sábado, 21 de maio de 2005

Matriz da Gafanha da Nazaré

Posted by Hello Bênção e inauguração da restaurada igreja matriz
Hoje, pelas 17.30 horas, será inaugurada e benzida a igreja matriz da Gafanha da Nazaré, em cerimónia presidida pelo Bispo de Aveiro, D. António Marcelino.
No fim do dia, darei notícia do acontecimento, neste meu espaço.

ZÉ PENICHEIRO - Costa Nova

 
Costa Nova


 Embora oriundo da Aldeia de Candosa e muito ligado à Figueira da Foz, Zé Penicheiro tem a alma cheia da Ria da Aveiro e suas gentes, que retrata como ninguém. Presentemente radicado em Aveiro, continua a mostrar a sua sensibilidade, através de traços que reflectem linhas, sombras e horizontes da nossa região, que poucos vêem como ele. Hoje, oferecemos uma foto do quadro "Costa Nova", acrílico sobre tela, de Zé Penicheiro. Voltaremos ao artista em breve.

Um poema de Albano Martins

SECURA VERDE É verde esta secura, como é verde a raiz duma planta que secou. Posso ter o corpo aberto e não mostrar o que sou. Meus versos podem ser tristes e eu ter profunda alegria. Aves nocturnas que buscam, inquietas, a luz do dia.

Leonardo Boff: Papa começou bem

Leonardo Boff
O ex-sacerdote e teólogo brasileiro Leonardo Boff, uma das vozes mais críticas aquando da eleição do Cardeal Joseph Ratzinger como Papa, considera que Bento XVI deu "bons sinais" até agora, revelando ter esperanças de que ele volte a ser um "liberal". Em Abril deste ano, Boff tinha dito que, como cristão, aceitava e respeitava a decisão, fruto da eleição dos Cardeais, mas que seria difícil "amar este Papa, por causa da sua posição em relação à Igreja e ao mundo". Agora, durante um debate na Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, admitiu que "a promessa de dialogar com as outras religiões é um dos bons sinais que Bento XVI lançou, porque o fundamentalismo é um problema que marcou judeus, muçulmanos e católicos". "Imagino que as pressões das mulheres - que são a metade do mundo -, dos divorciados - que devem ser a outra metade -, e de todos aqueles que usam preservativos - que devem ser dois terços -, podem levar o novo Papa a ser novamente o teólogo liberal que já foi no passado", apontou. Considerando que o Cristianismo é, sobretudo, uma religião do terceiro mundo, Boff disse que "chegou a vez dos bárbaros, das periferias". "O meu sonho é ver Ratzinger com a camisa vermelha, caminhando ao lado dos militantes do Movimento Sem-Terra", declarou. Leonardo Boff recordou que, em 1969, Joseph Ratzinger o ajudou com dinheiro e com a sua recomendação a uma editora, para publicar a sua tese de doutoramento. "Naquele tempo, eu era seu admirador", confessou.

Fonte: Ecclesia

Famílias em estado de falência

Se o País fosse uma empresa há muito que tinha declarado falência. Ano após ano com resultados negativos, uma dívida que não pára de aumentar, trabalhadores desmotivados e sem um desígnio, não há nação que resista.O País precisa de resolver o problema da contabilidade, mas verdadeiramente urgente é investir no futuro. Temos - governantes e cidadãos - de acreditar no choque tecnológico. É preciso ir para além do turismo em que vivemos e recebemos quem nos visita.
(Leia este artigo, no DN)

sexta-feira, 20 de maio de 2005

Movimento de Schoenstatt levou crianças a Fátima

Crianças na Capelinha das Aparições Obrigada, Maria, por seres minha Mãe
Ao final da manhã de hoje, cerca de quatrocentas crianças de vários colégios e escolas estiveram em Fátima em peregrinação de acção de graças. Tratou-se da "4.ª Peregrinação de Acção de Graças pela visita da Mãe Peregrina", organizada pelo Movimento Apostólico de Schoenstatt. As crianças entraram no Recinto pelo lado sul, dirigindo-se, em procissão, até ao cimo do Recinto e, a partir de lá, em direcção à Capelinha das Aparições, onde participaram na Eucaristia das 12.30 horas, presidida pelo Padre Francisco Sobral, que acompanhava o grupo. Durante a celebração eucarística, as crianças ofereceram a Nossa Senhora vários trabalhos feitos por elas durante a permanência da imagem da Virgem Peregrina de Schoenstatt nas suas casas, escolas e catequeses. "É com muita alegria que vimos hoje aqui, ao teu Santuário de Fátima, para agradecer a visita que fizeste às nossas casas, às nossas escolas e às nossas paróquias, através da imagem de Graças da Mãe Peregrina de Schoenstatt. Estamos aqui porque aprendemos a rezar com os Pastorinhos de Fátima... E agora que já chamaste para junto de ti a pastorinha Lúcia e o Papa amigo de Fátima, sabemos que cada vez mais temos amigos no céu a ajudar-te a olhar por nós", referiram as crianças, pela voz de uma educadora responsável, no início da eucaristia. Os miúdos, com idades compreendidas entre os 3 e os 11 anos, frequentam os seguintes estabelecimentos de ensino: Centro Infantil de São Gerardo, Cheche de Santa Maria de Belém; Colégio Bom Sucesso, Colégio Santa Maria, Escola Luís Madureira e Escola S. Francisco de Assis. Associaram-se a esta celebração quarenta crianças do Colégio de S. Teotónio, de Coimbra, tendo participado na celebração um total de 1700 pessoas. "Obrigada Maria por seres minha mãe; por vires ao meu encontro e me quereres tanto bem. Ensina-me a rezar e a saber pedir perdão, a rir e a amar e a levar-te no coração", rezaram as crianças, no final da Santa Missa, no momento da consagração a Nossa Senhora. Esta tarde, as crianças assistiram, no Centro Pastoral Paulo VI, à peça de teatro "O Exército da Paz", pelo Clube de Teatro da Escola Luís Madureira. Schoenstatt é um movimento da Igreja Católica para a renovação cristã do mundo, com uma finalidade pedagógica e apostólica: a formação de um homem novo, construtor de uma nova sociedade.
Fonte: Santuário de Fátima

VIRGEM MARIA: Católicos e Anglicanos de acordo

"MARIA: Graça e Esperança em Cristo"
A Igreja Católica e a Comunhão Anglicana colocaram ontem um ponto final nas disputas teológicas sobre o lugar e a importância de Maria na vida cristã com a declaração conjunta "Maria: Graça e Esperança em Cristo". Anglicanos e Católicos afirma, juntos, que "Maria foi a mãe biológica de Jesus, que ela era virgem e que Jesus foi concebido pelo poder do Espírito Santo". O documento, apresentado na cidade norte-americana de Seattle, é o fruto do trabalho da Comissão Internacional Anglicano-Católica (ARCIC, siglas em inglês). Aos Católicos é pedido que tenham mais "cuidado" nas suas práticas de devoção à Virgem Maria, mas fica claro que honrá-la e pedir a sua intercessão não são práticas que possam separar as duas Igrejas. "Acreditamos que não há nenhuma razão teológica para divisões eclesiais nesta matéria", refere a declaração. Embora muitos apresentem a devoção mariana como uma prática católica ou ortodoxa, as suas raízes na Escritura e na Tradição fazem dela uma parte da herança anglicana, como esclarecem as Igrejas. Os dois calendários litúrgicos assinalam grandes acontecimentos da vida de Maria e as orações anglicanas falam da "sempre Virgem" e da "Mãe de Deus Incarnado". Foi a partir desta crença comum no que diz respeito à Virgem Maria que as duas partes partiram para um texto que aborda os dogmas marianos da Imaculada Conceição e da Assunção "num contexto comum", apesar da polémica que dividiu as Igrejas durante 150 anos. (Para ler o texto na íntegra, clique ECCLESIA)

