quarta-feira, 20 de abril de 2005

A Igreja que Bento XVI recebe

O sucessor de João Paulo II encontra uma Igreja Católica num mundo em mutação, em que mais de metade dos fiéis vive na América, percentagem que ultrapassa largamente a Europa (26,1%). Segundo o Anuário Pontifício 2004, o número de católicos baptizados em todo o mundo era de 1,071 mil milhões de pessoas (17,2% da população mundial).A distribuição de católicos por continentes é a seguinte: América, 50%; Europa, 26,1%; África, 12,8 %; Ásia, 10,3%; Oceânia, 0,8 %. Três quartos dos católicos vive, portanto, fora da Europa.A América é também o continente com maior percentagem de católicos em relação à população total: América, 62,4% de católicos; Europa, 40,5%; Oceânia, 26,8%; África, 16,5%; Ásia, 3%.O pessoal empenhado nas actividades pastorais da Igreja ascende aos 4 milhões e 200 mil. A vitalidade crescente do Catolicismo na Ásia e na África não consegue compensar a queda das vocações sacerdotais: 416.329 padres em 1978, 405.450 em 2003.A Igreja conta com 4. 695 Bispos; 405. 058 sacerdotes (dos quais 267.334 diocesanos); 30.097 diáconos permanentes; 54.828 religiosos; 782.932 religiosas (das quais 51.371 de vida contemplativa); 28.766 membros de institutos seculares; 143.745 missionários leigos; 2.767.451 catequistas; 112.982 seminaristas maiores.
Fonte: Ecclesia

O Pároco da aldeia global

Não podemos admirar-nos da explosão informativa que rodeou a morte de João Paulo II e a reeleição do novo Papa. Houve muitas horas, fotos, páginas, grafismos, análises e debates que exploraram até à exaustão as hipóteses de acerto e formatação do 264º Sucessor de Pedro. A primeira impressão que emerge deste todo pode reduzir-se a uma banalização teatral dum acontecimento tão importante para a Igreja como a eleição do Homem da Cadeira de Pedro. Jesus, antes da escolha dos Doze (com Pedro incluído) passou uma noite em oração.
Escolher homens para desempenhos sobre - humanos é um acto que os homens não sabem fazer, por inteiro, com perfeição.Mas este “Pároco da aldeia global” atravessa um pouco o mundo inteiro nas suas mensagens directas e indirectas, encíclicas, cartas, homilias e cem maneiras de falar ao urbe e à orbe. Por vezes a linguagem é técnica, mais entendida pelos teólogos, canonistas ou liturgistas.
Outras vezes é directa, frontal, sobre guerra, paz, ética, dinheiro, jovens e idosos, raças e ideologias, prantos e alegrias do quotidiano dum povo, duma comunidade, duma Igreja local, duma aldeia perdida. O Papa acaba por revestir e encarnar o carácter universal da Igreja mesmo quando reafirma e estimula os desafios das comunidades perdidas nos confins da terra.Como em qualquer aldeia se fala do Pastor, do que partiu e do que se espera, em tempo de comunicação sufocante é desse homem “super-homem” que se fala e discute, com os olhos postos naqueles que interpretam o melhor que sabem a vontade de Deus e as necessidades espirituais mais prementes da Igreja e do mundo de hoje. No Colégio eleitor se colocaram todos os afluentes do grande rio da história da Igreja. Por isso o mundo seguiu perplexo a abertura dessa Casa - A Capela Sistina - que ficou fechada à chave para que dela saísse um homem com o poder das chaves - que acaba por ser o “pároco” da aldeia global.
António Rego

Cardeais portugueses felizes com a escolha de Bento XVI

:: D. José Policarpo e D. Saraiva Martins dizem que a Igreja tem um grande Papa
Os dois Cardeais portugueses que participaram no Conclave, D. José Policarpo e D. Saraiva Martins, consideram que a Igreja Católica tem um grande Papa, disponível para a missão e aberto ao mundo.O Patriarca de Lisboa aponta como exemplo desta atitude a própria escolha do nome Bento XVI, fazendo referência a São Bento, padroeiro da Europa, o fundador dos Beneditinos que fez face à descristianização do Velho Continente.“São Bento representa um recomeço da Evangelização da Europa depois do período caótico da invasão de Roma pelos povos que nós chamamos bárbaros. Com a Ordem Beneditina ele está na base do que foi a Nova Evangelização da Europa”, disse em declarações recolhidas pela Rádio Renascença.D. José Policarpo considera que a escolha do Cardeal Ratzinger não pode ser entendida como “uma aposta na continuidade”, explicando que a continuidade “é da Igreja como tal”.“A Igreja é uma realidade e no final do séc. XX e início do séc. XXI marcou um ritmo muito próprio e a meu ver irreversível. A continuidade da Igreja há-de ser feita pela Igreja toda e com o Papa à frente", explica.Sobre a figura de Bento XVI, o Patriarca de Lisboa fala “num homem que garantirá a continuidade da Igreja, uma realidade de tal maneira implantada e visível e que se tornou nos últimos tempos uma referência para religiões e culturas, sobretudo nas grandes causas como a defesa da paz, do homem, da dignidade humanidade, dos pobres".O Cardeal José Saraiva Martins, por seu turno, considera o novo Papa como “um homem extraordinário, de grande cultura e profunda espiritualidade, que conhece bem a doutrina da Igreja e o mundo em que vivemos”. “Esta eleição é um grande dom de Deus para a Igreja”, assegura à RR.O Cardeal português da Cúria Romana conhece bem o novo Papa e afiança que será um “digno sucessor de João Paulo II”, recusando os rótulos de rigidez e intolerância atribuídos a Bento XVI.“Quem diz essas coisas não conhece o Cardeal Ratzinger, que eu conheço bastante bem. Pessoalmente é um homem extremamente amável, muito sensível, educado, diria mesmo fora do comum”, acrescenta.Sobre os passos a dar no início do Pontificado, D. José Saraiva Martins assinala que o caminho traçado por João Paulo II não pode ser contornado, de modo especial no que diz respeito à relação com os jovens. “Eles são o futuro da Igreja e da sociedade, a Igreja tem de estar sempre ao lado dos jovens”, observa.
Agência Ecclesia

Primeira mensagem de Bento XVI

Caros irmãos Cardeais, Caríssimos Irmãos e Irmãs em Cristo, Todos vós, homens e mulheres de boa vontade! 1. Graça e paz em abundância para todos vós! (cf. 1Pe 1,2)
No meu espírito convivem nestas horas dois sentimentos contraditórios. De um lado, um sentido de inadequação e de humana perturbação pela responsabilidade que ontem me foi confiada, enquanto Sucessor do apóstolo Pedro nesta Sede de Roma, cara a cara com a Igreja universal. Por outro lado, sinto em mim uma viva gratidão a Deus que " como nos faz cantar a liturgia " não abandona o seu rebanho, mas condu-lo através dos tempos, sob a orientação daqueles que Ele mesmo elegeu como vigários do seu Filho e constitui pastores. Caríssimos, este íntimo reconhecimento por um dom da divina misericórdia prevalece, acima de tudo, no meu coração. E considero este facto como uma graça especial oferecida pelo meu venerado predecessor, João Paulo II. Parece-me sentir a sua mão forte a apertar a minha; parece-me ver os seus olhos sorridentes e ouvir as suas palavras, dirigidas a mim em particular, neste momento: "Não tenhas medo!" A morte do Santo Padre João Paulo II, e os dias que se seguiram, foram para a Igreja e para o mundo inteiro um tempo extraordinário de graça. A grande dor pelo seu falecimento e o sentimento de perda que deixou em todos foram atenuados pela acção de Cristo ressuscitado, que se manifestou durante tantos dias na onda de fé, amor e solidariedade espiritual, culminada nas suas exéquias solenes. Podemos dizer que o funeral de João Paulo II foi uma experiência verdadeiramente extraordinária, na qual se percebeu, de algum modo, o poder de Deus que, através da sua Igreja, quer fazer de todos os povos uma grande família pela força unificante da Verdade e do Amor (cf. Lumen gentium, 1). Na hora da morte, conformado ao seu Mestre e Senhor, João Paulo II coroou o seu longo e fecundo Pontificado, confirmando na fé o povo cristão, congregando-o em volta de si e fazendo sentir mais unida toda a família humana. Como não sentir-nos sustentados por este testemunho? Como não perceber o encorajamento que vem deste acontecimento da graça?
(Para ler a Mensagem na íntegra, clique aqui)

