terça-feira, 15 de outubro de 2013

O Marnoto Gafanhão — 12

Um texto inédito de Ângelo Ribau Teixeira


E a estudantada lá desapareceu 
de vista para os lados de Aveiro


E a estudantada lá desapareceu de vista para os lados de Aveiro. Teriam frio na cara mas não no resto do corpo bem agasalhado e com as mãos enluvadas. E o Toino ia trabalhando e pensando: “E eu aqui…”
Enfim, terminou a apanha do moliço. Agora era vir com o carro dos bois e transporta-lo para as terras. Seria no dia seguinte que começariam com esse serviço. Assim foi.
— Como os bois não andam tão depressa como as bicicletas, amanhã temos de levantar mais cedo, para ao nascer do sol estarmos lá! — avisa o pai do Toino.
Não havia safa. Aqueles homens sempre levaram aquela vida, parece que nada os incomodava. Os três cunhados eram só pele e osso — os três — mas a sua resistência parecia não ter fim. E o Toino tinha que aprender a resistir…
No dia seguinte, era ainda madrugada, aparece a minha mãe a chamar-me:
— Toino “alabanta-te” que o teu pai já está quase pronto e vai tirar os bois para pôr ao carro.
O Toino ainda reclama que é de noite, mas a mãe tira-lhe os cobertores de cima e obriga-o a levantar-se. Almoçou rapidamente que o pai já o chamava:
— Vamos à vida que os bois já estão ao carro.

SCHOENSTATT em jubileu

Bispo de Aveiro preside à celebração
da abertura do Ano Jubilar




Este jubileu será uma excelente oportunidade para a renovação da Aliança de Amor, rumo à construção de um homem novo para uma nova sociedade.


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“Gafanha… Retalhos do passado”


Um novo livro 
de Maria Teresa Filipe Reigota




Quatro anos depois de publicar “Gafanha… o que ainda vi, ouvi e recordo”, Maria Teresa Filipe Reigota oferece aos interessados pela história gafanhoa, e não só, um novo trabalho, que batizou com o nome de “Gafanha… Retalhos do passado”, com edição do Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo e apoio da Câmara Municipal de Ílhavo e da Junta de Freguesia de São Salvador. Uma ajuda especial veio de seu marido, João Fernando Moço Reigota, fundador e presidente da direção daquele Rancho, a quem a autora dedica esta obra.
Teresa Reigota, para além das tarefas profissionais, como professora do Ensino Básico, fez parte do grupo fundador do Rancho Regional liderado por seu marido, mas a sua veia de estudiosa tem-se afirmado no âmbito da investigação e recolha das tradições etnofolclóricas, aproveitando uma faceta que muito aprecio, qual é a de reter na mala das recordações retalhos do passado que merecem ser contados, fundamentalmente com sentido pedagógico. Não é por acaso que se garante que o presente se alicerça na vida e no pensar dos nossos avós, sendo certo que o futuro sem memória pode correr o risco de perder o norte.

Evocando…

15 de outubro de 2013

Faria, hoje, 94 anos, se não tivesse havido a precipitação da sua partida. O enorme temporal que se abateu no país e, particularmente, na nossa zona, parece ter arrastado o Zé da Rosa, no caudal dos destroços e da destruição que abalou a natureza.
Sempre em sintonia com a mãe natura, da qual herdou o apelo telúrico que tão intensamente, transmitiu a esta sua descendente, parece ter sentido o chamamento para o retorno à paz, à harmonia, à bem-aventurança.
Ainda não deixei de matutar na relação entre a sua partida e o amainar da tempestade. Esperou que ela acalmasse, para na serenidade e pacificação, deixar este mundo!
Ficou uma imensa saudade e uma marca indelével, naqueles que hão de perpetuar a sua memória.

Aniversário - 15 de outubro


Já partiste deste mundo
Onde muito peregrinaste!
Sentir e pesar profundo
É o rasto que deixaste!

dedicação foi total,
a causas que abraçaste!

Respeitamos tua memória,
Os teus códigos de valor!
Seremos nós para a história
As pétalas da tua flor!


M.ª Donzília Almeida

14 de Outubro de 2013



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Vai faltando paciência para tanta conversa

O perdoado que não perdoa

Frei Bento Domingues

1. Vai faltando paciência para tanta conversa sobre a situação de Portugal antes, durante e depois da troika. Conversas de avaliações e mais avaliações, de segundo resgate ou não, de programas cautelares, de ajustamentos e desajustamentos, de renegociação da dívida, de pedido de mais tempo, de ameaças com os nossos misteriosos credores, de promessas de regresso aos mercados, de recessão com ou sem espiral e com medições fantasiosas dos défices na elaboração dos orçamentos que não são para entender, mas para sofrer.
Conversas sobre a dívida pública, em crescimento, acompanhada de austeridade e mais austeridade, de cortes e mais cortes nas magrezas das pensões da gente que não é rica, com a máquina de fazer desempregados, de tornar os pobres mais pobres e os remediados sem remédio.
Conversas nos jornais, nas rádios e televisões sobre aumento da emigração e diminuição do acesso ao ensino superior, sobre a impossível renovação etária e a solidariedade entre gerações, os idosos estarão a mais e as crianças não serão a esperança.
O recurso ao vocabulário psicanalítico - de masoquistas a sádicos - para classificar o comportamento dos portugueses sobre a sustentabilidade ou insustentabilidade da dívida tornou a conversa fiada numa troca de insultos. A Constituição da República e o Tribunal Constitucional surgem como cartas fora do baralho.

Blogue da Semana


Ana Maria Lopes mostrando talheres do Titanic (Foto da RR)


Destaco para esta semana o blogue "Marintimidades", que tem por arrais Ana Maria Lopes, especialista em temas marítimos e outros, relacionados com a Ria de Aveiro.
Lê-se na abertura do blogue que «"Marintimidades" foi criado para falar das coisas do mar, da ria, de embarcações, de artes, de museologia marítima e de eventos que surjam dentro desta área, publicitando-os, e sobre eles detendo um olhar...»

