sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fotografias de alunos da US

Alunos com o professor

Diretora com alunos e visitantes

Um aspeto da mostra


Foi inaugurada, ontem à noite, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, mais uma exposição de fotografia dos alunos da Universidade Sénior (US) da Fundação Prior Sardo (FPS), da área de "Fotografia e Comunicação", lecionada pelo professor Carlos Duarte.
Hugo Coelho, presidente da Fundação e Reitor da US, afirmou, na abertura da mostra, que as fotografias expostas «representam mais do que o clique da máquina», pois está bem patente em todas «a sensibilidade de cada aluno». Os trabalhos exibem a capacidade «de partilha e de conhecimentos do professor», mas também significam a ação da FPS, que «dinamiza projetos» em prol da comunidade.
Hugo Coelho sublinhou o esforço diário dos dirigentes e funcionários da Fundação, bem como o «voluntariado que desenvolvem». Porém, reconheceu que «nem sempre é fácil conciliar o acompanhamento a todas as valências» da instituição.
Entretanto, salientou o apoio recebido da Câmara de Ílhavo, da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré e da Paróquia, «que está sempre a nosso lado».

Um pôr do sol para começar o dia

(Foto de Pedro Martins)



Para começar este dia, ameno e luminoso, nada melhor do que recordar o entardecer de ontem, na praia da Vagueira. Momento único para afugentar o stress, para admirar o espraiar das ondas, para sentir o reflexo do astro-rei como imagem de sonho, para descansar embalado pelo murmúrio das vagas. Excelente dia para todos.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O que se dá ao futebol retira-se a tudo o mais



O Futebol Clube do Porto ganhou. Tudo bem. Parabéns ao vencedor, mas também ao vencido, o Sporting de Braga, que se portou muito bem. Foi uma vitória do futebol português, com duas equipas de Portugal na final. Dirigentes, treinadores e jogadores merecem, todos, os nossos aplausos. Contudo, não concordo com exageros bem difundidos pelos órgãos da comunicação social. O meio-termo devia pautar o comportamento de todos, o que não aconteceu.
Hoje, ao abrir a tv, deparei-me com todas elas a exibirem as mesmas imagens, como se o mundo rodasse, exclusivamente, à volta do futebol. Dir-me-ão que nem pareço deste tempo. Sou deste tempo, mas não alinho em excessos. Dá-me a impressão de que a mola-real da vida das pessoas não vê outra coisa.
Hoje mesmo li num blogue uma mensagem (Ora abóbora) que retrata bem a inversão de valores na nossa sociedade. O espaço que se dá ao desporto, em especial ao futebol, retira-se a tudo o mais. É pena.

FM

Para hoje, 19 de Maio


Centro Cultural

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré

21 horas: 20 anos do Centro Social Paroquial, com coro de 100 crianças  e conferência de Bagão Félix, sobre “Os novos alcances e desafios da Solidariedade.

***

21 horas: Lançamento do livro de fotografias de Carlos Duarte, “Margens da Ria”, e inauguração da exposição de fotografia dos alunos da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo.

***

Teatro Aveirense

21.30 horas: Em “Diálogos na Cidade”, Isabel Jonet e Tolentino Mendonça abordarão o tema “Todos diferentes, todos iguais?”. Entrada livre.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Melhores cuidados para quem sofre





Está a decorrer, até 21 deste mês, no Centro de Congressos de Lisboa, o 12.º Congresso Europeu de Cuidados Paliativos, onde serão apresentados trabalhos sobre o melhor que se faz nesta área em todo o mundo. A qualidade de vida para o doente, mesmo na fase terminal da sua existência neste mundo, é um direito indiscutível, mas nem sempre haverá possibilidades de implementar os cuidados paliativos a todos os que sofrem. 
Penso que ainda há pouca informação sobre este assunto, neste tempo em que, felizmente, a esperança de vida tende a crescer. Contudo, se é certo que se vive mais, também é verdade que a qualidade de vida deixa, por vezes,  muito a desejar. Importa, a meu ver, colher as mais amplas informações, no sentido de, na hora própria, prestarmos os melhores cuidados a quem sofre.

