domingo, 9 de janeiro de 2011

Gafanha da Nazaré: Cortejo dos Reis com ares de renovação

A Sagrada Família com o Anjo


Realizou-se hoje na Gafanha da Nazaré o Cortejo dos Reis, de tradição secular. Desta feita, com ares de renovação, que os tempos são outros. Mais exigência, sob o ponto de vista artístico. Ainda bem, para não se sentir qualquer tipo de desânimo.

Padres Francisco e Pedro José


Em jeito de agradecimento pela participação de tanta gente, o nosso Prior, Padre Francisco Melo, valorizou o espírito de renovação, sentido na forma como os autos foram representados, mas também no modo como alguns “quadros” foram cuidadosamente preparados. Tudo, referiu, «para que esta tradição se mantenha; tradição que é de alegria, de cor, de festa, de encontro, mas também de liberdade, porque não houve inscrições nem foi preciso pagar para as pessoas participarem; hoje todos fomos Reis, porque viemos ao encontro do Deus-Menino com as nossas ofertas».

A chefe Custódia

A chefe Custódia e 80 escuteiros do agrupamento 588 do CNE trabalharam o tema “Mulheres da Seca e Pescadores da década de 40 do século passado». Apresentaram-se a rigor, porque consideraram importante divulgar imagens que tendem a diluir-se. As chefes e as escuteiras mostraram as mulheres da seca; os chefes e os escuteiros exibiram os pescadores. «Eu acho que foi muito bom apostar-se na renovação do Cortejo dos Reis e,  como São Pedro ajudou, houve muita participação e muitas prendas para o Menino», garantiu-nos.

Margarida Vilarinho com seu pai, Manuel Alberto


O Manuel Alberto participa nesta festa há 50 anos. E disse: «é com paixão que vivo estes momentos.» Sabe todos os papéis dos autos de cor e nos ensaios chama sempre a atenção para a necessidade de «estarem atentos, porque pode ser preciso substituir algum que falte por doença ou outro motivo».
Recordou que um dia recebeu os Reis Magos da varanda da casa da D. Conceição Vilarinho, atual residência da D. Ester Morais, anexa à igreja matriz. Foi uma maneira de ultrapassar uma dificuldade surgida pela morte de Manuel Fidalgo Filipe (o Perrana). Os papéis desapareceram e tivemos de improvisar com a ajuda do Padre Domingos. Depois tudo se resolveu.
O Manuel Alberto explicou que, quando aparece alguém com vontade de viver esta experiência, ensina-lhe  o que tem a dizer, «exigindo  o melhor, porque nem todos nascem para atores». E garantiu: «quando um dia eu não puder, não falta quem possa substituir-me.»


O carro do moinho, com quadra e sacas

A Ascensão Rocha estava num grupo da Marinha Velha que apresentou uma cena dos Moinhos do Tio Conde (pai e filho). Houve alguma investigação para se apurar o possível da realidade. Fizeram sacas para o milho e para a farinha, que «as meninas levavam à cabeça», e até fizeram umas quadras para ensinar algumas tradições.
Lembrou que os lavradores levavam o milho e outros cereais ao moinho, trazendo em troca a farinha, descontando em peso o correspondente ao trabalho do moleiro. Quando não havia vento, não havia farinha. Então deixavam o cereal e procuravam a farinha mais tarde. Quem não tivesse cereais podia comprar a farinha. Ainda ouvi histórias da boroa, mas isso fica para outro dia.

Rei Herodes ostenta a sua coroa

Assisti ao auto “Palácio de Herodes”, onde o rei sanguinário recebeu os Reis Magos. Bem ensaiados, trajes cuidados, som muito bom. E como sempre a simpatia do povo da nossa terra.
Depois foi a cerimónia do “Beijar o Menino”, com Reis Magos, com as suas ofertas (ouro, incenso e mirra), pastores e o povo. Os cânticos bonitos que passam de geração em geração. E, se não me engano, o Rei Herodes andava por ali disfarçado.
O leilão das ofertas foi durante a tarde.

Fernando Martins

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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A Nossa Gente: José Vida dos Santos (Mestre Zé Vida)

Mestre Zé Vida

«Neste mês de Janeiro, em que se assinala o XII Aniversário do Grande Capítulo Gastronómico da Confraria do Bacalhau, dedicamos esta rubrica a José Vida dos Santos, cuja história de vida sempre esteve ligada à pesca do bacalhau e à gastronomia.
Nascido na Gafanha da Nazaré, a 18 de Março de 1928, o Mestre Zé Vida, como é conhecido, frequentou a Escola Primária da Cale da Vila, tendo concluído apenas a 1.ª classe. Após alguns anos a trabalhar na
Seca do Bacalhau, na “Pascoal e Filhos”, foi para o Estaleiro dos “Mónicas” como ajudante dos Mestres, decorria então a II Guerra Mundial. Aí ajudou a construir, entre outros, os barcos de guerra, conhecidos por Caça-Minas, cujo destino era a Inglaterra.
Sendo filho de um pedreiro e porque naquela altura só os filhos de pais marítimos tinham a possibilidade de obter a cédula marítima, lembra com saudade o Mestre João Mónica (sócio da empresa) que tratou desse assunto, bem como pagou a sua viagem de comboio até Lisboa, em Abril de 1945, para que o Mestre Zé Vida pudesse embarcar no “Lutador”, navio de madeira que ajudou a construir quando estava no Estaleiro.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 219

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 2


O CELERÍFERO

Caríssima/o:

As bicicletas que usámos durante anos e anos não sofreram grandes modificações, embora nos travões, campainhas, campânulas e farolins se fossem notando alguns melhoramentos.
Mas afinal qual foi a origem da bicicleta? Quem foi o seu inventor?

A invenção da bicicleta como meio de locomoção é algo muito difícil de precisar no tempo. Vários autores defendem que a bicicleta surgiu pela mão do conde francês Mede de Sivrac, outros consideram que a sua criação é posterior àquela data.

Entretanto existem registos de que os antigos egípcios já conheciam aquele meio de locomoção, ou pelo menos já idealizavam nos seus hieróglifos a figura de um veículo de duas rodas com uma barra sobreposta.

sábado, 8 de janeiro de 2011

EXPRESSO: Carta da Semana

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ÍLHAVO: A saudável loucura do banho dos "magníficos"


«Todos os anos, assim que Janeiro começa, uns quantos maduros esquecem o frio - e, se calhar, o bom senso -, despem a roupa e entram no mar da praia da Barra, em Ílhavo, para entregarem o corpo às primeiras ondas da nova maré. Auto-intitulam-se "magníficos" e o banho que tomam nestes preparos constitui já uma tradição da passagem de ano da cidade. Há quem ali vá para se juntar à arrepiante celebração e quem se resguarde e fique apenas a ver até que ponto chega este misto de coragem, superstição, saudável loucura e bravata. Se não fosse por mais nada, o indómito banho tem a vantagem de dar razão ao adágio segundo o qual aquilo que não nos mata acaba por nos tornar mais fortes (há uma versão que diz que "o que não mata engorda", mas não há necessidade de estar a reinar com algum dos senhores que aparecem no retrato). Uma tradição é uma tradição e, afinal de contas, esta é daquelas que não prejudicam ninguém e não pagam impostos, e talvez nem sequer contribua para aumentar o buraco na camada de ozono. Calhando, faz até bem à pele e ao espírito, à circulação sanguínea e a outros achaques da espécie, coisa de que dificilmente se poderão gabar aqueles que começam o ano preguiçando no quente da cama, babando as respectivas fronhas e fazendo contas aos dias que faltam para que seja Natal outra vez.