Medo

«Um dos efeitos do medo 

é perturbar os sentidos e fazer que as coisas 

não pareçam o que são»


Miguel de Cervantes Saavedra 
(1547-1616), escritor espanhol

No PÚBLICO de ontem

Santuário de Schoenstatt

21 de outubro



No dia 21 de outubro de 1979, foi solenemente inaugurado o Santuário de Schoenstatt na Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, em cerimónia presidida pelo Bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade. Participaram muitos membros do Movimento, bem como peregrinos, simpatizantes e amigos, todos envolvidos na esperança de contribuírem para a construção «do homem novo para uma nova sociedade», seguindo a espiritualidade apoiada em três grandes pilares: Nossa Senhora, Santuário e Fundador do Movimento, Padre Kentenich
A Primeira Pedra, a Pedra Angular, veio de Roma e foi abençoada pelo Papa João Paulo II. Tem incrustada na face frontal uma outra pedra trazida do túmulo de S. Pedro, na qual está gravada a inscrição “Tabor Matriz Ecclesiae”, que mais não é do que a missão deste Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
O Santuário de Schoenstatt, declarado por D. António Marcelino como Santuário Diocesano, em 21 de setembro de 1993 (completou, portanto, 20 anos; também é dia do aniversário natalício de D. António Marcelino), congrega pessoas de todas idades e condições sociais, dando testemunho de que ali é bom estar.
Os impulsionadores da construção foram as Irmãs de Maria, à frente das quais estava a Irmã Custódia, os Padres Miguel e António Borges, e Vasco Lagarto.
A construção importou em cerca de mil contos, sendo de distinguir a contribuição de todos quantos se encontravam sensibilizados para a vivência espiritual do Movimento.
Das diversas ofertas salientamos as seguintes: Altar – Instituto das Irmãs de Maria do Brasil; Imagem da Mãe – Instituto dos Padres de Schoenstatt de Portugal; Moldura Luminosa – Senhoras de Schoenstatt; Janelas – Casais do Movimento; Campanário – Mães de Salreu; Bancos – Um casal de Lisboa; Alicerces – Mães da Gafanha; S. Miguel – Padre Miguel e Mães; Custódia – Mães da Gafanha; S. Pedro e S. Paulo – Padres Diocesanos; Espada de S. Paulo – Rapazes do Movimento.

Fernando Martins



sábado, 12 de outubro de 2013

Deus ainda tem futuro?

Perguntar: "Deus ainda tem futuro?" não é contraditório? (Para os crentes terá até sabor a blasfémia). De facto, se Deus não existir, a pergunta não tem sentido. Mas também não tem sentido se Deus existir, pois faz parte do conceito de Deus ser Presença eternamente presente. A pergunta supõe, pois, um acrescento implícito: Deus ainda tem futuro na e para a Humanidade?

Com razão, perguntava Karl Rahner, talvez o maior teólogo católico do século XX: O que aconteceria, se a simples palavra "Deus" deixasse de existir? E respondia: "A morte absoluta da palavra "Deus", uma morte que eliminasse até o seu passado, seria o sinal, já não ouvido por ninguém, de que o Homem morreu."

Václav Havel, o grande dramaturgo e político, pouco tempo antes de morrer, surpreendeu muitos ao declarar que "estamos a viver na primeira civilização global" e "também vivemos na primeira civilização ateia, numa civilização que perdeu a ligação com o infinito e a eternidade", temendo, também por isso, que "caminhe para a catástrofe".

Viver em atitude de gratidão

Elogio a quem agradece


Georgino Rocha


O elogio surge da boca de Jesus numa povoação onde passava a caminho de Jerusalém. Com ele, iam os discípulos desejosos de colher os seus ensinamentos. Sai-lhe ao encontro um grupo de dez leprosos que, em voz alta, imploram a sua compaixão. Jesus põe-nos à prova, encaminhando-os, de acordo com a Lei judaica, para os sacerdotes. E não diz, nem faz mais nada. No percurso, acontece a maravilha da cura. O grupo continua a viagem; mas um não, e regressa junto de Jesus para lhe expressar a gratidão pelo benefício alcançado. E este era estrangeiro, samaritano, de outra etnia cultural e religiosa, excluído das bênçãos prometidas aos Judeus.

Uma folha cai ao céu




Que sociedade estamos a construir? Que sociedade queremos? Quando acordamos para combater o mundo sem alma? Quando cuidamos dos nossos maiores como eles cuidaram de nós?

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Tempo de luto

Quando soube do falecimento de D. António Marcelino, resolvi suspender a habitual edição do meu blogue, em jeito de luto, até ao funeral do saudoso Bispo Emérito de Aveiro. Era o mínimo que podia fazer em homenagem ao prelado aveirense a quem devo a minha ordenação diaconal, em 1988, fez há dias 25 anos. Limitei-me, pois, a publicar textos alusivos ao que a Diocese estava a viver, em relação ao bispo que Deus chamou para descansar a Seu lado, como creio, pela fé que me anima. 
Antes, contudo, de voltar à edição desde meu espaço, quero, ainda, tornar público o que há três anos escrevi sobre D. António Marcelino, como simples recordação do que então senti, que coincide com o que sinto hoje.

