quinta-feira, 20 de outubro de 2005

NO CUFC, SEMANA DA ARTE

Posted by Picasa CUFC
SEMANA DA ARTE, DE 14 A 18 DE NOVEMBRO De 14 a 18 de Novembro, vai decorrer no CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura) a SEMANA DA ARTE, aberta a toda a comunidade. Nela se integra a “Oficina da Arte”, onde os interessados, no máximo de 14, poderão experimentar o desenho a grafite, lápis de carvão e sanguínea. A orientação é de António Nogueira, professor convidado do DEGEI-UA. As inscrições poderão ser feitas no CUFC, junto ao Campus Universitário.

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

MARIA BETHÂNIA CANTA EM FÁTIMA

Posted by Picasa Maria Bethânia Na Missa da Esperança, dia 6 de Novembro
As cantoras Maria Bethânia e Joanna vão representar o Brasil na Missa da Esperança, no dia 6 de Novembro, no Santuário de Fátima. A celebração acontece todos os anos, desde 2001 e reúne diversos artistas brasileiros e portuguesesA brasileira Maria Bethânia gravou um CD dedicado a Nossa Senhora – “Cânticos, Preces e Súplicas”, tendo já apresentado estas canções, em Outubro do ano passado, na Basílica Nacional de Aparecida, importante centro de peregrinação brasileiro, vindo agora cantá-las em Portugal.
Joanna, que também possui no seu repertório o CD 'Oração', também confirma a sua presença, dizendo que a sua vida tem corrido tão bem que quer ir cantar a Fátima como sinal de agradecimento a Nossa Senhora. Além destas duas artistas também foi confirmada a participação musical do Pe. António Maria, do cantor Marco Paulo, que gravou recentemente o tema “Nossa Senhora” de Roberto Carlos e da apresentadora da Rede Globo de Televisão, Ana Maria Braga.
Maria Bethânia cantará ainda acompanhada por um dos maiores expoentes actuais do panorama musical português, a fadista Kátia Guerreiro, que gravou “Ave Maria” de Fernando Pessoa.
A expectativa deste ano é de superar os 60 mil participantes de 2004. A Missa será celebrada a partir das 11h00 e às 12h00 será rezado o Rosário na Capelinha das Aparições.
Fonte: ECCLESIA

Um artigo de Rita Carvalho sobre o Papa, no DN

Posted by Picasa Papa Bento XVI Guardião Ratzinger dá lugar a Papa conciliador
"Um homem de reconciliação e não o grande inquisidor da Igreja Católica." É assim que alguns especialistas ouvidos pelo DN vêem hoje Joseph Ratzinger, considerado o "mau da fita" enquanto guardião para a Doutrina da Fé. A mudança ao assumir a função de Papa era expectável, dizem, e não significa uma inversão de personalidade de "alguém cuja missão é agora promover a comunhão. Seis meses depois de o conclave ter eleito Bento XVI, pouco ainda se pode dizer. Apenas que este será um pontificado de continuidade, embora marcado por um estilo diferente do de João Paulo II.
Após o entusiasmo de uns e a decepção de outros - que não pouparam críticas e traçaram os piores cenários para o futuro da Igreja Católica (IC) - as primeiras impressões do novo Papa atenuam a imagem de um homem intransigente, disciplinador e fechado ao diálogo. O mundo que conheceu o cardeal Ratzinger pelas suas posições disciplinares duras confronta-se agora com um homem que chama os seus opositores para conversar.
Bento XVI já reuniu com grupos dissidentes e teólogos com posições muitos distantes, como Hans Kung ou a Fraternidade de São Pio X, grupo de católicos integristas seguidores do francês Marcel Lefebvre e excomungados pelo Vaticano. Fora do catolicismo, o Papa também promoveu encontros com judeus, ortodoxos e islâmicos.Duas funções, posturas diferentes. Para Peter Stilwell, director da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, enquanto prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Ratzinger detinha a função de guardião da ortodoxia, uma espécie de "mau da fita". Agora, "como pastor, tem de ir adiante dando atenção a todos e promovendo a aproximação dentro e fora da Igreja", disse ao DN.
Alfredo Teixeira, director do Centro de Estudos de Religiões e Culturas da Universidade Católica, considera que "ao cardeal Ratzinger era pedida a missão de disciplinar. Agora, terá de pensar como presidir à comunhão. Não é possível fazê-lo só com base na disciplina, traçando a fronteira entre os que estão fora e os que estão dentro da Igreja. Presidir exercendo a repressão conduziria à exclusão".
(Para ler todo o artigo, clique aqui)

Um poema de Teixeira de Pascoais

Posted by Picasa Teixeira de Pascoais POEMA INÉDITO Feita de sol é a carne que nos veste Os ossos, que são feitos de luar. E a nossa alma é sombra A sonhar e a pensar, conforme é dia Ou noite, pois em nosso pensamento Esplende o sol. Mas ao luar é que se expande O nosso dom fantástico, esse voo Sem fim do nosso ser Que ultrapassa as estrelas E alcança além do espaço a eternidade. E o infinito, além do espaço, E Deus, além dos deuses. In VI Volume das Obras Completas

BENTO XVI: UM PAPA PARA O TERCEIRO MILÉNIO

Posted by Picasa Bento XVI Bento XVI cumpre hoje seis meses de pontificado
No dia 19 de Abril, ao final da tarde, os Cardeais eleitores escolhiam o Cardeal Joseph Ratzinger para suceder a João Paulo II. A eleição gerou uma onda de desconfiança perante a herança de um pontificado excepcional, de 26 anos e meio, num mundo em mudança, com desafios específicos em cada continente: desde a pobreza e as desigualdades sociais à secularização e indiferença religiosa, passando pelo diálogo com as outras religiões e o relativismo moral.
Quando, há quase 27 anos, foi apresentado ao mundo o Cardeal Karol Wojtyla houve uma espécie de atordoamento geral; há seis meses, pelo contrário, todos sabiam (ou julgavam saber) quem era aquele homem que surgia vestido de branco.
O primeiro livro do novo Papa tem um título significativo: “A Revolução de Deus”. Essa parece, de facto, ser a primeira marca do pontificado de Bento XVI, um homem que durante décadas foi o “ódio de estimação” de vários sectores do catolicismo.Como refere D. Manuel Clemente, Bispo Auxiliar de Lisboa, no prefácio à edição portuguesa deste livro, “Bento XVI começa o seu pontificado com a mesma convicção de toda a vida: a pessoa humana-divina de Cristo é a substância do Cristianismo, como novidade e anúncio, irredutível a qualquer preconceito ou manipulação”.
(Para ler mais, clique aqui)

PORTUGAL MENOS CORRUPTO

PORTUGAL ENTRE OS 30 PAÍSES MENOS CORRUPTOS Portugal está entre os 30 países menos corruptos do mundo, revela o Índice 2005 de Percepção da Corrupção, divulgado pela organização não-governamental Transparency International. Mas, segundo o mesmo documento, setenta países têm um «problema muito grave de corrupção». O índice, elaborado anualmente pela organização com base na avaliação da percepção de corrupção por empresários e analistas, aponta como mais corruptos de um conjunto de 159 países o Chade e o Bangladesh, que obtiveram 1,7 pontos numa escala de 10, em que o valor máximo corresponde ao menor grau de corrupção. Portugal, o 26º país mais transparente, subiu um lugar em relação a 2004, obtendo este ano 6,5 pontos na avaliação feita por nove fontes, entre as quais o Fórum Económico Mundial e o Centro de Pesquisa dos Mercados Mundiais. Os membros da União Europeia (UE) mais bem classificados são a Finlândia (2º lugar), Dinamarca (4º), Suécia (6º), e Áustria (10º). A Polónia é o mais corrupto dos países europeus, classificando-se em 70º lugar. No comunicado que acompanha a divulgação do relatório, a organização refere que todos os 19 países que beneficiaram de perdões parciais da sua dívida ao abrigo da Iniciativa para os Países Altamente Endividados do FMI e do Banco Mundial, obtiveram uma pontuação de quatro ou menos pontos, que corresponde a «níveis graves ou muito graves de corrupção».
Fonte: Expresso on-line

Efemérides aveirenses



Inquérito às aparições em Fátima


O aveirense D. João Evangelista de Lima Vidal, então arcebispo de Mitilene e governador do Patriarcado de Lisboa (Mais tarde, bispo da restaurada Diocese de Aveiro, em 1938), ordenou que se procedesse a um inquérito sobre os acontecimentos extraordinários de Fátima, iniciando assim o processo canónico das aparições da Virgem Maria às três crianças. 