Jorge Marmelo»

 
In PÚBLICO

Classe política é um mundo à parte, diz Ferreira Leite



Diz quem sabe do que está a falar: a classe política é um mundo à parte. Manuel Ferreira Leite, antiga ministra, garante  que «As medidas tomadas e o proclamado objectivo de credibilizar a classe política têm sido marcados por demagogia e de demagogia em demagogia a classe política tornou-se num mundo à parte em que os cidadãos não se revêem». E acrescentou:  «A situação é tão grave que a representatividade pode ser posta em causa» até porque «nenhum país se desenvolve com base em incompetência de dirigentes». Mais: A  classe política está «completamente desacreditada»  e tem líderes que «infelizmente se habituaram a sobreviver com promessas que nunca cumpriram».
É triste mas é verdade, também na minha maneira de ver.

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AVEIRO: Diálogos na Cidade

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O amor a Deus sem amor ao próximo é uma ilusão


O que diria Jesus hoje?

Anselmo Borges

Os dias de Natal são especiais. Há uma atmosfera diferente, o melhor de nós pode revelar-se: mais proximidade, mais intimidade, mais amor, mais solidariedade. Directa ou indirectamente, há uma presença inegável: o nascimento de um Menino, com "a mensagem mais bela e revolucionária da história mundial", no dizer de Heiner Geissler, que foi ministro do Governo Federal da Alemanha e que escreveu um livro admirável precisamente com o título: "O que diria Jesus hoje?"
Mesmo se muitas vezes os que se reclamam de Jesus fizeram da sua mensagem um Disangelho, como disse Nietzsche, ela é real e verdadeiro Evangelho, notícia boa e felicitante.
Essa mensagem tem na sua base a afirmação de que é o ser humano, com a sua dignidade inviolável e fundamentada em Deus, que ocupa o centro de toda a actividade política e económica. Essa dignidade e os direitos que dela derivam constituem o critério de todas as leis, mesmo das leis "divinas", e o fundamento para a convivência em igualdade de todos os seres humanos, independentemente do sexo, cultura, etnia, religião, classe, nação, estatuto social ou jurídico.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A polémica das ações de Cavaco Silva

Todos sabemos que em política vale tudo ou quase tudo para certos agentes. Se for preciso desacreditar um adversário, alguns tentam logo descobrir maneira de o passar para o lado dos inimigos a abater. Assim está a acontecer com a questão das ações que Cavaco Silva comprou à sociedade que também era dona do BPN. Vai daí, cai o Carmo e a Trindade por todo o país.
José Manuel Fernandes esclareceu no PÚBLICO de hoje uma série de questões, há muito divulgadas, mas que uns tantos políticos não estão interessados em aceitar. Isto é, para destruir o adversário (ou inimigo?) vale tudo. É a política que temos.
Só mais um esclarecimento: nunca  fui seguidor das políticas defendidas pelo Prof. Cavaco Silva.

ler a crónica de José Manuel Fernandes aqui.

“Luz do Mundo”: um livro para ler e meditar


Acabei de ler “Luz do Mundo”, o livro que contém o essencial de várias entrevistas concedidas pelo Papa Bento XVI ao jornalista Peter Seewald. Bento XVI foi o primeiro Papa com a coragem de se sentar para responder a perguntas feitas por um jornalista, abarcando, livremente, muitos e diversos temas da Igreja Católica e do planeta em que vivemos. O Papa, pelo que percebi, não fugiu a qualquer questão, por mais complexa que fosse, nem esteve com rodeios para manifestar a sua opinião, sem esconder as suas dúvidas. Talvez por isso, foi um crente, cidadão, teólogo, pensador, estudioso e próximo, humanamente falando, que se expôs com toda a humildade, mas ainda com toda a frontalidade.
Confesso que fui daqueles que, ao ouvir o anúncio da sua eleição, depois do fumo branco dizer ao mundo que já havia Papa, ficaram perplexos, porque outra coisa esperavam: Um Papa mais novo e com capacidade para imprimir um outro rosto à Igreja, sem se esquecer de prosseguir o espírito universalista e intimista selado por João Paulo II com toda a gente, crentes e não crentes.

Cortejo dos Reis: domingo, 9 de janeiro

Humberto Rocha, à direita, regista o Cortejo

No domingo, 9, teremos mais um Cortejo dos Reis, antiga tradição que aposta, e bem, na renovação. Tudo se conjuga para que isso aconteça, embora seja difícil atingir grandes melhorias de um dia para o outro. Devagar se vai ao longe, diz o velho ditado. O importante é que as pessoas participem, dando o seu melhor nessa perspetiva. E não faltará quem continue a registar para a posteridade o que nas ruas da Gafanha da Nazaré vai viver-se no domingo. Como também é hábito, o Humberto Rocha, médico e apaixonado pelas coisas da nossa terra e da nossa gente, lá estará a filmar o que mais o sensibiliza. Deve ter uma excelente coleção dos mais variados eventos gafanhões, de há muitos anos a esta parte.

CHINA: Governo quer punir filhos adultos que não visitem os pais idosos



«A China é um dos países onde a percentagem de idosos na população total mais vai crescer. O governo central vai aprovar uma lei que punirá os filhos adultos que não visitem os pais regularmente.
A notícia é avançada pelo jornal estatal China Daily e está em destaque no El Mundo. A política que durante muito tempo impôs um só filho aos casais leva a que agora o gigante asiático enfrente graves problemas de envelhecimento da sua população.
Num dos países onde os idosos eram mais venerados e respeitados, o governo central quer travar o abandono desta tradição reformulando a Lei de Protecção dos Direitos e Interesses dos Idosos. Na proposta de lei pode ler-se que "os familiares que não devem ignorar ou isolar os idosos e devem visitá-los frequentemente se não vivem debaixo do mesmo tecto".»
In DN

NOTA: Lei curiosa, no mínimo. Em Portugal, segundo notícias que vêm a lume com frequência, há idosos em lares que são esquecidos pelos filhos e outros familiares. Nos hospitais, acontece a mesma coisa. Em suas casas, os idosos também são, alguns, ostracizados pelos descendentes. E se em Portugal surgisse uma lei semelhante à que se anuncia na China? Seria bonito...