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D. António Marcelino: Um bispo sempre a correr


Com a resignação de D. Manuel de Almeida Trindade, D. António Marcelino passa a Bispo Residencial de Aveiro em 20 de Janeiro de 1988. No final do ano, anuncia o Congresso dos Leigos que haveria de mexer com crentes e comunidades. Ordena os primeiros Diáconos Permanentes da Diocese de Aveiro e a Igreja aveirense inicia assim uma dinâmica mobilizadora de novos desafios, enfrentados, de certo modo, a partir do II Sínodo Diocesano, que se realizou entre 1990 e 1995.
A nossa diocese tinha agora um corredor de fundo a liderá-la. Um bispo que não pára, que quer estar em todas as frentes, que estimula alguns mais adormecidos, que dá o exemplo da frontalidade num mundo a caminhar a passos apressados para a secularização, que salta para a comunicação social onde se sente como peixe na água, que dá a cara na denúncia das injustiças, que prega um Reino de Deus na terra e para o tempo presente.
Pioneiro nos media, para uma nova evangelização, D. António Marcelino nunca foi um bispo de gabinete, privilegiando antes a acção no meio da massa, ao jeito de querer ser fermento de um mundo novo.
Cria o ISCRA (Instituto Superior de Ciências Religiosas) e lança o CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), porque aposta na formação permanente de todo o Povo de Deus. Participa em Sínodos de Bispos e em congressos, faz conferências e orienta retiros. E escreve sempre, semanalmente, no Correio do Vouga e noutros jornais. Dá entrevistas e atende ao telefone quem precisa de lhe falar com alguma urgência.
As visitas pastorais não cessam, os encontros de jovem não são descurados, as visitas a doentes e idosos comovem-no. O passar do milénio levou-o a todas as paróquias da diocese durante um ano. Quem esteve atento, por devoção e obrigação, como eu estive, não pode deixar de admirar este bispo que tudo queria fazer depressa, depressa, com medo de não chegar a todo o lado. E falava como vivia ou como gostava de viver: sempre a correr.

Fernando Martins

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Mensagem à Diocese do Bispo de Aveiro

No falecimento  de D. António Marcelino 


Faleceu hoje, tarde do dia 9 de Outubro, no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, o senhor D. António Baltazar Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro.
Nasceu D. António Marcelino a 21 de Setembro de 1930, na freguesia de Lousa, concelho de Castelo Branco, diocese de Portalegre e Castelo Branco. Oriundo de uma família profundamente cristã era filho de Manuel de Almeida Marcelino e de Maria Cajado.
Desde cedo manifestou o desejo de ser sacerdote. Ingressa no Seminário Menor de Gavião e daí passa, cinco anos depois, para o Seminário de Alcains onde frequenta os anos do Curso Filosófico. No Seminário Maior da Diocese, sedeado na vila de Marvão, conclui o Curso Superior de Teologia.
É ordenado presbítero pelo senhor D. Agostinho de Moura na Catedral de Castelo Branco, em 9 de Junho de 1955. Enviado para Roma prossegue os seus estudos de Direito Canónico na Universidade Gregoriana.
Regressado a Portugal, inicia em 1958 o seu múnus pastoral como professor do Seminário recém-inaugurado da Diocese, em Portalegre, e aí lecciona Direito Canónico, Teologia Moral e Filosofia.
Passado algum tempo é incumbido pelo seu Bispo de iniciar o Movimento dos Cursos de Cristandade, levando a outras dioceses de Portugal este Movimento.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Exéquias de D. António Marcelino

Na sequência da informação do falecimento de D. António Baltasar Marcelino, a diocese de Aveiro torna público que as celebrações exequiais decorrerão em Aveiro do seguinte modo:

10 de outubro - quinta-feira

Da parte da manhã o corpo será colocado na igreja do seminário de Aveiro

19h00 – Eucaristia
21h30 – Vigília de oração

11 de outubro – sexta-feira

09h00 - Laudes e transladação para a Sé de Aveiro
15h00 - Eucaristia exequial na Sé de Aveiro, seguindo depois o cortejo fúnebre para cemitério central de Aveiro

A diocese de Aveiro a viver em missão jubilar está unida na oração e gratidão a Deus pela vida e ministério de D. António Baltasar Marcelino.

D. António Marcelino regressou à casa do Pai

Que Deus o aconchegue
no seu regaço maternal

A triste notícia do falecimento de D. António Marcelino chegou-me pelo telefone, abruptamente. O choque que senti não tem palavras que o definam. Embora esperada a sua partida para o seio de Deus, fiquei, contudo, com a tranquilidade necessária para a aceitar, porque acredito que D. António Marcelino intercederá por nós junto do Senhor de todos os dons. 
D. António passou pela Diocese de Aveiro como um corredor de fundo, animando tudo e todos, rumo a uma Igreja mais aberta ao mundo dos homens e mulheres destes tempos. Rápido no pensar e no agir, foi dos bispos que mais apostaram na comunicação social, qual profeta que denuncia as injustiças, mas que não deixa de proclamar caminhos que nos conduzam a uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais caritativa e mais solidária. 
Nesta hora difícil, louvo a Deus pelos ensinamentos que dele recebi, pelo seu testemunho de crente e de bispo que me ordenou diácono permanente, pelo homem corajoso que enfrentou com determinação os desafios do Vaticano II, na convicção de que a Igreja Católica e o mundo só teriam a ganhar com as luzes que do concílio dimanaram.
Que Deus o aconchegue no seu regaço maternal. 

Fernando Martins

A morte também se lê: António Marcelino

 “Sem Memória 

e sem Tempo de memória fecunda, 

não existimos e morremos lentamente”




Tento escrever na eminência do fim. Emperro. A amizade que faz crescer, a instituição que não tem mão pesada e a história feita em comum, ambas se tornam Vida, Memória e Fé. António Marcelino está gravemente doente. Deseja morrer em terras de Aveiro. Releio o seu artigo no Correio do Vouga, 18 setembro 2013, seu “testamento vital”. Volto ao texto próprio “Um homem para os outros!” que escrevi em 08-12-2006, e lhe enviei por e-mail, de modo privado, e no modo do seu pedido para a publicação imediata como “carta aberta” no CV. Ao querer “facilidades”, emperro cada vez mais. 

