quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Os políticos que temos…

Como é possível que gente desta 
possa representar e governar o povo português? 

«Arménio Carlos foi o primeiro a mostrar até onde vão as liberdades linguísticas na política portuguesa, ao chamar “rei mago escurinho” ao representante do FMI na troika. Seguiu-se o socialista João Soares: “O etíope é mesmo escurinho.” A seguir veio Renato Sampaio, também do PS, que respondeu a críticas de Marques Mendes com a frase: “A mim, não é qualquer anão que me ofende." E houve ainda o caso de Mário Nogueira, líder da Fenprof, que no discurso que fez durante a última manifestação de professores falou em “bandidos”, “vigaristas”, “trafulhas”, “aldrabões” e “canalhas”. 
Na mesmíssima semana em que tudo isto foi dito, o ex-Presidente da República Jorge Sampaio mostrou mais uma vez a sua imensa sabedoria ao falar de um assunto totalmente diferente e afirmar que, sem mais investimento no sector da Educação, “nada mudará” em Portugal. Mesmo sem saber o que se estava a passar ao seu lado, estava cheio de razão.» 

Na revista SÁBADO de hoje

AVEIRO: As estruturas diocesanas são meios e não fins


Bispo de Aveiro assegura consequências 
na organização das estruturas diocesanas 

D. António Francisco


As jornadas de Formação Permanente do Clero de Aveiro terminaram com o Bispo diocesano a assegurar consequências da reflexão e dos trabalhos desenvolvidos durante quatro dias em Albergaria-a-Velha. D. António Francisco afirmou aos padres e diáconos da diocese de Aveiro: "Sem precipitações mas sem demoras, cumpre-me ser consequente quanto às sugestões apresentadas nestes dias", dando conta do empenho pessoal nesta questão. 
O clero de Aveiro esteve reunido na Casa Diocesana de Nossa Senhora do Socorro a reflectir a reforma da cúria, a reorganização territorial e a distribuição do clero a ainda a iniciação cristã, sob o tema "Da Missão Jubilar à Igreja que queremos ser". 

AMOR: Se dói é bom sinal


"Ame até que doa. Se dói é um bom sinal!" 

Madre Teresa de Calcutá 
1910 - 1997

O amor tem mesmo de se sentir, não levemente mas com a intensidade necessária para criar raízes, para alimentar a chama que o torna vivo e duradoiro. Se não for assim, cai na banalidade, num sentimento passageiro e sem sentido. Então, vamos amar de verdade.

A riqueza de um país são as pessoas. A estas, tudo se deve subordinar


Futuro incerto das pessoas e futuro certo de um país 
António Marcelino 



«Não falta gente a remar no sentido do respeito que as pessoas e as famílias merecem. Porém, a leviandade, quando não mesmo a deformação moral e social de operadores da comunicação social e de agentes dos serviços oficiais, com mentalidades deformadas, bloqueiam, frequentemente, os caminhos de dignificação das pessoas e dos casais e destroem o trabalho sério de gente séria. 
A riqueza de um país são as pessoas. A estas, tudo se deve subordinar. Pouco interessam os programas de recuperação económica e empresarial se amanhã não houver pessoas que os sustentem e deles beneficiem.» 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

É preciso promover a ação social de proximidade


Fome instrumentalizada
Acácio Catarino

É evidente que muitas pessoas vivem subalimentadas em Portugal; passam fome. Evidente é também que outras pessoas denunciam isso mesmo, sem apresentarem números comprovativos nem propostas válidas de solução. Daí resulta que as denunciantes vão aumentando a sua notoriedade à custa das famintas, sem as beneficiarem suficientemente. 

