quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL DA UA




«Acaba de ser disponibilizado o Repositório Institucional da Universidade de Aveiro (RIA), um sistema de informação que armazena, preserva divulga e dá acesso à produção intelectual da Universidade de Aveiro em formato digital, através da web e de forma gratuita, em regime de acesso livre.»
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OS 23 FILMES COM ESTREIA EM 2011

Algo vai mal no mundo do cinema português. De tal forma, que o povo mal olha para ele. Culpa das realizações ou do nosso povo? Vejam os resultados aqui

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

LIMPEZA DA IGREJA ACABA EM LUTA DE VASSOURADA




PADRES ENVOLVEM-SE EM ZARAGATA NA BASÍLICA DA NATIVIDADE, EM BELÉM
«A operação de limpeza da Basílica da Natividade, em Belém, na Cisjordânia, acabou numa zaragata entre padres de duas denominações diferentes, usando as vassouras como armas. Cerca de uma centena de padres ortodoxos gregos e padres e monges arménios envolveram-se num confronto por uns terem “invadido” a jurisdição dos outros, e acabaram por ser separados após a entrada da polícia com bastões e escudos.
“É um problema trivial que ocorre todos os anos”, disse o responsável da polícia palestiniana Khaled al-Tamimi. “Ficou tudo bem e as coisas voltaram ao normal”, declarou, explicando ainda que “ninguém foi detido porque todos os envolvidos são homens de Deus”.
A responsabilidade pela igreja do século VI, a mais antiga da Terra Santa, é dividida entre as igrejas católica, ortodoxa grega e arménia. Qualquer avanço real ou percebido de um elemento de uma das denominações por uma zona na jurisdição de outra pode resultar em lutas como a de hoje. O período de limpezas anuais, antes da celebração do Natal ortodoxo, que se celebra na próxima semana, é especialmente propício a escaramuças.»
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NOTA: Eu não sei que fé é que existe na cabeça de certos crentes. Neste caso, de alguns clérigos. Numa quadra como esta, e mesmo fora dela, que exemplo dão da fraternidade que o Menino nos trouxe?

Ecumenismo

Iniciativa da comunidade de Taizé


30 mil jovens nas ruas de Berlim 
contra a «escravidão do medo»

 
«30 mil jovens, incluindo várias dezenas de portugueses, reúnem-se de hoje a domingo em Berlim, Alemanha, para o 34.º Encontro Europeu promovido pela comunidade ecuménica de Taizé, este ano dedicado ao tema da solidariedade.
A iniciativa conta com o apoio de Bento XVI, que endereçou uma mensagem aos participantes, convidando-os a libertarem-se da “escravidão do medo” e promoverem a “confiança”, através da fé em Cristo, para melhor responderem “aos numerosos desafios e dificuldades que têm de enfrentar os homens e as mulheres de hoje".
Na mensagem que está a ser entregue a todos os participantes, à chegada a Berlim, o prior da comunidade ecuménica de Taizé, irmão Alois, considera que a solidariedade é um “imperativo que pode unir os crentes de diferentes religiões e também os crentes e os não crentes”.»

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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Irmão Aloïs, de Taizé - O Evangelho não será credível, hoje, se os cristãos continuarem separados




"Ser sensível às pessoas que não acreditam em Deus «faz parte da pertença dos cristãos a Cristo», diz o irmão Aloïs, de Taizé. Para o sucessor do irmão Roger, as diferentes igrejas cristãs devem reconciliar-se entre si, para poderem ser credíveis. Uma experiência concretizada no dia-a-dia pelo prior e por esta comunidade que reúne monges católicos e protestantes. O irmão Aloïs refere-se aqui à «peregrinação de confiança sobre a terra», designação dada pela comunidade aos encontros de jovens que promove nos diversos continentes.
Nascido na Baviera (Alemanha) em Junho de 1954, Aloïs Löser recebeu as vestes da oração da comunidade de Taizé em 1974. Foi um dos irmãos que viajaram para os países do antigo bloco de Leste, para dar apoio aos cristãos que aí eram perseguidos. Em Janeiro de 1998, o irmão Roger, fundador e prior de Taizé, nomeou-o seu sucessor, com o acordo da comunidade. O irmão Aloïs passou a ser o principal responsável pela organização dos encontros internacionais de jovens."
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SURREALISMO NO CENTRO CULTURAL DE ÍLHAVO





Angra de Heroísmo, na Terceira, Açores




Angra de Heroísmo foi declarada, em 1983, Património Mundial pela UNESCO, atestando, assim, o seu valor histórico, arquitectónico e cultural.
Nota: Foto da Rede Global.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DO NATAL





OVOS-MOLES, um produto nacional a destacar

Garante, com razão, Gilberto Madail



«Em forma de peixes, búzios, amêijoas ou conchas, os ovos moles são, para o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, um produto nacional a destacar: "Considerando a minha ligação à própria região, na área da gastronomia, o melhor produto nacional são os ovos moles de Aveiro. É uma doçaria que recomendo a todos aqueles que ainda não a experimentaram."

Gilberto Madail, que será o coordenador de uma estrutura de intercâmbio desportivo entre Portugal e os países lusófonos, realça ainda o facto de os ovos moles serem "produzidos de uma forma artesanal". A sobremesa, criada no século XVI nos conventos locais, tornou-se o primeiro doce conventual português a ser incluído pela Comissão Europeia na lista de produtos alimentares com a denominação de Origem Protegida.»

domingo, 25 de dezembro de 2011

Quem foi Jesus? E quem é ele hoje?

