terça-feira, 8 de outubro de 2013

Missão Jubilar — Dia da Procissão

Na Gafanha da Nazaré, 

a procissão sai da igreja da Chave para a igreja matriz, 

pelas 21 horas





Com a procissão de velas que vamos realizar no dia 11 de Outubro, antevéspera do aniversário da última aparição de Nossa Senhora em Fátima,
queremos voltar o olhar do nosso coração para Maria. Ela é modelo de fé, medianeira de graça, companheira de caminho, intercessora junto de seu Filho, Jesus. Ela é Mãe de Deus, Mãe da Igreja e nossa Mãe.
Com Ela caminhamos: Ela é cheia de graça. Com Ela acreditamos: Ela é Mestra na escola da Fé. Com Ela rezamos: Ela tem um lugar incontornável na história da salvação.
Em comunhão com o Papa Francisco consagramos o Mundo e confiamos a nossa Diocese ao olhar vigilante e maternal de Maria.
Convido toda a Diocese a louvar Maria e a sentir o olhar terno e o coração atento da Mãe de Deus sobre cada um de nós e sobre todos quantos aqui vivem.
Em cada vela acesa e na luz que da procissão irrompe espelha-se o olhar de Maria e manifesta-se o amor do seu coração às nossas famílias e à nossa Terra. “Um dia vou louvar Maria…Hoje é o Dia!”

António Francisco dos Santos, 
Bispo de Aveiro

Perdão da dívida

Crónica de Bento Domingues, 

no PÚBLICO de domingo




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O Marnoto Gafanhão — 11

Um texto inédito de Ângelo Ribau Teixeira


Que vida esta!



Começava mais uma época de trabalhos, que era exclusiva dos marnotos da Gafanha já que, os de Aveiro, não tendo terras, se limitavam a consumir o tempo, visitando de vez em quando a salina, acautelando alguma “cambeia” que as marés vivas tenham provocado, ou passeando debaixo dos arcos do Hotel Arcada, local soalheiro e abrigado dos ventos do nordeste, que no inverno enregelavam o corpo até aos ossos…
Enfim, cada qual nasce para o que nasce!
E para o Toino não era nada bom ser filho de lavrador, com terras! 
E lá foram na segunda-feira seguinte para os viveiros da “Corte do Paraíso” começar com a apanha do moliço. O pai do Toino com um ancinho e a gadanha ao ombro, o Toino com um ancinho, montam cada um na sua bicicleta e toca a andar em direção ao… “Paraíso”??!!!
Atravessaram a ponte de madeira que liga á estrada que dá a Aveiro e aí foram a caminho dos “moinhos”, onde se localizava o Paraíso. O vento norte corria de mansinho, mas frio como o gelo. As orelhas e as mãos sentiam-no bem. Pior seria quando tivessem, ao chegar ao viveiro, de tirar as calças, ficar em cuecas e entrar na lama. “Enfim, veremos…”, ia cogitando o Toino, tentando meter uma mão no bolso e conduzindo a bicicleta sem mãos.
Chegaram. Calças fora, cuecas arregaçadas e toca de descer para o viveiro.
— É pá! — diz o pai do Toino para um cunhado —  Está mesmo frio… Toca a gadanhar para aquecer. Enquanto nós cortamos o moliço, o Toino com o ancinho vai-o juntando em montes pequenos para depois serem “zurrados” para junto da estrada, d´onde mais tarde serão carregados para os carros de bois, que o conduzirão às terras, na Gafanha.
Com o correr do dia, e como o céu se encontrava límpido, o sol ia aquecendo o ar ambiente, mas não a lama onde se enterravam os trabalhadores. O corpo com o trabalho, aquecia. Mas as pernas e os pés, valha-lhes Deus, nem os sentiam…

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

As Pontes


Ponte no Jardim Oudinot

A ponte da foto substituiu a velha Ponte da Cambeia que conheci desde menino e que o progresso deixou que morresse. A outras aconteceu o mesmo. E vieram novas pontes mais de acordo com a vida atual. Não sou nostálgico ao ponto de carpir mágoas por ver  as que substituíram as primeiras pontes da Gafanha da Nazaré. Hoje, contudo, e a propósito desta foto guardada nos meus mal arrumados arquivos, apetece-me frisar a importância de estabelecermos pontes nas nossas relações pessoais e familiares, como fundamentais a uma vida social mais equilibrada. 
Depois das eleições autárquicas, que protagonizámos há dias, urge unir esforços para todos contribuirmos para o progresso sustentado das nossas terras e comunidades. Construindo pontes firmes que impeçam conflitos e guerras, que a nada conduzem.

Outras formas de blogar

"Outras formas de blogar" vai ser uma rubrica, sem dia nem hora certos, para sublinhar o que me dá gozo no mundo da blogosfera



Hoje registo, com muito gosto, dois blogues de duas jovens artistas que aprecio e de quem sou amigo desde sempre. Os meus parabéns, pois, para:

Sara Bandarra

e Cláudia Ribau


Reformar é também cortar...

