terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Big Bang não foi o começo de tudo?



''O Universo estava condenado a existir''. Entrevista especial com Mario Novello

«Novello é professor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro, onde é coordenador do Laboratório de Cosmologia e Física Experimental de Altas Energias. É graduado em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Universidade de Brasília (UnB), mestre em Física pelo CBPF e doutor na mesma área pela Université de Genève (Suíça), com a tese Algebre de l'espace-temps, pós-doutor pela University of Oxford (Inglaterra) e doutor honoris causa pela Universidade de Lyon (França). Conquistou prêmios internacionais, destacando-se a Menção Honrosa por Teses em Cosmologia e Teoria da Gravitação, concedida pela Gravity Research Foundation (USA).»

Leia a entrevista aqui

Centenário da Paróquia da Gafanha da Nazaré

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O Moliceiro, o amante da Ria


O moliceiro, o amante da ria


O moliceiro, o amante da ria,
Flutua leve, silencioso,
Rompendo a madrugada,
Rasgando o manto misterioso
Da neblina que os veste;
E com a ajuda do sol nascente
Aparece imponente à luz do dia.


Com a sua proa pintada,
A sua vela içada
Prenhe de vento, de maresia
Vai lavrando
As salsas águas da ria.
O moliceiro, o amante da ria,
Carrega no seu ventre
O húmus, a semente,
Que fecunda a terra
Terra que abraça a ria,
Rotunda de seiva, de alegria.


Corta as águas, ora calmo, gracioso,
Porque Eolo, no Olimpo, está alegre
Ora quase naufraga
Porque o deus seta zangado, furioso.


E ria acima, ria abaixo
Ao som da concertina,
Espalha a cor, a alegria,
Ao levar os mancebos e as moçoilas,
A S. Paio em dia de romaria.


O moliceiro, o amante da ria,
Abraça-a nos seus braços esverdeados,
Trocando ósculos entusiasmados,
Que são as marolas da ria
Marulhando no casco do moliceiro.


Assim desliza o moliceiro
Pelas águas esverdeadas da ria
Ora lisas, ora ondeantes
Trocando juras de amor eterno
O moliceiro e a sua amante.

Licínio Ferreira Amador

NOTA: 1.º Prémio de Poesia livre dos VII Jogos Florais da Câmara Municipal da Murtosa em 25/03/2006. Tema: O Moliceiro

domingo, 22 de agosto de 2010

Velharias em Aveiro




Em Aveiro, realizou-se hoje mais uma Feira das Velharias, como acontece aos quartos domingos de cada mês. Andava por ali muita gente, mais a ver do que a comprar. Não sou frequentador assíduo das velharias, mas confesso que gosto de ver objectos que nos recordam outros tempos. E acabo sempre por concluir que, afinal, muitos objectos semelhantes aos que por ali estão à venda também os tenho. É óbvio que aprecio mais as antiguidades, mas essas, normalmente, estão expostas em espaços mais requintados. Outros valores precisam de ambientes especiais. Desta feira trouxe apenas três LP de vinil para matar saudades.

A Terra terá consumido já todos os recursos calculados para um ano


«Ontem, sábado, 21 de agosto, os habitantes da Terra terão esgotado todos os recursos que o planeta lhes proporciona no período de um ano, passando a viver dos créditos relativos ao próximo ano, segundo cálculos efetuados pela ONG Global Footprint Network (GFN).
De acordo com o estudo, “foram necessários 9 meses para esgotar o total do exercício, em termos ecológicos.
A GFN calcula periodicamente o dia em que vão se esgotar os recursos naturais que o planeta é capaz de fornecer por um período de um ano, consumidos pela humanidade, aí incluídos o fornecimento de água doce e matérias-primas, entre elas as alimentares.
A reportagem é do UOL Notícias.»