Ordem da Torre e Espada

1919 – Nos Paços do Concelho, foram entregues à cidade de Aveiro as insígnias do grau de oficial da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito que o Governo da República lhe havia conferido em 15 de Março passado. 

Exposição dos Artistas de Aveiro

1963 – Foi inaugurada a I Exposição dos Artistas de Aveiro, que se prolongou até 10 de Novembro, cuja iniciativa pertenceu ao Círculo de Artes Plásticas do Clube dos Galitos. Fonte: Calendário Histórico de Aveiro

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Ainda a pobreza entre nós

SOCIEDADES EGOISTAS E INCAPAZES DE OLHAR PARA OS SEUS POBRES
Para assinalar o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, várias organizações portuguesas lançaram na segunda-feira um apelo para que o País coloque a pobreza e as desigualdades sociais e económicas no centro do debate público. O problema é grave e há muito tempo que está identificado e estudado, não se vislumbrando indícios de se avançar na luta contra a pobreza extrema que atinge mais de um milhão de portugueses. No manifesto tornado público, as organizações que se inquietam com esta problemática denunciam que um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza e que mais de 12 por cento da população activa ganha apenas o salário mínimo nacional. Por outro lado, as 100 maiores fortunas portuguesas representam 17 por cento do Produto Interno Bruto, sendo certo que o nosso País tem a pior distribuição de riqueza no seio da União Europeia, com os 20 por cento mais ricos a controlarem quase 46 por cento do rendimento nacional. Por isso, as organizações apelam ao poder político e económico para que reconheça o fenómeno da pobreza como um terrível problema social e para que, com a sociedade civil, encontre soluções adequadas para a sua progressiva erradicação. Em pleno século XXI, em que os sinais exteriores de riqueza de alguns são bem visíveis por todos, é incrível como a nossa sociedade, com economistas, políticos, empresários e instituições, não consegue organizar-se para acabar, de uma vez por todas, com a pobreza que nos devia envergonhar a todos. Um dia questionaram Madre Teresa de Calcutá sobre a forma como podíamos acabar com a fome no mundo. Muito simplesmente, disse Madre Teresa: Se cada um de nós distribuir algo do que tem com o pobre que encontrar na rua, não haverá mais fome nas nossas sociedades.
O problema está, então, em cada um de nós, os que construímos sociedades egoístas e incapazes, por isso, de olhar para os seus pobres.
Fernando Martins

Um artigo de Sarsfield Cabral, no DN

Posted by Picasa RIGIDEZ
A redução do défice prevista no Orçamento para 2006 exige um esforço brutal, mas indispensável, pois daí depende a reconquista da confiança dos agentes económicos. Um esforço dificultado pelo fraco crescimento da economia, finalmente previsto com realismo.
Excepto o PCP e o BE, todos concordam que o ataque ao persistente défice orçamental português tem de ser feito sobretudo reduzindo a despesa. Os impostos já subiram de mais. Mas é muito rígida a despesa corrente, aquela não destinada a investimento. Apenas se pode mexer em cerca de 10 a 15% dessa despesa quando se elabora o Orçamento.
A chave do problema está, então, em diminuir o grau de rigidez da despesa antes do Orçamento. O mérito deste Governo foi ter avançado nessa via, pela primeira vez entre nós. Pena é a insistência nas auto-estradas sem portagem e nos grandes investimentos, cuja justificação em termos de custos/benefícios continua escandalosamente por aparecer.
As alterações nos regimes de segurança social e saúde de vários corpos do Estado e a redução das comparticipações nos medicamentos são exemplos desse ataque estrutural ao desequilíbrio das contas públicas. Mas este é apenas o princípio. Para baixar a sério o elevado custo salarial da função pública portuguesa não basta congelar progressões automáticas nas carreiras, limitar a entrada de novos funcionários (necessariamente com contratos individuais de trabalho) ou não deixar subir os vencimentos na função pública acima da inflação.
O despedimento dos actuais funcionários não é legalmente viável - e não se podem fazer leis retroactivas. A solução será utilizar em escala significativa o mecanismo do quadro de supranumerários, encerrando serviços inúteis após as prometidas auditorias aos ministérios. Veremos até onde chega a coragem do Governo.

Um artigo de Francisco Perestrello, na Ecclesia

Cinema de Aventuras – O Regresso
Dentro dos diversos géneros que povoaram o cinema desde os primeiros tempos o filme de aventuras inclui-se entre os mais populares. Logo no início, em pleno cinema mudo, sucediam-se as correrias, os assaltos aos comboios, as perseguições e lutas corpo a corpo que, sem o apoio do sonoro, obrigavam a uma expressão muito viva.Com o passar dos anos foi o western que veio a ocupar a parte de leão, primeiro no cinema americano, estendendo-se depois à Europa pelas produções alemãs dos anos 60, pelo “Western Spaghetti”, italiano e, a reboque deste, pelas co-produções e produções espanholas. Até a Jugoslávia invadiu a área dos índios e cowboys com relativo sucesso.
A partir dos anos 70 o western entrou num progressivo declínio, sendo hoje um género anacrónico que só reaparece em produções de grande envergadura, vencendo assim a falta de continuidade na sua produção.
Mas o cinema de aventuras vivia também de heróis populares, vindos ou não da banda desenhada. E, entre estes, contava-se Zorro, com sucessivos filmes desde 1920, caindo também a sua presença na 7ª Arte a partir de meados dos anos 70.Em 1998 o lendário herói foi retomado pela Columbia Pictures, recorrendo aos actores bem cotados Antonio Banderas e Catherine Zeta-Jones, produzindo «A Máscara de Zorro» com meios mais abundantes dos que eram tradicionais e com o apoio das técnicas mais recentes, obtendo o êxito que se procurava.
Uma sequela foi inevitável e, no ano corrente, com os mesmos actores, podemos ver «A Lenda de Zorro», que nos transporta de novo ao reino da fantasia, com uma dose maciça de ingenuidade, maniqueísmo e inverosimilhança, despertando o gosto pelo desenvolvimento da imaginação e suportando-se numa moral infalível, mesmo que discutível quando aprofundada em todo o seu contexto.
Mas, em qualquer caso, regressa assim o filme de aventuras tradicional.

Um artigo de António Rego

Posted by Picasa Luta de vida e morte
Continua, invencido, o mais antigo combate do mundo. A vida e a morte debatem-se ferozmente nas formas mais subtis e nas fases mais surpreendentes de todos os seres vivos. Com a temporalidade no horizonte, com a hora marcada de chegada e partida. Sempre no duelo pela sobrevivência se foi operan-do o evoluir da terra, na convicção planetária, ainda hoje não desmentida, de que apenas na Terra existe vida.
Contam-nos as mais antigas histórias e fábulas que a espada da morte sempre vigiou todas as portas de emergência da vida e, no duro combate, sobreviveu o mais forte, oportuno e sagaz. A história de todas as vidas é uma vitória única sobre milhões de hipóteses de morte.
Até que a inteligência humana sobrepassou todas as etapas do instinto e, na compreensão de si mesma e do cosmos, começou a organizar os seus campos de combate contra todos os inimigos sérios e irracionais. A medicina, instintiva primeiro, racionalizada depois, começou a compreender os elementos de vida e morte que compõem o universo. Assim, a vida humana, ápice de todas as vidas, ganhou estatuto senhorial sobre todas as outras. A esperança de vida foi e vai crescendo à medida que os povos e civilizações compreendem e enquadram o todo da saúde como um bem primário das comunidades.
Mas nem assim a morte fica afastada. Apenas adiada mais alguns meses ou anos. E acabamos por compreender, como nos diz a Bíblia, que a vida é um breve sopro. De vez em quando surgem fenómenos que tornam isso mais evidente: catástrofes que dizimam milhões de vidas, guerras que absurdamente ceifam o melhor da juventude de tantos povos, epidemias que varrem milhões de seres no grande combate do microcosmos que rodeia e habita todos os seres humanos. Quantos vírus terão de ser vencidos para que a vida humana triunfe da morte. E mesmo assim, descobertas vacinas e antídotos, nunca a vida cantará total vitória pois uma inteligência subversiva de sobrevivência continua a vigiá-la e, esgotados os recursos, vencê-la. Exames, rastreios, diagnósticos, imunizações, ressonâncias, bioquímicas, cirurgias e transplantes, têm sempre inimigos à espreita, prontos para atacar qualquer inadvertência. E com toda a nova tecnologia de prevenção e cura, novas doenças, aparentemente invencíveis, vão surgindo.
O que se passa com as epidemias periódicas, feitas pandemias, encaixa-se nesta lógica de luta entre a vida e a morte. Sabendo que uma não sobrevive sem a outra.Até ao momento em que, definitivamente, a morte será vencida. Aqui entramos no campo da Fé que nos coloca num patamar de visão do mundo muito para além das análises, fármacos, mesmo nas tecnologias deslumbrantes que hoje conseguem verdadeiros milagres de “ressurreição”.
Estamos perante milagres passageiros. A Ressurreição e a Vida ultrapassam de longe todos os cálculos do homem.

