segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Temos de ser nós a pagar?

Serra da Estrela

«Cansa-me assistir regularmente ao espetáculo de meios militares - homens, helicópteros, navios, etc - e de outras estruturas públicas serem chamados para acorrer, nas montanhas ou no mar, a pessoas que, por puro deleite e gosto insensato pelo risco, se metem em alhadas. 
Será que os contribuintes portugueses têm obrigação de suportar os custos decorrentes da inconsciência desta gente? A lei prevê que o Estado possa ser ressarcido por estes gastos? Alguém sabe responder?»



O que não fiz e podia ter feito

Conímbriga

Quando me recordo dos passeios que dei, das viagens (poucas) que fiz e das terras por onde passei, sem disso tudo registar, algumas vezes, quaisquer imagens que me encantaram e que mantenho na memória, fico incomodado. É certo que não havia o digital nem redes sociais para as partilhar com a facilidade com que hoje toda a gente o faz. E quando vou à cata de algumas, em álbuns ou em caixotes, aos molhos, fico desolado com a má qualidade que ostentam. A vida é mesmo assim.
Quem poderia imaginar que em poucas décadas tantas e tão espantosas mudanças surgiriam ao alcance de um clique, dando-nos a visão clara da aldeia global em que vivemos, onde o aqui e o agora nos mostram os vizinhos do lado a milhares de quilómetros das nossas janelas? E não é que com todos podemos falar, sorrir e chorar, partilhar ideias, sentimentos, emoções e até um pedaço de pão? 
Boa semana para todos.

Fernando Martins

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Esta Quaresma começou bem (2)

Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO

«O Papa observou que a hibridação irreversível
da tecnologia aproxima o que está afastado,
mas, infelizmente, torna distante 

o que deveria estar perto.»

1. Há 25 anos, a convite do Centro Bartolomé de Las Casas, de Cusco, participei num congresso internacional sobre modelos de Inculturação e Modernidade, realizado na cidade do México. Samuel Ruiz Garcia, bispo de San Cristobal de las Casas, estava hospedado no convento dominicano onde também eu tinha sido fraternalmente acolhido. Pude conversar longamente com esta figura do catolicismo mexicano que, na altura, já andava nas bocas do mundo, vigiado pelo Governo e pelo Vaticano. Contou-me que tinha sido um padre muito conservador. O contacto com a vida terrível e humilhada dos índios de Chiapas, a participação no Vaticano II e na conferência de Medellin (Colômbia), mostraram-lhe que o caminho do catolicismo era o da incarnação nas culturas nativas. Daí brotou a teologia indigenista que se prolongou na teologia da libertação.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Sobre a eutanásia: perplexidades

Crónica de Anselmo Borges 



 «E o Estado fica com mais 
um encargo: dar a morte?»

1. O debate está aí. Só espero que seja sério, sereno, argumentado, sem pressas, distinguindo muito bem as questões e os conceitos. Por exemplo, todos querem a eutanásia, sim, no sentido etimológico da palavra: uma "boa morte" e também uma "morte assistida", com cuidados médicos adequados, presença afectiva, moral, espiritual. E é bom reflectir que, quando o que está em causa é viver ou morrer, não se pode pretender impor-se aos outros, para vencer a todo o custo. Aqui, não há vencedores nem vencidos: todos seremos vencidos. Mesmo para os crentes, que acreditam na vida para lá da morte, neste mundo, a morte, irreversível, é o poder que a todos derrota. Daí, o primado do combate pela vida.

É urgente dar frutos de boas obras

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha
«É urgente acolher 
a paciência de Deus que brilha»


Jesus recebe notícias trágicas e reage com lucidez espantosa, aproveitando para apresentar a novidade do agir de Deus na história. São notícias do massacre de pessoas indefesas enquanto estavam no templo a praticar o culto; massacre levado a efeito pelo poder político com rosto pessoal – o de Pilatos. Ontem como hoje. E o cortejo de vítimas é incontável. Infelizmente.