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“Santo é o cristão normal”


Palavras omitidas, vidas empobrecidas

António Marcelino

Nos últimos tempos andámos a celebrar canonizações e beatificações de santos que nos dizem respeito mais de perto. Foi São Nuno de Santa Maria, os Pastorinhos de Fátima Bartolomeu dos Mártires, Alexandrina de Balazar, Irmã Rita Amada de Jesus e agora João Paulo II e a Irmã Maria Clara do Menino Jesus, fundadora das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. As causas referentes a cristãos portugueses a decorrer neste momento, em Roma, são muitas: Padre Américo, Irmã Luiza Andaluz, Padre Joaquim Brás, Sílvia Cardoso, Irmã Teresa de Saldanha, Irmã Wilson, Irmã Maria da Conceição Rocha, Irmã Lúcia de Jesus, Padre Cruz, além de outras, mais e menos antigas que, agora, não me vêm à memória. Mesmo não as recordando todas, porque de facto há mais, dá para ver que são muitas. Não sei se todas as causas chegarão a bom êxito, dada a complexidade dos processos e a espera de um milagre comprovado, cuja falta pode arrumar algumas delas no baú das boas recordações. 

Dia Internacional dos Museus

Painel de Manuel Correia no museu paroquial

Na Gafanha da Nazaré, também há museus para visitar. O navio-museu Santo André, no Jardim Oudinot, será porventura o mais visitado, tanto pela sua história, ligada à pesca do bacalhau por arrasto, como pela localização. Ainda por ser um pólo especializado do Museu Marítimo de Ílhavo, que projeta o Santo André até muito longe. Há também a Casa Gafanhoa, integrada no mesmo museu municipal, mais voltada para as nossas tradições agrícolas. E será oportuno lembrar, neste dia, que o Museu Paroquial, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, bem merece uma visita, por aquilo que pode oferecer e que está relacionado com a vivência cristã da nossa gente. Penso que este Dia Internacional dos Museus servirá para nos estimular a olhar, com olhos bem atentos,  para  rastos da nossa vida comunitária.

Mulher de Aveiro


(Clicar nas imagens para ampliar)

Fonte: Ilustração Portuguesa, 1919, n.º 689

terça-feira, 17 de maio de 2011

Dia Internacional dos Museus, no Museu de Ílhavo



«Assinalando o Dia Internacional dos Museus, o Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) oferece uma programação repartida pelos dias 18 e 21 de Maio. No primeiro o MMI promove o Dia Aberto e o Serviço Educativo “Museus e Memória”. No dia 21 de Maio destaque para a Sessão Comemorativa na qual serão entregues os prémios do I Concurso de Modelismo Náutico do MMI lançado pela CMI em 2010, sob o tema: Navios de Pesca do Bacalhau.

Marco incontornável da História e Cultura das gentes de Ílhavo, o Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) tem constituído uma aposta central da CMI na promoção e conservação do património do Município que tem “O Mar por Tradição”, afirmando-se com elevado sucesso, muito em especial desde o dia 21 de Outubro de 2001, aquando da inauguração do seu actual edifício. 

Aliando o carácter extraordinário e único da história da “Faina Maior” à beleza da arquitectura do edificado, o MMI é hoje uma referência na museologia portuguesa, diferenciadora do Município, da Região de Aveiro, da Região Centro e de um Portugal intimamente ligado ao Mar. 

O empenho e dedicação a esta causa resultaram na integração do MMI na Rede Portuguesa de Museus em 2010, após candidatura aprovada pelo Instituto dos Museus e da Conservação. 

Com um reconhecido percurso de 74 anos, o MMI viveu nesta última década um novo ciclo de vida, registando mais visitantes do que em toda a sua história anterior, tendo no passado dia 12 de Maio alcançado os 500 000 visitantes.»

Fonte: CMI

Ver programa aqui

Fábrica da Vista Alegre, na Ilustração Portuguesa, década de 20 do séc. XX

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Prémio de cinema para “La ilusión te queda”



"La illusión te queda" 
vence prémio da Igreja Católica 
no IndieLisboa


Rui Martins



O documentário “La ilusión te queda”, de Francisco Lezama e Márcio Laranjeira, foi distinguido com o prémio Signis-Árvore da Vida, atribuído pela Igreja Católica na edição de 2011 do IndieLisboa, Festival Internacional de Cinema Independente.

«No trabalho destes jovens realizadores o cinema volta a ser uma arte de contar histórias, mas histórias onde as mulheres e os homens se contam a si mesmos, no seu presente e na sua memória, na sua ilusão e na sua incerteza, na grande dor e na grande ternura que vestem qualquer viver», escreve o padre José Tolentino Mendonça sobre o filme produzido em 2011.

«Estamos, assim, colocados perante um cinema imaginado como um segredo que é contado, de cada vez, a um só ouvido», assinala o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, que com Margarida Ataíde e Inês Gil fez parte do júri de uma distinção que começou a ser atribuída pela Igreja Católica em 2010.


