terça-feira, 17 de julho de 2018

Em Ílhavo acontece à sexta: Válvula Solar AGA

No Farol da Barra
Sexta-feira
20 de julho
19 horas 




«A Câmara Municipal de Ílhavo promove esta sexta-feira, dia 20 de julho, pelas 19h00, no Farol da Barra, mais um encontro de “Em Ílhavo acontece à sexta” para se debruçar sobre a Válvula Solar AGA. 
A Válvula Solar AGA é o resultado de uma importante aplicação da teoria à prática no campo da Física, que modernizou o funcionamento dos faróis em todo o mundo e é responsável pela atribuição do Nobel da Física a Gustaf Dalén em 1912. 
Neste encontro estarão à conversa o faroleiro, um físico e um dos responsáveis pelo projeto cultural 23 Milhas para desvendar os segredos escondidos de uma simples, ou talvez não, válvula solar.»

Oradores convidados: Nogueira da Silva, António F. Cunha e Hugo Pequeno

Fonte: CMI

Viajando pela História do Porto de Aveiro - 1934

CARREIRA ENTRE O PORTO DE AVEIRO E AS ILHAS




«Carta de Daniel da Silva, proprietário do Lugre Ilda, que efetua a carreira entre o Porto de Aveiro e as ilhas, enviada à Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro, dando conta dos elevados custos das taxas de reboque praticados pelas empresas de rebocadores do Porto de Aveiro, em comparação com os valores praticados nos outros portos nacionais, e participando a falta de cumprimento dos serviços contratados com o Rebocador Furão - Angra do Heroísmo, em 30 de Junho de 1934 – [4] f. , 27,6 cm.

O proprietário da embarcação cuja inauguração da carreira regular foi recebida "com grande satisfação do comércio do Funchal e Açores" e das empresas de Aveiro Jerónimo Pereira Campos, Mercantil Lda e Fábrica de Fundição de Albergaria, coloca em causa a continuidade da carreira tendo em conta as elevadas taxas dos rebocadores do Porto de Aveiro comparativamente aos portos de Lisboa, Funchal, Ponta Delgada e Faial. Além disso, dá conta do incumprimento do serviço contratualizado com a Empresa do Sr. Manuel dos Santos Furão e C.ª Lda, o qual tinha sido acertado pelo valor de 600$00 e foi cobrado por 2.000$00.»

Ler mais aqui 

Golfinhos na Ria de Aveiro

Um vídeo de Humberto Rocha

As utopias geraram um déspota: Daniel Ortega

Texto de Francisco Sena Santos 

«Quatro décadas depois, Daniel Ortega, um dos líderes do movimento revolucionário sandinista que derrubou a ditadura de Somoza, é agora o ditador. Ele tinha sido eleito presidente em 1985, com mandato por cinco anos. Sofreu derrotas eleitorais em 1990, 1995 e 2001. Voltou a candidatar-se em 2005 e nunca mais deixou a presidência que exerce em regime de poder absoluto. Começou por espalhar promessas com o apoio do aliado venezuelano Hugo Chavez, no tempo do petróleo rico. A crise venezuelana fez acabar a ajuda e rebentar as costuras do regime que, em penúria, passou a cortar direitos e a reprimir os críticos. Daniel Ortega, em despótica metamorfose para tentar fortalecer a sua autoridade, fez eleger a mulher, Rosario Murillo, como vice-presidente. Usam o exército e a polícia de choque para conservar o poder, perante a contestação geral na rua. Só em maio e junho, mais de 170 mortos. Os estudantes encabeçam a revolta contra o regime, mas a repressão é brutal

Ler no Sapo24

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Eu torci pela Croácia


Eu torci pela Croácia. Perdoem-me os franceses. É que no mundo do futebol eu coloco-me sempre ao lado dos considerados mais fracos, na esperança de que quebrem a vaidade e a arrogância dos mais poderosos. Exceção feita, está visto, quando joga Portugal.
Posicionei-me à partida na bancada da Croácia e por ali andei a sentir o palpitar dos adeptos que sabiam, à partida, ser a equipa da França mais poderosa do que a sua. Diga-se que um jogador francês lembrou que perderam o Europeu por menosprezarem a equipa lusa. E gostaria que a Croácia batesse o pé aos gauleses para ouvir a desculpa, que seria, daqui a uns anos, igual à do Europeu. 
Apesar de tudo, ganhar e perder é tudo desporto, como aprendi em pequeno e sempre assim ensinei. De qualquer modo, os meus parabéns aos Franceses e votos de que, da próxima vez, os croatas sejam mais felizes.

