domingo, 20 de março de 2011

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 229

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 12



ENA, VELHOTE! QUE MÁQUINA!...

Caríssima/o:

Há anos, em 2002, o jornal Público, na página 40, do dia 2 de Janeiro, trazia um extenso artigo: «O “vício” da bicicleta entranha-se no distrito de Aveiro». Se me permitis vou fazer umas ligeiras transcrições. Começa por afirmar:
«A Murtosa quase parece uma Pequim em ponto pequeno e em hora de ponta»
E pergunta:
«O que há de comum entre uma avó da Murtosa, alguns desportistas da Feira e o autarca de Aveiro?»
Acrescentando:
«A paixão pelas bicicletas, algo que nem o “boom” automóvel dos últimos anos conseguiu destruir. Há décadas que se intensificou o uso da bicicleta por toda a corda do distrito de Aveiro, mas onde essa paixão está verdadeiramente massificada é na Murtosa, espécie de pequena Pequim em horas de ponta.
“Talvez porque estamos numa zona plana e não é preciso carta de condução nem combustível”, opina Henrique Pinho, residente na freguesia do Bunheiro, daquele concelho, que tem três bicicleta na garagem a fazer companhia a outros tantos automóveis.»
Mas onde eu queria chegar vem agora:
«Pernas para que vos quero – Celeste Figueiredo, igualmente do Bunheiro, quis usá-las também para dar ao pedal logo aos nove anos de idade, começando então a ziguezaguear pelas ruelas da localidade numa bicicleta “emprestada sem ordem do dono”. Dinheiro para comprar uma, só o teve quando se casou e agora, aos 49 anos, continua a fazer da bicicleta o seu transporte favorito, garantindo que assim vai continuar “por muitos e bons anos”. “Se andam por aí velhotas de 70 anos em cima da bicicleta, porque hei-de eu deixá-la?...”, pergunta.»

sábado, 19 de março de 2011

«Laicismo militante» quer expulsar Deus do espaço público


Querubim Silva

«O director do Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro (ISCRA), padre Querubim Silva, afirmou hoje que o laicismo está a estorvar as relações entre a Igreja e a cultura.
“Neste momento, um laicismo militante acaba por ter alguns efeitos perversos nessa relação, que podia e deveria ser harmoniosa”, referiu o sacerdote, que em declarações à Agência ECCLESIA denunciou a tentativa de “fazer desaparecer Deus, por completo, de todo o espaço público”.»

Ler mais aqui

Recanto de paz no Santuário de Schoenstatt

Santuário de Schoenstatt

O inverno pode ter o seu encanto para alguns, mas a primavera, ou sinais dela, envolve-nos de tal forma que nos transforma o ânimo, fazendo de nós pessoas renovadas. Acontece assim com todos os seres vivos.
Com o sol a brilhar, sem vento, dei comigo a deambular por espaços que vi nascer e crescer ao longo de décadas. Refiro-me ao Movimento de Schoenstatt que em boa hora se instalou entre nós, graças à visão dos padres Domingos Rebelo e Miguel Lencastre. De modo que, sempre que posso e o tempo permite, lá vou saborear a paz que ali se respira. Entrei no Santuário por momentos para, no meu íntimo, reviver tantas horas agradáveis de encontro comigo próprio e com o transcendente, enquanto recordei e experimentei, mais uma vez, que o Santuário é, de facto, um lugar onde é bom estar.

FM

Qual é o lugar do bispo na comunidade cristã?



Bispos cristãos

Anselmo Borges

Causou alguma admiração tanto interesse dos media, aquando do 75.º aniversário do patriarca de Lisboa, José Policarpo, e do seu pedido de resignação, sendo seguro que o Papa lhe concederá mais dois anos. Mas, afinal, o móbil dos media pareceu ser, mais do que fazer um balanço, por todos considerado positivo, a curiosidade quanto ao sucessor.
Só curiosidade? Alguma forma de pressão? A dança das cadeiras episcopais e dos seus ocupantes ainda atrai público? Afinal, a Igreja continua com peso suficiente para despertar interesse social e político? Concretamente, no caso de Lisboa, não há dúvida de que, embora o patriarca não tenha jurisdição sobre os outros bispos e não seja o "chefe" da Igreja em Portugal, de facto, mora na capital, está mais próximo do Poder e, consequentemente, não é indiferente para a sociedade o nome que se segue.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Primavera à vista


Igreja de Nossa Senhora dos Campos


Apesar de oficialmente a primavera chegar na próxima segunda-feira, 21, hoje pude saborear um tempo primaveril. Havia certezas de frio de manhã e à noite, mas o dia, meus amigos, esteve lindo.
Deambulei pela Colónia Agrícola, com ruas que se cruzam em todos os sentidos, sempre debaixo do ar resinoso dos pinheiros, com manchas aqui e ali de áreas de cultivo há muito abandonadas. Outras áreas, preparadas para aquele fim, nunca chegaram a sentir o gume da enxada ou da charrua.
Casas de antigamente, de modelo único, não se veem nos horizontes possíveis, limitado pelas ramagem dos pinheiros. Passei por instituições e serviços que aproveitaram os terrenos abandonados e as famílias que ficaram readaptaram as habitações às suas vidas, com mais filhos e netos que entretanto foram nascendo. E a velha Colónia Agrícola é agora uma povoação em crescendo, quem sabe se a caminho de uma freguesia. Voltarei ao tema.

