sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

CENTRO CULTURAL DA GAFANHA DA NAZARÉ, UM ESPELHO PERMANENTE






Poesia para este dia





O som do silêncio


Devagar, como se tivesse todo o tempo do dia,
descasco a laranja que o sol me pôs pela frente. É
o tempo do silêncio, digo, e ouço as palavras
que saem de dentro dele, e me dizem que
o poema é feito de muitos silêncios,
colados como os gomos da laranja que
descasco. E quando levanto o fruto à altura
dos olhos, e o ponho contra o céu, ouço
os versos soltos de todos os silêncios
entrarem no poema, como se os versos
fossem como os gomos que tirei de dentro
da laranja, deixando-a pronta para o poema

que nasce quando o silêncio sai de dentro dela.

Nuno Júdice

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

VARANDA VIVA NA FIGUEIRA DA FOZ





Numa qualquer varanda, por mais pequena que seja, é sempre possível recriar um ambiente natural, com plantas e aves, à medida do espaço. Vi esta varanda nas Abadias da Figueira da Foz.

Cavaleiro do Apocalipse

Um artigo de João César das Neves

O ensaísta britânico Christopher Hitchens faleceu a 15 de Dezembro. Estranhamente todos os seus obituários na imprensa fizeram questão de sublinhar como o autor morrera bem, rodeado pela família e amigos. Isto não costuma encontrar-se nos elogios fúnebres.
A importância da serenidade do óbito vem de Hitchens ser famoso como líder do "novo ateísmo". Pertencia até aos auto-apelidados "quatro cavaleiros do Apocalipse", com os americanos Daniel Dennett e Sam Harris e o britânico Richard Dawkins (manifestando aliás algum paroquialismo e imperialismo anglófono, ao omitir autores influentes de outras culturas). O traço principal do grupo não é o ateísmo, bastante comum, mas o violento e persistente ataque à religião. O que os marca não é aquilo em que acreditam, mas a insistência em criticar os que discordam. A própria referência aos cavaleiros (no original, como se sabe, peste, guerra, fome e morte) mostra o elemento negativo.

ACONTECIMENTO DESEJADO E ESPERADO

Um texto de António Marcelino

O Concilio Vaticano II foi, no século XX, o maior acontecimento da história da Igreja. Passados cinquenta anos, é importante voltar atrás, ver o que, então, se passou, avaliar os avanços alcançados e, ao mesmo tempo, tentar perceber porque muitas orientações conciliares estão por cumprir, e se nota um lamentável retrocesso em alguns campos pastorais importantes e concretos.
Soube-se que Pio XII já tinha pensado em convocar um concílio. Porém, os influentes da Cúria Romana, que depois se vieram a mostrar como travões nos trabalhos conciliares, levaram-no a desistir desse intento. As razões então aduzidas, traduzem-se nestes pontos: um concílio não é necessário, só viria trazer problemas à Igreja, muitas coisas controladas agora, se tornariam incontroláveis, pela dificuldade de se conseguir uma visão comum com bispos vindos de todo o mundo…

ESTICA-TE ANTÓNIO!

Jorge Wemans apresenta
"Deus vem a público", de António Marujo

"Não sei por que razão aceitei estar hoje aqui a fazer este papel de apresentador. O autor não necessita de apresentação: já são vários os livros da sua autoria que, desde há mais de uma década, temos tido o gosto de poder ler; O livro, em si mesmo, de nenhuma palavra introdutória carece: é uma compilação de algumas das centenas de entrevistas publicadas pelo António Marujo no jornal Público.
Deus, mencionado no título e em que acredito, também não precisa de mim para o apresentar: Ele antecede-me e precede-me – não como a minha má fama –, por ser amorosamente fiel ao mundo e à criatura que criou, mundo e criatura que jamais abandonou ou abandonará, mesmo quando parece terrivelmente ausente e não lhes assiste com a ternura que desloca as pedras, faz parar as engrenagens e renova o horizonte de possibilidades."
Li aqui

ANIVERSÁRIO DA RESTAURAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ÍLHAVO




