quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Natal




A LUZ DA CRIAÇÃO

Foi do fulgor imemorial,
E vindo quase do nada,
Que o mundo se animou
Numa nova alegria criada
Pela simplicidade maternal
Do nascimento do Salvador.

Um anjo deu a novidade
Na lapinha silenciosa:
A paz reinaria inteira,
Depois dessa virtuosa
Noite de claridade
Ser de todas a primeira.

E os pastores de lida apressada
Logo foram em direção
À cidade reconhecida
Ver a maravilha da criação.
E assim fizeram dessa jornada
A aurora da nova vida.



Hélder Ramos

Notas
1. Poema publicado no Timoneiro de dezembro;
2. Foto do meu arquivo, registada num Cortejo dos Reis da Gafanha da Nazaré.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Dia Internacional da Solidariedade



No âmbito da Comemoração do Dia Internacional da Solidariedade, a Câmara Municipal de Ílhavo vai realizar, no próximo dia 20 de dezembro, entre as 15 e as 17 horas, um conjunto de ações entre as quais um Worshop de Risoterapia, no Fórum Municipal da Maior Idade. Esta atividade pretende fundamentalmente sensibilizar para ações de solidariedade imaterial, com recurso a dinâmicas de grupo interativas e conta com a presença de Fernando Batista, sendo dirigida a toda a Comunidade.
O Fórum Municipal da Maior Idade, localizado na Rua D. Fernando, no antigo Jardim de Infância da Cale da Vila, na Gafanha na Nazaré, tem como objetivo principal propiciar condições favoráveis para o envelhecimento ativo e para a solidarização entre gerações.

Fonte: CMI

A festa antecipada do Natal

Mensagem do Bispo de Aveiro

Natal Jubilar
António Francisco dos Santos


Tem rosto pequenino, olho vivo, cabelo preto e farto, como todas as crianças da sua etnia, aquele menino, que uma funcionária da Instituição aconchegava ternamente ao seu regaço de mãe.
Foi a última criança a chegar nesta noite para a oração inicial que fizemos, antes da ceia de convívio, à volta da mesa recheada e decorada a gosto para a festa antecipada de Natal.
O Abraão, assim se chama este menino lindo, frágil e pequenino, tem 16 dias apenas, tantos quantos este advento. O Abraão é a criança mais nova daquela instituição da Igreja onde, semana a semana ou mês a mês, chegam crianças, que não tiveram lugar em berços de família ou casa em hospedarias da cidade.
Sabemos que a mãe do Abraão teve de recorrer a uma instituição porque foi abandonada pelo marido e não consegue sozinha cuidar do filho mais velho, que é deficiente, e do mais pequenino, que agora nasceu. Por isso desprendeu-se do mais saudável para cuidar do mais doente. São assim as nossas mães! Sempre mais próximas dos filhos que mais precisam!

Natal sem música


Passei pelo Fórum há dias e não senti a alegria do Natal. Estava habituado a apreciar os enfeites natalícios ao som de lindas melodias que, mesmo repetidas com cadência regular, nunca nos cansavam. Desta vez, naquele dia, o silêncio, ao jeito de luto, imperava. A crise até na simples música gravada fez questão de acompanhar as bolsas sem o peso de euros. Pode ser que no próximo Natal tudo volte à normalidade.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Velho Tronco

Para os menos jovens sentirem 
que ainda enfeitam a paisagem humana




Natal


Natal 

Outro Natal.
Outra comprida noite
De consoada,
Fria,
Vazia,
Bonita só de ser imaginada.


Que fique dela, ao menos,
Mais um poema breve,
Recitado
Pela neve
A cair, ao de leve,
No telhado. 

Miguel Torga

Diário, 
S. Martinho de Anta, 24 de dezembro de 1975

Óbidos Vila Natal

Para acabar em beleza as atividades letivas




Para acabar em beleza, as atividades letivas, nada melhor que uma visita à encantadora Vila Natal, situada em Óbidos. Um dia solarengo foi a moldura meteorológica que prenunciava uma viagem de sucesso. O sol brilhava, baixo, sem grande poder calorífico, mas aquecia a alma. A paisagem de outono oferecia-se, aos nossos olhos, sedentos da tranquilidade, como um calmante, nos tons quentes, vermelhos, acobreados e castanhos. 
A vila medieval de Óbidos conduz-nos, nesta quadra natalícia, a um mundo mágico e encantador que envolve a festa do nascimento do Menino Jesus. Com decorações e cenários coloridos, onde impera a imaginação, é recriada, para os mais novos, a mística do Natal.
Por toda a parte, existe animação com teatro de rua, marionetes, em atuações sucessivas e com adereços muito apelativos.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A festa do Menino Jesus anima a nossa comunidade


Cortejo dos Reis — 12 de janeiro 


O nosso Menino Jesus


A festa do Menino Jesus vai realizar-se na nossa paróquia no dia 12 de janeiro, um pouco depois do que era habitual, por razões compreensíveis, que se prendem com a programação da unidade pastoral constituída pelas paróquias das Gafanhas da Nazaré, Encarnação e Carmo. Este ano, por isso, os cortejos foram agendados para os dias 5 de Janeiro (Encarnação), 12 (Nazaré) e 19 (Carmo).
Seja em que dia for, porém, a festa do Cortejo dos Reis, que tem por tema de fundo o nascimento do nosso Salvador, é sempre uma bela expressão da religiosidade do nosso povo, alicerçada no espírito comunitário que desde o início da ocupação dunar tem perdurado.
O Menino Jesus, pela candura que irradia, merece bem este cortejo e tudo quanto o envolve, nomeadamente, os autos que lhe estão associados, os cânticos natalinos, a alegria vivenciada por todos os participantes e as prendas que são, indubitavelmente, uma expressão de amor e de carinho. 
O Cortejo dos Reis apresenta-se, este ano, com uma inovação, já que a partida, com o anúncio do Anjo de que nasceu o Salvador, não será em Remelha mas na Igreja da Cale da Vila, que tem por patrono São Pedro, pelas 8.30 horas. Tudo o mais continuará como dantes. Os preparativos já começaram, com a organização dos mais diversos grupos que hão de apresentar-se com os seus carros enfeitados, carregados de presentes, e com o ensaio de músicas e cantares para animar o povo. E para além dos grupos, não faltarão os jovens de todas as idades que, vestidos à moda antiga, marcarão uma presença significativa, ou não merecesse o Menino tudo isto e muito mais.