FM

Algum PS contra Sócrates

António Costa contra ministro das Finanças

Medeiros Ferreira sugere António Costa para o lugar de Sócrates

Escola Municipal de Educação Rodoviária, hoje com mais vida

Crianças aprendem a dar as primeiras pedaladas com regras

A Escola Municipal de Educação Rodoviária (EMER), instalada na Colónia Agrícola, mesmo ao lado da Piscina Municipal da Gafanha da Nazaré, esteve hoje com mais vida, para celebrar o seu 7.º aniversário. Um programa recheado destinado a todas as escolas do concelho de Ílhavo, envolveu cerca de 200 crianças, para aprenderem, assim, a dar passos importantes na arte de andar, com regras, nas nossas estradas e ruas. Logo de manhã assisti às "corridas" dos utentes dos nossos infantários. Escusado será dizer que a EMER está aberta todo o acto, com ações programadas, para crianças das escolas do nosso concelho e não só.

Luís Miguel Cintra lê o Eclesiastes


Ouvir mais aqui

quinta-feira, 17 de março de 2011

Os políticos, quando estão na oposição, reivindicam o que agora negam


Profetismo corajoso
da igreja,
uma urgência à vista


António Marcelino

Os políticos no poder, pelo seu modo de falar e de agir, têm sempre razão no que fazem e no que dizem, e, no seu pensar, só eles a têm. Por isso mesmo, se fecham orgulhosamente às opiniões contrárias e às críticas sobre problemas concretos, por mais justas e legítimas que sejam umas e outras. Os mesmos políticos, quando estão na oposição, reivindicam o que agora negam. Assim se mostra, lamentavelmente, a pobreza do jogo democrático e se mina o seu sentido, bem como se mostra a impreparação de muitos políticos para a missão que a nação espera deles.

Escola Municipal de Educação Rodoviária comemora mais um aniversário

Escola Municipal de Educação Rodoviária


A Câmara Municipal de Ílhavo comemora amanhã, dia 18 de Março, o 7.º Aniversário da Escola Municipal de Educação Rodoviária (EMER), tendo preparado um programa especial para esse dia.
Desde a sua abertura, a Escola Municipal de Educação Rodoviária, situada junto à Piscina Municipal da Gafanha da Nazaré, foi visitada por 18 307 Crianças e Jovens de vários Estabelecimentos de Ensino do Município de Ílhavo e de toda a região Centro, sendo que 3542 fizeram-no durante o último ano.
Para assinalar mais um ano de existência, a EMER contará com a presença de cerca de 200 Alunos dos Estabelecimentos de Ensino do Município que, durante o dia, terão a oportunidade de desenvolver vários ateliês subordinados à temática da Prevenção Rodoviária. Ao longo do dia todas as Crianças e Jovens poderão divertir-se no circuito externo, com a utilização das viaturas, colocando em prática os comportamentos adequados a ter na via pública.
Em dia de aniversário, a EMER apresentará a “I Prova de Orientação Rodoviária”, a desenvolver ao longo do 3.º período lectivo, a qual será dirigida às Escolas dos 2.º e 3.º Ciclos e Secundárias do Distrito de Aveiro.

Fonte: CMI

quarta-feira, 16 de março de 2011

Dia Mundial da Floresta: 21 de Março



A importância da Floresta é bastante evidente nos tempos que correm. O pulmão da terra está aí. Há autarquias, escolas e outras instituições que vivem de forma pedagógica o Dia Mundial da Floresta. Seria bom que todos nós o fizéssemos . Como a CMA, por exemplo.

Nova Evangelização

A Nova Evangelização levou o jornalista António Marujo, no seu blogue, a iniciar um inquérito de muito interesse para quem gosta de se debruçar sobre estes temas, crentes ou não crentes. 
Veja aqui

Efeméride: Fernão de Magalhães chega às Filipinas

Fernão de Magalhães

Nós, os portugueses, somos muito orgulhosos. Quando um dos nossos atínge os píncaros da fama, ficamos todos vaidosos. Fernão de Magalhães chegou, neste dia de 1521, às Filipinas. No mês seguinte, acabaria por morrer, sem ter concluído o sonho de dar a volta ao mundo. Que importa que tenha feito a viagem ao serviço de Espanha? Pelo que sei, não terá perdido a nacionalidade. É bom recordar o feito deste nosso compatriota. Veja aqui.

Dia Mundial da Poesia: 20 de março, pelas 16 horas, no Museu de Ílhavo


Dia 20 de março, pelas 16 horas, na Sala da Biblioteca do Museu Marítimo de Ílhavo. Leve o poema de que mais gosta. Organização da Confraria Camoniana de Ílhavo. Apoios da CMI e do MMI.

Museu Marítimo de Ílhavo: Um documento inédito sobre a pesca do bacalhau à linha

Apresentação de livro: 19 de Março, 17 horas, no  Museu Marítimo de Ílhavo


Aparelhos e Métodos de Pesca à Linha
usados na Frota Bacalhoeira Portuguesa

A pesca do bacalhau à linha com dóris de um só homem foi uma saga de heroísmos cruéis. O projecto cultural do Museu Marítimo de Ílhavo e a investigação empenhada em conhecer este “fenómeno total” têm permitido revolver uma memória que, em certos meios, teima em persistir fechada e mítica, conservadoramente épica.
Porque se trata de um documento inédito, escrito em finais dos anos cinquenta do século XX, optámos por não alterar o original, quer na grafia, quer nos desenhos e fotografias. Por razões diversas, esta improvável aliança determinada por compromissos externos que a organização corporativa das pescas acabou por assumir para defender a política de abastecimento de bacalhau resultou num escrito a duas mãos que não chegou a ser publicado. Fazê-lo agora significa partilhar um documento de admirável realismo científico que
exprime como poucos a íntima ligação dos aspectos humanos, técnicos e científicos da “grande pesca” por homens e navios portugueses no Atlântico Norte.
Edição Câmara Municipal de Ílhavo/Museu Marítimo de Ílhavo.


terça-feira, 15 de março de 2011

A Salve Rainha de Alçada Baptista



De vez em quando volto ao Alçada Baptista, um escritor intimista e memorialista que muito me marcou. Hoje andei às voltas com estórias e estorietas de “A cor dos dias — memórias e peregrinações”, escritas com saber e sabor inexcedíveis, pela forma e sumo.

