sábado, 25 de junho de 2011

Pescador desportivo em paz...


O pescador desportivo é um pescador amador, no sentido de quem ama a natureza e procura desfrutar horizontes que enriquecem a imaginação. Este pescador é um desses. Com um olho na cana de pesca e outro nas águas mansas da nossa ria, ali está indiferente ao mundo agitado dos tempos que correm sem se saber para onde... 
O nosso pescador mostra que é um homem tranquilo ou à procura desse estado de alma. Vem peixe? Não vem peixe? Penso que pouco importa. O que realmente interessa é estar ali com os seus pensamentos, com os seus sonhos, com a certeza da paz que lhe enche o espírito.

DIVINO ESPÍRITO SANTO: A festa mais humanista do mundo

Festas do Espírito Santo - Açores

As 'sopas' do Espírito Santo
 Anselmo Borges

Várias vezes Natália Correia me desafiou para as festas do Divino Espírito Santo, nos Açores - ela era espírito-santista. Então, não foi possível. Mas este ano aconteceu.
É capaz de ser a festa mais humanista do mundo. Ah!, aquela coisa dos "impérios"! Chegue quem chegar, senta-se e come e bebe fartamente, sem que alguém lhe pergunte quem é, donde é, o que faz. De graça. No "império" a que me acolhi, lá estava o espírito: "A hora de repartir/Que a gente tanto gosta./Pão, carne, massa e vinho/Temos sempre a mesa posta." Ali, foram servidas mais de 600 "sopas" (um ensopado de carne excelente).
Se formos à procura da origem destas festas, encontraremos um monge célebre do século XII, Joaquim de Fiore, que deu o joaquimismo. Segundo ele, a História do mundo está dividida em três Idades: a Idade do Pai ou da Lei, que é a idade da servidão e do medo; a Idade do Filho, que é a idade da submissão filial; a Idade do Espírito Santo, na qual se ia entrar, e que é a idade do Amor, da Liberdade e da Fraternidade.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Festa do Corpo de Deus na Gafanha da Encarnação



Para que todos sejamos um com Jesus Cristo

Em cerimónia a que presidiu o arcipreste de Ílhavo,  Padre Ângelo Manuel Pereira da Silva, também pároco da Sagrada Família da Barra e de Nossa Senhora da Saúde da Costa Nova, celebrou-se ontem, 23, a Festa do Corpo de Deus, com eucaristia e procissão, na Gafanha da Encarnação. Participaram, para além dos párocos e outros sacerdotes com responsabilidades no Arciprestado de Ílhavo, bem como três diáconos permanentes, mais de dois mil e quinhentos fiéis, que encheram por completo o pavilhão desportivo daquela vila. Um número incontável de pessoas ladeou as ruas, com tapete verde e flores, durante a passagem da procissão, em que se incorporaram autoridades civis, irmandades, escuteiros, outras associações, crianças da primeira comunhão com seus catequistas e muito povo. Esta festa, com grandes tradições entre nós, teve lugar, pela primeira vez, fora da sede do concelho, por decisão pertinente dos membros do Conselho Arciprestal. Orientou as cerimónias o Padre Francisco Melo, pároco das Gafanhas da Encarnação e Nazaré.

Na margem do Rio Benga, em Moçambique

Pirogas para atravessar o rio

Família moçambicana

Higiene no rio

Jorge Ribau entre as ruínas 

Abandono completo

Havia umas ruínas que parecem uma antiga missão, uma família com dois pequenitos, ele Tunão e ela Tudela. A mais velha lavava os pés numa pedra e a Tudela uns lenços e umas meias. Pirogas que atravessavam pessoas, bicicletas e motas...
Retratos do quotidiano num país pobre, com um passado da colonização portuguesa em perfeito estado de abandono. Todo este abandono seria necessário? Penso que não. Oxalá Moçambique tome o comboio de um progresso desejável para todos os moçambicanos. 

Pedalada pelo Ambiente


Encerramento do ano letivo

22.06.11

Nas vésperas de S. João,
Repetiu-se a pedalada
Da Escola da Encarnação,
Que acabou em sardinhada!