Para pensar um pouco, que também é preciso


«Reformar é também cortar, e só o mais néscio dos observadores presumiria que Portugal sairia de uma falência das suas contas públicas sem prejuízos, perdas e danos para todos. Evidentemente, o desejável seria não termos chegado a esta humilhante situação de, pela terceira vez em pouco mais de trinta anos, sermos obrigados a submeter o nosso poder de decisão às decisões impostas pelos nossos financiadores, que, naturalmente, perante o descontrolo dos nossos gastos, nos obrigam a medidas draconianas e a custos elevados pelo dinheiro que (ainda) nos emprestam.»

Ler aqui... 

domingo, 6 de outubro de 2013

Pacheco Pereira critica o Governo

No rescaldo das Autárquicas 


«No rescaldo das Autárquicas, o PÚBLICO falou com José Pacheco Pereira, militante do PSD, para quem a partidocracia (que gera carreiras e empregos na política) foi a mais atingida nestas eleições. Numa entrevista a publicar na íntegra domingo na edição impressa, o comentador e colunista do PÚBLICO tece duras críticas à actuação do Governo e acusa Paulo Portas de ter sido desleal para com o PSD no discurso da noite eleitoral. Para Pacheco Pereira, os partidos políticos têm de reflectir sobre a vaga de vitórias de candidatos independentes. E alerta: "Os partidos não têm nenhum acordo com a eternidade".»

Ver vídeo aqui

No PÚBLICO online

Perdão da dívida

«Pedir o perdão da dívida pode ter inconvenientes. Não lutar por ele é continuar com o país estrangulado. Na Eucaristia, os cristãos confessam  que é no perdão que Deus manifesta o seu poder. Demos essa oportunidade a Angela Merkel.»

Bento Domingues,

No PÚBLICO de hoje

Nota: A crónica de Bento Domingues pode ser lida no meu blogue amanhã na íntegra.

Homem respeitável

«Um homem é tão mais respeitável  

quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha»


George Bernard Shaw (1856-1950),
escritor e dramaturgo irlandês

No PÚBLICO de hoje

sábado, 5 de outubro de 2013

Pincelada do outono




Outono

Chega o outono…
A natureza adormece
A árvore se desnuda
Atapetando o chão…
Libertação
Recolhimento
Prostração
Do amadurecimento!
Solidão
Do envelhecimento!
A vida estremece
E desaparece…
Restando
A hibernação.
Mas acontece
Que a letargia
Do outono
Em longo sono
Que nos intriga
É a fadiga
Consumação
Da canseira
Do verão!

M.ª Donzília Almeida


27.09.2013

Aniversário da República Portuguesa

5 de outubro — o feriado que já não é

O meu amigo Zé,  republicano dos quatro costados, ou coisa parecida, lançou-me há pouco uma pergunta pertinente, em jeito de brincadeira mas a falar a sério…. “Olá, Manel: Estás à espera do regresso do D. Sebastião? Em dia de nevoeiro: VIVA A REPUBLICA!” 
Pois é… Tinha-me esquecido. Esta coisa de se acabar com os feriados marcantes da vida nacional e do povo português tem que se lhe diga. Já não há respeito pela História Pátria. Os feriados não são só dias de descanso para quem trabalha, para quem luta pela sobrevivência em tempos de crises graves. Eu sei, todos sabemos, que pouca gente está disponível para celebrar os dias dignos de registo, mas sempre haveria hipótese de evocar acontecimentos que, de alguma forma, nos posicionaram no mundo. Éramos monárquicos e depois virámos republicanos, para o bem e para o mal. 

MAR DE CAMÕES

Fotografias de Roberto Santandreu  

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré 

Até 26 de outubro




No Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, está patente ao público uma exposição de fotografia de Roberto Santandreu, de nacionalidade chilena, denominada “Mar de Camões”. Foi inaugurada em 21 de setembro, no âmbito da visita do NRP (Navio da República Portuguesa) Sagres ao Porto de Aveiro, e pode ser visitada até 26 de outubro. Trata-se de um trabalho desenvolvido pelo artista numa viagem a bordo daquele navio, «para registar parte do percurso de Magalhães», como se lê no desdobrável da mostra.
Diz Roberto Santandreu que esta viagem a bordo da Sagres lhe possibilitou fotografar «com uma perspetiva intimista uma série de aspetos deste navio e do seu quotidiano», numa tentativa de se «situar e de compreender os tempos heroicos da navegação portuguesa».


As fotografias apresentam-se bem acompanhadas por estrofes de Os Lusíadas, o poema épico de Camões que faz parte da biblioteca do NRP Sagres, que o artista fez conjugar, muito bem, com os trabalhos expostos. Aliás, os textos manuscritos sobre as fotografias são de Luís de Camões e «constituem um tributo ao poeta e aos homens e mulheres da Armada de Portugal, devido aos momentos e vivências ímpares a bordo da Sagres, que comemora neste ano o seu cinquentenário», refere o fotógrafo. 