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

POBREZA EM PORTUGAL

Posted by Picasa Governo promete mais dinheiro para combater pobreza
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social garantiu hoje que o Orçamento de Estado para 2006 vai incluir "recursos mais significativos" para o combate à pobreza, que em Portugal atinge uma em cada cinco pessoas. Numa cerimónia para assinalar o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, Vieira da Silva manifestou-se "chocado" com os níveis de pobreza em Portugal, que incide sobretudo sobre as crianças, os idosos e as mulheres.
No dia em que está prevista a entrega do Orçamento de Estado para 2006, o ministro disse que, apesar dos "momentos difíceis" que o país atravessa, vão ser destinados "recursos mais significativos para os instrumentos de combate à pobreza" que terão, no entanto, de ser "geridos com muito rigor".
Para tal, o Governo aposta no reforço dos mecanismos já existentes, como o Rendimento Social de Inserção (antigo rendimento mínimo), e no complemento de reforma para os idosos mais pobres – uma medida anunciada no programa de Governo e que começará a ser aplicada em 2006.
O Executivo pretende que, até ao final da legislatura, nenhum reformado receba menos de 300 euros por mês, estando previsto que os idosos com mais de 80 anos sejam os primeiros a beneficiar desta medida.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

PAPA DÁ VOZ AO "GRITO DOS POBRES"

Posted by Picasa
É PRECISO INTENSIFICAR A LUTA CONTRA A MISÉRIA Bento XVI deu ontem voz ao “grito dos pobres”, pedindo que a comunidade internacional os ajude “a minorar este flagelo global”, intensificando a “luta contra a miséria”. “A pobreza é um flagelo contra o qual a humanidade tem de lutar sem parar”, referiu o Papa, que recordou que cada pessoa “é chamada a uma solidariedade cada vez maior para que ninguém seja excluído da sociedade”.
O apelo surgiu na véspera do Dia Mundial de Luta contra a Pobreza, criada em 1987 pelo padre Joseph Wrensinski, e assumida em 1992 pelas Nações Unidas. “Somos chamados a uma solidariedade cada vez maior, para que ninguém fique excluído da sociedade”, sublinhou o Papa, perante milhares de peregrinos reunidos na praça de São Pedro.
Bento XVI assegurou a sua oração “aos pobres que lutam com coragem por viver com dignidade, com a preocupação da sua família e as necessidades dos seus irmãos”, saudando “todos os que se colocam ao serviço da pessoa necessitada”.
Portugal é o país da União Europeia onde há mais desigualdade entre ricos e pobres, uma situação que é característica dos estados em vias de desenvolvimento, segundo dados revelados ontem pela associação Oikos.
Para assinalar o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, várias organizações portuguesas lançam hoje um apelo para que o País coloque a pobreza e a desigualdade no debate público, deixando de se concentrar apenas na discussão sobre crescimento económico e redução do défice do Estado.
Fonte: ECCLESIA

DIA INTERNACIONAL PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA

Posted by Picasa Portugal desafiado a reflectir sobre a pobreza que há entre nós e no mundo
Para assinalar o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, várias organizações portuguesas lançam hoje um apelo para que o País coloque a pobreza e a desigualdade no centro do debate público.
A campanha mundial "Global Call for Action Against Poverty", que em Portugal tem o nome de "PobrezaZero" (www.pobrezazero.org), assinala a data com a publicação de um “Manifesto”, no qual afirma que “o relegar para o passado da pobreza no mundo, passa necessariamente pela sua erradicação em Portugal”.
“A pobreza, em Portugal, é um problema social grave e o seu não reconhecimento tem-se revelado, ultimamente, um dos maiores entraves à sua erradicação”, refere o documento.
O texto refere que um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza e que 12.4 por cento da população activa (5531.6) ganha o salário mínimo, entre outros dados. Por outro lado, as 100 maiores fortunas portuguesas representam 17 por cento do Produto Interno Bruto Nacional – 22,4 mil milhões de Euros. O país tem a pior distribuição de riqueza no seio da União Europeia com os 20 por cento mais ricos a controlarem 45.9 por cento do rendimento nacional!
“Apelamos ao poder político e económico que reconheça o fenómeno da pobreza como um terrível problema social e que, com a sociedade civil, encontre soluções adequadas para a sua progressiva erradicação”, referem as organizações sociais.
O “manifesto conclui-se com a proposta de criação de um Grupo de Trabalho Permanente, entre a Sociedade Civil organizada, empresas e grupos parlamentares, “para o cumprimento dos direitos e garantias consignadas, não só na Constituição Portuguesa, mas também nas Convenções internacionais”.
As organizações subscritoras pedem ainda a criação de um Grupo de Trabalho Permanente, entre a sociedade civil organizada e os Meios de Comunicação Social, “de forma a debater, já no próximo ano, a situação dos 20 por cento mais pobres, em Portugal, e a distribuição da riqueza, em Portugal e no mundo”.
Fonte: Ecclesia

Um texto de Alexandre Cruz, do CUFC

Posted by Picasa Alexandre Cruz, do CUFC Uma fronteira de justiça e Paz
ESTADO LAICO, MAS UMA SOCIEDADE DE PESSOAS COM SONHOS, TRADIÇÕES, CULTURA
1. O fundamental separar das águas
“A César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Eis a resposta sábia de Jesus, manifestação da vontade visionária de Deus em Pessoa que proporciona ambiente para a essencial liberdade religiosa nas sociedades. É um separar das águas que Cristo propõe diante da malícia da interpelação apresentada pelos matreiros fariseus que Lhe armavam a cilada. Perguntar se “é lícito ou não pagar tributo a César” e aguardar silenciosamente a resposta do Senhor, sabendo que não podia dizer nem “sim” nem “não” é, o que poderíamos chamar de, colocar à prova a inteligência de Deus. Num quadro de abordagem ao estudo das relações entre Religião e os Estados, numa compreensão purificadora das sociedades teocráticas entre Serviço Religioso e Serviço Político (não dizemos Poder, pois só Deus pode tudo!), esta tem sido uma das passagens mais estudadas da Escritura. Cristo inaugura um tempo novo, a fim de haver lugar para todas as convicções de consciência na vida social. Ou seja: ‘cada coisa no seu lugar’, mas todas as realidades da ordem do espiritual dando também o seu contributo à vida da sociedade.
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2. Futuro, na corresponsabilidade pelo bem comum
Ao lançarmos o olhar sobre os séculos de história escrita ou sobre os extremismos que persistem na história humana, dos políticos aos religiosos, das ditaduras que impedem ambientes de liberdade e dignidade humanas, aos fundamentalismos religiosos que impedem o acesso purificado ao Rosto Belo de Deus…então apreciamos a maravilha que Cristo hoje nos oferece no Evangelho. A Sua Escola é o serviço, o Seu exemplo é dar a vida pelo bem de todos. Foi há dias apresentado o Relatório Internacional sobre a Liberdade Religiosa no Mundo (o ideal que Deus mais aprecia). O panorama continua bem complicado! Numa maturidade que a Humanidade procura, nem deve haver imposição de Religião, nem a liberdade deve ser usada como argumento (onde estamos no ocidente laicista da rejeição) a ponto de querer banir da vida pública a convicção profunda das pessoas. Perguntemo-nos: Como vão os valores humanos /educação?
: 3. FERMENTO, é a palavra do equilíbrio
Tal como na massa, assim o fermento comparado ao CRISTÃO NA SOCIEDADE, deve ir persistindo e semeando os valores mais nobres até ao Evangelho. O mundo actual, mesmo o que nos rodeia, porventura (em dimensões que vamos vendo e num certo atraiçoar da autêntica “liberdade”) quase que tem alergia à transferência da visão pessoal da vida para o bem comum. É por isso que ao cristão de hoje o desafio é SER FERMENTO. Como vai a qualidade do nosso fermento? Actuamos ou deixamos que o mundo aconteça? Cuidado que entretanto já pode ser tarde…

