quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Fogos florestais: a solidariedade dos portugueses

Até ao momento a Cáritas já recebeu 165 908. 20 € para as vítimas dos incêndios
A Cáritas Portuguesa recolheu, até ao dia 14 de Setembro, em donativos para apoiar as vítimas dos incêndios, cerca de 165 908. 20 €. Os que desejarem colaborar, ainda poderão depositar o seu donativo em qualquer balcão da Caixa Geral de Depósitos, na conta n.º 0697602410830 e a designação de “Renascença Cáritas-Ajuda Portugal”. Esta campanha tem o seu término no próximo dia 31 de Outubro.
As Cáritas diocesanas, em conjunto com a Protecção Civil, estão a fazer o levantamento das necessidades e o que já foi aplicado.
Não atrase a sua ajuda.

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

Bagão Félix em entrevista ao "Voz Portucalense"

Posted by Picasa Bagão Félix O mercado de emprego em Portugal é muito rígido Só há sociedade com esperança quando baseada em princípios, regras e valores
António José de Castro Bagão Félix tem 57 anos e é casado, tem duas filhas e uma neta. É licenciado em Finanças, pelo ISCEF – Univ. Técnica de Lisboa. Entre 1970 e 73 cumpriu o serviço militar na Marinha. Foi Vice-Governador do Banco de Portugal, Director financeiro e Administrador de várias Companhias de Seguro, Administrador do BCI e Director-geral do BCP. Na actividade docente foi Assistente no ISCEF e no ISCTE e Professor Auxiliar Convidado na Univ. Internacional. Quanto à actividade política, antes de ser Ministro nos 15º e 16º Governos, foi Secretário de Estado da Segurança Social (6º,7º e 8º Governos), Deputado à Assembleia da República por Aveiro e Presidente da Comissão Parlamentar de Saúde e Segurança Social, Deputado à Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa e Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional (11º Governo).
Para além destas actividades, foi Membro da Ass. de Fundadores da Fundação Cidade de Lisboa, Presidente da Ass. Geral da União das Misericórdias, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Presidente do Cons. Fiscal do Banco Alimentar contra a Fome (Lisboa), Presidente do Cons. Fiscal da Caritas Portuguesa, Consultor da Conferência Episcopal Portuguesa (aspectos sociais e éticos) e Membro da Direcção da SEDES.
Tem ainda vários livros publicados (o último: “Do lado de cá, ao deus-dará”. Ed. 2002) e artigos editados.
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VP – Dado que vem ao Porto a 17 de Setembro participar numa Conferência, sobre o tema “O sentido genuíno da Caridade: perspectivas sociais”, pode já abrir-nos um horizonte em que consistirá essencialmente a sua abordagem?
Dr. António Bagão Félix (ABF) – Procurarei expressar a ideia de que a caridade, como a mais verdadeira expressão de amor social, é também a mais consistente com uma sociedade livre, responsável e baseada em valores.
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VP – Como é que vê e vive a crise que tanto se fala que Portugal está atravessar?
ABF – Há dois tipos de crise: a quantitativa e económica que espero possa ser superada pelo trabalho, e a qualitativa e de valores que, para mim, é a mais profunda e precisa de combate frontal. Só há sociedade com esperança quando baseada em princípios, regras e valores de trabalho, responsabilidade, respeito pela vida, primado da família e não dissolvida numa apologia do relativismo e minimalismo éticos.
(Para ler tudo, clique aqui)

Um artigo de Acácio Catarino, no Correio do Vouga

Posted by Picasa Acácio Catarino Erradicar a pobreza ou discriminar os pobres?
1. No início deste mês, foram novamente anunciadas medidas a favor das pessoas idosas mais pobres. E, também de novo, se anunciou que tais medidas se inserem na luta contra a pobreza.
E, também uma vez mais, se fez uma abordagem parcelar do grave problema da pobreza.O carácter parcelar verifica-se no facto de ser considerada apenas uma parte dos problemas de pobreza, ficando os outros de fora. Ficam de fora alguns idosos tão carenciados como os abrangidos, ou porventura mais. Ficam também de fora inúmeras crianças, jovens e adultos que, devido a causas diversas, se encontram em situação de carência extrema. Entre essas causas figuram os maus tratos familiares, o desemprego, a incapacidade de trabalhar, a total ou quase total ausência de rendimentos...
2. Dir-se-á que estas situações (e outras que se poderiam acrescentar) já foram objecto das respectivas medidas. Contudo, tais medidas foram também parcelares: destinaram-se apenas a algumas situações e não abrangeram todas as pessoas que nelas se encontravam.
3. Sabemos que o país não dispõe de recursos para erradicar a pobreza. Mas não é legítimo discriminar os pobres, apoiando uns e abandonando outros. Por tal motivo, recomendam-se linhas de acção verdadeiramente universais e pouco dispendiosas.
A esta luz, há três dessas linhas que poderiam ser adoptadas imediatamente; ou, melhor, que já deviam ter sido tomadas há muito. São elas: o conhecimento solidário; a congregação de esforços a nível de freguesia, de concelho e à escala nacional; e a adopção de novas respostas sociais necessárias e possíveis.
O conhecimento solidário consiste no contacto directo com as pessoas carenciadas e nos correspondentes registos. A congregação de esforços consiste no aproveitamento e articulação do trabalho social realizado pelos grupos de acção social, pelas instituições particulares e pelas entidades públicas.
A adopção de novas respostas sociais – mais provisórias ou mais definitivas – compete, especialmente, ao poder central e deveria basear-se na identificação dos problemas sem solução, dados a conhecer regularmente pelos diferentes municípios.