CENTRO DE ACOLHIMENTO INFANTIL DE AVEIRO

 Uma instituição para nos fazer reflectir 


Um Esgueira, há uma instituição para nos fazer reflectir. Trata-se do Centro de Acolhimento e Emergência Infantil de Aveiro, uma das valências da Cáritas Diocesana, que se encontra a celebrar o XV aniversário da sua criação. Destina-se a acolher e a apoiar crianças em risco, quantas vezes marginalizadas ou maltratadas pelas próprias famílias. Também acolhe crianças oriundas de ambientes normais, que ajudam as menos felizes na sua integração social. 
A Cáritas Diocesana pretende dar a conhecer este seu trabalho, aproveitando a passagem das celebrações do XV aniversário do Centro de Acolhimento, para mostrar, ainda, as suas dificuldades, nomeadamente ao nível da concretização do sonho de conseguir novas instalações. Novas e mais adequadas, para dar resposta a projectos que urge implementar, tudo para bem das crianças a seu cargo. Assim, de Maio a Novembro, vão desenvolver-se diversas acções, esperando-se a participação das pessoas, sobretudo das mais sensíveis a estas problemáticas. 21 de Maio - 16 horas, na Sé de Aveiro, Missa de Acção de Graças, presidida por D. António Marcelino. - 17 horas, no Salão D. João Evangelista, Lanche com participação lúdica das crianças. 14 de Junho - Espectáculo para crianças com o grupo "Família Galoró". 9 de Julho - Sarau de Ginástica, com a participação do Ginásio "Gim Line", no Centro Cultural e de Congressos. 8 de Outubro - Jornadas sobre "A Família e a Criança em risco", no Auditório do Seminário de Aveiro. 8 de Novembro - Espectáculo musical, no Teatro Aveirense.

Um artigo de Teresa Soares Correia, no Correio do Vouga

: Das vantagens dos intercâmbios
Observando os comportamentos dos alunos que participam em intercâmbios escolares, conclui-se que desenvolvem determinadas competências e atitudes muito mais rapidamente que outros que não se vêem confrontados com tais parcerias. De facto, assim, ampliam as suas competências de sociabilização, de autonomia e de literacia.
Ultimamente, do vocabulário empresarial, chegou à Escola a ideia de competência, que, a nível internacional, se distribui por três categorias:
1. Interagir em grupos socialmente heterogéneos, o que é bem visível em intercâmbios escolares, no mesmo país, ou noutro.
Quando se viaja para outra Escola, ou quando se recebe alguém no nosso ambiente escolar, num período de tempo relativamente alargado, alunos e professores desenvolvem, sem dúvida, uma série de atitudes e constatam inúmeras características que os unem e distinguem, simultaneamente. O mesmo sucede com as famílias que alojam colegas dos seus educandos. Um exemplo concreto prende-se com os hábitos alimentares.
Confrontados com a alimentação de outro país ou lugar, não só aprendemos a gostar do que é nosso, como também descobrimos a capacidade de apreciar outros paladares. Com a arquitectura e a natureza passa-se o mesmo. Ficamos mais atentos ao que nos é mostrado ou ao que mostramos, para depois tomarmos consciência do que nos é próprio.
Outro aspecto interessante relaciona-se com a necessidade de cooperação e resolução de conflitos. Rapidamente, os participantes neste tipo de intercâmbios descobrem características que os unem e aspectos que lhes desagradam. A solidariedade face a um problema e a urgência em resolvê-lo, para que a reunião não seja um fracasso, são aprendizagens que se concretizam.
2. Agir autonomamente é uma das competências que se pede aos participantes em intercâmbios. Este aspecto deve ter sido desenvolvido a priori, mas é in loco que é posto em prática.
3. Usar instrumentos como as Línguas, a literacia e as TIC é a terceira categoria a ter em conta. Aqui, nota-se que o domínio da Língua Materna e de uma ou duas Línguas Estrangeiras tem de ser praticado. De facto, no final de alguns dias de comunicação, os alunos manipulam com maior facilidade a Língua Estrangeira, porque a necessidade lhes aguçou o engenho. Aqui, relembro algumas crónicas e outros artigos que apontam o dedo às Escolas Portuguesas, por não promoverem a exposição oral e a destreza da argumentação.
Não posso concordar totalmente com tais artigos. Se, por um lado, há muitos Programas disciplinares – não vou fazer uma lista, que seria fastidiosa, pois são quase todos – que preconizam a apresentação oral e o debate; por outro, nos intercâmbios, os alunos e professores preparam apresentações, na maior parte das vezes, em várias Línguas Estrangeiras, servindo-se das TIC.
Por fim, talvez o mais importante destes intercâmbios resida na consciência da nossa “portugalidade”. A ideia que os outros têm de Portugal depende da ideia que nós transmitimos de Portugal. Parece demagogia, mas não é.
De facto, há anos que faço a mesma experiência: quando se começa um trabalho de parceria com países da União Europeia, a maior parte dos alunos e professores têm uma ideia bizarra de Portugal: é uma província de Espanha e a língua que falamos é o castelhano. No final dos intercâmbios, confessam-nos que, afinal, mudaram a ideia que tinham de Portugal! Para melhor!

Efeméride aveirense

:
1938 - O cardeal Eugénio Paceli, Secretário de Estado do Vaticano e futuro Papa Pio XII, comunicou confidencialmente a D. João Evangelista de Lima Vidal que o Papa Pio XI havia dado o seu consentimento ao plano definitivo da reconstituição da Diocese de Aveiro.
1985 - A Câmara Muncipal de Aveiro deliberou que se aplicassem painéis artísticos na rua de Belém do Pará e na rua de Coimbra, da autoria de Vasco Branco, e na rua do Clube dos Galitos, da autoria de Cândico Teles.
Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

Um poema de José Tolentino Mendonça

Os amigos Esses estranhos que nós amamos e nos amam olhamos para eles e são sempre adolescentes, assustados e sós sem nenhum sentido prático sem grande noção da ameaça ou da renúncia que sobre a luz incide descuidados e intensos no seu exagero de temporalidade pura Um dia acordamos tristes da sua tristeza pois o fortuito significado dos campos explica por outras palavras aquilo que tornava os olhos incomparáveis Mas a impressão maior é a da alegria de uma maneira que nem se consegue e por isso ténue, misteriosa: talvez seja assim todo o amor In De Igual Para Igual

Morte de João Paulo II e eleição de Bento XVI

D. José Policarpo Patriarca de Lisboa louva
trabalho dos jornalistas Num encontro com jornalistas, D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, louvou o trabalhos dos media aquando do falecimento de João Paulo II e da eleição de Bento XVI, considerando mesmo que se tratou de uma cobertura de "qualidade acima da média". Porém, não deixou de sublinhar que "houve algumas situações marcadas pelo imediatismo", enquanto outras revelaram "jornalistas menos informados". No entanto, frisou, "a cobertura foi boa". D. José salientou que as reportagens se revestiram de grande qualidade técnica, tendo os trabalhos jornalísticos sido desenvolvidos, "na maior parte dos casos, até com uma grande emoção". O Cardeal de Lisboa disse que o Patriarcado analisou a torrente de noticiário produzido por 120 jornais nacionais, diários, semanários, jornais regionais e revistas e chegou aos números 1035 notícias, 189 dossiês especiais e mais de 170 artigos de opinião sobre o tema. No final do encontro, os jornalistas presentes defenderam uma maior divulgação das actividades da Igreja e alguns deles admitiram dificuldades na descodificação da linguagem religiosa.