Ainda a procissão em honra de Nossa Senhora dos Navegantes

Posted by Picasa Foto de Dinis Manuel Alves
Apontamento fotográfico da peculiar Procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, na Gafanha da Nazaré. Um trabalho de Dinis Manuel Alves. Para ver em SOLIDARIEDADE.

domingo, 16 de outubro de 2005

Uma reflexão do pároco da Glória, para este domingo

Duas forças Deus e o mundo não podem pôr-se em pratos da mesma balança; não são forças de igual nível para poderem ser comparadas; nem sequer são princípios concorrentes ou antagónicos; muito menos com pesos iguais ou igualáveis.
As nossas limitações tentam-nos, a muitos de nós, a pôr em confronto o Criador e as coisas por Ele criadas; e, então, valorizamos um, com exclusão do outro, correndo-se o risco de ficarmos de fora, ou de Deus ou do Mundo.
O Homem, pensante e livre na procura da verdade, tendo os pés misturados com a poeira da terra, sabe que cresce e se torna grande quando não tem medo de pôr os olhos mais para o Alto.
Estamos, de facto, entre duas forças, ambas a merecer e a exigir o nosso compromisso, o nosso respeito, o nosso amor; saber encontrar a coragem de dar a Deus e de dar a César o que a cada um pertence e tem direito, é um acto de grande humildade; só os pequenos sabem fazê-lo com grandeza! E, por isso, se tornam grandes e primeiros.
O melhor de tudo é fazer aproximações: empurrar, com respeito, carinho e delicadeza, o mundo para Deus; e, com palavras e acções, pôr Deus nos espaços e lugares por Ele mesmo criados.
P. João Gonçalves in "Diálogo", 1043 - XXIX DOMINGO COMUM

JUSTIÇA: PORTUGAL EXIGE AQUILO QUE NÃO TEM

Em Salamanca, onde está a decorrer a Cimeira Ibero-Americana, o Presidente Sampaio pediu ao Presidente da Venezuela, Hugo Chavez, que diligenciasse junto dos tribunais venezuelanos, para que o piloto português, detido há um ano naquele país por alegadamente estar envolvido no tráfico de droga, fosse julgado o mais depressa possível. Hugo Chavez prometeu, segundo os jornais, que iria interessar-se pelo assunto. Penso que é legítima a actuação do Presidente Jorge Sampaio, ao procurar defender um cidadão português, detido no estrangeiro, que se declara inocente. No entanto, também não posso deixar de pensar que em Portugal há centenas de compatriotas nossos na mesma situação, em prevenção preventiva, e com julgamentos atrasados há imenso tempo, sem que tenha havido quem interceda por eles. E com que moral é que o nosso País protesta no estrangeiro contra a prisão e falta de julgamento seja de quem for, se entre nós se passa, precisamente, o mesmo? Não há portugueses e estrangeiros anos e anos à espera que os nossos tribunais se decidam? Não há em Portugal 40 venezuelanos em prisão preventiva, sem que a Justiça se apresse? Isto de se exigir aos outros o que não oferecemos aos nossos concidadãos e aos estrangeiros que temos presos não pode passar pela cabeça de ninguém. Antes de se exigir, temos de dar o exemplo. Fernando Martins

CIMEIRA IBERO-AMERICANA PEDE AOS EUA FIM DO BLOQUEIO A CUBA

A Cimeira Ibero-Americana, que está a decorrer em Salamanca, aprovou, por unanimidade, uma declaração em que pede aos EUA o fim do bloqueio económico, comercial e financeiro a Cuba. Esta decisão, justíssima, só perde por tardia, mas não é, de modo algum, um qualquer sinal de concordância com o regime ditatorial de Fidel Castro. Há muito que vários países, unilateralmente, têm vindo a pedir o fim do bloqueio a Cuba decretado pelos EUA, uma vez que, no fundo, quem mais sofre com ele é o povo cubano. O regime, esse só lucrará com ele, por ficar na posição de vítima face às populações. E a prova está aí, com Fidel no poder há tanto tempo, poder que ele vai mantendo à custa também da repressão que exerce sobre todos os que ousam criticar a ditadura que lidera. Pessoalmente, estou convencido de que o regime castrista só acabará com a morte de Fidel. Nessa altura, não haverá qualquer personalidade cubana com o poder carismático do ditador Fidel Castro, capaz de eternizar o regime opressor nascido do derrube do também ditador, de direita, Fulgêncio Baptista. F.M.

ABORTO: Referendo só depois de Setembro de 2006

Tudo indica que o Tribunal Constitucional vai chumbar o referendo sobre o Aborto, por considerar inconstitucional a aprovação da proposta na Assembleia da República no passado mês de Setembro, no sentido de o mesmo se fazer, como queria o PS, em 27 de Novembro, entre as eleições autárquicas e as presidenciais. Isto mesmo adiantado ontem pelo jornal “PÚBLICO”, com chamada à primeira página. Segundo este diário, a verificar-se o chumbo, uma outra proposta sobre o referendo só poderá voltar a ser apresentada a partir de Setembro de 2006, altura em que se iniciará, em princípio, a segunda sessão legislativa da X Legislatura.

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

AVEIRO: Fábrica da Ciência reabre amanhã

Posted by Picasa EXPOSIÇÃO "SENTIR.COM", a partir das 11 horas
Amanhã, sábado, pelas 11 horas, a Fábrica da Ciência, na antiga Moagem Aveirense, vai reabrir as portas a todos os amantes da ciência com uma exposição, "Sentir.com". Trata-se de uma mostra com produção do Centro da Ciência Viva de Coimbra, que se tem revelado um sucesso digno de registo.
Agora em Aveiro, com inauguração prevista para as 12.30 horas, vai estar patente ao público até 11 de Dezembro. Um concerto juvenil, às 11 horas, e a assinatura de um protocolo com uma empresa patrocinadora, às 12, antecedem a abertura da exposição.
Fonte: Rádio Terra Nova