CUFC: VOLUNTARIADO SOCIAL

Posted by Picasa CUFC
Projectos
de Solidariedade Universitária No âmbito social, o Centro Universitário Fé e Cultura (CUFC) promove o voluntariado, com o envolvimento de muitos jovens integrados em Projectos de Solidariedade Universitária, em parceria com a Associação Académica da Universidade de Aveiro e com os Serviços de Acção Social da mesma Universidade, nomeadamente: promovendo explicações a alunos com dificuldades escolares, no Bairro de Santiago, em colaboração com as Florinhas do Vouga; dinamizando o voluntariado no Hospital Infante D. Pedro e nos Lares de Idosos, em colaboração com o Projecto Vida Mais; cooperando com a Capelania das Cadeias no Estabelecimento Prisional de Aveiro; ajudando na CERCIAV, onde jovens marcam presença periódica ou situada, integrados em equipas; trabalhando na Cáritas Diocesana, em especial no Projecto Novas Sendas, destinado às comunidades ciganas; e apoiando a Associação Perdidos e Achados na Protecção aos Animais abandonados e em sofrimento. Trata-se de um conjunto de iniciativas de ajuda a quem mais precisa, que muito contribui, também, para a formação integral dos intervenientes. As inscrições podem ser feitas no CUFC, situado no Campus Universitário. Para mais informações, clique SOLIDARIEDADE UNIVERSITÁRIA.

AVEIRO: Feira das flores

Posted by Picasa Muitas Flores para todos os gostos
No próximo domingo, 18 de Setembro, das 8 às 13 horas, em Aveiro, na Praça Joaquim Melo Freitas e na Praça 14 de Julho, vai ter lugar a primeira edição da Feira das Flores. Trata-se de uma iniciativa da responsabilidade da Câmara Municipal e conta com a participação de diversos floristas e comerciantes de flores do concelho.
Mesmo que não queira ou não precise de comprar, passe por lá. O que é bonito é para ser apreciado e admirado.

ÍLHAVO: Câmara apoia idosos

Posted by Picasa OCUPAÇÃO DE TEMPOS
LIVRES PARA IDOSOS A Câmara Municipal de Ílhavo vai investir na criação de centros de Ocupação de Tempos Livres para Seniores e de espaços para o encontro, sempre importante, de gerações diferentes. Em declarações à Rádio Terra Nova, o presidente ilhavense, Ribau Esteves, garantiu que esta será a forma de ter os idosos mais activos e mais apoiados, de forma permanente, nos seus tempos livres. Trata-se de uma iniciativa a todos os títulos louvável, que pode e deve ser repetida em todas as freguesias, já que há muita gente idosa a viver na solidão e a precisar da nossa regular e empenhada solidariedade.

Um artigo de António Rego

Posted by Picasa António Rego Carta aos autarcas
Estão aí as eleições autárquicas. Paira no ar a dança das palavras e das imagens, exibem-se cartazes gigantes com fotos de personagens de olhar generoso e frases arrojadas. Tudo dentro dos valores normais para a época. A maturidade democrática inclui, na lista, o desconto aos exageros e gabarolices com que se adjectivam os discursos e se enaltecem os concorrentes.
Para se governar a cidade é preciso ter uma concepção de cidade. Mesmo que se trate duma pequena aldeia que nunca chegará a metrópole. Por isso me atrevo a aconselhar a candidatos e votantes um documento notável - a última Carta Pastoral do Patriarca de Lisboa, intitulada A Igreja na Cidade. Enquadra-se no próximo Congresso - Nova Evangelização. Dirige-se à cidade de Lisboa. Envolve-se numa perspectiva pastoral e não cívica ou política no sentido convencional. Mas não é possível gerir a cidade hoje sem ter em conta (para além dos aspectos de evangelização) a reflexão sobre o urbe que cada um constrói. Tendo em conta a sua história, os seus contextos geográficos, culturais, os seus novos tecidos, as mudanças que se operaram. Importa lembrar que as cidades têm alma, evolução nas populações, imigração, mobilidade, alterações demográficas, ambiente, transportes, riscos, silêncios, esquecimentos, medos, fugas. E pobres, marginais, anónimos em excesso. Tudo isto somos nós. A tudo isto se refere um pouco o Patriarca de Lisboa. (Pode ler-se esta Carta na íntegra a partir do site da Agência Ecclesia, www.agencia.ecclesia.pt, ou do Patriarcado de Lisboa, www.patriarcado-lisboa.pt).
Não resisto, todavia, a deixar uma citação, ainda que ínfima, alusiva à cidade que se move: "Trata-se de uma característica das grandes cidades, em evolução crescente desde há dois séculos, mas que deu um salto qualitativo com a civilização do automóvel e o alargamento da rede de transportes públicos. Tudo isto provocou alterações sucessivas na concepção das cidades e na vida das populações. A cidade passou a organizar-se a partir das exigências dos transportes, e não das pessoas. Os chamados "peões" perderam espaço nas grandes cidades, que privilegiaram a deslocação, de casa para o trabalho, da periferia para o centro e vice-versa, na busca dos múltiplos centros de interesse das pessoas e das famílias, que parecem passageiros em trânsito.
A mobilidade introduz alterações profundas na compreensão da vida. Antes de mais na definição do "tempo humano", isto é, a relação da vida com a ocupação do tempo, ou o tempo concebido como espaço para a vida. "Passageiros em trânsito", não têm tempo para a leitura, para o convívio, para a oração e vida religiosa, para o lazer que passa a ser, apenas, e quando o é, mais um número de um programa sobrecarregado. O cristianismo introduz na vida uma dimensão contemplativa, o que supõe um tempo humano mais pacificador. Há dimensões essenciais da felicidade humana que, para não as perder, é preciso lutar contra o bulício da cidade. A Igreja não se pode deixar arrastar para essa voragem do "tempo-sem-tempo", e oferecer às pessoas o espaço-tempo da tranquilidade e da paz.(nº7)”.

