sua riqueza e variedade que denunciam a matriz das terras que lhe deram expressão.

Pormenor do trabalho que está a ultimar para a casa paroquial

Património da Humanidade: Argélia,Gardhaia, Valle de M'zab



NOTA: Durante uns tempos, publicarei, diariamente,  imagens do Património da Humanidade, que alguns amigos tiveram a gentileza de me enviar.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

DIÁCONOS PERMANENTES EM COUTO DE ESTEVES

Diáconos Permanentes e esposas

Santo Estêvão, padroeiro de Couto Esteves

D. António Francisco que presidiu à Eucaristia


Num dia luminoso, com um friozinho cortante a marcar presença, no domingo, 22 de janeiro, os Diáconos Permanentes da Diocese de Aveiro reuniram-se em Couto de Esteves, freguesia do concelho de Sever do Vouga, terra que era de se ver do Vouga, para celebrar o Dia do Diácono S. Vicente, padroeiro de Lisboa e patrono dos diáconos aveirenses.
Foi escolhida a terra de Couto de Esteves por ter como padroeiro Santo Estêvão, o primeiro mártir do cristianismo, cuja festa litúrgica tem lugar em 26 de dezembro. Era também diácono, jovem judeu identificado com a cultura helénica, tendo dedicado a sua curta vida ao serviço dos que mais precisavam de ajuda, testemunhando, radicalmente, o seu Mestre Jesus Cristo.
O encontro decorreu na residência paroquial de Couto de Esteves, nova e equipada para nela se realizarem diversas ações eclesiais. E neste dia friorento não faltou, a par do calor humano, imprescindível nestes momentos, o calor da fogueira acesa.

domingo, 22 de janeiro de 2012

COUTO DE ESTEVES, UMA ALDEIA COM RAÍZES HISTÓRICAS



Pelourinho



Casas de pedra




Leilão à sombra do cruzeiro.Ao fundo a Casa da Cultura


Hoje tive o privilégio de estar umas horas em Couto de Esteves, no concelho e arciprestado de Sever do Vouga. Trata-se de uma aldeia antiquíssima, que já foi sede de concelho, como o atesta a sua história. Presentemente tem cerca de 900 habitantes.
Já conhecia Couto de Esteves desde o tempo em que por lá andei, há uns 40 anos, em tarefas de apoio cultural a cursos de adultos de alfabetização e em animação de bibliotecas populares.
Nesta visita, promovida pela Diocese de Aveiro, no âmbito da celebração do Dia do Diácono Permanente, com o objetivo de dar a conhecer ao Povo de Deus a ação dos diáconos na Igreja Católica, mostrando, por outro lado, a realidade das comunidades que constituem, concretamente, a Igreja Aveirense, revi uma aldeia asseada, bem enquadrada pela floresta e pelo Vouga. Casas de pedra, limpeza nas ruas por onde passei, vestígios do seu passado que remonta ao século XII, pois foi em 1128 que Couto de Esteves recebeu, de D. Afonso Henriques e de sua mãe, D. Teresa, Carta de Foral.
Como concelho, albergou na sua jurisdição Arões, Junqueira, Rocas do Vouga e Ribeiradio, para além da própria povoação de Couto de Esteves. O concelho foi extinto em 1836.


TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 274


PITADAS DE SAL – 4 



O NEGÓCIO ESTAVA FEITO 

Caríssima/o: 

«O dia já clareava francamente. A carreira das sete já tinha passado por eles há algum tempo. Tivessem uns tostões e esta caminhada poderia ser evitada, mas a carreira era para os ricos, não para gente como eles. 
O pai não lhe tinha dito ao que vinham. Para ele era igual. Antes ali que andar a roçar mato para o ti Antunes, esse velho forreta que nem broa dava que chegasse para a cova de um dente. 
Já tinha vindo a Aveiro uma vez. Foi numa ocasião, por alturas de uma feira, há três ou quatro anos. Tinha andado a apanhar batatas novas para um homem lá da terra e este, à noite, trouxe-os de camionete para ver a feira. E ainda pagou umas farturas e umas garrafas de vinho verde. Foi o que se chama uma noitada! Nos carrosséis não andou, que não tinha dinheiro, mas nunca tinha visto tanta luz, tanta gente e tanta coisa bonita como naquele dia. Até viu as motas do Poço da Morte e o Comboio Fantasma. De arrepios!! 