SOLIDARIEDADE DA DIOCESE DE AVEIRO

Posted by Picasa Sé de Aveiro Apoio diocesano às vítimas dos incêndios
Também na zona diocesana de Aveiro os incêndios provocaram vítimas e foram motivo de grandes preocupações humanas e perdas materiais. Várias freguesias foram atingidas, mas foi em Avelãs de Cima onde pessoas humildes foram mais atingidas nos seus bens, ficando na total dependência, por terem perdido a sua casa e todos os demais haveres.
A autarquia e a paróquia deram as mãos para ajudar os mais atingidos e pedem auxílio a quem generosamente queira e possa manifestar a sua solidariedade efectiva. Na freguesia de Avelãs de Cima, concelho de Anadia, foram vítimas dos incêndios 10 dos seus lugares. Desapareceram, por via de um fogo destruidor, florestas inteiras, máquinas de agricultores e madeireiros, palheiros, currais, vinhas e hortas. Trata-se de uma zona onde a maioria das pessoas vive da floresta e da agricultura. Um manto preto cobre toda a freguesia, em virtude dos mais de 10 mil hectares ardidos.
A tragédia maior foi no lugar do Corgo de Baixo, onde três famílias, de gente idosa, ficaram desalojadas e absolutamente sem nada: casa, animais e outros haveres.
Convoco os diocesanos para a partilha fraterna e generosa, como se cada um de nós fosse vítima desta catástrofe e necessitasse da ajuda dos outros. Se algum pároco, ouvido o Conselho Económico Paroquial, entender que, para além da sensibilização dos cristãos, pode ter outras iniciativas de apoio, não deixe de o fazer.
Os donativos podem ser enviados para Caritas Diocesana - Rua do Carmo, 42 - 3800-127, Aveiro; para a Secretaria Episcopal, Rua Cândido dos Reis, 107 – Apartado 541 – 3801-960 Aveiro; para Padre Manuel Dinis Tavares, S. Pedro, 3780-351 Avelãs de Cima; para a Junta de Freguesia de Avelãs de Cima.
Nestas horas e circunstâncias, podemos todos auscultar o que nos vai no coração e qual o peso do nosso amor. Para as vítimas, saber que outros se preocuparam com elas, é já um lenitivo. Tanto que se gasta inutilmente e que a outros faz falta! Serão precisas calamidades para que acordemos para um dever de solidariedade que diariamente nos acompanha?
António Marcelino,
Bispo de Aveiro

quinta-feira, 13 de outubro de 2005

Um artigo de Helena Garrido no DN

A pobreza racional
Uma em cada três mulheres será, durante a sua vida, espancada, coagida a manter relações sexuais ou maltratada, em geral por um membro da família ou um conhecido. No Egipto, 94% das mulheres conseguem encontrar pelo menos uma justificação para o marido lhes bater. Catorze milhões de adolescentes, com idades entre os 15 e os 19 anos, dão à luz todos os anos. Um número que corresponde a quase uma vez e meia a população portuguesa. Não se conhece a dimensão do problema das que têm filhos ainda mais jovens. As raparigas que pertencem a grupos mais pobres têm três vezes mais hipóteses de ser mães adolescentes do que as de estratos económicos superiores. E as adolescentes têm o dobro da probabilidade de morrer de parto.
São verdadeiras imagens de terror. Inimagináveis por serem desumanas, inacreditáveis pela sua irracionalidade. Estão no relatório sobre Igualdade das Nações Unidas.
O outro lado do espelho deste mundo está na educação. O número de mulheres analfabetas é o dobro do registado entre os homens. E nas regiões mais pobres há mais raparigas que não frequentam a escola do que rapazes.
É conhecimento adquirido pela prática que a educação das mulheres tem um efeito multiplicador de desenvolvimento muito significativo. São as mulheres que acompanham em geral os filhos. Se tiverem ido à escola, sabem valorizar a sua importância orientando os filhos para a escolarização e conhecem os cuidados de saúde e alimentação que devem ter com as crianças. Em linguagem económica, contribuem para a subida do capital humano, aumentando o potencial de crescimento da economia.
Educação e mais educação, a par de iniciativas como as dos microcréditos, são as soluções conhecidas. O Nobel Amartya Sen é uma referência neste assunto.
A razão por que o mundo permite que se continue a assistir à degradação das condições de vida dos países pobres, com as mulheres em posição ainda mais grave, é inadmissível. Todos sabem que há políticas eficazes de combate à pobreza e os seus custos seriam muitíssimo inferiores aos proveitos do desenvolvimento. A diferença é que alguns perderiam as rendas que exploram com a pobreza das mulheres e da população em geral. É por esses que vamos lendo o que acontece no mundo. E vemos o horror que se vai passando em Ceuta.

Associação de Apoio ao Imigrante lança programa de apoio à iniciativa empresarial

AJUDA IMPORTANTE À CRIAÇÃO DE EMPRESAS PELOS IMIGRANTES
A Associação de Apoio ao Imigrante, em S. Bernardo, lançou um programa de «acções de formação e posterior apoio a iniciativas empresariais».
Este programa consiste numa série de acções de formação que passam por campos tão vastos como o marketing e a contabilidade, entre outros. Do plano de formação consta também uma explicação de todo o processo que é necessário para abrir uma empresa. Ao longo da formação, serão convidados vários imigrantes a relatarem as suas experiências no mundo empresarial.
Apesar da associação ser conotada com os imigrantes do Leste europeu, esta acção de formação está aberta a todos os cidadãos imigrantes, independentemente do seu país de origem.
O objectivo deste programa é ajudar a organizar, implantar e desenvolver todo o tipo de iniciativas que permitam à população imigrante criar empresas.
Isto porque a partir de cinco anos de permanência autorizada no nosso país, qualquer imigrante pode abrir uma empresa.Este programa insere-se no plano de actividades para este ano e que foi apresentado ao Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas (ACIME). As acções de formação decorrerão nos meses de Outubro, Novembro e Dezembro.
Os interessados podem-se inscrever na Sede da Associação de Apoio ao Imigrante, localizada na Junta de Freguesia de S. Bernardo, ou pelo telefone 234342890 e fax 234342367.
Fonte: Diário de Aveiro

Um artigo de D. António Marcelino

Posted by Picasa D. António Marcelino Astrólogos, bruxos e cartomantes, mestres e videntes...
Há um fenómeno na nossa sociedade a precisar de atenção e de estudo. Todos os dias, páginas nos jornais, programas na televisão e na rádio, papéis na rua e nos automóveis, oferecem, por arte e saber de “praticantes do ocultismo” e outros mestres, remédio infalível para todos os males, solução para todos os problemas, alívio para todas as dores, ajuda para todos os desconfortos, conselho para todas as dúvidas, perplexidades e desgostos da vida. Dão-se, ao mesmo tempo, indicações de um caminho eficaz para pragas e desgraças, amarrações e feitiços, bruxarias e maus olhados, ciúmes e desgostos, bons e maus negócios. Tudo com resultado assegurado e garantia de seriedade e de êxito.
Uns riem-se de tudo isto, outros ignoram-no ou depreciam-no; mas não falta quem se decida seguir, de modo cego, na senda da esperança de todas estas ofertas. Fala-se que por aí vão, frequentemente, políticos e empresários, gente humilde e gente culta, futebolistas e dirigentes de clubes, “mulheres” simples e “senhoras” distintas, pessoas, enfim, das cidades, vilas e aldeias. Se a publicidade é tão aguerrida e abundante, certamente é porque os frequentadores e consumidores o justificam e os tempos que vivemos o recomendam.
Os tempos correm, de facto, ao jeito de se aceitar tudo, porque cada um vai onde quer e faz o que quer, sem que tenha de dar razões para as suas opções pessoais.. De há muito, o povo diz que quem sofre e tem problemas para os quais os senhores doutores e conselheiros espirituais não encontram solução, não lhe resta senão ir à bruxa…É verdade que culturas e tradições de gente vinda de outras terras e agora a viver entre nós, devem ser respeitadas. Muitos dos “mestres” que se oferecem e publicitam são africanos e brasileiros. A língua, apesar das diferenças introduzidas e das dificuldades de uma boa aprendizagem, é mais que suficiente para facilitar a comunicação e proporcionar a abertura do coração nos encontros, regulares ou ocasionais, com quem tanto promete. Mesmo que as expressões e ofertas em praça não tenham igual valor.
Há gente com muitas dúvidas permanentes nunca esclarecidas e com problemas diários não solucionados, de mistura com uma forte nostalgia do religioso, e uma ânsia, não superada, do transcendente, uma perda não assumida, por completo, das raízes culturais tradicionais.
A procura emotiva não dá tempo a raciocínios, nem lugar a explicações. É um atirar de cabeça para o mais fácil, o mais prometedor, o mais ansiado e desejado. Hoje, dá tranquilidade interior encontrar quem ouça pacientemente e não contradiga desabafos, saiba entrar no mundo dos desejos e dos sonhos, para os alimentar e não volatilizar, prometa, serenamente, o céu e a terra, sabendo, embora, muitas vezes, que o que tem para dar cabe numa das mãos cheia de vento. Gente que nunca tem dúvidas no que diz e no que faz, porque, no fim, há sempre resposta bem acolhida, para o que não resultou.Não obstante uma generalizada escolaridade, há uma forte regressão de raciocínio, mesmo sabendo que a inteligência não tem resposta para tudo. Há uma tendência para as respostas fáceis, mesmo sendo elas expressões vazias, embora cativantes para os ouvidos. Proliferam, assim, as formas de ocultismo e outras mais ou menos iguais, num mercado desencontrado do que seria legítimo esperar do tempo em que vivemos.
As Igrejas têm alguma responsabilidade em tudo isto. Parece terem preferido as vias eruditas do ensinamento e da lei, em vez da comunicação simples, ainda que profunda, frente a pessoas concretas e ao seu mundo real. Se no lugar próprio esmorece o afecto, abrem-se e forçam-se portas novas para o procurar, ainda que à revelia do elementar bom senso. Ninguém dispensa o profeta; seja ele humano e fale a verdade, com amor..

