quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dia Mundial do Turismo - 27 de setembro


(Imagem da rede global)

Comemora-se hoje, 27 de setembro, o Dia Mundial do Turismo, celebração que foi estabelecida na terceira conferência da Assembleia Geral da OMT (Organização Mundial do Turismo), que decorreu em Torremolinos, Espanha, em setembro de 1979. Assim reza a Wikipédia 
Da história desta celebração não importa dizer mais nada, de minha conta, porque, para mim, o mais pertinente será valorizar todos os momentos que dedicamos à procura de outras terras e outras gentes, desfrutando as belezas naturais, as riquezas civilizacionais e o encontro com povos diversos. 
Infelizmente não sou grande turista, na verdadeira aceção do termo. Bem gostaria de poder viajar, sair do meu ambiente natural, mas a verdade é que por aqui me vou ficando ao sabor das marés do nosso mar e da nossa ria, ao jeito de quem espera que as águas e os ventos me refresquem a imaginação e me proponham sonhos lindos. Até lá, gozando a vida como posso  e com o que tenho, vou planeando a tal viagem tantas vezes pensada. 
Bons passeios para todos os meus leitores e amigos. 

FM 

No centro da vida da Igreja, sempre Cristo, a Palavra


Por António Marcelino



«Foi longo o tempo em que o contacto com a Palavra de Deus, por parte do povo cristão, foi escasso. A Igreja de Roma temia adulterações na Bíblia e dificultava as traduções. Praticamente só tinha acesso à Bíblia o clero, mesmo assim o mais erudito, porque escasseavam as traduções, e a leitura, em grego ou latim, não era fácil. O Concílio encontrou o terreno preparado, porque o movimento bíblico, de cariz renovador, foi ajudando a descobrir o valor da Sagrada Escritura. Pode dizer-se que o passo definitivo que levou a Bíblia ao Povo parte da constituição conciliar.»
Em novembro de 1965 foi publicada a constituição conciliar sobre a Divina Revelação, com o título “Dei Verbum” ou a “Palavra de Deus”. Não foi um documento pacífico e exigiu, logo no início, uma decisão do Papa João XXIII, sem a qual seria difícil avançar. Roma tinha preparado um esquema a seu gosto e fez tudo para o impor. Outros bispos, atentos ao que se passava na Igreja e no mundo, derrubaram os sonhos romanos, para tornar possíveis horizontes novos e urgentes na Igreja. E João XXIII decidiu. O texto dos romanos foi retirado. O documento conciliar demorou a ter a sua redação final. O esquema retirado entrara na aula conciliar logo no primeiro mês. 

14.º aniversário do Google


O Google celebra hoje o seu 14.º aniversário, razão mais do que suficiente para o homenagear, ou não fosse este motor de busca, e não só, o mais utilizado no mundo. Penso que não haverá no universo quem o não utilize, tanto para estudar e para se divertir, como para se encontrar com outras civilizações. Sendo certo que nem tudo é perfeito, e o Google também o não é, a verdade é que se nota um permanente esforço na melhoria das informações que presta a toda a gente. Exceto, claro, nos países ditatoriais e fechados ao mundo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Os números e as pessoas



«(...) as medidas destinadas a acorrer ao desemprego — "o maior flagelo social do país", nas palavras do Ministro de Estado e das Finanças — serão pouco eficazes perante a gravidade do problema. As reações de espanto dos responsáveis governamentais e dos membros da Troika face ao agravamento deste fenómeno denotam uma preocupante desadequação do seu pensamento económico à realidade económica do país. Exige-se de quem governa, agora como sempre, mais atenção à realidade e menos enfeudamento a ideias pré-concebidas.»

“Igreja Matriz do Bunheiro”




“Igreja Matriz do Bunheiro” é um livro de Sara Vidal Maia, com a informação inicial de que se trata de um trabalho que faz parte de um “Seminário de Licenciatura em História de Arte — Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra”. 
Na Introdução desta obra, a autora lembra que «A Igreja Matriz do Bunheiro sobreviveu ao longo de vários séculos». Diz que este trabalho «pretende compreender a História e a Arte deste edifício, o que ele acolhe e o que com ele, de uma forma ou de outra, se encontra relacionado». 
Refere Sara Vidal Maia que, «por ter passado por séculos de história da freguesia, tornou-se numa referência para o orgulho deste concelho murtoseiro, e, acima de tudo, transformou-se num exemplo louvável de arte sacra local». 
“Igreja Matriz do Bunheiro” apresenta dois Prefácios. Um do Doutor Nelson Correia Borges, que orientou a tese de licenciatura da autora, e outro de Monsenhor João Gonçalves Gaspar, que fez a revisão dos textos. 
Afirma Nelson Borges que Sara Maia «introduz-nos na história do templo e das sucessivas transformações por que foi passando». E acrescenta: «Socorrendo-se de adequadas ilustrações, analisa todo o património artístico, realçando o seu valor cultural.»