Se o arrependimento fosse causa de morte, eu continuava vivo. É certo que arrependo-me perante certos «Mestres», que foram apreciados pelo filtro do Evangelho; na medida em que apontam e fazem luz sobre o verdadeiro Mestre dos mestres: Jesus Cristo. Como na parábola moderna da caminhada na praia, na hora do Gólgota, serão levados no colo de Deus. É disto que sinto necessidade de escrever com a intuição do instante. A relação com esse «tipo» de mestre cristificado arrasta somente para Deus, vida abundante (cfr. Jo 14,6;12). 

Padre Pedro José 

Ler mais aqui

Ler a crónica de D. António de 18 de setembro aqui

Mensagem do Bispo de Aveiro

D. António Marcelino


Quero que a minha primeira palavra se volte para Deus, pedindo-Lhe bênção e ajuda para o Senhor D. António Marcelino, que se encontra doente. O Senhor D. António Marcelino foi recebido no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, e aí foi acompanhado clinicamente para proceder a exames que exigiam internamento hospitalar. De Aveiro foi transferido, uma semana depois, para os Hospitais Universitários de Coimbra para prosseguir esses exames.
Sentindo que é muito delicada a situação de saúde do Senhor D. António Marcelino, venho pedir que todos nós o tenhamos presente na nossa dedicação e oração. Confiamo-lo ao amor e à bondade de Deus, ao carinho e comunhão de todos nós e ao contínuo e permanente saber de quantos dele cuidam, o visitam e acompanham com dedicação e competência.
As horas de sofrimento e de doença unem-nos mais ao amor redentor de Deus e fortalecem o nosso viver na comunhão e na oração da Igreja de Aveiro e na gratidão ao Senhor D. António Marcelino que a serve com inexcedível generosidade e entrega.

António Francisco dos Santos, 
Bispo de Aveiro

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Cápsula do Tempo — Memórias da Grande Pesca

NO MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO, 
ATÉ 13 DE JANEIRO DE 2014




«Pode uma baleeira do Bissaya Barreto, antigo navio-motor da frota bacalhoeira portuguesa, navio construído e batizado na Figueira da Foz em 1942, guardar de forma inviolável preciosas memórias da Grande Pesca? Pode um barco de madeira recuperado por antigos artesãos de construção naval vir a ser uma Cápsula do Tempo?
A memória social não é de ninguém. Por isso, não pode nem deve ser “encapsulada”. A não ser que queiramos tomar a ideia de reter ou “encapsular” o tempo como metáfora libertadora da própria recordação.
Os museus comprometidos com o trabalho identitário assumem a condição utópica de guardiões da memória. O Museu Marítimo de Ílhavo tem dedicado o seu projeto cultural nas representações construídas sobre a pesca do bacalhau, num processo de patrimonialização que procura ser aberto e pluralizador, socialmente responsável.»


Ler todo o texto de Álvaro Garrido aqui

Cortes nas pensões

Bispos expressam “grande preocupação” 

com cortes nas pensões de sobrevivência






Os bispos católicos portugueses expressaram nesta terça-feira “uma grande preocupação” com o anunciado corte nas pensões de sobrevivência, disse hoje em Fátima o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Morujão.


Li no PÚBLICO

E o economista Miguel Beleza afirma que  Cortes nas pensões de sobrevivência só avançam porque visados “não podem fugir"

A velhice e as rugas

"A velhice faz-nos mais rugas no espírito do que na cara"


Montaigne (1533-1592), escritor francês

No PÚBLICO de hoje


Missão Jubilar — Dia da Procissão

Na Gafanha da Nazaré, 

a procissão sai da igreja da Chave para a igreja matriz, 

pelas 21 horas





Com a procissão de velas que vamos realizar no dia 11 de Outubro, antevéspera do aniversário da última aparição de Nossa Senhora em Fátima,
queremos voltar o olhar do nosso coração para Maria. Ela é modelo de fé, medianeira de graça, companheira de caminho, intercessora junto de seu Filho, Jesus. Ela é Mãe de Deus, Mãe da Igreja e nossa Mãe.
Com Ela caminhamos: Ela é cheia de graça. Com Ela acreditamos: Ela é Mestra na escola da Fé. Com Ela rezamos: Ela tem um lugar incontornável na história da salvação.
Em comunhão com o Papa Francisco consagramos o Mundo e confiamos a nossa Diocese ao olhar vigilante e maternal de Maria.
Convido toda a Diocese a louvar Maria e a sentir o olhar terno e o coração atento da Mãe de Deus sobre cada um de nós e sobre todos quantos aqui vivem.
Em cada vela acesa e na luz que da procissão irrompe espelha-se o olhar de Maria e manifesta-se o amor do seu coração às nossas famílias e à nossa Terra. “Um dia vou louvar Maria…Hoje é o Dia!”

António Francisco dos Santos, 
Bispo de Aveiro

Perdão da dívida

Crónica de Bento Domingues, 

no PÚBLICO de domingo




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O Marnoto Gafanhão — 11

Um texto inédito de Ângelo Ribau Teixeira


Que vida esta!