A Câmara Municipal de Ílhavo assinala amanhã, dia 13 de Janeiro, o 114.º Aniversário da Restauração do Município de Ílhavo dedicando a evocação desta data à sua área geográfica mais a poente: as praias da Barra e da Costa Nova, mais propriamente à sua defesa física da erosão costeira e às intervenções de qualificação urbana e valorização da atividade económica.
PROGRAMA
14.30h – Praia da Costa Nova: Cais dos Pescadores e Parque Desportivo;
15.30h – Praia da Barra: Praceta do Molhe Sul e zona do APC Offshore.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

NICOLAUS STENO HOMENAGEADO PELO GOOGLE




Nicolaus Steno foi, hoje, homenageado pelo Google, através de um doodle que assinala o 374.º ano do nascimento deste cientista e investigador dinamarquês. Steno, que nasceu em Copenhague a 11 de janeiro de 1638, foi pioneiro nos domínios da anatomia e da geologia. Tendo-se tornado um bispo católico, foi beatificado pelo papa João Paulo II, em 1988. 
Após completar a sua educação universitária em Copenhague, viajou pela Europa, entrando em contacto com cientistas e médicos proeminentes. Inicialmente, dedicou-se ao estudo da anatomia, focando o seu trabalho sobre o sistema muscular e na natureza da contracção muscular. Utilizou a geometria para mostrar que um músculo em contracção altera a sua forma mas não o seu volume.

DIA DO CHÁ NA E.B.2/3 DA GAFANHA DA ENCARNAÇÃO




Hoje, decorreu na nossa E.B.2/3, o tradicional, anual e muito desejado Dia do chá. Inicialmente, era designado como “Tea Party”, pela sua conotação britânica, pois era organizado pelo grupo de Inglês. Com a evolução dos tempos, numa nova dinâmica escolar e a junção das Línguas, Português, Francês Inglês e Espanhol, num só Departamento de Línguas, foi alargando os seus horizontes e abarca hoje as várias línguas, lecionadas na escola.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CRISE É TAMBÉM OPORTUNIDADE DE CONSTRUÇÃO




De que falamos quando falamos de crise?
José Tolentino Mendonça
Mais do que uma palavra, “crise” é uma árvore de significados urgentes e incessantes. O modo como hoje empregamos a palavra “crise” vem muito pela via da medicina. Para Hipócrates e depois para Galiano, no século segundo, o momento de crise é aquele momento em que a doença se decide: ou nos precipita na morte ou nos encaminha para a recuperação. A crise é assim o ponto de passagem, o nó de viragem, o instante da transformação.




Um livro de António Marques da Silva e Ana Maria Lopes

Esta é mais uma obra que deve figurar nas estantes 
de todos os que se interessam pelas temáticas 
relacionadas com a nossa Ria de Aveiro



“Bateiras da Ria de Aveiro — Memórias e Modelos” 

Em outubro passado veio a lume mais um livro alusivo às nossas tradições lagunares — “Bateiras da Ria de Aveiro — Memórias e Modelos” —, que saiu das investigações e do labor de António Marques da Silva e Ana Maria Lopes, especialistas nesta área. A edição foi da Câmara Municipal de Ílhavo — Museu Marítimo de Ílhavo, com o apoio da Associação dos Amigos do Museu de Ílhavo. Esta é mais uma obra que deve figurar nas estantes de todos os que se interessam pelas temáticas relacionadas com a nossa Ria de Aveiro, bem como por todos os que apreciam registos do nosso passado ligado às águas que por todos os lados nos circundam, tornando-nos anfíbios, como dizia Raul Brandão. 
Li e reli o trabalho, mas ainda não saltou para qualquer prateleira das minhas estantes, pois ele merece, sem dúvida, ser saboreado com prazer mais uns tempos, para dele usufruir o cuidado e o gosto com que foi elaborado.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

TUDO COMEÇOU NA GRÉCIA E TUDO ACABARÁ NA GRÉCIA?