Rotunda da Barra: para já, não há problemas


domingo, 15 de julho de 2018

Sem mitra nem solidéu

Bento Domingues

«O verdadeiro profeta é sobretudo uma pessoa que vive a graça da lucidez humana e divina na defesa do bem comum»

1. Por vezes, confunde-se um profeta com um adivinho. O verdadeiro profeta é sobretudo uma pessoa que vive a graça da lucidez humana e divina na defesa do bem comum. Vê o que a cegueira dos interesses instalados não quer ver nem deixa ver. A denúncia da traição da aliança mística e da aliança social – duas caras da mesma moeda - é o seu tema. Como diz Miqueias, a proposta de conversão exige a instauração do direito e da justiça[1. As pessoas aduladoras dos poderosos gostam de ser chamadas profetas, mas são, apenas, os seus lacaios.Na missa de hoje, é dada a palavra ao incómodo Amós que exerceu essa missão, aproximadamente, entre 760 e 745 a.C.. Ele reconhecia a convicção comum aos seus concidadãos, a relação especial entre Iavé e o seu povo, mas tirava daí consequências diametralmente opostas: Deus não é propriedade privada de Israel. Perante Deus, todos os povos estão em pé de igualdade. O antigo Israel tinha, apenas, maiores responsabilidades morais e uma maior exposição aos castigos pelas injustiças que provocava ou consentia[2].
No tempo da actuação profética de Amós, o reino de Israel tinha atingido o máximo da sua prosperidade, mas o luxo dos ricos insultava a miséria dos oprimidos e o esplendor do culto disfarçava a ausência de uma religião verdadeira. O seu estilo era rude e simples, imagem típica de um homem do campo. Para ele, a prática do povo eleito era pior do que a dos gentios e não se calava perante essa situação.
Então, Amasias, sacerdote de Betel, disse a Amós: «Vai-te daqui, vidente. Foge para a terra de Judá. Aí ganharás o pão com as tuas profecias. Mas não continues a profetizar aqui em Betel, que é o santuário real, o templo do reino». Amós respondeu a Amasias: «Eu não era profeta, nem filho de profeta. Era pastor de gado e cultivava sicómoros. Foi o Senhor que me tirou da guarda do rebanho e me disse: Vai profetizar ao meu povo de Israel»[3].

sábado, 14 de julho de 2018

Viaduto da rotunda da Barra já aberto





«A Câmara Municipal de Ílhavo, tal como tinha sido previsto e anunciado para o dia de hoje, 13 de julho, informa que já se encontra aberta a circulação automóvel definitiva no viaduto da antiga Rotunda da Barra.
Alerta-se, no entanto, que a sinalização tem ainda caráter provisório.»

Informação da CMI

Nota: Tem gerado alguma polémica a construção de um viaduto na rotunda de acesso às praias da Barra e Costa Nova. Alega-se que a ponte não terá capacidade para suportar  o fluxo de automóveis em  tempos de verão. Eu não quero ser cético porque, à partida, costumo confiar nos técnicos que têm obrigação de estudar as situações, quando elaboram os projetos que lhes encomendam. Vamos aguardar. 

Aquele rádio é antigo?


Há tempos, perguntaram-me se o rádio que está a ocupar o espaço de alguns livros é antigo. Respondi que sim, mas a razão da sua existência em lugar de destaque só tem a ver com as recordações a que me transporta. Não sou colecionador de nada, nem jeito tenho para isso. Muito menos poderei dispor de fundos económicos que me permitam comprar peças decorativas, mobílias ou livros antigos que gostaria de ter nas minhas estantes. O que temos foi herdado de familiares. Uma ou outra coisa foi adquirida a quem tinha muito e muito atirou para o lixo para se livrar de "inutilidades", na sua perspetiva. 
Vamos ao rádio que na imagem se vê. 
Como já disse, foi comprado pelo meu pai para me fazer companhia na doença da minha juventude, na década de 50 do século passado. Nele ouvi música, notícias e entrevistas, em Onda Média. Na Onda Curta, ouvia a comunicação entre navios em pleno mar alto, mas não tão alto quanto seria de desejar. 
Ao largo, os mestres das traineiras e de outros barcos de pesca conversavam entre si, via rádio, para indicarem os pesqueiros mais abundantes. Outros lamentavam-se com a pobreza das pescarias. Dizia-se que usavam códigos e tiques para enganar os concorrentes, dando indicações preciosas, contudo, aos colegas de empresa. Também ouvia comandantes bacalhoeiros que vinham de regresso ou partiam para os mares da Terra Nova e da Gronelândia. 
Depois, o meu rádio passou à história. A Frequência Modulada destroçou a sua utilidade. E foi para o sótão das coisas inúteis. Quando o via, lá se desprendiam as recordação. 
Há anos, entrevistei o prof. António Rodrigues, ele, sim, colecionador de rádios antigos, cada um com a sua história. O colecionador autêntico é assim. Tudo catalogado e estudado, tudo procurado e adquirido com critério. E no decorrer da conversa, veio à baila o meu rádio, que ele fez questão de ver e de o preparar para funcionar. E ali está. Devo-lhe essa atenção estimulante. E o rádio deixou o sótão e regressou ao meu convívio diário. No sótão também estaria bem, agora que o elevei à categoria, embora humilde, de meu refúgio caseiro. 