Maria Donzília Almeida


Imediatamente a seguir à entrada do solstício do verão, deu-se o encerramento das atividades letivas, na nossa escola. Para que os alunos deixem o local onde tanto tempo passaram, com a mesma sensação de alegria e boa disposição (será que alguma vez lhes falta?), com que iniciaram o ano letivo, cá está o pessoal a esfalfar-se! 
Uma pedalada pelo ambiente, tal como exibiam as T-shirts oferecidas pela Associação de Pais, foi organizada pelo grupo de Educação Física, que muito se empenhou para que tudo corresse na melhor ordem. Assim, pelas 9:30, partiram da escola em massa e aos magotes, alunos, professores e elementos da comunidade, que numa atitude de colaboração, quiseram juntar-se ao evento. 
Todos seguiram o trajeto, previamente, determinado e, passando pela cidade da Gafanha da Nazaré, rumaram à Barra, sempre, sempre a pedalar! Apesar do número de alunos ser consideravelmente superior, àquele que temos na turma, é muito mais fácil controlá-los e captá-los para esta atividades de exercício físico. Não admira! As crianças estão muito mais propensas para atividades em que despendam energia física do que permanecerem quietas, numa sala, naquelas intermináveis aulas de 90 minutos! Qualquer pessoa medianamente inteligente consegue ver isto! Só não o vê quem não quer mesmo ver. E, “Pior que ser cego, é aquele que não quer ver”!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Tolentino Mendonça entre os artistas convidados para assinalar 60 anos de ordenação sacerdotal do Papa

Tolentino Mendonça



A notícia foi avançada na terça-feira pelo site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), dirigido pelo próprio Tolentino Mendonça.
O presidente do Conselho Pontifício da Cultura, o cardeal italiano Gianfranco Ravasi, organizou uma homenagem ao Papa que conta com o contributo de 60 personalidades de “nível internacional e pertencentes às diversas categorias artísticas”, como a “pintura, escultura, fotografia, literatura e poesia, música, cinema, ourivesaria”, refere uma nota de imprensa daquele dicastério da Santa Sé.

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré: um ano com cultura




Centro Cultural da Gafanha da Nazaré


Festival do Bacalhau vai garantir 
um aumento da oferta gastronómica

Para celebrar um ano de vida em prol da cultura, o Centro Cultural da Gafanha da Nazaré tem patente ao público, até 30 de setembro, uma exposição comemorativa do Bicentenário da Abertura da Barra, intitulada “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro — 1808 - 1932”.
Numa curta entrevista que nos concedeu, o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), Ribau Esteves, garantiu que o balanço deste ano de trabalho foi «muito positivo». Recordou que a reabilitação do edifício custou o triplo da obra original, tendo sublinhado que «temos de cuidar, em primeira instância, daquilo que temos, dando-lhe qualidade». Essa qualidade foi  garantida ao Centro Cultural da Gafanha da Nazaré pelas obras levadas a cabo, o que  lhe proporcionou «condições que a  modernidade exige».

O tempo quente está marcado para hoje

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Tanto quanto nos garantem os meteorologistas, hoje, dia do Corpo de Deus, vamos ter tempo quente. Boa razão, julgo eu, para um passeio descontraído até ao Jardim Oudinot, onde não faltam sombras e o ar fresco da maresia para nos alimentar o espírito. Junto à praia há um bar (não tenho qualquer comissão), onde se pode tomar um refresco.

Sardinhada nos Cuidados Continuados da Misericórdia de Ílhavo



Hora de saborear

Hora de partilhar alegria

Boas sardinhas e alegria não faltaram
 
Decorreu no passado dia 22 uma sardinhada no jardim da UCCI (Unidade dos Cuidados Continuados Integrados), organizada pelos responsáveis da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo, contando com a presença dos utentes, de elementos da Mesa Administrativa, de responsáveis da Unidade e de Voluntários.
Jogos tradicionais, canções, caldo verde, sardinhas assadas e arroz-doce foram os principais condimentos que fizeram com que os doentes tivessem passado a refeição do almoço de uma forma diferente do habitual.
No final, a opinião de alguns Voluntários era clara:  «...apesar de muito cansados estavam felizes....»
 
Fotos: Voluntária - Natércia Basílio

Papa convida a celebrar solenidade do Corpo de Deus



«Bento XVI convidou hoje os católicos a celebrar a solenidade do Corpo de Deus, esta quinta-feira (feriado nacional em Portugal), dia no qual o próprio Papa vai presidir a uma procissão pelas ruas de Roma.
“Que esta solenidade inflame em nós o respeito e o amor pela eucaristia, fonte inexaurível de graça”, disse, em polaco, durante a audiência pública desta semana, na Praça de São Pedro, Vaticano.
O Papa aludiu às celebrações da missa e às procissões que acontecem neste dia, esperando que os fiéis se unam “a este ato de profunda fé para com a eucaristia, que constitui o mais precioso tesouro da Igreja e da humanidade”.»