terça-feira, 13 de setembro de 2005

China reage com dureza ao convite do Papa a Bispos católicos

OS BISPOS MANIFESTARAM ALEGRIA PELO CONVITE DE BENTO XVI
O governo comunista da China considerou “uma falta de respeito” o convite endereçado por Bento XVI a quatro Bispos chineses - três Bispos da Igreja Patriótica (controlada pelo Partido Comunista) e um da Igreja Clandestina (fiel ao Papa) – para participarem no próximo Sínodo dos Bispos, em Outubro. Os Bispos convidados duvidam que o Governo de Pequim os autorize a sair do país. A China, através da sua agência oficial de notícias, acusa Bento XVI de "falta de respeito por ter feito o convite a Bispos de avançada idade e saúde precária".
Apesar disso, os quatro Bispos já manifestaram a sua alegria pelo convite do Papa e a sua disponibilidade para se deslocarem a Roma.
Os bispos "patrióticos" convidados pela Santa Sé ao Sínodo dos Bispos são Antonio Li Duan, Arcebispo do Xian; Jin Luxian, Bispo do Shanghai e Luza Li Jungfeng, Bispo de Fengxiang (província de Shaanxi). Além disso, está convidado D. Giuseppe Wei Jingyi, Bispo de Qiqihar, província de Heilongjiang, da Igreja clandestina. Na lista de convidados do Papa figuram ainda um bispo de Taiwan e o Bispo de Hong Kong, D. Joseph Zen Ze-kiun, que não depende da aprovação de Pequim para poder viajar.
Em 1998 o governo comunista negou permissão de viagem a dois Bispos "patrióticos" convidados por João Paulo II para participar no Sínodo da Ásia. O governo chinês cortou relações com o Vaticano em 1951, dois anos após a subida do Partido Comunista ao poder. A Santa Sé mudou então a sede de Pequim para Taipé e é um dos 25 países do mundo que mantém relações diplomáticas com Taiwan, em detrimento da China.
O convite que Bento XVI deixou na semana foi o último dos vários sinais demonstrativos da intenção do Papa em aproximar-se do gigante asiático. Caso os quatro prelados venham, apesar de tudo, a receber a permissão do governo da China para se dirigirem ao Vaticano, no dia 2 de Outubro, esta será a primeira vez que as duas Igrejas católicas chinesas serão representadas num encontro deste tipo.
A Igreja clandestina na China, fiel ao Papa, é formada por católicos que não aceitam o controlo exercido pelo governo comunista através da Associação Patriótica Católica, instituição que se atribui o direito de nomear bispos ou controlar outros muitos aspectos da vida da Igreja.
Embora o Partido Comunista (68 milhões de membros) se declare oficialmente ateu, a Constituição chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais, entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de fiéis. Segundo fontes do Vaticano, a Igreja Católica “clandestina” conta mais de 8 milhões de fiéis, que são obrigados a celebrar missas em segredo, nas suas casas, sob o risco de serem presos.Vários contactos informais têm sido desenvolvidos desde que Bento XVI sucedeu a João Paulo II, fazendo do estabelecimento de relações diplomáticas com a China uma das suas prioridades.
(Para ler mais, clique ECCLESIA)

DURÃO BARROSO pede mais ajuda aos países pobres

Posted by Picasa Durão Barroso NÃO AGIR, CADA UM À SUA MEDIDA, É CONDENAR À MORTE 25 MIL PESSOAS POR DIA
Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, pediu aos Estados Unidos e aos países mais industrializados para seguirem os passos da UE, assumindo o compromisso de reforço da ajuda aos Estados mais pobres do mundo. Para justificar a sua proposta, lembrou que “25 mil pessoas morrem todos os dias, quando podiam ser salvas”, o que representa “uma tragédia humana”. Barroso ainda frisou que “há recursos no mundo para resolver este problema”, mas logo adiantou que o que falta “é vontade política e capacidade de organização”. O pedido de Durão Barroso insere-se na linha de muitos outros políticos que defendem a erradicação da pobreza no mundo, não a curto prazo, que seria uma utopia, mas a médio e longo prazo, numa acção concertada entre todas as nações da Terra, na certeza de que a união faz a força. Há muito se fala desta necessidade, mas a verdade é que falta, a nível mundial, quem lidere este processo da luta contra a pobreza. Entretanto, e como já tantas vezes tenho dito, urge assumir, Estado ou pessoa, cada um à sua medida, uma acção constante em prol dos mais necessitados, que estão por aí à vista de todos. Esperar que as grandes potências resolvam agir é condenar à morte 25 mil pessoas por dia. Fernando Martins

O que disse Marcelo Rebelo de Sousa, na RTP

Posted by Picasa Marcelo Rebelo de Sousa Militares devem obedecer ao Governo Foram divulgados os números do Instituto Nacional de Estatística sobra a situação económica...
Como é evidente, todos nós desejamos que as notícias sejam boas economicamente, só um português verdadeiramente masoquista é que pode desejar que isto não corra bem. Agora, há cerca de dez dias o ministro das Finanças veio dizer "O País está estagnado, isto está parado" e o ministro do Trabalho disse: "O desemprego vai aumentar, vai subir em Setembro." Ou seja, a semana anterior sob um signo pessimista. Esta semana o Instituto Nacional de Estatística aparece com um número que, ao contrário, é ligeiramente optimista, afinal de Abril a Junho houve um crescimento de meio por cento da riqueza nacional. O primeiro-ministro, como é óbvio, tirou o devido partido político da situação, mas na mesma ocasião conheceram-se números que são um pouco desencontrados, como seja a queda de 4,5 por cento no investimento.
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Em relação a idêntico período do ano anterior...
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Exactamente, e as exportações não subiram, o que subiu foi o consumo. Por outro lado, os indicadores de confiança do mês de Agosto, também do INE, mostram que a confiança dos consumidores continua a cair e que uma parte maioritária dos empresários, tirando alguns sectores de indústria e serviços, continuam a perder a confiança. A oposição diz que as más notícias continuam e o Governo contrapõe, afirmando que chegaram as boas notícias. E as pessoas ficam um bocadinho...
(Para ler tudo, clique "Diário de Notícias")

REFORMA DA ONU EM RISCO?