Fernando Martins

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Ílhavo celebrou o 28.º aniversário da elevação a cidade




Ílhavo celebrou o 28.º aniversário da sua elevação a cidade, que ocorreu a 13 de julho de 1990. O Hastear das Bandeiras, uma reunião de trabalho entre a Câmara Municipal de Ílhavo e a Junta de Freguesia de S. Salvador e a visita técnica à obra da construção do Centro Escolar da Gafanha de Aquém foram momentos que assinalaram as comemorações. 
Na reunião, os executivos consolidaram as ações inscritas no Contrato Interadministrativo assinado em maio, enquanto foram apontadas «algumas necessidades da Junta de Freguesia para o desempenho das suas competências». 
No encontro, foram analisadas questões relacionadas com a reabilitação do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários, que contemplará um espaço para a preservação do património ligado à Ria e ao Mar, mas também a sede da Confraria do Bacalhau e uma loja social. Ainda se falou da requalificação do Bairro dos Pescadores e da zona envolvente ao CIEMar, entre outros projetos.
Saúdo os ílhavos  que preservaram uma identidade singular que lhes foi legada pelos seus ancestrais ao longo dos séculos.

A questão de haver ou não Deus

Anselmo Borges

1.Num tempo de a-teísmo, no sentido radical da palavra: "sem Deus", pior ainda, indiferente perante a questão de Deus, gostei muito da entrevista de Lídia Jorge ao Expresso, que a jornalista Carolina Reis titulou com uma citação: "A ideia de haver ou não Deus persegue a minha vida".

Na bela entrevista, a questão de Deus ocupa lugar absolutamente central. Ao desafio da jornalista: "A fé tem sido um tema transversal na sua vida", responde: "Há dois tipos de fé. Tenho fé no instinto de sobrevivência dos homens, no instinto de fraternidade. É a minha fé maior. E depois há outra fé, numa espécie de amparo que poderá haver para os homens. E a minha dúvida é sempre entre estes dois movimentos. Quero acreditar que não estamos sozinhos, que atrás daquelas estrelas que eu via quando era criança há uma força maior, que as criou e nos há-de receber. É a minha fé emocional. Mas se ponho o raciocínio a funcionar não chego lá. Gosto das pessoas que acreditam em Deus. Acho que estão mais amparadas na vida. Estão mais felizes porque têm um sentido." "Ainda tem esperança em acreditar?" Responde: "Tenho. E vivo isso com muita intensidade. A ideia de haver ou não haver Deus persegue a minha vida. Chego a sonhar com isso. E depois acordo e fico cheia de pena porque queria muito que existisse. Não para que a justiça seja feita no além, ou só no aquém, mas como face de beleza absoluta. A bondade é uma parte da beleza."

Lídia Jorge foi educada no catolicismo. Mas aos 16 anos afastou-se da Igreja, pois "vivia com revolta com o pensamento dogmático" e por causa da ideia de inferno, "dizia que não era possível que existisse uma instância tão injusta que condene para a eternidade pessoas que apenas vivem 50, 60, 70 anos". Aqui, lembrei-me de Óscar Lopes que também me disse que abandonou a Igreja por causa do inferno. E a argumentação de Lídia Jorge é forte. Lembro que já o filósofo David Hume argumentou contra a existência do inferno: "É inaceitável um castigo eterno para ofensas limitadas de uma criatura frágil, e, ainda por cima, esse castigo não serve para nada, uma vez que se dá quando a peça está acabada, concluída." Sim, Lídia: e como se pode conviver com o dogmatismo, que impede a liberdade de pensar? É o filósofo M. Heidegger que tem razão: "A pergunta é a piedade do pensamento."