DOENTES: Listas de espera para cirurgias aumentam

O actual Governo herdou uma lista de espera para cirurgia que ultrapassava as 193 mil pessoas no final de Janeiro último, mais cerca de 100 mil do que o total estimado em meados de 2002, noticia esta sexta-feira o Público. Quando o Governo PSD/CDS-PP tomou posse, em Abril desse ano, o número de pessoas inscritas para cirurgia estimava-se em cerca de 90 mil. Contudo, com a decisão de aumentar o número de patologias elegíveis de 13 para 68, a lista de espera cresceu para 123 mil pessoas. Mas, segundo o Público, nem tudo são más notícias, uma vez que o tempo médio de espera rondava no princípio deste ano 272 dias, cerca de nove meses, muito menos do que o que acontecia na tutela do anterior ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira. Os números constam do relatório preliminar da auditoria do Tribunal de Contas (TC) ao Programa Especial de Combate às Listas de Espera Cirúrgicas (PECLEC) lançado pelo Governo liderado por Durão Barroso. O relatório preliminar do TC revela que 93,5% das 123 mil pessoas em espera foram operadas durante os dois anos do PECLEC (até ao final de Outubro de 2004), mais de metade das quais no horário normal de trabalho dos hospitais. Este facto pode explicar que não tenha sido esgotada a verba do programa: dos cerca de 220 milhões de euros disponibilizados para o efeito em 2003 e 2004, foram gastos apenas 122 milhões, refere ainda o jornal.
Fonte: Diário Digital

quinta-feira, 19 de maio de 2005

AVEIRO: A maior Feira do Livro de sempre

Praça Marquês de Pombal
Milhares de livros à espera de leitores
No próximo sábado, vai ser inaugurada, em Aveiro, na Praça Marquês de Pombal, a Feira do Livro, que será a maior de sempre da região. Conta com a participação de 58 expositores, 28 livreiros e 126 editoras, segundo anunciou o vereador da Cultura da autarquia aveirense, Pedro Silva. Anunciou, também, que em 2006 a Feira terá um novo formato, fundamentalmente para se aproximar das Feiras de Lisboa e do Porto. Nessa linha, adiantou que a organização do certame poderá ser entregue aos editores, ao mesmo tempo que será criada a figura do Comissário. Entre 21 de Maio e 5 de Junho, a bela Praça Marquês de Pombal vai servir de palco de milhares de livros, para todas as idades e para todos os gostos, a preços especiais, sobretudo nos chamados Livros do Dia, ao mesmo tempo que haverá uma animação cultural a condizer. Dois dias serão dedicados aos alunos das escolas do concelho, com programação adequada, e em momentos a anunciar serão lançados 19 livros, alguns de escritores aveirenses. O Cine-Clube e o Grupo Poético farão o lançamento de duas revistas, mas ainda haverá música, em especial de jazz. Pedro Silva frisou que o interesse de tantos editores se deve ao sucesso comercial das últimas edições. F. M.

Um artigo de Acácio Catarino, no Correio do Vouga

. Contra o desemprego: (1) - triângulo básico
1. Na luta contra o desemprego (ou, pela positiva, a favor do emprego), há várias frentes de acção a ter em conta. Esta reflexão aborda apenas a primeira, que tem como centro a família (ou a pessoa isolada, se for esse o caso).Tal frente pode designar-se por triângulo básico, tendo como “lados” a família, o trabalho e a educação. Há que revalorar a família como centro nuclear e dinamizador do processo educativo e do projecto laboral de cada um dos seus membros.Outrora, a família constituía (além do mais) uma unidade económica de produção, distribuição e consumo, mais ou menos complexa. Hoje aparece, neste aspecto, quase só como unidade de consumo. No entanto, continua a ser muito elevado o número de empresas familiares e de famílias-empresa. Bem vistas as coisas, a grande maioria das famílias vive intensamente esta dimensão económico-laboral, em especial na luta pela subsistência, na procura e melhoria de emprego, na realização de projectos de vida, no esforço educativo...
2. A vertente laboral faz parte integrante do processo educativo, tal como este faz parte do trabalho. O trabalho não é redutível à educação, e esta não é redutível ao trabalho. No entanto, há coincidência parcial entre uma realidade e a outra. E, sobretudo, importa frisar que não existe educação sem trabalho nem trabalho sem educação.É, por isso, recomendável que, desde tenra idade, o trabalho (incluindo, em especial, o trabalho de brincar, de experimentar, de criar actividades lúdicas ou outras, e bem assim as responsabilidades pessoais na família) seja assumido como verdadeira educação e esta como verdadeiro trabalho (embora se trate de realidades diferentes).
3. Na fase escolar, impõe-se que se mantenha uma estreita ligação entre o mundo académico e o laboral análoga à que existe, por exemplo, com o meio ambiente e com a história. É indispensável que a escola vá ao mundo laboral, às empresas (e outras entidades empregadoras) e que o mundo laboral entre na escola.Escola e mundo laboral deveriam complementar-se e cooperar cada vez mais, com a participação das famílias. Nada deveria obstar a que a escola ouvisse depoimentos e “lições” de empresários e trabalhadores, e promovesse exercícios académicos baseados na realidade e problemas dessas empresas. Nalguns casos, a escola até pode con-tribuir para o desenvolvimento das empresas e para a abertura de novos horizontes.Também nada deveria obstar a que os empresários e os trabalhadores se pronunciassem acerca da adequação dos saberes escolares ao mundo laboral. E este poderia receber, da escola, complementos significativos de formação.Família, escola e trabalho podem (e devem) convergir e cooperar, sob pena de se destruírem.

Um artigo de Sarsfield Cabral, no Diário de Notícias

. TEATRO
Durante a campanha eleitoral de 2002 Durão Barroso acusou o Gover- no socialista de descontrolar as contas do Estado, apontando um défice que ele estimava andar pelos 5% do PIB. Entretanto, prometeu um choque fiscal, para baixar impostos. Tendo ganho as eleições, Barroso pediu a uma comissão presidida por Vítor Constâncio para apurar o valor real do défice em 2001. Surpresa e escândalo! Afinal o défice era de 4,1%, furando o limite do Pacto de Estabilidade (3%) mas inferior ao denunciado pelo PSD. A prometida descida de impostos transformou- se em subida do IVA.
Teatro semelhante acontece agora, desta vez com o PS a governar. Na campanha eleitoral e até hoje como primeiro-ministro, Sócrates desdramatizou o desequilíbrio das contas públicas. Antes, Santana Lopes fizera pior considerou resolvido o problema, proclamando o fim da austeridade. Em Novembro, o PS criticou o Orçamento de Santana e Bagão Félix por demasiado optimista, no que não foi muito original. Entretanto, houve eleições e uma longa paragem governativa (excepto para alguns negócios). E temos o petróleo bem acima das previsões orçamentais e a economia -- portuguesa e europeia - quase a estagnar. Assim, as contas do Estado só poderiam piorar, como se percebe. O ministro das Finanças já apontara há dois meses para um défice superior a 6,5%. Qual é, então, a surpresa se o défice apurado por Constâncio for de 7% ou mesmo um pouco mais?
Finge-se agora grande espanto porque antes se desvalorizou o problema, prometendo facilidades - não subir impostos, Scut, benefícios sociais, etc. Vai, pois, ser penosa a pedagogia das "medidas difíceis". É que este repetido teatro dos políticos já enjoa e não engana ninguém. As falsas surpresas talvez só iludam aqueles que as fabricam e se autoconvencem com as suas fantasias.