Rui Pereira, o Curador da mostra fotográfica, frisa, no referido desdobrável, que «Roberto Santandreu capta numa imagem o jogo mágico de um rasgo luminoso. O enquadramento encontrado, o ângulo escolhido, a claridade e o obscurecido, o alto e o baixo contraste, ou um simples pormenor, um primeiro plano e outros mais recuados, uma figura evidenciada ou uma outra desfocada, nada, no seu conjunto, resulta do acaso, mas de um significante apuramento estético definido e evidenciado por um Mestre fotógrafo». E acrescenta: « Roberto Santandreu, em “Mar de Camões”, cruza a História com a poesia nesta grande Epopeia que aqui nos é apresentada.»

Fernando Martins

Ratisbona, laicidade e laicismo

Anselmo Borges


Quando, após o que parecia a "Primavera Árabe", surgiu um inverno, igrejas são destruídas e cristãos mortos - o Grande Mufti da Arábia Saudita, Abdul Aziz bin Abdullah, acaba de declarar que "é necessário destruir todas as igrejas da região" -, não falta quem se lembre do famoso discurso de Bento XVI em Ratisbona, no dia 12 de Setembro de 2006. Tratou-se de uma lição universitária na Aula Magna da universidade na qual tinha ensinado. A reacção de alguns sectores muçulmanos foi violenta.

Crescer na fé, viver na confiança



Georgino Rocha


Os discípulos de Jesus ao verem o seu agir e a sua determinação em prosseguir a missão, apesar de todos os contratempos, sentem-se necessitados de mais fé para assumir atitudes semelhantes e de maior confiança para enfrentar adversidades parecidas, surpreendentes. Querem ser coerentes e fiéis, mas o coração segreda-lhes algo que os ultrapassa. E surge a súplica que expressa a intensidade do seu desejo: “Senhor aumenta a nossa fé”. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

"Salpicarte - expressões de sal"



Hoje à tarde, tive o prazer de apreciar uns painéis alusivos ao Salgado aveirense, onde se sublinha: «Enquanto o Mundo procura o sal da sua vida, Aveiro deixa morrer as salinas.»
Também fiquei a saber que a iniciativa pertence à organização "Salpicarte" e que a exposição pode ser apreciada nas Glicínias, em Aveiro, até 20 de outubro. Em casa consultei o Facebook onde colhi a seguinte informação: 


"Salpicarte - expressões de sal", é um evento artístico e cultural que pretende, através de uma reviravolta artística, sensibilizar e valorizar as salinas de Aveiro.
Artistas de diversas áreas vão salpicar a cidade com o lema "Liberta o mar(n)oto que há em ti!"
O evento vai decorrer no dia 14 de Setembro, no Parque da Sustentabilidade (Baixa de Santo António), e estão todos convidados a participar!





quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Escola Limpa tem outra Pinta


Na Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos da Gafanha da Nazaré,  apreciei este painel cerâmico — no domingo, dia de eleições autárquicas  que é um convite dirigido a todos, pessoal docente, demais funcionários e alunos, no sentido de manter o edifício permanentemente asseado. Gostei de ver e percebi que há, como deve haver sempre, cuidados deste género, ou não fosse a escola um espaço privilegiado de formação, informação e educação.

"É uma vergonha", diz o Papa Francisco

 “enésimo trágico naufrágio”



«O Papa Francisco lembrou hoje no Vaticano as vítimas do “enésimo trágico naufrágio” que aconteceu ao largo da ilha italiana de Lampedusa, considerando que este incidente é uma “vergonha”.
“Ocorre-me a palavra vergonha. É uma vergonha”, disse, durante uma audiência concedida aos participantes num encontro promovido pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz (Santa Sé), no 50.º aniversário da encíclica ‘Pacem in terris’, de João XXIII.
Pelo menos 93 imigrantes morreram quando a embarcação onde viajavam naufragou ao tentar chegar a Lampedusa e entre os mortos estão quatro crianças; mais de 250 pessoas que se encontravam a bordo continuam desaparecidas.»

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Filarmónica Gafanhense celebra 177 anos de vida

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré,
domingo, 13 de outubro, 16 horas 



Filarmónica (foto do meu arquivo)

A Filarmónica Gafanhense vai comemorar, no dia 13 de outubro, 177 primaveras da sua existência em prol da música, nomeadamente, do ensino, ensaio e exibição pública. Nesse dia, pelas 10.30 horas, os seus dirigentes, maestro e professores, bem como executantes e simpatizantes, participam numa romagem ao cemitério da Gafanha da Nazaré, para homenagear todos os músicos e seus familiares já falecidos. Participam depois na missa das 11.15 horas, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, seguindo-se às 16 horas um concerto musical no Centro Cultural da nossa cidade, com apresentação dos novos elementos que passaram a integrar a banda. 
A direção da Filarmónica Gafanhense, também conhecida por Música Velha, convida toda a comunidade da Gafanha da Nazaré e arredores a participar, sendo necessário adquirir bilhete de ingresso no concerto.


