quinta-feira, 15 de março de 2012

Pouco trigo e muito joio no campo de todos nós

Texto de António Marcelino
No Correio do Vouga desta semana


Hoje, de tudo se faz notícia. Factos reais leem-se com olhos vesgos. Orquestra-se um bombardeamento contra pessoas que cometem erros comuns a todos nós. A rua enche-se com protestos telecomandados, onde sobressai o farisaísmo de quem comanda, mas recolhe a mão e esconde o rosto. Há meios de comunicação social que obedecem a interesses de lóbis, e estão pejados de gente superficial e incompetente, a quem é mais fácil dobrar a cerviz do que cultivar-se, pensar, avaliar e comunicar.
O paradigma nacional é o futebol, onde, cada vez mais, vale tudo, no campo, nos estúdios e nas redações. Os políticos são o bombo da festa. Parece que ser político é crime julgado na praça pública, pelo que se faz e não se faz, pelo que se diz e não se diz. Alguns, é verdade, são gente ambiciosa e de memória curta. Estão na política como gaiatos ambiciosos e quezilentos. Mas há gente muito séria, competente e indispensável. Não falta, porém, neste país, quem se arvore em juiz sem apelo, olhando apenas na direção dos outros e assestando sobre eles o ponto mira das suas armas: o microfone, a caneta e a língua viperina. Só eles e os seus são sempre os mais honestos e válidos.
Portugal está pobre, sobretudo por uma crise de pessoas. Assim, é inevitável o jogo sujo que permite semear joio e nada, neste campo de todos nós.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ginástica Rítmica da Casa do Povo em destaque




Beatriz Fernandes em atuação 

Atletas de Ginástica Rítmica da Casa do Povo da Gafanha da Nazaré participaram em mais um Campeonato Distrital de 1.ª Divisão e Encontro de Minis e Infantis. Este encontro teve lugar no passado domingo, dia 11 de março,  em Aveiro, no pavilhão da Escola Secundária  Dr. Jaime Magalhães Lima,  e foi organizado pela EGA (Escola Rítmica de Aveiro).
A Casa do Povo apresentou a concurso três ginastas do escalão de minis —  Adriana Monteiro, Inês Pereira e Rosa Ramos —, que competiram em movimentos livres e em corda,  e uma ginasta do escalão de esperanças  —  Beatriz Fernandes, em movimentos livres, corda, maças e bola.
Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios, uma vez que todas as ginastas em competição subiram ao pódio: Rosa Ramos obteve o 2.º lugar em movimentos livres e o 1.º em corda; Adriana Monteiro obteve o 2.º lugar em corda; Inês Pereira obteve o 3.º lugar em corda e Beatriz Fernandes obteve o 3.º da classificação geral, 2.º lugar em maças e 3.º lugar em corda.
 Em relação à ginasta do escalão de esperanças – Beatriz Fernandes, esta irá participar na prova de apuramento para o Campeonato Nacional de 1.ª divisão, a realizar em Coimbra, no último fim de semana de março.

Einstein

Texto de Maria Donzília Almeida



“Os ideais que iluminaram 
o meu caminho são a bondade,
 a beleza e a verdade”. 

Einstein


Nasceu no dia 14 de março de 1879, na cidade de Ulm, região alemã de Württemberg, no seio de uma família judaica. 
Este génio do século XX teve uma infância solitária. Isolava-se para ler e ouvir música, não participando nos desportos coletivos. Einstein sempre demonstrou grande aptidão para a compreensão dos conceitos matemáticos. Com 12 anos de idade, aprendeu sozinho Geometria Euclidiana e, quando a sua família se mudou para Milão em 1894, dedicou-se à leitura de inúmeros livros de ciências. "O Livro Popular das Ciências Naturais", escrito por Bernstein em 1869, é considerado como uma das obras que mais o marcou na sua juventude.

terça-feira, 13 de março de 2012

ESPAÇO PARA A AUTENTICIDADE

Texto de José Tolentino Mendonça




Gosto, mas gosto muito, que a primeira palavra de Jesus no Evangelho de João seja uma pergunta (e seja aquela pergunta): “Que procurais?” (Jo 1,38). Consola-me ir percebendo que o que sustenta a arquitetura dos encontros e dos desencontros que os Evangelhos relatam é uma espécie de coreografia de perguntas, um intenso tráfico interrogativo, construído a maior parte do tempo a tatear, sem saber bem, com muitas dúvidas, muitos disparos ao lado, muita incapacidade até de comunicar. Isso é uma âncora, por muito que nos custe, pois uma vida só assente em respostas é uma vida diminuída, à maneira de uma primavera que não chegou a ser. Não sei como vai rebentar em nós a primavera, como se vai acender este reflorir que a natureza insinua, este renascer que o gesto pascal de Jesus espantosamente (res)suscita na nossa humanidade. Sei apenas que nas perguntas, mesmo naquelas que são difíceis e nos estremecem, reencontramos a vida exposta e aberta, certamente mais frágil, mas a única que nos permite tocar as margens de uma existência autêntica.