Outra notícia triste refere-se à queda da torre de Siloé que causa danos graves e mata gente inocente. Sem dizer nada sobre o motivo de tal ocorrência, Jesus avança com a pergunta de interpelação pedagógica: “Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém?” E acrescenta: “De modo algum, vo-lo digo Eu”. O contraste evidencia o começo da novidade do proceder de Deus em relação às pessoas e a toda a humanidade.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Simplesmente Maria

Crónica de Maria Donzília Almeida


Quando cheguei à US tudo era novo para mim: os espaços, as pessoas, a natureza envolvente. A primeira pessoa com quem me cruzei, ocupava-se nas suas tarefas de horticultura ali, na Quintinha da Remelha. Com solicitude, deu-me as informações pretendidas e franqueou-me as portas do US…
Este nome evocava-me uma antiga instituição, vocacionada para o tratamento de toxicodependentes da Associação Le Patriarche, fundada em 1974, por Lucien Engelmajer.
As histórias de vida que ali se cruzaram, os dramas de jovens colhidos na teia das vicissitudes humanas, na sua luta contra a tirania das dependências, parecem ter deixado, aqui, um rasto de erosão. Um véu de decrepitude paira neste espaço, a começar nas palmeiras de braços caídos, que sucumbiram aos parasitas invasores.

Rota das Padeiras


As padas de Vale de Ílhavo 
valem quanto pesam

«Organizada pela Câmara Municipal de Ílhavo, em parceria com a Associação Cultural e Recreativa “Os Baldas”, a Rota das Padeiras visa promover as Padeiras de Vale de Ílhavo e as suas iguarias gastronómicas, tendo lugar na Sede da Associação (Rua Cabeço do Nuno, 8, Vale de Ílhavo, junto à Estátua da Padeira), onde decorrerão diversas iniciativas como Showcookings, Degustações, Workshops, entre outras, que permitirão aos visitantes apreciar de forma mais próxima todos os aspetos inerentes a este que é um dos expoentes máximos da gastronomia ilhavense.»

Fonte: CMI

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Rádio Terra Nova no PÚBLICO

Comunidade aveirense 
une-se para voltar 
a dar “voz” a rádio local

Reportagem de Maria José Santana


«Cidadãos anónimos, figuras do panorama nacional da rádio e investigadores da área da comunicação estão empenhados em ajudar a reerguer a antena da Rádio Terra Nova, que não resistiu ao temporal do dia 14.»

«“A nossa primeira reacção foi: e agora?”, confessa Vasco Lagarto, director da Terra Nova. Nessa fase, e mesmo ainda sem saber quanto custaria adquirir uma nova antena, toda a equipa da emissora teve noção de que a despesa seria demasiado elevada e que o projecto podia estar em causa. Mas o desânimo não tardou muito a dar lugar a sentimentos de esperança, por força de uma onda de solidariedade que nasceu da própria comunidade. “Mal se divulgaram as primeiras fotos, surgiram pessoas a mobilizarem-se para desencadearem movimentos e iniciativas”, testemunha Carlos Teixeira, jornalista na Rádio Terra Nova há 28 anos.»

Texto e imagem do PÚBLICO

domingo, 21 de fevereiro de 2016

O mar na minha tebaida


Pois é verdade. Tenho o mar na minha tebaida. Conchas, búzios e outros achados apanhados nas nossas praias, graças à sensibilidade da minha Lita, mas também ao seu bom gosto.
Vejo o arranjo todos os dias e todos os dias me debruço sobre o conjunto para apreciar objeto a objeto, nunca me cansando de descobrir pormenores de cada concha ou búzio, que a mãe natureza nos oferece. E não é que os búzios refletem nos meus ouvidos o som do mar?
Curiosamente, a oferta é lançada como coisa inútil pelas ondas nos areais, ali ficando à espera de alguém que se condoa do seu abandono e a recolha e lhe dê o destaque a que tem direito. 

Esta Quaresma começou bem (1)

Crónica de Frei Bento Domingues 

«A falta de humor teológico e litúrgico 
acaba sempre por sacralizar o ridículo.»