Ler mais aqui

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 198

PELO QUINTAL ALÉM – 35


O FEIJÃO

A
José Nunes Ribau e
Maria Merendeiro

Caríssima/o:

a. O quintal sempre foi um alfobre de feijão verde... A rega era com água do poço tirada à bomba (que ainda não de lusalite, de pinheiro furado...); só mais tarde foi instalado um motor eléctrico... Apanhadas as vagens, no mercado de Pardelhas se vendiam. Hoje, a realidade é bem outra, mas o feijão ainda ocupa uma boa leira do quintal.

e. Na Gafanha, o feijão sempre foi uma das culturas preferenciais dos nossos pais e avós, mais como grão seco, nos intervalos do milho. Nas nossas pequenas hortas, a colaboração dos mais novos era com o balde na mão ou a tocar à bomba para a rega.

i. O feijão é a base de um dos principais pratos da culinária típica brasileira, a feijoada tal como em Portugal onde o feijão comum (Phaseolus vulgaris) é a base de várias sopas e da feijoada, misturado com arroz ou como elemento de acompanhamento obrigatório das tripas à moda do Porto e ainda em alguma doçaria (por exemplo, o pastel de feijão). As vagens verdes (feijão verde) podem acompanhar, cozidas, qualquer prato de peixe cozido, e, cortadas às tiras, em sopa (sopa de feijão carrapato). No caso do feijão frade, é frequentemente servido com cebola e salsa picadas, a acompanhar atum.

sábado, 21 de agosto de 2010

Creche "Jardim de Maria" abre portas no dia 1 de Setembro



No dia 1 de Setembro, a Creche  "Jardim de Maria" vai iniciar as suas actividades, tendo por objectivos um novo projecto educativo, assente no princípio "Educar para a Vida". Terá em comum valores semelhantes aos seguidos por outros projectos educativos, mas procura diferenciar-se no dia-a-dia por se inspirar na Missão e Visão filosófica, pedagógica e sacerdotal do Padre José Kentenich, fundador da Obra Internacional de Schoenstatt. A inauguração está marcada para o dia 11 de Setembro de 2010.

O peixe… estava no fundo do prato



PRATO DA ABUNDÂNCIA


Prato em faiança tradicional portuguesa que, às refeições, ficava ao centro da mesa e nele eram colocados os garfos correspondentes ao número de pessoas presentes, para que, desse prato, todos pudessem comer o escoado (“Coziam-se em água as batatas cortadas às rodelas com couves, que depois eram escoadas e colocadas no prato com um pouco de azeite. O peixe… estava no fundo do prato.”). Quando não estava a ser usado servia como adorno na cozinha.
Centro do prato: Decoração policromada, em parte estampilhada, em tons de verde, azul, amarelo, rosa e castanho tendo ao centro composição com postas de peixe com barbatanas, rede, talheres cruzados e 30 pintas azuis.
Significado: O peixe é um dos mais antigos símbolos da arte cristã, simboliza o milagre da partilha e da multiplicação, quanto mais peixe se reparte, mais peixe aparecerá. Os talheres, os utensílios usados às refeições.
As pintas azuis simbolizam o dinheiro que surgiu por milagre na boca do peixe quando foi pescado, ou seja, o resultado do trabalho na pesca (simbolizado também pela redes pintadas), ou do trabalho no campo.
Beira do prato: Decoração policromada, em parte estampilhada, em tons de verde, lilás, rosa e castanho-claro, com uma serpente pintada na caldeira do prato e sete composições vegetativas de parra, uvas, espiga de trigo e papoila, na beira.
Significado: As sete composições significam os dias da semana, simbolizadas pela espiga de trigo e pelas uvas as necessidades diárias e o milagre da partilha e multiplicação do pão (que dá vida ao mundo) e do vinho (sangue da vida), quanto mais pão se reparte, mais pão aparecerá.
A serpente simboliza a tentação e o pecado, sempre presentes todos os dias e todas as horas, servindo para lembrar que os devemos evitar.

Texto da OFICINA DA FORMIGA – Cerâmica Tradicional
http://www.oficinadaformiga.com/ - oficinadaformiga@gmail.com

Para recordar Alexandre O'Neill, no dia da sua morte




A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer


A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.

Alexandre O'Neill

TRABALHO COMO MAÇADA E SOFRIMENTO...


Encostar os feriados

Anselmo Borges


É um paradoxo. As pessoas que trabalham, ali pela quinta-feira, já começam, aliviadas, a desejar umas às outras bom fim-de-semana. Cá está a constatação do trabalho como maçada e sofrimento. Mas, por outro lado, de vez em quando, lá volta o debate sobre a diminuição do número dos feriados e a necessidade de encostá-los à segunda ou à sexta-feira. Porque é preciso trabalhar e produzir mais. Por causa da concorrência e da crise.
É sobre isso que queria reflectir hoje, começando por esclarecer que até posso ser favorável à diminuição do número de feriados, mas não concordo com que passem automaticamente para a segunda ou para a sexta-feira. A razão dessa oposição não está propriamente na defesa dos dias santos da Igreja Católica, mas essencialmente na antropologia e na simbólica dos feriados.
É verdade que o trabalho tem essa dimensão de esforço e sacrifício. Só quem nunca trabalhou é que o não sabe. Por isso, os gregos associavam-no aos escravos - daí, a expressão "trabalhos servis". A palavra deriva de tripalium (três paus), instrumento romano de tortura. O livro do Génesis põe na boca de Deus: "Ganharás o pão com o suor do teu rosto."