FM

Porto de Aveiro liga-se a Madrid


 
O Porto de Aveiro estreou hoje, 7 de janeiro, a ligação a Madrid por ferrovia. A estreia concretizou-se através de composição com destino à estação El Salobral, transportando carregamento de bobines provenientes de Inglaterra, e que chegaram ao Porto de Aveiro por via marítima.
O comboio que hoje partiu rumo à capital espanhola era composto por 13 vagões, com 715 ton de carga líquida e 1050 TBRS de carga bruta.
A operação portuária esteve a cargo da SOCARPOR, S.A.
Consolida-se, deste modo, o alargamento do hinterland do Porto de Aveiro ao país vizinho.
Recorde-se que, nos primeiros oito meses de funcionamento, o comboio do Porto de Aveiro transportou 123 mil toneladas, contribuindo para o crescimento de 30% da infraestrutura em 2010. A ferrovia aliviou igualmente as vias rodoviárias, retirando 5381 camiões da rota do porto.
A ligação entrou em funcionamento a 29 de março de 2010 e já representa 4,13% dos transportes. Em média, são três comboios que percorrem, diariamente, os nove quilómetros que unem o Porto de Aveiro à plataforma multimodal de Cacia, transportando, sobretudo, pasta de papel, aglomerado de madeira, cereais e cimento

Fonte: Porto de Aveiro

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Novo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo

Bombeiros de Ílhavo


O Executivo Municipal, ao tomar conhecimento da aprovação do projeto do Novo Quartel do Bombeiros Voluntários de Ílhavo, deliberou aprovar a declaração de Utilidade Pública da Expropriação com caráter de urgência e posse administrativa das parcelas de terreno afetas à construção do Novo Quartel, tendo em vista o início imediato das obras.
O Novo Quartel dos Bombeiros será construído em terrenos inseridos em espaço urbanizável, de acordo com o Plano Diretor Municipal em vigor, estando previsto um encargo de 216 101,36 euros com as expropriações das referidas parcelas de terreno.
Com esta deliberação a CMI pretendeu agilizar o processo de construção do Novo Quartel dos Bombeiros, cujas atuais instalações se encontram no centro da Cidade de Ílhavo, em más condições estruturais, o que contribui para a degradação do bom ambiente urbano que se deseja para aquela zona.
 
Fonte: CMI

Padre Pedro José em entrevista ao Correio do Vouga

Na apresentação na paróquia da Gafanha da Nazaré, afirmou: “O sentido da vida é a amizade. O sentido da amizade é a fé”. O que pretendeu dizer com estas frases?




«É uma afirmação que pretende traduzir um “círculo de virtude”, penso que normalmente funcionamos, e no caso mal, sob a influência de círculos viciosos. A descoberta da vida e a defesa da mesma comportam amizade. Na experiência do sentido da amizade, sem darmos saltos, entramos na experiência de fé, como confiança e adesão, acto de liberdade no que há de “mais humano”. A questão do “Sentido” é a questão que se impõe na filosofia actual. Mas o Sentido está também na revelação bíblica (a Bíblia é uma longa história de amizade) e a história completa de Jesus Cristo lança uma luz plena sobre a mesma reflexão. Jesus anunciou, viveu e morreu confirmando que “não há maior prova do que dar a vida pelos amigos”. As frases são uma síntese pessoal, uma disposição, um caminho de espiritualidade. Não tem nada de novo… apenas está arrumado nesta redacção”.»

Ler toda a entrevista aqui

As saudades dos emigrantes

António Afonso


Uma carta do António Afonso

Graças aos meus blogues e ao que escrevo, tenho recebido inúmeros testemunhos das saudades dos nossos emigrantes por esta terra que os viu nascer. Principalmente por e-mail, mas também por carta. E até pelo telefone, como aconteceu ainda há pouco tempo, de um amigo que não ouvia nem via há muito.
Hoje quero partilhar com os meus leitores uma carta que recebi do amigo António Afonso, radicado nos EUA há 36 anos. Depois de alguns anos nas terras do Tio Sam, regressou à nossa Gafanha da Nazaré, mas acabou por voltar pelos laços familiares que o prendem àquela terra.
Comentando o livro “Gafanha da Nazaré — 100 anos de vida”, António Afonso sublinha que «tudo quanto seja possível dizer-se acerca da nossa querida Gafanha da Nazaré é bem pouco, porque a sua história é bem rica; quando eu cheguei ao mundo, ela tinha somente 14 anos, era uma jovenzita, mas já mostrava o seu potencial, que era o começo daquilo que hoje é e que virá a ser no futuro».
Louva, a seguir, o facto de no livro se recordar uma pessoa humilde — Armando Ferraz — «porque o mundo que Deus criou não é composto somente com grandes; também o é com humildes».
Porém, a carta do meu amigo António Afonso, a par dos votos de bom Natal, ainda trouxe o seu amor à Gafanha da Nazaré, traduzido em versos sentidos, que aqui partilho com os meus leitores, em especial com os nossos emigrantes. Diz assim:

«Ai minha querida Gafanha da Nazaré,
que nem sequer sabes quanto te amo!


E que vives na minha alma
E que sempre estás comigo.
Se de dia penso em ti
De noite sonho contigo.


Tanto tempo que lá vai
Mas da memória não me sai
A tua recordação.
Que farei desta saudade?
Longe da vista, é verdade,
Mas bem perto… no coração.


Vejo o fim que vai chegar
O que a mim me não afronta.
Já tenho minha mochila pronta
E nela te vou comigo levar.»


Meu caro amigo,
gostei de sentir o palpitar do seu amor à nossa terra, de pressentir o carinho que nutre pelos ares que lhe inundam a  alma e lhe dão ânimo para sonhar com um regresso, nem que seja passageiro.
 
Um abraço
 
Fernando Martins

Os governos, em geral, têm tendência para se tornarem totalitários



O regresso à ditadura?
O caso do ensino privado

António Marcelino

Quando se esquecem exigências democráticas ou se impede que elas funcionem, abre-se a porta ao ditador. Já foi assim na antiga Grécia, onde a democracia nasceu. Foi assim ao longo dos séculos. É também assim nos tempos que correm. O governo socialista, em campos bem determinados como o ensino, a solidariedade social, a saúde, com o medo que provoca nos da sua cor que dissentem, passou a agir como novo ditador. Não ouve, não reflecte, não acolhe, desconhece a realidade, embrulha e deturpa a verdade, julga-se único para decidir e decide a seu belo prazer. Faz tábua rasa do povo e da história, nega-se a procurar com parceiros obrigatórios soluções de consenso, rasga acordos bilaterais assinados, volta costas a quem realiza trabalho de qualidade, só agrada a clientelas discutíveis, vive obcecado pelo poder, dá péssimo exemplo de democracia e de isenção a quem tem o encargo de governar.
Uma situação, que se vem tornando cada dia mais grave, refere-se ao menosprezo pela iniciativa privada. A cidadania, esclarecida e aberta, é um direito e um dever de todos. Permite enriquecer o bem comum nacional com propostas e respostas adequadas, surgidas num contexto de respeito por exigências legais justas. Foram sempre os governos totalitários que destruíram a democracia, desprezaram e impediram a legítima iniciativa privada. O Estado Social, de contornos megalómanos, sonhado e defendido por ideologias coloridas e pelo povo que só quer benefícios, com respostas impossíveis para os problemas, está condenado ao fracasso. A história assim o tem mostrado.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Campanha Limpar Portugal vai ser reeditada este ano


«No ano passado, mais de 100 mil pessoas limparam o país, de Norte a Sul, num só dia, 20 de Março. Por que não 200 mil em 2011? É este o repto que o núcleo dinamizador da campanha Limpar Portugal está agora a lançar aos portugueses.
O primeiro passo já foi dado pelo núcleo da campanha em Braga, que lançou o ontem o desafio através da Internet e de redes sociais. O dia escolhido este ano é 19 de Março. Em Braga, voluntários vão limpar os bosques do concelho. Não irão fazer o mesmo trabalho que no ano passado, quando grande parte do esforço foi dirigido para remover entulhos. “Não continuaremos a fazer o serviço que cabe às autoridades fazer”, afirma Paulo Pimentel Torres, um dos líderes da campanha. Este ano, será uma actividade “soft e educativa”, concentrada nos plásticos, vidros, colchões, móveis e outros objectos que continuam a ser abandonados um pouco por todo o lado.»