«"Tudo começou há milênios na Grécia. E agora parece terminar na Grécia, uma das primeiras vitimas do horror econômico, cujos banqueiros, para salvar seus ganhos, lançaram toda uma sociedade no desespero", escreve Leonardo Boff, teólogo e escritor. Segundo ele, "estamos assistindo a agonia de um paradigma milenar que está, parece, encerrando sua trajetória histórica. Pode demorar ainda dezenas de anos, como um moribundo que resiste, mas o fim é previsível. Com seus recursos internos não tem condições de se reproduzir".»
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A VIDA É UM JOGO...






NOTA: De um e-mail que recebi

domingo, 8 de janeiro de 2012

Cortejo dos Reis na Gafanha da Nazaré


Os reis

Muita animação, trajes mais cuidados, 
autos e melodias habituais 

Com uma participação de 60 anos no Cortejo dos Reis, Milu Sardo mostra a alegria de mais uma vez marcar presença, ativa e empenhada, nesta festa do povo da Gafanha da Nazaré, que hoje se realizou. Começou, menina, por influência do pai, Manuel Soares Sardo, já falecido, um grande animador do Cortejo e outras festas da nossa paróquia, nas quais punha em prática a sua arte de carpinteiro e de outros saberes. 
Milu garante que continuará a participar «enquanto tiver vida e saúde», porque ficou com esse «bichinho» para sempre. Como catequista não deixará de motivar as crianças para esta vivência de raízes seculares na comunidade da Gafanha da Nazaré. E sublinha que as crianças da catequese apresentaram, desta vez, um carrinho que representava o presépio.

Milu Sardo

Voltando ao seu pai, recorda que ele foi toda a vida uma «pessoa dedicada à Igreja, procurando fazer coisas que pudessem ser úteis». Para o Cortejo dos Reis, Manuel Sardo fez cinco barcos (moliceiro, saleiro, dóri e outros), maquetes da igreja matriz antiga e do farol, uma marinha com o seu monte de sal e uma padaria, «onde íamos todos a vender pão e que ainda hoje se pôde ver no Cortejo». 
Neste domingo sereno, luminoso e sem vento nem frio, o Cortejo dos Reis seguiu o tradicional percurso, desde Remelha até à igreja matriz, passando pela Cale da Vila, Chave, Bebedouro, Marinha Velha e Cambeia.

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues


TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 272


PITADAS DE SAL - 2



A FEIRA DOS MOÇOS

Caríssima/o: 

Há muitos, muitos anos... 
Assim começam as histórias verdadeiras que vamos inventando. Há aí alguém que não saiba como surgiu a do sal na ria de Aveiro? 
Mais de mil anos se passaram desde a primeira notícia escrita com a doação da nossa “avó” Mumadona. (A primeira referência conhecida a Aveiro data do ano de 959, onde, no testamento da Condessa Mumadona Dias, são legadas salinas em Allavarium.) 
Quer dizer que as marinhas tinham donos (os proprietários) e havia pessoas que nelas trabalhavam: os marnotos, os moços, as mulheres...

Quando, a caminho do Liceu, passávamos na estrada junto das marinhas era certo ouvirmos umas frases , mais ou menos soltas, atiradas contra “esses malandros...”. Eram dos moços que nos “socavam” forte e feio... e nos “convidavam para irmos trabalhar pr'ò sal”! Esqueciam-se que alguns dos nossos companheiros de jornada, se nos distraíssemos, receberíamos como “prémio” o trabalho nas marinhas... 
E afinal como eram contratados estes rapazes?
Normalmente, numa feira, na “Feira dos Moços”:

«Até princípios dos anos oitenta, no dia 25 de Março — data da inauguração da secular Feira de Março — e nalguns Domingos subsequentes, os moços, que pretendiam trabalhar nas marinhas, reuniam-se, nos Arcos e na Ponte Praça — antes desta existir, o local de encontro era a ponte do lado poente —, esperando serem contactados pelos marnotos, que os poderiam contratar para toda a safra, por uma importância a acordar entre as duas partes interessadas, em função dos conhecimentos do trabalho de salinagem e da aptidão física.
O contrato era normalmente ratificado com o tradicional alborque.»
(Diamantino Dias, Glossário-Designações relacionadas com as Marinhas de Sal da Ria de Aveiro, p. 49)