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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Poesia para este tempo




“De morte natural nunca ninguém morreu.
Não foi para morrer que nós nascemos,
não foi só para a morte que dos tempos
chega até nós esse murmúrio cavo,
inconsolado, uivante, estertorado,
desde que anfíbios viemos a uma praia
e quadrumanos nos erguemos. Não.
Não foi para morrermos que falámos,
que descobrimos a ternura e o fogo,
e a pintura, a escrita, a doce música.
Não foi para morrer que nós sonhámos
ser imortais, ter alma, reviver,
ou que sonhámos deuses que por nós
fossem mais imortais que sonharíamos.
Não foi”

Jorge de Sena
“Trinta anos de poesia”

NOTA: Citado por Bento Domingues na crónica de domingo, no PÚBLICO

"Diálogos na Cidade": Isabel Jonet e Tolentino Mendonça

Dia 19, Teatro Aveirense



Depois de um serão em que D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, e José Manuel Fernandes, jornalista, conversaram sobre “Portugal, a Igreja e o mundo”, a Comissão Diocesana da Cultura promove novo encontro no Teatro Aveirense, agora sobre “Todos diferentes, todos iguais?”
Os convidados para este “diálogo na cidade” são Isabel Jonet, diretora do Banco Alimentar Contra a Fome, em Lisboa, e Tolentino Mendonça, padre e poeta, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura. A sessão está marcada para as 21h30 do dia 19 de maio, no Teatro Aveirense.
Entrada gratuita.

domingo, 15 de maio de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(clicar na imagem para ampliar)

Apoio à Rota do Bacalhau/Obra da Criança



Fotografia e Solidariedade de Mãos Dadas!


No seguimento de duas exposições de fotografia realizadas por Carlos Duarte (fotojornalista na região de Aveiro desde 1979) e das quais a receita reverteu para o Rotary Club de Ílhavo/Obra da Criança, de novo este amigo do clube rotário ilhavense, desde a sua fundação, volta a apoiar a Obra da Criança, com a oferta do seu novo livro de fotografia de nome “Margens da Ria”, que irá ser apresentado no próximo dia 19, às 21 horas, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, aquando da inauguração da exposição de fotografia dos alunos da US da Fundação Prior Sardo 
Com o custo de 10 Euros por exemplar, o autor oferece 50 livros para serem vendidos durante o almoço da Rota do Bacalhau (dia 29), sendo a receita total entregue à organização da prova.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 237

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 20



ATRAVESSAR A RIA DE BICICLETA


Caríssima/o: 

Pois é, é mesmo como diz o título e isso o sabem todos os que moram na borda: de uma maneira ou outra, a imaginação atira-nos a viajar sobre as águas da Ria, montados na bicicleta e a pedalar. Se não for assim não tem piada. 
Contam-se algumas experiências e tentativas. 
Há mesmo quem me garanta que há fotografias de uma delas bem conseguida, na travessia da Bestida para a Torreira. O senhor José Garete, que tinha oficina de bicicletas perto da garagem das camionetas quase em Pardelhas, fez uma jangada com bidões e gozou essa delícia de pedalar sobre as águas da Ria. Não registou a patente; nós, os Portugueses e muito mais os das nossas Terras, somos uns mãos largas... 
E há sempre quem se aproveite das ideias dos outros. Enfim... 

Leiam a notícia e depois digam: 

«Bicicletas aquáticas em Aveiro 

«A cidade das bicicletas». O rótulo pode muito bem ser passado desde que as famosas Bugas (Bicicletas de Utilização Gratuita de Aveiro) começaram a invadir a cidade. Mas agora há novo motivo para tal denominação, já que os aveirenses vão poder andar de bicicleta até na própria ria. 
«Estamos a efectuar uma semana experimental para averiguar problemas que possam existir, mas penso que dentro de três semanas será possível o projecto começar a funcionar. Vamos ter dois cais a funcionar: um no Mercado Manuel Firmino, junto ao Fórum, e outro no Largo da Fonte Nova. Para utilizar as bicicletas, terão de adquirir um passe em qualquer loja das Bugas ou em alguns hotéis», explicou ..., vereador do Turismo da Câmara de Aveiro, ao PortugalDiário. 
A autarquia espera ter dez modelos das bicicletas aquáticas, que têm pedais e guiador e funcionam com uma hélice, durante o Verão. «O objectivo é que as pessoas, não só os turistas mas também a população, possam desfrutar de mais este meio de mobilidade. O projecto funcionará durante a época balnear e depois, consoante o sucesso do mesmo, saberemos se será a longo prazo» 

Portanto, a partir de agora, será mais um sonho que deixa de o ser. Por este, caminho a solução será inventar carreiros a pé pelo meio das matas para continuarmos a sonhar com os ninhos que adivinhamos no cocuruto das árvores! 