No PÚBLICO online de hoje


JESUS. a biografia (im)posssível


Quem foi Jesus? E quem é ele hoje? A cada 25 de Dezembro os cristãos celebram o seu nascimento, mas, quanto à sua vida subsistem muitas dúvidas e mistérios. Fomos saber quais as mais recentes teses sobre este "judeu marginal" que "viveu num recanto do Império Romano" 

Um profeta ou um blasfemo? Um subversivo ou um sedutor? Um homem ou um deus? Um marginal ou um judeu da elite? Um amigo dos pobres e das mulheres ou um opositor aos líderes religiosos do seu tempo? Um político ou um mestre espiritual? Um sonhador ou um revolucionário?

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Uma reflexão para este domingo



GRANDE ALEGRIA PARA TODO O POVO
Georgino Rocha

O anjo de Deus traz aos homens que são do seu agrado um feliz anúncio: “Grande alegria para todo o povo”. E desde então esta alegria marca indelevelmente a história, molda a cultura, introduz um dinamismo novo na vida social, abre horizontes de beleza e encanto ao circuito fechado das cansativas “rotinas”, renova profundamente as práticas religiosas e inaugura a era cristã, a de Jesus Cristo, Senhor.
O acontecimento que provoca esta grande alegria é o nascimento do Deus-Menino, que os pastores contemplam com os olhos do coração e adoram com profundo respeito e admiração. Nada os impede de tão nobre atitude: nem o rótulo social de gente “marginalizada”, nem a pobreza de recursos, nem o medo de serem considerados “fora de lei”.
A escolha do Anjo é sintomática: o primeiro anúncio da grande notícia é dirigido aos pastores, simples e pobres. São eles que atestam o nascimento que requer reconhecimento público, que o recém-nascido é digno de honra, que o facto pode ser oficialmente ratificado. Por isso, contam a outros o que viram e ouviram. O atestado dos pastores vê-se confirmado por um coro de vozes celestes. A brevidade da mensagem é, então, desenvolvida com entusiasmo vibrante: Glória a Deus e paz na terra.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 268


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 51



SONHO DE NATAL 

Caríssima/o: 

E o ano foi rodando; o calendário foi-se desfolhando qual malmequer mágico e mais uma vez nos surpreendeu mudos e quedos a taramelar resposta ao DeusMeninoRei vestidinho nu na toca do presépio... O mistério da vida, o mistério do tempo... Dando mais um passo, S. Silvestre se apressa a mudar a última folha do ano e, mestre de cerimónias pouco atento, aponta-nos os Reis Magos guiados pela estrela mas já prevenidos que levam presentes! E eu que presente levo? 

O melhor que encontrei para o blogue foi este “sonho de natal”, já muito batido, mas que ousei apresentar pelo sotaque e pela bicicleta... Acompanhemos o rapaz e feliz me sentirei se ao menos vos sair a fava...[Nada corrigi, vale pela originalidade.] 

«Era Natal. Eu não entendia bem o porquê, de tantas crianças bem vestidas, cheirosas, acompanhadas dos pais a brincar alegremente nas praças, parques. Enquanto, que eu, tinha que vender balas, descalço e com minhas roupas surradas. Algumas crianças corriam alegremente em suas bicicletas, outras brincavam com uns carrinhos, que tinha motor e uns botões que eles apertavam e os carros andavam... Sem cordões. Que bonito! Como eu queria brincar, estavam tão felizes. Conversavam entre si e, mostravam os seus brinquedos, a sorrir dizendo: foi o Papai Noel que me deu! 

Segurando o meu tabuleiro de confeitos, eu ficava a olhá-los pensando: Papai Noel... Será que ele dá presentes aos pobres? 
Comecei a conversar com uma das crianças. Eu queria saber sobre papai Noel. Quando a mãe do garoto o viu, conversando comigo, gritou: vem Marcos! E correndo o pegou pelo braço, levando-o para distante de mim. Ah! Eu queria perguntar tantas coisas a Marcos... Ouvi falar de um homem bom, barrigudo e amigo das crianças. Um velhinho, que satisfazia os desejos de cada uma delas. Que as fazia felizes. 

Pensei: no próximo Natal, eu vou fazer um pedido a ele. Grande foi a minha alegria, a minha esperança. Perguntei aqui, ali e acolá... Como fazer? Como ele vai saber o que eu quero? Como ele vai saber onde moro? 

- Escreve... Pede a ele! – Disse Paulinho, o meu vizinho, mesmo pobre, pediu um brinquedo e Papai Noel atendeu. A mãe dele era doméstica e trabalhava na casa de uma doutora, que morava num bairro nobre da cidade. – Ah! Como demorou a chegar o próximo Natal. Enfim, chegou! Fiz uma carta, pedindo uma bicicleta. Quero nova, como as das crianças da praça. Um carrinho para os meus irmãos e uma boneca para a minha irmã. Se ele dá tudo novinho para as crianças da praça.., vai nos dar também! 

Paulinho o meu vizinho, disse que pediu um carro de bombeiro... E, que colocou o pedido dentro do seu sapato. 

Paulinho... Eu não tenho sapatos, posso colocar dentro das minhas havaianas? 

– Acho que sim! 

Coloquei. E quase que não dormi. Não pelo desconforto, eu dormia apertado entre os meus cinco irmãos, em um colchão velho, no chão de barro batido. Mas pela ansiedade... Eu queria ver a alegria dos meus irmãos e também, poder andar de bicicleta. 