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Bar-Restaurante no Jardim Oudinot

Réplica da primitiva Guarita



A Câmara de Ílhavo deliberou adjudicar a Conceção, Instalação e Exploração do Bar-Restaurante do Jardim Oudinot, junto ao Ancoradouro e integrando a réplica da Guarita, ao concorrente “In Tocha In Hotelaria, L.da”.
A ponderação dos critérios de adjudicação teve por base a solução arquitetónica apresentada, as condições de manutenção e limpeza das instalações sanitárias públicas existentes na envolvente e do parque de merendas, bem como a renda mensal mais vantajosa.
A autarquia ilhavense pretende que sejam criadas novas dinâmicas e vivências no Jardim Oudinot, rentabilizando o edifício da Guarita, apostando na conquista de mais visitantes a este espaço, pela prestação de novos serviços, bem como assegurar com a máxima qualidade a limpeza e manutenção do parque de merendas e dos sanitários públicos disponibilizados na envolvente ao Bar/Restaurante.

Fonte: CMI

UTOPIAS

Utopia:

1. projeto de governo que,
a ser exequível, asseguraria a felicidade geral
2. projeto imaginário, irreal

Dos dicionários

As notícias que nos chegam sobre as reformas implementadas por Raul Castro em Cuba vêm provar que as utopias, muito bonitas e quiçá importantes, acabam, as mais das vezes, por deixar rastos de sofrimento e miséria. Tem sido assim na Cuba de Fidel Castro como foi na URSS e países satélites. Mais: Em quase todos os países liberais de mercado livre.
Se é certo que Fidel fez bem em combater o regime corrupto e ditatorial de Fulgêncio Batista, também é verdade que não soube retirar-se a tempo, dando liberdade aos seus compatriotas para optarem por um sistema político capaz de proporcionar mais felicidade para todos. Ficou enquanto pôde, numa postura cega à pobreza que o rodeava, para lá das muralhas do bem-estar em que vivia.
Seu irmão Raul, agora no poder, terá chegado à conclusão de que a utopia da revolução cubana não assegurou a felicidade geral, mostrando à evidência que as ideias de Fidel, levadas à prática, não passaram de um projeto irreal. Os desempregados que se multiplicam, os míseros salários que a maioria recebe e a pobreza que grassa por toda a parte provam que é preciso ter muito cuidado com utopias…
E de algumas podemos dizer: faliu o socialismo real, o comunismo; faliu o capitalismo e o liberalismo puro; faliram os fascismos e ditaduras. E que nos resta? Quem descobre por aí um regime democrático, mas com justiça social? Onde estará esse regime por que todos aspiram? Mais uma utopia?

FM

Quem dizem que é a Igreja?



O ex-director do PÚBLICO, José Manuel Fernandes, vai estar hoje no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), pelas 21 horas, para mais uma "Tertúlia à Quarta", para responder à questão "Quem dizes os homens que é a Igreja Católica". Trata-se de uma iniciativa do ISCRA (Instituto Superior de Ciências Religiosas), em parceria com o Centro Universitário e com o semanário Correio do Vouga.
Quem não puder participar na tertúlia, pode acompanhar o que ali se passa pelo canal de TV Online da Diocese de Aveiro, http://www.diocese-aveiro.pt/tvonline.asp

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Bento XVI: Não diz tudo o que pensa, mas dá a impressão que nada do que pensa fica por dizer


Um Papa tímido e sem medo

António Rego




Será exagero, ou talvez não. A entrevista que Bento XVI concedeu ao jornalista Peter Seewald diz mais sobre a sua visão do mundo, da história e do hoje, que o conjunto dos seus discursos. Exprime melhor a sua fé que os seus tratados de teologia. Define melhor o homem, o padre, o cidadão e o Papa que as imagens televisivas mais próximas dos momentos solenes do Sumo Pontífice. Porquê? Porque abre o coração de Joseph Ratzinger a um olhar íntimo, não esquematizado por ele mas pelas observações e perguntas que o jornalista lhe lança, envolvendo-o sempre na sua história pessoal e não na esfinge a que muitas vezes a imagem pública o condena.~

Apoio do Estado aos colégios é insuficiente

 
Bispo de Aveiro defende opção livre dos pais na escolha das escolas para os seus filhos
 
O Bispo de Aveiro diz que a alteração à lei que regula o apoio do Estado aos colégios privados vai dificultar a ação dos referidos colégios no ensino. A Lei foi promulgada pelo Presidente da República e a redução dos financiamentos de uma média de 114 mil euros por turma ao ano é reduzido para 80 mil. D. António Francisco Santos diz que é uma redução que causa problemas de gestão e que a Igreja crítica. “Não ficou satisfeita. Temos quatro colégios no espaço diocesano que vivem sob este acordo de contrato de associação que vão passar por muitas dificuldades e nós continuamos a defender a opção livre por parte das famílias para escolherem a escola que desejam para os seus filhos. Pensamos que o estado tem obrigação de dar a todos as mesmas possibilidades a as escolas particulares prestam serviço público. Por isso, continuaremos a bater-nos para ser possível esse direito e essa liberdade”, justifica D. António Francisco Santos.


Fonte: RTN

Festa de Reis e Ano Novo na UA

Reitoria da UA


8 janeiro, no Auditório da Reitoria UA

Idosos da Região Aveirense vão partilhar o ANO NOVO em diálogo de gerações. Esta iniciativa vai estar integrada, desta feita, no Ano Europeu das Atividades de Voluntariado, que aposta na Cidadania Ativa.
A organização é do Voluntariado Vida Mais, havendo a colaboração da Provedoria do Estudante da Universidade de Aveiro e o apoio da Reitoria da UA e de SAS-UA.

Programa:

13.30h: Acolhimento no Grande Auditório Reitoria UA
13.45h: Saudações de abertura
14.00h: Momento musical e Auto de Natal apresentado pelas Instituições
14.30h: Fados e Guitarradas
14.50h: Tuna e Cantares do Alva (Albergaria-a-Velha)
15.20h: Rancho Folclórico de Ouca (Vagos)
15.50h: Tuna Universitária de Aveiro
16.20h: Encerramento

Associaram-se instituições de Albergaria-a-Velha, Avanca, Aveiro, Boa Hora, Bunheiro, Calvão, Cacia, Canelas, Costa do Valado, Fermentelos, Ílhavo, Murtosa, Gafanha da Nazaré, Oliveira do Bairro, Ouca, Pardilhó, Santo António de Vagos, Santa Catarina, São Bernardo, Soza, Troviscal, Vagos, Vale de Cambra e Eixo.