Redes sociais vão redefinir o jornalismo

Um debate importante 

a decorrer em Fátima




Luís Santos, um dos participantes nas jornadas da Comunicação Social, considera que o futuro do jornalista passará por explicar a informação e não apenas dá-la.

“Para o jornalismo, este é um momento de alguma tensão, porque se percebe a oportunidade que este novo espaço pode trazer, mas, por outro lado, é muito provável que muitas pessoas estejam a entender por jornalismo actos de comunicação que têm a ver com outras áreas, como a comunicação estratégica.", afirma Luís Santos.

Para ler mais na RR


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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Aquário dos Bacalhaus e Marinha da Troncalhada na TV holandesa




«As filmagens decorreram em finais de Julho mas só agora o programa foi exibido na televisão holandesa. O protagonista é o bacalhau e o tema desenvolve-se em torno desta estranha forma de os portugueses apreciarem esse também estranho peixe seco, salgado e espalmado capturado nas águas geladas do Atlântico Norte [uma das suas grandes curiosidades quando estiveram por cá era a de perceber o que tem este peixe de especial que mais nenhum país entende e porque comemos tantos quilos de bacalhau]. 
A parte filmada em Portugal, e em Aveiro em particular, começam por volta do minuto 14, com o Porto de Aveiro e o aquário dos bacalhaus, em Ílhavo; a marinha que ilustra a produção de sal é o Ecomuseu Marinha da Troncalhada, em Aveiro, com o João Banca e seu rebento em plena actividade marnoteira... algures no minuto 16:55.»

Li e vi no Porto de Aveiro

Papa vem a Portugal em 2017

No Centenário das Aparições de Fátima


Cristina Sá Carvalho com Papa Francisco

«O Papa Francisco disse a Cristina Sá Carvalho, no Congresso Internacional de Catequese, em Roma, que vem a Portugal em 2017, data em que se assinala o Centenário das Aparições de Fátima.
“Eu disse-lhe que esperávamos por ele em Fátima. Ele estava a olhar para mim, a sorrir, parou um bocadinho, recolheu-se para pensar, e disse-me: em 17”, disse hoje à Agência ECCLESIA Cristina Sá Carvalho, do Secretariado Nacional da Educação Cristã.
“Ele realmente ouviu o pouco que lhe disse e respondeu-me de uma maneira muita direta e concentrada. Ele responde exatamente ao que a pessoa está a dizer e interpela-a relativamente ao que está a acontecer naquele momento”, acrescenta.
D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, confirmou esta terça-feira à Agência ECCLESIA, que "o convite oficial da Conferência Episcopal Portuguesa já foi feito", acrescentando que tem de ser "com tempo" para ir ao encontro da "agenda do Papa".»


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Contrução da igreja de Paradela do Vouga em livro


“A Nossa Igreja, a Nossa Terra, Nós Mesmos”, 
um livro organizado e editado por Arménio Pires Dias, 
2012




“A Nossa Igreja, a Nossa Terra, Nós Mesmos” é um livro editado e organizado por Arménio Pires Dias, contendo apontamentos, reflexões e contributos de uma atividade pastoral. No Prólogo, o editor e organizador, atual pároco de Salreu e ex-pároco de Paradela do Vouga, diz que o título do livro é «igual ao da publicação que, tendo como desenho da sua capa o frontispício da nova igreja de Paradela do Vouga (Sever do Vouga), se publicou, durante a sua feitura».
Refere a seguir que naquela «época e com a publicação de “A nossa igreja – a nossa terra – nós mesmos” fomos acompanhando a construção da “Casa da Igreja e doutrinando sobre a verdadeira Igreja, que são os cristãos».

Telenovelas

Portugal é o país das telenovelas. Não!, não me refiro às telenovelas de amores, desamores, namoricos, intrigas e crimes que compensam. Refiro-me às telenovelas que os nossos políticos vão engendrando para nos distraírem das realidades quotidianas. Agora andam com a de Rui Machete. Que mentiu, não mentiu... Para mim, o assunto resolvia-se muito simplesmente enviando uma queixa por escrito ao Ministério Público, para que investigue o crime que ele cometeu, se é que o cometeu . E mais: já agora, é preciso que os crimes financeiros passem de vez para as mãos da Justiça, e que esta cumpra com celeridade as suas obrigações. E os políticos que se preocupem de uma vez por todas com o que nos diz respeito, no Governo, no Parlamento e nos partidos, que são a miséria, a fome, o desemprego, a injustiça social, os compadrios, o nepotismo, as sinecuras... Confesso que ando farto de intrigas e de conversa fiada.  