Dia Europeu das Línguas: 26 de setembro


Por Maria Donzília Almeida



O dia 26 de Setembro é consagrado às línguas europeias desde 2001. A Europa encerra um verdadeiro tesouro linguístico: 23 línguas oficiais e mais de 60 línguas regionais ou minoritárias, além das línguas faladas pelas pessoas de outros países e continentes que vivem na Europa. Para chamar a atenção para este imenso património linguístico, a União Europeia e o Conselho da Europa tomaram a iniciativa de comemorar o Ano Europeu das Línguas em 2001. 
Falar línguas estrangeiras, no mundo globalizado, em que vivemos, é uma mais-valia para o exercício da cidadania, de forma ativa e participada, pois tal não se circunscreve, hoje, às fronteiras nacionais. 
A aprendizagem de línguas estrangeiras é um pré-requisito essencial para o acesso ao conhecimento e um fator favorável à mobilidade pessoal e profissional. Para além do domínio da língua materna, a capacidade de comunicar em outras línguas é, no mundo interdependente em que vivemos, um fator de aproximação entre os povos e o seu desenvolvimento à escala mundial. Além disso, o domínio de competências de comunicação em várias línguas, potencia o alargamento da nossa mundividência, pois permite o acesso a outras culturas, outros valores, modos de viver e pensar. 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A nossa gente: Gabriel Ribau Nunes

Gabriel Ribau Nunes


Um viúvo que aceita a vida tal como ela é 


Gabriel Ribau Nunes, 81 anos, natural da Gafanha da Nazaré e aqui residente, no lugar da Marinha Velha, viúvo há quatro anos, partilha neste número do Timoneiro um pouco da sua longa e muito preenchida vida. 
O Gabriel celebrou o seu casamento aos 23 anos com Maria Cecília Gandarinho, sensivelmente da mesma idade, sua quase vizinha e amiga desde tenra idade. Tiveram cinco filhas, duas das quais faleceram, uma com quatro aninhos e outra, a Maria da Luz, com 49 anos. As outras filhas, casadas, residem perto de si. É por isso muito fácil estar com qualquer delas a qualquer momento. 
Recorda, com natural dor, o sofrimento que a morte da esposa lhe causou. Um vírus estranho foi o causador. A mágoa enche-lhe o coração, porém, nunca se queixou às filhas nem aos netos. «Mas elas perceberam», confidenciou-nos.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sonata de outono

Por José Tolentino Mendonça 



E o outono vai-se instalando. A princípio nem parece uma estação. É quase um estado de alma, este tempo assim um pouco vago, em declive delicado, com a chuva ainda rala (mesmo se em alguns dias chega por aí aos tropeções) e o vento que parece um miúdo a aprender a assobiar. Olhamos com íntima estranheza para a brevidade destes primeiros dias, dos quais já não nos lembrávamos. Nas árvores, as folhas tremeluzem, indecisas e iluminadas, transmutadas em incríveis tonalidades. Os frutos têm perfume e sabores densos, tão diferentes daqueles que se saboreiam no verão. 
Lembro-me de um poema de Miguel Torga, que gosto de pôr a tocar como uma pequena sonata de outono: 

O que é bonito neste mundo e anima,
é ver que na vindima
de cada sonho
fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura que se não prova
se transfigura
numa doçura
muito mais pura
e muito mais nova

sábado, 22 de setembro de 2012

Bento XVI no Líbano

Por Anselmo Borges,
no DN



As circunstâncias podiam não aconselhar a viagem do Papa ao Líbano. Por um lado, o conflito sangrento - 27 000 mortos - na Síria, com o risco de reabertura de tensões no próprio Líbano, já com combates em Trípoli. Por outro, a violência dos radicais no mundo islâmico, indignados com um vídeo de um extremista copta americano -Inocência dos Muçulmanos -, ridicularizando Maomé.

Mas a Bento XVI, que tem o sentido de missão e do dever, não faltou coragem, aproveitando precisamente o momento tão delicado da região, para levar aí a mensagem da paz e encorajar os cristãos a não abandonar o Médio Oriente, onde o seu número tem caído constantemente ao longo do último século, podendo o cristianismo desaparecer. Como disse ao Público o antigo arcebispo católico de Argel H. Teissier - ele sabe por experiência de que é que está a falar -, "é nas situações de tensão que a Igreja deve estar presente, mesmo que tenha de assumir riscos para tentar anunciar a sua mensagem de paz, de respeito recíproco."

Dia Europeu sem Carros: 22 de setembro

Por Maria Donzília Almeida

Arranque


É um regalo na vida 
À beira d’água morar! 
Quem tem sede vai beber 
Quem tem calma vai nadar! 