Liberdade

«Aqueles que negam a liberdade 
aos outros não a merecem»


Abraham Lincoln,
1809-1865, 16.º Presidente dos Estados Unidos

no PÚBLICO de ontem

Natal

Ilustração de João Batel



Presépio

Nesta noite
De tanta acalmia interior
Fico-me a olhar o presépio
Absorto, por certo maravilhado.
Brota em mim um enlevo da inocência
Que julgava já perdida,
O sol já se escondeu.
O silêncio estreme
Convida-me a aproximar da fronteira do sonho.
Fico pasmado com tamanha transparência
Da cristalina doçura daquele menino risonho.

AH!
Só uma criança pode sorrir assim…,
Na imaculada pureza original.
Olhar para o mundo,
E crédulo,
Dar-se para O humanizar.

Apetece-me soerguê-lo das palhas
E levá-lo para longe do mundo, comigo
Para juntos passearmos no jardim da primavera
Não para falarmos de poderosos nem reis
Nem chorar penas das guerras, ou do medo que
já era

Ou da fome das crianças,
Ou da pomba do mundo substituída por feroz
fera.
Mas da chama de um novo sonho que remoça
Que nos leve à reconquista da distância
O mar, o mar de novas areias, o mar das ilusões
Navegar é preciso…
Para encontrar a alma de um mundo novo:
Ser Povo
De novo.


Senos da Fonseca


Em “MARESIAS”    

domingo, 15 de dezembro de 2013

O advento da terceira Igreja

A Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO de hoje

Frei Bento Domingues


1. Nasci numa época em que muito do clero português cultivava mais o medo do pecado do que o amor da virtude. A sua pregação – sobretudo a dos padres da vinagreira – estava centrada na ameaça do inferno e a confissão oscilava entre um precário alívio, a tortura e o escrúpulo.
As insólitas atitudes do Papa Francisco, a forma e o fundo da sua Exortação Apostólica recusam fazer da fé cristã uma tristeza. Estão a irritar não só a alta finança, mas também os movimentos que tentam recuperar esse tipo de práticas religiosas – contra o Vaticano II –, com o auxílio de eclesiásticos vestidos e calçados a preceito.
Estamos no Domingo da Alegria, como se todos os Domingos não fossem para celebrar a Páscoa, a vitória sobre a morte. Não foi por acaso que o Papa sentiu necessidade de recordar o que esquecemos e está escrito para sempre, em S. João: isto vos escrevemos para que a vossa alegria seja completa 1) – Evangelii Gaudium.


Uma conversa com Deus




"Uma conversa com Deus" saiu na Revista do EXPRESSO deste fim de semana. É uma entrevista muito bem conseguida, na minha modesta opinião,  em que José Tolentino  Mendonça ousa interrogar  Deus sobre diversos assuntos. E diz no final da conversa: «Quando me desafiaram a fazê-lo, comecei a construir imediatamente uma estratégia: iria falar das conversas de outros com Deus. Na tradição mística, por exemplo, abundam colóquios, êxtases, arrebatamentos, visões... O meu plano era falar disso, escondendo-me confortavelmente atrás desses exemplos. Mas percebi depois que não tinha qualquer saída, pois esperavam que este texto fosse construído  com perguntas e respostas. A única coisa que considerei então sensata foi arquitetar um texto em que as perguntas fossem respondidas dando lugar a perguntas maiores. Foi o que tentei e não sei se consegui. É mais fácil conversar com Deus sem outros ouvidos a ouvir.»




Conversando com Deus não se dá pelo tempo...



Como é que Deus se pode contar? Se é que se pode contar... 

Falem de mim por aquilo que vos está mais próximo, é a melhor maneira Oiçam as crianças e os poetas. Oiçam as montanhas, os oceanos. Oiçam as árvores e as folhas de erva. Um poeta escreveu: «Creio que uma folha de erva não vale menos do que a jornada das estrelas,/ E que a formiga não é menos perfeita.../ E que o sapo é uma obra-prima para o mais exigente,/ E que a vaca ruminando com a cabeça baixa supera qualquer estátua,/ E que um rato é milagre suficiente para fazer vacilar milhões de infiéis». Ele tem razão.

Mas falar de Deus assim, dessa forma tão próxima, também confunde... 

Gosto de observar a vossa irrequíetude. Nada vos parece suficiente. Nada serve como definitivo. Pergunto-me, por vezes, se isso é defeito ou feitio.

E chega a alguma conclusão?

(Rindo-se) Uma das vantagens de ser Deus é não precisar de chegar a sítio algum, porque já estou em toda a parte.

Ler tudo aqui 


Natal à Beira-Rio


É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
a trazer-me a água da infância ressurrecta.

Da casa onde nasci via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
que ficava, no cais, à noite iluminado...

Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra me envolvia
mais da terra fazia o norte de quem erra.

Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
à beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
precisam de Jesus, do Mar, ou de Poesia?

David Mourão-Ferreira

sábado, 14 de dezembro de 2013

Natal




Natal

Nem pareces o mesmo,
Deus menino
Exposto
Num presépio de gesso!
E nunca foi tão santa no teu rosto
Esta paz que me dás e não mereço.

É fingida também a neve
Que te gela a nudez.
Mas gosto dela assim,
A ser tão branca em mim
Pela primeira vez.