Eu tinha só sete anos de idade, mas trabalhava, para eles comerem. Sentia-me responsável. Pela manhã... Nada! Nenhum presente, nem bicicleta, carrinhos, nem mesmo a boneca... Que decepção! 

Chorei e chorei muito. Minha mãe assistiu a tudo, chorando comigo. Ela era diarista, e no dia seguinte, lá vem ela.., de uma casa onde trabalhou, com uns pacotes, tão diferentes daqueles que se faz nas lojas... Uma boneca velha e careca, para a minha irmã e uns carrinhos com as rodas quebradas para nós, os meninos. 

Entendi que papai Noel não é o mesmo para todas as crianças. Ele dá brinquedos ricos para as crianças ricas e pobres para as crianças pobres.., muitas vezes, não dá nada! 

O real entendimento veio depois... Muito depois. Quando eu cresci. Descobri que, Papai Noel é só fantasia.» 

EstherRogessi 

E pronto, por esta vez, resta desejar a cada um/a 

SANTO E FELIZ NATAL 

ANO NOVO PRÓSPERO E FELIZ! 

Manuel

Adeste Fideles

sábado, 24 de dezembro de 2011

É PRECISO FALAR ALEGREMENTE DA ALEGRIA



A alegria do Natal

«O anjo disse-lhes: 
“Não temais, pois anuncio-vos 
uma grande alegria,
que o será para todo o povo: 
Hoje, na cidade de David, 
nasceu-vos um Salvador, 
que é o Messias Senhor»

(Lucas 2, 10-11)

É preciso falar alegremente da alegria, cantá-la como os anjos, na noite do nascimento de Jesus. Dado que não tenho a voz de um anjo, recolhamos ao menos a sua mensagem no nosso coração, à imagem de Maria silenciosa. É uma boa nova que cantam os anjos, uma grande alegria para todo o povo, para todas as pessoas. Acabou o tempo do medo, vivemos sem temor. Chegaram os tempos messiânicos. Aquele que devia vir está no meio de nós. Ele vem para nos salvar do pecado, do mal e da morte. Ele traz a redenção e o perdão. Ele oferece-nos o amor gratuito de Deus e a vida eterna. Ele dá-nos a sua alegria, alegria alicerçada na fonte inesgotável do dom infinito do Pai. «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado.» (Lucas 2, 14).
Sinal de uma vida que se expande, a alegria era considerada no Antigo Testamento como manifestação do tempo da salvação e da paz dos últimos tempos.

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Uma em cada três pessoas no mundo é cristã


JESUS NÃO ERA CRISTÃO? 
Anselmo Borges 

Uma "notícia", proclamada alto e bom som na televisão e nos media em geral: "Jesus não era cristão." O seu arauto: José Rodrigues dos Santos. 
Afinal, em que ficamos: Jesus era cristão ou não? Se por cristão entendermos um discípulo de Jesus Cristo, então Jesus não era cristão, pois ele não foi discípulo de si mesmo. Se entendermos por cristão aquele movimento histórico que chegou até nós com esse nome e que tem na sua base a fé em Jesus, o Cristo, então Jesus era cristão, na medida em que a sua pessoa e o que ele anunciou e fez constituem o fundamento do cristianismo. Foi em Antioquia, que, pelo ano 48, pela primeira vez, os discípulos receberam o nome de cristãos, como pode ler-se nos Actos dos Apóstolos. 
Infelizmente, entre nós, o saber sobre a religião e as religiões é primário. A razão está em que o estudo do fenómeno religioso tem estado ausente da Universidade. Depois, há alguma má vontade, por vezes justificada, contra a Igreja, e esta não se tem esforçado suficientemente para esclarecer os cristãos e as pessoas em geral.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FRAGRÂNCIAS QUE PERFUMAM OS ARES DAS GAFANHAS


MAIS UM NATAL NAS NOSSAS VIDAS
Maria Donzília Almeida
O tempo passa tão velozmente, que nem nos apercebemos da aproximação do Natal. Mais um Natal nas nossas vidas, que tantos anos já percorreram! Apesar da existência de outras festividades que marcam o calendário litúrgico, esta ocupa o lugar privilegiado, no coração das pessoas. Há quem se desloque de muito longe, para se associar à família, para participar na consoada. O espírito natalício paira sobre as pessoas, há as fragrâncias já familiares que perfumam o ar das Gafanhas.
É comum, quem passa pelas ruas, na véspera, isto é, no dia da consoada, sentir evolar-se por entre o emaranhado das luzinhas e o pai natal alpinista, o aroma quente dos bilharacos, filhós e as sobremesas apetitosas que fazem as delícias da ceia de Natal.
Com o espetro da crise, há notícias oriundas dos mass media de que as manifestações exteriores da festa que se comemora, nomeadamente o ritual das compras, a troca de presentes e o movimento das ruas e casas comerciais, está a diminuir drasticamente.

Natal: Será sempre possível sonhar!





Vale a Pena

Lá fora,
Na noite escura
Aperta o frio.
Os corpos vergastados
Pelo vento,
Sofrendo o castigo
Que não provocaram,
Mal perceberam
Ainda
A intempérie
Que se avizinha.
As memórias que acorrem
À lembrança
De um tempo de bonança
São já um passado remoto,
Sem retorno.
São os castelos
Que não param de ruir,
As folhas que não deixam de cair,
A luz cativante
Do universo da felicidade
Que teima em se afastar.
Mas é Natal
Tempo de todas as misericórdias,
Em que vale a pena acreditar
Que o tempo bom há-de voltar,
Que o sol continuará a brilhar
E será sempre possível sonhar. 