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Carro antigo no Jardim OUdinot


Num recanto do Jardim Oudinot, ao lado da tenda das potencialidades económicas, custurais e artesanais, está em exposição este automóvel "Morris", conservado a rigor e com ar desafiador para nos levar a dar uma voltinha. Propriedade do industrial Rui Costa e Sousa, faz publicidade ao "Sr. Bacalhau", uma marca que se impôs no mercado pela qualidade do produto que oferece.
Embora não seja um bom volante nem maluco por carros, confesso que senti vontade de conduzir este automóvel, um carro com história...

Artesanato no Festival do Bacalhau


Na "Oficina da Formiga", um espaço de artesanato com qualidade, o negócio está à vista. O Festival do Bacalhau não é só gastronomia. O artesanato da região de Ílhavo, as potencialidades económicas ligadas à pesca e transformação do "fiel amigo", bem como  a cultura da Faina Maior, são outros motivos de interesse. O Festival encerra no domingo.

Almoço no Festival do Bacalhau


Hoje, o almoço foi no Festival do Bacalhau. Obviamente, comi bacalhau, com o sal no ponto certo para o meu gosto. O vinho que me serviram, em caneca, era muito saboroso. A acompanhar, pada de Vale de Ílhavo; a encerrar melão e café. Antes do prato principal, provei os bolinhos de bacalhau, com o dito em dose jeitosa para afogar a batata. Não esperei muito e ali encontrei gente com apetite para degustar o melhor bacalhau do mundo. O pessoal gosta disto. E como é tempo de férias.ali abancaram famílias inteiras. Gostei de ver. Prometo repetir...

FM

Navio-museu Santo André celebra aniversário na próxima segunda-feira




Na próxima segunda-feira, 23 de Agosto, o navio-museu Santo André, ancorado na ria, junto ao Jardim Oudinot, vai celebrar o 9.º aniversário, com visitas gratuitas entre as 10 e as 18 horas. No encerramento da visita, será feita a entrega dos prémios do Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar”.
Os 50 melhores trabalhos estarão expostos até ao fim deste mês, no Santo André.

Leite de cabra para manter a beleza e frescura da pele



 Natividade

Maria Donzília Almeida

Voltou a ser palco de mais um acontecimento invulgar, a Quinta das Covadas, mais precisamente no seu bosque ensolarado. De facto, no dia 17 de Agosto, uma cria-turinha de palmo e meio veio à luz do mundo, fazendo as delícias dos donos e o enlevo da jovem mãe.
Quando se encarregava da distribuição de provisões e água aos pais, deparou a dona com uma coisa enroscada no chão, que à primeira vista lhe pareceu um gato. Depressa a sua vista lhe devolveu a imagem duma cabrinha anã, que acabara de nascer naquele momento. A mãe, surpreendentemente e ao contrário dos humanos que têm auxiliares, passou o trabalho de parto sozinha, conseguindo na perfeição pôr a cria neste mundo, sã e salva. Só o tamanho da criaturinha já desperta, no ser humano, uma ternura muito genuína, mas quando assistimos a este milagre... acabada de nascer, ergue-se logo nas patinhas frágeis e começa a andar. Que graciosidade, que leveza, ali contida neste quadro de tão rústica beleza! O Homem, tão sábio e inteligente, demora cerca de um ano a ganhar força nas suas pernas, para cometer a mesma proeza!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Concelho de Ílhavo na RTP a partir do Festival do Bacalhau


“Verão Total” a partir do Jardim Oudinot

Hoje, durante seis horas, o concelho de Ílhavo esteve na crista da onda, com a transmissão, a partir do Jardim Oudinot, do programa “Verão Total”. A apresentação principal esteve a cargo de Júlio Isidro e Sónia Araújo.
O programa era demasiado extenso para eu poder ver e ouvir tudo o que  sobre o nosso concelho foi dito. Pelo tempo de que dispus, deu para perceber que “Verão Total” foi um excelente cartaz para divulgar os nossos valores e as nossas potencialidades.
Artesanato, folclore, gastronomia (Bacalhau como Rei da festa), solidariedade social, paisagens, praias… Música, idosos com vida, Museu Marítimo e Santo André. E os nossos autarcas, os presidentes Manuel Serra e Ribau Esteves, a falarem com entusiasmo das terras e gentes que somos.
“Verão Total” talvez venha a contribuir para o esperado grande êxito do Festival do Bacalhau. Assim todos o desejamos.