Tudo quanto existe está unido a Deus, numa união tão estreita que, se Deus se retirasse, tudo voltava ao nada. Mas a criatura é criatura e Deus é Deus.

Jesus começa a enviar os discípulos

Georgino Rocha


Após o “fracasso” da visita a Nazaré, terra onde cresceu e aprendeu a arte de ganhar a vida e de se relacionar, Jesus empreende nova iniciativa apostólica. Quer partilhar a missão. Parece que a experiência o aconselha. Chama os discípulos e confia-lhes a sua autoridade. Define, com precisão, as regras a observar e envia-os dois a dois. Primeiro ao povo de Israel, depois a todos os povos. E a história converte-se em livro aberto da missão universal realizada localmente por homens e mulheres, conforme as tradições culturais.
Jesus com este proceder prolonga o modo de agir de Deus que sempre associa o ser humano à realização da sua obra salvadora. Ao primeiro casal, confia o dom da vida, o cuidado da criação e o desenvolvimento integral; a Noé, a Abraão, a José, a Moisés e a tantos outros que escolhe para interlocutores, dá-lhes o encargo de alimentar a esperança e de serem rosto da sua paciência e do seu acompanhamento à humanidade com quem partilha esta aventura histórica. A José e a Maria, de Nazaré, entrega-lhes o delicado serviço de acolher Jesus e de o educar, de modo que prepare a vida pública e mostre muito do que viveu em família, no silêncio, na oração e na convivência de vizinhança. À Igreja em comunidade e a cada um de nós pessoalmente, deixa a missão de celebrar a sua memória e ser missionários em todos os ambientes. É esta a fase que vivemos. Com alegria e esperança.
Jesus traça um quadro preciso da missão a realizar: ir em equipa; levar o imprescindível; anunciar o Evangelho que suscita o arrependimento; expulsar os espíritos impuros, os demónios; ungir com óleo e curar com oração e desvelo os doentes; confiar sem limites porque são enviados, a missão é de Deus Pai, é Minha, diz Jesus. E eles lá foram “por trancos e barrancos”, agiram de acordo com as regras definidas e com indícios de resultados promissores. Diz o texto: “Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento, expulsaram muitos demónios, ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos”. O medo esterilizante de deixar comodidades é vencido e cede a vez à fecundidade sanante. Que alegria devem ter vivido com a experiência feita. A confiança “virou” a êxito reconhecido.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Rádio Terra Nova completa 32 anos de vida


A Rádio Terra Nova (RTN) começou como “rádio pirata” em 12 de julho de 1986, num período de condescendência legal. Este período durou até 31 de dezembro de 1988. A 26 de março de 1989, domingo de Páscoa, reiniciaram-se as emissões… Completa hoje, portanto, 32 anos de existência, o que é de louvar, conhecendo-se as dificuldades de sobrevivência dos órgãos de comunicação social. 
Porque sabemos isso, não podemos deixar de aplaudir a Terra Nova pelo aniversário, mas também pela coragem de quem a dirige e de quem nela trabalha. Ainda aplaudimos os que colaboram e a apoiam, direta ou indiretamente. Destaco, contudo, os fiéis ouvintes, que os há, em várias paragens da terra, graças às altas tecnologias da informação, capazes de ultrapassar todas as barreiras do ciberespaço. 
Saúdo Vasco Lagarto, o qualificado responsável desde a primeira hora, mas ainda Carlos Teixeira e Fernando Martins (filho), as vozes com mais anos a levarem as notícias das nossas terras e gentes até aos mais recônditos cantos do globo, mitigando as saudades dos  emigrantes e  viajantes.

O que a noite revela



A noite, quando menos se espera, tira a máscara e deixa-nos ver quase o invisível. Foi assim, há tempos, que captei esta imagem. E confesso que, durante o dia, com sol a luzir, nunca tinha dado conta deste ramo de um arbusto. Mas ele aqui fica, saltando da escuridão para o ciberespaço.

Um poema de Sophia: Fundo do Mar



No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.

Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.