RESPOSTA IMEDIATA AO CONVITE FEITO

Uma reflexão de Georgino Rocha



É impressionante a prontidão dos convidados. A sua resposta fica como referência exemplar da atitude de quem é chamado. A sua disponibilidade indicia uma liberdade interior capaz das maiores ousadias. A sua confiança tem apenas como alicerce a força persuasora de quem lhes faz o convite. E deixando tudo, imediatamente O seguiram!
Jesus vive uma “hora” complexa. A prisão de João Baptista não augura nada de bom. Risco semelhante pode correr em qualquer momento. É tempo de pensar no futuro e começar a preparar as suas bases, desde já. Caminha à beira-mar e vai sonhando. Olha a grandeza e o encanto do ambiente que o rodeia: o azul sereno do céu espelhado nas águas, a brisa marítima suave que lhe afaga o rosto e faz agitar os cabelos, o ruído que vem da faina da pesca de uns homens que diligentemente lançam as redes. Vê nesta ocorrência a possível solução e a desejada oportunidade: Iniciar “a pesca de homens” a quem, mais tarde, entregaria a sua missão. Entretanto, andariam consigo, veriam o que fazia, estabeleceriam laços de comunhão fraterna, tentariam compreender os ensinamentos e, sobretudo, beneficiariam do seu estilo de vida itinerante, sóbrio e confiante em Deus-Pai. “Habilitavam-se”, tanto quanto pudessem, para o serviço a realizar.

sábado, 21 de janeiro de 2012

POESIA PARA ESTE SÁBADO






Fonte: caderno Economia do EXPRESSO

UNIDADE NO CERTO, LIBERDADE NO DUVIDOSO E CARIDADE EM TUDO



Unidade no certo, liberdade no duvidoso e caridade em tudo. Estes princípios, repetidos até à exaustão, sobretudo durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, são fundamentais nas vivências entre todos os que aceitam Jesus Cristo como Mestre e Salvador. O movimento ecuménico não é recente. Em 1895, Leão XIII tomou a iniciativa de propor uma novena de oração pela reconciliação dos cristãos, gesto que foi repetido até ao nossos dias, tanto por proposta da Igreja Católica como de outras Igrejas cristãs.

O ECUMENISMO E ASSIS

Um artigo de Anselmo Borges 



Não creio que haja guerras exclusivamente religiosas, já que estão sempre presentes outros interesses: económicos, políticos, geoestratégicos, instinto de sobrevivência e expansão. De qualquer forma, é uma vergonha que em nome de Deus se tenha derramado e continue a derramar tanto sangue, a exercer tanta violência e a espalhar tanto sofrimento. Esta é a verdadeira blasfémia.
Esta vergonha vem à consciência concretamente nestes dias (18-25 de Janeiro) dedicados ao diálogo ecuménico entre as diferentes Igrejas e confissões cristãs, na chamada Semana da Unidade dos Cristãos.
O ecumenismo - a palavra vem do grego oikuméne, com o significado de Terra habitada: o Homem é, por natureza, ecuménico, universal -, enquanto movimento para alcançar a união dos cristãos, teve início no princípio do século XIX, mas, oficialmente, inaugurou-se com a Assembleia de Edimburgo em 1910. No entanto, só em 1948 se realizou em Amesterdão a primeira Assembleia Geral do Conselho Ecuménico das Igrejas, e a Igreja Católica só fez a sua conversão ecuménica profunda no Concílio Vaticano II (1962--1965), cujo cinquentenário se celebra este ano.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

À BOCA DA BARRA DE AVEIRO




Perto da boca da barra, em frente ao Farol, com mar calmo, o barquinho resolveu descansar depois da viagem. O navegador está decerto a programar nova partida. À espera de vento, ali bem perto do areal, numa manhã clara que propicia sonhos de novas terras e de outros mundos que o oceano banha. Quem me dera poder navegar, sem medo e sem perigo, sem destino certo e com horizontes a perder de vista.

ABUSOS SEXUAIS EM CONGRESSO NO VATICANO






Nota: na Página 1 da RR

Apenas 56% dos portugueses consideram a democracia o melhor sistema político

Mal vai a democracia se assim é...