Miguel Torga

Aveiro com o melhor bolo-rei do país

Texto e foto do JN

Pasteleiros de Flor de Aveiro

"Flor de Aveiro até passa despercebida, talvez por ficar nos arredores de Aveiro. Mas é só até à entrada. A partir daí, percebe-se os motivos que levaram à conquista do título de melhor bolo-rei do país."

"Mora em Aveiro a pastelaria que faz o melhor bolo-rei do país. O júri de 18 elementos do Concurso Nacional de Bolo-Rei Tradicional Português atribuiu a medalha de ouro à Flor de Aveiro. Os jurados avaliaram, em prova cega, 23 amostras de bolo-rei e de outros doces de Natal (ler caixa). A competição decorreu na última semana, em Santarém, e foi organizada pelo Centro Nacional de Exposições e pela Qualifica."

Li no JORNAL DE NOTÍCIAS


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Congresso da Oposição Democrática em Aveiro

Pacheco Pereira no PÚBLICO:

No 40.º aniversário do Congresso 
da Oposição Democrática em Aveiro


Participei, em conjunto com algumas centenas de pessoas, nas comemorações do 40.º aniversário do Congresso da Oposição Democrática ocorrido em Aveiro em 1973.

Fazia parte de um número mais pequeno de presentes, que tinha estado no próprio congresso em 1973, tendo assistido ao seu decorrer e terminado, como muitos outros participantes, na manifestação proibida a correr pelas ruas de Aveiro junto com os cães do Capitão Maltês e da polícia de choque. Recordo-me da garagem onde muitos se refugiaram e de ter acabado num telhado dumas casas térreas junto ao canal na rua paralela nas traseiras da Avenida Lourenço Peixinho. Era o habitual.

Só os poetas...

«Só os poetas estão por dentro dos dias e das noites e ouvem o silêncio das mil tessituras. Só eles veem as rosas a abrir e as raízes perdidas no húmus — minadas ou vigorosas.»

Cecília Sacramento 
No livro “Apenas uma luz inclinada

Francisco: a alegria do Evangelho (2)

Anselmo Borges


O Papa Francisco é hoje, senão a figura mundial mais popular, uma das mais populares e influentes. Como escrevi aqui na semana passada, a sua recente exortação apostólica "A alegria do Evangelho", em que traça os caminhos fundamentais do seu pontificado, foi objecto de imenso interesse e análise por parte dos media mundiais de referência. E fizeram-no sobretudo na parte dedicada à situação económico-financeira e social do nosso mundo.



“Ide contar o que vedes e ouvis”


IDE CONTAR A JOÃO

Georgino Rocha 


Assim começa a resposta que Jesus dá aos enviados de João. “Ide contar o que vedes e ouvis”. João estava na cadeia onde chegam notícias contrastantes com o que havia anunciado. E tem dúvidas, como é normal. Quer esclarecer e procurar a verdade. Não deixa que a cadeia lhe aprisione o espírito nem limite a liberdade. Não deixa adormecer a pergunta inquietante nem se inibe face ao preconceito que mina a confiança. Fiel a si mesmo, honesto e decidido, quer saber e encarrega os seus discípulos de buscarem a resposta desejada. Que belo exemplo nos dá!

O contraste é claro. João anuncia o reino prestes a chegar e urge a conversão com palavras duras, metáforas de amedrontar as “raças de víboras”, invectivas fortes aos palradores que “dizem e não fazem”, ameaças terríveis de castigos iminentes, apelos gritantes ao arrependimento e à correspondente mudança de atitudes. O “juízo de Deus” vai iniciar-se.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Natal - Eram os convidados de honra


«A noite de Natal. A ceia. A aproximação do acontecimento, a repetição sempre apetecida, igual e nova, o diferente que pairava e nos invadia e ficava a agitar-nos como um vento bom. A grande sala de jantar repensada desde os primeiros dias de Dezembro, limpa do tecto às frinchas do soalho, sob a fiscalização da Avó, que já sabia de cor os sítios mais vulneráveis, entre as frinchas que iam de lado a lado, ao comprido das tábuas, na juntura, muito penetradas pela piaçava, rija, a escovar o mais fundo possível, metia-se a vassoura no balde, esfregava-se-lhe o sabão, “é preciso que a água com o sabão entre abundante na frincha e seja arrastada com o rasar da piaçava, para com ela vir todo o lixo”, dizia ao ensinar, depois o pano apanhava-o, depois passava-se por água limpa, constantemente renovada, o pano limpava, por fim, muito espremido, e a madeira ficava repousada, amarelinha e seca, quase. Esta, a última fase da limpeza, todo o resto fora metodicamente executado de cima para baixo e, por fim, podia-se respirar o ar cheiroso a lavado fresco.


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

NATAL

NATAL: Uma Alegria que vem de dentro


Não recorras ao que já sabes do Natal,
mas coloca-te à espera
daquilo que de repente em teu coração
se pode revelar

Não reduzas o Natal ao enredo dos símbolos

tornando-o um fragmento trémulo sem lugar
no concreto da vida

Não repitas apenas as frases que te sentes obrigado a dizer

como se o Natal devesse preencher um vazio
em vez de o desocultar

Não confundas os embrulhos com o dom

nem a acumulação de coisas com a possibilidade da festa:
o que recebes de graça
só gratuitamente poderás partilhar

Cuida do exterior sabendo que ele é verdadeiro

quando movido por uma alegria que vem de dentro

Uma só coisa merece ser buscada e celebrada, uma só:

o despertar de uma Presença no fundo da alma

Por isso o Natal que é teu não te pertence

Só a outro o poderás pedir.