NB: Tradução e foto da Ecclesia

Igreja Católica ainda mais humana

A boa nova da eleição de um novo Papa apanhou-me de surpresa, em viagem. A eleição do sucessor de João Paulo II estaria por dias ou horas, mas depois das primeiras votações, sem resultados, os comentadores levaram-me a pensar que dentro do Conclave haveria grupos de pressão a favor de três correntes: a dos conservadores, em torno do Cardeal Ratzinger; a dos liberais, à volta do cardeal Martini; e uma outra, a terceira via, com vários candidatos, onde estaria o Cardeal José Policarpo. Portanto, acreditei que a escolha do Papa demoraria mais umas boas votações. Afinal, não foi assim. Pensando melhor, os cardeais de hoje conhecem-se muito bem, com os meios de comunicação social a mostrarem ao mundo os dons e as capacidades de cada um, ao mesmo tempo que revelam os problemas e anseios dos homens e mulheres do nosso tempo, aos quais a Igreja Católica tem de dar respostas. Por isso, a lógica da eleição rápida. Quando muitos, mesmo entre os católicos, esperariam um Papa mais jovens, os 115 cardeais deram à Igreja um Sumo Pontífice de 78 anos, idade em que a grande maioria das pessoas se encontra ou sonha com a reforma. O Espírito Santo, cuja intervenção de animador da Igreja os católicos aceitam, religiosamente, deu-nos, então, um Papa que tem de o ser para as necessidades de hoje. Joseph Ratzinger é um dos mais conceituados teólogos da actualidade, foi confidente de João Paulo II, foi formado no Vaticano II, é um homem de uma grande cultura e um profundo conhecedor das necessidades da Igreja. É considerado extremamente metódico, mais de gabinete do que de grandes multidões, mas humilde e capaz de diálogo. Cumpriu uma missão espinhosa, como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, e daí os olhares desconfiados de alguns. Mas a verdade é que uma instituição multissecular, como é a Igreja Católica, tem de preservar os seus valores fundamentais e é preciso alguém que tenha a tarefa de olhar por eles.
Isto não significa que seja proibida a evolução em campos secundários, e muitos são, pelo que é de prever que, mais século menos século, haja ordenação presbiteral de homens casados, diaconisas e até presbíteras solteiras ou casada. Mas já não acredito que a Igreja venha a aceitar o aborto ou a eutanásia e o casamento de homossexuais, sejam homens ou mulheres. Pessoalmente, gostaria que o novo Papa intensificasse o diálogo ecuménico e inter-religioso, que implementasse a aproximação intercultural, que estabelecesse uma maior aproximação à ciência e aos cientistas, e que levasse a Igreja a ser ainda mais humana, no contacto permanente com os mais pobres, os excluídos e os perseguidos, através de novas e mais criativas formas da promoção da justiça social. Mestra em humanidades, a Igreja devia, no entanto, privilegiar o hábito de caminhar de mãos dadas com os que sofrem, no corpo e na alma, as injustiças humanas, como tantos missionários já o fazem. Gostaria, também, que no interior da Igreja houvesse uma maior participação democrática, sem contradizer a forma hierárquica de governo que está na sua essência. Que a co-responsabilidade eclesial, tão apregoada, fosse levada à prática no dia-a-dia, e que os jovens fossem estimulados a assumir tarefas que os envolvessem nas comunidades com mais empenho. O funeral de João Paulo II mostrou que a juventude também está na Igreja e todos sabem que o futuro da Igreja depende da juventude de hoje. Gostaria que a Igreja olhasse, com outros olhos, para a Ásia, para a África e para a América Latina, onde há multidões sem eucaristia dominical e sem condições de vida dignas do século XXI. E por fim, gostaria que a Igreja descobrisse caminhos de reevangelização da Europa, no diálogo permanente com todos os homens e mulheres que aspiram por um mundo melhor.
Há quem fale do Ratzinger teólogo, do Ratzinger "guardião da fé" e do Ratzinger, agora Bento XVI, Pastor Universal dos Católicos, que será bastante diferente dos dois primeiros e muito capaz de nos surpreender a todos. Eu confio sinceramente na sua inteligência e no seu amor à Igreja, como confio na sua capacidade para ser o Papa de que precisamos.
Fernando Martins

BENTO XVI promete continuar Vaticano II

Hoje, na sua primeira missa depois da eleição para ocupar a cátedra de Pedro, celebrada na Capela Sistina, o novo Papa, Bento XVI, afirmou que se compromete a prosseguir a obra do Concílio Vaticano II, que abriu a Igreja ao Mundo. "Afirmo com grande determinação a minha vontade de continuar a obra do Concílio Vaticano II, pelo mesmo caminho dos meus antecessores e na fidelidade e continuidade da tradição de dois mil anos da Igreja", declarou Joseph Ratzinger, diante dos cardeais que ontem o elegeram como o novo Papa. Bento XVI também prestou uma homenagem ao seu antecessor, João Paulo II, que "deixa uma Igreja mais corajosa, mais livre, mais jovem. Uma Igreja que, de acordo com o seu exemplo, olha com serenidade o passado e que não tem medo do futuro".
Bento XVI foi eleito ontem à tarde pelos 115 cardeais-eleitores, após quatro votações. O fumo branco (símbolo da escolha de um novo Sumo Pontífice) começou a sair da chaminé do Vaticano cerca das 16.50 horas (hora de Lisboa), quinze minutos antes dos sinos da Basílica confirmarem a escolha do sucessor de João Paulo II. Perto das 18 horas, o nome do cardeal Joseph Ratzinger foi anunciado e o novo Papa falou pela primeira vez à multidão reunida na Praça de São Pedro. "Queridos irmãos e irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os cardeais elegeram-me – um simples e humilde trabalhador da vinha do Senhor. Consola-me o facto do Senhor trabalhar e agir mesmo com instrumentos insuficientes e acima de tudo entrego-me às vossas orações”, afirmou, na curta declaração que antecedeu a sua primeira bênção “Urbi et Orbi” (a Roma e ao Mundo). Fonte: PÚBLICO e outros jornais.

BENTO XVI: Um humilde trabalhador da vinha do Senhor

Bento XVI
O Cardeal Joseph Ratzinger, de 78 anos, é o novo Papa da Igreja Católica, assumindo o nome de Bento XVI. Uma das figuras fortes durante o Pontificado de João Paulo II, no qual assumiu as funções de Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Bento XVI nasceu a 16 de Abril de 1927, na diocese de Passau, Alemanha. Estudou na Escola Superior de Filosofia, em Freising, e na Universidade de Munique. Foi ordenado sacerdote a 29 de Junho de 1951. Em 1953 doutorou-se em teologia com a tese "Povo e casa de Deus na Doutrina da Igreja da Santo Agostinho" e quatro anos depois obteve a livre docência com um trabalho sobre a "Teologia da História de São Boaventura". Posteriormente leccionou em várias universidades da Alemanha, cultivando uma grande cultura teológica. A atenção mediática começou a recair sobre ele quando foi conselheiro do Cardeal Firngs, um dos motores do II Concílio do Vaticano, no qual Bento XVI participou como perito. Aos 35 anos era uma verdadeira estrela teológica e, mais tarde, destacou-se na defesa da fé perante o marxismo e o ateísmo crescente da juventude, no Maio de 68. Foi membro da Comissão Teológica Internacional, de 1969 a 1977. Eleito Arcebispo de Munique, a 24 de Março de 1977, foi nesse mesmo ano criado Cardeal por Paulo VI e terá sido, em 1978, um dos mais fortes defensores da eleição do Cardeal Karol Wojtyla. João Paulo II nomeou-o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, presidente da Comissão Bíblica Pontifícia, e presidente de Comissão Teológica Internacional, a 25 de Novembro de 1981. Renunciou ao governo pastoral da Arquidiocese, a 15 de Fevereiro de 1982. Desde 2002 era o Decano do Colégio Cardinalício e o mundo habituou-se a vê-lo nos últimos dias, a presidir às celebrações das exéquias de João Paulo II. Nos últimos anos assumiu-se como um dos homens chaves na definição da Ortodoxia na Igreja Católica e um dos mais importantes colaboradores de João Paulo II. Foi presidente da Comissão para a preparação do Catecismo da Igreja (1986-1992), um trabalho monumental que procura apresentar o essencial da fé cristã num modo pedagógico e directo.
Octávio Carmo, da Ecclesia

BENTO XVI: Um humilde trabalhador da vinha do Senhor

Bento XVI
Bento XVI, Joseph Ratzinger, foi eleito Papa, ontem, sucedendo, assim, ao carismático João Paulo II. E quando se apresentou aos romanos, como seu Bispo, e ao mundo, como pastor universal da Igreja Católica, sublinhou que não passava de "um humilde trabalhador da vinha do Senhor". "Consola-me o facto de que o Senhor sabe trabalhar e actuar com instrumentos insuficientes e, sobretudo, confio nas vossas orações. Na alegria do Senhor ressuscitado, confiados na sua ajuda permanente, sigamos adiante. O Senhor nos ajudará. Maria, sua santíssima Mãe, está do nosso lado", afirmou o já Papa Bento XVI.

terça-feira, 19 de abril de 2005

Diocese de Aveiro atenta à eleição do Papa

Sé de Aveiro
Iniciou-se ontem, no Vaticano, como temos anunciado neste espaço, o Conclave para a eleição do Papa. Atento a esse grande acontecimento, o Bispo de Aveiro, D. António Marcelino, em nota tornada pública,sublinha: "A Igreja Diocesana une-se, numa atitude de total confiança em Deus, a todas as Igrejas Diocesana do Mundo, em oração por aquele que Deus já escolheu e que nos dará a conhecer, através da mediação dos cardeais da Igreja, chamados a votar segundo a sua consciência". Assim, pede que, "logo que se saiba quem foi o eleito, repiquem, festivamente, os sinos das nossas igrejas e capelas, como sinal da alegria de todo o Povo de Deus". Acreditando que já estará eleito o novo Papa, chamado a servir a Igreja de Roma e a Igreja Universal, D. António presidirá à Eucaristia de acção de graças, no próximo sábado, dia 23, às 19 horas, na Sé Catedral. Para esta celebração litúrgica, o Bispo de Aveiro convida todos quantos nela possam participar, sacerdotes, diáconos, consagrados e leigos, membros da comunidade civil e muito especialmente os jovens.