Posted by Picasa Cimeira mundial: não há acordo sobre direitos humanos e reforma da ONU Os EUA anunciaram hoje o fracasso das negociações sobre a reforma administrativa das Nações Unidas e a Comissão de Direitos Humanos. A falta de consenso ameaça ensombrar as comemorações dos 60 anos da ONU, que começam dentro de dois dias em Nova Iorque. Há três semanas que diplomatas de vários blocos regionais negoceiam sete temas não consensuais sobre a reforma da ONU, com vista à elaboração de uma declaração final a ser aprovada pelos mais de 150 chefes de Estado e de Governo que são esperados na cimeira mundial. Contudo, quando as discussões estavam já numa fase avançada, várias delegações opuseram-se às alterações propostas para a Comissão de Direitos Humanos, revelou afirmou Rick Grenell, porta-voz da delegação norte-americana na ONU. Segundo o representante, “vários Estados-membros” opuseram-se a que os membros do futuro Conselho dos Direitos Humanos – destinado a substituir a desacreditada comissão – sejam eleitos por uma maioria de dois terços da Assembleia-Geral, insistindo na eleição por maioria simples. Ainda segundo o responsável, os mesmos países rejeitam que os candidatos a um lugar no conselho tenham que cumprir critérios muito precisos em matéria de direitos humanos. (Para ler mais, clique "PÚBLICO")

COMPÊNDIO DO CATECISMO COM BOA PROCURA

Edição portuguesa do Compêndio do Catecismo já chegou às bancas
A edição do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, que chegou às bancas no passado dia 22 de Agosto, tem tido uma boa procura. A tradução portuguesa, a cargo da CEP, foi aprovada pela Congregação para a Doutrina da Fé no passado dia 14 de Julho. O Arcebispo Angelo Amato, secretário do referido Dicastério, concedeu então autorização à publicação desta obra na nossa língua.
A edição foi confiada à Gráfica de Coimbra que, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, explica ainda que, “dada a importância da obra, pareceu-nos oportuno preparar uma edição de bolso”, disponível, igualmente, a 22 de Agosto. Esta edição, com a mesma disposição gráfica, pretende ser “mais cómoda e económica, permitindo assim uma maior difusão”. Ambas as publicações têm tido, até ao momento, “uma grande procura”, segundo a Gráfica de Coimbra.
O lançamento do Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, em 28 de Junho passado, gerou uma onda de interesse sobre a nova exposição do essencial da doutrina e da moral católicas. O presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé e Ecumenismo da CEP, D. António Marto, explicou que estamos na presença de “uma síntese que torna mais acessível ao público, que quer fazer uma leitura mais rápida, as verdades essenciais da fé proclamada, vivida, celebrada e rezada”.
Ao longo de quase 300 páginas, o leitor é confrontado com aquilo que Bento XVI define como “uma síntese fiel e segura do Catecismo da Igreja Católica. Ele contém, de maneira concisa, todos os elementos essenciais e fundamentais da fé da Igreja”, uma espécie de vademecum “que permita às pessoas, aos crentes e não crentes, abraçar, numa visão de conjunto, todo o panorama da fé católica”.
Como o Catecismo, também o Compêndio se divide em quatro partes, de acordo com as leis fundamentais da vida em Cristo. A primeira parte, intitulada “A profissão da fé”, é uma síntese da fé professada pela Igreja Católica, retirada do Símbolo Apostólico ilustrado com o Símbolo Niceno-Constantinopolitano (217 perguntas). A segunda parte, intitulada “A celebração do mistério cristão”, apresenta os elementos essenciais da celebração sacramental e litúrgica (perguntas 218 a 356). A terceira parte, intitulada “A vida em Cristo”, chama a atenção o empenho que os baptizados têm de manifestar nas suas atitudes e nas suas opções éticas de fidelidade à fé professada e celebrada (357-533). A quarta parte, intitulada “A oração cristã”, apresenta uma síntese vida de oração (534-598).
O Compêndio começa com o Motu Proprio promulgado por Bento XVI para a aprovação e publicação do mesmo, e com uma breve introdução do então Cardeal Joseph Ratzinger, datada do último domingo de Ramos (20 de Março de 2005), a quem João Paulo II tinha confiado, em 2003, a presidência da comissão de redacção.
O livro inclui um duplo apêndice, no qual se apresentam as “Orações Comuns” (desde o sinal da Cruz até ao acto de contrição) e “Fórmulas da doutrina católica” (os sete dons do Espírito Santo, as obras de misericórdia, as bem-aventuranças, etc.), também em Latim.
FONTE: ECCLESIA

segunda-feira, 12 de setembro de 2005

FUTURO DO CRISTIANISMO

Posted by Picasa Foto de um "site" brasileiro Em busca de um Cristianismo para o século XXI
O lugar do Cristianismo no século XXI foi o tema que reuniu no passado fim-de-semana, em Valadares (Gaia), um grupo de prestigiados filósofos, sociólogos e outros pensadores. A iniciativa não passou despercebida nos meios de comunicação social e assumiu-se como um momento diferente de reflexão sobre o espaço teológico e as suas implicações na definição da sociedade em que vivemos.“Deus no século XXI e o futuro do Cristianismo” foi o mote para as várias conferências, que passaram por temas tão diversos como o diálogo ecuménico e inter-religioso, o papel da mulher, a democracia, a globalização, a bioética ou Karl Marx. Em comum o facto de serem desafios que o Cristianismo e os cristãos têm de assumir.
“O futuro do Cristianismo passa por assumir os grandes desafios da humanidade”, refere, em declarações ao programa ECCLESIA, o Pe. Anselmo Borges, organizador deste evento, que assinalou os 75 anos da Sociedade Missionária da Boa Nova (SMBN).
“A globalização, a genética, as neurociências, os media, todas essas questões devem ser assumidas pelos cristãos, porque os desafios à humanidade são os desafios à Igreja, aos cristãos e nomeadamente aos católicos”, acrescenta.
O Pe. António Couto, Superior Geral da SMBN, explicou à ECCLESIA que a ideia de um Congresso nasceu da constatação de uma série de factos relacionados com a vida da Igreja. “O que nós notamos, cada vez mais, é que a mensagem dos padres muitas vezes não passa. Para passar talvez tenhamos todos de reflectir, não só pela palavra dita, mas também pela palavra que eu devo dizer: Deus não fala só pelos profetas, fala nos profetas”, aponta. Sobre o leque de personalidades escolhidas, este responsável assegura que a intenção era “que o Congresso, por ser muito aberto, chegasse a outras pessoas, porque isso também é ser missionário”.
Os Missionários da Boa Nova são o único instituto exclusivamente missionário de fundação portuguesa. A pedido do Episcopado Português, foi fundado em 1930 pelo Papa Pio XI. É constituído por padres e leigos que se consagram por toda a vida à actividade missionária.
(Para ler mais, clique ECCLESIA)