José Tolentino Mendonça


NOTA: Publica no Semanário Ecclesia

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Um dia no Hospital de Aveiro

A Lita já está em casa a olhar a vida



Ontem, 11 de dezembro, foi um dia para esquecer. Uma queda de minha mulher, a Lita, num estabelecimento comercial de Aveiro, levou-a a ser tratada nas Urgências do Hospital Infante D. Pedro. Ainda necessitou de ser observada no Hospital de Coimbra, mas, felizmente, já está a descansar em casa. Um dia cheio de preocupações que deu para perceber que a solidariedade não é sentimento vão. O proprietário do estabelecimento apressou-se a ir ao Hospital e telefonou-me depois com compreensível  pena pelo que se passou, oferecendo os seus préstimos para o que fosse necessário.  A solidariedade existe, de facto, a vários níveis, mas raramente é notícia. O normal da bondade humana, mesmo no que diz respeito a servidores públicos, nomeadamente, médicos, paramédicos e demais funcionários, passa-nos ao lado. Mas ela existe, realmente.
Ontem vivi, de lado, a azáfama dos corredores das Urgências, com macas por todo o lado, sem que tenha havido qualquer catástrofe a justificar a afluência de doentes, sobretudo idosos, uns esperando pacientemente a sua vez de serem atendidos, outros impacientes,  e um até gritou, bem alto, que estava vivo!
Penso que todos sonhamos e exigimos médicos e enfermeiros ao nosso lado e na hora de uma dor cuja causa não descortinamos. Mas isso não é possível. Haverá médicos e enfermeiros a menos para o volume de doentes que recorrem aos serviços de saúde, mas o que contemplei foi um ambiente de entrega absoluta, cuidada, atenta, responsável e até com sorrisos animadores na face sobrecarregada de trabalho. Também contemplei gente que protesta por tudo e mais alguma coisa, em jeito de descontentamento,  talvez motivado pela angústia. Porém, nem assim, os funcionários deixaram de  acolher todas as pessoas com solicitude. 
Infelizmente, o bem é normalmente não-notícia,  e qualquer falha, por mais simples que seja, ocupa na comunicação social espaço em caixa alta e letras gordas. Acho que todos teremos de reformular, pela positiva, a nossa visão do mundo em que vivemos. Mundo cheio de coisas boas que, na balança de pratos iguais, vão muito ao fundo, subindo em flecha a realidade das coisas más. Estarei a ser injusto? Julgo que não.
Com a Lita combalida, mas já por aqui a olhar a vida, até me apeteceu ouvir a IX Sinfonia de Beethoven. Grande música para um feliz momento.
Muita saúde para todos.

Fernando Martins



terça-feira, 10 de dezembro de 2013

José António Pinto deixa medalha no Parlamento

UMA LIÇÃO DE COERÊNCIA

José António Pinto deixou esta tarde na Assembleia da República a medalha de ouro comemorativa do 50º aniversário da declaração Universal dos Direitos Humanos, que lhe tinha sido entregue como reconhecimento pelo seu trabalho no Porto. O assistente social da Junta de Freguesia de Campanhã afirmou que trocava a medalha por outro modelo de desenvolvimento económico. A sala irrompeu em palmas e ainda ouviu José António Pinto instar os governantes a estancarem "imediatamente este processo de retrocesso civilizacional que ilumina palácios, mas ao mesmo tempo deixa pessoas a dormir na rua".

Porto de Aveiro aposta na ligação a Espanha

Ligação ferroviária do Porto de Aveiro a Salamanca
é necessidade imperativa



«O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Pedro Saraiva, defendeu, em Coimbra, que a ligação ferroviária entre o porto de Aveiro e Salamanca é uma "necessidade imperativa".
Pedro Saraiva falava depois de ter participado numa reunião do Conselho Regional do Centro (CRC), durante a qual foram debatidos os "eixos" e "domínios" do plano de ação da região, no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio, a vigorar entre 2014 e 2020, no valor de cerca de 20 mil milhões de euros.
Embora se tenha escusado a comentar projetos concretos, pois ainda faltam "contributos" e os cinco "eixos de atuação" e 19 "domínios de intervenção" que sustentam a estratégia regional estão em discussão pública (entre 11 e 31 de julho), o presidente da CCDRC salientou que aquela ligação é apontada como essencial pela generalidade das entidades e pessoas que participaram na discussão sobre a aplicação de fundos europeus na região, no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio.»

Frio no Natal

"Ande o frio por onde andar, pelo Natal cá vem parar"


"Deus lhe pague"



Quanto não vale um cunhado…

“Em São Paulo, um transeunte passou mal na rua, caiu e foi levado para o serviço de de emergência de um hospital particular, pertencente à Universidade Católica, administrado totalmente por freiras.
Lá, verificou-se que teria que ser urgentemente operado do coração, o que foi feito com total êxito. 
Quando acordou, ao seu lado estava a freira responsável pela tesouraria do hospital e que lhe disse prontamente: 

- Caro senhor, sua operação foi bem sucedida e o senhor está salvo... Entretanto, há um assunto que precisa de sua urgente atenção: Como o senhor pretende pagar a conta do hospital ?

E a cobrança começou...

- O senhor tem seguro-saúde? 
- Não, Irmã.
- Tem cartão de crédito? 
- Não, Irmã. 
- Pode pagar em dinheiro? 
- Não tenho dinheiro, Irmã.

E a freira começou a suar frio, antevendo a tragédia de perder o recebimento da conta hospitalar !
Continuou com o questionamento;

- Em cheque então, o senhor pode pagar ? 
- Também não, Irmã.
A essa altura, a freira já estava a beira de um ataque. E continuou...
- Bem, o senhor tem algum parente que possa pagar a conta? 
- Ah... Irmã, eu tenho somente uma irmã solteirona, que é freira, mas não sei se ela pode pagar. 

A freira, corrigindo-o disse:
- Desculpe que lhe corrija senhor, mas as freiras não são solteironas, como o senhor disse. Elas são casadas com Deus !!! 

- Ah! Magnífico! Então, por favor, mande a conta pro meu cunhado!