Bento XVI assegura que Deus está próximo da humanidade

Bento XVI Papa convidado a visitar a Rússia
Bento XVI assegurou que Deus está próximo da humanidade, sobretudo dos pequenos e indigentes, "para levantar o pobre e levar conforto aos necessitados e aos que sofrem". Apresentando uma catequese sobre o Salmo 112 aos cerca de 25 mil peregrinos reunidos para a audiência geral da quarta-feira, o Papa falou do "olhar amoroso e do compromisso eficaz" de Deus sobre os mais pobres dos pobres. "Deus é bem diferente pela sua grandeza, mas ao mesmo tempo é muito próximo das suas criaturas que sofrem", explicou. No dia em que João Paulo II completaria 85 anos, o seu sucessor exortou todos à oração do Rosário, que classificou como "oração evangélica, que ajuda a compreender os mistérios fundamentais da história da salvação". No final da audiência, Bento XVI saudou os pais de Terri Schiavo, a norte-americana que deixou de ser alimentada artificialmente a 18 de Março, por decisão judicial, e morreu na Florida no dia 31 de Março. O Papa passou entre os fiéis que dele se aproximaram e cumprimentou-os com um aperto de mão. Bob e Mary Schindler tinham sido ontem recebidos no Vaticano pelo Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz. Nno Vaticano, o arcebispo de Moscovo, D. Tadeusz Kondrusiewicz, celebrou uma Missa na cripta onde está sepultado João Paulo II, para um grupo de católicos russos. Os peregrinos convidaram Bento XVI a visitar a Rússia.

quarta-feira, 18 de maio de 2005

DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS

Navio-Museu Santo André
Bom motivo para visitar um museu Ocorre, hoje, 18 de Maio, o DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS. Bom motivo, em minha opinião, para se visitar o museu da terra, se não se puder ir mais longe. Ao menos esse. "Museus, Pontes entre Culturas" é o tema proposto para reflexão, numa perspectiva de dar mais visibilidade aos museus menos frequentados, também eles fundamentais para assegurar a preservação das suas colecções e dos seus patrimónios culturais. Mas ainda para implementar a sua aproximação às pessoas, para quem eles existem. O tema recorda-nos que os museus podem e devem ser ponto de encontro de povos com heranças culturais diversas Hoje, há muitos museus que deixaram de ser meros depósitos de peças de arte e quantas vezes de velharias sem interesse de maior, para se tornarem espaços culturais e de transmissão de saberes, unindo gentes de gerações diferentes e proporcionando uma troca relevante de conhecimentos, ligando o passado ao presente e alicerçando o futuro. Além das exposições permanentes, normalmente a alma dos museus, agora os espaços museológicos oferecem, com regularidade, outras mostras de arte, para além de proporcionarem momentos artísticos, que são mais um incentivo para atrair visitantes. Felizmente, nas nossas cidades e vilas, e até em muitas aldeias, há museus para todos os gostos, a preços acessíveis, não havendo razões válidas para as pessoas, jovens e menos jovens, deixarem de os visitar. No DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS, as entradas são gratuitas. Aproveite, pois, para visitar um museu da sua região.
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Recomendo para hoje,
em especial, na região centro:
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Museu de Aveiro
Museu Marítimo de Ílhavo
Museu da Vista Alegre
Museu de Egas Moniz, em Avanca
Casa Gafanhoa, na Gafanha da Nazaré
Navio-Museu Santo André, na Gafanha da Nazaré
Museu de São Pedro, na Palhaça
Museu do Caramulo
Museu Grão Vasco, em Viseu
Museu da Guarda
Fernando Martins

Um artigo de D. António Marcelino

Os crucifixos das escolas e as alminhas das estradas...
Quando há anos saudei o Dr. Manuel Alegre, então responsável do Ministério da Comunicação Social, para lhe desejar o melhor êxito, num campo ainda muito armadilhado mas de grande alcance público, tinha eu, ao tempo, igual responsabilidade no mesmo sector da Conferência Episcopal Portuguesa. Recebi dele um cartão de agradecimento, muito expressivo e gentil. Nele me dizia que o PS sempre respeitaria a Igreja, pois tinha consciência de que a história de Portugal não se pode fazer, sem ter presente a acção da Igreja ao longo dos séculos.
A Igreja era, então, tida como uma benemérita do povo, que atravessava o tempo. As pessoas cultas, crentes ou agnósticas, respeitam, sem favor, a verdade histórica e percebem nela o entrelaçado que a tece e o dinamismo que a comanda. Só por cegueira ou preconceito, se pode turvar água limpa que jorra e corre para bem de todos.
Apareceu há tempos uma associação, da qual não se discute a legitimidade de ser o que quiser, com o objectivo, por exigência do laicismo, de apagar sinais do cristianismo, conspurcar a acção histórica da Igreja, fazer tábua rasa de valores morais e religiosos da nossa tradição e cultura. O alvo é sempre a Igreja Católica, como se os seus membros responsáveis fossem um grupo de bandoleiros que pretendem impedir a luz e os ventos que sopram da Europa laica. E o braço político, temerário e submisso ante pequenos grupos aguerridos, parece entrar na campanha, tão pobre de cultura, como de cidadania.
Agora, é a caça aos crucifixos que, depois da Revolução de Abril, ainda se vêem em algumas escolas do Estado. Temo-los visto, aqui e ali, por vezes limpos e com flores, e, também, com pó e teias de aranha. Vá lá limpá-los quem é pago pelo estado laico!...
O Crucifixo! O mais significativo gesto de amor da história humana, com sinais de séculos na bandeira nacional, agora ofende o laicismo!... A senhora Ministra já deu ordens para que se saiba das transgressões, se tomem providências, se acabe com o escândalo do que resta ainda de sinal religioso nas escolas. A inquirição, segundo a denúncia feita, atinge ainda os que permitem estranhos a falar de Deus nas escolas. O grande problema da educação em Portugal é, então, a existência de sinais religiosos que desorientam crianças e não respeitam o laicismo de todos! Os professores que educam crianças concretas, em terras e famílias concretas, não podem ter critérios educativos próprios, a menos que sejam critérios laicos… O Estado é o dono das crianças e seu protector. Os pais que não se metam onde não são chamados, tanto mais que há agora gente laica, que ninguém conhece, preocupada com os seus filhos…
A associação está tão zelosa por defender “o espaço público que garanta a laicidade de todos”, que não me admiro que venha a pedir também a retirada dos símbolos religiosos da bandeira nacional, onde estão desde há séculos, e a exigir a destruição das “alminhas”, devoção do povo “ignorante”, espalhadas por essas estradas do país, a poluir os horizontes de todos e a incomodar os não crentes incómodos. Não me admiro que se mova uma cruzada que expurgue das vias publicas tudo quanto é nome de santo, de igreja e convento, e se ordene um bota abaixo de estátuas de gente ligada à religião cristã, porque as ruas e praças de todos são precisas agora para personagens da família laica a promover, gente de que ninguém conhece pai nem mãe, nem feitos que mereçam honras… Um vendaval de zelo anti cristão, mais sofisticado que o da I República, que prometeu acabar com a religião em poucas gerações…
Tudo em nome da Constituição da República. Esta consagra, de facto, a separação da Igreja e do Estado ou o Estado não confessional. Todos aceitamos ser este um regime actual e benéfico. Mas é isto o “estado laico”, que parece querer uma guerra religiosa, tão tola como fora do tempo? Se entramos num regime pidesco que, sob pretensão de legalidades, se põe a agir, desprezando o bom senso e o povo que não é órfão e sabe o que quer, certamente que não é a paz o que procuram ou pretendem os novos laicos.

REGIÃO CENTRO quer mais energias renováveis

Energia eólica na Serra do Caramulo
Há energias disponíveis na região A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC) vai implementar projectos que visem o aproveitamento de energias renováveis. Para isso, vai apostar nos fundos comunitários, procurando desenvolver as negociações possíveis e indispensáveis. Pedro Saraiva, presidente da CCDRC, que apresentou ontem o projecto "QUERER 2013 - O centro do futuro", adiantou ao JN que se pretende construir, ao longo de 2005, os contornos daquilo que "venha a ser o futuro da Região Centro", a partir de 2007. Pedro Saraiva salientou que o projecto "QUERER 2013" está já a ser desenvolvido, mesmo sem se conhecerem "os instrumentos disponíveis", o que até considera vantajoso porque, desta forma, os estudos não são feitos em função do dinheiro. Aquele responsável pela CCDRC lembrou, ainda, que na Região Centro há energias renováveis disponíveis, o que é uma mais-valia para a qualidade dos seus projectos.