Reflexão para este domingo




EPIFANIA DO SENHOR, A GRANDEZA DO HOMEM
Georgino Rocha

Fica perturbado o estado de ânimo de Herodes ao ouvir a notícia. E com ele os habitantes da cidade de Jerusalém. Nem é para menos! Um cometa a deslocar-se nos céus em direcção ao Ocidente era sinal de catástrofe iminente, de calamidades públicas, de desordem política. Este modo de pensar, de que se faz porta-voz Plínio, o Velho, na sua História Natural, não podia deixar de gerar consternação e pânico. O facto de os magos buscarem o “rei dos judeus” deixa perceber que os desacatos serão grandes e o tempo de Herodes está a expirar. Sobressalto é o mínimo que pode experimentar e a origem da força emocional da acção que vai empreender: aconselhar-se, chamar os mensageiros, dar-lhes indicações precisas, pedir-lhes informações e propor-se seguir os seus passos, logo que possível. Disfarça secretamente o móbil da sua vontade – o de evitar veleidades, matando o potencial candidato a rei – declarando querer ir adorá-lo.

sábado, 7 de janeiro de 2012

POESIA PARA ESTE SÁBADO







No caderno Economia do EXPRESSO

BISPO DE AVEIRO INICIA VISITA PASTORAL A VAGOS




Fonte: Diário de Aveiro

Ninguém sabe exactamente - saberá?- o que se passa


Segurança e insegurança de Mamôn
Anselmo Borges


Talvez nunca como hoje, no meio de uma confusão sem medida nem fim à vista, se tenham utilizado tanto as palavras confiança e crédito, palavras que vêm do mundo religioso. Confiança vem de fides (fiar-se de, confiar, fé) e crédito, de credere (crédito, acreditar, crer, Credo). O que falta e faz falta: confiança e crédito. Mas confiar em quê e em quem? E quem tem crédito e concede crédito?
O pior mesmo é essa falta e a confusão. Ninguém sabe exactamente - saberá?- o que se passa. E, quando não se é capaz de equacionar os problemas, como encontrar a solução? No labirinto, pululam sentenças, palpites, comentários, aldrabices, ataques, adivinhações... Saímos do euro? O euro vai acabar? Uma Europa a duas velocidades? A Europa desmorona-se? E quando se dá o crescimento da economia? Ah!, e os BRIC... E a crise de um mundo pela primeira vez verdadeiramente um só mundo! E um capitalismo selvagem e louco!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

BÊNÇÃO DOS FINALISTAS DA UA

No dia 6 de maio vai ter lugar, na alameda da Universidade de Aveiro, a festa da Bênção dos Finalistas, em cerimónia presidida por D. António Francisco, prelado aveirense.A preparação, necessária, vai começar. Desejo que a participação seja significativa.
Ver aqui

ADORAÇÃO DOS PASTORES



De Gerard Van Honthorst
Para nos recordarmos do nosso Cortejo dos Reis, domingo, 8 de Janeiro, todo o dia. A participação de toda a comunidade é fundamental. Pelo convívio, pela alegria e pela partilha. Mais ainda: pela aproximação e ligação ao Verbo Divino que se fez carne e habitou entre nós

S. GONÇALINHO








TERCEIRO CARDEAL PORTUGUÊS DOS NOSSOS DIAS





Fonte: JN

Painéis cerâmicos: sinais do passado


Na Av. José Estêvão, pode ver-se mais um painel cerâmico que procura preservar, para memória futura, a antiga habitação que foi substituída por um prédio moderno, mais condizente com as necessidades dos nossos tempos. Gostei de perceber o culto que mereceu a velha casa, que  recordará a quem a habitou  ou a conheceu momentos decerto gratificantes.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

DIA DOS REIS MAGOS: 6 de janeiro





OS MAGOS VISITARAM O MENINO 
GUIADOS POR UMA ESTRELA
Maria Donzília Almeida
O Dia de Reis marca, na tradição cristã, o fim da época natalícia, com toda a parafernália de ornamentações e a gastronomia, a ela associadas. É uma quadra de alguns exageros, mas que serve para colorir e dar calor às noites frias de inverno e reunir as famílias, à volta da lareira. O Dia de Reis encerra, assim o ciclo das comemorações e marca uma etapa seguinte na vida das pessoas.
Após o nascimento de Jesus, segundo o Evangelho de São Mateus, surgem os Reis Magos provenientes do Oriente, que o visitaram em Belém guiados por uma estrela.
Esta denominação de Mago tem conotação de sapiência, entre os Orientais, ou designa ainda astrólogos, deduzindo-se, inicialmente, que seriam astrólogos eruditos. Pensa-se isto por se contar que terão avistado uma estrela que os terá guiado até onde Jesus nasceu.