Maria Helena Malaquias, 
Natal 2011



Como criar a autêntica solidariedade no seu sentido mais pleno?



SER CRISTÃO NA VIDA PÚBLICA
Georgino Rocha

A afirmação parece redundante. Toda a pessoa é relação. A sociedade nasce dos laços de relacionamento entre os cidadãos. Os cristãos são cidadãos de “corpo inteiro”. Tudo o que é humano lhes diz respeito. Nada acontece que esteja fora dos espaços de vida. Também públicos: na sociedade, na política, na educação, na economia, na cultura, na religião.
Esta realidade interpela-nos fortemente: Como superar a ética individualista e vencer a indiferença em que tantos humanos dão sinais claros de viver? Como lançar pontes de contacto e fomentar laços de união, reforçando a natural sociabilidade e criando a autêntica solidariedade no seu sentido mais pleno? Como ajudar tantas pessoas a libertarem-se da indolência face às mudanças em curso; ou com manifesta inércia e preguiça face ao bem de todos, o bem comum? Como passar de ideias generosas e conselhos ponderados a atitudes éticas coerentes?

POESIA PARA ESTE TEMPO



No caderno Economia do EXPRESSO

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

REDISTRIBUIR RIQUEZA PARA GARANTIR A PAZ





O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Alfredo Bruto da Costa, reconduzido no cargo pela Conferência Episcopal Portuguesa, considera que o apelo à emigração feito pelo Governo aos desempregados “é uma estratégia de quem desistiu e declara a sua derrota”. O responsável, convidado pela Agência ECCLESIA a analisar alguns passos da mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz de 2012, considera que a ação do Executivo se opõe à “redistribuição da riqueza” defendida pelo Papa, ao não taxar todos os rendimentos.
O especialista em questões de pobreza diz também que o Governo, mesmo que queira, pouco pode fazer para adequar as suas políticas à Doutrina Social da Igreja enquanto o lucro for o objetivo principal da economia mundial.
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PEDRO MEXIA "SEGUE COM MUITA ESPERANÇA" OS PASSOS DADOS PELA PASTORAL DA CULTURA



O escritor Pedro Mexia considera que a Pastoral da Cultura da Igreja Católica em Portugal tem boas perspetivas de futuro, depois de anos em que «o empenho cultural foi dado como perdido ou inútil» desde que «a sociedade se laicizou».
«Não tem de ser assim», como Bento XVI tem mostrado: «Ganhou-se uma consciência renovada, que está a dar alguns frutos», sublinhou o crítico literário, que esta sexta-feira apresentou em Lisboa o mais recente livro do padre José Tolentino Mendonça, “Pai-nosso que estais na terra”.
Como promover a relação da Igreja com a cultura? Recorrer a um «diálogo» que não seja apenas uma «junção de monólogos» mas um «dar e receber» e fazer com que a teologia «possa existir autonomamente no campo cultural».«Como católico tenho seguido com muita esperança os passos que têm sido dados» na Pastoral da Cultura. «Estou a sentir, nos últimos anos, o que não tinha sentido antes», acrescentou.
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Uma estória de Natal



Sem o pão da consoada 
Fernando Martins

A tarde de inverno, de nuvens carregadas a ameaçarem chuva, era propícia a recordações. À memória do Jorge Torpedo veio o filme de uma vida em bolandas, depois de se afastar da família por razões que nunca soube nem procurou explicar. Trabalhou nas marinhas do sal em Alcácer, foi estivador em Lisboa, tratou de animais num circo em Itália, labutou de sol a sol nas colheitas em França e Espanha e estava há uns anitos no Alentejo, numa herdade com horizontes a perder de vista. Ao seu redor e à sua guarda, gado e mais gado, tratores e outras máquinas agrícolas, que sabia manobrar e cuidar. Para o gado tinha atenções redobradas, não fosse aparecer por ali, como quem não quer a coisa, um qualquer ladrão, disposto, com a sua trupe, a carregar depressa qualquer animal que lhe surgisse mais à mão. 
Jorge Torpedo, conhecido pela sua força descomunal, de onde lhe veio o apelido, já conhecera muitos patrões, uns de encontros quase diários e outros de nome. Alguns foram suficientemente espertos para explorar a sua qualidade de homem valente, bem apoiado em músculos possantes que pareciam rebentar-lhe a camisa. Mas o Jorge não fazia gala da fama e do proveito da sua valentia, antes parecia e era pessoa capaz de se deixar vencer por uma qualquer ternura ou olhar amigo. Por índole, não fazia mal a uma mosca e nem sequer pressentia qualquer maldade nas pessoas com quem lidava e com quem se cruzava. 
Nesse dia de nuvens carregadas, caiu em nostalgias e pôs-se a rever a sua vida de saltimbanco, sem família próxima e sem amigos íntimos. Sonhava com mulher e filhos que nunca teve, com festas familiares da infância e juventude, com brincadeiras de escola e da rua, com carinhos que nunca experimentou. Agora, com outros colegas de camarata, qual deles o mais isolado e fugidio, o Torpedo por ali andava sem rumo que pudesse aliviar a solidão que o envolvia.