Indisciplina nas Escolas

«Quase 400 pedidos de ajuda para situações de indisciplina nas escolas foram registados na Linha SOS Professores nos últimos quatro anos. Esses contactos foram feitos, na sua maioria, depois da tentativa de que os conselhos executivos resolvessem os problemas.»
NOTA: Estes números impressionam qualquer cidadão, por mais friamente que queira analisar esta realidade. Há muito se fala da indisciplina e da agressividade nas escolas portuguesas. As causas que estão na base destas anomalias devem mesmo ser estudadas com rigor, se é que aspiramos a formar homens e mulheres para um Portugal mais saudável sob todos os pontos de vista. Em ambientes de indisciplina e de agressividade não será possível contribuir para uma sociedade para justa e mais fraterna. Culpa dos pais? Falta de meios humanos, em número e com capacidades para educar, nos estabelecimentos de ensino? Legislação inadequada para estes casos? Não sei, mas gostaria de saber.

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Reabriu ontem a Universidade Sénior



Farol da Barra de Aveiro

Retomei ontem, segunda-feira, a minha colaboração na Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo. O grupo que animo, como posso e sei, manteve-se firme na participação, com a abordagem habitual de alguns temas. Não registei desânimo nem falta de interesse pelos assuntos abordados na abertura do segundo período. Foi gratificante.
Por tudo isso, julgo que é de louvar o gosto manifestado pelos participantes no encontro. Digo participantes, porque me recuso aceitar a normal classificação de alunos, já que todos ensinam e aprendem, respeitando o princípio da troca de saberes.
Ontem, para além da abordagem dos chamados Casos da Semana, vieram à baila temas como a homenagem que é devida aos professores de qualquer grau de ensino, cabendo no mesmo espaço de tempo a evocação de professores que nos marcaram. E com que satisfação recordámos professores dedicados, mestres que forjaram carateres e inspiraram gostos pelo saber, enquanto nos educaram para a vida! Foi, sem dúvida, um momento muito bonito.
Noutra hora, trocámos impressões sobre o Farol da Barra de Aveiro, desde o reconhecimento da sua necessidade pelos governantes locais, até à sua inauguração, que ocorreu em 1893, passando pelas diversas fases do projeto e pela influência do grande parlamentar José Estêvão, para que a obra se realizasse.

FM

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Há um momento e um tempo para cada coisa



Que fazemos nós do tempo?

José Tolentino Mendonça


Que uma conversa destas exige lentidão, previne-o o passo célebre das "Confissões" de Santo Agostinho: «Que é, pois, o tempo? Se ninguém me pergunta, eu o sei; se desejo explicar a quem o pergunta, não o sei». Sabemos que somos feitos de tempo, de idades, de cronometrias visíveis e invisíveis, de estações… Sabemos que o tempo é a argila da vida. Do incomensurável oceano ao sucinto regato, da minúscula pedra ao elevado rochedo, da planta solitária ao vastíssimo bosque, tudo tem no tempo uma chave indispensável. Também nós somos modelados e lavrados, instante a instante, pelos instrumentos do tempo. Por vezes de um modo tão delicado que nem sentimos como ele, irreversível, desliza dentro e fora de nós. Por vezes, atormentando-nos claramente a sua voracidade, sentindo-nos perdidos na sua obsidiante vertigem. Que é, pois, o tempo?
Nós dizemos, repetindo um provérbio que os latinos já usavam, que o tempo voa (tempus fugit). De facto, tudo o que é humano é feito de tempo, mas a experiência que mais vezes nos ocorre é a de não termos tempo. «Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante para ti», explicou a raposa ao Principezinho. Há uma qualidade de relação que só se obtém no tempo partilhado. Por alguma razão, esse raro Mestre de humanidade chamado Jesus, disse: «Se alguém te pede para o acompanhares durante uma milha, anda com ele duas». Só com tempo descobrimos tanto o sentido e a relevância da nossa marcha ao lado dos outros, como o da nossa própria caminhada interior. Sem tempo tornamo-nos desconhecidos. Sem tempo falamos, mas não escutamos.

Leão X excomunga Lutero neste dia de 1521

Martinho Lutero

A bula "Exsurge Domine" do Papa Leão X, de 15 de junho de 1520, condenava os 41 textos de Lutero e ameaçava-o com a excomunhão. Lutero queima simbolicamente esta bula em dezembro de 1520, juntamente com algumas escritas da escolástica e do direito canónico, à porta da cidade de Wittenberg. Foi excomungado em 3 de janeiro de 1521, através da bula "Decet Romanum Pontificem".

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domingo, 2 de janeiro de 2011

Levar à prática a solidariedade

Depois da vivência dos dias festivos, Natal e Ano Novo, voltamos à vida normal, com trabalhos que ficaram adiados nesses períodos. A vida continua apesar dos avisos ou ameaças de que algo vai correr mal, durante 2011, para muitos portugueses. Os desempregados, os que procuram empregos ou trabalhos, os que sentem sob a cabeça o cutelo do fecho ou deslocalização da fábrica, ainda há pouco com sinais de estabilidade, todos esses hão de passar, por certo, por angústias terríveis.
Quem criou hábitos de gastos largos (aliás, ainda visíveis nos últimos dias festivos) tem de se adaptar a poupanças mais do que nunca necessárias, sob pena de se arruinar a curto prazo. Famílias que gastem no dia a dia mais do que ganham, tal como fez o nosso país, arriscam-se a cair na miséria de um dia para o outro.
Para os que, por imperativo da conjuntura económico-financeira, vão ficar em situação desesperada, urge criar redes locais de ajuda mútua, levando à prática a solidariedade de que tanto se fala. Só assim, penso eu, poderemos debelar a crise que se anuncia.

FM

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues


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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 218

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 1



UMA BICICLETA


Caríssima/o:

Há dias, vagueando pelo quintal, vi encostada a bicicleta do amigo que trata das videiras e colhe as uvas, pisando-as depois e oferendo-me uma garrafa de jeropiga.
Logo me atraiu a cor; mas, reparando um pouco com mais um milímetro de atenção, surgiu o espanto. Ora observai e dizei-me se não concordais: com letras bem maiúsculas está escarrapachado o nome do proprietário e... dum lado e do outro!
Ou seja, uma bicicleta que é mais que o bilhete de identidade: além do nome mostra-nos a personalidade do dono: pessoa franca, sem rodeios, que não gosta que lhe metam as mãos nos bolsos, amigo do seu amigo, que logo desengana... e do Sporting!
Só mais uns nadinhas: olhai para o que tem para nos revelar aquela lanterna!? E a bomba...

Logo ali fiz o propósito de partir à descoberta das nossas bicicletas, das que usávamos, das que víamos ao longe, daquelas com que sonhávamos e até das que procuravam impingir-nos. Pareceu-me (e parece-me...) assunto leve para uma conversa que gostaria interessante e que nos ajudará a colocar mais uns pontos e cruzes na síntese do mundo que nos foi oferecido e que nos foi dado viver, com mais ou menos agrado...

Mas deixemo-nos de estar para aqui a debitar letras quase soltas e reparemos no título: “DE BICICLETA ... APRECIANDO A PAISAGEM”.
É isto que seria bom conseguíssemos e nos deixassem: umas vezes é a nossa precipitação, outras a ânsia de perseguição e ainda outras a cegueira da queda. Fica a bonomia do ciclista que convidava a redução da velocidade para poderem apreciar a paisagem refreando o frenesim da companhia apressada. E já estais a ver que um dia destes vos hei-de mostrar este senhor, pode ser que tenha algo para nos apontar.