A “Barca dos Apóstolos” no Museu de Ílhavo



A "Barca dos Apóstolos"

A “Barca dos Apóstolos”, que agora reside no Museu Marítimo de Ílhavo, graças à generosidade da família do Tenente Alberto da Maia Mendonça e esposa Maria Casimira Gomes da Cunha, significa muito para os ilhavenses. Durante largos anos, foi barco de andor, primeiro na remota festa que, em Ílhavo, os pescadores dedicavam a S. Pedro Apóstolo, depois na Senhora da Saúde da Costa Nova – também conhecida como a “festa das companhas” – e, mais recentemente, na festa ao Senhor Jesus dos Navegantes, que a nível local se ligou à pesca do bacalhau.

Bispo Emérito de Aveiro vai levar o Vaticano II aos leitores


Um ciclo que termina e outro que se inicia
António Marcelino

«O Concílio Vaticano II, o maior acontecimento da Igreja no século XX, com vocação para continuar, dadas as linhas de renovação que comporta e aponta, ainda não chegou ao povo. E muitos dos que dele devem beber todos os dias, já arrumaram, quiçá, os seus documentos na prateleira, se é que ainda sabem onde eles se encontram.
Porque me dói esta situação, vou tentar levar o Concílio aos leitores. Seja para confirmarem o que sabem e por onde caminham, seja para acordar novos e velhos, para caminhos de esperança e rumos novos de acção. Não deixarei de andar a olhar a rua, nem de levantar os pés no chão, pois aí se passa tudo o que pode dar sentido e valor à nossa vida.»

Jornal de Notícias: Uma modesta proposta de Manuel António Pina

(Clicar na imagem para ampliar)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

PINGO DOCE E CGD

"A onda de indignação que se ergueu quando se soube que a sociedade Francisco Manuel dos Santos tinha transferido o seu capital para a Holanda, para fugir ao peso dos impostos em Portugal, é mais do que justa, sobretudo se nos recordarmos dos discursos éticos e patrióticos do seu «dono». Os comentadores comentaram, as redes sociais socializaram, pede-se boicotes e reclama-se salários iguais aos dos holandeses para os empregados do Pingo Doce. Tudo bem e assim pode e deve ser."
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Portugal não é só Lisboa e Porto


Os helicópteros abatidos

Eu sei que um governo, em dificuldades, não toma, sem pensar muito, medidas desagradáveis ao povo. Quem não faz contas ao que tem depressa fica sem nada e sem poder garantir o necessário ao seu dia-a-dia. Se há queixumes que doem, há outros que são apenas para engrossar o coro dos eternos descontentes, que querem receber tudo, dando o menos possível para o monte. Poucos foram educados para pensar nos outros e para enfrentar as dificuldades da vida. Mais alunos teve a escola dos críticos e dos eternos queixosos, que a dos solidários e atentos à vida.
Quanto ao problema dos helicópteros desactivados nos três concelhos do interior, o que me doeu é que é sempre o interior a ficar mais pobre e desprotegido. Os médicos do INEM, disseram os jornais, pensam que, dadas as possibilidades à mão, em favor dos vivem em Lisboa e no Porto, seria aqui que se poderia fazer o abatimento dos helicópteros, e não no interior.
Eu só não quero, nem admito pensar que, para os governantes, quaisquer que eles sejam, julguem que Portugal é Lisboa e Porto, e o resto é paisagem. Creio que as Finanças também recolhem impostos no interior. Ou não?

António Marcelino

Fonte: Correio do Vouga

No JN de hoje: Por outras palavras


NOTA: Para todos pensarmos sobre o que dizemos e como dizemos.