PORTUGAL DEVE EVITAR TENDÊNCIAS ANTICATÓLICAS

Posted by Picasa Marcelo Rebelo de Sousa RESPEITAR A LIBERDADE RELIGIOSA É NÃO A LIMITAR AOS TEMPLOS
Marcelo Rebelo de Sousa preveniu contra os excessos “anticlericais” e “anticatólicos” que se vivem no nosso país, que pretendem limitar o âmbito da Liberdade Religiosa à esfera do privado.“É redutor da Liberdade Religiosa dizer que ela pode ser vivida a sós ou em comunidades fechadas”, disse ao apresentar, ontem, o Relatório 2005 sobre a Liberdade Religiosa no Mundo da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.
“Há hoje, mais do que no passado, a ideia de que nos Estados sem Religião – os Estados democráticos – os crentes tenham a sua fé e a pratiquem, mas não venham invocar a sua fé para pronunciar-se sobre questões políticas, culturais, morais ou sociais”, lamentou, em declarações aos jornalistas.
Falando sobre os fundamentalismos religiosos e anti-religiosos retratados no Relatório, Rebelo de Sousa frisou que “a Liberdade Religiosa implica que cada um possa viver a sua fé, numa comunidade onde há problemas: se essa fé passar por tomar posições de denúncia, isso é um exercício da Liberdade Religiosa, como foi, durante a ditadura, a denúncia do regime político invocando princípios religiosos, éticos e morais”. “Respeitar a Liberdade Religiosa é não a limitar aos templos onde as comunidades crentes praticam os actos de culto, é permitir que elas se manifestem em toda a vida social”, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que o Tratado Constitucional Europeu esqueceu “o papel das Religiões na construção da Europa” e que esta “é uma comunidade de gente que tem Religiões e a Religião faz parte da vida dessa Europa”.
(Para saber como está a Liberdade Religiosa no Mundo, clique ECCLESIA)

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

BISPOS PORTUGUESES NAS CAMPANHAS CONTRA O ABORTO

Posted by Picasa D. Carlos Azevedo MOVIMENTOS PRÓ-VIDA VÃO TORNAR-SE MAIS ACTIVOS
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo, revelou ontem que cada bispo diocesano irá coordenar e reforçar o apoio aos movimentos cívicos que defendem o "não" no referendo ao aborto.
No entanto, D. Carlos Azevedo explicou que a Igreja só irá tomar uma posição pública depois da marcação da data do referendo, que a hierarquia espera ver agendado para depois das eleições presidenciais de Janeiro próximo. "Parece-nos que isso é consensual na opinião pública", disse.
Contudo, o apoio aos movimentos católicos pró-vida vai começar desde já e "será cada bispo a acolher e a dinamizar" esses grupos em cada diocese. "Os movimentos cívicos estão já no terreno e aqueles que se identificam com alguns dos valores que a Igreja defende estão em coordenação connosco", acrescentou D. Carlos Azevedo. E sublinhou que, "se houver um referendo, os movimentos tornar-se-ão mais activos e combativos".

ORDEM DA LIBERDADE PARA KOFI ANNAN

Posted by Picasa Kofi Annan KOFI ANNAN: UM GRANDE SERVIDOR DA PAZ
O Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, foi ontem condecorado pelo Presidente Jorge Sampaio com o Grande Colar da Ordem da Liberdade, distinção que aceitou como "um testemunho dos laços estreitos" que existem entre Portugal e as Nações Unidas. "A nossa relação é marcada por uma próxima e frutuosa cooperação em muitas áreas, desde o avanço dos direitos humanos aos esforços conjuntos a favor do povo de Timor-Leste e do desenvolvimento de África, particularmente de Moçambique, Angola e Guiné-Bissau", declarou Annan, na cerimónia de condecoração realizada no Palácio da Ajuda, em Lisboa. O chefe de Estado português elogiou o trabalho de Kofi Annan, classificando o Secretário-Geral da ONU como "um grande servidor da paz e um defensor incansável dos valores universais consagrados na Carta das Nações Unidas". Destacou também as qualidades de Annan como "pessoa que, cumprindo com exemplar isenção as suas funções, tem dado a Portugal provas de especial simpatia e consideração".Portugal agradece, nomeadamente, a Kofi Annan o apoio e o empenho nos esforços que conduziram à independência de Timor-Leste e, por isso, distinguiu-o com a Ordem da Liberdade a título excepcional, já que se trata de um galardão reservado a chefes de Estado. Fonte: “PÚBLICO” on-line

CNJP lança discussão sobre o tráfico de armas

«Por uma sociedade segura e livre de armas»
A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) vai promover, em conjunto com uma série de parceiros, uma Audição Pública sobre o tráfico e a proliferação de armas ligeiras, com o lema “Por uma sociedade segura e livre de armas”. A iniciativa começa no próximo dia 8 de Novembro e conta com 5 sessões, até 16 de Maio de 2006.A CNJP pretende “informar e motivar a sociedade civil a participar neste esforço colectivo para reduzir drasticamente o número de armas ilegais, e mesmo legais, em Portugal”.
Este organismo católico considera que “há uma perigosa e excessiva proliferação de armas ligeiras”, que acompanha um adensar do clima de violência no nosso país. Vincando que as armas “são um facto de violência” e que a manifestação dessa violência passa, na maioria dos casos, “pelo recurso às armas ligeiras”, a CNJP defende que “é com extrema preocupação que se deve encarar a situação existente”.“É preciso agir já”, sustentam os membros da comissão, que pedem a mobilização da sociedade civil e dos políticos para “dar resposta a esta situação potencialmente explosiva”.
A CNJP estranha que esta problemática se tenha agravado, não obstante a apresentação, em Junho de 2002, de uma Petição à Assembleia da República, com mais de 90 000 assinaturas, solicitando, com urgência, o debate e a promulgação de legislação sobre o tráfico ilegal de armas ligeiras em Portugal. A petição mereceu discussão em Comissão Especializada, sendo, de seguida, arquivada.
Na preparação desta Audição estão envolvidas muitas organizações ligadas à Igreja Católica: Comissões Diocesanas Justiça e Paz de Braga, Aveiro, Portalegre-Castelo Branco e Setúbal; Comissão Justiça e Paz dos Institutos Religiosos; Associação da Imprensa Missionária; Revista “Além-Mar”; Rede Fé e Justiça África-Europa; Pax Christi Internacional; Movimento dos Trabalhadores Cristãos; Movimento dos Focolares; Metanoia; Centro de Reflexão Cristã; Fórum Abel Varzim; Associação dos Professores Católicas; bem como outras entidades, nomeadamente a Amnistia Internacional – secção portuguesa.
A Audição Pública contará com a contribuição de Nuno Severiano Teixeira, Ruy Pereira, Isabel Guerra, Adriano Moreira, António Vitorino e Maria José Morgado, entre outros.
Fonte: Ecclesia