Propósito desvendado, título alinhado, só nos resta pegar na bicicleta e partir...

BOM ANO!

Manuel

sábado, 1 de janeiro de 2011

Bento XVI anuncia peregrinação a Assis


O Papa vai assinalar o 25.º aniversário da iniciativa tomada pelo seu predecessor, João Paulo II, em 1986, e renova apelos em favor da paz.

«“No próximo mês de Outubro deslocar-me-ei como peregrino à cidade de São Francisco, convidando a unirem-se a mim, neste caminho, os irmãos cristãos das diversas confissões, os expoentes das tradições religiosas do mundo e, em espírito, todos os homens de boa vontade”, revelou, após a recitação da oração do Angelus, no Vaticano, este Sábado.
Segundo Bento XVI, a iniciativa visa “fazer memória” do gesto do seu predecessor, em 1986, que qualificou como “histórico”.»

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Luta teimosa a favor da erradicação da pobreza

Presidente do Brasil


A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, homenageou hoje, no discurso da tomada de posse, as mulheres do seu país, sublinhando que, o ter chegado a Chefe de Estado servirá para abrir portas a outras mulheres.
A nova Presidente do Brasil referiu, entre aplausos, que o seu compromisso supremo «é homenagear as mulheres, protegendo o frágil e governar para todos», adiantando que a «luta mais teimosa» do seu Governo será a favor da erradicação da pobreza, que campeia, como é sabido, pelo maior país de língua oficial portuguesa.
O Brasil, que durante os mandatos do Presidente Lula deu um salto enorme no contexto dos países em vias de desenvolvimento, será, garantem os politólogos, uma grande potência nos próximos anos. Contudo, apesar dos progressos que tantos proclamam, não deixa de ter enormes manchas de pobreza extrema, que a nova Presidente se propõe erradicar.

Mensagem de Ano Novo do Presidente da República


 
«Uma República democrática e integrada na União Europeia corresponde à síntese daquilo que somos e daquilo que queremos ser nos alvores deste novo milénio.
Os tempos que atravessamos são de grandes dificuldades. Seria faltar à verdade afirmar que essas dificuldades vão desaparecer no ano que agora começa.
Portugal tem hoje mais de 600 mil desempregados. O desemprego está a penalizar muito os mais jovens. A par disso, assistimos ao recrudescimento da pobreza em níveis que são intoleráveis.
É sobretudo nos tempos mais adversos que os sacrifícios têm de ser repartidos de uma forma justa por todos, sem excepções ou privilégios.
Perante as situações de pobreza e exclusão com que somos confrontados, pretender fugir aos sacrifícios é uma atitude que não se coaduna nem com os mais elementares princípios da ética republicana nem com o valor fundamental da coesão social.
A coesão social é um elemento-chave da coesão nacional. É imprescindível que estejamos unidos para enfrentar as dificuldades que atravessamos e que, repito, não irão desaparecer em 2011.»

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2011: O ano do Acordo Ortográfico

A partir de hoje, os meus escritos no Pela Positiva e no Galafanha vão ter a marca do Acordo Ortográfico. Trata-se de um ensaio para me adaptar às novas regras estabelecidas para escrever em Português. Decerto haverá falhas e erros, que isto de alterar hábitos não é coisa fácil. Não é a caminhar que se faz caminho?

Fernando Martins


sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O novo fardo do homem, e cristão


Por José Manuel Fernandes
Público, 2010-12- 31

É um sinal dos tempos a indiferença perante o regresso das perseguições religiosas um pouco por todo o mundo

Bernard-Henri Lévy defendeu esta semana, no El País, que "os cristãos formam hoje, à escala planetária, a comunidade perseguida de forma mais violenta e na maior impunidade". Mais: "enquanto o anti-semitismo é considerado um crime e os preconceitos anti-árabes ou anticiganos são estigmatizados, a violenta fobia anticristã que percorre o mundo não parece ter qualquer resposta".
Curiosas palavras vindas de um não-cristão, interessantes considerações proferidas por quem, em tempos, ajudou a fundar o SOS-Racismo. E singularmente coincidentes com as de Bento XVI, que, na sua mensagem a propósito do próximo Dia Mundial da Paz, também notou que "os cristãos são, actualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé".
São raras as notícias sobre estas perseguições, mas isso não significa que elas não existam - apenas que não lhes é dada a importância que merecem. Parece mesmo existir uma espécie de sentimento de culpa que leva a que, ao mesmo tempo que se destacam os ataques aos crentes de outras religiões, se subvalorizam aqueles de que são vítimas os cristãos - católicos, ortodoxos, evangélicos, baptistas e por aí adiante.

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2011

Bento XVI


Liberdade religiosa, caminho para a paz

«Poder-se-ia dizer que, entre os direitos e as liberdades fundamentais radicados na dignidade da pessoa, a liberdade religiosa goza de um estatuto especial. Quando se reconhece a liberdade religiosa, a dignidade da pessoa humana é respeitada na sua raiz e reforça-se a índole e as instituições dos povos. Pelo contrário, quando a liberdade religiosa é negada, quando se tenta impedir de professar a própria religião ou a própria fé e de viver de acordo com elas, ofende-se a dignidade humana e, simultaneamente, acabam ameaçadas a justiça e a paz, que se apoiam sobre a recta ordem social construída à luz da Suma Verdade e do Sumo Bem.
Neste sentido, a liberdade religiosa é também uma aquisição de civilização política e jurídica. Trata-se de um bem essencial: toda a pessoa deve poder exercer livremente o direito de professar e manifestar, individual ou comunitariamente, a própria religião ou a própria fé, tanto em público como privadamente, no ensino, nos costumes, nas publicações, no culto e na observância dos ritos. Não deveria encontrar obstáculos, se quisesse eventualmente aderir a outra religião ou não professar religião alguma. Neste âmbito, revela-se emblemático e é uma referência essencial para os Estados o ordenamento internacional, enquanto não consente alguma derrogação da liberdade religiosa, salvo a legítima exigência da justa ordem pública.[7] Deste modo, o ordenamento internacional reconhece aos direitos de natureza religiosa o mesmo status do direito à vida e à liberdade pessoal, comprovando a sua pertença ao núcleo essencial dos direitos do homem, àqueles direitos universais e naturais que a lei humana não pode jamais negar.
A liberdade religiosa não é património exclusivo dos crentes, mas da família inteira dos povos da terra. É elemento imprescindível de um Estado de direito; não pode ser negada, sem ao mesmo tempo minar todos os direitos e as liberdades fundamentais, pois é a sua síntese e ápice. É «o papel de tornassol para verificar o respeito de todos os outros direitos humanos».[8] Ao mesmo tempo que favorece o exercício das faculdades humanas mais específicas, cria as premissas necessárias para a realização de um desenvolvimento integral, que diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em cada uma das suas dimensões.»

 Pode ler toda a Mensagem aqui.