Sophia de Mello Breyner Andresen


quarta-feira, 11 de julho de 2018

“Marolas Ílhavo” para a juventude

Praias da Barra e Costa Nova e Jardim Oudinot 



Entre 13 e 29 de julho, vai decorrer nas praias da Barra e Costa Nova, mas também no Jardim Oudinot, o programa “Marolas Ílhavo”. Oferece inúmeras atividades, em especial à juventude, mas os mais idosos poderão assistir, recordando tempos em que também se divertiam, naturalmente ao sabor de épocas passadas. A organização é da Câmara Municipal de Ílhavo e as ofertas são variadíssimas, para todos os gostos.
Congratulo-me com estas iniciativas, na esperança da adesão em massa dos nossos jovens, tanto mais que há, como todos sabemos, outros convites, aliciantes, que induzem os jovens em erro, levando-os para maus caminhos, que me abstenho de enumerar. 
Felizmente, as autarquias, em geral, estão atentas às necessidades lúdicas, culturais, artísticas, sociais e desportivas das pessoas, o que é de louvar. E é preciso dizer que, nos últimos anos, as câmaras municipais ampliaram significativamente as suas ofertas. Em tempos passados, quase nada disto acontecia.

Smartphone compete com Deus pela tua atenção



«Podem pensar que estou a ser demasiado radical, mas talvez esteja antes a ser realista. Os nossos smartphones estão a consumir exacerbadas quantidades de atenção, e nem sequer nos damos conta disso.

Sherry Turkle é professora no MIT e escreveu um livro sobre o potencial das conversas numa era digital ( Reclaiming Conversation: The Power of Talk in a Digital Age). Nesse afirma que o simples facto de colocar o smartphone sobre a mesa quando duas pessoas estão a conversar torna essa conversa mais trivial e menos envolvente. Diz Turkle que ”o telemóvel simboliza que podemos ser interrompidos a qualquer momento”. Daí que a tendência seja para que os tópicos das conversas se tornem cada vez mais banais onde qualquer interrupção não produz consequências.

De facto, tenho notado isso e, por essa razão, há anos que tenho o smartphone em modo silêncio, e durante anos treinei também a gestão da minha reação quando esse vibra. Uma vez chegou ao ponto da outra pessoa com quem falava ficar mais distraída do que eu.»

Miguel Panão 

Ler mais aqui 

terça-feira, 10 de julho de 2018

A fé pode ajudar nas dificuldades?

Os jovens e o professor que estiveram presos na gruta

«Quando os mergulhadores encontraram os rapazes presos na gruta da Tailândia, todos estavam a meditar. O treinador foi monge budista. Pode a religião explicar como o grupo conseguiu sobreviver?» 

Diversas vezes ouvi e li que a religião pode criar o ambiente propício à vitória da serenidade e confiança sobre o desânimo e as dificuldades. Também poderá ser fator de cura de doenças e angústias. E li hoje que a «crença funciona como uma capa invisível e protetora. A pessoa com fé acaba por criar uma ilusão alternativa que a faz ter a convicção de que poderá estar protegida de certas adversidades, sejam elas naturais ou outra.»

Marta Leite Ferreira escreve no Observador sobre isso.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Domingo do Mar voltado para trabalho indigno e poluição

«Deixo uma palavra particular aos que vivem situações de trabalho indigno no mar, bem como aos que se empenham para libertar os mares da poluição»
Papa Francisco