terça-feira, 11 de outubro de 2005

SÍNODO DOS BISPOS: Bispo de Viseu preocupado com quebra de prática dominical

Posted by Picasa D. António Marto D. António Marto na 13ª Congregação Geral: "A pastoral deve oferecer ao homem de hoje o encontro com a beleza da fé"
"1. Urgência Eucarística
O declínio na frequência da Missa dominical é um indício do enfraquecimento da fé e do afecto relativamente à Eucaristia. É por isso que se pode falar de uma “urgência eucarística, já não derivada de um incerteza de fórmulas, mas porque a hodierna práxis eucarística tem necessidade de uma nova expressão de amor a Cristo” (Lineamenta).
2. O caminho da Beleza
Como voltar a despertar o assombro eucarístico, o sentido do maravilhoso perante o mistério da Eucaristia, se não se consegue descobrir a sua beleza? Na cultura pós-moderna, dominada pelo relativismo sobre a verdade e o bem, mas também fascinada pela estética, a beleza é, verdadeiramente, um caminho ou uma porta para redescobrir a Eucaristia como mistério de beleza.
A Eucaristia, de facto, é o maior ícone da beleza de Deus revelada em Cristo, porque é a presença real do “mais belo dos filhos dos homens” (Sl. 45, 3) na totalidade da sua presença de ressuscitado e na plenitude do seu mistério: a beleza do amor que se dá a nós, redimindo-nos e transfigurando-nos, revelando-nos o olhar do Pai que, de maneira permanente, nos cria e nos torna belos e bons. Utilizando palavras de sua Santidade, isto não é só um problema da Teologia, mas também da pastoral, que deve oferecer ao homem de hoje o encontro com a beleza da fé.
3. Eucaristia e Evangelização
Tudo isto implica um projecto de evangelização de ampla respiração contemplativa e missionária, que parte da Eucaristia, para o qual considero essenciais os seguintes pontos:
a) realçar a relação existente entre Eucaristia e as aspirações profundas do coração do homem contemporâneo;
b) partir novamente de Cristo, indo ao coração da fé através do primeiro anúncio;
c) promover a qualidade e a beleza da celebração eucarística como momento privilegiado da evangelização de tipo mistagógico;
d) a Eucaristia é também para o mundo. A assembleia eucarística, além de ser um testemunho público de fé, é ainda portadora de uma cultura eucarística, de atitudes e comportamentos pessoais e sociais: a experiência da fraternidade, do espírito de reconciliação e de paz, a dimensão festiva da vida... são atitudes humanas que configuram uma espiritualidade eucarística, contributo indispensável para construir a civilização da Beleza e do Amor."

SÍNODO DOS BISPOS: Bispo de Coimbra apresenta preocupações com a realidade nacional

Posted by Picasa D. Albino Cleto D. Albino Cleto na 12ª Congregação Geral: "Numa sociedade secularizada, o alimento não basta, é preciso preparar a mesa"
"Penso que deveria resultar deste Sínodo uma palavra de estima e de estímulo comum para com os nossos sacerdotes e os seus colaboradores, que fazem tantos sacrifícios para garantir ao povo de Deus a celebração do Domingo.Neste espírito de pastores vigilantes e de irmãos que ajudam, nós devemos, portanto, estar atentos aos desvios que se acentuam, pelo menos no meu país.
Apresento três tendências, boas em si mesmas, mas nas quais a Eucaristia tende a desviar-se do que ela é - celebração litúrgica e santa do mistério sacramental – para tornar-se um simples serviço religioso.
Em primeiro lugar: a preocupação principal dos padres em garantir a Missa, que os fiéis exigem, negligenciando a qualidade da celebração. Numa sociedade secularizada, o alimento não basta, é preciso preparar a mesa. Mais importante do que colocar a hóstia na mão ou na língua do fiel é fazê-lo com a dignidade que transmite a fé.
Em segundo lugar: no desejo de ser aceites pelas pessoas que nos ouvem, os nossos padres consideram a Eucaristia como uma comunhão na mesa da igualdade. Comprometamo-nos numa catequese na qual a comunhão seja, antes de mais, comunhão com o Cordeiro imolado e oferecido.
Terceiro: multiplicamos as celebrações dominicais que, na ausência de um padre, são presididas por diáconos ou leigos. É uma bênção, mas a facilidade com que se procede à substituição da Missa por estas celebrações preocupa-me.
Seria necessário, pelo menos, que os ritos sejam mais nitidamente diferenciados."
Fonte: ECCLESIA

Um artigo de António Rego, na Ecclesia

Posted by Picasa António Rego Pessoas e ideologias no tribunal popular
As eleições autárquicas têm uma característica no conjunto dos jogos eleitorais: atingindo todos os cidadãos – mesmo os que não votam ou não gostam de política – abrangem, mais que qualquer outra eleição, um elevado número de candidatos. Isto quer dizer que, feitas as contas, há milhares de pessoas no nosso país que foram sujeitas a uma espécie de julgamento popular. Um conforto ou uma ferida no ego, entre os escolhidos e os preteridos. Nem todos tiveram honras nacionais de tribuna mediática nas manifestações de festa ou desagravo. Mas todos sentiram o estremecimento do seu nome nas bocas do povo com a consequente escolha ou rejeição.
As autárquicas revestem-se duma tónica pessoal de estima, que ultrapassa a lógica da astúcia política ou da capacidade mobilizadora das massas. Votar, por isso, é também um acto de afecto.
Aqui surge um problema: preferir o Partido e rejeitar a pessoa que o representa. Ou o contrário. Foi esta a principal clivagem destas eleições que, feitas as contas finais, deram um resultado que se pode explorar e manipular nas direcções de quem ganha e quem perde, criando laudas para os vencedores e desculpas para os vencidos. O discurso político goza destas imunidades.
Tudo pode ser mais perfeito, mesmo em democracia. Com a verdade basilar de que é o cidadão anónimo, com a sua escolha implacável, quem proporciona toda a animação deste complexo jogo de poder. Aqui chegados, e com alguns casos inéditos na escolha de eleitos tecnicamente falidos mas no final vencedores, voltamos ao quotidiano dos pequenos e grandes senhores nos pequenos e grandes locais. O esquema pouco varia e o exercício do poder como acto ético apenas se diversifica quantitativamente. Em substância, estão em causa os mesmos valores.Mas no terreno político há sempre um fio subterrâneo e invisível que se junta a outros para tecer os meandros de nomes, jogos, influências, prestígios. E o contrário: o aniquilamento discreto de concorrentes, adversários ou inimigos políticos. Neste todo parecem cada vez menos decisivas as originalidades ideológicas. Três ou quatro pontos distanciam partidos e concorrentes. Os acessórios políticos, anexados ao afecto, fazem o resto.
O que resta deste todo? O santuário íntimo da consciência dos cidadãos (eleitos) que, cientes das realidades e linguagens do universo político, não vendem os seus princípios ao rodopio de interesses ocultos que por vezes envolvem o universo político.
O povo é sábio. Mas nem sempre está senhor de todos os dados que compõem a complexa teia política. Também na política a formação permanente é geradora de lucidez.

II Concílio Ecuménico do Vaticano

D. Manuel de Almeida Trindade:
“Os ventos conciliares não foram captados em toda a parte
e por todas as pessoas da mesma maneira”