«Apenas 56% dos portugueses consideram a democracia o melhor sistema político. Um estudo realizado para o barómetro da Qualidade da Democracia e divulgado pelo Público demonstra que a percepção da Democracia em Portugal aponta para uma “desconsolidação” deste sistema político.
Em reacção ao resultado do estudo, o sociólogo Luís de Sousa, um dos autores do estudo, refere que este indicador dá conta de que “a democracia vai reduzir qualidade de desempenho”.
O investigador admite que este resultado “é um sinal de insatisfação e a insatisfação em democracia até é útil”, sublinhando que “o problema é saber até quando é útil e a partir de quando causa desgaste”.
Como exemplo de desgaste da Democracia em Portugal, Luís de Sousa aponta as recentes “manifestações de militares e os atropelos dos direitos constitucionais”.
Para António Costa Pinto, outro dos autores do estudo, “há imensas democracias consolidadas que convivem com descontentamento, o problema é saber gerir isso”.»

Li aqui

Neste dia de 1923 nasceu Eugénio de Andrade

Eugénio de Andrade

«A 19 de Janeiro de 1923, nasce, na Póvoa de Atalaia (Fundão), o escritor português Eugénio de Andrade. Como reconhecimento pela sua notável obra poética, traduzida para diversas línguas, foram-lhe atribuídos inúmeros prémios literários, tanto em Portugal como no estrangeiro, tendo ainda sido agraciado, pelo governo português, com o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada e a Grã-Cruz da Ordem de Mérito. Escreveu, também, diversos livros para crianças.»

Li aqui

AS AMORAS

O meu país sabe a amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

Eugénio de Andrade

Otelo insiste no golpe de estado


«Otelo Saraiva de Carvalho insistiu hoje que o desagrado popular pode conduzir a um golpe de Estado pelos militares, mas, reconhecendo não haver condições para isso, admite que dependerá dos efeitos da nova lei geral do trabalho.
(...)
«Quanto ao teor das suas declarações, que já provocaram polémica por serem entendidas como um apelo ao tumulto, o 'militar de Abril' defende que a 'Revolução dos Cravos' teve como um dos seus objectivos garantir-lhe precisamente esse direito: "O de poder dizer as alarvidades que eu quiser, porque o que eu digo é a minha opinião e, num país livre, eu não posso ser condenado por expressá-la".»

RUMO PARA UMA RENOVAÇÃO NECESSÁRIA


Um artigo de António Marcelino

«O Papa traçou para a Igreja o caminho do Concílio: na fidelidade a Deus, unir e não separar; acabar com condenações; marcar uma presença no mundo, inspirada no amor e conduzida pelo diálogo, nunca desprezar este mundo, das pessoas e da natureza criada, antes ver nele a antecipação de Deus, que o criou e viu que era bom e repleto de beleza. Esta dimensão nova, proposta à Igreja, gerou uma expectativa não esperada, por parte de muitos, mesmo não cristãos.»

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Desenvolvimento local ao nosso alcance

Um artigo de Acácio Catarino


Foi afirmado, no artigo anterior, que o desenvolvimento local está ao alcance de qualquer população e não implica grandes despesas. E adiantou-se que, para a respectiva concretização, bastariam: «Uma comissão promotora; um núcleo executivo; animadores socioeconómicos; comissões sectoriais e de zonas geográficas, quando necessárias; e, eventualmente outros tipos de agentes. Tudo isto se pode garantir através de dezenas de pessoas, em cada freguesia, mas também através de um número mais baixo, porventura inferior a dez. As opções dependem da dimensão da freguesia, bem como das características da sua população, sobretudo no que respeita a motivações para a participação no processo de desenvolvimento local.

CORTE DE FERIADOS




Fonte: RR

Vaticano II: textos conciliares


No dia 25 de dezembro passaram 50 anos da publicação da constituição apostólica “Humanae salutis”, na qual o papa João XXIII convocaria o Concílio Ecuménico Vaticano II para 1962. O encontro terminaria a 8 de dezembro de 1965 mas as suas implicações na vida da Igreja Católica permanecem atuais meio século depois.

O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura recorda excertos dos documentos conciliares.