Poesia para este tempo: Poema inédito de Jorge Sousa Braga

(Clicar na imagem para ampliar)


Das Boas Festas do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Concerto de Natal do Coral Juvenil da Gafanha da Nazaré




O Grupo Coral Juvenil da Paróquia da Gafanha da Nazaré convida toda a comunidade a assistir ao Concerto de Natal que irá ter lugar no próximo dia 22 de Dezembro (quinta-feira), pelas 21h00, na igreja matriz. Neste espetáculo serão apresentadas composições de âmbito religioso, natalício e, ainda, de música ligeira. Entrada livre.

O AMOR FAZ MILAGRES TODOS OS DIAS


O maior e o mais importante 
jornal de Portugal
António Marcelino

Não sei se este grande jornal chega aos ministérios e aos serviços do Estado, mormente aos sociais. Era bom que chegasse e, em cada dia, o trabalho se iniciasse com uns minutos breves do que nele se diz. Tudo seria diferente. Os ministérios não fazem milagres, mas o amor fá-los todos os dias. Matar ou desconhecer o amor é, de todas as pobrezas, a maior.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 268


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 51 


FIGURAS DO MEU PRESÉPIO 

NATAL – 2011 

Os pastores vieram a toda a pressa 
e encontraram Maria, José 
e o Menino deitado no Presépio
Lc 2, 16 



Caríssima/o: 

Cada Natal que se aproxima é mais um desafio que nos enche a alma e lembra o montar do Presépio, sempre com as mesmas figuras mas renovado com as que vamos descobrir nos barristas da Terra. 
Forçoso é irmos por elas que o tempo se esgota e as pressas nunca deram bom resultado. Como o ano ficou cheio de bicicletas, alonguemos a nossa vista e em cada curva divisemos um novo figurante na pessoa do ciclista que aí vem... 

Primeiro é o grupo que vai para Aveiro, para o Liceu e para a Escola... Companheiros e Amigos... Todos bons ciclistas e cada um com a sua bicicleta, ou seja, olhando para a bicicleta sabe-se quem é o dono! Todos concordarão que o lugar pertence ao Manel Rito; sem desprimor para ninguém, era ele o mais animado e o mais fogoso, sempre pronto para mais um esforço e uma nova figura em cima do selim – depois que a altura permitiu que o colocasse no sítio.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Bom Natal para todos




No meio da pobreza, ainda há quem seja capaz de sorrir e de nos desejar bom ano. Eu prometo que vou tentar viver com alegria e otimismo, dentro do possível e do desejável, para alimentar a esperança em dias melhores.

Um poema de Natal de Tolentino Mendonça




Somos a autobiografia de Deus

Quando despontarem as primeiras luzes do Seu cortejo
ainda nos faltará tudo:
o azeite na almotolia,
um alfabeto que descreva com outra firmeza o azul,
formas indivisíveis para este amor,
que só em fragmentos
e numa gramática imprecisa
conseguimos viver.

Quando despontarem as primeiras luzes
estaremos talvez longe:
à altura dos olhos continuaremos a trazer a mesma indisfarçável solidão
as mesmas mediações ilegíveis  através do tempo
as mesmas demoras tatuadas.

O Seu advento encontra-nos sempre impreparados
e, contudo, este é o momento em que
por puro dom se nasce.

A Sua vinda testemunha o que não sabíamos ainda:
a nossa frágil humanidade é narração
da autobiografia de Deus.

José Tolentino Mendonça

Mensagem de Natal do Bispo de Aveiro



O Natal é um acontecimento. 
Sempre novo e único. 
Sempre diferente e irrepetível. 
O Natal é dom de Deus!

O Natal não precisa de acrescentos nem de adereços. Não carece de adjectivações nem de qualificativos. Porque só há um Natal: o Natal de Jesus, o Filho de Deus. O Natal será tanto mais autêntico quanto mais o centrarmos em Jesus Cristo e quanto melhor soubermos fazer deste tempo, ao jeito dos pastores de Belém e a exemplo dos magos, sábios vindos do Oriente, uma oportunidade de procura de Deus e uma experiência de encontro com a Humanidade. O mistério da encarnação do Filho de Deus é indissociável do mistério da redenção da Humanidade e do mistério da Igreja. O Natal reconduz-nos ao coração da Igreja viva, que o prolonga e actualiza, e ao berço de uma Humanidade nova, por todos nós sonhada e desejada.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Vítor Bento: “Sou contra a saída do euro, mas devemos discutir esse cenário”




"O economista defende a criação de mecanismos que impeçam o Governo de tornar a oposição refém e admite nova descida dos salários. Vítor Bento, presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) e conselheiro de Estado, considera que Durão Barroso foi subalternizado e que perdeu relevância para o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. A Alemanha, diz, deve apostar na integração europeia para se defender a ela própria."
Ler entrevista aqui

Prémio para Senos da Fonseca




Recebi hoje a informação, veiculada por Ana Maria Lopes e já publicada no seu blogue Marintimidades, de que a Marinha distinguiu a obra Embarcações que tiveram berço na Laguna, do nosso conterrâneo e amigo Senos da Fonseca, com o prémio “Almirante Sarmento Rodrigues”, referente ao ano 2011.Trata-se do reconhecimento  do mérito de um ilhavense que, com alguma regularidade, nos vem oferecendo trabalhos que retratam bem um entusiasmo e um saber que muito honram as nossas terras e as nossas gentes.
Daqui felicito Senos da Fonseca, na certeza de que continuará a estudar e a divulgar o nosso património cultural e o nosso povo, vistos com arte e saber de vários ângulos. 

Nota: Sobre este livro, escrevi aqui.