A vivência da eucaristia é a plenitude da iniciação cristã



Padres de Aveiro pedem 
orientações comuns para iniciação cristã 

Casa Diocesana de Albergaria-a-Velha


Recuperar o catecumenado a partir do que foi pedido no Concílio Vaticano II como caminho de iniciação na fé é uma urgência na Igreja Portuguesa. A afirmação é do Pe. Paulo Malícia, do Patriarcado de Lisboa, e aconteceu nas Jornadas de Formação Permanente do Clero de Aveiro, em Albergaria-a-Velha, que no terceiro dia reflectiu sobre os sacramentos da iniciação cristã. O sacerdote que é director do Departamento da Catequese do Patriarcado também lamentou a “falta de unidade nacional ao nível da iniciação cristã”, facto que leva os padres de Aveiro a desejarem que os bispos portugueses, em conjunto e na medida do possível, definam critérios de unidade em relação à pastoral sacramental da Igreja. 

Uma refeição paga 23% de IVA, um espetáculo pornográfico paga 5%

O escândalo do IVA e outras coisas mais 
António Marcelino 

Fui à farmácia, não para comprar cosméticos, mas medicamentos indispensáveis até ao fim do tempo que me restar. Mesmo com preços bonificados para idosos aposentados, o que é uma ajuda, de uma assentada lá ficaram 124 euros: 83 dos remédios e 41 do IVA… Os medicamentos necessários e indispensáveis pagam 23% de IVA. A gente vai à farmácia e observa, enquanto espera. Logo se apercebe que a receita não se avia toda. E, se é gente conhecida, o que para mim é frequente, lá vem a queixa e o desabafo… E há gente que já nem vai comprar o indispensável à saúde… 
Agora, o confronto é escandaloso. Depois de uma quezília com as Finanças que durou cinco anos, o Tribunal Administrativo de Almada deu sentença a favor de uma empresa que promove espetáculos pornográficos com sexo ao vivo e outras poucas vergonhas. Os visitantes pagam bilhete de entrada com 5% de IVA, porque se trata de um espetáculo artístico. O mesmo com a entrada para um concerto, ou para um jogo de futebol… Dir-se-á que o juiz interpretou nesse sentido… Mas a interpretação não conta com o bom senso e a repercussão social. Quem faz as leis para a comunidade não deverá ter cuidado em prever os desvios injustos e manipulações da mesma? 
Uma refeição paga 23% de IVA, um café, a mesma coisa… Por isso a pornografia, com o seu fedor, grassa por aí sem restrições. Os cafés e os restaurantes, esses fecham…

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Diocese de Aveiro procura estrutura mais simples...




Sem Educação não há prosperidade

«Jorge Sampaio diz que Portugal não terá prosperidade sem investimento na Educação». Também acho.

Outra onda gigante que foi vencida!



Sempre temos algo que oferecer ao mundo, na Nazaré.

“(Re)Versos à Luz do Amor — Poesias de um padre”

Um livro de José António Carneiro



“(Re)Versos à Luz do Amor — Poesias de um padre” é um livro de poemas de José António Carneiro, padre do presbitério da Arquidiocese de Braga, mas autorizado a servir a Diocese de Aveiro. Antes deste livro, publicou um outro em 2006, “Meu Deus. Poesias de um seminarista”. Tem diversos poemas publicados em revistas e jornais e participou numa coletânea de poesias populares. Com frequência, oferece aos visitantes do seu blogue (http://caritasdei.blogspot.com) textos e poesia. 
“(Re)Versos à Luz do Amor — Poesias de um padre” está dividido em dois blocos: Vida: “Mistérios em confeção!” e “Deus: Mistério tão perto de nós”, que somam 30 poemas e outras tantas reflexões que encerram, todas, com uma interrogação, ao jeito de desafio para a vida de cada leitor. 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Patriarca de Lisboa: "Quem obedece tem sempre razão. Quem manda nem sempre"

Patriarca de Lisboa


O Cardeal Patriarca de Lisboa afirmou, nas Jornadas de Formação Permanente do Clero de Aveiro, que toda a Igreja diocesana é sujeito da nova evangelização e os cristãos não podem trocar o "nós" do Povo de Deus pelo "eu individual". Em Albergaria-a-Velha, D. José Policarpo disse que os riscos da Igreja nos tempos que correm se relacionam com a perda do "ardor do anúncio" mas também com a "perda do sentido de pertença, especialmente das jovens gerações" e que ao nível das estruturas eclesiásticas é preciso um esforço de emagrecimento. 