No i de hoje: Boas Notícias


Associação dos Amigos do Museu Marítimo de Ílhavo



Museu Marítimo de Ílhavo


Neste mês de janeiro de 2012, ano em que o Museu Marítimo de Ílhavo celebra os 75 Anos da sua fundação, dedicamos a rubrica “a nossa gente” à Associação dos Amigos do Museu Marítimo de Ílhavo.
A história dos Amigos do Museu confundese com a história do Museu Marítimo de Ílhavo. Os Amigos, corporizando a velha ideia de criação do “Museu dos Ílhavos”, começaram a reunir-se informalmente na redação do jornal “O Ilhavense”, a partir de 1922, para dar início à grande tarefa!
Américo Teles, seu fundador, foi o expoente maior da corporização da ideia e das Comissões Organizadoras do Museu que trabalharam afincadamente na criação do Museu até 1937, data da inauguração. Em 1941 é formalmente instituído o “Grupo dos Amigos do Museu” que, no entanto, só virá a ser oficializado com novos estatutos e escritura pública em 1994 sob a designação de “Associação dos Amigos do Museu de Ílhavo” (AMI).

É preciso aprender a tirar partido da vida


Além das receitas
João Aguiar Campos 

A UE pretende desenvolver, até 2014, uma série de iniciativas/respostas ao crescente envelhecimento da sua população. A mais saliente de entre elas será a celebração do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo, que agora começa.
Os números justificam-no claramente: “em 2060 haverá apenas uma pessoa em idade ativa (15-64) por cada pessoa com mais de 65 anos”. É, pois, evidente o desafio que daqui emerge; mas também a oportunidade de pensamento e mudança que tal comporta. Sobretudo, se tal fizer aprofundar políticas sociais e alterar preconceitos...
Um deles é a ideia, muito assimilada, de que a vida (quase) termina no dia em que se passa à reforma. A pessoa em causa facilmente sente que perdeu status numa sociedade que considera que deixar de trabalhar é deixar de produzir e aumentar o número dos descartáveis.

Dia Mundial do Braille — 4 de janeiro





UMA EFEMÉRIDE QUE PRETENDE 
CHAMAR A ATENÇÃO DE TODOS
Maria Donzília Almeida


Comemora-se a 4 de janeiro, de cada ano, o Dia Mundial do Braille, uma efeméride que pretende chamar a atenção de todos, para os problemas dos cidadãos invisuais e da responsabilidade que nos envolve nesta problemática, com milhões de seres em todo o mundo. 
Visa-se a união de esforços para a construção dos caminhos onde se afaste a discriminação e as múltiplas barreiras que, no quotidiano, os invisuais encontram e que urge eliminar em prol de uma sociedade mais democrática, mais justa, mais fraterna e solidária. . 
O Método de Braille, foi inventado por Louis Braille, um benemérito da Humanidade, que cegara aos 3 anos e viria a falecer, em Paris, em 1852, apenas com 43 anos de idade. Constituiu um importante apoio, permitindo um vasto número de actividades (leitura, integração profissional, música, lazer, etc). 
Professor durante a sua curta vida, Louis Braiile, que foi também um exímio compositor, criou livros para facilitar o ensino. Elaborou com Foucault, um novo alfabeto para invisuais, também aplicado à música, à estenografia e ao cálculo, abrindo um tempo novo para os portadores da cegueira.

Painéis cerâmicos:sinais do passado


Na Av. José Estêvão registei este painel cerâmico numa casa de alguns anos. Ocupou o lugar da casa aqui representada, mas os proprietários da atual, herdeiros do velho edifício, quiseram, e bem, preservar a memória do passado. Bons sentimentos.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A BÍBLIA VISTA POR SETE PERSONALIDADES DA CULTURA



Luís Miguel Cintra


Luís Miguel Cintrauís Miguel Cintra, Alice Vieira, Tiago Cavaco, Esther Mucznik, Dimas Almeida, Teresa Toldy e José Tolentino Mendonça: sete personalidades da vida pública portuguesa, entre os quais um ator, uma escritora e teólogos católicos, protestantes e judaicos falam sobre os livros da Bíblia que mais os atraem.