Capela Sistina: Fumo negro às 11 horas

Vários milhares de pessoas, de Roma e do estrangeiro, reuniram-se esta manhã na Praça de São Pedro, aguardando a “fumata” vinda da chaminé da Capela Sistina. O fumo negro saiu pouco antes das 11 horas, em Lisboa (mais uma hora em Roma), pela segunda vez em poucas horas, mas não desmobiliza peregrinos, turistas e curiosos.
Esta tarde, pelas 15 horas, haverá nova série de escrutínios, prevendo-se a segunda “fumata” possa ser vista por volta das 18 horas. Se for branca, será acompanhada pelo repicar dos sinos da Basílica de São Pedro.
A chaminé, pequena e algo distante, fixa todos os olhares no Vaticano e a cor pouco definida do fumo, quando começa a sair, já gerou algumas confusões.
Como aconteceu ontem, as autoridades locais fecharam ao trânsito a Via della Conciliazione, a grande avenida que desemboca na Praça de São Pedro.

Colaboração dos leitores

LINDA PRENDA, PAPÁS "É para os papás, a minha primeira prenda". Esta dedicatória está no verso da ecografia, foi escrita pelo médico que a efectuou, pertence a um casal que a guarda religiosamente. A mamã é enfermeira e o papá é bancário. O bebé, hoje um jovem universitário, tinha, ao tempo, quatro semanas. Naquele minúsculo ser, vê-se o coração a configurar-se e já em movimento. Daí em diante, tudo será uma vida em expansão, um corpo em configuração, uma pessoa em gestação. Andava maravilhado com esta notícia e chega pela Antena Um a novidade de que a National Geographic filmou toda a evolução da vida intra-uterina, do ovo ao parto e se propõe oferecer essa prenda no Dia da Mãe, celebrado no 1º domingo de Maio. Oferece-o em vários cinemas e, mais tarde certamente, em serviços de televisão. Pode assim entrar-nos pela casa dentro. E quem não tiver preconceitos de qualquer espécie, pode verificar o que está fundamentalmente em causa quando se debatem questões relacionadas com a interrupção voluntária da gravidez ou, em linguagem mais verdadeira, com o aborto. O ser humano em crescimento como se pode ver na ecografia, já tem coração e já se pode sentir o seu batimento, às quatro semanas. O filme vem assim confirmar o que, há muito, se vem dizendo, a partir de inúmeros estudos científicos. Todas as outras questões, que são muitas e complexas, não podem ignorar e sacrificar esta vida germinal em desenvolvimento. A melhor prenda para quem tem de decidir - os pais e não apenas a mãe ou os deputados da Nação ou a presidência da República - será, sem dúvida, a alegria responsável da defesa e promoção de quem aguarda vez para aparecer e revelar toda a pujança da sua vida. A melhor prenda de uma sociedade é ver o seu futuro garantido, a partir dos cuidados do presente. Georgino Rocha

Presidente da Junta da Gafanha da Nazaré fala ao Diário de Aveiro

::: «A nossa elevação a cidade está a ser positiva»
Manuel Serra, que cumpre o primeiro mandato à frente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, está apostado em desenvolver «um grande» Programa da Maioridade. Além da componente social, o autarca espera também ver concluídas algumas obras e assistir ao começo de outras ainda no decorrer deste mandatoQue evolução regista na Gafanha da Nazaré após ter sido elevada a cidade?As mudanças que se praticam numa elevação a cidade não podem serem referenciadas só pelo facto de sermos cidade ou vila. Essa categoria dá-nos uma responsabilidade e uma vontade de fazer as coisas com mais celeridade. Penso que esse é o conceito que tem de estar na base do nosso dia-a-dia e nos nossos trabalhos. Claro que, ao princípio houve muitos descrentes em relação a esta jovem elevação a cidade, mas com o tempo, temos constatado que foi positivo. As pessoas já inferem que a elevação a cidade nos traz mais responsabilidades, nomeadamente em termos ambientais, cívicos e sociais. Penso que a nossa elevação a cidade está a ser positiva para o desenvolvimento do dia-a-dia e até para as próprias intenções de trabalho e de orientação do nosso futuro.
(Para ler o texto na íntegra, clique Diário de Aveiro)

GAFANHA DA NAZARÉ: cidade há 4 anos

Jardim 31 de Agosto Lei nº 32/2001 eleva a Gafanha da Nazaré a cidade
Lei nº 32/2001, publicada no Diário da República de 12 de Julho de 2001, nº 160, série I-A, página 4230 Elevação da Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo, à categoria de cidade A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161º da Constituição, para valer como lei geral da República, o seguinte: Artigo único A vila de Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo, é elevada à categoria de cidade. Aprovada em 19 de Abril de 2001. O Presidente da Assembleia da República, António de Almeida Santos Promulgada em 7 de Junho de 2001. Publique-se. O Presidente da República, Jorge Sampaio. Referendada em 29 de Junho de 2001 O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Guterres

DESPORTO NA GAFANHA DA NAZARÉ - 4

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Alguns nomes Em 1956 pouco restava destes três clubes amadores, a não ser o gosto pelo Futebol que eles souberam deixar como herança. Daí o viveiro de praticantes, alguns dos quais se impuseram mesmo a nível nacional, representando clubes da primeira divisão. Perdidos pelo tempo e pela nossa memória, ou mais ignorados, muitos outros jogaram em escalões inferiores, enquanto alguns, quando já eram certezas no mundo do desporto-rei, optaram por profissões mais estáveis ou emigraram. Para não nos tornarmos fastidiosos, apenas lembramos neste escrito, em jeito de parêntesis, os que, em nossa opinião, mas se evidenciaram : Sílvio, que foi internacional júnior no tempo do célebre José Augusto do Benfica; Fidalgo, que esteve no Benfica e brilhou no Vitória de Guimarães, no Tirsense e na Sanjoanense; Lázaro, jogador do primeiro plano e que se distinguiu no Beira Mar, no Leixões e no Vitória de Guimarães; Calisto, Violas e Adérito Ribau, que muito deram à equipa da capital do nosso distrito. E muitos outros poderíamos citar, alguns já dos nossos dias, se tempo e espaço tivéssemos. Fica a tarefa para outros ou para edições futuras. Aos mais ligados ao desporto deixamos o desafio de um registo mais circunstanciado.

segunda-feira, 18 de abril de 2005

Um artigo de Sarsfield Cabral, no Diário de Notícias

:: Direitos
Respondendo, em Paris, a uma pergunta sobre a lei do aborto em Portugal, o Presidente da República fez votos para que haja entre nós um debate sossegado e esclarecido sobre o assunto. E, a título pessoal, manifestou-se favorável a uma evolução legislativa nessa matéria, acentuando a sua preocupação com os direitos das mulheres - que considerou a questão mais profunda. "Sou solidário com as mulheres que sofrem", disse.
O Presidente não referiu outros direitos. Por exemplo, os do nascituro. Dir-se-á que este não é pessoa jurídica, logo não tem direitos. Há mesmo quem só veja no feto um monte de células. Mas será assim? Tudo decorre desse ponto essencial quando começa a vida humana? Apenas depois de se nascer? E se podemos falar de pessoa antes do nascimento, a partir de quando exactamente? Qualquer momento posterior à concepção surge como arbitrário. As mulheres, como os homens, têm direito ao seu corpo. Mas a ideia de que o ser na barriga da mãe não é mais do que uma parte do corpo desta é cada vez mais difícil de sustentar. A tecnologia permite hoje detectar num feto de poucas semanas toda uma série de características de uma pessoa. Muitos pais se encantam com as ecografias do pequeno ser. Não possui decerto autonomia. Mas que autonomia tem um bebé dias após o seu nascimento?
Tentando contribuir para o debate sossegado e esclarecido que o Presidente deseja - e bem -, eu diria que a questão fulcral, aqui, são os direitos morais dos mais fracos e indefesos, os que ainda não nasceram, mas existem. Esses não têm voz, por isso deveriam merecer da sociedade uma atenção prioritária. Não está em dúvida apoiar as mulheres em momentos difíceis da sua vida, um imperativo defendido pelo Presidente da República. Mas há outros seres em causa, que não podem ser ignorados.

Conclave para a eleição do Papa

Cardeal Ratzinger assume que o Conclave é hora de grande responsabilidade
Na homilia da missa votiva para a eleição do novo Papa, que decorreu na Basílica de São Pedro, em Roma, esta manhã, o Cardeal Ratzinger, Decano dos Cardeais eleitores, sublinhou que "o Conclave é hora de grande responsabilidade".
Falando contra a "ditadura do relativismo", que não reconhece nada como definitivo, o Decano dos Cardeais vincou que "a nossa medida, porém, é Jesus, o verdadeiro homem". Depois de agradecer a Deus pelo Pontificado de João Paulo II, o Cardeal Ratzinger pediu a todos os presentes: "rezemos ao Senhor que nos dê um Pastor segundo o seu coração, que nos guie para o conhecimento de Cristo, o seu amor, a verdadeira alegria." Todos os Cardeais eleitores concelebram esta Eucaristia solene, em latim. Os Cardeais não eleitores estavam sentados na primeira fila. A homilia foi uma meditação sobre as leituras da Bíblia proferidas durante a missa, com o Cardeal alemão a esclarecer que iria abordar "apenas algumas passagens que dizem respeito a um momento como este", tendo sublinhado o desafio de a Igreja assumir uma "fé adulta", que não siga "as ondas da moda e da última novidade". "Quantos ventos de doutrina conhecemos ao longo dos últimos decénios, quantas correntes ideológicas, quantas modas do pensamento... A pequena barca do pensamento de muitos cristãos foi muito agitada por estas ondas" e "atirada de um lado para o outro: do marxismo ao liberalismo, até ao libertinismo; do colectivismo ao individualismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo", referiu. O Cardeal Ratzinger conclui assinalando que "a única coisa que permanece para a eternidade é tudo aquilo que semeamos na alma humana: o amor, o conhecimento, o gesto capaz de tocar o coração, a palavra que abre a alma à alegria do Senhor".
Hoje mesmo, da parte da tarde, haverá, na Capela Sistina, a primeira votação, com a participação dos 115 cardeais eleitores, isto é, os que têm menos de 80 anos. Se houver Papa, nessa altura, o fumo branco anunciará ao mundo essa grande nova.
Fonte: Agência Ecclesia

