quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Gafanha da Nazaré: 101 anos de vida



Celebra-se hoje, 31 de agosto, o 101.º aniversário da criação da paróquia. Motivo, sem dúvida, para todos os gafanhões se sentirem orgulhosos do seu passado e das marcas de trabalho e persistência que todos ostentam, como símbolo da herança que lhes legaram. Hoje também vai ser inaugurado o monumento do centenário, pelas 19.30 horas, na Cale da Vila, curiosamente o nome pelo qual era mais conhecida a nossa terra, nos seus primórdios. 
Nesta data e com esta inauguração termina um ano de celebrações levadas a cabo pela paróquia, pela freguesia e pelo município, esperando-se que, tão breve quanto possível, apesar da crise e das restrições impostas pelas instâncias internacionais, as obras previstas para o centro da Gafanha da Nazaré sejam levadas a cabo. O centenário da nossa terra precisa dessa prenda.

FM

De novo na Gafanha da Nazaré

Praia da Barra: Obelisco

Uns dias de férias, fora dos ambientes habituais, fazem sempre bem à mente e ao corpo. Longe dos meus livros e arquivos, mas também à volta com o iPad2, uma nova forma de lidar com o mundo virtual, não pude conviver com os meus leitores e amigos, como era meu gosto. Retomo hoje, na certeza de que continuarei atento ao mundo que me cerca, de raio sem limite.

Fernando Martins

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Monumento do Centenário: A inaugurar no dia 31 de agosto




Monumento evocativo dos 100 Anos da Criação da Freguesia e Paróquia da Gafanha da Nazaré A inauguração do “Monumento do Centenário”, evocativo do Centenário da Criação da Freguesia e Paróquia da Gafanha da Nazaré (1910-2010), vai realiza-se no dia em que se assinalam os 101 anos dessa efeméride e como corolário das comemorações que ocorreram durante o ano de 2010. Na próxima quarta-feira, dia 31 de Agosto, pelas 19.30 horas, na rotunda existente na intersecção da Avenida dos Bacalhoeiros com a Avenida José Estêvão na Gafanha da Nazaré, viveremos esta inauguração que marca também o encerramento das Festas do Município de Ílhavo 2011. A obra de arte que tem o Mar, a Pesca e a Indústria do Bacalhau como tema de referência é da autoria do Escultor Albano Martins, teve a produção de “Nuno Sacramento – Galeria de Arte Contemporânea”, e é um investimento assumido na totalidade pela Câmara Municipal de Ílhavo no valor de 113 mil euros.
Nota: Informações cedidas pela CMI

domingo, 28 de agosto de 2011

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 252

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 35






BALADA DAS MENINAS DE BICICLETA

Caríssima/o:

Há coisas que só um poeta pode fazer...
Vem daí comigo e segue o conselho de Vinicius de Moraes: ... leva “a tristeza no quadro da bicicleta”!

Meninas de bicicleta
Que fagueiras pedalais
Quero ser vosso poeta!
Ó transitórias estátuas
Esfuziantes de azul
Louras com peles mulatas
Princesas da zona sul:
As vossas jovens figuras
Retesadas nos selins
Me prendem, com serem puras
Em redondilhas afins.
Que lindas são vossas quilhas
Quando as praias abordais!
E as nervosas panturrilhas
Na rotação dos pedais:
Que douradas maravilhas!
Bicicletai, meninada
Aos ventos do Arpoador
Solta a flâmula agitada
Das cabeleiras em flor
Uma correndo à gandaia
Outra com jeito de séria
Mostrando as pernas sem saia
Feitas da mesma matéria.
Permanecei! vós que sois
O que o mundo não tem mais
Juventude de maiôs
Sobre máquinas da paz
Enxames de namoradas
Ao sol de Copacabana
Centauresas transpiradas
Que o leque do mar abana!
A vós o canto que inflama
Os meus trint'anos, meninas
Velozes massas em chama
Explodindo em vitaminas.
Bem haja a vossa saúde
À humanidade inquieta
Vós cuja ardente virtude
Preservais muito amiúde
Com um selim de bicicleta
Vós que levais tantas raças
Nos corpos firmes e crus:
Meninas, soltai as alças
Bicicletai seios nus!
No vosso rastro persiste
O mesmo eterno poeta
Um poeta – essa coisa triste
Escravizada à beleza
Que em vosso rastro persiste,
Levando a sua tristeza
No quadro da bicicleta.            

     Manuel
                        





UMA REFLEXÃO PARA ESTE DOMINGO

SABER SOFRER, O EXEMPLO DE PEDRO
Georgino Rocha
Pedro fica perplexo com o que ouve a Jesus. Contrastava tanto com o que havia experimentado. Realmente, era frustrante. Sentia-se desiludido, ele que tinha recebido tão rasgado elogio: Feliz és tu, filho de Jonas, por teres descoberto que eu sou o Messias; ele, o porta-voz, do grupo apostólico, que recebe a promessa de ser o alicerce da construção da Igreja e de ficar com as chaves da entrada no Reino; ele, que deixa o nome de família, e aceita ser chamado de modo novo – o da missão que lhe é confiada.
Perante o contraste, o impulso do coração leva-o a agir. A simples hipótese do sofrimento anunciado e do enfrentamento com os chefes religiosos e políticos poder conduzir à morte de cruz, constituía um verdadeiro tormento. Espontâneo e generoso, como era, resolve aconselhar o Mestre. Toma-o à-parte e contesta-o abertamente. A sós, pensava, seria mais fácil dizer-lhe tudo o que entendia ser prudente e sensato, ele que não largava a ideia de um Messias vitorioso, libertador, capaz de desarmar todos os seus inimigos e instaurar a nova ordem anunciada. À-medida que fala, dá conta que o semblante de Jesus se altera. Parece que transmite irritação profunda, fúria incontida. E de facto, a resposta ouvida é tão áspera e dura que o surpreende completamente. Fica em silêncio, sabe Deus com que amargura, a “gemer” a reprimenda e a tentar ouvir as instruções que Jesus ia dando aos discípulos. E por quanto tempo estas palavras o hão-de acompanhar: Põe-te no teu sítio, não queiras desviar-me do caminho traçado, tem em conta as coisas de Deus, não sejas ocasião de escândalo, retira-te, Satanás.