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Reflexão para o Dia do Corpo de Deus



SACIAR A FOME DE PÃO VIVO

Georgino Rocha

A fome é uma realidade visível interpelante que abrange todas as dimensões do ser humano: do alimento básico indispensável para a sobrevivência às razões consistentes do sentido da vida; da pobreza do espírito à auto-suficiência repleta de vacuidades; do egoísmo individualista à fragmentação do tecido social; da piedade devocional privativa às formalidades dos ritos religiosos comunitários, vazios e inconsequentes.

Superar a fome ou atenuar os seus efeitos é empreender a humanização da pessoa e das unidades sociais e religiosas em que natural ou opcionalmente se integra. Saciar a fome é desenhar horizontes aos limites das circunstâncias e definir passos a dar nos caminhos árduos da felicidade. Dominar a fome é saber gerir as necessidades e as capacidades para que o organismo, pessoal e social, mantenha um equilíbrio saudável e não falte o que é preciso nem sobre o que é supérfluo.

Corpo de Deus: uma festa com mais de sete séculos


Desde o século XII, quase não há em Portugal cidade ou lugar que prescinda da celebração da festa do Corpo de Deus, invocadora do "triunfo do amor de Cristo pelo Santíssimo Sacramento da Eucaristia".
***

«A Solenidade Litúrgica do Corpo e Sangue de Cristo, conhecida popularmente como "Corpo de Deus", começou a ser celebrada há mais de sete séculos e meio, em 1246, na cidade de Liège, na actual Bélgica, tendo sido alargada à Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula "Transiturus", em 1264, dotando-a de missa e ofício próprios.
Na origem, a solenidade constituía uma resposta a heresias que colocavam em causa a presença real de Cristo na Eucaristia, tendo-se afirmado também como o coroamento de um movimento de devoção ao Santíssimo Sacramento.
Teria chegado a Portugal provavelmente nos finais do século XIII e tomou a denominação de Festa de Corpo de Deus, embora o mistério e a festa da Eucaristia seja o Corpo de Cristo. Esta exultação popular à Eucaristia é manifestada no 60° dia após a Páscoa e forçosamente a uma Quinta-feira, fazendo assim a união íntima com a Última Ceia de Quinta-feira Santa. Em alguns países, no entanto, a solenidade é celebrada no Domingo seguinte.
Em 1311 e em 1317 foi novamente recomendada pelo Concílio de Vienne (França) e pelo Papa João XXII, respectivamente. Nos primeiros séculos, a Eucaristia era adorada publicamente, mas só durante o tempo da missa e da comunhão. A conservação da hóstia consagrada fora prevista, originalmente, para levar a comunhão aos doentes e ausentes.»

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Descanso na praia do Jardim Oudinot


Em dia de sol, pela manhã, sentada numa pedra com os pés bem assentes na areia branca, no Oudinot, esta jovem preferiu a paz de alguma solidão ao bulício dos que se agitavam na água da nossa ria. Afinal, há tempo e gostos para tudo.

"Jesus nas Oliveiras", a traineira de Nossa Senhora dos Navegantes

Traineira "Jesus nas Oliveiras"


Hoje, pouco depois das 11 horas, a traineira "Jesus nas Oliveiras", do mestre Palão,  passou pelo Canal de Mira, frente ao Jardim Oudinot, a caminho do Porto de Pesca Costeira. Penso que para descarregar o pescado. Lembrei-me de um dado curioso: esta traineira costuma transportar Nossa Senhora dos Navegantes no seu andar, há vários anos, na badalada procissão pela ria, rumo à sua capelinha no Forte da Barra. 

Rui Tavares fala da caça ao independente no BE

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Aveiro - Apontamentos Históricos



«Entre nós muito se tem destruído e muita falta de cuidado tem havido na conservação dos nossos monumentos.
Não foi Aveiro das terras mais infelizes neste ponto, posto o tenha sido na pouca proteção dos poderes públicos, na pouca atividade dos seus naturais e no desamor com que muitos dela falam. Mas se Aveiro não foi das terras mais infelizes, ainda assim se poderá avaliar o que se daria em todo o Portugal, visto que pelo dedo se conhece o gigante.
Em Aveiro, relativamente a outras localidades, não eram muitos os monumentos históricos, mas ainda eram bastantes e alguns dignos de menção e de serem poupados pelo camartelo destruidor.
Apresentarei apenas alguns exemplos da falta de cuidado em tomar apontamentos antes de destruir, e da falta de cuidado em conservar.»