segunda-feira, 12 de março de 2012

TAIZÉ, um lugar de paz e de contemplação



É sempre muito agradável saber que alguém se lembra de nós em lugares e circunstâncias especiais. Foi o caso de um amigo que esteve recentemente na Comunidade de Taizé, França, para mais uma curta estada de reflexão e oração, num ambiente propício ao encontro com o Deus de todos os dons. Disse-me ele, num postal que me ofereceu, que se lembrou de mim e da minha família junto à campa do Irmão Roger, o fundador daquela comunidade ecuménica que atrai constantemente gentes de todo o mundo em busca da paz que a vida agitada nos nega nem deixa que se instale nos nossos corações. 
Com os meus agradecimentos, quero também dizer quanto gostaria de passar uns dias em Taizé, onde nunca tive a oportunidade de ir, mas de que ouço falar com frequência a tantos que foram marcados indelevelmente pelo espírito ecuménico de que muitos falam por falar, unicamente na semana de oração pela unidade dos cristãos, desavindos há séculos, numa evidente negação do que é estar em sintonia com a mensagem evangélica. 
Taizé tem a particularidade de levar à prática, no dia a dia, de forma simples, serena e acolhedora, o valor da proximidade necessária e possível, entre cristãos e não cristãos, sem discussões teológicas nem lutas pelo poder. 
O silêncio, tanto quanto vou sabendo, promove a contemplação e leva ao milagre da conversão, única maneira de testemunhar, com verdade, o Cristo Salvador. 

Fernando Martins

Moliceiros - A Memória da Ria

Um livro de Ana Maria Lopes 


Ana Maria Lopes, conhecida especialista em temas marítimos e lagunares, em permanente pesquisa e divulgação de tudo quanto, nessas áreas, nos diz respeito, vai lançar uma nova edição de Moliceiros – A Memória da Ria, no próximo dia 24, sábado, pelas 16 horas, no Auditório do Museu Marítimo de Ílhavo
A obra conta com prefácio de Senos da Fonseca, outro especialista destas matérias e recentemente galardoado com o prémio   "Almirante Sarmento Rodrigues - 2011",  pelo seu trabalho Embarcações que tiveram berço na Laguna.
A apresentação do livro de Ana Maria Lopes vai ser feita por José António Paradela, esperando-se, por tudo o que disse, que os ilhavenses saibam marcar presença.
daqui, deste meu recanto, felicito a autora, incansável obreira da nossa cultura, formulando votos de que possa continuar a enriquecer-nos a todos.

Ver aqui 

domingo, 11 de março de 2012

PORTO DE AVEIRO E MUSEU DA CIDADE SELAM PARCERIA



O Museu da Cidade de Aveiro e a Administração do Porto de Aveiro (APA, S.A.) assinaram, este sábado, 10 de Março, um acordo de parceria tendente a potenciar a valorização e difusão dos bens patrimoniais existentes nas duas entidades através da realização de um programa de iniciativas conjuntas.
O acordo, assinado por Maria da Luz Nolasco (Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Aveiro) e por José Luís Cacho (Presidente da APA, S.A.), rege as iniciativas e actividades de cariz cultural, educativo e lúdico realizadas pelas duas partes nas instalações de cada uma delas e com recurso a bens e equipamentos de ambas as partes.

Ver aqui

- Posted using BlogPress from my iPad

Recordando Dona Gracinda dos Correios



Hoje recordei, aqui, Dona Gracinda,  que trabalhou nos Correios da Gafanha da Nazaré 37 anos. Trata-se de  uma singela mas necessária homenagem.

Como Funciona o Vaticano?

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO de hoje

Não será altura de mudar, 
de alto a baixo, 
o funcionamento do Vaticano?