Manuel 


sábado, 14 de maio de 2011

Poesia de Nuno Júdice na aridez da economia




A pressão dos mercados

Emprestem-me palavras para o poema; ou dêem-me
sílabas a crédito, para que as ponha a render
no mercado. Mas sobem-me a cotação da metáfora,
para que me limite a imagens simples, as mais
baratas, as que ninguém quer: uma flor? Um perfume
do campo? Aquelas ondas que rebentam, umas
atrás das outras, sem pedir juros a quem as vê?

É que as palavras estão caras. Folheio dicionários
em busca de palavras pequenas, as que custem
menos a pagar, para que não exijam reembolsos
se as meter, ao desbarato, no fim do verso. O
problema é que as rimas me irão custar o dobro,
e por muito que corra os mercados o que me
propõem está acima das minhas posses, sem recobro.

E quando me vierem pedir o que tenho de pagar,
a quantos por cento o terei de dar? Abro a carteira,
esvazio os bolsos, vou às contas, e tudo vazio: símbolos,
a zero; alegorias, esgotadas; metáforas, nem uma.
A quem recorrer? que fundo de emergência poética
me irá salvar? Então, no fim, resta-me uma sílaba – o ar –
ao menos com ela ninguém me impedirá de respirar.

Nuno Júdice

No caderno "Economia" do EXPRESSO

TAIZÉ: Testemunho de um jovem



José Miguel Rocha:

«Recarregámos baterias e regressámos 
com mais ânimo e com outras motivações»


«Em Taizé, vivi uma experiência muito diferente de tudo o que eu já tinha feito e sentido; no último dia, a atividade programada incluía uma hora de silêncio, isolados de toda a gente; inicialmente, achei aquilo estranho, mas alguém me disse que eu acabaria por gostar muito, pois iria ouvir todas as vozes de revolta que havia dentro de mim; acabei por passar hora e meia como se fossem cinco minutos; talvez não se tivessem dissipado algumas dessas vozes, mas fiquei a conhecer-me melhor.» Esta foi a conclusão de uma entrevista que o José Miguel Rocha nos concedeu, sobre a peregrinação à comunidade ecuménica de Taizé, França, organizada pelas Escolas Mário Sacramento e José Estêvão, no âmbito da aula de Educação Moral e Religiosa Católica. A peregrinação decorreu no Carnaval, entre 5 e 13 de março, envolvendo 80 alunos e respetivos professores, José Joaquim Pedroso Simões e Teresa Grancho.

DEUS: Ou quis e pôde; então, donde vem o mal?

Andrés Torres Queiruga

Deus e o mal
Anselmo Borges

Penso que Andrés Torres Queiruga, da Universidade de Santiago de Compostela, é um dos mais vigorosos e penetrantes teólogos católicos vivos, numa ousadia única de colocar a fé cristã em confronto radical com a modernidade e vice-versa. Acaba de publicar em castelhano uma obra seriamente original sobre o tema em epígrafe: Repensar el mal, que obriga a pensar.
Lá está o famoso dilema de Epicuro: Ou Deus pôde evitar o mal e não quis; então, não é bom. Ou quis e não pôde; então, não é omnipotente. Ou quis e pôde; então, donde vem o mal?
São precisamente os pressupostos do dilema que o autor começa por desmontar, a partir de uma ponerologia (de ponerós, mau): tratar do mal, antes de qualquer referência a Deus. De facto, o mal atinge a todos, crentes e não crentes, os próprios animais também sofrem. Todos passam por crises e doenças e todos morrem. E perguntamos: donde vem o mal?

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Peregrinação — 13 de maio de 2011




 Os milagres estão nas pequenas coisas da vida

Maria Donzilia Almeida 

"Existem apenas dois modos de viver a vida: 
um é como se nada fosse milagre; 
o outro é como se tudo fosse um milagre. 
Eu acredito no último." 

Albert Einstein 


A frase citada, acima, povoa o espírito de muita gente de fé e está intimamente ligada à época que estamos a viver, neste mês de maio florido e primaveril.
Quem viaja pelas estradas de Portugal, há cerca de uma semana, depara com ranchos de peregrinos, que numa atitude de despojamento e sacrifício, vão calcorreando, passo a passo o caminho da redenção
Esta devoção para com a Nossa Senhora de Fátima, remonta ao século passado, quando se deu a primeira aparição, em 1917 na pacata aldeia de Fátima. O dia treze de cada mês, passou a ficar assinalado como um dia de afluência ao santuário do mesmo nome, mas essa movimentação de pessoas, atingiu a sua expressão máxima no dia 13 de maio. 
Se nos interrogarmos sobre as razões, motivações que levam as pessoas a fazer essa longa caminhada, podemos encontrar várias respostas: uns são movidos pela fé e fazem esse sacrifício como prova da sua devoção para com Maria. Outros há, que vão reconhecer alguma graça concedida, em troca da promessa que fizeram à Virgem, na cura de uma pessoa doente, na obtenção de uma graça que era considerada quase impossível.