Amigos

«A um Amigo não se Empresta nem se Compra»

Jules Mazarin, 
No  "Breviário dos Políticos"

Li no Citador

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O Marnoto Gafanhão — 10

Um texto inédito de Ângelo Ribau

Entre sol e chuva, as terras foram todas margeadas 


Finalmente, entre sol e chuva, as terras foram todas margeadas e semeadas. 
Era um serviço relativamente leve. Espalhavam-se as sementes pela terra, atrelava-se o arado de margear aos bois, e aí íamos nós de um extremo ao outro da terra, voltava-se em sentido contrário tantas vezes quanto as necessárias, até que o terreno ficasse todo margeado. Os regos que separavam as margens ficavam à distância de cerca de um metro uns dos outros. Depois, com um ancinho era cobrir as sementes que tivessem ficado a descoberto, evitando assim que os pardais as comessem! Se o tempo fosse húmido e quente não tardaria um mês que pudéssemos começar a colher erva para o gado. 
Agora, enquanto não se arranjava outro trabalho, o tempo ia descansando o físico, a mente ia-se cultivando e até havia tempo para, de vez em quando, ir visitar um amigo que havia adoecido, doença que o obrigava a estar acamado. Conversávamos, jogávamos uma suecada quando calhava, e lá o ia ajudando a passar o tempo. 
A chuva parara. Havia possibilidades de o dia seguinte ser um dia de sol. Logo havia a ordem: 
— Se amanhã o dia estiver bom, vamos à marinha apanhar mais uma bateira de estrume! 
A ideia da cobra veio-me à cabeça e não me deixou nada descansado. Enfim o tempo começava a esfriar e possivelmente as cobras estariam metidas nas suas tocas, protegendo-se do frio. Era esta a minha esperança… 

Igreja ao lado dos pobres e excluídos

Francisco encontrou-se com fundador do jornal «La Reppublica», 
ao qual manifestou decisão de dialogar com a «cultura moderna» 
e de combater visão «vaticanocêntrica»


Papa Francisco (foto do La Reppublica)


«O jornal italiano «La Reppublica» publica hoje uma entrevista do Papa ao fundador da publicação, Eugenio Scalfari, na qual Francisco insiste na necessidade de uma Igreja Católica pobre “entre os pobres” e em diálogo com a “cultura moderna”.
“Temos de devolver esperança aos jovens, ajudar os idosos, abrir o futuro, difundir o amor. Pobres entre os pobres: temos de incluir os excluídos e pregar a paz”, disse, durante um encontro que decorreu na Casa de Santa Marta, no Vaticano, no último dia 24.
Francisco considera que o desemprego dos jovens e a solidão dos idosos são os “males mais graves” do mundo atual e que a Igreja não pode ficar indiferente aos que foram “esmagados” pelo presente, advertindo para as consequências do "liberalismo selvagem".
“É possível viver esmagado pelo presente, sem memória do passado e sem desejo de se projetar no futuro, construindo um projeto, um futuro, uma família?, questiona, antes de afirmar que, do seu ponto de vista, “este é o problema mais urgente que a Igreja tem diante de si”.
Scalfari, que se assume como ateu, revela que foi o próprio Papa que lhe telefonou e marcou o encontro, na sequência de uma troca de cartas entre os dois sobre o papel da Igreja no mundo e o diálogo entre crentes e não crentes.»

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Ver aqui a entrevista no La Reppublica

Dia Internacional do Idoso

1 de outubro


Fernando e Lita


Comemora-se hoje o Dia Internacional do Idoso. Esta é uma excelente oportunidade para se refletir sobre a realidade do dia a dia das pessoas menos jovens. Para ser mais realista, direi das pessoas velhas. É preciso, julgo eu, empregar as palavras certas. Os velhos existem em número sempre crescente, graças aos cuidados com que os tratam e aos serviços médicos e sociais que lhes estão destinados. Ainda bem.
É certo que os velhos preferem viver no seio da sua própria família, em vez dos lares, muito embora nem sempre tal seja possível. De qualquer forma, o que importa é que eles se sintam bem, que tenham tempo disponível para se dedicarem àquilo de que gostam e que porventura nunca tiveram ocasião para levar à prática. 
Os velhos necessitam de quem os ajude com atenção, mas nunca de atitudes marcadas por compaixões exageradas e por vezes ridículas. Digo isto por experiência própria. Afinal, com os meus quase 75 anos, não preciso de ajudas carregadas de lamechices, como se eu fosse inválido, que não sou. 
Os velhos têm direito à sua dignidade, aos seus direitos, sem favores nem privilégios, no respeito pelo que são e foram, pelo muito que lhes devemos e pelos contributos que deram à sociedade. Mas também necessitam de aprender a envelhecer ativamente. 
Daqui, deste meu recanto, saúdo todos os velhos que me leem, com votos de que aprendam ou reaprendam a viver, dando ainda o seu melhor, apoiando-se na riqueza que acumularam ao longo dos anos.