/Clicar na imagem para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 281


PITADAS DE SAL – 11 


AS ALFAIAS 

Caríssima/o: 

Não é novidade para ninguém que o homem adapta engenho e arte à procura de soluções que o ajudem a enfrentar e a resolver os problemas que a sua actividade profissional lhe vai colocando. Também os marnotos tiveram que inventar alfaias, “utensílios ou artefactos usados na salinagem”, ou então adaptar outras (da lavoura, da apanha do moliço, da construção naval, da pesca,...). 
Quem trabalhou ou acompanhou de perto esta arte, viu que “cada alfaia tem uma função específica, supõe gestos precisos no seu manuseamento, é construída com determinada matéria...” 
Muitos destes utensílios eram fabricados pelos próprios marnotos ou pelos moços ou encomendados a “artistas” a quem davam indicações para que o resultado final estivesse adaptado à função (trabalhar moliço ou lamas, ou rer o sal,...) e ao trabalhador (mais ou menos alto...). 
A grande maioria era feita de madeira, com um ou outro elemento de metal ou de plástico, pelo que a sua duração era muito limitada. 

Poesia pare este tempo



Fonte: Caderno ECONOMIA do EXPRESSO

sábado, 10 de março de 2012

MAR ATACOU PRAIA DA BARRA

Texto e foto Diário de Aveiro de hoje



«O mar avançou mais uns metros durante o ciclo de marés mais altas destes dias e já começou a destruir a primeira frente dunar. O apoio de praia “Offshore”, na praia da Barra (Ílhavo), nunca esteve tão perto da derrocada, como era visível, ontem, no pico da preia-mar da tarde.

Questionado, ontem, pelo Diário de Aveiro, o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Ribau Esteves, disse que está a “acompanhar a situação e a fazer diligências junto do secretário de Estado do Ambiente para uma intervenção de emergência no local”.
Se não houver uma intervenção rápida, o “Offshore” pode não aguentar nas próximas horas, enquanto durar este ciclo de marés-vivas. Só o empedrado colocado em frente tem mantido o apoio de praia em pé, notando-se que em redor o mar consegue avançar, começando a cercar a estrutura.»


- Posted using BlogPress from my iPad

FALAVA DO SEU CORPO

Uma Reflexão de Georgino Rocha


O gesto de Jesus, usando o chicote de cordas para expulsar os vendilhões do templo, seguido de diálogo que pretende ser esclarecedor, provoca tal “confusão” que é preciso o autor do texto vir dizer que “falava do santuário do seu corpo”. E não era para menos. O chicote do Messias, segundo uma expressão rabínica, constitui um símbolo da chegada dos tempos messiânicos: Pela purificação das intenções dos corações e pela reposição da função das coisas que, necessariamente, comportam aflição e sofrimento. 

Ao ver o espetáculo do que acontecia – o mercado havia dominado o glorioso Tempo de Jerusalém – enche-se de coragem e liberta os sentimentos mais impulsivos e vibrantes. E segue-se a ação demolidora das mesas de comércio, o menosprezo pelo dinheiro e a expulsão dos cambistas, a retirada dos animais e das aves. “Não façais da casa de meu Pai um covil de ladrões” – adianta como exortação e denúncia.

Ciência, Espiritualidade e Justiça

Texto de Anselmo Borges,
no DN

Leandro Sequeiros


Quando se fala da Igreja e do mundo, há, à partida, um equívoco fundamental: a Igreja e as pessoas na Igreja querem dialogar com o mundo, como se também elas não fossem mundo. Ora, há um só mundo, no qual vivemos todos. Os cristãos também vivem neste único mundo, mas a partir da perspectiva do Deus revelado em Jesus Cristo. E dialogam com os outros, dando e recebendo luz, na procura comum da verdade e do sentido.

O equívoco alarga-se e aprofunda-se com o perigo de os "quadros" da Igreja - padres, bispos, papa - poderem viver dentro de um mundo muito artificial: de modo geral, nascem dentro de famílias católicas tradicionais, são formados em ambientes fechados, seguem uma carreira sem riscos, não vivem intensamente o que constitui o grosso das preocupações das pessoas: emprego, filhos, casa...

sexta-feira, 9 de março de 2012

GAFANHA DA NAZARÉ: DIA MUNDIAL DA POESIA






- Posted using BlogPress from my iPad

AVEIRO: MUSEU ARTE NOVA ABRE PORTAS


Museu Arte Nova: Entrada das traseiras



O Museu Arte Nova abriu portas no passado sábado, numa sessão que contou com várias pessoas: membros do Executivo Municipal, técnicos responsáveis pelo projeto e pessoas interessadas em conhecer o novo espaço.
Durante o mês de março, as entradas são gratuitas para que todos os aveirenses e visitantes tenham oportunidade de visitarem este espaço que homenageia a Arte Nova. De segunda a sexta-feira, das 9.30 às 18.00 horas, com interrupção na hora de almoço, e ao sábado e domingo, das 14.00 às 18.00 horas, o Museu Arte Nova apresenta-se com vários elementos desta corrente artística.
No primeiro piso está instalada um mapa que identifica a Rede Arte Nova composta por 28 edifícios, a Sala de Chá e a Sala de Música. No segundo andar está patente a Galeria dos Artistas Arte Nova, a Sala dos Arquitetos de Aveiro, a exposição interpretativa e auditório. No último piso está reservado um espaço para exposições temporárias e um centro de investigação.
Ver mais aqui