VIDA NO VENTRE MATERNO

National Geographic mostra «Vida no Ventre»
O documentário "Vida no Ventre", produzido pela National Geographic, com imagens s da vida intra-uterina desde a concepção até ao nascimento, vai ser hoje apresentado no canal National Geographic, na TV Cabo, pelas 20h00 (www.tvcabo.pt/TV/ProgramacaoTv.aspx?programId=1542303&channelSigla=NG ).Segundo Fernando Castro, presidente da direcção da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, esta “é uma excelente oportunidade para se gravar e divulgar essa gravação, sobretudo a quantos continuam a afirmar que a vida humana começa mais tarde, pelo que deve ser permitido matar-se essa vida, contra toda a evidência científica que salta aos olhos de todos neste documentário”.A versão em qualidade Internet pode ser vista em www.apfn.com.pt/documentario/index.htm
Fonte: Ecclesia

BENTO XVI pede combate contra as desigualdades

Posted by Picasa Bento XVI PAPA QUER REPOSTAS ESPECÍFICAS PARA OS PROBLEMAS DA POBREZA, DA DOENÇA E DA FOME
O papa Bento XVI manifestou o desejo de que saiam respostas específicas para os "problemas urgentes", de pobreza extrema, doenças e fome, da Cimeira Mundial da ONU, que começa depois de amanhã em Nova Iorque.
Num discurso proferido após a oração dominical do Angelus, o Papa recordou que o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Angelo Sodano, o representará, na qualidade de convidado para a cimeira, que debaterá temas relativos à paz mundial, desenvolvimento e reforço da ONU.
Bento XVI fez votos para que os mais de 170 chefes de Estado e de Governo encontrem "soluções idóneas" e "medidas concretas" para os problemas mais urgentes derivados da extrema pobreza, doenças e fome, "que afligem grande número de povos".

Fonte: Diário de Notícias

PORTUGAL: Mais uma vez na lista negra

Portugal na lista negra da violência contra as crianças susana leitão
A UNICEF estima que todos os anos morrem 3500 crianças nos países ricos, vítimas de violência física e negligência. Em Portugal, a situação é bastante grave. A UNICEF coloca o nosso País no topo da lista negra, com uma média de quatro mortes por violência física e negligência em cada 100 mil crianças. Exemplos disso são o Daniel, a Catarina e a Vanessa, os três casos mais recentes de maus tratos . Todos resultaram em morte, todos foram vítimas de violência continuada por parte de familiares.
O Daniel, de seis anos, morreu na segunda-feira passada devido a uma infecção interna provocada pelos repetidos abusos e violações do seu padrasto. Ao que tudo indica, o Fábio, o companheiro da mãe de Daniel, batia-lhe e depois abusava sexualmente da criança. Daniel era surdo profundo, amblíope, e deficiente motor.
A Vanessa, de cinco anos, foi encontrada morta a boiar no rio Douro, em Maio de 2005. Os agressores foram mais uma vez os familiares, neste caso o pai toxicodependente e a avó. Segundo o relatório médico, havia já lesões anteriores, o que indicia um cenário de maus tratos regulares. Os ferimentos que motivaram a sua morte terão sido infligidos três dias antes, não lhe tendo sido prestada qualquer assistência médica durante esse período.
(Para ler mais, clique Diário Notícias)