 Em 1962, faz hoje precisamente 43 anos, iniciaram-se em Roma os trabalhos do II CONCÍLIO ECUMÉNICO DO VATICANO, em que tomou parte, desde a primeira sessão, D. Manuel de Almeida Trindade, então Bispo de Aveiro. Sem pretender, aqui e agora, sublinhar a importância deste concílio, que foi, sem dúvida, o maior acontecimento eclesial do século XX, ocorre-me, no entanto, recordar duas ou três passagens de “O Vaticano II no seu tempo”, um testemunho do nosso Bispo Emérito, publicado em Maio de 1984.
Diz D. Manuel, que, “Ao passar agora, não como turista mas como bispo, por entre peças de museu – lápides seculares, vasos etruscos, múmias egípcias, estátuas de mármore que há cerca de dois milénios haviam servido de elementos decorativos nos átrios das casas patrícias ou nos templos de Atenas ou de Roma – ao passar por entre aquelas testemunhas mudas e quedas do passado, tive a sensação de um certo desajuste.
Que a Igreja não queria ser objecto de museu estava hoje ali a prova evidente naquele cortejo de bispos, de arcebispos, de patriarcas e de cardeais que, em fila de quatro, desfilavam pelos corredores do museu a caminho da praça de S. Pedro e da basílica vaticana”.
Depois, D. Manuel evocou grandes liturgistas, biblistas e patrólogos “que já conhecia dos livros” e que iam participar no Concílio, nomeadamente Chenu e Congar, da Ordem dos Pregadores; Carlos Rahner, Henrique de Lubac, Daniélou, da Companhia de Jesus; Rogério Schutz [falecido há pouco] e Max Thurian, da Comunidade de Taizé; e o Professor Óscar Cullmann, “de quem havia lido não só o Pierre, apotre et martyr, mas também a Christologie du Nouveau Testament e Christ et le temps. Este livro levava-o eu na minha bagagem de Padre Conciliar.
Embora não fosse caçador de autógrafos, não me contive, um dia que me encontrei com o célebre professor de Basileia, que não lhe pedisse um autógrafo para o exemplar deste livro, que julgo ser a sua obra mais significativa”.
No final do primeiro dia, o então Bispo de Aveiro escreveu no seu caderno este apontamento: “O Papa impressionou-me pelo ar de modéstia e de piedade que ressalta da sua fisionomia. Uma nota de religiosidade nos penetra a todos. Vê-se bem que não se trata de qualquer congresso ou assembleia parlamentar. O protagonista principal de todo este acto está presente mas é invisível. Só a fé o descortina. É o Divino Espírito Santo. A Ele se dirigem o louvor e as súplicas da celebração eucarística.”
Já no final do seu testemunho, D. Manuel refere que “O Papa João XXIII, optimista por temperamento e por imperativo da fé, falava no início do Concílio de uma nova primavera na Igreja. A verdade é que não era ainda a primavera. Os ventos conciliares não foram captados em toda a parte e por todas as pessoas da mesma maneira.
Há ainda hoje muitas pessoas a propósito de quem se poderia repetir a queixa formulada por S. João Crisóstomo a propósito das Cartas de S. Paulo: nem sequer o número delas conhecem”. E porque decerto haverá muitos católicos nessa situação, aqui fica uma simples proposta: procurem ler, quantos antes, o CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, para então não se ouvir a queixa de S. João Crisóstomo.

Fernando Martins

Papa destaca contributo dos professores de Religião

Posted by Picasa Bento XVI CONTRIBUTO PRECIOSO PARA A FORMAÇÃO DAS NOVAS GERAÇÕES
Bento XVI destacou, no Vaticano, o papel dos professores de Religião na Igreja e na sociedade, considerando o seu trabalho como “um contributo precioso para a formação das novas gerações”.“Caros amigos, o vosso compromisso na escola é um contributo precioso para a formação das novas gerações e para o seu amadurecimento no conhecimento da tradição e da cultura católica, na consciência das responsabilidades pessoais e na adesão aos valores da convivência civil”, disse o Papa a um grupo de professores reunido na Praça de São Pedro, após a oração do Angelus.
Os docentes participaram no I congresso nacional italiano de professores de religião, promovido pela Conferência episcopal do país. Cerca de 700 participantes reflectiram sobre o papel da disciplina de religião católica como “contributo cultural na escola da pessoa”.
Fonte: ECCLESIA

Um artigo de Francisco Sarsfiel Cabral, no DN

BAIXARIA
As fracas audiências de alguns reality shows da SIC levaram à saída do director de programas da estação. O novo director já acabou com um deles. Tratando-se de um programa nada dignificante, é uma boa notícia. Mas há mais segundo o DN de 30 de Setembro, vários anunciantes recusaram associar as suas marcas de vestuário, de móveis, de automóveis, etc., a um outro reality show não menos degradante que permanece em antena.
Reacção semelhante tiveram há anos, em França, algumas empresas de prestígio, quando apareceu o Big Brother e congéneres. Já este ano, no Brasil, importantes empresas aderiram à campanha "Quem financia a baixaria é contra a cidadania". Uma campanha que pretende banir da televisão brasileira a violência gratuita e o sexo em doses maciças. Justificou o director da cervejeira Kaiser "O mercado de cervejas não é sustentável se as empresas não adoptarem políticas de responsabilidade social" (Público, 27-02-05).
Não sou ingénuo sei que as mudanças na SIC e as recusas dos anunciantes não decorrem de elevadas considerações morais. E que muita porcaria tem grandes audiências. A SIC mudou porque estava a cair nas audiências e é destas que dependem as receitas de publicidade. A relutância de certas empresas em verem a sua imagem associada ao telelixo resulta de estratégias de marketing. Só que tais decisões apontam, em última instância, para a atitude dos telespectadores se uma parte considerável destes rejeita programas degradantes, eles desaparecem do pequeno ecrã. Para combater o telelixo não aceito censuras nem acredito em auto-regulações. A única via está do lado da procura, não da oferta: haver cada vez mais telespectadores que recusem a "baixaria", não se limitando a dizer mal dela. É um caminho longo, que começa a ser percorrido entre nós.

ALUNOS COM DIFICULDADES VÃO SER APOIADOS

Posted by Picasa Ministério da Educação combate insucesso escolar com planos de recuperação
O Ministério da Educação vai obrigar as escolas a elaborarem planos de recuperação para alunos com taxa de insucesso significativa ou para os que reprovem, medida que deverá vigorar já a partir do segundo período deste ano lectivo. O anúncio oficial deve ser feito hoje pelo Governo. O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, disse que esta é uma das medidas que o Governo quer introduzir no ensino básico (até ao 9º ano) para "colmatar o problema do insucesso escolar".
A partir do segundo período deste ano lectivo, os Conselhos de Turma das escolas terão de criar um plano de recuperação, a aplicar nos segundo e terceiro períodos, para os alunos que tenham um número de negativas que não os permitiria passar de ano.
Nesse plano de recuperação deverão constar períodos lectivos suplementares de disciplinas em que os resultados sejam negativos ou aulas de organização do estudo e de métodos de trabalho.
Para os alunos que reprovarem, no final de cada ano lectivo as escolas terão também de fazer um plano de trabalho que passará pelo mesmo tipo de actividades.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

DEPOIS DAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

VAMOS AO TRABALHO, TENDO SEMPRE EM CONTA OS QUE MAIS PRECISAM
Depois da festa das Eleições Autárquicas, com vitórias e derrotas esperadas, umas, e inesperadas, outras, chegou a hora de arregaçar as mangas para todos os eleitos começarem a trabalhar, sempre no respeito pelo bem do povo.
As promessas foram muitas e agora é preciso cumprir, o mais possível, o prometido. E mais do que isso: é importante que os autarcas continuem a intensificar a aproximação às populações. Sem arrogância, mas com sentido pedagógico, procurando explicar o que se faz, o que não se faz e o porquê de tudo. O povo gosta de saber o porquê das coisas e já se tem queixado de que os políticos só se lembram dele nas vésperas das eleições.
Penso que é importante valorizar o diálogo entre os eleitos e os eleitores, sejam eles de que cores políticas forem. A democracia é para se viver no dia-a-dia no respeito pelos adversários, que não são inimigos a abater. E é na esperança de que cada vez mais nos vamos aproximando de uma democracia adulta que formulo votos de que os próximos quatro anos sejam, para todos os autarcas, tempo de progresso, de bem-estar e de diálogo democrático, tendo em conta, prioritariamente, os que mais precisam de atenção e da disponibilidade de todos.
F.M.

domingo, 9 de outubro de 2005

Um poema de Sebastião da Gama

Posted by Picasa Deus sorri Deus sorri…, Deus sorri… É um sorriso triste, às vezes… A uns é um sorriso triste… É um sorriso alegre, a outros, de outras vezes… Feliz o que puder perceber, o sorriso de Deus. Fúteis, violados todos os mistérios, que o sorriso de Deus tudo esclarece. Meus olhos nítidos, olhai: Em que mistérios creis ainda? Que verdades ainda vos escapam? Que nuvem ou que sombra vos empece, se o sorriso de Deus tudo esclarece e até à flor das nuvens e das sombras vai sorrindo? In "Cabo da Boa Esperança"