Aventuras de um boxer

Um texto de Maria Donzília Almeida

Antes de... 

Antes de a dona o ter posto fora de casa, 
ele dormia a sesta na espreguiçadeira 
e a noite num sofá! Era um lorde!

Depois... foi dormir para a estufinha das plantas, 
onde a dona colocou a alcofinha, mas ele prefere dormir nas bicas! 
Coisas de cão orgulhoso!



Enjeitado

Por alguns sou rejeitado.

Pela m’nha dona preterido. 
Mas qual será o meu fado...
Um cão que já foi tão querido! 

Ão, ão... p’ra todos, um ano bom! (com sotaque tripeiro). Há muito que não dou um ar da minha graça, mas agora é que estou, sem graça nenhuma! Ando mesmo acabrunhado, a pensar nesta vida de cão, que passei a ter de há uns dias para cá. Antes, tinha uma vida de lorde e todos os cães vadios, que deambulavam pela rua, me invejavam! Antes, dormia na torre do castelo, sossegadinho da vida, confortável, quentinho e com um edredon de penas a aconchegar-me! Agora durmo na estufa das plantas, a coberto da geada, sim, mas bem junto da caruma e dos vasos arrumados a um canto. Ando triste! Quase ia parar às masmorras... alagadas de água no inverno, como o forte de Peniche! Não chegou a tanto, a crueldade desta amiga de Pen----

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

IGREJAS A SAQUE: UM FLAGELO QUE NOS COMPETE TRAVAR

Um artigo de Sandra Costa Saldanha





Os furtos em templos católicos constituem, de longa data, um dos mais preocupantes delitos cometidos contra o património cultural da Igreja. Ampliadas as chamadas de atenção, no sentido de serem reforçadas medidas preventivas e meios de defesa adequados, a verdade é que algumas rotinas elementares de segurança permanecem descuradas. A implementação de um simples registo cadastral, por exemplo, continua por fazer em inúmeras igrejas.
Face à dimensão do problema, muitas são as dioceses que optam por retirar dos seus templos os objetos mais valiosos. No entanto, fechar igrejas ou encarcerar as peças, contrariando a sua vocação original, não pode constituir, em circunstância alguma, uma solução de salvaguarda aceitável.

Rodrigo Leão no Centro Cultural de Ílhavo


Sábado, 21, 22 horas

“Um dos mais inspirados compositores do mundo!”, afirma o realizador espanhol Pedro Almodóvar.
Rodrigo Leão é um dos mais importantes compositores  do nosso país e «A Montanha Mágica» é o seu novo  disco, editado em novembro de 2011, diretamente para  1.º Lugar no Top de Vendas nacional.
Música poderosamente evocativa, canções para as  palavras que se trazem no pensamento e que só cada  um de nós ouve, esta é a proposta de Rodrigo Leão  para um concerto que se adivinha a todos os títulos  extraordinário. Nova música, novo álbum, mas a magia e  a sofisticação de sempre garantida pelo génio particular  de Rodrigo Leão, com a ajuda de Viviena Toupikova,  Bruno Silva, Carlos Tony Gomes e Rui Vinagre (cordas)  e Celina da Piedade (acordeão)

DOURO FABULOSO




NOTA: Imagens que hoje recebi, com outras, da região do Douro.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS




Fonte: NA Página 1 da RR

ENGUIAS DE AVEIRO, UM EX-LÍBRIS A PRESERVAR






A Universidade de Aveiro vai desenvolver trabalhos técnicos no âmbito do projecto “Enguias da Ria de Aveiro, um ex-líbris a preservar. Biologia, sanidade e pesca”. Trata-se de uma ação promovida pela CIRA, que visa "analisar a evolução da distribuição e abundância da enguia na Ria de Aveiro, determinando a produtividade ecológica como base para a boa gestão da pesca, a fim de serem efetivadas as diligências necessárias à certificação da enguia como produto de qualidade inequívoca e assegurada".
Tantas especialidades gastronómicas já mereceram a honra da certificação, mas, afinal, as nossas enguias ainda estão à espera. Pode ser que desta vez elas venham a ocupar o lugar a que têm direito.