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JOSÉ MARÍA CASTILLO EM ENTREVISTA AO PÚBLICO











segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Água partilhada dá pena de morte

Em pleno século das liberdades e dos direitos humanos, ainda há quem seja condenado por questões tão simples como beber água de um poço, destinada apenas aos membros de uma religião. Asi Bibi foi condenada à morte simplesmente por isso. E quem a condenou cumpriu leis estabelecidas em nome de Deus, nesta caso Alá, o Deus dos muçulmanos. Por sinal, os cristão consideram que se trata também do nosso Deus, que veio ao mundo para nos ensinar o bem, a paz, a fraternidade, a justiça, a liberdade, a verdade e o amor.
Manuela Eanes, esposa do nosso antigo Presidente da República Ramalho Eanes, organizou entre nós um movimento, no sentido de apelar ao perdão. Seria ótimo, em nome das liberdades que defendemos e desejamos para todos. Mas será que de fanáticos se poderá esperar algum perdão?

Li aqui

CUBA: Indultos antes da visita do Papa


Na "Página 1" da RR

Celebração dos 75 anos da Diocese de Aveiro




Bispo de Aveiro anuncia 
Missão Jubilar Diocesana



«Iniciaremos em outubro próximo, neste mesmo ano que hoje começa, a Missão Jubilar Diocesana, na celebração dos 75 anos da restauração da nossa Diocese. Será um tempo de graça, de alegria e de bênção, desde há muito esperado e sonhado, a mobilizar-nos a todos para o anúncio feliz e festivo de Jesus, o Filho de Deus. É tempo para evangelizar, para celebrar e para servir. Todos somos necessários e todos nos sabemos chamados e sentimos convocados para a missão.»

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A vida é o perde-ganha



O elogio das crises de fé 


«Mais do que uma palavra, “crise” é uma árvore de ramos incessantes». «A crise é uma espécie de assinatura humana.» «A crise é essencial para podermos crescer.» «Não há vida», «maturação pessoal», «crescimento espiritual» nem «consciência de si» que «não suponha a experiência» da crise.
«Não faz sentido alimentarmos uma visão puramente negativa da crise». O que nos é pedido, «antes de tudo, é que escutemos a sua voz», tornando-a um «lugar de aprendizagem». «A crise aparece como um apelo e uma mensagem que é preciso decifrar».
«O verdadeiro problema que a crise coloca é como geri-la, que uso fazer dela.» A vida é o perde-ganha. E nesta perde inscreve-se a possibilidade surpreendente» por onde o «imprevisto de Deus pode entrar».


Primeira parte da conferência “O elogio das crises de fé», 
proferida a 17 de dezembro em Lisboa pelo 
padre José Tolentino Mendonça.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Música para este dia: San Francisco



Nota: Por sugestão de Donzília Almeida, para este Dia Mundial da Paz


DIA MUNDIAL DA PAZ: 1 DE JANEIRO




A Paz... sempre presente, na luta dos estudantes
Maria Donzília Almeida


O Dia Mundial da Paz foi criado pelo Papa Paulo VI, com uma mensagem do dia 8 de dezembro de  1967, para que fosse celebrado no primeiro dia do ano civil, 1 de janeiro, a partir de 1968. 
A proposta de dedicar, à Paz, o primeiro dia do novo ano não pretendia ter uma conotação apenas religiosa ou católica. Pelo contrário, pretende galvanizar todos os verdadeiros amigos da Paz. 
A Igreja Católica, com intenção de servir e de dar exemplo, pretende simplesmente lançar a ideia, com a esperança de que ela venha não só a receber o mais amplo consenso no mundo civil, mas que também encontre por toda a parte muitos promotores, avisados e audazes. Quer imprimir-se ao Dia da Paz, um caráter sincero e forte, de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos. 
O dia 21 de setembro é considerado o Dia Internacional da Paz. Em 1981, as nações foram convidadas a celebrar a paz nesse dia, por terem sido iniciados os trabalhos na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Esse dia é conhecido como um dia de cessar-fogo e de não violência, em todo o mundo. 
Em 21 de setembro de 2003, o então secretario – geral da ONU, Kofi Annan, na abertura da Assembléia Geral, passou a seguinte mensagem:

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 271

PITADAS DE SAL - 1 



O SAL DO NOSSO ENCANTAMENTO 

Caríssima/o: 

“Está-me a parecer que nós, os de Aveiro, mesmo no Céu, mesmo mergulhados no mar imenso dos divinos encantamentos, havemos de ter alguma saudade do fresco panorama do sal, da alva sementeira das marinhas [...]; 
até penso que, de quando em quando, através das nuvens e das estrelas, procurarão ainda os nossos olhos o antigo encanto dos montinhos de sal.” 

D. João Evangelista de Lima Vidal, 
“Correio de Vouga”, n.º 1194, de 22-5-1954, p. 1 e 12 

É entrar o ano e perdermo-nos com estes encantamentos da década de 1950... e deixarmo-nos ir ao sabor das correntes, das marés e dos ventos. 
O meu fito é seguir, pitada aqui, pitada ali, pondo algum sal no conhecimento que por aí lavrar e mostrando este deslumbramento aos mais novos. Outros meterão melhor as mãos no sal, com mais vagar e mais jeito. Com eles conto para, semana a semana, irmos temperando a conversa, na esperança de que o caldo não fique ensosso nem as batatas salgadas. 

BOM ANO NOVO! 

 Manuel

*
NOTA: Uma palavra de agradecimento ao meu amigo Manuel, que tem a gentileza e o trabalho de colaborar no meu blogue semana a semana, sempre com temas interessantes. Há tempos desafiou-me a propor um tema para iniciar 2012. Avancei com o Sal, assunto que, pelo que se vê, pode cair no saco do esquecimento sem honra nem glória, se não houver quem preserve a sua memória. O sal, que deu vida a muita gente desta região, já deixou de temperar as batatas a que ele se refere. Hoje, esse precioso tempero vem de outras bandas.
Gostei que o Manuel, de seu nome completo Manuel Olívio da Rocha, meu parente, agarrasse com unhas e dentes o tema que lhe propus. Ele pede  colaboração, com achegas, de todos os leitores. mas nós, estou em crer, é que vamos aprender e recordar com ele. Obrigado, Olívio, isto é, Manuel.

Reflexão para este domingo



MARIA, A MÃE DE JESUS, BÊNÇÃO DE DEUS
Georgino Rocha

Os pastores acorrem ao “portal de Belém”, o curral onde nasce Jesus, e encontram um cenário absolutamente normal para uma família “em trânsito”. Observam o recheio envolvente e o seu olhar concentra-se nas pessoas e nas atitudes. Condiz tudo com o que lhes havia sido anunciado pelo Anjo de Deus. Nada de prodígios nem raridades. Apenas, um Menino que é contemplado por Maria e por José, seus responsáveis directos. Então, abrem o coração e narram o que tinham ouvido e sentido. São notícias de encher a alma, de fazer ecoar por toda a terra. Lucas, anos mais tarde já depois da ressurreição de Jesus, põe por escrito e embeleza o texto e desvenda o sentido escondido no que havia acontecido.

Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012

Bento XVI e jovens

Educar os jovens para a justiça e a paz

(...)
«A minha Mensagem dirige-se também aos pais, às famílias, a todas as componentes educativas, formadoras, bem como aos responsáveis nos diversos âmbitos da vida religiosa, social, política, económica, cultural e mediática. Prestar atenção ao mundo juvenil, saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção dum futuro de justiça e de paz não é só uma oportunidade mas um dever primário de toda a sociedade.

Trata-se de comunicar aos jovens o apreço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consumá-la ao serviço do Bem. Esta é uma tarefa, na qual todos nós estamos, pessoalmente, comprometidos.

As preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mundo, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. Na hora atual, muitos são os aspetos que os trazem apreensivos: o desejo de receber uma formação que os prepare de maneira mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um emprego estável, a capacidade efetiva de intervir no mundo da política, da cultura e da economia contribuindo para a construção duma sociedade de rosto mais humano e solidário.

É importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspetivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver “coisas novas”»
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