Reforma do Estado de Ribau Esteves abre ciclo de conferências

Li no DA



«A fusão de Aveiro, Ílhavo e Vagos num único município é uma ideia querida a Ribau Esteves no âmbito de uma “reforma profunda da estrutura do Estado”. “É possível ganhar escala no poder local”, defende, desde que estas alterações não sejam implementadas como “actos isolados”, como está a acontecer no caso da agregação de freguesias. 
Esta é uma das ideias que o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) irá hoje apresentar na primeira conferência de um ciclo organizado pelo Diário de Aveiro, Escola Profissional de Aveiro (EPA) e Associação Comercial de Aveiro. 
Na sessão, intitulada “A reforma do Estado e o futuro da região de Aveiro” (18.30 horas, auditório da EPA, entrada gratuita), o autarca de Ílhavo fará a apologia da “descentralização”, propondo a atribuição de “muito mais poder” às câmaras. Também as associações de municípios e as juntas de freguesias deveriam exercer mais funções, o que ditaria “custos mais baixos” para a administração central. “Em Aveiro temos bons exemplos para partilhar”, afirmou ontem ao Diário de Aveiro.» 

::::::: 

NOTA: Fundir três municípios não será tarefa fácil. Direi mesmo que é complicado fundir Aveiro, Ílhavo e Vagos num só município. Veja-se o que está acontecer com as freguesias. Ninguém quer abdicar da sua existência real. Por mais pequenas e inviáveis que as freguesias sejam, todos os seus habitantes esgrimem direitos ancestrais para tudo ficar como dantes. Já foram extintas muitas freguesias, mas o descontentamento continua… 
Penso que com os municípios será o mesmo, tanto mais que há rivalidades velhas a acicatar bairrismos por vezes doentios. Unir Aveiro e Ílhavo? Nem pensar, dirão muitos. Já foi feita uma experiência e os ílhavos não descansaram enquanto não restauraram o seu município. E conseguiram-no em pouco tempo. E Ílhavo e Vagos? Será o mesmo. Vizinhos dificilmente se abraçam com gosto, nesta área da administração pública. E os três, então será pior. Os protestos e as guerras multiplicar-se-iam. Então, que fazer? A meu ver, o melhor será implementar associações de municípios para serviços que podem muito bem ser comuns. Podem reduzir os executivos municipais e as assembleias municipais e de freguesias. Podem reduzir tudo e mais alguma coisa, mas deixem cada município manter a sua identidade histórica e natural. 

FM

Vergílio Ferreira nasceu neste dia

28 de janeiro de 1916



«O amor afirma, o ódio nega. Mas por cada afirmação há milhentas de negação. Assim o amor é pequeno em face do que se odeia. Vê se consegues que isso seja mentira. E terás chegado à verdade.»

Vergílio Ferreira
(1916-1996)

Provérbio para este tempo

«Aquele vive da esperança morre de fome»

NOTA: Nestes tempos de crises a vários níveis que nos afetam a todos, ouço muito falar de esperança. Sei que a esperança é uma das virtudes cristãs a cultivar e a preservar, mas quem passa fome, quem nada tem para dar aos filhos, não pode ficar por aí. É preciso ir mais além. E os que podem pensar, que gostam de dar conselhos, têm de se dedicar mais à procura da soluções para dar respostas concretas aos problemas  da nossa sociedade desanimada. A esperança é importante, mas não chega...

Dia de S. Tomás de Aquino o Doctor Angelicus

S. Tomás de Aquino: 
homem de cultura para quem 
há «harmonia natural» entre fé e razão


O meu venerado Predecessor, Papa João Paulo II, na sua Encíclica Fides et ratio recordava que São Tomás "foi sempre proposto pela Igreja como mestre de pensamento e modelo do modo reto de fazer teologia" (n. 43). Não surpreende que, depois de Santo Agostinho, entre os escritores eclesiásticos mencionados no Catecismo da Igreja Católica, São Tomás seja citado mais do que todos os outros, por sessenta e uma vezes! Ele foi denominado também o Doctor Angelicus, talvez pelas suas virtudes, de modo particular pela sublimidade do pensamento e pureza da vida.