Cegonhas na A25

Fotos obtidas por Amorosa Oliveira, da Coutada, Ílhavo, aluna de Fotografia da Universidade Sénior da Fundação Prior Sardo e professora de dança. Hoje, na entrada da A25 às 10.30 Horas






Cegonhas na A25, um espetáculo para os amantes das aves, da fotografia e para os que passam, em geral, atentos todos à diversidade da paisagem e à beleza dos seres vivos. Tristes dos que passam sem ver nada!

Nota: Clicar nas imagens para ampliar

Concurso de fotografia “Olhos sobre o Mar”

Barra de Aveiro


A Câmara Municipal de Ílhavo aprovou as normas de participação no VIII Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar”, este ano sob o tema “O Mar”.
Este concurso, de âmbito nacional, é aberto a todos os fotógrafos profissionais ou amadores e está dividido em duas secções: cor e preto e branco. Cada participante pode apresentar até um máximo de três fotografias por secção. A data limite de receção das fotografias a concurso é 24 de junho de 2011 (data do correio). Os interessados podem obter mais informações no secretariado do concurso, através do telefone 234 329 600 ou e-mail geral@cm-ilhavo.pt.

Blogger desativado durante uns tempos

Por problemas surgidos no Blogger e ainda não totalmente ultrapassados,  não foi possível editar fosse o que fosse nos blogues ligados àquele servidor. Do facto apresentamos o nosso pedido de desculpas aos leitores habituais do Pela Positiva.
Entretanto, o Blogger promete repor os textos e fotos que ficaram ocultos. Se tal não acontecer, procurarei reinseri-los neste meu espaço.

FM

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Gafanha da Nazaré: Conferências Primavera

(Clicar na imagem para ampliar)

NOTA: Segundo informações da organização, a conferência de amanhã, com o ex-candidato à Presidência da República e fundador da AMI, Fernando Nobre, não se realizará, como estava previsto.

Peregrinos de Fátima na reta final



Conforme o ponto de partida, os peregrinos de Fátima, a pé, já há uns 15 dias que iniciaram a marcha. Estão na reta final. Os sofrimentos terão sido imensos e diversos, mas há crentes que assumem estes sacrifícios como alimento da sua fé. Fazem-no consciente e livremente, alguns deles há muitos anos seguidos. Principalmente em maio, mês das grandes peregrinações.
Muito embora não falte quem conteste estes sacrifícios, como não da vontade de Deus, que se sacrificou, definitivamente, por todos nós, na cruz, a verdade é que temos a obrigação de respeitar as opções das pessoas. Bem razão tinha uma peregrina que se arrastava de joelhos até à capelinha da aparições,  há muito, quando, a uma proposta de um bispo que se dispunha, com os seus poderes, a amenizar-lhe a promessa por outro sacrifício menos violento, lhe respondeu não estar interessada em qualquer troca, porque a ele, bispo, ela não devia nada.
É verdade. Há quem se sacrifique por outras causas, que nada têm a ver com questões de fé, sem que alguém as refute. Nessa linha, depois de devidamente esclarecidos, os crentes e devotos de Nossa Senhora podem seguir as suas ideias, desde que não prejudiquem terceiros. Se prometem sacrifícios, que os cumpram, sem atentarem contra a própria vida, que a isso se opõe a doutrina da Igreja Católica.
Quando vejo o sofrimento dos peregrinos, não posso deixar de me comover pela sua capacidade de resistir à dor, à sede, à fome de comida habitual,  à falta de comodidade, aos perigos. Tudo pela fé que os anima.
Entretanto, não têm faltado apoios de voluntários, que os esperam em passagens estratégicas. E até já há um “site” com preciosas informações para quem peregrina ou pretende peregrinar.

Fernando Martins

A crise não envolve apenas milhões de euros



Crise económica 
e outras crises

 António Marcelino

Certamente que da troika não se esperavam reflexões ou orientações para além do que se refere à crise económica e financeira que lhes dizia respeito. Porém, a crise mais conhecida e que toca mais visivelmente a todos, se, como se diz, exige restrições e medidas que permitam pagar as dívidas e, depois, um maior crescimento, investimento, concorrência, alargamento das exportações e, por aí adiante, parece urgente dizer que a crise que nos toca a todos não envolve apenas milhões de euros.
Aceitemos que a situação penosa e crítica, alargada à Europa e a outros países longínquos, teve também influência no que se passou e se passa no nosso país. Mas, ainda neste caso, quais as causas reais que nos levaram a uma tal situação? O dinheiro, só por si, não provoca crises.