Alçada Baptista nunca perdia a oportunidade de criticar o que em seu entender estava mal, tanto em textos cívicos como religiosos. Um dia insurgiu-se contra o Hino Nacional, naquela parte que nos incita a lutar contra os canhões. Em sua opinião, essa fase já está ultrapassada, pelo que seria importante dar uma volta ao texto. Hoje recordo a sua discordância em relação à Salve Rainha, uma oração que acompanha a recitação do terço. E propõe uma nova oração, para eliminar «os degradados filhos de Eva», e depois «deste desterro nos mostrai Jesus». Então diz:
«Eu acho que era bonito termos uma oração a Nossa Senhora mas escusávamos de nos desvalorizar tanto para o fazer.» Sugeriu então:

“Salve Rainha, mãe de Deus, olhai por nós que somos frágeis. A vós nos dirigimos do meio das dificuldades da vida com ansiedade e confiança. Lançai sobre nós os vossos olhos bondosos e, depois da nossa morte, leva-nos a Jesus com a ternura da mãe para o filho querido. Ó doce Virgem Maria, ajudai-nos e olhai para nós e ajudai-nos para podermos alcançar as promessas de Cristo.”

Mário Soares sem papas na língua

Diz o antigo Presidente da República:

«O primeiro-ministro tem-se esforçado, na resolução da crise, com um zelo patriótico e uma energia pessoal absolutamente excepcionais. Mas cometeu erros graves: não tem informado, pedagogicamente, os portugueses, quanto às medidas tomadas e à situação real do País. Nos últimos dias, negociou o PEC IV sem informar o Presidente da República, o Parlamento e os Parceiros Sociais. Foram esquecimentos imperdoáveis ou actos inúteis, que irão custar-lhe caro. Avisou tão só o líder da Oposição, após a reunião de Bruxelas, pelo telefone. A resposta pública foi-lhe dada no discurso que Passos Coelho proferiu, em Viana do Castelo, muito didáctico, e foi negativa: "Não conte com o PSD para aceitar as novas medidas (negociadas/impostas?) pelos líderes da Zona Euro, reunidos no dia 11 de Março, em Bruxelas." Assim se abre, ao que parece, uma crise política, a juntar às outras que a precederam: financeira, económica (estamos a entrar em recessão), social, ambiental e de valores.»

Centro Cultural de Ílhavo: Nadir Afonso — Retrospectiva

Inauguração: 24 de Março, às 22 horas


Nadir Afonso nasceu em 1920, em Chaves. Após ter completado o ensino liceal, quis inscrever-se na Escola de Belas-Artes do Porto mas, por influência de seu pai, acabou por se matricular em Arquitectura. Em 1946, troca o Porto por Paris para frequentar a Escola Nacional Superior de Belas-Artes. Ao longo da sua carreira conviveu e trabalhou com figuras notáveis da cultura contemporânea como Jean Cocteau, Fernand Lèger, Le Corbusier e Óscar Niemeyer.
A exposição apresenta um conjunto de obras de pintura, guache e estudos preparatórios, que permite ao visitante uma reflexão sobre a metodologia de trabalho e o percurso de um artista incontornável na história da arte portuguesa do século XX.
Patente ao público até 19 de Junho.

Fonte: CMI

A nossa vida está prometida à primavera


A primavera está por toda a parte. Até em nós?


José Tolentino Mendonça

A primavera está por toda a parte. Em nosso redor a natureza parece vencer a imobilidade do inverno e amontoa os traços insinuantes do seu reflorir. Há uma seiva que revitaliza a paisagem do mundo. Mesmo nos baldios, nos pátios e quintais abandonados, nos jardins mais desprovidos a primavera desponta com uma energia que arrebata. Penso muitas vezes nos versos do Cântico dos Cânticos, o mais primaveril poema da Bíblia: «Fala o meu amado e diz-me: “Levanta-te! Anda, vem daí, ó minha bela amada! Eis que o inverno já passou, a chuva parou e foi-se embora; despontam as flores na terra, chegou o tempo das canções, e a voz da rola já se ouve na nossa terra; a figueira faz brotar os seus figos e as vinhas floridas exalam perfume. Levanta-te! Anda, vem daí, ó minha bela amada! Minha pomba, nas fendas do rochedo, no escondido dos penhascos: deixa-me ver o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz; pois a tua voz é doce e o teu rosto, encantador”» (Ct 2, 10-14). Neste poema, a primavera do mundo é uma representação simbólica da primavera interior que nos desafia. Na verdade, o nosso coração não pode continuar eternamente sequestrado pelos impasses dos seus invernos gelados. A nossa vida está prometida à primavera – é a mensagem que o despertar da natureza (e aquele mais íntimo) nos parece segredar.

Ler todo o texto aqui


domingo, 13 de março de 2011

A Epopeia do Bacalhau

Museu Marítimo de Ílhavo: Apresentação de livro, 19 de Março, 17 horas edição CTT - Correios de Portugal

Álvaro Garrido traça a evolução histórica da pesca do bacalhau, descrevendo as vicissitudes dessa actividade, os perigos, os métodos de pesca, a vida a bordo e a importância do bacalhau na economia portuguesa. David Lopes Ramos reflecte sobre a importância deste peixe nos hábitos alimentares dos portugueses apresentando as receitas clássicas do bacalhau.
Trata-se de uma edição profusamente ilustrada, sobretudo com iconografia do acervo do Museu Marítimo de Ílhavo. De tiragem numerada e limitada a 5.000 exemplares, contém 6 selos com o valor facial de €3,45 da emissão filatélica Pesca do Bacalhau de 2000.
Edição bilingue

Júlio Pedrosa, ex-ministro da Educação e ex-reitor da UA, diz, no PÚBLICO, o que mudava em Aveiro

(Clicar na imagem para ampliar)

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 228

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 11



E SURGIU O BICICLO ...