Ouvia este aforismo popular, da boca da mãe, quando esta se sentia invadida por um sentimento de gratidão ao Criador, pelo privilégio de morar neste local tão pitoresco. 
Na verdade, hoje sinto-me como peixe na água, por morar aqui mesmo, neste dia que se comemora. 
Por um lado, posso refrescar-me nas revitalizantes águas deste Oceano Atlântico, pois as temperaturas cálidas perduram, neste verão que se mantém na meteorologia, embora se tenha despedido no calendário. Por outro lado, posso fazer uma das coisas que me dá imenso prazer, que é o simples ato de andar de bicicleta. Nesta planície imensa que é a zona das Gafanhas, pode circular-se com toda a comodidade e há imensa gente a fazê-lo, não só por mero desporto, mas também como meio de transporte. Hoje, a bicla está na mó de cima!

Um serviço aos outros com sentido e dimensão


Por António Marcelino

«Paróquia que não se abre aos leigos ou que os aprecia apenas pelo serviço que prestam no templo, é paróquia que perde a sua fisionomia de comunidade eclesial e empobrece cada ia no seu esforço de evangelização. Certamente que também os leigos não podem deixar de ter obrigações para com o padre e a comunidade. Um serviço por vocação, a tempo pleno, não dispensa as manifestações de respeito, acolhimento, amor e compreensão, ajuda concreta dos leigos para com o seu pastor.»

Ser Primeiro

Por Georgino Rocha



Aspirar a ser o primeiro faz parte da natureza humana e cultiva-se durante a vida. Os discípulos de Jesus conversam animadamente sobre este assunto nos caminhos da Galileia. A conversa chega à discussão. O episódio ocorre numa circunstância especial. Jesus tinha-lhes dito, mais uma vez, que o percurso que ia seguir para realizar a sua missão não era o da ostentação gloriosa, mas o da cruz, da morte indigna, da ressurreição feliz. Esta declaração confunde-os. Não era assim que sonhavam o trajecto do Messias para a victória.

Jesus acolhe a perplexidade em que os discípulos se encontram. Reconhece que ser o primeiro é importante. Pretender alcançá-lo é legítimo. Mas, ser o primeiro em quê e para quê? As intenções dos discípulos não coincidem com o propósito de Jesus. É preciso clarificar o assunto e reencaminhar a aspiração. E, como bom mestre, recorre à pedagogia do exemplo. Toma uma criança, coloca-a no centro do grupo e abraça-a. Depois esclarece o alcance do seu gesto.

Ontem como hoje, ser o primeiro na disponibilidade para acolher e dialogar, na atenção e no serviço, sobretudo aos pequeninos da sociedade ( feridos da vida, excluídos, proscritos, ignorados). Ser o primeiro na capacidade de colocar o outro como centro da sua vida e das suas preocupações. Ser o primeiro em reconhecer a grandeza da simplicidade e a riqueza do amor de doação. Ser o primeiro na alegria de viver e na firmeza da esperança. Ser o primeiro na partilha de bens e no testemunho da felicidade.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Mas porquê tanta obsessão com consumo?

Por Camilo Lourenço, no Negócios

 Não há "bicho careta" neste país que não critique as medidas de austeridade por causa do efeito que têm sobre o consumo. 

Segundo esta corrente, não se pode reduzir o consumo porque acelera a contracção da economia. Que por sua vez gera desemprego, que por sua vez faz cair as receitas dos impostos, agravando o défice. É estranho que nem os mais informados insistam nesta "fixação". Porque têm obrigação de saber que o nosso ajustamento tem de passar pela quebra do consumo. Não há volta a dar: com PSD e CDS no poder, com PS no poder ou com qualquer outro partido. Quando não se tem rendimento para financiar o consumo, que é o que se passa em Portugal (e passou-se nos últimos dez anos), a solução é só uma: reduzi-lo.

Dia Internacional da Paz: 21 de setembro

Por Maria Donzília Almeida


Eu só quero viver em paz e usufruir do que Deus nos deixou no mundo, 
não preciso de riquezas materiais para ser feliz. 
Apenas quero sentir o que Deus nos fala em nossos ouvidos 
em um simples soprar do vento

Bob Marley

Desde 2007, aquando da minha visita à Terra Santa, que a palavra hebraica Shalom, passou a integrar o meu léxico, no que concerne ao tema em epígrafe. Muito mais que significar Paz, é um termo muito abrangente, utilizado pelos israelitas para uma saudação fraternal, para uma despedida, para um acervo de situações. E, quando refere a paz, esta tem uma outra dimensão. É aquele sentimento de plenitude, de bem-estar, de harmonia, ambicionado por qualquer mortal.
“Eu quero paz” ou “Deixa-me em paz”, são expressões recorrentes no nosso discurso quotidiano, que traduzem o desejo de qualquer habitante da terra, de encontrar esse estado de pacificação interior, em oposição ao ambiente de agitação e stress em que habitualmente vivemos.