E assim nasceu a expressão: 

"Deus lhe pague"

NOTA: Enviado pela Orquídea Ribau, para vivermos este dia com humor sadio. Depois da crise, poderemos rir com mais gosto. 

Nossa Senhora, ao luar...



Nossa Senhora, ao luar

Nossa Senhora, ao luar,
toda cheiinha de luz,
põe-se a embalar, a embalar
o seu Menino Jesus.

E Nossa Senhora canta
para o adormentar;
mas a Mãe, que o mundo espanta,
tem vontade de chorar.

Entanto o lindo Menino
quere  lua, a rabujar…
Sente que o reino divino
é lá na terra do luar!


Afonso Lopes Vieira

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Ainda e sempre Mandela




«Está na hora de voltarmos a ouvir, uma vez que seja. os Special AKA e o grito que tantos ecos despertou: Free Nelson Mandela! Depois, já em silêncio, vale a pena pensar como um recluso resistente, mitificado ou não, deu lugar a um homem que nunca prescindiu dos princípios e da ideologia, nunca trocou palavra com o preconceito, nunca olhou de cima para ninguém. Nem para os seus carrascos. Mesmo agora, diminuído pelo tempo, pelas sevícias, pelo desgaste, ouvia-se a sua voz, mesmo que não precisasse de falar. Não há insubstituíveis, pois não - mas há "os que lutam uma vida inteira, e esses são os imprescindíveis". Obrigado pelas lições contínuas. Que descanse em paz e que outros aproveitem os caminhos que rasgou, a bem de todos.»

João Gobern Sotto-Mayor

Li aqui 

domingo, 8 de dezembro de 2013

Diocese de Aveiro relançada na missão

Celebração deste domingo 
reuniu cerca de oito mil cristãos em Aveiro

Bispo de Aveiro

Cerca de oito mil cristãos da Diocese de Aveiro responderam à convocação e marcaram presença no Dia da Missão, que decorreu, em Aveiro e que teve o ponto alto na Eucaristia celebrada no Parque Aveiro-Expo, na qual foi lida a mensagem que o Papa Francisco escreveu à Diocese e onde se evocou a passagem do 7. aniversario do início do múnus episcopal de D. António Francisco em Aveiro.
Logo pela manhã, mais de quatro mil pessoas reuniram-se em diferentes pontos da cidade e aí fizeram a oração da manhã. Depois, em caminhada festiva e animada, dirigiram-se para um ponto comum onde D. António Francisco e o presidente da Câmara de Aveiro descerraram uma placa evocativa dos 75 anos da Restauração da Diocese junto ao barco composto por 101 pedaços representando cada uma das paróquias.

O discurso do método do Papa Francisco

Frei Bento Domingues



1. O Papa está a tornar-se a referência dos que precisam de energia espiritual para resistir à idolatria do dinheiro, à tirania dos mercados, à especulação financeira, à economia que mata, às políticas que consideram os doentes e os velhos um estorvo e o desemprego uma fatalidade.
Como não há coragem, nem dentro nem fora da Igreja, para o mandar calar de vez, os seus adversários encomendaram a jornalistas e comentadores de serviço, a sua desvalorização: este Papa não diz nada de novo; repete o que está dito e redito, desde o séc. XIX, na Doutrina Social da Igreja, não passa de um populista.
Os desconsolados com o Papa Francisco não são contra a solidariedade. Sabem o que fazer para que nunca haja falta de pobres. Insuportável é o método do seu discurso e actuação: convocar toda a Igreja a olhar este mundo a partir dos excluídos, mudar o centro da sua missão para a periferia e organizar-se a partir daí.

Deus na criança




DEUS NA CRIANÇA

Silêncio! Não vês? — Repara:
A manhã fez-se mais clara…

Silêncio! Devagarinho …
Cuidado com as pedras do caminho…

Silêncio! Não fales… Não…
Deixa-me ouvir bater o coração…

Silêncio! Todo o Universo
Está ali — dentro dum berço!

Além… Não vês que dorme uma criança?
Silêncio!

É Deus que descansa.

Miguel Trigueiros,


no livro “Deus”

sábado, 7 de dezembro de 2013

Câmara de Ílhavo atribui Bolsas de Estudo



A Câmara Municipal de Ílhavo aprovou Bolsas de Estudo Municipais para o ano lectivo 2013/2014. Candidataram-se à atribuição 53 Alunos, tendo sido atribuídas 25 Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Secundário e do Ensino Superior residentes no Município de Ílhavo, correspondendo 10 a novas Bolsas e 15 a renovações (Alunos a quem foi atribuída Bolsa no ano anterior e que mantiveram o nível de aproveitamento escolar). O montante da Bolsa varia entre 51,13 euros e 102,25 euros, consoante se trate de um Aluno do Ensino Secundário ou do Ensino Superior.
Congratulo-me com a decisão da CMI de continuar a atribuir bolsas de estudo, sobretudo numa época muito difícil para as famílias de fracos recursos. Para os beneficiados, as bolsas implicam um redobrado esforço no sentido do aproveitamento escolar. Estou convencido que todos saberão reconhecer que tem de ser assim. 

Noite de Natal

NOITE DE NATAL 

Como esse mar onde mal chega o rio,
Como esse poço onde mal sopra o vento,
Aqui me tens, negando o lume e o frio,
E cego e surdo ao próprio pensamento.

Como esse mar onde mal chega o rio,
Como esse poço onde mal sopra o vento.
Não haveria quem sonhe à minha beira
E, ao menos, longe em longe me sorria?

Às vezes cuido que na terra inteira,
Já ninguém sente regressar o dia.
Não haverá quem sonhe à minha beira
E, ao menos, longe em longe me sorria?

Areia. Pó. Um charco e uma parede,
Tudo confundo: a sombra, o medo, a luz.
Nem lágrimas. Porquê? Morro de sede.
É esta a noite – E vai nascer Jesus.