FM

Recantos da Figueira da Foz


Em hora de ponta, não faltam carros à procura de um lugarzinho para estacionar, na Marginal da Figueira da Foz. No lado esquerdo, debaixo dos guarda-sóis amarelos, estão idosos a inalar os ares marinhos, sentados, que as pernas já não aguentam a caminhada até ao mar.


O Forte de Santa Catarina, na foz do Mondego, que foi palco de lutas durante a Guerra Peninsular, é sempre motivo para registo fotográfico. Bem tratado e asseado à volta, não falta quem procure ler as placas alusivas a diversas efemérides.


A Arte Nova também está na Figueira da Foz. Não tanto como em Aveiro, mas está, como o atesta este edifício voltado para o Mondego e para o Mar, com toda a imponência. Dá gosto vê-lo. Há tempos, no Posto de Turismo, a escassos metros, um funcionário desconhecia a existência da Arte Nova na Figueira da Foz.



Na hora de nos deixar, ontem à tardinha, o sol brindou-nos com estas cores que nos deixaram fascinados. Quando a estrela-mãe quer, há espectáculo gratuito, que merece a nossa contemplação. Dura apenas uns minutos, mas vale a pena apreciar.


Na Marina da Figueira da Foz, por onde passo com alguma frequência, almocei ontem, no "Tapas Bar", um robalo grelhado de se lhe tirar o chapéu. O bar é bastante frequentado, sobretudo ao almoço, não só por navegadores, que por aqui descansam e se abastecem, mas também por veraneantes que se identificam com os ambientes marinhos. Ao lado, à direita, na foto, a Escola de Vela prepara futuros velejadores e, naturalmente, navegadores.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Recantos de Buarcos


Gosto de ver que o povo não é ignorado pelos poderes autárquicos. Normalmente, as ruas são baptizadas com nomes de gente célebre pelos seus feitos políticos, académicos e artísticos. O povo, embora se torne, pelos seus méritos, credor da nossa admiração, não costuma ser honrado com o nome numa rua. Mas a Maria Jarra aí está a atestar que não foi esquecida.


Povoação antiga que se preze não pode destruir ruas sinuosas e vielas estreitas. Buarcos não foge à regra. Andei por lá, ontem, em longa caminhada, para apreciar esses vestígios da sua ancestralidade, mas também da sua modernidade.


Os vestígios de antigas muralhas estão bem conservados, voltados para o mar e à vista de toda a gente. Ali e por toda a faixa que se estende como que a proteger a povoação, com sinais, até nas pessoas e sobretudo nas mulheres, de quem gosta de preservar o passado.  


O areal a perder de vista é marca notável das praias da Figueira da Foz, mais concretamente de todo o concelho ligado ao mar. E em Agosto, o mês privilegiado de quem gosta de vir a banhos, se não atingiu os cumes de outras eras, não faltaram veraneantes de todas as partes do país e até do estrangeiro.


O mastro, alto e armado, atesta a força do mar nas gentes de Buarcos. Os velhos pescadores, reformados mas com os olhos permanentemente fixos nas águas desafiadoras do oceano, não largam os seus recantos em conversas intermináveis uns com os outros.  Perto do mastro e por toda a marginal.


A homenagem ao pescador, na rotunda do mesmo nome, atesta o respeito que há por quem deu o ser a Buarcos. Na crista da onda, o pescador segura a rede, sempre na ânsia de que venha o peixe necessário para o sustento da família. Boa ideia.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

No Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, até 19 de Setembro


"Uma história entre a terra e o mar"

Esta exposição tem como temática principal o centenário da criação da Paróquia e da Freguesia da Gafanha da Nazaré. Evoca a vontade, sentida e afirmada pela comunidade local, de criação de uma Paróquia e Freguesia autónomas, concretizada no ano de 1910.