HÁ PALAVRAS QUE NOS MUDAM VIDAS



Deus vem a público 
- Entrevistas sobre a transcendência - 

«Há palavras que nos mudam vidas, há olhares que nos tocam para sempre. Recordo quando Abbé Pierre me contava o momento em que pedira a um suicida que o ajudasse, antes de pôr termo à vida, a arranjar abrigo para uma mulher desesperada. Por causa disso, o homem decidiu continuar a viver e fundou, com ele, os Companheiros de Emaús. Lembro ainda a expressão do irmão Roger, de Taizé: num tempo em que a Europa se dividia ainda em católicos e protestantes, a avó ensinara-lhe a reconciliar corações fraturados — e, contando isso, demorava a frase, que concluía com o brilho do seu olhar.

Há outras palavras e olhares de alegria, alguns de angústia ou tristeza. O teólogo Hans Küng sentiu a sua suspensão pelo Vaticano como o acontecimento «mais cruel» da sua vida, que o deixou exausto. Leonardo Boff viu-se humilhado quando lhe foi ordenado silêncio público pela segunda vez. Esses sentimentos podem dar lugar à revolta, como no caso de Eugen Drewermann, ou à descoberta de outras missões, como aconteceu com o bispo francês Jacques Gaillot.»

Ver mais aqui

domingo, 18 de dezembro de 2011

PARA MUDAR O MUNDO





ESTÓRIA DE BONS MALANDROS

O Júlio Cirino enviou-me uma estória saborosa que pode ser lida aqui. A vida de cada um está cheia de brincadeiras, muitas delas dignas de registo. Com tantos anos passados, sabe sempre bem revivê-las, não para serem imitadas, mas para as gerações actuais, mais dadas a computadores e a internet, conhecerem outras vivências.

Dia Internacional das Migrações: Cinco milhões são portugueses




Quando se fez ao largo a nave escura,
Na praia, essa mulher ficou chorando
No doloroso aspeto figurando
A lacrimosa estátua da amargura!”
Gonçalves Crespo

192 milhões de migrantes legais em todo o mundo
Maria Donzília Almeida

O poeta, em epígrafe, retrata bem, o drama da separação, quer seja na busca de novos mundos ao mundo, época dos Descobrimentos, quer seja na ânsia de procurar uma vida melhor para si e para a família.
As migrações são hoje um fenómeno de dimensão global, com implicações cada vez mais importantes nos domínios político, económico, social, cultural e religioso. Factores como a distribuição desigual da riqueza, guerra, desemprego, fome e degradação ambiental forçam, todos os dias, milhares de pessoas a abandonar o seu país de origem, em busca de um futuro melhor. Este fenómeno não é novo mas tem crescido drasticamente: existem hoje 192 milhões de migrantes legais em todo o mundo, dos quais cinco milhões são portugueses.
Reportando-nos a estes, os motivos que os levaram a partir, foram as conquistas, as descobertas e a expansão marítima. Portugal tem sido desde o século XV um país de emigrantes, facto que acabou por condicionar toda a sua história. Nos séculos XV e XVI, a emigração dirigiu-se, sobretudo, para as costas do norte de África, Marrocos, ilhas atlânticas, Açores, Madeira, São Tomé, Cabo Verde, Canárias e depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia-1498, espalha-se pelo Oriente, mantendo-se muito ativa até finais do século XVIII. 

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 268

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 51 



... VERGUINHA PARA A IGREJA ... 

Caríssima/o: 

Hoje é dia de falar da bicicleta na nossa região. Embora um pouco contra a corrente do tempo (isto de o Natal calhar ao Domingo traz destas coisas...), vou recordar um tudo nadinha como era a passagem do ano nos idos de 50-60. Então venham daí... 
[Esquecia-me de vos dizer que vou revelar um segredo da nossa juventude; tínhamos prometido guardar segredo. Os rapazes saberão perdoar-me atendendo a que já passaram mais de cinquenta anos e os «maiorais» todos partiram!...] 
Então foi assim: 
Juntámo-nos na Barbearia do Hortênsio; grupo numeroso, cada qual com a sua bicicleta e prontos para tudo... Pelas onze da noite, começou a fazer-se luz e a traçar-se um objectivo: 
- E se fôssemos ao mercado deitar abaixo as letras que dizem «Ílhavo»? 
Não foi precisa a discussão prévia: todos de acordo; sim que já era tempo de esses tipos aprenderem que o mercado é da GAFANHA! Pois claro, etc e tal. Toca a montar e rumar ao Cruzeiro, com a noção do perigo e a promessa de silêncio antes, durante e após o trabalhinho executado.

Uma reflexão para este domingo



FAÇA-SE EM MIM 
SEGUNDO A TUA PALAVRA
Georgino Rocha

A disponibilidade de Maria é total, e incondicional a sua entrega. Após uma saudação que a felicita pela graça alcançada e um diálogo que lhe desvenda a densidade do futuro próximo, o seu “sim” é pleno e definitivo, alegre e confiante.
O episódio tem lugar em Nazaré, aldeia da Galileia com uns cem habitantes. O protagonista é o anjo do Senhor que vem a casa de Joaquim e de Ana. A mensagem expressa-se no convite para ser mãe de Jesus, o Filho do Altíssimo. O ambiente deixa “respirar” simplicidade e o silêncio faz pressentir a sublimidade do acontecimento. O interlocutor é uma jovem virgem em estado singular: já não “pertence” à família por estar “comprometida” com José, nem ao esposo e seus familiares por ainda não terem celebrado publicamente a boda ritual. Tudo ocorre no espaço onde Maria se encontra, na vida fecunda do lar onde se cultivam as mais nobres tradições e forjam os grandes ideais.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Gafanha da Encarnação: Festa de Natal - 2011