Começava mais uma época de trabalhos, que era exclusiva dos marnotos da Gafanha já que, os de Aveiro, não tendo terras, se limitavam a consumir o tempo, visitando de vez em quando a salina, acautelando alguma “cambeia” que as marés vivas tenham provocado, ou passeando debaixo dos arcos do Hotel Arcada, local soalheiro e abrigado dos ventos do nordeste, que no inverno enregelavam o corpo até aos ossos…
Enfim, cada qual nasce para o que nasce!
E para o Toino não era nada bom ser filho de lavrador, com terras! 
E lá foram na segunda-feira seguinte para os viveiros da “Corte do Paraíso” começar com a apanha do moliço. O pai do Toino com um ancinho e a gadanha ao ombro, o Toino com um ancinho, montam cada um na sua bicicleta e toca a andar em direção ao… “Paraíso”??!!!
Atravessaram a ponte de madeira que liga á estrada que dá a Aveiro e aí foram a caminho dos “moinhos”, onde se localizava o Paraíso. O vento norte corria de mansinho, mas frio como o gelo. As orelhas e as mãos sentiam-no bem. Pior seria quando tivessem, ao chegar ao viveiro, de tirar as calças, ficar em cuecas e entrar na lama. “Enfim, veremos…”, ia cogitando o Toino, tentando meter uma mão no bolso e conduzindo a bicicleta sem mãos.
Chegaram. Calças fora, cuecas arregaçadas e toca de descer para o viveiro.
— É pá! — diz o pai do Toino para um cunhado —  Está mesmo frio… Toca a gadanhar para aquecer. Enquanto nós cortamos o moliço, o Toino com o ancinho vai-o juntando em montes pequenos para depois serem “zurrados” para junto da estrada, d´onde mais tarde serão carregados para os carros de bois, que o conduzirão às terras, na Gafanha.
Com o correr do dia, e como o céu se encontrava límpido, o sol ia aquecendo o ar ambiente, mas não a lama onde se enterravam os trabalhadores. O corpo com o trabalho, aquecia. Mas as pernas e os pés, valha-lhes Deus, nem os sentiam…

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

As Pontes


Ponte no Jardim Oudinot

A ponte da foto substituiu a velha Ponte da Cambeia que conheci desde menino e que o progresso deixou que morresse. A outras aconteceu o mesmo. E vieram novas pontes mais de acordo com a vida atual. Não sou nostálgico ao ponto de carpir mágoas por ver  as que substituíram as primeiras pontes da Gafanha da Nazaré. Hoje, contudo, e a propósito desta foto guardada nos meus mal arrumados arquivos, apetece-me frisar a importância de estabelecermos pontes nas nossas relações pessoais e familiares, como fundamentais a uma vida social mais equilibrada. 
Depois das eleições autárquicas, que protagonizámos há dias, urge unir esforços para todos contribuirmos para o progresso sustentado das nossas terras e comunidades. Construindo pontes firmes que impeçam conflitos e guerras, que a nada conduzem.

Outras formas de blogar

"Outras formas de blogar" vai ser uma rubrica, sem dia nem hora certos, para sublinhar o que me dá gozo no mundo da blogosfera



Hoje registo, com muito gosto, dois blogues de duas jovens artistas que aprecio e de quem sou amigo desde sempre. Os meus parabéns, pois, para:

Sara Bandarra

e Cláudia Ribau


Reformar é também cortar...

Para pensar um pouco, que também é preciso


«Reformar é também cortar, e só o mais néscio dos observadores presumiria que Portugal sairia de uma falência das suas contas públicas sem prejuízos, perdas e danos para todos. Evidentemente, o desejável seria não termos chegado a esta humilhante situação de, pela terceira vez em pouco mais de trinta anos, sermos obrigados a submeter o nosso poder de decisão às decisões impostas pelos nossos financiadores, que, naturalmente, perante o descontrolo dos nossos gastos, nos obrigam a medidas draconianas e a custos elevados pelo dinheiro que (ainda) nos emprestam.»

Ler aqui... 

domingo, 6 de outubro de 2013

Pacheco Pereira critica o Governo

No rescaldo das Autárquicas 


«No rescaldo das Autárquicas, o PÚBLICO falou com José Pacheco Pereira, militante do PSD, para quem a partidocracia (que gera carreiras e empregos na política) foi a mais atingida nestas eleições. Numa entrevista a publicar na íntegra domingo na edição impressa, o comentador e colunista do PÚBLICO tece duras críticas à actuação do Governo e acusa Paulo Portas de ter sido desleal para com o PSD no discurso da noite eleitoral. Para Pacheco Pereira, os partidos políticos têm de reflectir sobre a vaga de vitórias de candidatos independentes. E alerta: "Os partidos não têm nenhum acordo com a eternidade".»

Ver vídeo aqui

No PÚBLICO online

Perdão da dívida

«Pedir o perdão da dívida pode ter inconvenientes. Não lutar por ele é continuar com o país estrangulado. Na Eucaristia, os cristãos confessam  que é no perdão que Deus manifesta o seu poder. Demos essa oportunidade a Angela Merkel.»

Bento Domingues,

No PÚBLICO de hoje

Nota: A crónica de Bento Domingues pode ser lida no meu blogue amanhã na íntegra.

Homem respeitável

«Um homem é tão mais respeitável  

quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha»


George Bernard Shaw (1856-1950),
escritor e dramaturgo irlandês

No PÚBLICO de hoje

sábado, 5 de outubro de 2013

Pincelada do outono




Outono

Chega o outono…
A natureza adormece
A árvore se desnuda
Atapetando o chão…
Libertação
Recolhimento
Prostração
Do amadurecimento!
Solidão
Do envelhecimento!
A vida estremece
E desaparece…
Restando
A hibernação.
Mas acontece
Que a letargia
Do outono
Em longo sono
Que nos intriga
É a fadiga
Consumação
Da canseira
Do verão!

M.ª Donzília Almeida


27.09.2013

Aniversário da República Portuguesa

5 de outubro — o feriado que já não é

O meu amigo Zé,  republicano dos quatro costados, ou coisa parecida, lançou-me há pouco uma pergunta pertinente, em jeito de brincadeira mas a falar a sério…. “Olá, Manel: Estás à espera do regresso do D. Sebastião? Em dia de nevoeiro: VIVA A REPUBLICA!” 
Pois é… Tinha-me esquecido. Esta coisa de se acabar com os feriados marcantes da vida nacional e do povo português tem que se lhe diga. Já não há respeito pela História Pátria. Os feriados não são só dias de descanso para quem trabalha, para quem luta pela sobrevivência em tempos de crises graves. Eu sei, todos sabemos, que pouca gente está disponível para celebrar os dias dignos de registo, mas sempre haveria hipótese de evocar acontecimentos que, de alguma forma, nos posicionaram no mundo. Éramos monárquicos e depois virámos republicanos, para o bem e para o mal. 