Ano Novo — Vida Nova


É proibido, neste fim de 2010 de triste memória para muitos portugueses, cair em pessimismos, pela simples razão de que tal atitude não nos conduz a parte nenhuma. Vamos pôr de lado as crises que nos assolaram durante 2010 e avançar, com o otimismo possível e necessário, para um novo ano de lutas, no sentido de conquistarmos o tempo perdido. De mangas arregaçadas, de olhar firme em novos horizontes e de coragem para ultrapassar obstáculos, é nosso dever caminhar em frente, na certeza de dias melhores.
Se é certo que as dificuldades aguçam a imaginação e espevitam a criatividade, então vamos apostar na busca de novas oportunidades e no aproveitamento de capacidades pessoais e coletivas porventura adormecidas, tendo em vista a conquista de um futuro melhor para todos.
Jovens e menos jovens, de mãos dadas e espírito aberto, saberemos partilhar saberes e entusiasmos, rumo a um mundo mais fraterno.
Bom ano de 2011 para todos.

Fernando Martins
 
Nota: Com Acordo Ortográfico

E os Velhos?



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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Rua Complexo Desportivo da Gafanha



Homenagem a todos os que contribuíram
para a construção do Complexo Desportivo

 
Em boa hora baptizaram uma rua da nossa terra com o nome de Complexo Desportivo da Gafanha. E digo em boa hora porque esse gesto reflecte a importância de uma estrutura desportiva que, presentemente, acolhe centenas de atletas de todas as idades, em especial ligados ao Grupo Desportivo da Gafanha (GDG). Mas ainda reflecte o esforço que diversas pessoas e entidades empreenderam para que o Complexo Desportivo fosse uma realidade.
Como é bem sabido, julgamos nós, os clubes amadores de futebol, que existiram na Gafanha da Nazaré, desde há muitas décadas, treinavam e jogavam em campos improvisados ou adaptados, minimamente, à prática do desporto-rei. Depois, por iniciativa da JAPA (Junta Autónoma do Porto de Aveiro), foi construído, no Forte da Barra, um campo, que foi posto à disposição do Grupo Desportivo da Gafanha, o mais representativo clube da nossa terra. Era um campo pelado, com balneários construídos para o GDG e que chegou a ter iluminação para treinos, já que os jogadores e treinadores tinham as suas profissões.
Nos finais da década de 60, do século passado, um gafanhão sugeriu os terrenos incultos da Colónia Agrícola como sendo a localização ideal para a instalação do novo campo de futebol do Gafanha, e em 20 de Março de 1976 o Secretário de Estado da Estruturação Agrária assina e autentica o Alvará de Cedência Gratuita à Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, para usufruto do Grupo Desportivo da Gafanha, de uma parcela agrícola com 8,5 hectares.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A mediocridade cresce como a erva daninha

Churchill

Incómodo dos medíocres

António Marcelino

Quando Churchill, ainda jovem, fez a sua primeira intervenção política na Câmara dos Comuns, no fim perguntou a um velho amigo de seu pai, também ele homem da política e que o tinha ouvido, o que pensava desta sua intervenção. E ele respondeu: “Mal, meu rapaz, muito mal. Devias aparecer mais tímido, nervoso, a gaguejar um pouco e meio atrapalhado… Porque foste brilhante, arranjaste, no mínimo, trinta inimigos: os medíocres, os oportunistas, os ambiciosos… Porque só pensam em si mesmos, em defender o seu lugar e em conquistar posições de relevo, sentem-se incomodados com quem tem talento e pode passar-lhes à frente. Eles vão fazer tudo para te derrubar…”
O episódio repete-se todos os dias, na política e fora dela, porque a mediocridade cresce como a erva daninha. Quem tem valor não aguenta e procura outros ares. Fora, há sempre lugar e acolhimento para os que valem. As cliques políticas, e não só elas, viciaram o ambiente, disseminaram a mediocridade e mostram que o vilão é sempre perigoso, quando tem na mão a vara do poder. De qualquer poder.
Para a máquina andar tem de se limpar toda a ferrugem que a entorpece. Haja quem tenha coragem e seja capaz, com êxito, desta difícil operação.

In CV

Um Presépio Japonês


Catedral de Santa Maria, Tóquio

Foto: guen-k

Um presépio japonês
 Guilherme d'Oliveira Martins

À Memória do João Bénard da Costa



Naquele dia de outono, Quioto estava na plenitude da sua beleza. O Pavilhão de Prata, o Ginkaku-ji, apagava-se diante da natureza pujante. Percebíamos que o importante não era o facto de a prata nunca ter sido colocada para tornar o edifício mais espetacular. Tudo se passava, afinal, como se apenas faltasse um espelho, pois o essencial era o jardim e a ordenação magnífica da natureza. E é a memória do xógum Yoshimasa, no distante século XIV, que está presente, a partir da recordação de seu avô, o qual num gesto de suprema audácia, cobriu de folha de ouro o surpreendente Kinkaku-ji… Ali, porém, naquele momento, mais do que a prata ou o ouro, estava a natureza em toda a sua intensidade. E talvez a ausência da prata pudesse ter sido um desígnio dos deuses, para que as árvores e as plantas pudessem tornar-se mais evidentes na sua magnitude. Era o tempo do momiji, em que a natureza culta, domada pelo ser humano, é dominada pelas folhas escarlate, como se fossem flores. Deambulámos pelos caminhos do jardim, contámos as suas pedras, deslumbrámo-nos com os musgos tratados, com as águas, com os lagos, com os jardins secos, com o saibro riscado ou a terra cuidadosamente penteada a representar ilhas, oceanos e os rios da vida. E caminhámos pela via dos mestres. Foi então que, naquela peregrinação singular, encontrámos em amena conversa, nesse caminho que nos leva a Namzen-ji, um monge budista e um clérigo cristão. Com surpresa, ouvimos o diálogo de quem se assumia ora como mestre ora como discípulo.

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Eliana Machado: Uma voluntária ao serviço da paróquia da Gafanha da Nazaré

Eliana Machado

O voluntariado é importante nos tempos que correm

Eliana Mouta Machado, casada e com uma filha, reformada por invalidez há oito anos por força de uma artrite reumatóide, não se resignou a ficar em casa. Para além dos seus deveres de esposa e mãe, apostou em servir como voluntária nos tempos livres. Respondendo ao apelo do Prior José Fidalgo, para que substituísse uma funcionária do cartório em gozo de férias, aceitou o desafio e gostou do que fez: atendeu pessoas e executou tarefas próprias de uma paróquia que quer estar em organização permanente.
Eliana descobriu que se sentia bem nessa função e foi ficando. Depois do Prior Fidalgo, vieram os Padres Paulo Cruz e Francisco Melo, o actual Prior, a quem manifestou a vontade de permanecer no Cartório, como voluntária, como desde a primeira hora. E assim se mantém.
Presentemente, está a transpor para o computador, a partir dos livros oficiais, os registos de Baptismo, Casamento e Óbito, desde 2009 até 1960, retrocedendo no tempo. É uma tarefa que exige atenção e muito rigor, para não haver falhas que seriam muito prejudiciais à verdade histórica.

“Bags of Books” é uma editora sedeada na Gafanha da Nazaré

"Meu Amor"

Segundo noticiou o Diário de Aveiro, foi criada na Gafanha da Nazaré uma editora de livros ilustrados, a “Bags of Books”. Trata-se de um projecto do ilustrador e designer Francisco Vaz da Silva, que afirmou àquele jornal que as edições se destinam a crianças e adultos. O primeiro livro, “Meu Amor”, foi feito com ilustrações em tecido pela autora, a italiana Beatrice Alemagna.
Desejamos a Francisco Vaz da Silva os maiores êxitos editoriais, a partir da nossa terra.

