Reflexão de Georgino Rocha
Jerusalém é a meta desejada por Jesus ao longo de toda a sua caminhada em missão. Faz convergir tudo para esta cidade. Também as oportunidades como as festas da Páscoa que constituíam os “dias da pátria”. A elas, acorrem multidões que fazem triplicar a população residente. Enquanto duram, a azáfama é grande, sobretudo no templo, centro da vida religiosa e económica. A alegria torna-se irradiante e a “confusão” contagiante. E os chefes temem ver frustrada a sua armadilha e que grupos de insurrectos se aproveitem e provoquem alguma sublevação que obrigue os romanos a intervirem. A ocasião é propícia para reivindicar a libertação nacional, alimentada pela esperança na vinda de um messias vigoroso e triunfante.
Jesus entra na cidade, não às escondidas, mas publicamente. Escolhe um modo exemplar, desconcertante. Percorre as ruas tapetadas de flores de embelezamento e de palmas de vitória montado num jumento – animal que simboliza o serviço humilde e gratuito -, aclamado por gente simples que manifesta o seu entusiasmo exuberante. O modo exemplar converte-se em símbolo com força de sentido para sempre.