1. As Igrejas Católica Romana e Católica Ortodoxa, em 1054, consumaram, de forma solene, o seu progressivo divórcio: excomungaram-se reciprocamente. Dizia-me um amigo, pouco entendido em questões de religião: isso de excomunhões deve ser com como lançar um feitiço para o quintal do vizinho. Só funciona se os dois acreditarem nisso.
De facto, quase durante um milénio, foi mantida essa sacralizada ficção. As duas partes faziam de conta que Deus dependia das suas quezílias teológicas e culinárias. Teológicas, porque se imaginavam a viajar pelo interior da Santíssima Trindade e a observar o percurso seguido pela fonte do Espírito Santo. Culinárias, porque não se entendiam acerca do uso do pão,fermentado ou não fermentado, na celebração da Eucaristia, nem reconheciam a cada uma das igrejas a liberdade de seguir a receita da sua preferência. 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

ADIG em defesa de um ambiente sadio

Carta Aberta ao Prof. Carlos Borrego

Porto Comercial 
Não é novidade para ninguém que a ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha) está em luta por um ambiente sadio na nossa terra. Também não é novidade para ninguém que as indústrias, por mais simples que sejam, podem trazer-nos poluição, se não forem considerados os parâmetros definidos pela legislação em vigor. Mas se é certo que ninguém negará a importância de uma estrutura portuária no litoral português, pelo desenvolvimento que promove no país, em geral, e nas regiões em que se insere, em particular, também é verdade que não pode ser descurado o cumprimento das regras ambientais. O não cumprimento dessas regras acarreta, necessariamente, prejuízos para as populações, a vários níveis. Indústria e estruturas portuárias, sim!, mas nunca com ofensas ao povo e seus bens.
Vem isto a propósito de uma Carta Aberta dirigida ao Prof. Carlos Borrego que a ADIG tornou pública, na qual denuncia o não cumprimento de promessas em devido tempo acordadas, no sentido de serem minimizados os efeitos perniciosos de elementos poluentes, nomeadamente, o Petcoke ou coque de petróleo. 
Diz a ADIG que os estudos a elaborar pelo Prof. Carlos Borrego ainda não foram apresentados à APA (Administração do Porto de Aveiro), como garante esta organização. E salienta a ADIG: «De acordo com a informação dos Dirigentes da APA e da Cimpor, o início da construção da Barreira e, acessoriamente, da Estação de Tratamento, só está dependente da apresentação do resultado dos testes efetuados pelo Prof Borrego.»
Face a isto, impõe-se de facto que o processo não caia no esquecimento, antes se acelere, porque com a vida das pessoas e dos seus bens não se pode brincar.
Permitam-me que refira que tenho pelo Prof. Carlos Borrego a consideração devida a um cidadão honesto e muito competente na área do ambiente. Daí que reforce a proposta lançada pela ADIG, no sentido de o Prof. Carlos Borrego vir à Gafanha da Nazaré explicar o que se passa com tão candente problema que afeta tanta gente. 

Fernando Martins


Farol do Cabo Mondego com mar à vista

Farol do Cabo Mondego
Gosto muito desta paisagem com o Farol do Cabo Mondego a emprestar mais beleza ao enquadramento. Este farol foi o terceiro a ser construído no nosso país, uns anitos antes do Farol da Barra de Aveiro, que tem data de inauguração de 1893. Não tem a altura do nosso, mas não deixa de nos proporcionar momentos agradáveis, com o oceano a dominar no horizonte. Não me perguntem porquê, mas gosto mesmo. Gosta-se porque se gosta, diz-se. Quantas vezes nem pensamos no porquê das coisas. 
Quando vou à Serra da Boa Viagem, passeio que não faço há já bastante tempo, não deixo de contemplar este panorama sem fim, que estimula a nossa imaginação ávida de chegar mais alto e mais longe.


Balanço de uma viagem à Grécia

Crónica de viagens 
de Maria Donzília Almeida

Partenon
Capela de S. Paulo
Kalambaca - Mosteiro









Ilha de Hidra
Render da Guarda












«A democracia... 
é uma constituição agradável, 
anárquica e variada, 
distribuidora de igualdade 
indiferentemente a iguais e a desiguais.»

Platão

Viajar pela Grécia é uma aventura para qualquer forasteiro e uma desventura para os nacionais residentes, que veem o seu país nas bocas do mundo, pelas piores razões. Apesar de ter sido o berço da democracia, encontra-se hoje em maus lençóis, pois os gregos não têm sabido dar continuidade aos grandes vultos da antiguidade.
A Grécia foi o berço da cultura clássica que atingiu o seu apogeu no século V a.C. onde a democracia foi instaurada por Clístenes, na cidade-estado de Atenas.