Caríssima/o:

Ao que tudo indica desde que as primeiras draisianas foram para as ruas sempre se pensou em dotá-las de um sistema de propulsão que não fosse feito pelo andar do seu condutor. A primeira a ser adaptada com pedais surgiu em 1839, criada pelo ferreiro escocês Kirkpatrick Macmillan (1810-1878).
Ele aproveitou o conceito da máquina criada por Drais, redesenhou a viga central que ligava as duas rodas, e adaptou um sistema de propulsão por pedais em balanço ligados a um virabrequim [cambota] no eixo da roda traseira por meio de alavancas. O ciclista accionava o sistema em paralelo à roda dianteira, com os pedais movimentando-se para a frente e para trás. Este sistema era semelhante ao daqueles carrinhos de pedais usados pelas crianças. A bicicleta ficou com mais rapidez e estabilidade.
Foram quatro anos de árduas experiências. MacMillan percorria com ele o caminho de 22km entre o seu povoado, Courthill, e a capital do condado, Dumfries. Curiosamente, Mac Millan foi preso e multado por ter atropelado um menino em Courthill, Drumfrieshire...
Sem vocação para os negócios, MacMillan não sabia ao certo o que fazer com o veículo, que logo foi esquecido. A bicicleta funcionava bem, mesmo assim não se popularizou.
Até que em 1855, MacMillan e o seu filho, de apenas 14 anos de idade, adaptaram os pedais ao eixo dianteiro, e aumentaram o tamanho da roda dianteira, exigindo menos força do ciclista, e possibilitando uma posição mais confortável sobre a bicicleta, apesar do invento pesar aproximadamente 45 Kg. Era o surgimento do “Biciclo” (ou Velocípede)!
Em 1868, aconteceu em Paris a primeira prova de Biciclos, no Parque Saint’Cloud, vencida pelo inglês James Moore, que foi considerado o primeiro campeão de ciclismo do Mundo!

Manuel

sábado, 12 de março de 2011

Geração à rasca: centenas de milhares protestam nas ruas


Será que os portugueses vão castigar o PS e o PSD?

Centenas de milhares de pessoas manifestaram hoje, por todo país, o seu descontentamento pela situação precária em que se encontra a maioria dos trabalhadores. A incerteza quanto ao futuro, aliada a um presente sem horizontes, ditou este descontentamento generalizado. O manifesto dos promotores dez assim:
«Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal.

Nós, que até agora compactuámos com esta condição, estamos aqui, hoje, para dar o nosso contributo no sentido de desencadear uma mudança qualitativa do país. Estamos aqui, hoje, porque não podemos continuar a aceitar a situação precária para a qual fomos arrastados. Estamos aqui, hoje, porque nos esforçamos diariamente para merecer um futuro digno, com estabilidade e segurança em todas as áreas da nossa vida.
Protestamos para que todos os responsáveis pela nossa actual situação de incerteza – políticos, empregadores e nós mesmos – actuem em conjunto para uma alteração rápida desta realidade, que se tornou insustentável.»

Ler mais aqui.

O problema é muito complexo. A credibilidade dos políticos está muito por baixo: garantem que está tudo bem, mas logo anunciam mais medidas de austeridade; prometem hoje o que negam no dia seguinte; afirmam que tudo rola sobre rodas oleadas, mas logo todos podemos ver que está tudo mal; e vivemos neste ambiente de políticas sem verdade, sem futuro.
Os portugueses habituaram-se a ver na governação o PS e o PSD. Com ou sem alianças, todos construíram esta sociedade injusta, sem alma, sem sonhos.
Com as políticas do PS que puseram de rastos muitos sonhos de muitos portugueses, o que vemos, do lado do PSD, é um partido sem gente nova capaz de alterar este estado de coisas. Pelo menos, é isso que as sondagens nos mostram. Falam muito, mas não nos indicam caminhos seguros e com perspetivas de futuro melhor.
Então, face às incompetências socialistas e à falta de garantias dos sociais-democratas, que haveremos de fazer? Os pequenos partidos (PCP, CDS e BE) nunca se mostraram com votos suficientes para chegar ao Governo. Será que os portugueses, desiludidos com os que nos têm governado, vão desta feita castigar, severamente, o PS e o PSD?

FM

Efeméride: Centro Cultural e de Congressos de Aveiro,

Centro Cultural e de Congressos de Aveiro


Neste dia, do ano de 1984, a Câmara Municipal de Aveiro, «incentivada pelo interesse combativo da ADERAV e de outros aveirenses, deliberou nomear um grupo de trabalho para o efeito [visando o estudo e a formulação de um plano da salvaguarda e da utilização do valioso e histórico edifício da Fábrica Jerónimo Pereira Campos, Filhos]; assim se procurou suster a sua prevista demolição».

Fonte: “Aveiro 2009: Recordando Efemérides”, de João Gonçalves Gaspar.

Ainda bem que foi possível evitar a demolição. Hoje, aquele edifício foi adaptado a Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, sendo palco de inúmeros eventos.