Ler mais aqui

domingo, 27 de janeiro de 2013

Poesia para este tempo

MAMOGRAFIA DE MÁRMORE
Inês Lourenço


Deliciam-me as palavras
dos relatórios médicos, os nomes cheios
de saber oculto e míticos lugares
como a região sacro-lombar ou o tendão de Aquiles.

Numa mamografia de rastreio,
a incidência crânio-caudal seria
um bom título para uma tese teológica.

Alguns poetas falam disso. Pneumotórax
de Manuel Bandeira ou Electrocardiograma
de Nemésio, para não referir os vermelhos de hemoptise
de Pessanha ou as engomadeiras tísicas
de Cesário.

Mas nenhum(a) falou (ou fala)
de mamografia de rastreio. Versos dignos
só os de mamilo róseo desde o tempo
de Safo ou de Penélope. E, de Afrodite
enquanto deusa, só restaram óleos e
mamografias de mármore.


Inês Lourenço,
no Poesia Ilimitada 

NOTA: Sugestão do caderno Economia do EXPRESSO

Depois do adeus... no 7.º dia da partida...


Brincando com a bisneta...
Meu Pai! 

Depois da tempestade...tu partiste, 
Cansado da fúria dos elementos 
E fundo, exacerbaste os sentimentos, 
De quem, na terra, ficou muito triste! 

Nesta longa passagem recebeste 
Amor, carinho e tanta amizade 
Que agora se converte em saudade 
Após esta “viagem” qu’ empreendeste! 

Assim, pobre ficou a tua prole, 
Que experimentou a dor da privação, 
Não existindo nada que a console! 

Que tenha este terreno sofrimento 
Alm’jado o seu desejo de união, 
De paz e de fraterno entendimento! 

M.ª Donzília Almeida 

27.01.2013





sábado, 26 de janeiro de 2013

Nos cemitérios cruzam-se os sentimentos mais nobres


“Pedras sem Tempo 
do Cemitério de Ílhavo”



“Pedras sem Tempo do Cemitério de Ílhavo” é um livro de Domingos Freire Cardoso, que se apresenta como homenagem aos seus antepassados ali sepultados, mas ainda aos artistas que idealizaram as campas e jazigos e aos artífices que os trabalharam em pedra e em ferro, diz o autor na Breve Introdução. No mesmo texto, Domingos Cardoso evoca os ilhavenses que «ficaram para sempre em terras distantes ou mergulhados no mar profundo», a quem presta também a sua sentida e justa homenagem.


O Papa informou que ficava sujeito à crítica...

A infância de Jesus segundo Ratzinger/Bento XVI
Anselmo Borges

Anselmo Borges


A história verdadeira e toda lê-se do fim para o princípio. Antes, apenas há sinais, pois o processo de fazer-se está ainda em aberto. Aí está a razão por que nunca podemos dizer de modo cabal o que foi a vida de um ser humano, já que não sabemos como morreu, o que foi a sua morte, o seu fim.
Um bom exemplo disto é Jesus. Muitos o seguiram, convocados pelo que dizia e fazia, pela sua mensagem em palavras e obras, pela sua pessoa. Seria ele o Messias? Depois da crucifixão, fazendo o cômputo todo da sua existência, incluindo o modo como morreu - para dar testemunho do amor e da verdade do que moveu a sua vida: Deus que é amor -, os discípulos acreditaram que ele está vivo em Deus e confessaram a sua fé viva nele como o Messias, Filho de Deus, o Salvador, aquele que revelou de modo definitivo e insuperável quem é Deus, cuja causa é a causa dos homens e das mulheres.