Pedro Homem de Melo


In “Natal… Natais”

NOTA: Ilustração do Google

Diocese de Aveiro: Dia da Missão




Hoje é o Dia da Diocese de Aveiro 


Um dia de festa e de alegria é o que se espera este domingo em Aveiro com o Dia da Missão. Toda a diocese está convocada para uma jornada festiva que tem o ponto alto na Eucaristia presidida por D. António Francisco, no Parque Aveiro-EXPO, às 11h30 e que será transmitida no canal de TV online da diocese.
Milhares de cristãos, vindos das 101 paróquias da diocese congregam-se em diferentes pontos da cidade e realizam caminhadas festivas até ao lugar onde vai ficar colocado o barco da Missão Jubilar como monumento a recordar os 75 anos da Restauração da Diocese.
"Um dia eu vou... Hoje é o dia!" é o slogan desta jornada que começará pelas 9h e terminará pelas 16h30 com a palavra de encerramento do bispo diocesano.


Padroeira e Rainha de Portugal

Reflexão de Georgino Rocha
para o dia da Imaculada Conceição 




SEJA FEITO O QUE DEUS QUER

A resposta de Maria ao convite/apelo que Deus lhe faz, por meio do enviado celeste, para ser a mãe de Seu filho condensa-se neste “seja feito o que Deus quer”. É resposta de entrega total, após diálogo esclarecedor que vence medos, dissipa dúvidas, gera certezas e rasga horizontes de felicidade. É resposta de sintonia perfeita e de inserção plena no projecto de salvação que, desde há muitos séculos, estava em curso. É resposta de confiança absoluta na fidelidade de Deus às promessas da aliança outrora celebrada. É resposta envolvente de quem, como Maria, se coloca nas mãos de Deus e quer servir, livre e generosamente, os agraciados e amados por Ele, a humanidade toda.

Francisco: a alegria do Evangelho (1)

Crónica de Anselmo Borges


Precisamente com este título - "A alegria do Evangelho" -, Francisco acaba de publicar o seu primeiro grande texto, na forma de exortação, que foi objecto de referência e análise por parte dos media em todo o mundo e nomeadamente dos principais diários mundiais, como o The New York Times, o Wall Street Journal, The Guardian, Le Monde, El País. Viram nele, e com razão, o programa do pontificado de Francisco, com duas partes: uma que diz respeito à renovação no interior da Igreja, outra referente à missão da Igreja perante a situação económico-financeira e social do mundo. Centro-me hoje na primeira, ficando a segunda para o próximo sábado.

"A alegria do Evangelho" não é uma redundância? De facto, a própria palavra Evangelho (do grego, "eu angélion") significa notícia boa, felicitante. Mas Francisco quer sublinhar isso mesmo e, por outro lado, sabe que, como denunciou Nietzsche, o que, de facto, muitas vezes, a Igreja transmitiu, por palavras e obras, foi um Disangelho, uma notícia má e causadora de infelicidade.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Para mudar o mundo


"A educação é a arma mais poderosa que pode ser usada para mudar o mundo."


Nelson Mandela (1918 - 2013)

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Diocese de Aveiro em festa

Dia da Memória - 11 de dezembro

D. João Evangelista


«O Papa Pio XI restaurou a Diocese de Aveiro pela bula “Omnium Ecclesiarum”, assinada a 24 de Agosto de 1938. Pertenceu ao senhor D. João Evangelista de Lima Vidal, que nesse mesmo dia fora nomeado Administrador Apostólico da Diocese recém-restaurada, executar esta bula a 11 de Dezembro desse mesmo ano. É por isso este o dia oficial da restauração da nossa Diocese.
Queremos, assim, no próximo dia 11 deste mês de Dezembro, lembrar todos os diocesanos numa grande celebração de acção de graças na Sé de Aveiro, às 19 horas. Convido e convoco toda a Diocese para esta celebração.
Na nossa existência cristã, temos bem presente a Igreja que somos na sua dimensão peregrina, purificadora e triunfante. Sabemos que a nossa fé acontece a partir do testemunho dos que nos precederam na vida e na fé. É por isso que neste dia queremos fazer memória de todos esses cristãos que nos legaram o dom da fé e trilharam antes de nós o caminho das bem-aventuranças.
Numa união de compromisso e de sonhos, entendemos fundamental saber dizer obrigado por tudo o que recebemos. A gratidão é virtude humana e por isso mesmo cristã. Queremos dizer obrigado pelo dom recebido desta Igreja que somos e por todas as vidas e testemunhos de leigos, consagrados, diáconos, presbíteros e bispos, que já partiram ao encontro de Deus: “Um dia vou dizer obrigado…Hoje é o dia!”»

Da Mensagem à Diocese de D. António Francisco

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Morreu Nelson Mandela

Texto-base e foto do jornal  PÚBLICO 

O primeiro Presidente negro da África do Sul morreu nesta quinta-feira, anunciou o presidente sul-africano. O líder da luta anti-apartheid tinha 95 anos.




«Nelson Mandela foi um homem de gestos. Como este: apenas aceitou sair da prisão quando recebeu garantias de que todos os outros prisioneiros políticos seriam libertados como ele. O advogado e activista acreditou na luta pela libertação de todo um povo. Depois de 27 anos preso, foi eleito o primeiro Presidente negro na África do Sul. O seu legado vai muito além do seu país e do tempo em que viveu. Morreu nesta quinta-feira, com 95 anos, na sua casa em Joanesburgo.»