Um artigo de Sarsfield Cabral, no Diário de Notícias

FUNDAMENTALISMO
:
Em Topeka, Kansas, uma espécie de tribunal vai decidir se a teoria da evolução de Darwin deve ou não ser ensinada naquele estado americano. O caso recorda a condenação, em 1925, de um professor do Tennessee por ter ensinado essa teoria. Mas a coisa agora é mais séria, embora não vá ninguém preso. Cristãos fundamentalistas mobilizaram-se nos EUA para banir das escolas o darwinismo ou, pelo menos, colocá-lo em dúvida. Em seis estados já o conseguiram.
Como qualquer outra tese científica, a teoria evolucionista não é intocável nem imune à crítica ela serve de explicação até ser desmentida pelos factos e surgir outra teoria melhor. Só que a maioria dos fundamentalistas protestantes que defendem o "criacionismo", contra Darwin, não o faz por razões científicas, mas porque lê a Bíblia de forma literal. A mesma que leva a julgar que Deus criou o mundo em sete dias, há apenas dez mil anos. Ou que a Palestina pertence aos judeus por direito divino.
Na Europa a questão foi há muito ultrapassada. A Igreja Católica, por exemplo, não tem problemas com as ideias de Darwin, que são geralmente aceites na comunidade científica mundial. E nenhum católico europeu adulto faz uma leitura literal da Bíblia. Os fundamentalistas fazem-na porque se sentem inseguros num mundo em rápida mudança agarram-se à letra, ainda que o resultado seja absurdo. É por medo e, afinal, por falta de fé autêntica que se autoconvencem de que possuem toda a verdade, na sua formulação definitiva. Dir-se-ia que, para eles, Deus não é transcendente e infinito, nem deve sempre ser descoberto em novas dimensões, na sua eterna juventude. É um Deus fechado, para dar segurança. Mas não parece o Deus de Jesus Cristo. A ideia superficial de que os americanos são muito religiosos deve ser repensada.

AVEIRO: Convento do Carmo abre-se à cidade

"Apresentar o convento no contexto da história cidade e da Ordem do Carmo” é o principal objectivo do ciclo de conferências «Um convento na cidade» promovido pela Ordem do Carmo na cidade aveirense. Inaugurado no passado dia 3 Abril, este espaço renovado passa “a ser também um espaço de cultura” – disse à Agência ECCLESIA Frei João Costa. A anterior residência encontrava-se em estado de degradação e, no seu espaço, foi construído um convento moderno e funcional, com a residência da comunidade, hospedaria e salas de trabalho.
Os padres carmelitas estiveram em Aveiro até à expulsão das ordens religiosas; e regressaram, anos depois, à cidade e à sua igreja. O antigo convento, que foi, até há pouco, pertença da Câmara Municipal, foi de novo entregue à Ordem. Estão em estudo obras de adaptação para actividades ligadas ao carisma da Ordem e à guarda do património artístico existente.
À beira dos quatro séculos, o convento tem “muitas histórias para contar” e fundou outros dois: Santarém e do Buçaco. E acrescenta: “vale a pena visitar a mata do Buçaco que foi plantada pelos frades”.
No passado dia 14 de Maio, as primeiras duas conferências abordaram os seguintes temas: “Um convento com histórias para contar” e “(A)riscar um convento”. Frei João Costa refere mesmo que aquele convento teve uma “das melhores boticas (Farmácia) da cidade”. À portaria do convento, os pobres “vinham receber um pãozinho e curar as feridas”. A religião “não é só rezar” mas estar “também aberto ao outro”. E finaliza: “a pior doença da actualidade é as pessoas não terem tempo”.As próximas conferências serão dias 19 e 28 de Maio.
(Para ler mais, clique ECCLESIA)

terça-feira, 17 de maio de 2005

Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados

António Guterres Candidatura de António Guterres
bem posicionada A comunicação social tem noticiado que a candidatura do antigo primeiro-ministro português, António Guterres, ao cargo de Alto-Comissário para os Refugiados da ONU está a ficar bem posicionada. Hoje mesmo, vai encontrar-se com Kofi Annan, numa altura em que se sabe que os Estados Unidos também estão a simpatizar com a ideia de o apoiar, juntando-se a tantos outros países que já se declararam a favor da candidatura do nosso compatriota. António Guterres é, como muitos saberão, um homem de formação católica e desde jovem interessado pelas questões sociais. A sua entrada na política terá sido, como muitos garantem, uma forma de levar mais longe esse interesse pelos desprotegidos da sorte. Pessoalmente, gostaria mais de o ver a desempenhar essas funções, a nível internacional, do que a ocupar o cargo de Presidente da República, precisamente por sentir que junto dos refugiados seria bastante útil, tendo em conta a sua formação e a sua sensibilidade, para procurar soluções de mais justiça para gente que tanto sofre. Aliás, na sua actual posição de presidente da Internacional Socialista, António Guterres conhece bem o mundo e os dirigentes a quem terá de recorrer, para descobrir ajudas imediatas e eficazes, que respondam aos apelos de quem se encontra numa situação delicada. O homem simples e o humanista cristão, que é o antigo primeiro-ministro de Portugal, ficaria muito bem à frente dos destinos do ACNUR (Alto-Comissariado da Nações Unidas para os Refugiados), ao mesmo tempo que poderia realizar-se mais como pessoa e como político, desde sempre empenhado nas questões sociais e na ajuda a quem mais necessita. F.M.

Um artigo de António Rego

A ESPERANÇA NA ECONOMIA
Proclamar sempre a esperança, mesmo quando o barco está a afundar-se? Dizer aos músicos que continuem a puxar pelos arcos do violino para que os passageiros se não apercebam da tragédia? Ou contar a história real para que se salve o possível, mesmo em pranto, em vez de tudo se perder sob alegres falsetes duma melodia alienante?
Não estamos bem quanto a contas de família. A afirmação não vem dos críticos azedos que nada mais sabem dizer. Vem de técnicos, de contas rigorosas de somar e diminuir, que nada têm a ver com a nossa fraqueza geral em matemática. O deve e haver do nosso país face ao mundo económico é negativo. E grave.
Acho graça aos cronistas diários das bolsas que, com frequência, acusam o PSI-20 ou Nasdaq, de sentimento negativo. Cá está o outro dado. As contas não são tão frias quanto parecem. Têm sentimento – diz-se. E esse sentimento traduz-se em estimular ou desestimular o investimento, a compra ou venda, o negócio que se faz com a tal esperança de que do outro lado exista alguma animação para entrar na acção e no risco. Ou seja: em economia – dizem alguns – nunca se deve mandar calar os violinos, mesmo que o barco tenha rombos sérios e previsões ajuizadas de que pode afundar-se. A movimentação descontrolada dos passageiros pode acelerar a tragédia. A depressão nunca produz bons efeitos.
O dono do Café, o pequeno empresário, o trabalhador médio, o pequeno gerador de economia, não se revêem na lei da oferta e da procura, nem lêem os relatórios dos técnicos do Banco de Portugal ou da Mongólia. Sentem a vida a desandar ou a equilibrar-se, entre as queixas que fazem nos seus jogos de negócio, tal como um jogador de futebol que se faz magoado sem ninguém lhe tocar. Ou cai lesionado mas ninguém acredita porque o queixume faz parte da função negocial.
Em que ficamos? A economia é um planeta à parte, com a sua gramática, técnica, sedução, ilusão, engano e resultados ocultos? Ou uma actividade que se integra num todo da comunidade, para ela voltada e não apenas para o proveito individual de cada uma das quintas que cada qual, de costas voltadas para o mundo, procura cultivar?
Daí a pergunta: em economia, o que é realmente a esperança?

Um poema de Daniel Faria

Cruz, rosa Dos ventos sem direcção que não seja o centro. Coluna Sustentada pelos braços como um amigo que chega. Rosa De orvalho e sangue para o corpo trespassado pela sede. Árvore Que bebe do homem. Árvore Em silêncio onde escutamos a palavra Em carne viva. Verbo Tão inteiro que se fez espelho. In Homens que são como lugares mal situados

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Hello Aveiro: Paços do Concelho

Crianças maltratadas: Portugal nos primeiros lugares

Portugal, a nível mundial, é o sexto país com maior número de mortes de crianças por maus-tratos, segundo revelou a presidente da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens, Dulce Rocha.
A responsável citou um relatório da UNICEF, publicado em 2004, considerando «horrível» que Portugal conste nos primeiros lugares num ranking de 26 países.Como reacção, Dulce Rocha defendeu um «maior investimento» na defesa dos direitos das crianças, sendo que a necessidade de clarificar o conceito de perigo é um factor importante.
«Se valorizarmos a relação afectiva que a criança estabelece com os seus prestadores de cuidados, será a prevalência da relação afectiva sobre a biológica» afirmou a responsável no seminário «Justiça de Proximidade».
Dulce Rocha exigiu do novo Governo «uma grande discussão» na área da defesa dos direitos das crianças, dizendo que «não é admissível que já tenhamos determinados conhecimentos e não os utilizemos na lei.