José Reinaldo Rangel de Quadros Oudinot

Mais de metade dos portugueses não vai gozar férias



Li aqui que mais de metade dos portugueses não vai gozar férias este ano. Compreende-se perfeitamente. Com receios instalados, a todos os níveis e em todos os sectores, não seria de esperar outra coisa. Os que não podem deixar de procurar trabalho, esses terão de andar em busca de garantias de pão para o dia a dia. Os outros têm nos seus horizontes a poupança, essencial nestas situações que atravessamos. 
Claro que não faltará quem encha as nossas praias, termas, estâncias turísticas e outros lugares de descanso, como, aliás, se tem visto nas miniférias oferecidas por algumas pontes. 


A verdade urge


Coisas de sobrevivência

Sandra Costa Saldanha

Momento em que a verdade urge, em que a mensagem é como nunca assimilada, é também a hora, oportuníssima, de uma intervenção íntegra e frontal, sem demagogias

Em ambiente renovado, de genuíno propósito e aparência empenhada, uma esperança fortalecida parece depositar-se na recente equipa governativa.
Generaliza-se o apelo à união e à produtividade, mais do que à luta extenuante pela sobrevivência, em que paralisámos há anos.
Algumas gerações não conheceram, sequer, outro modo de vida.
Ideologias à parte, mais do que crer, confia-se para sobreviver. Em estado de graça, é certo, a renovação sempre faz destas coisas, vencendo, a bem da nossa felicidade (mesmo que efémera, mas tranquilizante), o amargo da suspeição, inerte numa herança que nunca foi deixada. Relativiza-se o lastro da obra feita, do discurso faccioso, da inauguração antecipada, do acordo inconsequente.
Ávidos de boas novas, a expectativa é enorme. Validam-se ideias e aguardam-se palavras de alento, que entrem, e depressa, nos nossos lares. Momento em que a verdade urge, em que a mensagem é como nunca assimilada, é também a hora, oportuníssima, de uma intervenção íntegra e frontal, sem demagogias.
Nesta missão concreta, em discurso direto, legível e verdadeiramente ecuménico, muito se espera da Igreja em Portugal.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Bom verão para todos


 
Começa hoje o verão, com o dia mais longo e a noite mais curta. A partir de hoje, os dias começam a decrescer, mas com o calor nem damos por isso.Noites amenas é o que todos desejamos. Dias também, claro.
Para os que trabalham, com emprego certo, haverá, em princípio, uns dias de descanso, longe das rotinas do dia a dia. Porém, com os problemas há muito anunciados, nem sei se teremos disposição para gozar férias à moda antiga.
O Google lembra-nos hoje o início do verão, com um ramalhete florido, em jeito de quem pretende estimular a alegria de viver. Vamos então fazer por isso, porque tristezas não pagam dívidas nem resolvem crises.
Bom verão para todos.

“A Barra e os Portos da Ria de Aveiro — 1808-1932”


Inês Amorim dá uma lição de história na exposição


A Gafanha da Nazaré não nasceu por causa do porto 

«A Gafanha da Nazaré não nasceu por causa do porto, mas o porto, desde que nasceu, é uma peça importantíssima no desenvolvimento e crescimento da Gafanha da Nazaré, e, obviamente, de todo o município, de toda a nossa região», afirmou Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), na inauguração da exposição — “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro — 1808-1932” — que está patente no Centro Cultural da nossa terra até 30 de setembro. Trata-se de uma mostra que assinala o primeiro aniversário da reconversão do Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, um espaço cultural que, durante o último ano, acolheu mais de 16 mil utilizadores, como referiu o autarca ilhavense. 
Centrando a sua intervenção na exposição, Ribau Esteves recordou os cidadãos que, «em primeira instância, tiveram que viver os prejuízos e que em primeira instância, também, têm a gestão dos lucros da existência do novo porto e do seu crescimento, que são ainda os da Gafanha da Nazaré». E acrescentou: «quisemos que durante três meses a Gafanha da Nazaré tivesse aqui, neste centro renovado, esta exposição, para compreendermos a história da nossa terra.»

Boas lições para Passos Coelho e Fernando Nobre

Fernando Nobre


Fernando Nobre recebeu ontem uma lição que o deverá marcar para a vida. A Assembleia da República, no início de mais uma legislatura, rejeitou o seu nome para o cargo de segunda figura na hierarquia do Estado.
Sem qualquer experiência parlamentar, Fernando Nobre julgava-se à altura da presidência do Parlamento. Logo ele que, na campanha para as presidenciais, criticara partidos e políticos, com uma arrogância que não lhe ficou bem. E mais tarde até disse que, se não fosse eleito para a presidência da Assembleia, nem sequer ocuparia a cadeira de deputado. Diz agora que permanecerá como parlamentar, enquanto entender que a sua prestação será útil.
Passos Coelho também aprendeu a lição, com esta derrota política, ao propor Fernando Nobre para aquele alto cargo, adiantando-se às obrigações que cabem aos grupos parlamentares e aos deputados. Estas lições, no fundo, têm a sua utilidade: os políticos devem pensar duas vezes quando prometem seja o que for.
Fernando Nobre, cujas qualidades altruístas ninguém nega, ainda terá aprendido que a humildade, seja onde for, fica sempre bem.  