MAR DE CAMÕES

Fotografias de Roberto Santandreu  

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré 

Até 26 de outubro




No Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, está patente ao público uma exposição de fotografia de Roberto Santandreu, de nacionalidade chilena, denominada “Mar de Camões”. Foi inaugurada em 21 de setembro, no âmbito da visita do NRP (Navio da República Portuguesa) Sagres ao Porto de Aveiro, e pode ser visitada até 26 de outubro. Trata-se de um trabalho desenvolvido pelo artista numa viagem a bordo daquele navio, «para registar parte do percurso de Magalhães», como se lê no desdobrável da mostra.
Diz Roberto Santandreu que esta viagem a bordo da Sagres lhe possibilitou fotografar «com uma perspetiva intimista uma série de aspetos deste navio e do seu quotidiano», numa tentativa de se «situar e de compreender os tempos heroicos da navegação portuguesa».


As fotografias apresentam-se bem acompanhadas por estrofes de Os Lusíadas, o poema épico de Camões que faz parte da biblioteca do NRP Sagres, que o artista fez conjugar, muito bem, com os trabalhos expostos. Aliás, os textos manuscritos sobre as fotografias são de Luís de Camões e «constituem um tributo ao poeta e aos homens e mulheres da Armada de Portugal, devido aos momentos e vivências ímpares a bordo da Sagres, que comemora neste ano o seu cinquentenário», refere o fotógrafo. 


Rui Pereira, o Curador da mostra fotográfica, frisa, no referido desdobrável, que «Roberto Santandreu capta numa imagem o jogo mágico de um rasgo luminoso. O enquadramento encontrado, o ângulo escolhido, a claridade e o obscurecido, o alto e o baixo contraste, ou um simples pormenor, um primeiro plano e outros mais recuados, uma figura evidenciada ou uma outra desfocada, nada, no seu conjunto, resulta do acaso, mas de um significante apuramento estético definido e evidenciado por um Mestre fotógrafo». E acrescenta: « Roberto Santandreu, em “Mar de Camões”, cruza a História com a poesia nesta grande Epopeia que aqui nos é apresentada.»

Fernando Martins

Ratisbona, laicidade e laicismo

Anselmo Borges


Quando, após o que parecia a "Primavera Árabe", surgiu um inverno, igrejas são destruídas e cristãos mortos - o Grande Mufti da Arábia Saudita, Abdul Aziz bin Abdullah, acaba de declarar que "é necessário destruir todas as igrejas da região" -, não falta quem se lembre do famoso discurso de Bento XVI em Ratisbona, no dia 12 de Setembro de 2006. Tratou-se de uma lição universitária na Aula Magna da universidade na qual tinha ensinado. A reacção de alguns sectores muçulmanos foi violenta.

Crescer na fé, viver na confiança



Georgino Rocha


Os discípulos de Jesus ao verem o seu agir e a sua determinação em prosseguir a missão, apesar de todos os contratempos, sentem-se necessitados de mais fé para assumir atitudes semelhantes e de maior confiança para enfrentar adversidades parecidas, surpreendentes. Querem ser coerentes e fiéis, mas o coração segreda-lhes algo que os ultrapassa. E surge a súplica que expressa a intensidade do seu desejo: “Senhor aumenta a nossa fé”. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

"Salpicarte - expressões de sal"



Hoje à tarde, tive o prazer de apreciar uns painéis alusivos ao Salgado aveirense, onde se sublinha: «Enquanto o Mundo procura o sal da sua vida, Aveiro deixa morrer as salinas.»
Também fiquei a saber que a iniciativa pertence à organização "Salpicarte" e que a exposição pode ser apreciada nas Glicínias, em Aveiro, até 20 de outubro. Em casa consultei o Facebook onde colhi a seguinte informação: 


"Salpicarte - expressões de sal", é um evento artístico e cultural que pretende, através de uma reviravolta artística, sensibilizar e valorizar as salinas de Aveiro.
Artistas de diversas áreas vão salpicar a cidade com o lema "Liberta o mar(n)oto que há em ti!"
O evento vai decorrer no dia 14 de Setembro, no Parque da Sustentabilidade (Baixa de Santo António), e estão todos convidados a participar!





quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Escola Limpa tem outra Pinta


Na Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos da Gafanha da Nazaré,  apreciei este painel cerâmico — no domingo, dia de eleições autárquicas  que é um convite dirigido a todos, pessoal docente, demais funcionários e alunos, no sentido de manter o edifício permanentemente asseado. Gostei de ver e percebi que há, como deve haver sempre, cuidados deste género, ou não fosse a escola um espaço privilegiado de formação, informação e educação.

"É uma vergonha", diz o Papa Francisco

 “enésimo trágico naufrágio”



«O Papa Francisco lembrou hoje no Vaticano as vítimas do “enésimo trágico naufrágio” que aconteceu ao largo da ilha italiana de Lampedusa, considerando que este incidente é uma “vergonha”.
“Ocorre-me a palavra vergonha. É uma vergonha”, disse, durante uma audiência concedida aos participantes num encontro promovido pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz (Santa Sé), no 50.º aniversário da encíclica ‘Pacem in terris’, de João XXIII.
Pelo menos 93 imigrantes morreram quando a embarcação onde viajavam naufragou ao tentar chegar a Lampedusa e entre os mortos estão quatro crianças; mais de 250 pessoas que se encontravam a bordo continuam desaparecidas.»