AMBIENTE NATALÍCIO PARA OS ALUNOS
Maria Donzília Almeida
Ontem, dia 16 de dezembro, foi o encerramento das atividades letivas, deste 1º período escolar, na Escola Básica, 2º/3º Ciclos da Gafanha da Encarnação. Como tem vindo a ser habitual e dado que se segue a interrupção do Natal, a escola organiza, prepara e mobiliza esforços, de modo a proporcionar um ambiente festivo, natalício, a todos os nossos alunos. É para eles que trabalhamos e, neste dia, toda a comunidade escolar se esfalfa para que nada falte e todos vivam momentos de verdadeira alegria.

"Escritos cristãos" de Eduardo Lourenço




"Pastoral da Cultura destaca «percurso intelectual» e «escritos cristãos» de Eduardo Lourenço, Prémio Pessoa 2011
O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, padre José Tolentino Mendonça, destacou esta sexta-feira o percurso de Eduardo Lourenço, de 88 anos, que recebeu o Prémio Pessoa 2011.
«O percurso intelectual do professor Eduardo Lourenço é no Portugal contemporâneo uma chave indispensável para o conhecimento de nós próprios», afirmou o sacerdote recentemente nomeado consultor do Conselho Pontifício da Cultura"
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O que é que verdadeiramente queremos?



Os trabalhos mais felicitantes
Anselmo Borges



O que é que verdadeiramente queremos? Ser felizes, não? Mas, quando começamos a tentar definir o que é a felicidade, essa definição não se encontra. É um não sei quê, que tem a ver com alegria, realização, bem-estar, vida preenchida, bem-aventurança. De qualquer forma, é o contrário de infelicidade e desgraça.
Kant foi dizendo que a felicidade é "a satisfação de todas as nossas tendências e inclinações", ao mesmo tempo que preveniu que isto não é senão "um ideal da imaginação". De facto, a felicidade coincide com o Sumo Bem na plenitude, de que nesta Terra apenas poderemos encontrar antecipações. Tendemos para ser de modo pleno, precisamente para a eudaimonia, a felicidade, como lhe chamou Aristóteles, e que Andrés Torres Queiruga caracterizou como aquele "estado no qual, sem contradições, se realizariam todas as potencialidades, se manifestariam todas as latências e se cumpririam todos os desejos e aspirações que habitam o coração humano, individual, colectivo e cósmico". Mas a felicidade perfeita não é deste mundo. Há instantes de felicidade, aqueles instantes tocados pela eternidade e que anulam o tempo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PRÉMIO PESSOA PARA EDUARDO LOURENÇO



«É o 25.º premiado com o Prémio Pessoa, uma iniciativa do Expresso em colaboração com a Caixa Geral de Depósitos. Eduardo Lourenço de Faria, 88 anos e uma vasta obra publicada, foi a escolha do júri deste ano. A reedição, pela Fundação Caloustre Gulbenkian, da sua obra completa - num total de 38 volumes - foi o motivo mais imediato para a atribuição do prémio.
Um trabalho 'ciclópico', como afirmaram os responsáveis científicos da Fundação Calouste Gulbenkian que este ano iniciaram a publicação da obra. De facto, são 38 volumes de ensaios político-filosóficos escritos entre os anos de 1945 e 2010, de um autor que apesar da sua enorme projecção internacional permanece "pouco lido em Portugal", justifica a Gulbenkian.»
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“Pedaços de vida que geram vida”




Tinha programado, à semelhança do que faço com outros livros que li ou a cujos lançamentos assisti, escrever um texto sobre a mais recente obra do Bispo Emérito de Aveiro, D. António Marcelino. Haveria muitas razões para o fazer, tanto mais que ouvi, com atenção, a apresentação do livro, no passado dia 10, bem elaborada pelo conhecido político e homem de fé, que é, também, um ilhavense ilustre, Bagão Félix. Mas optei por publicar, tão-somente, um texto que lembra uma cristã que diz mais do que tudo quanto eu pudesse escrever. 
D. António Marcelino oferece-nos, com a sua reconhecida sensibilidade, uma curta história de vida de uma santa que tive o privilégio de conhecer e com quem conversei algumas vezes. O nosso Bispo Emérito não revela o seu nome, mas sei de quem se trata. Não erro, nem cometo qualquer inconfidência, se disser que se trata da Leninha de Sever, de seu nome completo Maria Madalena da Fonseca Magalhães, cuja vida o Padre Georgino Rocha sintetizou em texto publicado na revista Igreja Aveirense. 
D. António diz, logo a abrir, que o povo da sua terra já a canonizou e até afirma, certamente com conhecimento pessoal, que dela conhece «milagres sem conta», que, todavia,  «não servirão para uma canonização canónica, mas isso é o que menos interessa». 
O Papa, seguindo o esquema de largos anos, tantos que nem sei quantos, vai beatificando e canonizando alguns católicos, abrindo-lhes espaços em lugares de destaque nos altares. Muitos deles nada nos dizem, mas oficialmente são esses, e só esses, os que farão parte, para memória futura, da hagiografia católica. Os outros, aqueles que conhecemos e que nos estão mais próximos, ocupam, contudo, um lugar mais convincente na nossa memória e nas nossas vidas. Pode ser que num futuro, porventura noutras gerações, as Igrejas Diocesanas possam apresentar-nos, como modelos a seguir, os santos que deixaram marcas indeléveis nas nossas paróquias. 