Portugal: o problema financeiro é grave

O Governador do Banco de Portugal considera que é necessário tomar medidas “difíceis” para combater o défice orçamental do Estado. Sem revelar números, Vítor Constâncio reiterou que o problema é “mais grave” do que previa em Janeiro. “As medidas são necessariamente difíceis, diversificadas, abrangentes e portanto exigem bastante pedagogia para que os portugueses possam compreender plenamente a situação, que se apresenta com dificuldade”, afirmou o economista, no final de um encontro com o Presidente da República, no Palácio de Belém.Vítor Constâncio realçou que a resolução do problema é uma tarefa “necessariamente para alguns anos”, mas que se afigura incontornável. “Nós temos que resolver este problema financeiro para que nos possamos dedicar plenamente às tarefas do crescimento económico”, apontou. O governador do Banco de Portugal afirmou ainda que o caminho para a consolidação financeira deve ser traçado pelo Governo, escusando-se, por isso, a especificar iniciativas concretas: “Não vou falar de medidas (…) cabe ao Governo defini-las”.
Fonte: PÚBLICO

Biografia de Bento XVI já publicada em Portugal

Posted by Hello
Com a chancela da Editorial Presença, será publicada hoje, dia 17 de Maio, a biografia do novo Papa, intitulada "O Papa Bento XVI - O Guardião da Fé". As únicas obras existentes no nosso mercado referiam-se, até agora, a ensaios e um conjunto de entrevistas do então Cardeal Joseph Ratzinger. Da autoria de Andrea Tornielli, jornalista italiano, esta biografia aborda questões tanto do foro profissional como pessoal. Por que linhas orientadoras se regia o novo Papa? Em que consistia a sua acção pastoral? Que mensagem queria passar aos seus congéneres e aos milhares de fiéis? Publicada originalmente em 2005, esta é uma biografia actualizada sobre o percurso do Papa, com constantes referências biográficas e trechos dos textos do próprio.

Fonte: Ecclesia

Portugal em baixo nas Políticas Familiares

Ao nível das políticas familiares, “os países do Norte da Europa estão mais desenvolvidos” – é o resultado do «Estudo comparativo das políticas familiares na Europa dos 15», apresentado no II Serão Nacional da Família, em Lisboa, dia 14 de Maio. Em declarações à Agência ECCLESIA Joana Pereira, uma das autoras do estudo juntamente com Maria Luisa Toledo Gomes, salientou que “a Dinamarca tem condições de defesa das famílias muito superiores a Portugal”. A própria cultura portuguesa não “tem muita sensibilidade de as próprias empresas fomentarem medidas de apoio à família”. E acrescenta: “se um pai, apesar da licença de paternidade estar legislada, pede 5 dias a entidade patronal fica um pouco reticente”.
Esta falta de sensibilização “é um problema gravíssimo” – critica Joana Pereira. Ao efectuar o estudo, a investigadora refere que “não estamos em último lugar no ranking dos 15” mas “Portugal, Espanha, Grécia e Itália” são os países mais preocupantes. No topo está a Dinamarca porque tem “uma política que ajuda a família”.
Para inverter esta lógica, Joana Pereira pede uma “consciencialização do Estado” e a fomentação “do trabalho em part-time”. Tópicos que promovem a família.Se não existir uma “boa conciliação” entre o papel familiar e profissional, o trabalhador “não rende a 100%”. As empresas “não têm essa noção” quando exigem “o trabalho ao fim de semana” – denuncia. Factores que fazem com que Portugal tenha “uma taxa de natalidade baixíssima”. E conclui: “as políticas têm de dar as mãos e valorizar a família”.

LSJ - LUZ E SEMENTE DE JESUS

SER FERMENTO DA BOA NOVA
LSJ - Luz e Semente de Jesus é um grupo de jovens que, em espírito de amizade, alegria e verdade, se empenha, com dinamismo, em ser fermento da Boa Nova de Jesus Cristo, no meio do mundo. Nessa linha, todos os seus membros procuram responder ao desafio de Jesus, esforçando-se por ser luz no mundo, e por viver e semear a Sua PALAVRA. Encontram-se, quinzenalmente, para reflectir e orar, e, mensalmente, para conviver e partilhar experiências, normalmente com o auxílio de convidados. Tudo acontece na Casa das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena, perto da Universidade aveirense e junto do ISCAA (Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro), em espírito de abertura à comunidade envolvente. Também colaboram em actividades promovidas pelo CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura) e pelo MJD (Movimento Juvenil Dominicano), desenvolvendo uma colaboração mútua com as Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena. Por outro lado, participam em campanhas de solidariedade, voluntariado e espiritualidade, enquanto festejam, em conjunto, os momentos fortes do Natal e da Páscoa. No fundo, os encontros do LSJ procuram ser espaços de abertura aos outros e à novidade das coisas, de encontro e de debate, com propostas de carácter cultural, artístico e pastoral.

segunda-feira, 16 de maio de 2005

D. Manuel Clemente diz que é pelo caminho que se dialoga

Posted by Hello D. Manuel Clemente INDEFINIÇÕES
É o tempo delas, de facto. Se não fosse a contradição dos termos, definiriam o tempo presente, culturalmente falando.
Peço desculpa, por juntar o testemunho pessoal: no último ano fui repetidamente convidado para falar sobre dois temas nas mais variadas instâncias, das académicas às paroquiais: as raízes cristãs da Europa e O Código Da Vinci… Em qualquer dos casos, é de indefinição que se trata. Ou, se quisermos, de questões de identidade.
Quanto às raízes cristãs da Europa, sabemos como João Paulo II repetidamente as lembrou, a propósito do primeiro esboço constitucional europeu, que acabou por esquecê-las. Injustamente, porque, além do (muito) mais, é uma questão de óbvia geografia, física e cultural. A Europa de que falamos hoje constituiu-se na Alta Idade Média pela progressiva adesão ao Cristianismo de vários chefes e povos “bárbaros”. Tal adesão recortou o espaço em que nos situamos, do Atlântico aos Urais, do Mediterrâneo ao Mar do Norte. E deu-lhe uma “alma”, mais ou menos distinta, mas com inegável referência evangélica. Diga ou não diga, negue ou afirme, pelo modo de se situar face aos outros e ao Mundo. Aí estão precisamente as “raízes”.
Com O Código Da Vinci, de Dan Brown, a questão é outra, mas de indefinição também. Antes de mais, do próprio estatuto da obra, que tanto se diz romance como reivindica base histórica. Tudo a (des)propósito da pretensa descendência de Jesus e Maria Madalena, que urgiria resgatar para com ela afirmar também uma feminilidade perdida… Mas a interrogação põe-se necessariamente, sobre o repetido êxito editorial dum livro onde não é difícil encontrar parágrafos em que os erros bíblicos e históricos se distribuem linha a linha… E ainda sobre a perturbação que tem causado em muitos crentes, que se deixam abalar por um texto tão inconsistente e medíocre.
- Afinal, perguntaremos, de que europeus se tratava acima e de que cristãos se fala agora?
Culturalmente, concluiremos, a tarefa é enorme. Inadiável também. Porque importa “cultivar” solidamente a todos e a cada um. Com informação sempre acrescentada e bases consistentes. Progredir doutro modo é impossível, porque não se caminha sem firmar um pé. E é pelo caminho que se dialoga também. Mesmo que a definição evolua.
:
NB: Texto publicado no "site" da Comissão Episcopal da Cultura

No Centro Cultural e de Congressos

Encontro de Coros Posted by Hello Centro Cultural e de Congressos de Aveiro
No próximo dia 18 de Maio, pelas 21.30 horas, no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, vai realizar-se um Encontro de Coros. Participam o Coro do Conservatório de Música de Aveiro, o Coral de São Pedro de Aradas, o Grupo Coral A Cantata, o Coral da Vera Cruz, o Orfeão Universitário de Aveiro, o Coral Poífónico de Aveiro e o Coro de Santa Joana. Este é um elenco de muito nível, o que garante, à partida, um espectáculo imperdível, para os amantes da música e para os que, não o sendo tanto, apreciam a arte e a beleza.