BANCO ALIMENTAR CONTRA A FOME

Mais uma recolha de produtos alimentares,
nos dias 8 e 9 de Maio Nos próximos dias 7 e 8 de Maio, o Banco Alimentar Contra a Fome vai proceder a mais uma recolha de produtos alimentares, junto dos hipermercados e dos supermercados. É mais um desafio que nos é dirigido, não só para contribuirmos generosamente com as nossas dádivas, mas também, e sobretudo, para que passemos a olhar com redobrada atenção para os pobres que estão à nossa volta. É sabido que em Portugal há um milhão de pessoas a passarem fome e outras tantas, ou mais, a viverem no limiar da pobreza, com rendimentos que nem sempre chegam para os medicamentos que diariamente têm de tomar. Por mais iniciativas que os Governos desenvolvam e por mais subsídios que atribuam aos mais necessitados, pode garantir-se que a colaboração da sociedade civil, em geral, e de cada um de nós, em particular, é fundamental. Diz a Federação dos Bancos Alimentares que mais de 10 000 voluntários (espalhados por cerca de 500 estabelecimentos comerciais, efectuando o transporte dos produtos doados e separando e arrumando os alimentos nos armazéns dos Bancos Alimentares) permitirão uma vez mais a criação de uma extraordinária cadeia de solidariedade onde cada pessoa representa um elo indispensável. Por isso, é preciso alimentar a ideia de que a nossa contribuição é muito importante, para que os Bancos Alimentares Contra a Fome e as Instituições de Solidariedade Social por eles apoiadas possam continuar a contribuir para reduzir as carências alimentares de mais de 200 000 pessoas. Por tudo isto, aqui deixo um apelo a todos para que se envolvam nesta iniciativa do Banco Alimentar, quer colaborando na recolha, quer entregando os seus contributos, nos dias 8 e 9 de Maio. Para participarem como voluntários, podem inscrever-se nos Bancos Alimentares. Os Universitários de Aveiro podem dirigir-se ao CUFC, onde lhes serão prestados todos os esclarecimentos, até 27 de Abril. F.M.

Desporto na Gafanha da Nazaré - 3

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As rivalidades As rivalidades próprias de qualquer desporto também naqueles tempos da minha meninice se viveram com alguma paixão. Os jogos não eram oficiais, já que se tratava de clubes não filiados em qualquer Associação, excepção feita para o Atlético que, segundo na altura foi amplamente divulgado, chegou a ser clube oficial, porém sem qualquer proveito desportivo. E a paixão dos seus dirigentes, por pressão logicamente psicológica dos respectivos adeptos, chegava ao ponto de procurarem e convidarem jogadores, expressamente para cada jogo, pertencessem eles aos clubes rivais da terra, a outros clubes amadores da região ou ao Beira Mar que já era instituição de respeito na altura. O importante era ganhar, custasse o que custasse. E tal como hoje, também naquela época as vitórias ou derrotas eram comentadas com fervor clubista e com promessas de “vingança” para a próxima vez, que podia ser no domingo seguinte. A curiosidade maior dos muitos adeptos estava em saber quem é que jogava e em que clube! E se os dirigentes não eram suficientemente diligentes ou bastante abonados para cativar os melhores jogadores, podiam muito bem preparar as malas e desandar. Esses dirigentes não serviam. E ainda hoje é assim. Aliás, o único dirigente, que saibamos, que acompanhou sempre o seu clube, desde o nascimento até à morte, foi o senhor Casqueira, mais conhecido por Casqueirita. Quando ele se cansou de gastar quanto tinha e não tinha com o seu Atlético, o clube morreu. É que, naqueles tempos, como hoje, os profissionais ou aparentados podem levar um clube à ruína, principalmente se não houver ponderação nos gastos e realismo nas contratações. (Continua) F.M.

domingo, 17 de abril de 2005

Carência de sacerdotes em todo o mundo

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Por toda a parte, a Igreja está mobilizada para a questão da escassez de vocações sacerdotais. Portugal não é diferente do resto de um mundo que sofre com a falta de padres. Os Estados Unidos são um dos locais onde a carência é mais sentida, tendo em 15 anos "perdido" cerca de oito mil sacerdotes, mas também na América Latina várias vozes alertam para o problema. Na Europa, o número de católicos por cada sacerdote está a aumentar. A África e a Ásia são os continentes onde esta razão ainda pende a favor de uma maior presença de padres.
(Para ler mais, clique DN) NB: Ler outros textos sobre o tema no mesmo jornal

JOÃO PAULO II visto pelos leitores

Foto de Vítor Amorim, tirada em Fátima
João Paulo II: Testemunha de Cristo; Irmão de todos! "Acredito no Homem único (não no insubstituível), enquanto pessoa que, em todos os momentos e épocas da vida, confere a esta um permanente sentido de descoberta e de esperança fraterna, através das marcas indeléveis da determinação, da fidelidade e da dignidade que lega à História e à memória humana." Escrevi estas palavras, por ocasião dos 25 anos de pontificado de Sua Santidade, no verso de uma fotografia que lhe tirei, aquando da sua peregrinação ao Santuário da Cova da Iria, em Maio de 1991, desejando, assim, partilhar e comemorar, com os amigos e conhecidos, estas duas expressões de vida e de fé, de um homem que me tinha dito para não ter medo. Nem sempre lhe fui fiel, mas, nem por um momento, ele deixou de ser para mim um desafio de exigência pessoal, através das suas alocuções, documentos, e, sobretudo, das suas intervenções testemunhais, de homem de paz, de amor e perdão, perante a sociedade e as grandes questões mundiais, no seu todo. Em 14 de Agosto de 2004, durante a sua peregrinação ao Santuário de Lourdes, dizia, de uma forma premonitória, própria dos homens com uma dimensão de fé próxima do Pai: "sinto com emoção ter chegado ao fim da minha peregrinação." Pela graça de Deus, tal assim aconteceu. Continuemos, pois, a procurar sermos os peregrinos desta herança deixada para hoje e para o futuro, na certeza de que João Paulo II está ao nosso lado, bem como do seu sucessor. (Esgueira, 2005.04.16) Vítor Amorim

Artigo de Teresa Soares Correia

::: Convite ao dinamismo
1. “Diz-me e eu esquecerei”
Está comprovado cientificamente que, em 24 horas, esquecemos 50% do que vemos ou ouvimos, se não fizermos “revisões.” Isto é válido na Escola, mas também no nosso dia-a-dia. É muito fácil esquecermos o que sucedeu há um ou dois meses, se não houver quem no-lo relembre. Pior: já tínhamos esquecido como era o mundo no tempo da Guerra Fria e como evoluiu até este início do século XXI. Com a morte do Santo Padre, os meios de comunicação proporcionaram-nos uma ocasião privilegiada de balanço de mais de 50 anos da História da Humanidade. Foi um momento genuíno de revisão e de descoberta de um mundo melhor (apesar de ainda haver muito para melhorar).
2. “Ensina-me e eu lembrar-me-ei”
Por coincidência (ou talvez não), este é o ano em que se comemora o 50º aniversário da libertação de Auschwitz, onde morreram S. Maximiliano Kolbe e Sta Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), canonizados por João Paulo II, respectivamente em 1982 e 1998. Se, aquando de tal comemoração, em Janeiro, as televisões deram pouco relevo ao assunto, agora, passaram filmes e documentários sobre aquele que viveu na Polónia martirizada pelo flagelo nazi, e que se tornou num dos Papas mais carismáticos da História. Aquele que não hesitou em denunciar crimes contra a Vida. Aquele que não hesitou em reconhecer os erros da Igreja e por eles pedir perdão. Aquele que afirmou “Quando o bem vence o mal, reina o amor; e onde reina o amor reina a paz.” Aquele que ensinou com entusiasmo, convidando ao dinamismo e à rejeição da inércia.
(Para ler o resto, clique CV)