Fernando Martins

«Gratuidade e sorriso de um amor compreensivo

O povo da sua terra já a canonizou. Eu conheço dela milagres sem conta, que não servirão para uma canonização canónica, mas isso é o que menos interessa. Quando João Paulo II fez um apelo aos bispos para que abrissem os olhos e o coração porque, nas suas dioceses, havia santos, foi logo em quem eu pensei. 
Com dificuldades de mobilização à vista e, depois, com um chorrilho de doenças, foi sempre a mesma. O sorriso discreto e a preocupação pelos outros era o seu cartão de apresentação. De família de posses, o que tinha pesava-lhe sempre e procurava ver a quem ajudar. A sua vida tem marcas de generosidade silenciosa, em todo o lado. Gratuita em tudo, sentia-se sempre altamente recompensada pelo bem que fazia. 
Sofreu de muitas maneiras. Nunca se lhe ouviu um queixume. Sempre uma palavra de compreensão, de desculpa a quem a fazia sofrer, de passar à frente com quem se sentia sempre bem. Procurou-me algumas vezes. Nunca para se queixar, sempre para ver como fazer melhor. 
Não era beata, nem rata de sacristia, mas cristã consciente. O templo era o espaço do abastecimento da sua fé e da sua entrega ao apostolado e aos outros. Morreu aí mesmo, na igreja paroquial, quando ainda, já bem doente, tinha ainda alguma coisa para fazer. Nenhum lugar melhor para fazer a sua última doação. Ali ao pé do sacrário.»

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

NATAL EM CASA... NATAL NA VIDA



O nosso Menino Jesus


Nesta altura do ano, é frequente ouvir dizer que Natal é quando o homem (e a mulher) quiser. É verdade. O espírito de Natal, com todos os seus valores, deve acompanhar-nos na vida. Seria ou é, se possível, o ideal. Acontece que somos nós próprios que esquecemos esse ideal de vida, não por maldade mas por comodismo e outras razões que cada um saberá descobrir. 
Estou sentado na minha tebaida a saborear o calor da fogueira e a ler. Na mesinha do meio, onde habitualmente estão livros, jornais e revista, a minha Lita pôs em destaque com muita simplicidade o nosso Menino Jesus, vestido com roupa de inverno, que ela teve o carinho de fazer com agulhas de tricotar. Bem ao seu gosto, que não se conforma com o Menino nuzinho que se vê nas igrejas e nas casas. E é este nosso Menino Jesus que me lembra nesta quadra a necessidade de O refletir no meu dia a dia, onde quer que esteja. 
Boas Festas de Natal para todos, na esperança de um mundo muito melhor, durante todos os dias do ano de 2012 e nos que se seguirão.

AVEIRO: Cortejo silencioso pela paz




"As paróquias da Glória e Vera Cruz, localizadas no centro de Aveiro, realizam este sábado um cortejo silencioso a favor da paz, integrado na campanha nacional “10 Milhões de Estrelas” da Caritas Portuguesa.
A organização do evento está a cargo do padre José António Carneiro, que em declarações à Agência ECCLESIA, esta quarta-feira, explicou que a iniciativa une duas comunidades “convictas” de que a construção da paz “começa no coração de cada um”.
“Primeiro connosco próprios, depois nas nossas casas e famílias, e neste tempo que se fala de tantas crises, corremos se calhar mais acentuadamente o risco de estarmos em guerra interior e este gesto também passa por aí”, realçou o vigário da paróquia da Glória.
As duas comunidades vão sair à rua depois da missa vespertina, marcada para as 19h00, seguindo em direção à Praça da República, junto à Igreja da Misericórdia, onde vão “escrever” a palavra Paz com o auxílio das velas adquiridas no âmbito da operação “10 Milhões de Estrelas”."
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Pedro Nuno Santos: "Não pagamos"

No PÚBLICO de hoje
«Pedro Nuno Santos, um dos vice-presidentes do grupo parlamentar do PS, afirmou que se estava a “marimbar para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal nas condições em que emprestou”, sugerindo que o país deve suspender o pagamento da sua dívida para deixar “as pernas dos banqueiros alemães a tremer”.»
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 Nota: Há políticos que são, realmente, um espetáculo. Dizem e desdizem com uma facilidade assombrosa. Têm uma lata à prova de bala. Falam, irresponsavelmente, ao sabor da maré. Depois, lá vêm os chefes explicar-nos o que não conseguimos entender, decerto por estarmos surdos ou incapazes de compreender discursos estranhos, em horas de brincadeiras ou de festas de Natal ou outras. E andamos nós a pagar a esta gente para nos representar no Parlamento.

Salgado Aveirense em decadência



João Magueta, um marnoto 
com saudades da safra do sal


João Gandarinho Magueta,77 anos, sete filhos e dez netos, sente-se honrado por ter sido marnoto durante 30 safras. Ostenta, por isso, na parte exterior da sua casa, um painel cerâmico alusivo à sua vida nas salinas. E fala, a talho de foice, da vida dura que levou. Chegou a ser convidado por alunos da Universidade de Aveiro para explicar, em plena marinha, as várias fases da produção do sal. Também guarda, como boas recordações desses tempos, fotografias em plena faina. E continua com saudades dos trabalhos nas salinas. Tem muita pena de ver a situação do Salgado Aveirense em completa decadência.


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