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NOTA: Nelson Mandela foi um lutador pela liberdade, pela justiça e pelos direitos humanos. Perseguido, preso e  humilhado, nunca foi derrotado e muito menos vencido. Os seus ideais haveriam de triunfar sobre um sistema político racista, terrivelmente injusto e inaceitável em pleno século XX. Com a vitória, Mandela impôs-se como homem justo e capaz de perdoar. Foi esta faceta que mais apreciei. A sua humanidade, a sua simplicidade e o testemunho de político que não espera honras fizeram de Mandela  um herói universalmente estimado. Para mim, Nelson Mandela é um verdadeiro Santo Laico, com direito a figurar nos altares dos nossos corações.


ORIGENS DO NATAL



Os primeiros dados históricos relativos à festa do nascimento de Jesus Cristo remontam ao ano 336, em Roma. A eles estão ligados dois acontecimentos determinantes: o Édito de Milão, em 313, pelo qual o imperador romano Constantino deu liberdade de culto aos cristãos, e a existência de uma festa pagã, iniciado por Aureliano, no ano de 274, a 25 de dezembro, em que, por ocasião do solstício de Inverno, se divinizava o sol, comemorando-se o seu “nascimento”. 
Na Igreja do Oriente, o Natal, como manifestação ou “Epifania” de Jesus, celebra-se no dia 6 de janeiro. A solenidade da Epifania passou para o ocidente nos finais do séc. IV, pretendendo-se celebrar a vinda dos magos, a consequente manifestação de Jesus Cristo como senhor de todos os povos, luz do mundo. 
Os textos bíblicos não especificam o dia ou mês do nascimento de Jesus. Segundo a tradição captada por São Lucas (2,4-7), o nascimento de Jesus aconteceu em Belém de Judá, a terra do rei David, de cuja linhagem era José, o esposo de Maria. 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Familiares dos políticos sem direito à privacidade

Alguns órgãos de comunicação social não têm respeito nenhum pela privacidade dos familiares dos políticos. Tratam-nos como se eles fossem responsáveis pelos erros dos que exercem ou exerceram cargos governamentais. Que eu saiba, os pais nada têm a ver com os comportamentos dos seus filhos e o contrário também é verdade. Desta vez, um jornal vem para a praça pública com dívidas da mãe do antigo primeiro-ministro Sócrates.
Subscrevo o que disse Helena Sacadura Cabral...


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O nosso Menino Jesus



Eu sei (todos sabemos) que para viver o espírito de Natal não será preciso esperar por dezembro. Mas temos de convir que a época nos ajuda. E muito. Falo por mim.
A vida nem sempre nos permite valorizar a beleza e a candura do Menino-Deus. Agitados, feridos pela vida, comodistas ou simplesmente adormecidos perante o bom e o belo, nem nos damos conta de que é urgente parar, olhar e contemplar, ao ritmo de cada um, a mensagem que Jesus nos deixou, sem perturbar a nossa liberdade. 
Hoje, também sem querer perturbar os ideais seja de quem for, aqui deixo a foto do Menino Jesus que estará, em pleno, na minha tebaida de trabalho. Reparem que está vestido a rigor, que a minha mulher, a Lita, não gosta que alguém passe frio.
Bom Natal para todos, com o calor da nossa alegria.

Diabruras do Scott


Scott com a galinha
Olá, amigos!

Há muito tempo que não dou um ar da minha graça, o que poderá levar a pensar que ando adoentado, triste, cabisbaixo! Nada disso! Continuo de boa saúde e cheio de energia. Tenho disso para dar e vender, se alguém estivesse interessado em energia canina! Se ainda fosse eólica ou nuclear... aí outro galo cantaria!
Continuo a minha vidinha de cão mimado, cheio de mordomias da minha dona, que acha que me estraga com mimos! Será para se compensar pela perda do meu antecessor que segundo ouço dizer, era um verdadeiro gentleman e lhe deixou imensas saudades?
Dizem que morte de cão se cura com pêlo de ouro cão e a minha dona sempre atenta e fiel à sabedoria popular, cumpriu o aforismo.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A nossa gente: Valdemar Aveiro



Neste mês de dezembro dedicamos a rubrica “a nossa gente” ao Capitão Valdemar Aveiro cuja coleção de fotografias, que deu origem à Exposição “Mares e Marés”, está patente no Museu Marítimo de Ílhavo, com entrada gratuita.
Valdemar Aveiro nasceu em Ílhavo, a 19 dezembro de 1934, no seio de uma família de pescadores.
Terminada a instrução primária, começou a trabalhar como aprendiz de barbeiro. Passados dez meses empregou-se numa oficina de serralharia e, mais tarde, na construção civil.
Em 1950, então com 15 anos, concorreu à Escola Profissional de Pesca em Lisboa, onde frequentou um curso de formação técnico profissional, ministrado aos futuros pescadores de dori. Durante o curso ganhou uma bolsa de estudo que lhe permitiria mais tarde tirar o Curso Geral dos Liceus e seguir depois para a Escola Náutica. Entretanto fez uma viagem à pesca do bacalhau, na condição de Moço, a bordo do lugre motor “Viriato”, da praça de Lisboa.


Advento

ADVENTO

Vem à terra dos homens, Deus da luz!
Vem, que Te esperamos de coração exausto,
em vigília de esperança, branca e fria.

Vem — não tardes! —
e abre as portas que estiverem cerradas.
Entra na penumbra de nossas casas
inundando-as com a frescura da tua brisa.
Traz o sol novo da tua promessa
e perdure o teu clarão irresistível
a iluminar as dobras do nosso coração,
a alisar as resistências da nossa vontade.

Que, invocando-Te neste tempo róseo,
seja o teu advento a bênção renovada,
a aliança e o banquete,
o ouro, a prata
e o mel perfumado dos pobres,
o leite dos que possuem saúde frágil,
a boa notícia de última hora dos mais tardos.

Vem habitar e transformar
o nosso tempo de consumos e desvarios,
Deus, que em Jesus Te revelaste,
Pai, que no Filho reconhecemos
e adoramos.