Pescador no seu bote na pesca do bacalhau
O Papa Francisco associou-se no Vaticano à celebração do Domingo do Mar, 8 de julho, na Igreja Católica, evocando situações de «trabalho indigno» e a poluição dos oceanos. «Deixo uma palavra particular aos que vivem situações de trabalho indigno no mar, bem como aos que se empenham para libertar os mares da poluição». Francisco recordou aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro que a Igreja Católica celebra hoje um domingo especial, dedicado aos pescadores e aos trabalhadores do mar, sublinhando que reza por eles e pelas suas famílias, bem como pelos capelães e voluntários do Apostolado do Mar, conforme li na Ecclesia
«Ao celebrar o Domingo do Mar, somos convidados a lembrar aos cerca de 1 200 000 marinheiros de todas as nacionalidades, que professam diferentes crenças, forçados a viver durante vários meses no espaço confinado de um navio, separados de suas famílias e entes queridos, sem poderem participar dos eventos familiares mais importantes e significativos (aniversários, formatura etc.) e estar presente durante os períodos de experiência e dificuldades, como doença e morte», afirmou numa mensagem para aquele domingo o Cardeal Peter A. Turkson, Prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral. 
Na mesma mensagem, o Cardeal Peter A. Turkson frisou que «os marítimos desempenham um papel significativo na economia global, transportando 90% de todos os bens que usamos em nossas vidas diárias em todo o mundo». Disse ainda que, por esta razão, «quando oramos por essas pessoas, onde quer que estejam, também queremos expressar a nossa gratidão pelo seu trabalho, pesado e cheio de sacrifícios». 
O Apostolado do Mar, que teve a sua expressão mais significativa no clube Stella Maris, sediado na Gafanha da Nazaré, tinha por princípio celebrar o Domingo do Mar no próprio dia, havendo, durante anos, diversas iniciativas de âmbito espiritual, social e cultural dirigidas aos homens do mar e suas famílias. Contudo, com as mudanças verificadas ao longo das últimas décadas, ao nível das estruturas portuárias, com espaços operacionais em três locais diferentes, ficou limitada a ação do Stella Maris, que foi obrigado a fechar portas. Nestas circunstâncias, importa, a nosso ver, refletir sobre o assunto. 

Fernando Martins

Caos na Ponte da Barra

Imagem da Rádio Terra Nova

Ontem à noite, aconteceu o caos na ponte da Barra, com filas intermináveis a bloquearem saídas e entradas, por força das obras em curso relacionadas com os acessos desnivelados. O bom tempo, que trouxe às nossas praias da Barra e Costa Nova muitos veraneantes, terá contribuído para esta situação. Tudo aponta para o fim do problema, com a inauguração da rotunda no próximo fim de semana, concretamente no dia 13. Os acabamentos ficarão para setembro.

Fonte: Terra Nova 

A Arte de Ajudar

“A Arte de Ajudar — Atitudes Fundamentais no Acompanhamento Espiritual”,  
um livro de Alexandre Awi Mello, do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt 


“A Arte de Ajudar — Atitudes Fundamentais no Acompanhamento Espiritual” é um livro de Alexandre Awi Mello, presbítero do Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, com mestrado em Teologia, especializado em aconselhamento pastoral. O Papa Francisco nomeou-o, em agosto de 2016, Secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. A edição portuguesa é da Lucerna e tem 173 páginas. 
No Prólogo, o autor refere que este seu livro foi «fruto de um trabalho académico», no qual recolheu «a sabedoria de um grande mestre do acompanhamento espiritual, o Pe. José Kentenich, fundador de um amplo movimento pedagógico e espiritual, o Movimento de Schoenstatt». O Pe. Alexandre evoca o Pe. Gilberto Cavani, «que colaborou na revisão da tradução», e a Irmã M. Nilza, «pelo trabalho de revisão final». O Pe. Gilberto viveu na Gafanha da Nazaré, como coadjutor, tendo substituído o pároco, Pe. Rubens, durante a sua doença,  na altura em que a nossa paróquia esteve sob a responsabilidade dos padres de Schoenstatt. 
Joachim Schmiedl, Presidente da Secção Alemã da Sociedade Europeia de Teologia Católica, que prefaciou “A Arte de Ajudar — Atitudes Fundamentais no Acompanhamento Espiritual”, afirma que o diálogo entre psicologia e teologia, «mais precisamente a teologia pastoral, é um dos grandes desafios do nosso tempo», porque se ocupam do homem e da sua capacitação para uma vida mais saudável, no sentido pleno da palavra». 
Depois da Introdução, o autor apresenta o Pe. Kentenich, que levou «uma vida inteira a acompanhar vidas», com enfoque na «vida da alma», numa perspetiva do «ideal pessoal», sempre tendo em conta a «Ação do Espírito Santo, o verdadeiro diretor espiritual». 
Alexandre Awi Mello desenvolve no 3.º capítulo as «atitudes fundamentais no acompanhamento», considerando a importância da arte de acompanhar a vida, onde tem de sobressair o respeito, o amor, a escuta compreensiva e a autenticidade. 
No capítulo 4.º, frisa a mais-valia que advém de uma paternidade/maternidade responsável. E sublinha que o acompanhamento orientador deve seguir uma condução lúcida, interpretar processos de alma e apontar ideais e metas claras. 
O autor sublinha, no 5.º capítulo, que o Pe. Kentenich se adianta à prática pastoral do seu tempo, «como no caso do acompanhamento pastoral, que merece hoje em dia uma especial atenção». Para o fundador do Movimento de Schoenstatt, «a presença de Deus é sumamente importante como imanente ao diálogo e à relação pessoal». 
«O agente pastoral, “paternal e servidor”, é (…) um “representante” de Deus, uma “transparência” do “Deus acompanhante incondicional”, um instrumento do Espírito Santo, e o “agente pastoral por excelência”», concluiu o Pe. Alexandre Awi Mello. 