CLARA FERREIRA ALVES: O ASSALTO À EDP

PARA QUEM AINDA NÃO LEU




domingo, 15 de janeiro de 2012

AS JANEIRAS NA GAFANHA DA NAZARÉ







Hoje foi noite de receber as Janeiras na Gafanha da Nazaré. O grupo que passou pela minha casa e cantou era formado por membros do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré. Respeitaram a tradição tocando e cantando melodias que estão no ouvido de muita gente, sobretudo da mais idosa.
Sempre gostei de respeitar as boas tradições e isso passa por receber quem as preserva e divulga, apesar da chuva que na altura caía e do frio que se fazia sentir.
O fundador e diretor do Grupo, Alfredo Ferreira da Silva, formulou votos de bom ano, prometendo voltar em 2013, apesar dos seus 81 anos. Afinal, a sua idade não o impede de exibir uma juventude que é exemplo para muitos jovens que envelhecem prematuramente, sem honra nem glória.

ANA MARIA LOPES HOMENAGEADA PELO LIONS




NOTA: No Diário de Aveiro de hoje

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 273


PITADAS DE SAL - 3 



OS MARNOTOS DA GAFANHA 

Caríssima/o: 

Já tanto se tem escrito sobre esta figura, agora quase lendária, que pouco sobra para mim. 
João Pedro Marnoto, no seu blogue, registou: 

«O marnoto é o trabalhador que nos meses entre a Primavera e o final do Verão se dedica às salinas, ou marinhas — como se diz na gíria em Aveiro —, na produção de sal. Encher e remexer os tabuleiros com água nova, quebrar e puxar o sal após a cristalização e carregar o sal em canastras pesadas sobre a cabeça é o ofício do marnoto, que trabalha de corpo robusto e queimado pelo sol intenso. Às vezes, só de cueca.» 

Nos desdobráveis turísticos lá vem: 

«O marnoto é o tradicional trabalhador das salinas, acompanhante de todas as actividades que elas exigem, dos meados da primavera ao final do outono; Era por regra bronzeado do sol de verão, vestia camisa de lã branca sobre a qual usava, em volta do pescoço, um lenço de cor vermelha preso com uma caixa de fósforos, enquanto na cabeça se protegia com chapéu preto de feltro com abas largas; Para baixo, vestia bragas ou calções largos de cor azul em algodão, aos quais chamavam manaias. ... é caracterizado por ser uma figura de braços hercúleos, traços morenos e pele bastante bronzeada pelo sol devido às actividades desenvolvidas nas salinas, ... Apresenta mãos calejadas dos remos e pés endurecidos pelos cristais do sal.» 

E o nosso João Magueta acrescenta como bom conhecedor: 

«... limpar a marinha e prepará-la para uma produção de qualidade, rer e transportar o sal, à cabeça, numa canastra, até ao cocuruto do monte, debaixo de um sol escaldante, sete dias por semana. Não havia domingos, nem feriados, nem dias santos. Folgas, só quando chovia, mas nem assim podiam abandonar as salinas, porque um ou outro temporal podia fazer estragos, exigindo pronta reparação.» 

VINDE VER, RESPONDE O MESTRE

Um artigo de Georgino Rocha


Esta resposta é, no mínimo, surpreendente, mas profundamente apelativa. É dada por Jesus de Nazaré aos discípulos de João Baptista que seguiam no seu encalço e lhe haviam feito a pergunta crucial: Mestre, onde moras?
Os discípulos, pescadores de profissão e habituados a arriscar, vão, vêem e ficam. E em consequência, desencadeiam um dinamismo vocacional digno de registo.
A resposta de Jesus, embora situada no tempo, é dirigida a todos os que buscam sinceramente algo ou alguém que a sua consciência pede de formas diversificadas. De facto, que procuramos na vida? Tem sentido o que fazemos? Se reservássemos uns instantes para “balanço”, que saldo positivo verificaríamos? Estamos a atender o que é prioritário e se enriquece à medida que a vida desliza ao longo dos anos?

sábado, 14 de janeiro de 2012

Av. José Estêvão da Gafanha da Nazaré: 60 anos separam as duas imagens


A mesma avenida, com 60 anos a separar as duas imagens. A de cima exibe o seu traçado rectilíneo e quase sem casas a  ladeá-la. A segunda, que me foi remetida ontem pelo Ângelo, mostra claramente uma zona urbana, onde o casario tem lugar de destaque. Quase nem distinguimos a avenida, hoje chamada José Estêvão. As fotos foram tiradas da torre da igreja matriz. Como a vida se desenvolveu e tudo se alterou! 