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Filarmónica Gafanhense celebra 177 anos de vida

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré,
domingo, 13 de outubro, 16 horas 



Filarmónica (foto do meu arquivo)

A Filarmónica Gafanhense vai comemorar, no dia 13 de outubro, 177 primaveras da sua existência em prol da música, nomeadamente, do ensino, ensaio e exibição pública. Nesse dia, pelas 10.30 horas, os seus dirigentes, maestro e professores, bem como executantes e simpatizantes, participam numa romagem ao cemitério da Gafanha da Nazaré, para homenagear todos os músicos e seus familiares já falecidos. Participam depois na missa das 11.15 horas, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, seguindo-se às 16 horas um concerto musical no Centro Cultural da nossa cidade, com apresentação dos novos elementos que passaram a integrar a banda. 
A direção da Filarmónica Gafanhense, também conhecida por Música Velha, convida toda a comunidade da Gafanha da Nazaré e arredores a participar, sendo necessário adquirir bilhete de ingresso no concerto.


Redes sociais vão redefinir o jornalismo

Um debate importante 

a decorrer em Fátima




Luís Santos, um dos participantes nas jornadas da Comunicação Social, considera que o futuro do jornalista passará por explicar a informação e não apenas dá-la.

“Para o jornalismo, este é um momento de alguma tensão, porque se percebe a oportunidade que este novo espaço pode trazer, mas, por outro lado, é muito provável que muitas pessoas estejam a entender por jornalismo actos de comunicação que têm a ver com outras áreas, como a comunicação estratégica.", afirma Luís Santos.

Para ler mais na RR


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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Aquário dos Bacalhaus e Marinha da Troncalhada na TV holandesa




«As filmagens decorreram em finais de Julho mas só agora o programa foi exibido na televisão holandesa. O protagonista é o bacalhau e o tema desenvolve-se em torno desta estranha forma de os portugueses apreciarem esse também estranho peixe seco, salgado e espalmado capturado nas águas geladas do Atlântico Norte [uma das suas grandes curiosidades quando estiveram por cá era a de perceber o que tem este peixe de especial que mais nenhum país entende e porque comemos tantos quilos de bacalhau]. 
A parte filmada em Portugal, e em Aveiro em particular, começam por volta do minuto 14, com o Porto de Aveiro e o aquário dos bacalhaus, em Ílhavo; a marinha que ilustra a produção de sal é o Ecomuseu Marinha da Troncalhada, em Aveiro, com o João Banca e seu rebento em plena actividade marnoteira... algures no minuto 16:55.»

Li e vi no Porto de Aveiro

Papa vem a Portugal em 2017

No Centenário das Aparições de Fátima


Cristina Sá Carvalho com Papa Francisco

«O Papa Francisco disse a Cristina Sá Carvalho, no Congresso Internacional de Catequese, em Roma, que vem a Portugal em 2017, data em que se assinala o Centenário das Aparições de Fátima.
“Eu disse-lhe que esperávamos por ele em Fátima. Ele estava a olhar para mim, a sorrir, parou um bocadinho, recolheu-se para pensar, e disse-me: em 17”, disse hoje à Agência ECCLESIA Cristina Sá Carvalho, do Secretariado Nacional da Educação Cristã.
“Ele realmente ouviu o pouco que lhe disse e respondeu-me de uma maneira muita direta e concentrada. Ele responde exatamente ao que a pessoa está a dizer e interpela-a relativamente ao que está a acontecer naquele momento”, acrescenta.
D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, confirmou esta terça-feira à Agência ECCLESIA, que "o convite oficial da Conferência Episcopal Portuguesa já foi feito", acrescentando que tem de ser "com tempo" para ir ao encontro da "agenda do Papa".»


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Contrução da igreja de Paradela do Vouga em livro


“A Nossa Igreja, a Nossa Terra, Nós Mesmos”, 
um livro organizado e editado por Arménio Pires Dias, 
2012




“A Nossa Igreja, a Nossa Terra, Nós Mesmos” é um livro editado e organizado por Arménio Pires Dias, contendo apontamentos, reflexões e contributos de uma atividade pastoral. No Prólogo, o editor e organizador, atual pároco de Salreu e ex-pároco de Paradela do Vouga, diz que o título do livro é «igual ao da publicação que, tendo como desenho da sua capa o frontispício da nova igreja de Paradela do Vouga (Sever do Vouga), se publicou, durante a sua feitura».
Refere a seguir que naquela «época e com a publicação de “A nossa igreja – a nossa terra – nós mesmos” fomos acompanhando a construção da “Casa da Igreja e doutrinando sobre a verdadeira Igreja, que são os cristãos».

Telenovelas

Portugal é o país das telenovelas. Não!, não me refiro às telenovelas de amores, desamores, namoricos, intrigas e crimes que compensam. Refiro-me às telenovelas que os nossos políticos vão engendrando para nos distraírem das realidades quotidianas. Agora andam com a de Rui Machete. Que mentiu, não mentiu... Para mim, o assunto resolvia-se muito simplesmente enviando uma queixa por escrito ao Ministério Público, para que investigue o crime que ele cometeu, se é que o cometeu . E mais: já agora, é preciso que os crimes financeiros passem de vez para as mãos da Justiça, e que esta cumpra com celeridade as suas obrigações. E os políticos que se preocupem de uma vez por todas com o que nos diz respeito, no Governo, no Parlamento e nos partidos, que são a miséria, a fome, o desemprego, a injustiça social, os compadrios, o nepotismo, as sinecuras... Confesso que ando farto de intrigas e de conversa fiada.  