Desporto na Gafanha da Nazaré - 2

O campo da União ficava junto ao Forte e aos Socorros a Náufragos, que se vêem na foto
Os primeiros clubes Os primeiros gafanhões eram, sem dúvida, mais dados ao trabalho do que ao desporto. Aliás, nem outra coisa seria de admitir, se imaginarmos o esforço desenvolvido no dia-a-dia para alcançarem o milagre da transformação destas terras em oásis verdejante. Os tempos livres, quando os tinham, passavam-nos a cantar e a bailar, sobretudo aos fins-de-semana e no termo dos trabalhos agrícolas e outros, especialmente aquando do fabrico dos adobes nos areais da mata, na altura da cobertura da casa em construção, nas desmantadelas, nas rasgadelas de tiras para fabrico caseiro de mantas chamadas de farrapos, e noutros serviços que envolviam diversas pessoas. Desporto seria mais com os rapazes. Sem preocupações de praticar desporto oficial, os gafanhões limitavam-se a dar uns pontapés na bola, entre diversos jogos populares, como o pião e a macaca para os mais jovens, e o futebol e a malha para os mais espigadotes ou adultos. Claro que nas tabernas não faltava o jogo de cartas, mais concretamente a sueca, e o dominó. Mas isso são outras histórias a que um dia haveremos de voltar. Hoje ficamo-nos pelo Futebol que nos nossos dias arrasta milhões de pessoas e envolve somas astronómicas em todos os quadrantes da Terra. Lembramos, e com que saudade, antigos clubes que há mais de meio século por aqui congregavam a juventude da Gafanha da Nazaré. E faziam-no com tal garra que ainda sentimos o entusiasmo com que os jogos eram aguardados e disputados. Referimo-nos, concretamente, à Associação Desportiva Gafanhense que tinha o seu quartel-general na Cale da Vila, à União Desportiva Gafanhense que cantava de galo na Cambeia, e ao Atlético Clube da Marinha Velha que, como o nome indica, se impunha no lugar que o baptizou. Mas não se julgue que só o Futebol foi rei nesse tempo. Também o Basquetebol e a Natação, mais sob a responsabilidade da Associação, por aqui se praticavam nessa data já um pouco distante da nossa meninice. O Futebol, esse sim, foi sempre o desporto favorito dos gafanhões e todas as tentativas para implantar outro qualquer saíam muitas vezes frustradas, com poucas mas muito dignas excepções. Mas continuemos a remexer nas gavetas da nossa memória para lembrar o que foram os jogos entre esses dois clubes rivais da nossa terra. Antes, porém, diga-se que a Associação tinha o seu campo de jogos nas areias da mata, na zona denominada das lebres (haveria, por ali, tantas lebres que se justificasse o baptismo?), em terra batida, como os outros campos existentes por aqui; o Atlético no campo da borda, onde presentemente está o porto de pesca costeira, com o moinho do tio Conde à vista, sujeitando-se os jogadores e a assistência a ver a bola fugir levada pela corrente, principalmente em hora de maré cheia, isto se entretanto um mais afoito não conseguisse salvá-la das águas salgadas; e a União aproveitava a cedência do campo do Forte que a JAPA (Junta Autónoma do Porto de Aveiro), actualmente APA (Administração do Porto de Aveiro) mandara construir ali bem perto do Forte Novo ou Castelo da Gafanha. Serviu, como as actuais gerações sabem, o Grupo Desportivo da Gafanha até 1983, embora, por falta de iluminação no novo complexo desportivo, os treinos nocturnos ali tivessem continuado durante cerca de dois anos. Fernando Martins

Artigo do Diário de Aveiro: Aniversário dos Bombeiros de Ílhavo

::: Novo quartel é a grande ambição
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo quer lançar ainda este ano a primeira pedra do seu novo quartel. Uma aspiração que ganha mais força em dia de festa, com a comemoração dos 112 anos de vida da corporação, celebrados ontem ao longo de todo o dia.O dia de ontem foi de festa na cidade de Ílhavo. A corporação local de Bombeiros festejou 112 anos de vida, promovendo para isso uma programação que começou pelas nove horas, com a tradicional romagem aos cemitérios para a deposição de flores. A manhã completou-se com a realização de um simulacro, que fez parar o trânsito na cidade ilhavense. Pouco passava das 11.30 horas quando a sirene do quartel de Bombeiros soava, alertando para um acidente grave que acabava de acontecer na rotunda da Malhada. Uma viatura ligeira com dois passageiros tinha embatido num pesado de mercadorias, carregado de bidons cheios de produtos químicos. A colisão, que foi violenta, resultou no encarceramento dos dois passageiros da viatura ligeira, que apresentavam ferimentos graves, bem como na queda de três bidons, acabando por derramar o seu conteúdo na estrada.
(Para ler todo o artigo, clique DA)

"GOTAS", exposição de Fausto Correia

As "Gotas", de Fausto Correia, estão à sua espera na Sala de Exposições Inês de Castro da Delegação Regional de Coimbra do Instituto Português da Juventude. "Escorrem pequenas, amparadas pelos reflexos de vida que concentram. Brincam com os nossos olhos e fundem-se com eles irradiando a energia da sua fugaz existência. São gotas de vida, as minhas gotas. Vestidas de cor e de luz, são vaidosas e lindas. São garotas traquinas a brincar no recreio. Um mundo pujante de alegria, um mundo que queremos nosso. Estas são as minhas gotas", escreve Fausto Correia na apresentação de mais uma exposição do projecto BlogAveiro. A mostra estará patente ao público até 19 de Abril e pode ser visitada das 9 às 18 horas em dias úteis e aos sábados das 10 às 19 horas.
Fonte: Blogaveiro

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Posted by Hello "Pôr do sol" de Crixtina, pseudónimo artístico de Dora Bio

sábado, 16 de abril de 2005

IV Aniversário da elevação da Gafanha da Nazaré a cidade

"Trocas à moda antiga"
na Escola Secundária Hoje, até às 16 horas, está a decorrer, na Escola Secundária, uma acção denominada "Trocas à moda antiga", integrada no IV aniversário da elevação da Gafanha da Nazaré a cidade. Trata-se de uma iniciativa daquela escola, envolvendo professores, alunos, empregados e pais. Na feira, porque se trata mesmo de uma feira, com os participantes vestidos à moda dos nossos avós, vendia-se de tudo um pouco, ao som permanente dos pregões de quem quer impor o seu produto. A animação era geral, o que explica o interesse de uma educação/aprendizagem, baseada numa participação dinâmica e interdisciplinar. Por ali vi de tudo um pouco, em especial produtos agrícolas com fartura, ou não fosse a Gafanha da Nazaré uma terra com solo bastante fértil, embora hoje persista uma agricultura que eu chamaria de entretenimento. Batatas, ovos, criação, hortaliças, fruta, peixe de diversas qualidades, fresco e salgado, com predominância de bacalhau e seus derivados, tudo era oferecido a preços razoáveis. Mas também vi artesanato, nomeadamente cestaria, brinquedos e doces, estes integrados num programa especial, chamado "A Matemática também é doce". Num recanto preparava-se o arroz doce, para servir de complemento à caldeirada de enguias e outros comeres, como sarrabulho, rojões e tudo o mais que faça recordar os tempos dos nossos avós. Para animar a festa, que a feira é sempre uma festa, exibir-se-ão o Coral da Escola e um Rancho Folclórico. Até às 16 horas passe por lá. É sempre bom participar e aprender. Fernando Martins
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Receita vendida na Feira Arroz doce 1 kg de arroz 0,5 kg de açúcar 2 L de água 1 L de leite 100 g de manteiga 12 gemas Casca de meio limão Canela e sal q. b. Preparação: 1º Arroz + água + sal, num tacho ao lume até cozer 2º Leite + açúcar + manteiga + casca de limão, mexendo sempre até engrossar 3º Passar gemas num passador e misturar aos poucos no tacho que se retirou do lume 4º Levar de novo ao lume por 2 minutos 5º Enfeitar com canela (Receita da D. Cristina)

Seca já afecta 32 mil portugueses

:: A seca já afecta abastecimento de água a 32 mil portugueses, garante o Diário de Notícias na edição de hoje, o que já é uma situação preocupante. ::
O número de portugueses com dificuldades no abastecimento de água disparou para 32 mil, segundo o relatório da Comissão da Seca 2005 ontem apresentado. No fim de Março, eram 4300 aqueles que já tinham sido afectados por cortes. Em quinze dias, são oito vezes mais. A situação de seca voltou a agravar-se, empurrando 80 por cento do território nacional para o nível severo e extremo.O último ponto da situação feito pelo Instituto Nacional da Água (Inag), a 31 de Março, revelava que as chuvas naquele mês tinham permitido um desagravamento da situação. Mas, em duas semanas, voltou a alastrar a área afectada. Os 24 por cento do território em seca extrema aumentaram para 56 por cento e os 28 por cento em seca severa passaram para 24 por cento, deixando de fora apenas 20 por cento do País.
(Para ler o artigo, clique Diário de Notícias)

DESPORTO NA GAFANHA

Gafanhoas da década de 40 do século passado
Os primeiros passos Há mais de cem anos, era a Gafanha da Nazaré um deserto com algumas casitas semeadas a esmo e a desafiarem ventos que fustigavam tudo e todos. Águas salgadas lambiam terras e gentes e queimavam sementeiras da borda-d'água que teimavam em furar areias ainda virgens. No meio deste cenário pouco acolhedor, um homem rude mas obstinado sonha com terra de progresso. Era o gafanhão. Não satisfeito com o que a terra solta avaramente lhe oferecia, sonha levar por diante a sua transformação a todo o custo, regando com bátegas de suor areias estéreis. E à força de um trabalho insano, foi plantando hortas e depois jardins, quantas vezes roubando espaço à ria e ao mar, ao mesmo tempo que fazia crescer, um tanto sem nexo, pobres casebres que lhe serviam de habitação. O gafanhão, porém, não estava satisfeito e aspirava a mais. O trabalho e o suor de gentes e animais não bastavam para a transformação de areias até então improdutivas. Era preciso mais. Vê o moliço cair-lhe aos pés atirado pelas vagas remansosas das águas sedutoras da ria. Imagina-o apodrecido a fertilizar campos durante séculos abandonados. E da imaginação à realidade pouco distou. A princípio lá foi rapando o moliço que lhe era oferecido de mão beijada. Depois, sem pressas, foi a aventura do moliceiro e da bateira. E as areias, qual milagre tantas vezes sonhado, cedo começaram a dar frutos que se vissem. Contudo, o gafanhão não era homem de têmpera frágil e logo perdeu o medo do mar. Ei-lo a seguir noutra faina não menos importante. A boroa e as batatas tantas vezes insípidas precisavam de conduto que lhes compensasse o esforço de gerações. E vai ao bacalhau, e pesca na ria, e labuta nas salinas, e aprende artes e ofícios. O gafanhão do século XX é já outro. Aprende a ler e voa mais alto em cursos de toda a ordem. Emigra e descobre o comércio. Bate-se na indústria de igual para igual com outros. Aceita outras gentes de mil e tal freguesias do País, com quem se mistura. Não descura a cultura, as artes preenchem momentos de lazer e não esquece a matriz cristã que desde o berço o embalou com certezas de eternidade. E também pratica desporto, cuja história ainda está por fazer. Fernando Martins (Continua)