Efeméride: Um século da igreja matriz

14 de janeiro de 1912


A nossa igreja matriz completa hoje um século. Foi inaugurada, segundo rezam as crónicas, neste dia, mas há 100 anos. Recordei aqui.

Um poema para este sábado




Grandeza do Homem

Somos a grande ilha do silêncio de deus
Chovam as estações soprem os ventos
jamais hão-de passar das margens
Caia mesmo uma bota cardada
no grande reduto de deus e não conseguirá
desvanecer a primitiva pegada
É esta a grande humildade a pequena
e pobre grandeza do homem

Ruy Belo,
 in "Aquele Grande Rio Eufrates"

ÍLHAVO: 13.º Capítulo da Confraria Gastronómica do Bacalhau




Realiza-se no próximo de 21 o 13.º Capitulo da Confraria Gastronómica do Bacalhau, em Ílhavo, com inicio às 10horas, no Museu Marítimo, onde decorre a sessão de boas vindas, a troca de lembranças, a “patanisca de honra” e a entronização dos Confrades de Honra e Confrades Efetivos. Segue-se o cortejo das Confrarias presentes até ao Hotel de Ílhavo onde decorre o almoço festivo. 
Este ano, os Confrades de Honra, propostos pela Direção, são a Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão (Hotelaria), pelo seu trabalho na divulgação de tudo o que se relaciona com a Restauração, sendo já um parceiro importante da Confraria, nomeadamente, com a realização de encontros com alunos e professores; o Diário de Aveiro e a Rádio Terra Nova, dois meios de comunicação social que, ao longo de 13 anos, tem divulgado todas as atividades da Confraria assim como de iniciativas que se relacionem com a preservação e divulgação do “fiel amigo”. 

Secularização e destino da Europa

Um texto de Anselmo Borges

Václav Havel

Aí está um tema fundamental. Mas, quando se reflecte, é necessário perceber que há vários sentidos de secularização.

1. O primeiro sentido - secularização vem do latim saeculum (mundo) - tem a ver com a autonomia das realidades terrestres. A Bíblia é essencialmente dessacralizadora da natureza, da história e da política, precisamente porque a criação ex nihilo por Deus, pessoal e transcendente, criando, não por necessidade, mas livremente e por amor, implica a autonomia das criaturas.
Este sentido de secularização é particularmente importante para a política, que deve estar separada da religião. O Estado deve ser laico e não confessional. Jesus tinha dito: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus." Mas também as ciências, a economia, a filosofia, a própria moral são autónomas, com as suas próprias leis, sem pedir legitimação à religião.

OS LOBBIES DOS PARTIDOS NÃO PERDOAM

Os lobbies dos partidos políticos não perdoam. Quando chega a hora de colocar os correligionários nos "tachos", não hesitam. É vê-los a entrar...
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

NA GRÉCIA JÁ HÁ PAIS A ABANDONAR FILHOS

Foi notícia que na Grécia já há pais sem capacidade para sustentar os seus filhos. Por aqui, no nosso país, também haverá pais nessa situação. A fome campeia por aí.
Li que na Grécia, onde nasceu a democracia, alguns pais estão a entregar os filhos para adoção ou a deixá-los em instituições. Dificuldades que geram desespero e dramas de sabor amargo.
Todos sabemos que os filhos não podem ser abandonados. Os caçadores e outra gente de coração duro fazem isso com os cães que não servem para caçar, o que nos leva a condená-los. E como deve reagir uma sociedade, quando ouve falar de situações de abandono de crianças? Na Grécia ou em Portugal?
Não podemos, realmente, olhar para o lado. Bem se fala de uma nova ordem social... mas não se avança para ela, por se desconhecerem os caminhos. O comunismo e o capitalismo ruíram. Onde estará a solução?
Os sábios da política, da economia, da sociologia e de outras ciências não avançam com propostas luminosas, e o mundo, incrédulo face ao que vê, nem sabe para onde se virar. Perdeu o norte?