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Comunicar no ambiente digital




«A Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais promove, através do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, as Jornadas Nacionais de Comunicação Social nos dias 3 e 4 de outubro. Estas são, anualmente, uma oportunidade de encontro entre profissionais do setor e responsáveis pela pastoral da comunicação da Igreja Católica em Portugal.


João XXIII e João Paulo II vão ser canonizados


Dia Internacional da Música

1 de outubro


A arte é dom de quem cria
Portanto não é artista
Aquele que só copia
As coisas que tem à vista!

Ser artista é ser alguém,
Que bonito é ser artista,
Ver as coisas mais além
Do que alcança a nossa vista!

António Aleixo

A Música como forma de arte, por excelência, resulta da combinação de sons e silêncio. Faz parte integrante da nossa vida e acompanha o homem, desde os primórdios da sua aparição na terra. É uma linguagem de comunicação universal, sendo utilizada nas mais diversas situações e para os mais diversos fins. Seja para fins publicitários, para fins religiosos, para manifestações sociais e no momento que atravessámos, de campanha eleitoral, para galvanizar a atenção dos eleitores, tão esmorecidos e desmotivados. 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

"Santa Maria Manuela" voltou a dar nas vistas

"Santa Maria Manuela"


«O veleiro “Santa Maria Manuela” (SMM), propriedade da empresa ilhavense Pascoal, encontra-se a participar na Mediterranean Tall Ships Regatta 2013 – prova internacional que conta com a participação de quase 30 grandes veleiros, oriundos de vários países – e, aquando da sua passagem por Barcelona, voltou a dar nas vistas.»

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Ganhou o PS, a CDU e o PSD anti-Passos

No EXPRESSO

Os resultados das eleições autárquicas não deixam dúvidas: o programa de ajustamento que tem sido conduzido pelo Governo pesou, em grande parte, na decisão dos eleitores.

Nicolau Santos

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Medalhas em tempo de crise

Em tempo de crise, a GNR podia e devia poupar um pouco. A GNR e todas as estruturas estatais.

Eleições Autárquicas


Município de Ílhavo


Câmara Municipal: Fernando Caçoilo (PSD)
Assembleia Municipal: Fernando Maria (PSD)

Freguesias


Gafanha do Carmo: Luís Diamantino (PSD)
Gafanha da Encarnação: Augusto Rocha (PSD)
Gafanha da Nazaré: Carlos Rocha (PSD)
S. Salvador: João Campolargo (PS)

Felicito os vencedores e os vencidos pelo empenhamento com que se bateram pela vitória, numa perspetiva de levar à prática os seus ideais. Os vencedores receberam do povo o direito e a obrigação de tudo fazerem para o bem-estar da sociedade, tendo em atenção, a meu ver, os mais frágeis das nossas comunidades.

"Gafanha... Retalhos do Passado"

Mais um livro sobre a Gafanha...





O Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo vai inaugurar, no próximo dia 6, pelas 16 horas, na antiga Escola Primária da Gafanha da Boavista, o Museu Etnográfico e Sede Social daquela associação cultural. Na mesma altura vai ser lançado o livro "Gafanha... Retalhos do Passado". Esta é mais uma iniciativa de muito interesse cultural para as nossas gentes, voltada, como facilmente se compreenderá, para a sociedade atual, decerto interessada em conhecer ao vivo o nosso passado.

Um amigo lá de casa

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO de ontem



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domingo, 29 de setembro de 2013

Francisco, um amigo lá de casa

Crónica de Bento Domingues no PÚBLICO de hoje

«Em seis meses de pontificado 
não aconteceu nada de extraordinário 
e aconteceu tudo o que é essencial»

«A ressurreição do obviamente humano e cristão, nos gestos e nas palavras do Papa Francisco, depois dos artificiosos muros levantados, nas últimas décadas, por condenações e propaganda — ocultando crimes financeiros e comportamentos pedófilos — tornou-se a mais pacífica, profunda  e surpreendente revolução do nosso tempo.»


NOTA: Para ler toda a crónica manhã.

sábado, 28 de setembro de 2013


Generosidade de um país com tanta pobreza


Timor-Leste decidiu oferecer um milhão de dólares a Portugal, recentemente devastado pelos incêndios florestais. Esta generosidade de um país ainda com tanta pobreza destina-se a apoiar as vítimas dos incêndios. Dá para pensar.



O que pensa Francisco: 7. sobre a morte

Anselmo Borges



Para o Papa Francisco, a morte não é tabu. "Quando somos novos, não olhamos tanto para o fim, valorizamos mais o momento. Mas lembro-me de dois versinhos que a minha avó me ensinou: "Olha que Deus te está a ver, olha que te está olhando; olha que hás-de morrer e que não sabes quando." Passados 70 anos, não consigo esquecê-los. Ela inculcava-me a consciência de que tudo acaba, de que devemos deixar tudo bem. No meu caso, penso todos os dias que vou morrer. Não me angustio por isso, porque o Senhor e a vida prepararam-me. Vi morrer os meus antepassados, e agora é a minha vez. Quando? Não sei."