Dois mil e Deus



Por Octávio Carmo

Que 2011 chegue em festa, como uma página em branco que Deus nos coloca diante das mãos, para preenchermos com as marcas do melhor que existe em nós


2010 chega ao fim e volta em nós este sentimento de impotência perante a inexorabilidade do tempo, as tantas expectativas que ficaram por cumprir, as surpresas, o sabor amargo de uma crise que, em muitos momentos, apagou do mapa toda e qualquer boa notícia que cada dia pudesse trazer consigo.

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

“Casa dos Vizinhos” abre no Porto



 
Li e gostei do que li. No Porto, na freguesia da Paranhos (Há anos, o pároco afiançou-me que é a maior freguesia de Portugal) abriu a “Casa dos Vizinhos”, obviamente para envolver as pessoas umas com as outras, rua a rua, combatendo problemas, procurando soluções, derrubando “muros” como a indiferença, o abandono e a solidão.
O mundo em que vivemos é, realmente, um mundo sem alma. Como prova disso, aí temos, na mesma rua ou prédio, pessoas que não se conhecem nem se saúdam quando se cruzam. O espírito de vizinhança dos tempos da minha meninice, em que se emprestava um ovo para a ceia ou um fósforo para acender a lareira, já lá vai. Mas seria bom que os vizinhos se olhassem mais uns aos outros.

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Sem-abrigo a nossa vergonha


A comunicação social ainda fala hoje das refeições quentes que foram oferecidas aos sem-abrigo e outros famintos do nosso país. Um dia destes até houve feijoada servida no Metro. Estou em crer que, daqui a uns dias, com os preparativos para a passagem do ano, que deve movimentar milhões em festas para toda a gente de posses e até remediados, poucos se lembrarão dos dois milhões de pobres que vivem entre nós. E prega-se tanto que o Natal devia ser celebrado todos os dias do ano. Pois é… Por enquanto lá o vamos celebrando uns diazitos dos 365 que o ano tem…

Navio-escola Sagres já regressou

Sagres
O navio-escola Sagres já regressou da viagem de circum-navegação, à qual se associou a Câmara Municipal de Ílhavo, que aproveitou, por esta forma, a excelente oportunidade de promover, além fronteiras, os valores e a cultura do nosso município, que tem “O Mar por Tradição”. Associação dos Industriais do Bacalhau foi parceira da CMI nesta aposta, fornecendo todo o bacalhau que fez as delícias da Tripulação e dos Convidados das recepções oficiais oferecidas pelo navio-escola Sagres.

Gustave Eiffel morreu neste dia, em 1923

Gustave Eiffel


Alexandre Gustave Eiffel (Dijon, 15 de Dezembro de 1832 — Paris, 27 de Dezembro de 1923),  foi um engenheiro francês que participou na construção da Estátua da Liberdade em Nova Iorque e da Torre Eiffel de Paris. Também viveu em Portugal, onde montou ateliê e projectou pontes, nomedamanete, a de D. Maria Pia, Dupla de Viana do Castelo,  Ferroviária de Barcelos e, ainda, o Mercado de Olhão. É óbvio que a sua obra mais célebre será a Torre Eiffel, que  foi construída entre 1887 e 1889, em Paris, para a Exposição Universal de 1889, sendo hoje o símbolo da capital francesa. Actualmente possui 325 metros (adicionada a altura das antenas que possui). Na época de sua construção tinha aproximadamente 7 300 toneladas de ferro e hoje em dia tem aproximadamente 10 000 toneladas.

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Oportunidade histórica

«Os homens crescem mais nas tormentas que na bonança. Por isso vivemos hoje uma ímpar oportunidade histórica: podemos finalmente dar o salto que falta para nos confirmar no ritmo do futuro.» Concordo. Em vez de nos lamuriarmos, há que inventar oportunidades para singrar na vida. Leia aqui.

domingo, 26 de dezembro de 2010

José Estêvão nasceu neste dia, 26 de Dezembro


José Estêvão, grande parlamentar português e um aveirense ilustre, nasceu neste dia. A nossa região, incluindo a Gafanha da Nazaré,  muito ficou a dever a este político, pela sua intervenção em defesa dos nossos interesses. 

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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 217

PELO QUINTAL ALÉM – 53



A OLIVEIRA

A
todos e cada um de vós
que espreitais este quintal

Caríssima/o:

a. “Verde foi meu nascimento
E de luto me vesti
Para dar a luz ao mundo
Mil tormentos padeci.”

Foi com esta adivinha e com as imagens dos livros de leitura das primeiras classes da escola primária que me familiarizei com a oliveira e a azeitona. Aliás esta era manjar e conduto para refeição “festiva”, mas só nesta altura soube que era à oliveira que se ia apanhar.
Lembrando-nos do empenho da Tia Albina que desejava uma oliveira junto do portão de entrada da casa, como sinal de Paz, houve mais do que uma tentativa da nossa parte mas as oliveiras não gostam da sombra das outras árvores e ficam tristes... A que o senhor Valentim ofereceu tarda em crescer!...

e. É possível que medrasse com dificuldade a oliveira, em algum quintal da Gafanha, e até teimasse mostrar algumas azeitonas (verdes e azedas) que para nós eram balas polidas para os nossos tiroteios, os marotos!

i. É uma árvore que raramente ultrapassa os dez metros de altura ... Porém, as raízes poderosas e compridas podem chegar a uma profundidade de seis metros, através do qual têm sempre a possibilidade de obter água para o seu desenvolvimento.

o. O azeite, quem o não sabe?, é óleo indispensável e insubstituível na culinária. Também possui propriedades diuréticas, laxantes e emolientes.
Não é hábito falarmos da arte do albitário mas hoje gostaria de vos dar uma dica que se poderá revelar muito útil nestes tempos de voltar às origens. É assim: quando um galináceo aparecia com gogo, a Tia Maria José sentava-o no colo, abria-lhe o bico e... aí vai disto, despejava uma colherada de azeite pelas goelas abaixo da ave que melhorava e, e mais tarde, (quem sabe se por virtude da qualidade do óleo...) dava uma rica canja.

Revolução na Igreja Católica em Portugal

Por António Marujo


Presidência do episcopado pode ir para bispo do Porto. Patriarca só deverá sair em 2013. Cinco dioceses com mudanças anunciadas. Uma pequena revolução no catolicismo português


Cardeais e Bispos (Foto do PÚBLICO)


Um ano de mudanças profundas no topo da hierarquia católica marcará 2011. Substituições de bispos anunciadas em várias dioceses (com Lisboa e Coimbra à cabeça) acontecerão a par de diversas iniciativas que a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lançou e que pretendem, até final do ano, redefinir dinâmicas e estruturas da Igreja Católica em Portugal.
No início de Maio, renova-se a presidência da Conferência Episcopal Portuguesa: D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, foi eleito pela primeira vez para o cargo em 2005, chegando em Abril ao fim do segundo mandato, não podendo ser reconduzido.
O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, pode vir a ser o próximo presidente da CEP. Assim ele o queira. Há três anos, o próprio recusou ser vice-presidente, depois de inicialmente apontado numa votação indicativa dos seus pares, argumentando com a recente chegada ao Porto e a imensidão da tarefa de adaptação.

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PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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