Um artigo de João César das Neves, no DN

Posted by Picasa João César das Neves A vida da cidade que já não é
Nova Orleães já não é. Uma cidade inteira, das mais simbólicas e ricas do mundo, desapareceu debaixo do desastre esmagador. De um dia para o outro, a terra do calor e ritmo, a combinação única de culturas, a personalidade incomparável deixou de ser. The Big Easy já não há.
Será certamente reconstruída, mas a nova Nova Orleães nunca será a velha Nova Orleães. Os novos sítios não substituirão os antigos recantos. O cheiro da tinta fresca cobrirá três séculos de História. Sobretudo, as vidas perdidas que deram vida à velha Nova Orleães nunca mais regressarão. A nova Nova Orleães será certamente grande e bela, terá certamente calor e ritmo, mas não será mais Nova Orleães. Nova Orleães já não é.
Perante o desastre, a cultura mediática entrega-se à tarefa mais ociosa e inútil denunciar responsáveis e ralhar com culpados. Faz assim em todos os desastres naturais. Nos fogos florestais portugueses, como no tsunami natalício do Índico ou no furacão de Nova Orleães. A culpa é dos ministros, dos interesses económicos, dos presidentes da câmara ou dos presidentes nacionais. O Governo tem culpa da seca, do envelhecimento, da desertificação. Perante a calamidade, discute-se política e exigem-se meios técnicos. Como se isso fosse a causa e a solução. Claro que houve erros e faltam recursos. Claro que se exigem reforços e novas medidas. Mas há algo que vai muito para lá disso tudo.
Esquecem que, por melhores que sejam os detectores de maremotos ou furacões, por mais fortes que sejam os diques ou os bombeiros, por mais que limpemos as matas ou compremos aviões, há uma dimensão irredutível e inelutável na nossa vulnerabilidade. O poder humano é minúsculo perante a catástrofe.
Plínio e todo o Império Romano ficaram chocados com a destruição de Pompeia em 24 de Agosto de 79. Voltaire e todo o Iluminismo ficaram chocados com a destruição de Lisboa em 1 de Novembro de 1755. Agora todos ficámos chocados com a destruição de Nova Orleães em 29 de Agosto de 2005. Vulcões, terramotos, furacões. Não melhorámos muito em dois mil anos. Quando a nação mais rica e poderosa de todos os tempos perde uma das suas grandes cidades em poucas horas, tem de haver algo muito para lá disto tudo.
O que há para lá disso é a suprema estupidez de perder uma cidade em poucas horas. Toda a beleza, toda a elevação e elegância, todo o fervilhar e animação, todo o calor e ritmo, toda a vida de Nova Orleães já não é. Esta é a suprema estupidez que fica para lá de todos os debates. Mas esta estupidez é a estupidez de toda a vida.
O que aconteceu a Nova Orleães em poucas horas é o que acontece a todas as cidades ao longo do tempo. A velha Roma já não é, tal como a velha Pompeia. A velha Lisboa já não é, a de ontem como a de 1754. Os que morrem pacificamente hoje nas suas camas não são, tal como Nova Orleães. A suprema estupidez é a perda, a mudança, o fim a que tudo está sujeito. Nada há mais certo que a morte. Subitamente ou devagar; e por vezes a agonia lenta é ainda mais estúpida que a súbita. O fim é a suprema estupidez de toda a vida.Mas o sentido de tudo advém da sua finalidade, tal como a razão da viagem é o destino. A perda e o sofrimento ganham significado pelo que vem depois. A horrível dor de parto justifica-se pelo nascimento. O cirurgião que amputa não é estúpido, porque salva o corpo todo. O semeador que enterra comida não é tonto, porque ela germina. A morte só é estúpida se nada vier depois. Vista apenas do lado de cá, a vida é estúpida porque morre. Vista a partir daquilo em que morte a transforma, a vida ganha sentido. Como a semente.
Todos os tempos, todas as culturas, sempre compreenderam que a vida, toda a vida, só tem sentido quando vista depois da morte. Quer o fim seja lento, quer súbito, como Nova Orleães, a vida só ganha sentido quando ultrapassa a morte. Esta é uma verdade universal, presente em todas as culturas. Todas, menos esta estúpida cultura mediática que vê desaparecer Nova Orleães sem perceber para onde ela foi.

domingo, 11 de setembro de 2005

Um texto de Gabriel Garcia Marquez

Posted by Picasa  
Gabriel Garcia Marquez 


  PARA REFLEXÃO...

“Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem. Ouviria quando os outros falam, e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate! Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto, não apenas o meu corpo, mas também a minha alma. Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperava que nascesse o sol. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à lua. Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas… Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida… Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas. Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo amor. Aos homens provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar! A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas teria que aprender a voar sozinha. Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento. 
Tantas coisas aprendi com vocês, os homens … Aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta. Aprendi que quando um recém-nascido aperta com a sua mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, o tem agarrado para sempre. Aprendi que um homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer…” 


NB: Texto recolhido numa instituição, onde se encontrava exposto.

Um artigo de D. António Marcelino

Posted by Picasa Bem comum e ética na política
Ouvimos há dias um recente candidato à Presidência da República dizer que Portugal vive “um momento de crise, de desorientação e de indiferença.”. Falou da “crescente ausência de valores cívicos” e disse que “o pessimismo” é o pior dos problemas que nos afectam.
Um retrato assim sombrio, embora não constitua novidade, não dá lugar à tranquilidade. Embora com os exageros próprios, recomendados pelo acontecimento — era o anúncio da candidatura a Belém — o estado do país justifica alguns comentários.
O diagnóstico, com alguns matizes, deve ser aprofundado e levar-nos às causas da situação, para não se cair na tentação de pensar que tudo se resolve providencialmente, ou com a chegada de um qualquer cidadão, que se julga ele ou que outros julgam, ser o salvador da pátria. Ir por esse caminho, será regressar a um sebastianismo saloio, com nevoeiro tão denso que logo oculta a realidade e desvirtua o sucesso do herói esperado.
O momento, não sendo ainda dramático, é preocupante. Como não há efeitos sem causas que os provoquem, impõe-se um reflexão, séria, objectiva e serena, para que seja honesta, sobre o que está acontecendo neste país que o levou, perigosamente, a um vazio de esperança e de vontade de reagir. Há os que dizem que somos assim e não há nada a fazer. Tais opiniões nem resolvem, nem confortam. Mas, também, nada há a esperar de festivais de elogios, sonhos esfusiantes, punhados de areia aos olhos.
Afinal, o que se passa ? A partir de cima, parece que o bem comum deixou de ser projecto de todos e a favor de todos, dando lugar à conquista e defesa de prestígios pessoais e partidários; as leis fazem-se e interpretam-se consoante interesses e ideologias e, do mesmo sítio e do gabinete ao lado, saem orientações contraditórias; para cumprir promessas eleitorais que, honestamente, não se podiam nem deviam fazer, mudam-se leis, fazem-se acordos duvidosos, queimam-se pessoas, diz-se e logo se desdiz; há órgãos da comunicação social controláveis a promover pessoas, calar verdades, servir interesses partidários e pessoais; a corrupção aumenta, como erva daninha; põem-se amigos em estátuas de pé alto e apeiam-se cidadãos de estatura e mérito; interrompem-se projectos válidos que não foram de sua iniciativa e geram-se divisões que irão durar décadas e paralisar a necessária colaboração; fomenta-se o assalto das ideologias subversivas, a pretexto de liberdade e troca de favores; promulgam-se leis à revelia da realidade do país, das pessoas e dos seus direitos; uns são ouvidos sem falar e outros esquecidos, mesmo que gritem; o país põe-se de cócoras, ante vacuidades vistosas de outras terras, quando aí os responsáveis já sofrem dores com o caos por elas gerado…
O que se pode esperar assim das pessoas, riqueza de um país, senão desinteresse, desorientação, pessimismo, desconfiança? Tudo terreno fácil para o individualismo, os jogos de interesses, a crítica destrutiva, a falta de esperança e de empenhamento? O povo honesto vê, a partir de cima, destruídos os seus valores, como o amor ao trabalho, a honradez nos compromissos, o respeito pelos bens alheios, a solidariedade mútua, a verdade e a fidelidade nas relações pessoais; os seus esforços não reconhecidos, seus sonhos e projectos ridicularizados. O povo só serve para votar e pagar impostos?
Dar coragem às pessoas é ir ao encontro das causas que tudo destroem; é uni-las e não as dividir por critérios discutíveis de direitas e esquerdas; é não as iludir com promessas; é mostrar-lhes que o país está acima dos compadrios políticos; é dizer aos jovens, com factos e testemunhos de honestidade e de verdade, que Portugal tem futuro; é procurar políticos que vejam o bem comum como único projecto capaz de aglutinar vontades e esforços; é promover a união e a colaboração, respeitar e acolher as diferenças legítimas.; é não apagar a verdade histórica e aprender com os erros cometidos. Afinal, é tomar a sério a verdadeira democracia.