Justiça para os humilhados


FIXOS EM JESUS OS OLHOS DA ASSEMBLEIA
Georgino Rocha

Georgino Rocha

A leitura que Jesus faz na sinagoga da sua terra desperta a atenção da assembleia a ponto de todos fixar nele o olhar. A que se deverá esta atenção expectante dos presentes e esta fixação convergente de olhares?
Ao facto de ser um conterrâneo recém-chegado a fazer a leitura, ele que regressava do rio Jordão onde se tinha feito baptizar, começando a sua vida pública? Ao texto escolhido e proclamado, certamente bem conhecido, pois faz parte do livro escrito por um profeta anónimo pelos anos 537-520 e colocado sob a autoridade de Isaías? À mensagem tão contrastante, então como agora, que convida a uma viragem interior completa: os desanimados para alimentarem a esperança, os abandonados para acreditarem que são reintegrados, os pobres e oprimidos para confiarem na libertação que se aproxima? Ao jeito e à posição de Jesus que atraía e insinuava a boa notícia contida na passagem anunciada?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Com o Vaticano II, os programas pastorais pouco ou nada mudaram


O Concílio é de hoje, o passado não o esgotou
António Marcelino

António Marcelino


«Hoje dispomos de meios variados para chegar ao povo cristão. Há que aproveitá-los também, em ordem ao seu conhecimento do Concílio, à renovação comunitária e ao compromisso cristão na sociedade. Não se pode ouvir, por mais tempo, a queixa de muita gente que diz não ir mais longe, porque ninguém lhe dá a mão. A Igreja é constituída por pessoas normais, jovens e adultos. Se se pensa só nas elites e estas não são formadas para ir ao encontro dos outros com o seu saber e experiência de fé, trabalha-se em vão e empobrece-se sempre mais a comunhão eclesial.»

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Bispo de Aveiro apelou à “ousadia profética e determinação cultural”


Estarreja: Debate integrado na “Missão Jubilar” 
juntou Jorge Sampaio e D. António Couto

Ecumenismo vai ser 
«muito mais rico e cheio de alegria»
D. António Couto



«Fator religioso tanto pode ser 
de afastamento como de aproximação»
Jorge Sampaio


Jorge Sampaio, Carlos Daniel e D. António Couto

«O responsável pelo ecumenismo no episcopado católico, o bispo D. António Couto, expressou ontem, quarta-feira, em Estarreja, o seu otimismo quanto à aproximação dos cristãos de diferentes Igrejas em Portugal. 
Durante um debate sobre ecumenismo e diálogo inter-religioso com Jorge Sampaio, antigo presidente da República, o prelado vaticinou que no futuro o ecumenismo em Portugal “será muito mais rico e cheio de alegria e amizade”. 
Perante centenas de pessoas reunidas no Cineteatro local para assistir à iniciativa programada pela Diocese de Aveiro, D. António Couto afirmou que vê com “muito gosto” que os jovens portugueses “lutam” e “estão a dar passos belos” pela unidade dos cristãos. 
“Estamos no tempo do diálogo, do coração a coração, da fraternidade”, sublinhou o bispo de Lamego, que ao recordar o tempo passado em Israel para estudar a Bíblia falou do relacionamento que estabeleceu, enquanto padre católico, com judeus e palestinianos. 
D. António Couto testemunhou que “fações diversas não lutam apenas entre si mas também estabelecem laços de amizade. E quando há amizade quebra-se o gelo e a rigidez”. 