Ratzinger procura a figura de Jesus e o núcleo da sua mensagem


O Jesus de J. Ratzinger/Bento XVI

Anselmo Borges

Foi ontem posto à venda, em várias línguas, o volume II da obra sobre Cristo, de Joseph Ratzinger/Bento XVI: Jesus de Nazaré. Da Entrada em Jerusalém até à Ressurreição, condenado, como o primeiro, publicado em 2007, a ser um best-seller.
Os media já tinham tido acesso a excertos, e destacaram sobretudo a afirmação de que não foi "o povo judeu enquanto tal" a insistir que Jesus fosse condenado à morte, mas "o círculo das autoridades sacerdotais e o grupo dos apoiantes de Barrabás".
Agora, com o livro todo disponível, pergunta-se: qual é a sua tese central?
Ratzinger procura a figura de Jesus e o núcleo da sua mensagem. O que ele quer entregar-nos é o Cristo da fé, mas este Cristo é o Jesus da história. De facto, a mensagem do Novo Testamento não consiste numa mera ideia: "Funda-se na história que aconteceu sobre a superfície desta Terra."
No meu entender, é este o fio condutor da obra: "A Encarnação de Jesus ordena-se para o sacrifício de Si mesmo pelos homens, e este para a ressurreição; caso contrário, o cristianismo não seria verdadeiro."

sexta-feira, 11 de março de 2011

Revista LER publica n.º 100, com entrevista a George Steiner



A religião mundial é actualmente o futebol

A revista LER publicou este mês o n.º 100, com uma edição cheia de recordações, muito interessante para quem tem acompanhado a sua vida. Gostei, como tenho gostado de todas as edições que mês após mês saboreio.
Este n.º 100 oferece-nos uma excelente entrevista, o que se verifica todos os meses, aliás. Desta vez com George Steiner, ensaísta, crítico literário e professor em Cambridge. Foi uma conversa com Beata Cieszynska e José Eduardo Franco.
Na abertura, é sublinhado que se trata de «uma lição que deve ser digerida com atenção», porque nela se cruzam temas como o ensino, as redes sociais e as exigências de leitura, fazendo George Steiner «revelações sobre literatura portuguesa». «Lobo Antunes é um gigante, o maior escritor português da actualidade.»


George Steiner


Algumas afirmações de George Steiner, das muitas que podem ser lidas na LER:

«Para ler seriamente é preciso silêncio. Não ponha música, tire a rádio e a televisão do quarto. Tem de saber viver, e conviver, com o silêncio. (Cada vez menos jovens querem viver com o silêncio. Na realidade, têm-lhe medo. O silêncio tornou-se, de resto, muito caro. Uma casa como esta, com um jardim sossegado, é uma exorbitância para um casal jovem, que vai possivelmente viver para um prédio, com paredes tão finas, que é possível ouvir tudo! Vivemos num inferno de ruído constante.)»

«Aquilo que amamos, devemo-lo saber de cor. Não é por acaso que “coração” em latim é “cor”. Ninguém nos pode tirar nunca o que sabemos de cor. Deixem-me frisar: saber, saborear de cor, com o coração, não com a cabeça. Queremos sempre levar connosco o que amamos. Eu sou muito velho, mas tento, todos os dias, ou quase todos, aprender um poema, ou fragmentos de poema, de cor, porque é assim, que se agradece uma bela obra.»

«Tenho sempre um dicionário aberto na minha secretária. Os mais novos não usam dicionário. Empregam um vocabulário mínimo nas sms que enviam. Shakespear usava 24 mil palavras. Num estudo mais recente, (…) o total de palavras usadas por 90 por cento dos americanos ao telefone é de 150 palavras.»

«E o problema mais premente da educação e do ensino é que, sem um pouco de Matemática, é impossível fazer parte da grande aventura que é a mente humana. O facto de haver péssimos professores de Matemática é terrível. São matemáticos que não sabem de Matemática, eles próprios, e matam à nascença esse gosto, essa inclinação, de muitas crianças. É uma espécie de miséria que se autopropaga.»

«Platão, o melhor dos filósofos, o poeta da Filosofia, terá dito à porta da Academia: “não entre quem não gosta de Matemática.” Por isso me perturba tanto o talento infantil que se perde, as possibilidades que se coarctam, por meio de alguma ineficiência docente.»

«No ano passado, foram publicados 300 mil novos livros. Destes, 90 por cento não serão lidos, ou sê-lo-ão apenas por um círculo restrito de pessoas. E é aí, estou em crer, que a internet e as redes sociais vão mudar tudo, inclusivamente as Humanidades. As nossas dissertações, os nossos trabalhos já estão disponíveis online. Estamos num período histórico incrivelmente complicado, mas fantástico.»

«Agora, para os jovens, Deus não existe em absoluto. A religião mundial é actualmente o futebol. É a única coisa capaz de congregar milhões de pessoas. (…) Vive-se para o futebol, morre-se pelo futebol. É a única religião do mundo.»

«Já a música é-me absolutamente indispensável. Sem música poria termo à vida de imediato. A música é para mim, agora, o mysterium tremendum. O que é a música afinal? Por que razão causa determinada reacção numa pessoa, e noutra algo completamente diferente? Não fazemos ideia de como funciona a música dentro de nós. Se passar por uma janela aberta, e lá dentro estiver alguém a tocar piano, a melodia que ouviu não o abandonará jamais.»

Etc.

Seleção de Fernando Martins

Gazela Primeiro convidado a visitar-nos em 2012

Gazela Primeiro


A Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), associando-se à festa dos quarenta anos da presença do Gazela Primeiro em Philadelphia, dá os parabéns ao presidente da Philadelphia Ship Preservation Guild, Eric Lorgus, e a todos os Amigos do Gazela que, ao longo de todos estes anos, deram o seu contributo para que aquele navio chegasse bem vivo aos dias de hoje.
Neste dia de aniversário, a autarquia ilhavense apresentou oficialmente o convite para que o Gazela Primeiro esteja presente em Ílhavo, no Festival Náutico, que ocorrerá de 3 a 5 de Agosto de 2012, contando com a presença de vários Tall Ships de todo o Mundo, numa acção integrada nas comemorações dos 75 anos do Museu Marítimo de Ílhavo.