O otimismo do homem



"As circunstâncias podem quebrar os ossos de um homem; mas nunca foi demonstrado que elas tenham que quebrar o otimismo de um homem"

Gilbert Keith Chesterton (1874 – 1936)

Deixa-te convencer




“Deixa-te convencer” é exortação velada e insinuante que encerra a parábola do rico Epulão e do pobre Lázaro. “Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos”. Esta resposta está posta na boca de Abraão como ponto final a um diálogo persuasivo sobre o valor das coisas vistas da “outra margem do rio”, sobre a importância de saber aproveitar as oportunidades que o tempo nos proporciona, sobre a articulação consequente que existe entre a fase presente da vida e o futuro definitivo.

Deixa-te convencer, pois a vida é só uma, no tempo e na eternidade, embora com ritmos diferentes, tem uma dignidade própria que se manifesta progressivamente nas opções que fazemos e nas atitudes que assumimos, nas relações que criamos e alimentamos e nas associações que organizamos, na sociedade que constituímos.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Domingo é dia de grandes decisões


Domingo, 29 de agosto, é dia de grandes decisões. Os portugueses com direito a voto vão escolher os seus autarcas, aqueles que hão de contribuir, com as suas opções e em representação dos que os elegeram, para o bem-estar das populações. Sublinhe-se que os eleitos serão, quer se queira ou não, os legítimos representantes do povo. E deles se espera que sejam dignos dos anseios das populações, no esforço contínuo de lhes proporcionarem a qualidade de vida a que têm direito.
Votar em consciência pressupõe conhecer as propostas dos candidatos aos diversos cargos, tentando descortinar o que é possível fazer, para além das promessas propagandísticas irresponsáveis e irrealizáveis, em que alguns políticos, dos mais variados quadrantes, são férteis, na ânsia de ocuparem a cadeira do poder a qualquer preço.
Uma vez fechadas as urnas, formulo votos de que os portugueses saibam aceitar e respeitar os vencedores, cabendo a estes honrar os vencidos. Afinal de contas, todos os candidatos apostaram na defesa dos seus valores, das suas convicções, dos seus ideais.

Fernando Martins



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

"Mar de Camões"

No Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, 
até 26 de outubro
Terça-feira a sábado, entre as 15 e as 20 horas



«Quase 500 anos depois, o navio-escola Sagres voltou a fazer parte da viagem de Fernão de Magalhães durante a qual o navegador português dobrou o Cabo Virgenes e descobriu a passagem natural entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
Uma parte desse roteiro realizado pelo mítico navio da Marinha portuguesa foi documentado pelo fotógrafo chileno Roberto Santandreu. Reunidas na exposição “Mar de Camões”, as imagens retratam a vida a bordo da Sagres e a sua passagem pelo Estreito de Magalhães e canais da Patagónia.
Na intenção de evocar essa ancestral relação e o apelo que os portugueses sentem pelo Mar, o fotógrafo deixa cair sobre cada imagem um trecho manuscrito de Luís de Camões, o poeta que primeiro construiu a epopeia dos descobrimentos marítimos portugueses.»

Nota: Informação do CCI

Schoenstatt recebe Santuário Original

Santuário Original

Movimento de Schoenstatt 
agradeceu entrega do santuário original


Algumas centenas de pessoas passaram no último domingo pelo santuário de Schoenstatt da Gafanha da Nazaré para agradecer a entrega formal do santuário original, na Alemanha, ao Movimento Apostólico de Schoenstatt. “Muitos não sabiam, é certo, mas o santuário original não era nosso. Pertencia aos Padres Palotinos, congregação a que o Padre Kentenich [fundador da espiritualidade de Schoenstatt] esteve ligado até 1965”, explica o P.e Carlos Aberto Pereira de Sousa. O responsável dos Padres de Schoenstatt na Diocese de Aveiro explica como tudo se processou:

“O Padre Kentenich fundou uma congregação mariana que veio a dar origem ao Movimento de Schoenstatt. Para as reuniões desse pequeno grupo de seminaristas do seminário dos Padres Palotinos, em Schoenstatt – Coblença (Alemanha), pediu uma capela abandonada que estava ao lado do seminário. Esta capela era propriedade desta comunidade, pois fazia parte do terreno que eles compraram para o seu seminário. Depois de restaurada e de se ter transformado no que hoje chamamos “lugar de graças”, o Santuário de Schoenstatt, esta capelinha sempre ficou na propriedade dessa comunidade. Apesar de ser um centro de peregrinação internacional para toda a Obra de Schoenstatt e para todos os que lá peregrinavam com fé, a pastoral normal e a “administração” se assim se pode chamar, esteve sempre na responsabilidade dos Padres Palotinos. Nestes últimos tempos começaram conversas no sentido do Movimento de Schoenstatt ficar responsável pelo santuário original, com a finalidade de, quando possível, comprar o terreno envolvente junto com o santuário”.