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Posted by Hello Figueira da Foz: Marina

sexta-feira, 15 de abril de 2005

Eleição do Papa

:::::: Guia para perceber o Conclave (Pessoas, lugares e palavras da eleição do Papa)
A eleição de um Papa obedece a rituais muito simples e precisos, cheios de uma solenidade muito própria pelo gesto e pelo peso das decisões tomadas pelo Conclave. O próximo inicia-se a 18 de Abril, com os Cardeais a tomarem Deus e os Evangelhos como sua testemunha num juramento de “segredo absoluto” sobre todos os procedimentos que ali irão ter lugar.Apenas dois dos Cardeais Eleitores foram criados por Paulo VI e participaram em anteriores Conclaves: o Cardeal alemão Joseph Ratziner e o Cardeal norte-americano William W. Baum. A inexperiência não servirá como entrave ao processo, previsto até ao mínimo pormenor na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, assinada por João Paulo II em 1996.Os eleitoresEntram em Conclave para eleger o Papa apenas os Cardeais que não tenham já cumprido 80 anos de idade. De qualquer modo, o número máximo de Cardeais eleitores é de 120, fixado por Paulo VI e confirmado por João Paulo II.Actualmente há 117 Cardeais eleitores e apenas dois não participarão no Conclave – o Cardeal filipino Sin e o mexicano Suárez Rivera -, por motivo de doença. A legislação da Igreja promove, de facto, a participação de todos: o Conclave só se pode iniciar pelo menos 15 dias depois da morte do Papa.No Conclave estarão representados os 5 Continentes: Europa – 58 Cardeais eleitores; América Latina – 20; América do Norte – 14; África – 11; Ásia – 10; Oceânia – 2. O país com mais Cardeais eleitores é a Itália (20), seguido dos EUA (11); Alemanha e Espanha (6 cada); França (5); Brasil (4).Se um Cardeal tivesse recusado entrar no Conclave, não poderia ser posteriormente admitido no decorrer nos trabalhos. O mesmo não acontece se um Cardeal adoecer durante o processo da eleição do novo Papa.
(Para ler o texto na íntegra, clique aqui)

Um poema de António Gedeão

PEDRA FILOSOFAL Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida tão concreta e definida como outra coisa qualquer, como esta pedra cinzenta em que me sento e descanso, como este ribeiro manso em serenos sobressaltos, como estes pinheiros altos que em verde e oiro se agitam, como estas aves que gritam em bebedeiras de azul. Eles não sabem que o sonho é vinho, é espuma, é fermento, bichinho álacre e sedento, de focinho pontiagudo, que fossa através de tudo num perpétuo movimento. Eles não sabem que o sonho é tela, é cor, é pincel, base, fuste, capitel, arco em ogiva, vitral, pináculo de catedral, contraponto, sinfonia, máscara grega, magia, que é retorta de alquimista, mapa do mundo distante, rosa-dos-ventos, Infante, caravela quinhentista, que é Cabo da Boa Esperança, ouro, canela, marfim, florete de espadachim, bastidor, passo de dança, Colombina e Arlequim, passarola voadora, pára-raios, locomotiva, barco de proa festiva, alto-forno, geradora, cisão do átomo, radar, ultra-som, televisão, desembarque em foguetão na superfície lunar. Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida. Que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança.

Um artigo de Mário Bettencourt Resendes

.. O poder real daqueles que "andam por aí"
Durante o último congresso do PSD, o dr. Pedro Santana Lopes consagrou uma nova expressão no léxico político doméstico o grupo daqueles que "andam por aí".A importância desse grupo no rumo da vida política teve altos e baixos ao longo dos anos, mas a sua entrada no "dicionário" permite consciencializar a sua existência e elaborar alguma análise histórica. Basicamente, trata-se de homens políticos retirados, em licença sabática ou em travessia do deserto, depois de períodos, mais ou menos prolongados, em que desempenharam funções de relevo em partidos políticos ou em órgãos de soberania.Entre todos os que "andam por aí", Mário Soares, Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa estão na primeira linha de poder real, passado, presente ou futuro, nomeadamente em relação ao desempenho dos seus sucessores.
(Para ler na íntegra, clique DN)

A FEIRA DE MARÇO cumpre um ritual

As farturas são um ex-libris da Feira 


Farturas da Família Armando têm o seu segredo

Como não podia deixar de ser, fui mais uma vez à Feira de Março, que se realiza há mais de meio milénio em Aveiro. Fui para cumprir a tradição, apoiada num hábito com mais de meio século. A Feira continua a atrair-me, como atrai muitos outros, apesar de seguir quase sempre o mesmo figurino. Barracas de quinquilharias, zona de divertimentos para os miúdos, onde alguns menos jovens também gostam de entrar, quanto mais não seja em jeito de quem vai acompanhar os netos, artesanato e pronto-a-vestir, louças e brinquedos, de tudo um pouco se oferece a quem chega. 
Mais modernamente, mas já com bastantes anos, não faltam as mostras industriais, algumas inovações tecnológicas, espaços de instituições e gastronomia um pouco por todo o lado, porque a Feira de Março quer satisfazer apetites e matar a sede a quem a tem. Aos fins-de-semana há música para quem aprecia e para atrair ainda mais gente, que vem de toda a região aveirense, nem que seja apenas uma vez durante o certame. 
Ora acontece que eu vou sempre à Feira de Março, porque assumo isso como um ritual, desce a meninice, quando lá ia de propósito, para comer uma fartura e para comprar uns livros de bolso da Civilização, numa barraca que tinha um vendedor que pouco falava. Às vezes perguntava-lhe uma opinião, mas o homem encolhia os ombros e deixava-me sozinho a decidir. Dê as voltas que der, tenho de cumprir outro ritual, mesmo que as dietas da minha idade mo proíbam. Não passo sem comer duas ou três farturas, sempre da mesma marca. 
Há décadas que entro no espaço das Farturas da Família Armando, que são, para mim e para muitos, as melhores. O seu sabor doce é inconfundível e não resisto. Sei que as Farturas da Família Armando estão na Feira de Março de Aveiro há cerca de 60 anos. Para quem lá vai há tanto tempo, sabe disso muito bem. O que não sabe é o segredo que envolve a feitura das farturas, que são um ex-libris da Feira. 
Bem olhei, vi como as fritam em azeite bem quente, como as polvilham com açúcar e com canela (será só isso?), mas o segredo está, de certeza (penso eu, claro!), na massa, como diz o italiano. E porque são tão saborosas, no próximo ano lá estarei outra vez, se Deus quiser. 

Fernando Martins

Um artigo de D. António Marcelino

.... Depois dos louvores, a serenidade necessária
Enterrado o morto, não falta, logo a seguir, enquanto houver quem ouça, alguém que aponte defeitos, faça críticas, mostre contradições, avance profecias. Muitas vezes trata-se de desabafar ressentimentos ou marcar rumo novo para coisas que não foram tão consideradas como se desejava. Um papa, quando morre, não foge a este clima e, por isso, não é de estranhar que tal aconteça em relação a João Paulo II.Ninguém esteve na praça pública das sete partidas do mundo, como este homem. Os tempos facilitaram a publicidade à sua pessoa, não apenas pelo favor das novas tecnologias, dos transportes à comunicação social, mas, sobretudo, pelo que ele disse, escreveu, lutou e mostrou ao vivo, num mundo ansioso de luz, de verdade, de segurança, de paz, de respeito pelos direitos das pessoas, de amor verdadeiro, de reconhecimento, de uma presença que anime e de bem que toque o coração. Não foi a curiosidade que moveu as multidões que foram ao seu encontro, nem o turismo que levou a Roma milhões de cidadãos do mundo. Há fenómenos sociais que se explicam mais por moções interiores irresistíveis, expressões não caladas de gratidão ou de esperança, dinamismos misteriosos que dão estímulo à decisão de viver, mesmo que outras forças soprem em sentido adverso.
(Para ler o artigo na íntegra, clique CV)