A caminho do México, Havana

Crónica de Anselmo Borges 
no DN

«Briguem como homens 
e rezem como homens de Deus»

1 A causa fundamental da divisão da Igreja do Ocidente e da Igreja do Oriente e do cisma em 1054, com a excomunhão mútua, foi política, com reivindicação de importância e poderes de Roma e Constantinopla, respectivamente. Depois, sucederam-se lutas, inclusive com massacres de um lado e do outro, com o que isso significa de indignidade e escândalo entre cristãos.
Em 1964, o Papa Paulo VI e Atenágoras I, Patriarca de Constantinopla, abraçaram-se em Jerusalém, concordando em declarar nulas as excomunhões. Houve mais encontros entre Papas e Patriarcas. Mas, em quase mil anos, isso nunca aconteceu, até ao passado dia 12, entre um Papa e um Patriarca de Moscovo. Agora, os tempos são outros; o Papa é Francisco e o Patriarca de Moscovo e de toda a Rússia é Cirilo; a ameaça de uma Terceira Guerra Mundial é real; a perseguição dos cristãos no Médio Oriente e no Norte de África é brutal; os desafios para as Igrejas são gigantescos; a importância de Putin na geopolítica é enorme; o pedido de Jesus pela unidade, sempre presente... Os esforços da diplomacia ao longo de anos conseguiram o encontro, com razão considerado histórico, de Cirilo, de visita a Cuba, e de Francisco a caminho do México.

É bom estar com Jesus. Experimenta!

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha
Quem vive o amor de doação 
realiza-se plenamente

Pedro condensa a experiência que faz com João e Tiago no monte Tabor declarando: “Mestre, que bom estarmos aqui!” Que bom estar contigo, ver o brilho da tua realidade profunda, a tua divindade, dar conta de quem te acompanha, Moisés e Elias, sentir-se envolvido pela nuvem da manifestação, ouvir a Voz celeste que proclama quem tu és: “ Este é o meu Filho, o meu Eleito. Escutai-O”. Que alegria transparece do estado de espírito de Pedro. Que satisfação experiencia, apesar da sonolência que o havia assaltado e do medo que o trespassava. Que mensagem transmite a toda a humanidade, sobretudo aos cristãos que desejam ser fiéis discípulos e corajosos missionários. Mensagem que vale a pena aprofundar e saborear.
“Não vos enganeis”. O homem com quem conviveis e vos acaba de anunciar o futuro próximo é uma pessoa normal, procede de forma humana, ama incondicionalmente porque deseja mudar as relações entre as pessoas e humanizar as leis e tradições, provocar a mudança do mundo para que se torne habitável por todos, e cada um se sinta feliz e realizado.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Presbitério Diocesano mais pobre

Padre Rogério

O Presbitério diocesano de Aveiro ficou mais pobre com o falecimento do padre Rogério, pároco de Cacia. Inesperado como todas as mortes o são, mas certo é que ninguém se pode livrar  dessa hora, a não ser, para os crentes, pela convicção da ressurreição. 
Não privei de perto com o padre Rogério, mas conhecia-o perfeitamente para de alguma forma manifestar o meu pesar pela sua partida tão cedo para o seio do Pai, quando tanto poderia ainda fazer pelo Povo de Deus que vive e trabalha na área diocesana. 
Partilho aqui um parágrafo do padre Pedro Correia, cuja amizade com o padre Rogério está bem patente no que escreveu:

«O Pe. Rogério: cumpriu-se de modo inteiro. A sua informalidade evangélica positiva deixava-me quase (sempre) desconcertado. Sempre desarmado com o seu “faro” existencial para o que importa viver pastoralmente na fronteira da Igreja (não à margem de). Um criativo por excelência. Invejava esse jeito de ser que conquista na proximidade (como agora se diz e abusa enquanto moda-a-ter e não modo-de-ser); fazendo cair as fronteiras e os murros do peso institucional. Não sou capaz mas aprendia mais contigo.»