Centro Cultural da Gafanha da Nazaré: Feira da Saúde



Para  ver como anda a sua saúde!

MAIO — Sábado, 14, das 10 às18h

Ao longo do dia Workshop: “Suporte básico de vida para leigos”, com Bombeiros Voluntários de Ílhavo

Temas:
 “Prevenção Ocular - Condições Ambientais Adversas”
 “Sem o saleiro à mão”
 “A terapia da fala e a estética”
 “Terapia da dor”
 “Tratamento de doenças neurológicas com Acupunctura Craniana”

terça-feira, 10 de maio de 2011

Efeméride: Joaquim Agostinho morreu há 27 anos


No dia 10 de maio de 1984, faleceu o grande ciclista português Joaquim Agostinho, porventura o maior ídolo   daquela altura. Ainda hoje, 27 anos após a sua morte, são recordados os seus feitos, quer na volta a Portugal, quer nas volta à França. Homem simples, iniciou-se no ciclismo um pouco tarde,  com 25 anos, mas nem por isso deixou de  impor pela sua determinação e coragem. Faleceu vítima de uma queda na volta ao Algarve, depois de dez dias de coma.

A Ética e a Política

Urge redefinir o que entendemos por prosperidade





Não contar só com a ganância do padeiro

José Tolentino Mendonça

Um dos clássicos da economia moderna, Adam Smith, resumia desta maneira pragmática o funcionamento do sistema económico: devemos o nosso pão fresco diário não ao altruísmo do padeiro, mas  à sua ganância.  É graças à ambição do ganho, que os bens de que precisamos chegam às prateleiras dos supermercados. Esse dado é, de resto, comummente aceite e consensualmente aceitável.
O facto que hoje se coloca, sempre com maior urgência, é, porém, de outra natureza. Claro que não perde validade a justa expectativa de que a atividade laboral produza o seu lucro, mas o que se coloca às nossas sociedades é a questão da sua capacidade para resolver, ainda que de modo não completamente perfeito, os desequilíbrios que elas próprias geram e que ameaçam a sua preservação. Ora, este processo de reajuste e maturação do sistema não parece que possa ficar unicamente dependente daquilo que Adam Smith chamou “a ganância do padeiro”.

Hospital da Figueira da Foz: estátua que faz pensar


Junto ao Hospital da Figueira da Foz, na Gala, com mar à vista, pude apreciar hoje esta estátua, simples, que nos leva a pensar. Num estilo figurativo e, por isso, muito acessível, mostra a dor, o desânimo, o conformismo ou a dúvida marcada pela incerteza do futuro. Sem adornos, no meio da pedra branca, qual mar sereno, é um convite à reflexão. Votos de rápidas melhoras para os doentes que por ali passam. 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Um livro de Tiago Pitta e Cunha: “Portugal e o Mar”



A Fundação Francisco Manuel dos Santos lançou mais um trabalho — “Portugal e o Mar” — que se enquadra perfeitamente nos seus objetivos de «conhecer Portugal, pensar o país e contribuir para a identificação e resolução dos problemas nacionais, assim como promover o debate público». Trata-se de um ensaio esclarecedor e bastante oportuno. Ainda não cheguei ao fim, mas apetece-me sugerir a sua leitura. Na Introdução pode ler-se: 

«… a sensação de alívio que se sentiu com a decisão de substituir o mar pela Europa, que foi uma decisão de ruptura com pelo menos quinhentos anos de História de Portugal, tem vindo nos últimos anos a esmorecer. Com efeito, essa decisão, que foi então encarada como uma decisão altamente libertadora e progressista, dado o corte que fazia com o passado, começa hoje, no que respeita ao abandono do mar, a ser vista como uma desvantagem.»