Fernando Martins 

NOTA: Trata-se de um livro fundamental para todos os schoenstattianos, especialmente para os que exercem missões no âmbito do acompanhamento espiritual.

domingo, 8 de julho de 2018

Não há milagres? (2)

Bento Domingues

«Alguns julgam-se heróis da mudança pelo regresso ao que julgam ser a Santa Missa de Sempre, que nunca existiu como missa de sempre. Andam para trás para se realizarem como estátuas de sal, fruto de uma incurável miopia»

1. O mal resulta da ausência de um bem que deveria existir, seja na natureza, seja no agir humano. A serenidade desta lucidez metafísica tem um inconveniente: ou é linguagem de robot para robots ou um insulto a quem sofre. As ciências estudam as causas desses disfuncionamentos, os processos de os evitar e os remédios da sua cura. Dizem-me que a imortalidade está no horizonte lógico da ciência. A promessa da longevidade e da juventude ilimitadas vai de encontro ao nosso desejo de viver bem, com saúde e sem envelhecimento. Esta conjectura agradável não pode evitar interrogações de carácter social, político, económico, cultural e ético. Os pós-humanistas julgam que essa hora chegará mais depressa do que se imagina. Até lá, mais vale encarar o facto de uma existência limitada que privilegia os laços da amizade e da solidariedade efectiva. A história do sofrimento dos inocentes deita para o caixote do lixo qualquer especulação sobre o mal.
Repete-se, desde Epicuro (séc. III a. C), dos modos mais diversos, que Deus e o mal não podem coabitar. O mal é um escândalo e um problema para qualquer ser humano, mas especialmente para quem é religioso. Um mundo com mal e sem Deus talvez fosse menos problemático, pois ou Deus quer eliminar o mal e não pode, ou pode e não quer. Se quer e não pode, é impotente; se pode e não quer é mau.
Nunca me impressionou muito essa conversa centrada num Deus encurralado pela lógica totalitária, sem espaço para a responsabilidade humana.

Bolsas para os melhores caloiros na UA

Mais de 160 estudantes contemplados 


Melhores caloiros da Universidade de Aveiro 
recebem bolsa no valor da propina

«Todos os caloiros que escolham a Universidade de Aveiro (UA) como primeira opção no concurso nacional de acesso e que tenham uma nota de candidatura igual ou superior a 17,5 valores vão receber uma bolsa no valor total da propina durante o primeiro ano. Os estudantes contemplados podem, inclusive, beneficiar deste incentivo até ao final da licenciatura e, caso prossigam os estudos, do mestrado, bastando para isso que, ao longo dos anos e sem interrupções, se mantenham com uma média igual ou superior a 17,5.»

Ler mais aqui 

NOTA: Sou dos que defendem o reconhecimento do mérito. Neste caso, na minha opinião, os caloiros com média igual ou superior a 17,5 são uma garantia de que o Estado e a sociedade não perdem dinheiro com eles. À partida, terão todas as hipóteses de singrar na vida com sucesso.

sábado, 7 de julho de 2018

Papa recebe fato de astronauta


Astronautas da Estação Espacial Internacional ofereceram hoje (8 de junho) ao papa Francisco uma réplica do fato-macaco azul que usaram na missão da plataforma, a 53.ª, que decorreu entre setembro e dezembro de 2017.

«Dado que o hábito faz o monge, pensámos mandar fazer-lhe um fato de voo como o nosso», afirmou o engenheiro italiano Paolo Nespoli durante a audiência no Vaticano, a que Francisco respondeu: «Ok, então você vai planear a minha viagem».

Ler mais aqui 

FÉRIAS: Colónia Agrícola









Em tempo de férias, de olhos bem abertos, vá à descoberta da Colónia Agrícola. Faça umas boas fotografias e procure conhecer a história daquele espaço verdejante. Verá que vale a pena. E já agora, faça como antigamente. Leve um farnel e respire o ar puro.

Nota: Eu dou uma ajuda para conhecer a Colónia Agrícola