Fonte: CMI

Ratzinger quer ir além do Jesus "histórico"

Jesus tem futuro. Na versão de Ratzinger


O Jesus de Nazaré de Ratzinger quer ir além do Jesus "histórico" que a investigação tem revelado nos últimos dois séculos. Os especialistas criticam aspectos de um livro que já é um best-seller

Artigo de António Marujo no PÚBLICO de hoje

Um livro do padre Manuel Armando


O padre Manuel Armando, que foi coadjutor na Gafanha da Nazaré, entre 13 de agosto de 1965 e 17 de setembro de 1966, lançou há tempos um livro, intitulado “Os pés de um homem nas pegadas de Deus”, com textos e poemas. Neste caso, uma faceta que desconhecíamos no autor.
Pároco de Aguada de Baixo e Avelãs de Caminho, tem como segunda atividade as artes de palco, com carteira profissional, nomeadamente, nas áreas da Magia e da Hipnose Teatral, que apresenta com uma habilidade rara, personificando o artista Marcos do Vale.
Armor Pires Mota, conhecido jornalista e escritor multifacetado, diz que o livro «é recheado de boa prosa, mas também não recusa a poesia que lhe sai natural, fluente, como água de qualquer fonte. Com uma vantagem: não está contaminada de mediocridades de qualquer tipo».
No Prefácio, o nosso bispo, D. António Francisco dos Santos, sublinha que «Este livro, sendo um testemunho de vida e de beleza, é um hino de gratidão aos sacerdotes e de esperança de novas vocações para a vida sacerdotal, nascidas nas famílias cristãs e ajudadas a crescer nas comunidades, nas escolas e nos Seminários da nossa Diocese de Aveiro”.

"Faina Maior: A pesca do Bacalhau nos Mares da Terra Nova" vai ser lançado no Museu de Marinha

Segundo volume do livro do Papa


A Paixão segundo Ratzinger

António Rego

Com os mais variados títulos e comentários, nenhum dos grandes jornais de referência do Ocidente ignorou a notícia do lançamento do segundo volume do livro de Bento XVI sobre a vida de Jesus. Parece à primeira vista que um Papa nada de novo teria a dizer acerca uma figura histórica e teologicamente completa. E todavia foi notícia. Exactamente porque este Papa diz muito para além do óbvio e do já dito.
Tal como o primeiro volume, pode deixar alguma perplexidade sobre a dimensão do magistério do Sucessor de Pedro. Mas a verdade é que um teólogo não perde o direito à investigação pelo facto de ser Papa. E, como tem sido vastamente comentado, este homem conjuga a fé, a investigação teológica e dimensão histórica de Jesus e oferece em cada intervenção uma pista de reflexão sobre os tesouros da fé que sempre precisam ser aprofundados.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ramos-Horta quer ajudar Portugal



José Ramos-Horta


Já há tempos que se fala da pretensão de José Ramos-Horta, Presidente da República de Timor-Leste, em ajudar Portugal, comprando dívida pública do nosso país. Seria legítimo pensar que se trata de um gesto de filantropia ou de gratidão pelo que fizemos na ajuda à independência daquele país-irmão. Mas Ramos-Horta já esclareceu que deseja, tão-só, fazer um bom negócio. Lembra ainda que aposta em envolver neste assunto, o Brasil e Angola, países que têm dinheiro do petróleo para envolver neste investimento. Até pode ser boa ideia, ou não estivéssemos nós numa situação económico-financeira complicada.

Ver aqui

No Brasil funda-se uma igreja em pouco minutos

Ridículo, no século XXI,
de imaginações doentias e interesseiras

António Marcelino

Uma lista das novas igrejas criadas no Brasil em 2010, e só até Setembro, fala de 110. Algumas têm apenas o nome do pastor que as fundou, como “Igreja do Pastor Waldevino Coelho” ou do “Pastor Paulo Andrade, o Homem que vive sem pecados”. Outras, assim intituladas: Ministério dos Favos de Mel, Igreja do Alarido de Deus, Igreja Quadrangular, O Mundo é Redondo, Igreja Bailarinas da Valsa Divina, Igreja Caverna do Adulão, Igreja Cristo é Show, Igreja Fiel até Debaixo de Água, Comunidade do Coração Reciclado, Comunidade de Emoções e por aí adiante… No Brasil funda-se uma igreja em pouco minutos. Basta que seja coisa nova e logo se regista…
Nada mais sério do que a relação com Deus. Nada mais ridículo quando Deus não passa de um objecto e uma ocasião de interesses materiais de gente sem escrúpulos. Um cristão consciente, bem como qualquer pessoa honesta, não pode deixar de reflectir sobre tudo isto e o ambiente que propicia tais aberrações e seus seguidores.

Fonte: Correio do Vouga

Porto de Aveiro: Molhe Norte vai ser ampliado




Amanhã, 11 de março, pelas 12 horas, vai proceder-se ao lançamento do concurso público internacional da empreitada para ampliação do Molhe Norte e aprofundamento do canal de navegação do Porto de Aveiro.
A cerimónia, a decorrer no Hotel de Ílhavo, será presidida pelo Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, contando também com a presença do Secretário de Estado dos Transportes, Correia da Fonseca.
As obras estão orçadas em 35 milhões de euros, sendo o investimento financiado através de fundos comunitários, do orçamento do Porto de Aveiro e de verbas do Estado.
Pretende-se uma melhoria das acessibilidades do Porto de Aveiro. Os trabalhos têm como finalidade assegurar acrescidas condições de segurança nas manobras de entrada e saída dos navios do porto, em resultado das melhores condições de abrigo contra a agitação e as correntes marítimas desfavoráveis proporcionadas pelo prolongamento do molhe, bem como possibilitar a sua escala por navios de maior dimensão. Nestes termos, espera-se um reforço da sua capacidade para aumentar a sua conectividade e para oferecer serviços de maior qualidade às empresas localizadas no seu hinterland.