Gafanha da Nazaré: Travessa dos Bons Senhores

Travessa dos Bons Senhores

A Travessa dos Bons Senhores, na Cale da Vila, começa na Rua D. Manuel Trindade Salgueiro e não tem saída. Ali moravam os familiares da Tia Catrina (Catarina), entre outras pessoas. Um dia, estes foram à Junta de Freguesia requerer nome para a sua rua. Apresentaram várias propostas, com toda a naturalidade, e entre elas surgiu este nome, na sequência da afirmação de que nela morava gente boa. Os chefes de família seriam, do que não duvidamos, Bons Senhores. E foi esta designação que mais empenho mereceu dos requerentes. Não será uma travessa, mas está bem assim, apesar de tudo.

domingo, 8 de maio de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

Gafanha da Nazaré: Fotografias dos alunos da US no Centro Cultural

Centro Cultural 


De 19 de Maio a 11 de Junho, vai estar patente na galeria de exposições do Centro Cultural da Gafanha da Nazaré uma mostra de 32 fotografias feitas pelos alunos da turma de Fotografia da US da Fundação Prior Sardo. Uma exposição a não perder, até porque se trata de alunos que souberam aproveitar as orientações do professor Carlos Duarte, que os estimulou a procurar o ângulo certo para uma fotografia com arte.

Figueira da Foz: Paquete pronto para enfrentar as ondas?


Este edifício, que tanta polémica gerou, foi por diante e está em vias de conclusão, tanto quanto posso julgar pelo que vejo de fora. Qual paquete pronto para enfrentar as ondas, deve viver a festa do seu bota-abaixo provavelmente ainda durante o verão que se avizinha. Com as limitações da crise, vamos acreditar que saberá navegar vencendo vagas alterosas capazes do pior. Não será o caso, se ao leme for um comandante de garra e de saber. E a localização, mesmo defronte do mar, separado apenas pelo areal extenso, dará uma ajuda durante as viagens.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 236

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 19 




BICICLETA DE RODA ELEVADA 

Caríssima/o:

Creio que ao olharmos para a imagem que aí fica muitos recuarão para os seus tempos de Feira de Março onde se apreciavam os malabaristas... 
Pois, sendo uma invenção francesa, após a guerra de 1870, foi em Inglaterra que o velocípede se vai desenvolver com maior rapidez. 
James Starley idealizou um biciclo, baptizado de "Gran-Bi"... Esta invenção foi patenteada pelo nome de Ariel... 
A fabricação da bicicleta de roda elevada, foi uma resposta directa às limitações do velocípede. Foi necessário o aumento da roda dianteira (chegou a 152 centímetros) para um ganho de velocidade e conforto se comparado ao seu rival... 
A diminuição da roda traseira foi obrigatória, para o ganho de estabilidade. O selim foi colocado quase que acima do cubo dianteiro para fornecer uma ciclística considerável... A bicicleta de roda elevada tinha chegado a um estágio de desenvolvimento em que a sua velocidade e o conforto realmente eram bons... 
O problema é que pela sua altura, os acidentes como tombos e ataques de animais raivosos, deixavam o condutor "quebrado"... Diga-se de passagem, muitos ciclistas morreram devido aos tombos com a bicicleta de roda elevada... Chegou-se ao ponto da indústria de armas desenvolver arma e munição (velodog) para que o condutor em caso de ataque canino mantivesse a sua integridade física... 
Este veículo, avalizado pela Starley & Smith, esteve em fabricação por mais de dez anos... 

sábado, 7 de maio de 2011

Marcos Sílvio expõe na Galeria da antiga Capitania

Até 15 de maio



«Oriente-Ocidente»


Na Galeria da Capitania do Porto de Aveiro, encontra-se patente, até 15 de maio, “Oriente-Ocidente, do mar das paixões ao mar da tranquilidade”, de Marcos Sílvio. Considerando-se «mais marinhista que paisagista», o artista, que em 2011 celebra 35 anos de carreira, confessa que a sua temática preferida é, «sem dúvida, o mar e tudo o que lhe diz respeito», sendo mesmo considerado como «pintor do mar».
A exposição de pintura e modelismo, com temas essencialmente náuticos, pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 14 às 18 horas, e sábados, domingos e feriados das 15 às 19 horas.
Marcos Sílvio Silva nasceu em Ílhavo em 1935, mas foi a vila de Vagos que escolheu para viver e desenvolver não só a atividade de artista plástico, mas também a prática de modelista, dedicando-se nomeadamente aos modelos (em madeira) de navios históricos dos séculos passados.
Iniciou a sua carreira artística sob o ensinamento da pintura a óleo de um mestre ítalo-americano nos Estados Unidos da América. No seu currículo constam mais de setenta exposições, no estrangeiro e Portugal. Já recebeu diversos prémios, incluindo uma menção honrosa numa das exposições bienais da Academia da Marinha, em Lisboa.