AROUCA: Terra e gentes merecem uma visita

 


 
Numa organização da Câmara Municipal da Lousã, com o apoio do ISCIA, encontra-se patente, até ao próximo dia 18, no Museu Etnográfico daquela vila, a exposição "Um Olhar sobre a Arouca". À descoberta da Serra, Paulo Bastos traz-nos o Sr. Manel, brasões, cruzes, carroças, moreias, as pedras parideiras e muito mais. 
Arouca é uma simpática vila situada no extremo nordeste do distrito de Aveiro, num vale esguio e fértil, cercado por diversas serras. O Monte da Mó e a Serra da Freita, erguem-se aprumados e vigilantes, como escoltas que guardam o riquíssimo tesouro da vila. De entre as várias relíquias que poderá encontrar em Arouca, destacam-se o Mosteiro de Arouca, o qual compreende a Igreja paroquial e o túmulo de D. Mafalda, o Calvário, Capela da Senhora da Mó e a Casa dos Malafaias, conhecida por "Casa Grande". 
Arouca é dotada de uma riqueza geológica muito forte, tendo no passado havido uma forte exploração de minerais, nomeadamente o volfrâmio. Agora subsistem apenas as ruínas das minas e as inúmeras escombreiras, que se podem visionar um pouco por todas as encostas.

Um texto de Luís Naves, no DN

Um mundo em mudança ou o dia que mudou o mundo?
Nos meses seguintes ao 11 de Setembro de 2001, muitos textos sobre os atentados começavam pela frase "o dia que mudou o mundo". Passados quatro anos, o tom peremptório tende a desaparecer. Há mesmo quem pense que a sociedade dos países atingidos pelo terrorismo não terá mudado de forma tão profunda como se previa após cada acção destrutiva.
Houve mudanças, não apenas na América mas em outros países afectados pela vaga de ataques da Al-Qaeda a sensação de segurança dos cidadãos já não é a mesma, o que tem reflexos na vida quotidiana; as pessoas não viajam da mesma maneira; mudaram os destinos turísticos; as minorias muçulmanas sentiram o impacto de mais discriminação; por outro lado, haverá hoje, nos países ocidentais, um interesse desconfiado pela cultura islâmica; até a linguagem foi enriquecida, com termos que reflectem o novo fenómeno (quem conheceria a palavra talibã, por exemplo?).
Os atentados (nos EUA, em Londres, em Madrid) terão mudado a geopolítica. A opinião pública ocidental ganhou consciência do perigo colocado pelo crescimento do radicalismo islâmico. Nos últimos quatro anos, parte da actualidade andou em torno deste tema. A Administração americana chama-lhe "guerra contra o terror" e nela tem gasto muito dinheiro.
No entanto, é difícil dizer se a diminuição da intensidade do conflito israelo-palestiniano é consequência desta nova preocupação. Por outro lado, as teses que pretendiam ligar o regime de Saddam Hussein à proliferação das armas de destruição maciça estão hoje desacreditadas, enquanto antigos elementos da Administração americana admitem que os indícios que ligavam Saddam ao terror islâmico eram, já na altura em que foram apresentados por Washington, pouco credíveis. No fundo, admite-se que não foi este o motivo da invasão do Iraque. E que dizer da atrocidade de Beslan, cujo horror tem génese na Chechénia, uma guerra pós-soviética, num caótico fragmento da implosão da Guerra Fria, que por acaso tem maioria muçulmana? Faz parte do mesmo conflito do 11 de Setembro, do 11 de Março ou do 7 de Julho?
(Para ler mais, clique DIÁRIO DE NOTÍCIAS)