Amigos

«A um Amigo não se Empresta nem se Compra»

Jules Mazarin, 
No  "Breviário dos Políticos"

Li no Citador

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O Marnoto Gafanhão — 10

Um texto inédito de Ângelo Ribau

Entre sol e chuva, as terras foram todas margeadas 


Finalmente, entre sol e chuva, as terras foram todas margeadas e semeadas. 
Era um serviço relativamente leve. Espalhavam-se as sementes pela terra, atrelava-se o arado de margear aos bois, e aí íamos nós de um extremo ao outro da terra, voltava-se em sentido contrário tantas vezes quanto as necessárias, até que o terreno ficasse todo margeado. Os regos que separavam as margens ficavam à distância de cerca de um metro uns dos outros. Depois, com um ancinho era cobrir as sementes que tivessem ficado a descoberto, evitando assim que os pardais as comessem! Se o tempo fosse húmido e quente não tardaria um mês que pudéssemos começar a colher erva para o gado. 
Agora, enquanto não se arranjava outro trabalho, o tempo ia descansando o físico, a mente ia-se cultivando e até havia tempo para, de vez em quando, ir visitar um amigo que havia adoecido, doença que o obrigava a estar acamado. Conversávamos, jogávamos uma suecada quando calhava, e lá o ia ajudando a passar o tempo. 
A chuva parara. Havia possibilidades de o dia seguinte ser um dia de sol. Logo havia a ordem: 
— Se amanhã o dia estiver bom, vamos à marinha apanhar mais uma bateira de estrume! 
A ideia da cobra veio-me à cabeça e não me deixou nada descansado. Enfim o tempo começava a esfriar e possivelmente as cobras estariam metidas nas suas tocas, protegendo-se do frio. Era esta a minha esperança… 

Igreja ao lado dos pobres e excluídos

Francisco encontrou-se com fundador do jornal «La Reppublica», 
ao qual manifestou decisão de dialogar com a «cultura moderna» 
e de combater visão «vaticanocêntrica»


Papa Francisco (foto do La Reppublica)


«O jornal italiano «La Reppublica» publica hoje uma entrevista do Papa ao fundador da publicação, Eugenio Scalfari, na qual Francisco insiste na necessidade de uma Igreja Católica pobre “entre os pobres” e em diálogo com a “cultura moderna”.
“Temos de devolver esperança aos jovens, ajudar os idosos, abrir o futuro, difundir o amor. Pobres entre os pobres: temos de incluir os excluídos e pregar a paz”, disse, durante um encontro que decorreu na Casa de Santa Marta, no Vaticano, no último dia 24.
Francisco considera que o desemprego dos jovens e a solidão dos idosos são os “males mais graves” do mundo atual e que a Igreja não pode ficar indiferente aos que foram “esmagados” pelo presente, advertindo para as consequências do "liberalismo selvagem".
“É possível viver esmagado pelo presente, sem memória do passado e sem desejo de se projetar no futuro, construindo um projeto, um futuro, uma família?, questiona, antes de afirmar que, do seu ponto de vista, “este é o problema mais urgente que a Igreja tem diante de si”.
Scalfari, que se assume como ateu, revela que foi o próprio Papa que lhe telefonou e marcou o encontro, na sequência de uma troca de cartas entre os dois sobre o papel da Igreja no mundo e o diálogo entre crentes e não crentes.»

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Ver aqui a entrevista no La Reppublica

Dia Internacional do Idoso

1 de outubro


Fernando e Lita


Comemora-se hoje o Dia Internacional do Idoso. Esta é uma excelente oportunidade para se refletir sobre a realidade do dia a dia das pessoas menos jovens. Para ser mais realista, direi das pessoas velhas. É preciso, julgo eu, empregar as palavras certas. Os velhos existem em número sempre crescente, graças aos cuidados com que os tratam e aos serviços médicos e sociais que lhes estão destinados. Ainda bem.
É certo que os velhos preferem viver no seio da sua própria família, em vez dos lares, muito embora nem sempre tal seja possível. De qualquer forma, o que importa é que eles se sintam bem, que tenham tempo disponível para se dedicarem àquilo de que gostam e que porventura nunca tiveram ocasião para levar à prática. 
Os velhos necessitam de quem os ajude com atenção, mas nunca de atitudes marcadas por compaixões exageradas e por vezes ridículas. Digo isto por experiência própria. Afinal, com os meus quase 75 anos, não preciso de ajudas carregadas de lamechices, como se eu fosse inválido, que não sou. 
Os velhos têm direito à sua dignidade, aos seus direitos, sem favores nem privilégios, no respeito pelo que são e foram, pelo muito que lhes devemos e pelos contributos que deram à sociedade. Mas também necessitam de aprender a envelhecer ativamente. 
Daqui, deste meu recanto, saúdo todos os velhos que me leem, com votos de que aprendam ou reaprendam a viver, dando ainda o seu melhor, apoiando-se na riqueza que acumularam ao longo dos anos.


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Comunicar no ambiente digital




«A Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais promove, através do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, as Jornadas Nacionais de Comunicação Social nos dias 3 e 4 de outubro. Estas são, anualmente, uma oportunidade de encontro entre profissionais do setor e responsáveis pela pastoral da comunicação da Igreja Católica em Portugal.


João XXIII e João Paulo II vão ser canonizados


Dia Internacional da Música

1 de outubro


A arte é dom de quem cria
Portanto não é artista
Aquele que só copia
As coisas que tem à vista!

Ser artista é ser alguém,
Que bonito é ser artista,
Ver as coisas mais além
Do que alcança a nossa vista!

António Aleixo

A Música como forma de arte, por excelência, resulta da combinação de sons e silêncio. Faz parte integrante da nossa vida e acompanha o homem, desde os primórdios da sua aparição na terra. É uma linguagem de comunicação universal, sendo utilizada nas mais diversas situações e para os mais diversos fins. Seja para fins publicitários, para fins religiosos, para manifestações sociais e no momento que atravessámos, de campanha eleitoral, para galvanizar a atenção dos eleitores, tão esmorecidos e desmotivados.