Fonte: Porto de Aveiro

Feira de Velharias na Figueira da Foz

Banca  de um feirante

Decorreu hoje, na Figueira da Foz, a Feira das Velharias, com o habitual e elevado número de frequentadores, sobretudo da parte da manhã. Velharias não são antiguidades, mas de vez em quando lá surge uma ou outra peça digna de ocupar lugar de destaque de qualquer sala com móveis mais antigos. Livros antigos e discos (LP) não os vi com interesse por ali. Há livros antigos mas sem qualquer importância. Dos clássicos portugueses, que se encontram nos bons alfarrabistas, não havia nada de jeito. Refiro-me àquelas obras de que nos falam as histórias da literatura, mas que apenas podemos consultar nas bibliotecas. De resto, havia muito caco velho sem qualquer préstimo e no meio dele, uma ou outra peça para os mais nostálgicos e até para colecionadores. 

"Fátima e o Mundo", na RTP1


“Fátima e o Mundo”: 
primeiro episódio a 11 de Maio, 
após noticiário 

O primeiro episódio da série “Fátima e o Mundo” está concluído e será exibido na RTP1 na noite de 11 de Maio. Neste episódio, intitulado “Fátima e a Europa — A História”, narra-se, com ritmo, drama, mistério e fascínio, a impressionante ligação de Fátima aos grandes acontecimentos do século XX: a Segunda Guerra Mundial; a Guerra-Fria, o atentado ao Papa João Paulo II, a que se segue a queda do Muro de Berlim. 
O episódio testemunha também o nascimento de muitos locais de devoção e santuários dedicados a Nossa Senhora de Fátima, em países em que a palavra de Deus era proibida. “Fátima é o Mundo” é um projecto televisivo da autoria do escritor e argumentista português Manuel Arouca, desenvolvido com o apoio institucional do Santuário de Fátima, que sente esta iniciativa como uma importante forma de informação e difusão da história e da mensagem de Fátima. 

LeopolDina Simões

Efeméride: Cometa Halley passou pela Terra em 1910

Cometa Halley


Em 7 de maio de 1910, o cometa Halley passa pela Terra e o seu rasto gera pânico entre o povo pouco dado a fenómenos astronómicos. Alguns idosos, com quem falei na minha juventude, até me disseram que se pensou no fim do mundo, lembrando a ideia de que o mundo acabou a primeira vez com água (dilúvio universal, onde Noé se salvou com a família e toda a bicharada), sendo garantido, afiançavam-me, de que da próxima vez será pelo fogo.

Gafanha da Nazaré: Beco dos Enganos

Beco dos Enganos

O Beco dos Enganos fica na Cale da Vila e começa na Rua Gil Vicente. Sem saída. Segundo Mário Cardoso, este nome foi sugerido à autarquia pelo morador João Maria Facica. E a história conta-se em poucas palavras: Quando começou a ser construída uma casa na esquina que dá para esse beco, segundo o alinhamento definido pela Câmara Municipal de Ílhavo, o proprietário foi alertado para a conveniência de deixar passagem para a casa do referido morador. Isso gerou alguma controvérsia, acabando o proprietário por construir uns arrumos, prejudicando João Maria Facica. Ficou simplesmente o beco. O Beco dos Enganos.

TEOLOGIA: o diálogo com os outros saberes é uma exigência natural



Manifesto dos teólogos alemães


Anselmo Borges

Na Alemanha, a Teologia está nas universidades públicas e o estatuto das faculdades de Teologia é o mesmo das outras faculdades. Inevitavelmente, impõe-se o rigor científico e crítico, e o diálogo com os outros saberes é uma exigência natural.
Recentemente, um terço dos 400 teólogos de fala alemã, residentes na Alemanha, na Suíça e na Áustria (144 professores de Teologia católica), a que se foram juntando muitos outros, subscreveram um "Memorandum", no qual pedem reformas profundas na Igreja. O texto do documento, "Kirche 2011. Ein notwendiger Aufbruch" (Igreja 2011. Necessidade de um novo começo) é ao mesmo tempo exigente e sereno, apelando a um diálogo aberto.
Aparece no contexto dos escândalos da pedofilia e da crise sem precedentes da Igreja católica na Alemanha, reconhecendo que não podem calar-se.

Poema para começar este sábado



Passagem

Comemoras o dia
da solidão As palavras
serão esquecidas ou apenas

as temerás mais uma vez e
partirás para um lugar
onde julgas poder sentir o mundo
pulsar na tua pele

afinal imortal Nos olhos
passará o filme aquoso
do que viveste Viverias
de novo esse presente obscuro

tão futuro Já então
por vezes confundias o teu corpo
com o ar ou a água e entregavas
à sua transparência

a paixão
Mas o fogo e a terra são mais
densos Geram víboras
na tarde

Gastão Cruz,

 in "As Pedras Negras"


Fonte: Citador