sábado, 10 de setembro de 2005

ÍLHAVO: BIBLIOTECA NO PALÁCIO DE ALQUEIDÃO

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BIBLIOTECAS COM VIDA Amanhã, domingo, a Biblioteca Municipal de Ílhavo vai ser inaugurada no antigo Palácio de Alqueidão, depois das profundas obras de remodelação e recuperação por que passou aquele secular edifício e nas quais foram investidos dois milhões e 155 mil euros. O restaurado edifício inclui ainda o Fórum da Juventude e a Capela de Alqueidão. Entretanto, a Câmara Municipal de Ílhavo anuncia que em breve serão abertos pólos de leitura nas Gafanhas da Nazaré, Encarnação e Carmo. Penso que poucos contestarão estas iniciativas da autarquia ilhavense ligadas à cultura, em especial, e à promoção da leitura, em particular. Ler, hoje como sempre, é importantíssimo na vida, ou não sejam os livros fontes inesgotáveis de saberes e de vivências. Os livros, quando bem escolhidos, levam-nos a viajar através dos tempos, fazem-nos reviver acontecimentos históricos, abrem o nosso espírito a novos horizontes, recriam o imaginário dos leitores, promovem a solidariedade entre os homens e tratam-nos como amigos de tantas horas. Importa, por isso, que as Bibliotecas tenham vida, que saibam conquistar novos leitores, que se abram a gentes de todas as idades e condições sociais, que sejam actualizadas com muita regularidade. Que sentido faz ter bibliotecas abertas, se apenas nos oferecem livros que poucos lêem, se não apresentam literatura recente para gostos diversos, se não investem na aproximação entre escritores e leitores? Fernando Martins

Um artigo de Francisco Crespo, no SOLIDARIEDADE

Posted by Picasa Francisco Crespo, presidente da CNIS Unidade e Corresponsabilidade
Um mensário, auto-qualificado de Economia Social e Acção Solidária, após alguns meses de estranho silêncio, entendeu dever arremeter mais uma vez contra a CNIS, tecendo, num tom alarmista e pretensamente preocupado, uma série de considerações que a dão como palco privilegiado de tramóias e jogos de poder estranhos aos interesses do conjunto de IPSS que a Confederação representa.
Não nos espanta tal atitude, já que, como é sabido, o respectivo director havia prometido guerra aberta a quem teve de actuar face ao crescendo de críticas e de conflitos que cada edição do nosso "Solidariedade" então suscitava.
Procurei, no que diz respeito à solução deste problema, agir com total respeito pelas pessoas envolvidas. Sabia, no entanto, como sei hoje, que ciclicamente a vida da CNIS seria objecto de todo o tipo de manobras especulativas que, no final, permitissem demonstrar o erro crasso que foi a alteração de estratégia de produção do "Solidariedade".
E elas aí estão mais uma vez…
Agora são os Bispos que estão perplexos e preocupados com uma alegada crise da CNIS, o que poderia levar à criação de uma união vertical das instituições da igreja, urgindo por via disso "procurar um presidente"; "antecipar o Congresso"; "promover eleições" e "defender as IPSS".
Pese embora o tom comicieiro e eleitoralista do texto publicado, que não enganará ninguém de boa fé, creio ser importante dizer que, individual ou colectivamente, os Senhores Bispos não manifestaram ao presidente da CNIS, por qualquer forma, alarme perante uma propagandeada crise interna.
(Para ler todo o artigo, clique SOLIDARIEDADE)

SEMANA NACIONAL DE PASTORAL SOCIAL

IGREJA QUER PROCESSOS
DE ADOPÇÃO MENOS MOROSOS “O processo de adopção de crianças é muito moroso em Portugal. Chega a arrastar-se por uns longos 4 anos” – lamentaram os participantes da XXIII Semana Nacional da Pastoral Social que ontem (9 de Setembro) terminou em Fátima. Subordinada ao tema “Crianças em risco: um direito e um dever”, neste congresso referiu-se que “há 1077 crianças em 245 lares, o que dá uma média de 42 crianças por lar”. E acrescentam: “deve favorecer-se a tendência para instituições mais pequenas para evitar a massificação”.
Como o tempo útil da criança a adoptar “é curto”, os presentes sublinharam que “é desejável que os organismos competentes agilizem e reduzam substancialmente este longo tempo de espera para bem de todos os intervenientes: o casal adoptante e a criança a adoptar”.
Nesta iniciativa, organizada pelo Secretariado Nacional da Acção Social e Caritativa, sob a responsabilidade da Comissão Episcopal da Acção Social e Caritativa, os participantes referiram também que se nota, em “alguns sectores oficiais do Estado, uma desconfiança, agressividade e, por vezes, ataque frontal às Instituições de crianças”. Dado que uma família “acolhedora, afectuosa e educadora é o ideal para todas as crianças”, afirmou-se também que é desejável que “todas as instituições não se «apeguem» à criança, considerando-a como sua propriedade”, mas que procurem encontrar uma “boa família de adopção, entre as três mil que são candidatas”.
O Estado “não apresenta nenhum verdadeiro modelo educativo em relação às crianças” – consideraram. E exemplificaram: “o caso Casa Pia demonstra o vazio de modelos educativos do Estado e também a fuga às responsabilidades: o Estado devia estar sentado no banco dos réus e não está”. Perante este cenário, constatou-se que na Pastoral Social “não pode haver rotina” e o grande desafio está “no inovar permanentemente”.
Durante os cinco dias da semana (5 a 9 de Setembro), os participantes concluíram ainda que se impõe a “criação de estruturas de acompanhamento que ajudem o casal adoptante e a criança adoptada a vencerem as dificuldades de adaptação a uma nova realidade”.
Fonte: ECCLESIA

RUI MARQUES é o novo Alto-Comissário para a Imigração

O médico Rui Marques é o novo Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, anunciou uma fonte do gabinete do ministro da Presidência. Rui Marques, que já exercia desde 2002 o cargo de alto comissário adjunto, substitui o padre António Vaz Pinto, que terminou o seu mandato no passado mês de Julho.
O Alto-Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas – estrutura que está sob a tutela do ministro da Presidência – tem como missão promover a integração destas comunidades na sociedade portuguesa, assegurar a participação e a colaboração das associações de estrangeiros e combater a discriminação racial.
Licenciado em medicina e mestre em ciências da comunicação, Rui Marques dinamizou anteriormente várias iniciativas de solidariedade social, associadas à libertação de Timor-Leste, à integração dos sem-abrigo e ao acolhimento de refugiados da Bósnia. Actualmente preside à direcção do Instituto Padre António Vieira.
Fonte: "PÚBLICO"