As conversas continuaram para a possível compra, até que – relata P.e Carlos Alberto – “fomos surpreendidos quando nos foi informado que os Padre Palotinos tinham decidido não vender mas sim oferecer como presente do jubileu de Schoenstatt o santuário original”.
No dia 22 de setembro, deu-se a entrega formal da propriedade do santuário ao Movimento de Schoenstatt, abrindo novas perspetivas pastorais para este movimento com espiritualidade fortemente centrada nos santuários marianos. “Afinal era como se Schoenstatt estivesse numa casa alugada”, remata P.e Carlos Alberto.
O Movimento de Schoenstatt comemora entre 18 de outubro de 2013 e 18 de outubro de 2014 o jubileu dos cem anos de fundação. A primeira data será assinalada no santuário da Gafanha da Nazaré com uma celebração. Em Portugal, o ponto alto do jubileu será o dia 4 de maio de 2014, com uma peregrinação nacional a Fátima.

J.P.F.

Nota:

1.  Transcrevi, com a devida vénia,  do Correio do Vouga
2.  A foto do santuário original foi copiada do blogue de Schoenstatt-Aveiro


D. António Marcelino está um pouco debilitado



Quando procurava hoje, no Correio do Vouga, a habitual crónica semanal de D. António Baltasar Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro, gesto que repeti vezes sem conta, deparei com uma informação, em nota de rodapé e com destaque, em que se dava conta do seu internamento hospitalar, desde a semana passada. Contactado pelo Correio do Vouga, D. António disse que tem estado a fazer análises, «desconhecendo no momento as causas da sua debilitação». 
Como o nosso Bispo Emérito é um homem de enorme capacidade e resistência, estou certo de que ultrapassará brevemente esta fase da sua vida, voltando o mais depressa possível ao trabalho, com o vigor que o caracteriza, a que nunca virou costas. 

Fernando Martins



As armas mais poderosas

"Tentamos levar uma luta gloriosa contra o analfabetismo, a pobreza e o terrorismo, devemos pegar os livros e as canetas, são as armas mais poderosas."

Malala Yousafzai,
menina paquistanesa de 16 anos
que os talibãs tentaram matar.

Li na agência ZENIT


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terça-feira, 24 de setembro de 2013

"Murmúrios do Vento" com novo lançamento

Recordações da Pesca do Bacalhau




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O Marnoto Gafanhão — 9

Um livro póstumo de Ângelo Ribau


Foram limpas as leiras

Foram limpas as leiras, das felgas e de todas as ervas daninhas. As milhãs eram apanhadas à foicinha e iam servindo para a alimentação dos animais. Havia sempre qualquer coisa para fazer.
Agora que as terras estavam prontas, tínhamos que esperar pela chuva, para as podermos semear. Entretanto, o pai do Toino diz:
— Enquanto não chove e há pouco que fazer, amanhã pegamos na bateira e vamos à marinha apanhar uma bateirada de estrume, que servirá para as camas do gado, quando chegar o Inverno.
E o Toino que pensava que iria chegar um período de acalmia no trabalho, que lhe daria a possibilidade de ler uns livros da biblioteca existente lá em casa e que tinha sido dos seus tios… Puro engano! 
O Toino era novo. Tinha ainda pouca força para puxar a bateira à cirga, pelo que o pai saltou para terra e o Toino tomou o lugar de timoneiro, tentando governar a bateira o que, dada a falta de prática, não foi nada fácil. A bateira ora batia contra as estacas de cimento, ora se afastava para o outro lado do esteiro, o que tornava difícil a sua progressão pelo esteiro adiante! E lá vinham as ameaças:


“Vaticano II ao alcance de todos”

Um livro de António Marcelino, 

Bispo Emérito de Aveiro

Com edição das Paulinas, saiu em novembro de 2012 um livro de António Baltasar Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro, com o título “Vaticano II ao alcance de todos”. Trata-se de um trabalho pleno de atualidade, ou não estivéssemos em altura de celebrar os 50 anos do concílio Vaticano II, porventura a maior revolução no seio da Igreja Católica no século XX. 
Os textos ora publicados neste livro viram a luz do dia nas páginas do semanário diocesano Correio do Vouga e posteriormente em diários, quinzenários e revistas mensais, ocupando também um espaço próprio na Agência Ecclesia. Isto mesmo sabe quem acompanha o Bispo Emérito de Aveiro no que escreve semana após semana, com perfeita atualidade e liberdade de espírito, mas sempre em sintonia com o pensar da Igreja Católica, expressa na palavra autorizada dos que têm ocupado a cadeira de Pedro. 
Nos mais diversos temas que tem publicado, nomeadamente, os que se referem ao Vaticano II, o autor recorda, parafraseando Bento XVI, que «os documentos do Concílio Vaticano II são, para o nosso tempo, uma bússola orientadora».