Igreja Católica espera que cultura tenha nova abordagem e não seja menorizada pelo Governo

D. Manuel Clemente


A Igreja Católica espera que a extinção do Ministério da Cultura e a sua substituição por uma Secretaria de Estado traga uma nova abordagem ao setor e não implique a sua menorização.
«A cultura pode ter um ministério – nalguns casos tem e muito bem –, mas também pode ser considerada transversalmente, porque a cultura é uma atitude de espírito e prática que se tem em relação a qualquer tema», referiu o presidente da comissão episcopal responsável pela cultura.
Em declarações prestadas aos jornalistas esta sexta-feira em Fátima, D. Manuel Clemente disse que o facto de a cultura ter ficado sem ministério «não significa que possa ficar ausente, pelo contrário».
Para o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, padre José Tolentino Mendonça, «é muito importante que a cultura esteja no centro das atenções porque não se pode governar um povo a pensar só em economia».
«O que nós esperamos deste Governo é o que esperamos de todos: que compreendam a importância da cultura e a necessidade de fazer dela um lugar de encontro, de produção artística, de debate», sublinhou.

Octávio Carmo
In Agência Ecclesia
Com Rui Martins / SNPC

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A Barra e os Portos da Ria de Aveiro, em exposição no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré



Hoje, 20 de Junho, pelas 22 horas, vai proceder-se, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, à inauguração da exposição “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro 1808 – 1932, no Arquivo Histórico da Administração do Porto de Aveiro”.
A abertura conta com apresentação a cargo do Profª. Doutora Inês Amorim. O acto inaugural coincide com a cerimónia de comemoração do 1.º aniversário da remodelação do Centro Cultural da Gafanha da Nazaré.
Patente até 30 de Setembro de 2011, a exposição comissariada por João Carlos Garcia e Inês Amorim (ambos professores da Faculdade de Letras do Porto), cumpre na Gafanha da Nazaré a décima etapa de um circuito de itinerância pela Península Ibérica. Após a inauguração, a 3 de Abril de 2008, em Aveiro, a exposição já esteve patente em Lisboa (Museu de Marinha), Coimbra (Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra), Figueira da Foz (Casino Figueira), Ovar, Estarreja, Madrid, Valladolid e Salamanca.
A organização resulta de parceria estabelecida entre o Porto de Aveiro, a Câmara Municipal de Ílhavo e a Comunidade Portuária de Aveiro.
A conceituada empresa BRESFOR assume o partenariado empresarial da exposição.
Originalmente integrada no programa comemorativo do Bicentenário da abertura da Barra de Aveiro (03.04.1808), é composta por documentos do Arquivo Histórico do Porto de Aveiro, empresa que, em boa hora, decidiu libertar o seu património histórico-documental da clausura que o agrilhoava em inútil penumbra, fomentando-se o seu usufruto pela comunidade.

Fonte: Porto de Aveiro

domingo, 19 de junho de 2011

Memórias de um combatente




O Homem do Monóculo

Ângelo Ribau Teixeira


O homem de que vos falo chama-se António Spínola. Era, salvo o erro, Comandante do Sector em São Salvador, com o posto de tenente-coronel. Pessoa reservada, parecia estar sempre com cara de mau. Amigo dos seus soldados como poucos. Dava o exemplo seguindo sempre na frente das colunas, quer fossem motorizadas ou apeadas! 
Uma vez tive a sorte de me cruzar com ele. Ele soube do acidente que tinha vitimado os nossos companheiros. Através das comunicações que havia entre as Unidades, sabia que nesse dia iríamos deslocar-nos a São Salvador. Esperava-nos à entrada da cidade, passeando de um lado para o outro, farda amarela vestida, a boina preta de cavalaria com as duas espadas cruzadas, o pingalim batendo na perneira das calças, e o indispensável monóculo. Parecia nervoso. A minha viatura era a primeira. Mandou-me parar. Parei e desci do Unimog, fazendo continência, que ele ignorou.

PÚBLICO: O que mudava em Aveiro?


Pedro Gonçalves Fernandes, gestor e programador cultural, responde:



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