DECO defende restrições à publicidade

Ir às compras com uma criança significa, muitas vezes, comprar produtos que nem imaginava existirem. E isto acontece porque as televisões abusam da publicidade destinada às crianças, anunciando alimentos que prejudicam a saúde, como bolos, bolachas, cereais e lacticínios com muito açúcar, aperitivos salgados e bebidas com corantes, denuncia a Deco. A associação de consumidores acusa as televisões e anunciantes de não cumprirem a lei e exige restrições durante o horário infantil.
(Para ler o texto na íntegra, clique DN)

Um artigo de Sarsfield Cabral, no Diário de Notícias

MAL E CULTURA
Um documentário transmitido há dias pela ARD, estação pública de televisão da Alemanha, veio abalar a imagem ainda hoje corrente de Albert Speer, o arquitecto que chegou a ministro do Armamento de Hitler. Tradicionalmente considerado como um gentleman nazi, Speer era visto sobretudo como um inofensivo homem de cultura, que tinha excelentes relações pessoais com o Führer. Sabe-se, agora, que ele participou activamente na organização do Holocausto e que até enriqueceu com bens tirados a judeus. Mas o facto de A. Speer se ter revelado um "organizador do mal" não contradiz o facto de ele ser uma pessoa culta.
Vem isto a propósito da questão levantada por Manuel de Lucena (DN do dia 10) sobre se Hitler era ou não culto. "Sendo a cultura, para muita gente, depois da 'morte de Deus', o sumo Bem, como poderia ser culto este homem no qual, mais do que em qualquer outro, terá encarnado o Mal? Não obstante, lá que a seu modo ele foi bastante culto - muito mais, em todo o caso, do que grande parte dos nossos actuais políticos - eis o que se me afigura inegável."
Concordo com Manuel de Lucena. Só não vejo qualquer incompatibilidade entre a cultura e o mal. A barbárie do nazismo e do Holocausto aconteceu num dos países mais cultos do mundo - não foi no "terceiro mundo" ou na atrasada Rússia. Já aqui lembrei que alguns torcionários nazis eram grandes melómanos. E inúmeros músicos, pintores, poetas, romancistas de primeiro plano, como pessoas foram autênticos estafermos, gente de baixo estofo moral. A cultura é algo excelente, claro. Mas, por si só, ela não defende ninguém do mal. Até pode refinar o mal. Quem espera da cultura a perfeição moral engana-se. O belo e o bem talvez se encontrem algures. Mas, pelo menos por enquanto, eles não coincidem neste mundo.

domingo, 15 de maio de 2005

"Mário Soares: os poemas da minha vida"

Mário Soares Com o "PÚBLICO" de sábado, foi distribuído um livro que se lê com muito agrado. Trata-se de "Mário Soares: os poemas da minha vida", o primeiro de uma colecção dedicada à poesia. A ideia foi sensibilizar os leitores do "PÚBLICO" para a leitura de poemas, através de escolhas feitas por diversas personalidades da vida pública portuguesa. Para começar, tivemos o ex-Presidente Mário Soares e depois virão Freitas do Amaral, Marcelo Rebelo de Sousa, Urbano Tavares Rodrigues, Maria Barroso e Vasco da Graça Moura, entre outros. Cada um fará a selecção dos melhores poemas que leu na vida, mostrando, dessa maneira, a sua sensibilidade ou os seus gostos. Estou em crer que muitos comprarão os livros só pela curiosidade de ficar a conhecer as preferências poéticas das personalidades convidadas a entrar num "jogo" de sedução, para levar os eventuais leitores a olharem um pouco mais para a poesia. Diz Mário Soares, no prefácio, que a poesia é "o veio mais rico, original e fecundo da literatura portuguesa. Críticos e historiadores de literatura, portugueses e estrangeiros, são unânimes nesta opinião. Realmente, desde as Cantigas de Amigo, de Amor, de Escárnio e Maldizer (...), até à novíssima poesia, publicada já no nosso actual século XXI, esse veio poético, de alta qualidade e beleza, tem estado sempre presente, na abundância dos seus diferentes géneros. É por isso, seguramente, que a língua portuguesa tem sido tão marcada pela poesia, no seu desenvolvimento sempre em expansão". Em minha opinião, esta colecção é para ser feita e para ser lida, na certeza de que haverá alguns poemas repetidos. Tão belos são eles. Para além dos poemas escolhidos, o leitor pode contar com notas breves sobre os autores seleccionados. E agora um poema BUCÓLICA A vida é feita de nadas De grandes serras paradas À espera de movimento; De searas onduladas Pelo vento; De casas de moradia Caídas e com sinais De ninhos que outrora havia Nos beirais; De poeira; De sombras de uma figueira; De ver esta maravilha: Meu Pai erguer uma videira Como uma mãe que faz a trança à filha. Miguel Torga

Dia Internacional da Família

Medidas urgentes para a família ficaram na gaveta Famílias numerosas querem abonos actualizados e bilhetes especiais para transportes. CGTP-IN defende o pagamento a 100% da maternidade. (Para ler no DN)

POSTAL ILUSTRADO

Posted by Hello Foto de Crixtina, pseudónimo artístico de Dora Bio

Matriz da Gafanha da Nazaré

Posted by Hello INAUGURAÇÃO E BÊNÇÃO
Sábado, dia 21 de Maio, às 17.30 hoas.
Cerimónia presidida pelo nosso Bispo,
D. António Marcelino.

sábado, 14 de maio de 2005

Serviços Comunitários de Proximidade

O ministro da Saúde, Correia de Campos, anunciou hoje em Braga a criação de serviços comunitários de proximidade "para dar resposta às necessidades dos idosos que exijam cuidados continuados". "Os serviços promoverão a articulação entre centros de saúde, hospitais, unidades de cuidados continuados e paliativos e instituições de apoio social", explicou o ministro, que falava no encerramento do 11º Congresso Nacional de Medicina Interna, em Braga.
(Para ler o texto na íntegra, clique aqui).

RIA DE AVEIRO está esquecida?

Ria de Aveiro
Gabinete de Gestão tarda em aparecer Há muito que se fala de um Gabinete de Gestão Integrada da Ria de Aveiro, para, de uma vez por todos, deixar de haver vários a mandar e poucos a resolver os problemas, complexos, da laguna aveirense. E os mais atentos a esta questão sabem que, aquando da visita do Presidente da República à região, se falou do assunto, tendo Jorge Sampaio dito, com ênfase, que o problema do Gabinete de Gestão tinha mesmo de se equacionar com urgência, para bem da Ria. Cansado de esperar, o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Ribau Esteves, solicitou ao Presidente Sampaio uma audiência, para discutir o assunto, na esperança de que tudo se resolva o mais depressa possível. Toda a gente sabe que isso é matéria da área governativa, mas também ninguém ignora que o Presidente da República pode dar uma ajuda significativa, chamando a atenção do Governo para a situação. Mas Ribau Esteves não se fica por aqui e critica o Presidente por ter devolvido ao Governo, por duas vezes, o diploma que prevê a criação do Gabinete de Gestão Integrada da Ria de Aveiro, sem que saibamos a razão. Pode ser que o autarca ilhavense esclareça o assunto com o Presidente Sampaio e que a nossa Ria tenha o que merece, para garantir um futuro mais próspero. F. M.