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Posted by Hello Boca da Barra de Aveiro

quinta-feira, 14 de abril de 2005

O grande milagre de João Paulo II

Foto da ECCLESIA ...
A Igreja Católica estabeleceu há muito que, para haver beato, tem de ser comprovado, cientificamente, um milagre físico. Por exemplo, a cura de uma doença sem explicação ou intervenção médica. Para a canonização, precisa, pelo menos, de mais um milagre. Que eu saiba, talvez por serem de difícil comprovação, não contam, grandemente, os milagres espirituais, como a conversão de pessoas ou a influência do "candidato" a santo na mudança radical de vida de homens e mulheres e até de comunidades. Ou ainda, as alterações profundas na sociedade universal. Vem isto a propósito do que está a acontecer com o já saudoso Papa João Paulo II, com tanta gente a pedir, o mais depressa possível, que lhe seja dada a honra dos altares. Alega-se, e bem, que João Paulo II conseguiu, durante a sua vida e até na sua partida para o Pai, o milagre de congregar multidões de todos os quadrantes da Terra, levando ao mais importante milagre de todos, que é o milagre da conversão e da mudança de vida, na linha do seguimento de Jesus Cristo. Se o que aconteceu na fase terminal da vida de João Paulo II e no seu funeral não foi o mais extraordinário milagre dos tempos modernos, e quiçá de todos os tempos, para além, obviamente, da presença física de Jesus no mundo e da sua mensagem de salvação, então já não sei o que é, verdadeiramente, um milagre. Um funeral que conseguiu juntar centenas de Chefes de Estado e de Governo, alguns inimigos figadais, uma multidão incontável, de crentes e não crentes, representantes de todas as religiões do mundo, e um sem-número de órgãos de comunicação social, que projectaram a cerimónia pelo globo, tem de ser um milagre, como nunca se viu. Um funeral que levou toda a gente a debruçar-se sobre a vida e o exemplo de fé de João Paulo II, recordando os milagres que ele fez na sociedade cristã e humana, é, sem margem para dúvida, a maior prova da santidade do Papa que nos deixou fisicamente, mas que continuará connosco. Por isso, é de crer que a Igreja Católica declare santo aquele que o povo já santificou. Fernando Martins

Um soneto de Silva Peixe

Rio Vouga ..... Belezas da nossa terra 


Tão linda a nossa ria, esta laguna; 
É um perfeito lago adormecido! 
Não há, por mais encantos que reúna, 
Melhor que o nosso Vouga apetecido. 

Distingo o casario além na serra... 
Se olhar p'rá Costa Nova é um altar! 
A bênção do Senhor cai sobre a Terra 
Que mais tens, Natureza, p'ra nos dar? 

As águas cristalinas e mansinhas, 
A Gafanha a sorrir, casas branquinhas! 
Que inefável pureza, Santo Deus!

Belezas que se gravam na retina 
Encantos duma hora matutina 
Que eu passo a meditar, olhando os céus! 

In "Aveiro, Princesa do Vouga" (1974) 

Silva Peixe Manuel Silva Peixe nasceu em Ílhavo a 12 de Abril de 1902. Com apenas 5 anos ficou órfão de pai. Com a tenra idade de doze anos, embarcou como moço de bordo. Desde logo manifestou a sua veia poética, tendo, sobre esta primeira viagem, escrito: "Tão novo fui p'ro mar com doze anos E a voz da tempestade conheci! Na grande imensidão dos Oceanos! Deixei a mocidade que perdi!" Pela sua profissão de marinheiro, e pelo seu "passatempo" como poeta, ficou conhecido como poeta-marinheiro. Silva peixe participou em programas da RTP, e esteve, por várias vezes, presente na universidade de Aveiro, onde a sua poesia foi analisada e lida perante catedráticos. Foram cerca de vinte os livros que mandou imprimir, a despesas próprias. Poucos dias antes da sua morte foi ao Museu Marítimo de Ílhavo "depositar" todas as medalhas que lhe ofereceram. Morreu em 1990, contando já com a bela idade de 88 anos. 

In "site" da Câmara Municipal de Ílhavo

Centenário da GAFANHA DA NAZARÉ

Presidente da Junta mostra a Oliveira, que já aceitou a terra gafanhoa ....
Festa rija entre 2006 e 2010 Ainda faltam uns anitos, mas já há quem pense na celebração do centenário da freguesia da Gafanha da Nazaré, que foi criada em 1910. Contas feitas, que são fáceis de fazer, em 2010 haverá festa rija, certamente de homenagem a quem a foi fazendo até hoje: gafanhões e outras gentes que para aqui vieram trabalhar e viver, de vários quadrantes de Portugal e do estrangeiro. Manuel Serra, o presidente da Junta de Freguesia, falou-me dessas comemorações, há dias, e garantiu-me que as celebrações vão estender-se de 2006 a 2010, com a envolvência de toda a gente e de todas as instituições (mais de 20, de diversos âmbitos), porque a terra e os gafanhões bem o merecem. A ideia está na forja e aceitam-se sugestões para preencher os cinco anos que nos separam do ponto mais alto dos festejos, que terá lugar num dia que será especial para todos, em 2010.
Para já, foi transplantada para o jardim da Junta, ao lado da sede e do mercado, uma oliveira tricentenária, oferecida por alguém que adoptou esta terra como sua. A árvore aceitou a terra gafnhoa, pegou, e promete que em 2010 mostrará a sua própria perenidade, associada à perenidade desta terra que os gafanhões construíram com sangue suor e lágrimas, ao longo de mais de 100 anos. Fernando Martins

Um artigo de Acácio Catarino

... "Campos de concentração" (Territorialmente desconcentrado)
1. Quando era Primeiro Ministro o Prof. Cavaco Silva, uma distinta especialista e “alta dirigente” na área da Segurança Social afirmou que muitos lares de idosos e acamados eram, no seu conjunto, um verdadeiro “campo de concentração” que não era reconhecido como tal. Podemos dizer hoje, volvidos mais de dez anos, que o “campo de concentração” (lares de idosos e acamados) se mantém, embora com algumas atenuações. E podemos dizer que abrange muitas outras pessoas, para além das idosas e acamadas. Tais pessoas são vítimas não só da falta de lares e de outros equipamentos sociais adequados, mas também da inexistência ou insuficiência de políticas e de outras actuações, bem como do desconhecimento – quase desprezo – da sua realidade.
(Para ler o artigo na íntegra, clique Correio do Vouga)

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Posted by Hello Sé de Aveiro

quarta-feira, 13 de abril de 2005

Um artigo de Severiano Teixeira

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A diplomacia da fé O Papa? Mas quantas divisões tem o Papa? Perguntava Estaline quando se tratava do Vaticano na política internacional. Divisões, divisões, o Papa não tinha nenhuma. Mas como se viu, não precisou delas para derrotar o comunismo. Aquela simples pergunta encerrava, na sua essência, a definição mais acabada e definitiva desse princípio da política internacional a que chamamos "realismo". Um princípio que faz assentar as Relações Internacionais, exclusivamente, no poder e o poder, exclusivamente, na força. Foi esse o erro de Estaline. Confundir o poder com a força militar. Nesse sentido o Papa não tinha poder. Mas tinha influência. Ou melhor, tinha o poder da influência. Não tinha o poder das armas, mas tinha o poder da Fé. E a diplomacia da fé João Paulo II soube usá-la como nenhum dos seus predecessores. Foi um testemunho vivo de luta contra o princípio realista. E foi a prova provada dos limites do "realismo". Sem uma única espingarda, foi um verdadeiro actor internacional. Apenas com a autoridade espiritual transformou-se, como disse Garton Ash, no primeiro líder mundial.Nas tragédias do século XX, outros Papas antes de si tinham desempenhado um papel internacional. Bento XV, que em 1917 tentou, em vão, uma solução para a Grande Guerra. Pio XII, que em 1939, igualmente em vão, apelou à paz. E o próprio João XXIII, que dedicou a sua última encíclica Pacem in Terris às questões internacionais. Mas nenhum foi tão longe como João Paulo II.
(Para ler o texto na íntegra, clique Diário de Notícias)

Vaticano revela números da homenagem mundial so Papa

Praça de São Pedro ...
O Vaticano revelou os números da verdadeira peregrinação mundial em que se tornou a última homenagem a João Paulo II, falecido a 2 de Abril. Os dados são relativos ao período de 3 a 8 de Abril, dia do funeral. Media
A sala de imprensa da Santa Sé e o Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (CPCS) passaram mais de seis mil acreditações a jornalistas, fotógrafos e repórteres para a cobertura mediática destes momentos. A sala de imprensa abriu, desde o primeiro dia de Abril, um secretariado para a acreditação e um centro de serviço de imprensa. O CPCS encarregou-se das licenças junto dos operadores audiovisuais e abriu um centro para a distribuição dos passes. É, obviamente, impossível quantificar o número de estações radiofónicas e televisivas que transmitiram em directo o funeral do Papa, até porque a Rádio e o Centro Televisivo do Vaticano deram autorização, indistintamente, a todas as estações que desejavam retransmitir o seu sinal. Apenas à EUR-EBU ligaram-se 80 estações televisivas para transmissão em mundovisão. 137 redes televisivas de 81 países dos cinco continentes informaram o CPCS terem transmitido os funerais. A página Web da Santa Sé recebeu 1 milhão 300 mil visitantes durante as exéquias papais, com um ponto máximo de 54 mil conexões simultâneas, ocupando uma banda de 9 gigabites por segundo. Missa exequial
Concelebraram 157 Cardeais. 700 Arcebispos e Bispos estiveram presentes. Participaram 3 mil prelados e sacerdotes. 300 foram os que distribuíram a Comunhão. Fizeram-se representar 159 delegações estrangeiras: 10 soberanos reinantes; 59 chefes de Estado; 3 príncipes herdeiros; 17 chefes de Governo; 8 vice-chefes de Estado; 6 vice-primeiro-ministros; 4 presidentes de Parlamento; 12 ministros dos negócios estrangeiros; 14 ministros; 24 embaixadores; 10 presidentes, directores gerais, secretários gerais e presidentes de organizações internacionais; Marcaram presença representantes de outras confissões cristãs e religiões do mundo: 23 delegações de Igrejas Ortodoxas e Ortodoxas Orientais; 8 Igrejas e comunhões eclesiásticas do Ocidente; 3 organizações cristãs internacionais; 17 delegações de religiões não cristãs e organizações para o diálogo inter-religioso. Presença de peregrinos
Mais de 3 milhões de peregrinos reuniram-se em Roma. 21 mil pessoas por hora entravam na Basílica de São Pedro, o que corresponde a 350 pessoas por minuto. 13 horas de espera, em média, para entrar na Basílica – com um tempo de espera máximo de 24 horas. A fila chegou a ter um comprimento de 5 quilómetros. No dia do funeral estiveram 500 mil fiéis na Praça São Pedro e na Via da Conciliação, além de 600 mil participantes nas zonas onde se dispuseram ecrãs gigantes e 400 pessoas com deficiência sobre o sagrado da Basílica. Pessoal destacado
8 mil voluntários: 1300 no Tor Vergata; 1500 em São Pedro; 450 nas estações ferroviárias e noutros lugares onde se dispuseram ecrãs gigantes; 2 mil escuteiros; 11 mil e 900 agentes de segurança: 530 nas fronteiras e 8 mil e 963 em Roma. Fonte: Agência ECCLESIA