- Posted using BlogPress from my iPad

A boneca Barbie: 9 de março

Um texto de Maria Donzília Almeida

Barbie na terceira idade

É apenas mais nova que eu, uma década, nunca brincámos juntas, mas poderíamos ter-nos encontrado nas veredas da vida. Também tive a minha paixão por bonecas que o meu pai se encarregava de satisfazer, a seu tempo, e para a qual os amigos, ainda na era moderna, contribuem! Agora, de porcelana! Somos ambas umas jovens, com sonhos e fantasias sem par! 
No dia 9 de março de 1959, Ruth e Elliot Handler, fundadores da empresa Mattel, apresentaram ao mundo, o brinquedo que revolucionaria a indústria e geraria grande polémica. Ruth Handler e o seu marido Elliot Handler tinham uma filha de nome Barbara e observavam que esta brincava apenas com bonecas bebés quando era criança. Era o seu brinquedo preferido. Quando já era pré-adolescente, seu pai observou que Barbara ainda brincava com as suas bonecas. Então, a sua mãe, Ruth Handler, teve a ideia de criar uma boneca adolescente. O modelo original da Barbie foi baseado numa boneca erótica alemã. O primeiro lote de bonecas Barbie era tão parecido com a boneca original, que a Mattel teve de pagar uma indemnização. 
Encomendada ao designer Jack Ryan, em 1958, a boneca foi lançada oficialmente, na Feira Anual de Brinquedos de Nova York, a 9 de Março de 1959.

A questão do aborto, mais uma vez

No SOL de hoje


quinta-feira, 8 de março de 2012

Homilia, momento privilegiado e de grande sentido pastoral


Texto de António Marcelino
no Correio do Vouga


«Ainda presenciei, na década de trinta, como “menino do coro”, este facto curioso. No momento da homilia, os homens saiam para o adro. A ouvir o padre ficavam as mulheres. Não me recordaria deste quadro singular se não me fosse dado ir à porta da sacristia, a um sinal do padre, tocar uma campainha para chamar, de novo, os homens ao templo…»

Capela Árvore da Vida vence prémio ArchDaily 2011




A capela Árvore da Vida, localizada no interior do Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo, em Braga, venceu o prémio ArchDaily 2011 para o edifício religioso com a melhor arquitetura. 
Os leitores do site que reivindica o estatuto de mais visitado na especialidade deram o primeiro lugar à capela projetada pela empresa Cerejeira Fontes Arquitetos e concluída em 2011.

Ler mais aqui

Dia Internacional da Mulher



Visite  o GOOGLE para ficar a conhecer 
um pouco mais sobre esta homenagem à MULHER

DIA INTERNACIONAL DA MULHER - 8 DE MARÇO

Domingos Cardoso enaltecendo a Mulher

Nada melhor para prestar uma homenagem a todas as mulheres do mundo, que as palavras sábias, eloquentes e pejadas de sentido poético, dum grande Amigo e maior Poeta — Domingos Cardoso.

Maria Donzília Almeida 




8 de Março
SABEDORIA
(Dedicado à minha Mãe)

Sabia
espalhar o estrume,
cavar a terra,
lançar a semente.
Regava o milho,
colhia a espiga,
armazenava o grão.
Mas não sabia quem foi D. Dinis.

Sabia
Apanhar a erva,
Ordenhar as vacas,
Salgar o porco.
Peneirava a farinha,
Tendia a massa,
Cozia o pão.
Mas não conheceu...a padeira de Aljubarrota.

Sabia
caiar a casa,
varrer o chão,
pontear a roupa,
pregava um botão,
vestia-se lavada,
Mas não sabia... escrever a palavra Mulher.

Sabia
Preparar um remédio,
Esconder uma angústia,
Rezar uma oração.
Penteava os filhos,
Aconchegava-lhes a cama
Não comia para lhes dar.
Mas não sabia ler a palavra Mãe.

Domingos Freire Cardoso