Mês de Maio, Mês do CORAÇÃO

Posted by Hello Para pensar e... agir
Existem em Portugal mais de três milhões de hipertensos, mas apenas 1,6 milhões têm conhecimento de que estão doentes. Segundo os resultados finais de um estudo sobre prevalência de hipertensão, "Portugal tem uma taxa elevada de acidente vascular cerebral, para o qual a tensão alta é o maior factor de risco". Segundo o estudo, apenas 411 mil doentes estão controlados.
Fonte: DN

SEMANA DA VIDA

:: Violência familiar e social nas preocupações da Igreja
Atenta às várias dimensões da Família actual, muitas das quais urge (re)evangelizar, a Comissão Episcopal da Família pensou ser oportuno propor para a Semana da Vida de 2005 (de 15 a 22 de Maio) uma reflexão sobre as múltiplas formas de violência a que a Família está, hoje, exposta, tanto a partir de dentro, por parte dos seus membros, como a partir de fora, nos vários âmbitos em que a Família se insere ou aos quais está, inevitavelmente, ligada.
Assim, propôs como tema Respeita o outro, diz não à violência. Trata-se de levar a uma tomada de consciência alargada face a todas as formas de violência que se opõem à vida concreta, vida esta que se afirma e cresce naquele que a justo título foi chamado "Santuário da Vida", isto é, a Família. Dessa tomada de consciência surgirão mais e melhor qualificados defensores da Vida, pelo respeito do outro, pela defesa da Não-Violência, pela defesa da Família.
(Para ler o texto na íntegra, clique aqui)

sexta-feira, 13 de maio de 2005

PAPA exige Igreja missionária

Europa tem de assumir responsabilidades pelos males da África
O esforço de evangelização dos missionários e missionárias europeus em África ficou manchado, segundo Bento XVI, pela "exportação" da corrupção e da violência para esse continente. "Temos de confessar que a Europa exportou não só a fé em Cristo, mas também toda a espécie de vícios, o sentido da corrupção, a violência que devasta o continente", lamentou o Papa numa sessão de perguntas e respostas com o Clero de Roma, na Basílica de São João de Latrão. Falando aos católicos de todo o mundo, Bento XVI frisou que "a nossa responsabilidade é que a exportação da fé seja mais forte do que a exportação dos vícios". "Fazemos comércio com as armas, abusamos dos tesouros desta terra e nós, cristãos, devemos ainda mais fazer com que a fé seja a força que resista a estes vícios", declarou o Papa, respondendo à interpelação de um sacerdote africano. Manifestando o sonho de "uma África cristã feliz, um grande continente do novo humanismo", Bento XVI destacou a responsabilidade pelos outros continentes, "onde o Cristianismo se apresenta como a força do futuro". Entre os outros temas abordados pelo Papa estiveram a atenção pelos mais pobres e a exigência de uma Igreja sempre missionária. "Nós, cristãos, temos de estar disponíveis para dar razões da nossa fé: sabemos que essa linguagem está distante das pessoas de hoje e só nos poderemos aproximar delas se a sua linguagem se transformar em nós, para encontrar respostas", indicou. "Os sacerdotes, os religiosos e as religiosas devem saber escutar, com alma aberta a Cristo e à humanidade de hoje, escutar todos os problemas e as dificuldades que se apresentam à fé", acrescentou. Citando as palavras do filósofo Romano Guardini, Bento XVI sublinhou que "a essência do Cristianismo não é uma ideia, mas uma pessoa".
Fonte: Ecclesia

FÁTIMA - 13 de Maio

Posted by Hello Foto do "site" do santuário de Fátima D. José Policarpo rejeita tornar Santuário de Fátima num "templo inter-religioso"
O cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarop, rejeitou hoje transformar o Santuário de Fátima num templo inter-religioso, reafirmando a pureza da mensagem de Nossa Senhora de Fátima, em directa obediência à hierarquia católica.
(Para ler o texto na íntegra, clique PÚBLICO)

Foi aberto o processo de beatificação de João Paulo II

João Paulo II
No decorrer da audiência ao clero romano, que decorreu esta manhã na Basílica de São João de Latrão, o Papa Bento XVI anunciou a abertura da causa de Beatificação do Papa João Paulo II. Publicamos o texto do Rescritto da Congregação para as Causas dos Santos, assinado pelo seu presidente e secretário Por instância do Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal Camillo Ruini, Vigário Geral de Sua Santidade para a Diocese de Roma, o Sumo Pontífice Bento XVI, consideradas as peculiares circunstâncias expostas, na audiência concedida ao mesmo Cardeal Vigário Geral no dia 28 do mês de Abril deste ano de 2005, dispensou do tempo de cinco anos de espera após a morte do Servo de Deus João Paulo II (Karol Wojtyla), Sumo Pontífice, para que assim a causa de Beatificação e Canonização do mesmo Servo de Deus possa ter início imediatamente. Não obstante qualquer coisa que pudesse acontecer em contrário. Dado em Roma, da sede desta Congregação para as Causas dos Santos, no dia 9 do mês de Maio, A.D. 2005.

ÍLHAVO: Concurso de fotografia



"Olhos sobre o Mar - 2005" 

Os interessados em participar no concurso de fotografia "Olhos sobre o Mar - 2005", promovido pela Câmara Municipal de Ílhavo, devem entregar os seus trabalhos até 15 de Junho, podendo cada um concorrer com três fotos. O tema a abordar tem de ser o Mar, a cores ou a preto e branco, estando o concurso aberto a amadores e a profissionais. "Olhos sobre o Mar - 2005" é de âmbito nacional e haverá prémios para os três primeiros (250 euros, 150 euros e 100 euros). Para a melhor fotografia do concelho de Ílhavo, o prémio é de 125 euros. As 50 melhores fotografias serão expostas no Navio-Museu Santo André.
É bom recordar que em cada um de nós há sempre um fotógrafo à espera de desabrochar, bom motivo para darmos o salto. E também é verdade que, quando fotografamos, aprendemos a olhar o mundo que nos rodeia de outra maneira.

Teatro no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

Posted by Hello Não fique em casa. Cultive-se! Vá ao teatro!!!

Um poema do Bocage

Posted by Hello Já Bocage não sou! Já Bocage não sou!... À cova escura Meu estro vai parar desfeito em vento... Eu aos céus ultrajei! O meu tormento Leve me torne sempre a terra dura. Conheço agora já quão vã figura Em prosa e verso fez meu louco intento. Musa!... Tivera algum merecimento, Se um raio da razão seguisse, pura! Eu me arrependo; a língua quase fria Brade em alto pregão à mocidade, Que atrás do som fantástico corria: Outro Aretino fui... A santidade Manchei!... Oh! Se me creste, gente impia, Rasga meus versos, crê na eternidade! ::
NB: Em 2005, celebram-se duas datas, referentes ao poeta Manuel Maria Barbosa du Bocage, natural de Setúbal: 240 anos do seu nascimeto e 190 anos da sua morte.
Bocage, também conhecido por Elmano Sadino, não é, como muitos pensam e dizem, o poeta das anedotas. Ele é, de facto, um grande poeta português, cultor do soneto como poucos, e senhor de uma grande sensibilidade. E talvez essa sensibilidade tenha sido apurada pelo infelicidade de uma vida difícil.
Penso que Bocage merece que todos os portugueses leiam os seus poemas.

Matriz da Gafanha da Nazaré

Inauguração em 21 de Maio, às 17.30 horas
No próximo dia 21 de Maio, sábado, pelas 17.30 horas, será inaugurada e benzida a igreja matriz da Gafanha da Nazaré, em cerimónia presidida por D. António Marcelino.
Pelo que se pode ver, a azáfama é grande, para que no dia marcado tudo esteja concluído para a festa, que deve contar com a participação de todos os gafanhões e outros residentes na cidade.
O exterior mostra que houve bastante bom gosto nas obras de restauro e de profunda remodelação, com muito respeito pela traça original, típica, na região, do início do século XX.