Fonte: Porto de Aveiro

Visita à Costa Nova









(Clicar nas fotos para ampliar)

Almocei hoje na Marisqueira da Costa Nova, que conheço há décadas. Foi uma oportunidade para saborear um bom prato e um bom acolhimento, que sempre existiram naquela casa, uma marca de qualidade que faz jus à tradição de bem servir. Foi também uma oportunidade para dar uma volta pela Costa Nova, agora em obras na zona da marginal lagunar, melhorando os acessos. Tudo deverá ficar pronto na época balnear, para não prejudicar os veraneantes e visitantes.
A Costa Nova estava semideserta, com a maioria do comércio mais voltado para o turismo fechado, como era de esperar. Olhei a ria, sempre apetecida, com alguns pescadores na faina ou preparando-a em terra. Dia claro, de sol luminoso, mas ainda sem coragem para nos aquecer de verdade. Relvado sem gente, ruas sem movimento. Daqui a uns tempos, quando o sol nos desafiar com mais vida, falaremos.

FM

Os jovens privilegiam a música


«A geração "download"

Lucinda Canelas

Rapidez, diversidade e partilha definem a cultura que consomem os jovens em Portugal. Eles privilegiam a música. Pedem museus grátis. E lamentam não ter mais dinheiro para gastar. Retrato da geração "download".


Em época de frequências o Espassus, café com uma esplanada ampla à beira de uma piscina no bairro de Carnide, em Lisboa, enche-se de estudantes, muitos deles universitários. Em cima das mesas há portáteis, telemóveis, iPods, cadernos e alguns livros, mas poucos. O cenário repete-se todos os dias. E há até quem fique do pequeno-almoço ao fim da tarde.
Este café, como outros espalhados pelo país, é ao mesmo tempo lugar de estudo e de encontro, ponto de paragem obrigatório para grupos de jovens que dali partem para concertos, sessões de cinema e jogos de futebol.
"Combinamos aqui muitas vezes porque fica perto das nossas casas e toda a gente conhece", diz Catarina, 20 anos, estudante de Psicologia. Pode ser a primeira paragem de uma noite que só acaba no pequeno-almoço do dia seguinte ou o ponto de partida para umas férias de verão no sul com um festival de música pelo meio e muita praia. "Trazemos os computadores, trocamos música, vamos à Net sacar 'trailers' de filmes que havemos de ver no cinema ou em casa de alguém, encontramos amigos do secundário."»

Ver e ler mais aqui

quarta-feira, 9 de março de 2011

Jornais que fomentam a proximidade


Jornais da Igreja e horizonte eclesial

António Marcelino

Há 42 anos, o Bispo do Porto, ao tempo D. António Ferreira Gomes, rebaptizou o jornal da diocese, que se intitulava “A Voz do Pastor”, para lhe chamar “ A Voz Portucalense”. Pretendeu dizer que queria que o jornal diocesano fosse uma voz da Igreja do Porto ao serviço da formação e informação de todos, e não simplesmente a voz do Bispo da Diocese. O jornal ganhou novo fôlego, alargou o seu horizonte para além do templo, passou a falar mais da vida e daquilo que o Evangelho lhe dizia. Multiplicaram as assinaturas pelo país e, de norte a sul, o jornal era esperado, lido com interesse e comentado pelo seu conteúdo. Os temas significavam o modo novo de a Igreja estar, ver e falar à sociedade. Poucos assuntos do templo, mais assuntos da vida e da sociedade a interpelar os cristãos e a abrir caminho para os que ainda pensavam a Igreja como coisa de padres e de ritos religiosos. Assim se foi vendo que a Igreja, pela sua missão profética e humanizadora, tinha algo de novo a dizer e tinha de o saber comunicar. Por isto, devia ser capaz de escutar, observar, ler e comunicar a partir da vida, dos problemas e dos projectos das pessoas e da sociedade.

Cavaco Silva na tomada de posse: «Há que dar voz aos que não têm voz»

Presidente da República

«É uma cultura que tem de acabar. Deve ser clara a separação entre a esfera pública das decisões colectivas e a esfera privada dos interesses particulares.
Os cidadãos devem ter a consciência de que é preciso mudar, pondo termo à cultura dominante nas mais diversas áreas. Eles próprios têm de mudar a sua atitude, assumindo de forma activa e determinada um compromisso de futuro que traga de novo a esperança às gerações mais novas.
É altura dos Portugueses despertarem da letargia em que têm vivido e perceberem claramente que só uma grande mobilização da sociedade civil permitirá garantir um rumo de futuro para a legítima ambição de nos aproximarmos do nível de desenvolvimento dos países mais avançados da União Europeia.
Esta é uma tarefa de todos, cada um tem de assumir as suas próprias responsabilidades. É essencial que exista uma união de esforços, em que cada português se sinta parte de um todo mais vasto e realize o quinhão que lhe cabe.
Necessitamos de recentrar a nossa agenda de prioridades, colocando de novo as pessoas no fulcro das preocupações colectivas. Muitos dos nossos agentes políticos não conhecem o país real, só conhecem um país virtual e mediático. Precisamos de uma política humana, orientada para as pessoas concretas, para famílias inteiras que enfrentam privações absolutamente inadmissíveis num país europeu do século XXI. Precisamos de um combate firme às desigualdades e à pobreza que corroem a nossa unidade como povo. Há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos.
A pessoa humana tem de estar no centro da acção política. Os Portugueses não são uma estatística abstracta. Os Portugueses são pessoas que querem trabalhar, que aspiram a uma vida melhor para si e para os seus filhos. Numa República social e inclusiva, há que dar voz aos que não têm voz.»