Ler mais aqui 

Malditos preconceitos


Miguel Esteves Cardoso escreve sobre os malditos preconceitos. Em cinco parágrafos diz outras tantas verdades, com a simplicidade que lhe é conhecida. Outros não concordarão, mas eu não tenho qualquer preconceito em o afirmar. É indiscutível que escreve  bem, com graça e com verdade. Aqui fica o último parágrafo.

«Lutar contra os preconceitos é um dever aprazível para os escravos libertados que querem espalhar a alegria da libertação. Mas a melhor e mais nobre de todas as guerras é aquela contra as injustiças e ignorâncias exploradoras que mantêm os piores e mais brutos no poder sobre as melhores, mais justas e humanas. Como as mulheres.»

Para ler os outros parágrafos pode clicar aqui 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Um país onde a justiça trai as crianças

Isabel Stilwell


A afirmação que está no título desta minha mensagem é o tema de uma crónica de Isabel Stilwell publicada no "negócios". Logo em destaque, a abrir, vem este resumo: «Uma criança confia numa juíza, que lhe garante sigilo. A conversa é capa de revistas. Que País é este onde a Justiça trai e ataca, sem que ninguém diga nada?» Agora, desafio os meus leitores a lerem todo o texto. Vale a pena para percebermos em que mundo vivemos. E também para percebermos o nível de certa gente, mesmo dentro da Justiça Portuguesa e a trabalhar nos jornais. 

Podem ler aqui 


«Que tristeza! Perdão, irmãos!»

Papa critica tentativa de uniformizar 
cultura e reitera que família é essencial

Papa com indígena mexicano
«Muitas vezes, de forma sistemática e estrutural, os vossos povos acabaram incompreendidos e excluídos da sociedade. Alguns consideram inferiores os vossos valores, a vossa cultura e as vossas tradições. Outros, fascinados pelo poder, o dinheiro e as leis do mercado, espoliaram-vos das vossas terras ou realizaram empreendimentos que as contaminaram. Que tristeza! Como nos seria útil a todos fazer um exame de consciência e aprender a pedir perdão! Perdão, irmãos!»

Ler mais aqui 

À espera do verão

É sempre assim. Quando está calor, pedimos aragens fresquinhas, quando está frio gritamos pelo verão. Nunca estamos satisfeitos com o que temos. 
Hoje, quando arrumava imagens numa nuvem, descobri esta captada pela minha Lita e caminho de S. Pedro de Moel. Verão cheio no tempo dele. Tanto que até pedimos um pouquinho de frio… 
E aqui a partilho na esperança de que o verão venha depressa. Sim!...Eu sei que primeiro virá a primavera, e isso já não será nada mau!
Até lá, temos que sofrer um pouco. Paciência!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Faleceu o Manuel Albino Sarabando

Funeral amanhã, 17,
15 horas,
na Matriz da Gafanha da Nazaré

Manuel Albino

Com o passar dos anos, cada vez mais deparamos com a partida deste mundo de amigos com quem partilhámos cumplicidades em prol da comunidade. Desta feita, registamos o falecimento do Manuel Albino Sarabando de Jesus da Marinha Velha. Filho de Albino de Jesus e de Maria dos Anjos Sarabando era casado com Isalinda Vidreiro e pai de Daniel Filipe. 
O Manuel Albino fez parte de uma família numerosa que vivia mesmo ao lado da escola da Marinha Velha. Seguiu o ofício de eletricista, tendo emigrado para o Canadá, onde trabalhou alguns anos. No regresso, retomou a sua atividade até se reformar. Homem bom por índole, nunca o vi zangado com quem quer que fosse nem com a vida. Mesmo depois de doente, quando me cruzava com ele, mantinha a serenidade e nunca se mostrou agastado quando respondia a pergunta que lhe punha, no sentido de ser esclarecido sobre os tratamentos que estava a seguir. O problema era muito complicado, mas o Manuel Albino não falava disso. 
Conheci-o mais de perto na comunidade católica em que estava integrado, com responsabilidade no Conselho Económico e Pastoral. Antes, exerceu a missão de educador da fé, na Catequese Paroquial. Em tudo o que fazia punha o melhor da sua disponibilidade e competência, com toda a naturalidade. 
Que Deus o acolha no seu regaço maternal. Os meus pêsames à esposa e filho, bem como aos demais familiares.