Eugénio Beirão
Em “Invocação de Deus”


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Banco Alimentar agradece generosidade

NA CAMPANHA DE RECOLHA DE 30 DE NOVEMBRO E 1 DE DEZEMBRO





«Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram em Portugal, no passado fim-de semana, 2.767 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada em 1.895 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Oeste, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, S. Miguel, Viana do Castelo, Viseu, Terceira e Madeira.
Os resultados surpreendem pela solidariedade que os portugueses voltam a demonstrar, continuando - e apesar das grandes dificuldades económicas para muitas famílias portuguesas - a apoiar de forma tão significativa uma iniciativa em que acreditam e que os mobiliza, destinada a minorar as carências alimentares com que muitos dos seus concidadãos se debatem.
“Queremos agradecer vivamente a todos os doadores, voluntários e empresas que apoiaram esta campanha, que quiseram mais uma vez dizer “presente” e demonstrar que com um pequeno gesto podem fazer a diferença", afirma a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.»


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Neste Natal




Neste NATAL

Neste Natal quero armar uma árvore
dentro do meu coração
E nela pendurar, em vez de presentes,
Os nomes de todos os meus amigos.
Os amigos antigos e os mais recentes.
Os amigos de longe e os amigos de perto.
Os que vejo em cada dia e os que raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que às vezes ficam esquecidos.
Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que sem querer eu magoei ou sem querer me magoaram.
Os meus amigos humildes e os meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Muito especialmente aqueles que já partiram
e de quem me lembro com tanta saudade.
Que o Natal
permaneça vivo em cada dia do ano novo.
E que a nossa amizade seja sempre uma fonte de luz e paz
em todas as lutas da vida.



 De autor desconhecido;
publicado na Revista Xis,

no Natal de 2003

V Jantar de Confraternização

Antecedido de missa especial

A confraternização anual dos Ex-Acólitos da Gafanha da Nazaré decorreu no passado sábado, dia 30 de novembro, em ambiente festivo e muito animado pelas constantes surpresas que um encontro assim proporciona. 
Os elementos que responderam à chamada participaram na evocação especial dos acólitos já falecidos, integrada na celebração eucarística vespertina, na Igreja Matriz da Gafanha da Nazaré, em que também foram lembrados aqueles antigos acólitos que se encontram distantes da sua terra natal. Apesar dos compromissos profissionais e familiares, a organização conseguiu juntar à mesa o mesmo número de elementos da primeira ceia, maioritariamente representativos da geração dos anos 80 e 90. 

domingo, 1 de dezembro de 2013

O advento inesperado

Sem a participação activa das mulheres 
não há Igreja de Jesus Cristo

Bento Domingues



1. Hoje, é o primeiro Domingo do Advento, um tempo dedicado a preparar a celebração do nascimento de Jesus. A selecção de leituras bíblicas está feita, os cânticos escolhidos. É previsível o que será dito nas homilias. Se alguma surpresa surgir só poderá vir do Papa Francisco.
Tinha acabado de escrever este parágrafo, quando me telefonaram do Diário de Notícias a pedir um primeiro comentário à Exortação papal Evangelii Gaudium. Acabava de chegar de Ponta Delgada, onde tinha ido participar naXIX Semana Bíblica Diocesana. Cheguei sem saber absolutamente nada acerca dos últimos atrevimentos do Bispo de Roma que, como li depois, se confessa aberto a novas sugestões, pois não se deve esperar do magistério papal uma palavra definitiva ou completa sobre todas as questões que dizem respeito à Igreja e ao mundo (16). 
A crónica que tinha preparado era provocada pelo crescimento dos nossos multimilionários e pelos da ilha Hainan (China), nas suas faustosas e ridículas exibições. Um deles, Xing Libin, gastou no casamento da filha, 8.455 milhões de euros, e além desta miséria só lhe ofereceu seis Ferraris. Esta humilhação, esta ofensa directa ao mundo da pobreza e da miséria enojou-me. A indignação do Papa brota da mesma fonte donde vem a sua alegria: a intimação do Evangelho a mudar as comunidades católicas e o mundo.
Esta tentativa de mobilização de toda a Igreja para uma evangelização nova é também o enterro do estilo rançoso que, vindo de muito antes, lançou e acompanhou, durante anos, a chamada “nova evangelização”.
Não resisto a transcrever algumas passagens deste longo documento - nunca enfadonho - sobre o tema que eu tinha destinado para esta crónica. Tentarei, em breve, partilhar outra leitura deste conjunto de notas franciscanas unidas pela alma que em todas palpita e dá ritmo ao conjunto.
A necessidade de resolver as causas estruturais da pobreza não pode esperar (202).

ADVENTO

NATAL: Ponto de partida para uma vida nova



Inicia-se hoje o Advento, período para ser vivido no sentido de espera e na certeza da chegada de Jesus que vem rejuvenescer a nossa fé. A fé não é estática e definitiva; é caminhada de crescimento na convicção de que culminará no encontro com a plenitude de Deus. 
Neste meu espaço pretendo enriquecer todos os dias com motivos que alimentem aquele crescimento, venham eles de onde vierem e tenham a expressão que tiverem. Em prosa ou poesia, em fotografia do real e do imaginário, em gestos de partilha do bem e do belo, de coração aberto à dinâmica do espírito, de tudo um pouco que nos fale do amor, da paz, da liberdade, da justiça e da fraternidade. Sempre até ao Natal de Jesus que nos trouxe a humildade como ponto de partida para a construção de um mundo renovado e solidário. 
Já sei que não faltará quem diga que Natal é quando o homem quiser, o que pressupõe que é discutível a abordagem do tema em época própria. Não acredito tanto nessa máxima. Mas acredito que os dias com data fixa servirão para nos levar a pensar no essencial da felicidade que sonhamos, mas da qual andamos desligados quantas vezes por futilidades e projetos sem sentido. 
Bom Advento para todos, com um Natal que seja ponto de partida para uma vida nova.