"Verão Total" no Festival do Bacalhau, na quinta-feira



Festival do Bacalhau no Jardim Oudinot


 
É já amanhã que o Festival do Bacalhau abre as portas para o convívio anual das gentes da região e não só.
Sendo indiscutível que neste festival é possível degustar o «melhor bacalhau do mundo», como no ano passado sublinhou o presidente da CMI, Ribau Esteves, também não será de menosprezar a parte convivial procurada e animada pelo nosso povo. Não é à volta da mesa que se fazem amigos e se consolidam amizades?
Nesta perspectiva, sinto-me na obrigação de convidar todos os meus leitores para que participem neste evento, emprestando a sua alegria e saboreando os nossos petiscos, que instituições concelhias saberão preparar para nossa satisfação.
Não se pense, porém, que é preciso comer à farta-brutos. Nada disso. Pense, por exemplo, nuns pastéis de bacalhau bem feitos, numas pataniscas saborosas, numas carinhas fritas deliciosas, numas línguas panadas de comer e chorar por mais, tudo acompanhado por padas de vale d’Ílhavo e por um copinho que não proíba a condução do automóvel. Claro que há feijoada de samos, posta grossa assada no formo ou na brasa e tudo o mais que possa imaginar de bom para um dia de férias cá dentro.
Se faltar, não me venha dizer depois que não o avisei a tempo.

FM

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

S. Pedro do Sul: António Correia de Oliveira

Passar por S. Pedro do Sul e não recordar António Correia de Oliveira é como ir a Roma e não ver o Papa.
Não perdoaria a mim mesmo se o não procurasse nestas minhas curtas férias em S. Pedro do Sul. Aqui fica um bocadinho deste poeta saudosista, autor de "Verbo Ser e Verbo Amar".


Ó, como a tua carta é pequenina!
Cabe no cálix vivo de uma flor...
(No entanto, é mais pequeno o claro alvor
que espalha, em roda, a estrela matutina!)


Como é pequena a tua carta, Amor!
E vê: de encontro à sua luz divina,
a saudade, que nela se ilumina,
enche o mundo de sombra, anseio e dor!


Maria, que pequena a tua carta...
Pequena? O sonho lê-me (e não se farta!).
as coisas belas que me não disseste:


tantas e tantas, que, para escrevê-las,
só se as palavras fossem as estrelas,
fosse o papel a imensidão celeste!

António Correia de Oliveira

Obra da Rua visita Figueira da Foz


A Obra da Rua, mais conhecida por Casa do Gaiato, instituição criada pelo Padre Américo, visitou no passado fim-de-semana a Figueira da Foz, respeitando uma tradição de 70 anos. Um padre com alguns “gaiatos” participaram nas missas, para dar conta do que fazem e pretendem continuar a fazer em favor de meninos e jovens sem família.
Na altura, o pároco de S. Julião, cónego Veríssimo, sugeriu que todos contribuíssem para a Obra da Rua, repetindo o apelo feito há décadas pelo Bispo de Coimbra. Esta visita repete-se todos os anos no terceiro domingo de Agosto, tendo havido da parte de todos os residentes ou veraneantes uma excelente resposta aos desafios lançados pelo presidente da assembleia.

domingo, 15 de agosto de 2010

Diário de Notícias e o "Festival do Bacalhau"

 
Jardim Oudinot


«O Festival do Bacalhau substitui, desde 2008, as típicas tasquinhas que, durante dez anos, tiveram lugar no centro da cidade de Ílhavo. O Jardim Oudinot, um renovado espaço ribeirinho na Gafanha da Nazaré, acolhe agora o certame que conta com nove Tasquinhas do Bacalhau (da responsabilidade de associações da região) e duas das padeiras de Vale de Ílhavo. Pelo palco do evento, de quarta-feira a domingo [18 a 22 de Agosto], passarão Deolinda, Expensive Soul, GNR, Marco Paulo e Ana Moura. Marcam presença no certame 26 artesãos, duas barracas de espumante da Bairrada e onze stands de empresas locais. "Este festival é uma referência do nosso concelho, a capital do bacalhau. Esperamos dezenas de milhares de pessoas", diz ao DN Fernando Caçoilo, vice-presidente da autarquia.»

In DN

A objectiva de Carlos Duarte

Ria de Aveiro

Pois esta é uma das vantagens de andar de bicicleta na nossa região, sem ser necessário ir para as tais "ilhas de sonho", onde tudo ou quase tudo é artificial. Neste pequeno rectângulo temos coisas tão belas que até "dá pena" os portugueses não as conhecerem e, meus amigos, não é por falta de publicidade...

Carlos Duarte