Ler mais aqui

PORTUGAL: Um país desorganizado

Os inscritos no Serviço Nacional de Saúde
são mais do que a população nacional



InterEscolas 2011, nos dias 10 e 11


Escola Secundária da Gafanha da Nazaré


O que de melhor se faz nas nossas escolas


A Câmara Municipal de Ílhavo, em parceria com as três EB 2,3 e as duas Escolas Secundárias do Município, promove durante os dias 10 e 11 de Março, a IX edição do Encontro InterEscolas. Esta iniciativa é especialmente direccionada a todos os Alunos e Professores destas cinco Escolas e tem como principal objectivo promover um maior contacto e troca de experiências entre todos os elementos da Comunidade Escolar.
No Dia Aberto os Alunos terão a oportunidade de visitar outras Escolas e participar num conjunto diversificado de actividades interessantes e muito enriquecedoras.
Durante o dia 11, teremos a IV edição da Assembleia Municipal Jovem, com a presença do Presidente da Câmara, da Vereadora da Juventude e do Presidente da Assembleia Municipal (em exercício). Nesta iniciativa pretende-se incentivar e promover uma maior interligação com a Câmara Municipal incentivando os Jovens a uma participação mais activa no nosso Município e, consequentemente, na nossa sociedade.
Ainda no dia 11, decorrerá a inauguração da Exposição de Trabalhos efectuados no âmbito deste encontro, no  Centro Cultural de Ílhavo, seguida do IV Sarau InterEscolas. Estas iniciativas são duas excelentes oportunidades para conhecer o que de melhor se faz nas nossas Escolas em áreas tão distintas como a música, dança, teatro, pintura, fotografia ou escultura.

Fonte: CMI

A quaresma educa para viver o amor de Cristo


É preciso reconhecer  Deus
nos rostos de tantos irmãos nossos

 «Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo.»

terça-feira, 8 de março de 2011

Aradas: O entrudo da nossa infância

Lavadeira de Aradas (rede global)


Maria de Lurdes Menezes recorda como era vivido o entrudo em Aradas, ali bem perto de Aveiro, na sua infância. Veja  aqui.

Dia Internacional da Mulher



"DOCUMENTOS DA IGREJA SOBRE A BÍBLIA"



"DOCUMENTOS DA IGREJA SOBRE A BÍBLIA" é uma obra com 2240 páginas. Esta novidade editorial é uma preciosa ajuda para todos os que desejam compreender melhor o percurso da BÍBLIA ao longo de dois mil anos. São do bispo do Porto, D. Manuel Clemente, as seguintes palavras sobre esta publicação:
«Duas palavras apenas, para agradecer este oportuno trabalho de Frei Herculano Alves, biblista capuchinho de comprovados méritos no estudo e na divulgação rigorosa da Sagrada Escritura (...).
A presente obra é de uma actualidade evidente, pois todos sabemos que, desde o concílio Vaticano II, a Igreja, no seu magistério oficial, tem apelado a todos os católicos para que façam da Bíblia o seu livro. A presente recolha de documentos da Igreja sobre a Bíblia é disto uma prova. Mais, o autor pretendeu precisamente levar esta voz da Igreja aos mais variados ambientes, não apenas aos ambientes eclesiais, mas também ao mundo da cultura, mormente o da cultura histórica.»

Ler mais aqui

O entrudo da minha infância e juventude


Recordei, mesmo a correr, o entrudo da minha infância e juventude. Como nunca fui entusiasta pelos festejos carnavalescos, apetece-me pedir aos meus amigos que me ajudem a enriquecer o curto registo dos entrudos de há uns 60 anos.

Depois do Carnaval vem a Quaresma



Hoje há mais carnaval. Provavelmente, não tão vivo como o de domingo. Os tempos não estão muito para folias, embora nunca faltem  os apaixonados por estes folguedos populares com origem pré-cristã.
É da história que estas tradições se têm mantido nos tempos cristãos, mais propriamente ligadas à quaresma, que oficialmente põe fim aos dias carnavalescos. Há quem faça derivar o nome da expressão latina carne vale! (“adeus, carne!”), anunciando a entrada na abstinência quaresmal.
Seja como for, entre os católicos, há o hábito de ter em conta o período  da quaresma, mais voltado para a contemplação, para a caridade e para a reflexão sobre o significado da paixão, morte e ressurreição de Cristo. Se assim for, nem que seja um poucochinho, já não será mau…

FM

segunda-feira, 7 de março de 2011

Artesanato: A Barrica de Aveiro

Pratos com motivos tradicionais

No mês de março de 1984, foi oficializada, notarialmente, A Barrica - Cooperativa de Artesãos de Aveiro, com o objetivo de lutar pela dignificação dos artífices da região aveirense. No seu "site",  no espaço da Oficina da Formiga,  sublinha-se:  «O  interesse pelo artesanato surgiu devido à envolvência familiar, à proximidade com as matérias primas e com os processos de manufatura.» Nesta "oficina", faz-se a reprodução  de motivos tradicionais em faiança. «A prática com alguns mestres de pintura em faiança e a Licenciatura em Engenharia Cerâmica ajudaram Jorge Saraiva a otimizar os processos e as próprias peças", adianta-se.

A chanfana de carneiro à moda de Ílhavo


A chanfana de carneiro à moda de Ílhavo foi apresentada há dias na televisão pelo conhecido Chefe Hélio Loureiro. É sempre agradável ouvir falar das nossas tradições e ver na comunicação social o que temos de bom. A propósito desse programa que eu também vi e que posteriormente foi divulgado pelo JN, António Angeja enviou ao chefe Hélio o seguinte e-mail:

Alexander Graham Bell registou a patente do telefone nesta data

Alexander Bell

Em 7 de Março de 1876, o Escritório de Patentes dos Estados Unidos concedeu a Alexander Bell a patente número 174.465 que cobre "o método de, e o instrumento para, transmitir sons vocais ou outros telegraficamente, causando ondulações eléctricas, similares às vibrações do ar que acompanham o som vocal.", ou seja o telefone. Após ter obtido a patente para o telefone, Bell continuou suas experiências em comunicação, que culminaram na invenção da photophone - transmissão do som num feixe de luz - um percursor dos sistemas de fibra óptica actuais. Também trabalhou na pesquisa médica e inventou técnicas para ensinar o discurso aos surdos. Assim se lê na Wikipédia. Porém, muito mais tarde, provou-se que Bell não foi o inventor daquele processo de comunicar a distância.

Veja aqui