A cultura do entretenimento

O entretenimento pode ser, segundo Isabel Allegro Magalhães, interpretado como uma colonização, uma ocupação de uma espaço interior vago. Um tempo que temos entre outros tempos já ocupados é colonizado. Esta ocupação da vontade e do espírito por algo que vem do exterior, que entretém, é o oposto do tempo de gestação, de solidão, de pausa, de criação, exigido pela construção de uma personalidade autónoma. O entretenimento não é simples divertimento, prazer, gosto ou elevação estética. É a vivência do espectáculo, da exterioridade, do estar fora de si, da aparência, da alienação. Esta ocupação trava caminhos individuais, igualiza e generaliza. Transforma a pessoa em mais um elemento das massas, com a pretensão de responder a expectativas genuínas e à vontade do público. Deste modo infantiliza, constrói o fácil, o imediato, a imitação da vida em vez da própria vida. Não problematiza nem abre à transcendência. O problema reside na incapacidade de simbolização (e é o símbolo que religa a superfície e o fundo). Deslizando à superfície tornamo-nos incapazes de transcender o visível, o tangível, a pele. A esta ausência sucedem-se outras: a da capacidade critica e a da indignação. Tudo se torna possível e aceitável. Recuamos e cedemos. Alastra na sociedade contemporânea o sentimento de vazio e deserto. A perda ou empobrecimento das tradições religiosas herdadas conduz a procuras por vezes sem norte e a respostas sem verdadeira transcendência. Mas essa experiência de vazio e de busca podem-se tornar numa verdadeira oportunidade para a qual a Igreja deve propor desafios de qualidade contrariando assim a corrente medíocre. As não-certezas e a consequente perda das seguranças, pode ser um novo inicio: é essa a atitude que provoca uma disposição de abertura espiritual. O Naufrágio onde se perde tudo, é a metáfora perfeita da experiência filosófica inicial. Perdido o supérfluo e acessório o desejo de sabedoria essencial.
In Site da Comissão Episcopal da Cultura (Foto e texto)

Na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré

TROCAS À MODA ANTIGA No dia 16 de Abril, entre as 10 e as 16 horas, na Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, vai realizar-se uma actividade dirigida aos que gostam de reviver os tempos antigos e a todos os que se interessam pelo conhecimento do passado. Trata-se de uma acção denominada Trocas à Moda Antiga, que integra, ainda, um almoço à gafanhoa e a actuação de um rancho. Esta iniciativa faz parte das comemorações da elevação da Gafanha da Nazaré a cidade, que têm o seu ponto alto no dia 19 do mesmo mês.

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terça-feira, 12 de abril de 2005

Mensagem de Roma do Cardeal-Patriarca de Lisboa

D. José Policarpo --- Experimentar e sentir a Igreja
Estes dias em Roma têm sido de uma beleza e profundidade envolventes. Não têm sido um discurso; temos sentido e experimentado o mistério da Igreja, na sua profunda humanidade, embrenhada na história humana, mas ao mesmo tempo movida por aquela força do Espírito que a define como peregrina da eternidade. Estamos todos envolvidos numa experiência comovente: quanto mais profundas e misteriosas as coisas são, mais simples se tornam. E essa simplicidade, própria de quem acredita e de quem confia, revela-se como uma espécie de inocência recuperada. Experimentámos e sentimos a Igreja como um povo que caminha, no meio dessa multidão imensa, que é a humanidade: um povo que, quando uma força misteriosa o atrai e o dinamiza, avança, sem nada o fazer parar. João Paulo II teve esse dom e essa força, de pôr a Igreja a caminho. Aquelas multidões que, em filas imensas, vindas de toda a parte, atravessaram a cidade durante dias seguidos, movidas apenas pelo desejo de contemplarem, pela última vez, o rosto daquele Papa que um dia, sabe-se lá quando, tinha tocado o seu coração e mudado as suas vidas, eram um símbolo vivo do destino da Igreja no mundo contemporâneo. A Igreja pode ser essa avalanche imparável de multidões tocadas por Jesus Cristo, que se põem a caminhar, desejosas de contemplar o seu rosto e que atravessam a humanidade, gritando a esperança. Deixou de haver lugar para um cristianismo acomodado e passivo. Quem acredita no Senhor ressuscitado, põe-se a caminho, torna-se multidão, traça sulcos de esperança na humanidade e na história, grita com o testemunho silencioso desse caminhar, que o homem é peregrino da eternidade e que Cristo ressuscitado é o termo do homem e da história. (Para ler toda a Mensagem, clique aqui)

Que ver nas TV?

Há dias dei comigo a pensar sobre o que de importante passa nas televisões portuguesas e constatei que há muito pouco de importante, para além dos programas noticiosos. Sem querer ser pessimista, posso concluir que a maioria das vezes não vale a pena olhar para a janela mágica, tão cheia anda ela de banalidades, com telenovelas e mais telenovelas e futebol e mais futebol a encherem horas e horas que bem podiam ser dedicadas a outros assuntos mais construtivos e educativos. Hoje, por exemplo, o que é que eu poderia sugerir aos meus leitores? Muito pouco. Na RTP, o Centro de Saúde, às 22.30 horas, onde habitualmente são mostradas situações de doença e respectivos tratamentos. Na 2: Entre Nós, às 16.30 horas, com entrevistas; Nacional Geographic - Crónicas de Crocodilos às 16.30 horas, e às 17 horas, Discovery - Mistérios da Ásia; na SIC, não recomendo nada nas horas nobres; e na TVI também nada se aproveita. Claro que isto é a minha opinião. F.M.

João Paulo II preparava Encíclica sobre caridade e globalização

Nos meses prévios à sua morte, João Paulo II estava a preparar uma encíclica sobre a caridade, como resposta ao fenómeno da globalização, revelou à agência ACI o Arcebispo Marcelo Sánchez Sorondo, Chanceler da Academia Pontifica das Ciências.
O Arcebispo argentino disse à ACI que o tema da globalização era um assunto social que preocupava particularmente João Paulo II. “O Santo Padre considerava que a globalização era um facto irreversível e mostrava-se moderadamente optimista sobre os seus alcances”, referiu.
Apesar desse optimismo, D. Sorondo vinca que “João Paulo II estava profundamente preocupado pelas desigualdades que podem gerar-se quando a liberdade humana não é adequadamente usada para corrigir o fosso existente entre ricos e pobres, para alcançar, de modo similar, níveis de desenvolvimento, bem-estar e justiça no mundo”.“O Santo Padre estava convencido de que a Caridade cristã, na sua total expressão, era a resposta aos possíveis vazios deixados pela globalização”, conclui.
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Fonte: ECCLESIA
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segunda-feira, 11 de abril de 2005

"Artes de Pesca - As Pescas na Arte" no Museu Marítimo

No Museu Marítimo de Ílhavo há mais uma exposição que não pode ficar esquecida, sobretudo pelos que gostam das coisas ligadas ao mar. Desta feita trata-se das artes da pesca e das pescas na arte. A informação veio no Diário de Aveiro e aqui a ofereço a quem não lê este jornal.
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A Sala de Exposições Temporárias do Museu Marítimo de Ílhavo tem patente o primeiro módulo da exposição «Artes de Pesca - Pescas na Arte» até dia 30 de Junho. O segundo módulo pode ser apreciado entre 20 de Julho e 16 de NovembroFoi inaugurada no passado sábado, na Sala de Exposições Temporárias do Museu Marítimo de Ílhavo, uma exposição de pinturas a óleo, aguarelas e esculturas em gesso e bronze subordinado ao tema Artes de Pesca - Pescas na Arte (1.º Modulo).A exposição apresenta obras dos primeiros 25 anos do século XX de pendor naturalista, estando patentes trabalhos de Carlos Pinto Ramos, Simões de Almeida, Juan Avalos, (pertença do Museu de José Malhoa), Sousa Lopes, Carlos Bonvalot, e Silva Porto (da Casa Museu Anastácio Gonçalves) e do espólio do Museu Marítimo de Ílhavo, pinturas de António Vitorino, Bayard, D. Carlos de Bragança, Carlos Fragoso e Palmiro Peixe.Presentes na inauguração, o vereador da Cultura, Neves Vieira, o Comandante do porto de Aveiro, João Velez, o presidente da Associação dos Amigos do Museu, Aníbal Paião, o director do Centro de Saúde de Ílhavo, Pereira da Silva, antigos e actuais tripulantes da frota pesqueira e convidados.
(Para ler o texto na íntegra, clique aqui)