Foguetos incomodam


Festas aos santos e necessidades do povo
António Marcelino



Há períodos em que os foguetes, hoje muito caros, incomodam mais. Não é por prejudicarem o sono dos vizinhos, mas pelos confrontos a que nos obrigam. As festas tradicionais, com patronos religiosos, ganharam prestígio fora e mostram, cá dentro, o bairrismo de quem as promove. Não são um campo fácil de renovação. O povo tem direito a divertir-se e as tradições devem conservar-se. É verdade. Porém, na programação da festa – a Igreja, como educadora que deve ser, tem nisto responsabilidade – deve olhar-se ao momento que se vive. Despesas ontem normais, hoje podem ser exageradas e provocadoras. As festas precisam de um santo e o santo precisa de quem saiba interpretar a sua vida, que nunca foi de ostentação, nem de passar ao lado de quem precisa. Por isso mesmo é santo. É, pois, de esperar que, ao programar a festa se cortem despesas, para, em louvor do santo, ao ir encontro dos pobres da paróquia ou mesmo de fora? Um trabalho não se faz apenas numa reunião, mas no cuidado de transmitir valores e preocupações e de incentivar à parcimónia e à partilha fraterna. A imagem da Igreja está nos gestos que ajudam a perceber a sua missão e a sua preocupação com os mais pobres.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cortejo dos Reis - 2013

Textos (Fernando Martins) 
e fotos (Custódia Bola e Vítor Sardo) dedicados, 
em especial, aos gafanhões espalhados pelo mundo





Enquanto houver meninas e meninos e quem os estimule a viver as festas paroquiais, o Cortejo dos Reis não morrerá, antes sairá reforçado, ano após ano. Exemplo disso é este grupo que, já cansado da caminhada, recorre a um carro cheio de presentes para o Menino-Deus.



Os escuteiros são presença assídua no cortejo como noutras iniciativas paroquiais, diocesanas e cívicas. Eles têm, ainda, a noção pedagógica das suas participações. Neste caso, optaram pela tração humana, puxando com garra, de bicicleta, o carro das ofertas.




Os pastores são peça importantíssima de um qualquer cortejo da época natalícia. Não foram eles os primeiros, na noite fria do nascimento de Jesus, a chegar à gruta para adorar o Menino, acalentado no colo de Sua Santíssima Mãe?





O nosso Corte dos Reis nunca poderia sobreviver se lhe faltasse o testemunho de gente de todas as idades. Aqui se apresenta a Dona Alice, que é uma pessoa de idade e um exemplo a seguir. Todos os anos, desde nova, faz o percurso a pé e consegue encher a latinha de dinheiro, para oferecer ao Deus-Menino!


O Rei Herodes sempre foi o “mau da fita” no Cortejo dos Reis. Não era ele um déspota, sem coração, capaz dos maiores horrores? E não queria que os magos lhe dessem notícia do lugar onde estaria o anunciado rei dos judeus para o ir adorar? Queria matá-l’O, mas enganou-se. Os magos perceberam a perfídia do tirano.



Aqui vão os Reis Magos a fechar o cortejo. Partiram de longe com os seus séquitos para adorar o nosso Salvador. E peregrinaram com alegria, guiados pela estrela de Belém, com músicos e cantores, mas também com o povo que alimentava a mesma certeza, para oferecerem ao Menino-Deus o que tinham: Ouro, incenso, mirra, cordeiros e tudo o mais que puderam juntar. O nosso Salvador não merecia tudo isto?




O ponto mais alto do nosso Cortejo dos Reis é, sem dúvida, a enternecedora cerimónia da adoração do Menino-Deus. Os Reis e seus séquitos, com o povo, ao som de lindas melodias, que vêm do tempo dos nossos avós, beijam o Salvador acabado de nascer, a Luz do Mundo para uma sociedade nova. E depois vem o leilão dos presentes oferecidos com muito amor.

Notas

No Cortejo distinguiram-se, pela sua empenhada envolvência, o Agrupamento de Escuteiros, a Catequese, a Obra da Providência, o Movimento de Schoenstatt, diversos lugares da paróquia, grupos espontâneos e muitas pessoas a título individual.
Durante o percurso foram apresentados sete autos: O anúncio do Anjo, o Encontro dos Reis, o Encontro dos Pastores, a Fonte de Elias, O Rei Herodes e, a fechar, na igreja matriz, o Beijar do Menino. Os autos envolveram diretamente 24 atores e o grupo dos cantores e músicos foi constituído por 40 pessoas.