Fernando Martins

Um livro de Basílio de Oliveira — “Vagos d’Escrita”

“Vagos d’Escrita” é um livro de Basílio de Oliveira, 
edição do autor, apoio da Câmara Municipal de Vagos 
e do Centro de Educação e Recreio (CER)


Em “Nota Prévia”, Basílio de Oliveira afirma que este trabalho não tem carácter histórico nem literário, pois apresenta simplesmente «uma compilação de todas as figuras literárias que nasceram, viveram ou vivem em Vagos ou que escreveram sobre Vagos». Lendo o livro, confirma-se, facilmente, que nele há registos de escritores de gerações diferentes, «ressaltando aos nossos olhos particularidades da vida e obra dos homens que ao longo dos anos fizeram desta terra a sul do Vouga uma terra de contrastes».
É de realçar que este trabalho se deve «ao enorme entusiasmo e sentido de descoberta dos nossos estudantes, professores, nomeadamente, Professor Mário Paulo Martins e Diretor do Colégio Nossa Senhora da Apresentação de Calvão», entre outros colaboradores, como refere o autor.
Silvério Regalado, reconhece, em “Mensagem do Presidente da Câmara Municipal de Vagos”, que a cultura se pode manifestar de «diversas formas, com diversas linguagens», mas sublinha que, no caso deste livro de Basílio de Oliveira, «são as palavras que mais se fazem representar, que expressam, que ajudam a pensar, que nos fazem agir e sentir o que é nosso».

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A Rádio Terra Nova não pode morrer


A Gafanha da Nazaré sofreu as consequências do vento forte que varreu a noite passada a nossa região. A antena da Rádio Terra Nova, apesar de bem peada, não resistiu. A natureza, realmente, derruba tudo quando lhe apetece, ou quando, sem aparentes motivos, o deus Éolo, por pura maldade, enraivecido, resolve destruir o mundo. Não o há de conseguir, asseguramos nós, os homens que teimam em ter voz nas terras dos seus ancestrais. E a antena há de ser erguida, custe o que custar, pela vontade indómita das nossas gentes. E como a união faz a força, todos, de mãos dadas, como símbolo da concentração de energias, ressuscitaremos a antena. Viva a Terra Nova.

Fernando Martins

Papa Francisco no México

Papa elogia multiculturalismo, 
cita Nobel da Literatura 
e pede santuários de vidas refeitas

«A experiência demonstra-nos que quando se busca o caminho do privilégio ou do benefício para poucos em detrimento do bem de todos, mais cedo ou mais tarde, a vida em sociedade transforma-se num terreno fértil para a corrupção, o tráfico de drogas, a exclusão das culturas diferentes, a violência e até o tráfico humano, o sequestro e a morte, que causam sofrimento e travam o desenvolvimento», afirmou o Papa Francisco.
E acrescentou: «Não ponham a sua confiança nos "carros e cavalos" dos faraós atuais, porque a nossa força é a "coluna de fogo" que rompe, dividindo em dois as águas do mar, sem fazer grande rumor», apelou, antes de exortar o episcopado a não perder «tempo e energias nas coisas secundárias», como «intrigas», «murmurações e maledicências», abandonando «projetos vãos de carreira» e «planos vazios de hegemonia».

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Cantares dos Reis na igreja da Gafanha da Nazaré

Só conhecendo o passado 
se pode preparar o futuro


Com organização do Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré (GEGN), realizou-se na matriz da nossa terra, no dia 30 de janeiro, pelas 21h15, um espetáculo com temas do Natal e Reis. Participaram, para além do grupo anfitrião, o Rancho Folclórico de Santa Maria do Olival, Gaia, e o Grupo Folclórico de Passos, Silgueiros.
Perante uma assistência interessada, os grupos exibiram os seus cantares ao Menino, próprios da época, em que se enquadram as melodias dos Reis, apresentadas de porta em porta pelas freguesias que cultivam esta tradição.
O GEGN, depois das palavras de boas-vindas do presidente, Alfredo Ferreira da Silva, dirigidas aos grupos convidados, brindou a assistência com cânticos dos Pastores e Reis Magos que vieram adorar o Deus-Menino, ali presente, simbolicamente, no presépio erguido na igreja matriz.