AO SABOR DA MARÉ - 2

1. Em época marcada por inúmeras dificuldades, com a derrocada do comunismo, do capitalismo e do Estado Social, que prometiam o paraíso na terra, toda a gente consciente vive com o coração na boca, sem saber o dia de amanhã. Apesar disto tudo, impressiona a forma como a comunicação social nos apresenta, dia após dia, mas sobretudo aos fins-de-semana, hipóteses de programas de férias no país e no estrangeiro. Afinal, como se todos nadassem em dinheiro e livres de preocupações. Pensando bem, talvez a ideia não seja assim tão má, porque ao menos nos estimulam sonhos. Aliás, já dizia o Camões: "Imagine-o quem não puder experimentá-lo."
2. Mesmo longe, relativamente, da Gafanha da Nazaré, tenho seguido o entusiasmo que a nova direção da ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré) tem mostrado nesta fase de início de mandato. É um significativo sinal de que, desta vez, vai realmente por diante a ideia que de se pugnar, de forma organizada e pela positiva, por uma sociedade mais fraterna e mais dinâmica. Como é natural, na ADIG haverá lugar para todos, quer na ação quotidiana, quer no apoio a que se dispõe a alinhar na primeira linha.
3. Sempre gostei de ler, ouvir e ver, na comunicação social, o que se distingue na nossa região. E por vezes até fico a conhecer realidades que me eram estranhas. Hoje, por exemplo, li no FUGAS do PÚBLICO uma notícia divulgada pela jornalista Maria José Santana, que diz seguinte: "Os amantes dos passeios náuticos têm, agora, a oportunidade de usufruir de passeios exclusivos na ria de Aveiro, a partir do cais da praia da Costa Nova. O novo produto turístico prevê o aluguer de lanchas (com tripulante) para cruzeiros ao pôr do sol, durante a noite, ou ao longo de todo o dia." A notícia continua, mas basta este naco para se perceber a importância da iniciatia.
FM

sábado, 27 de agosto de 2011

DIAS DA JUVENTUDE DE UM GAFANHÃO

Recordações do Ângelo Ribau

Entretanto, enquanto esperava, peguei num livro que ia lendo aos pedaços, quando a disponibilidade de tempo mo permitia. Era “As Pupilas do Senhor Reitor” um livro leve e agradável, escrito por Júlio Dinis. Terminado este, já punha o olho numa colecção de capas vermelhas que existia numa estante. Era uma extensa colecção do mesmo autor - Júlio Verne – vinte e tal livros, que resolvi, logo que tivesse tempo, começar a ler. Ordenei as minhas ideias, e decidi que começaria pelo número um: 
 - “Da Terra à Lua”. 
- Não se pensava em voar e ele descreveu “Cinco Semanas em Balão”
- Não se pensava no mundo submarino e ele descreveu com pormenor que impressionou, as “Vinte Mil Léguas Submarinas”. 
Quem o leu nunca mais esquece o Capitão Nemo, o construtor e comandante do Nautilus. Enfim, ler é viver quando não temos a possibilidade de viver, para depois escrever, e os outros lerem. No entanto Júlio Verne descreveu sem viver. A sua imaginação prodigiosa parece nada ter inventado. Ele via antes de qualquer mortal o fazer. O futuro deu-lhe razão. Praticamente tudo o que ele escreveu se concretizou. Estou a recordar um dos seus mais extraordinários livros “Miguel Strogoff”. Custou-me a acreditar que, tendo ele sido mandado cegar, passando-lhe um sabre aquecido ao fogo sobre as vistas, se verificasse, mais tarde, que as lágrimas que ele chorava, arrefecessem a lâmina do sabre, o que lhe evitou a cegueira. Este facto consta de um dos comentários que li, e foram vários, que aconteceram à personagem do livro. E estes comentários têm muito poucos anos.

S . TOMÉ: AVENTURA NO MAR

Um texto de Maria Donzília Almeida






A travessia do mar, nesse dia, fez lembrar as proezas dos nossos navegadores, quando sulcavam o Atlântico. O dia estava cinzento, sem com isso significar desconforto na temperatura. Em S. Tomé as temperaturas são amenas, mesmo na estação que corresponde mais ou menos ao nosso Outono: nas aragens, que aqui são tépidas e até bem-vindas e na profusão de folhas que cai da imensa vegetação que contorna a estrada. 
Entrámos para a lancha, movida a motor, e acomodámo-nos, como foi possível: uns na amurada da embarcação, a maior parte dos passageiros, no chão, bem juntinhos uns dos outros. Colocados os coletes salva-vidas, lá partimos com destino ao Ilhéu das Rolas. Como é típico dum clima tropical, começou a cair o que em Portugal se chama morrinha, ou chuva molha-tolos. As toalhas que nos acompanhavam para um banho no mar, do outro lado, foram dum préstimo enorme, para nos proteger dessa chuva imprevista. Entretanto, o barco ia sulcando o mar e balouçando ao sabor das ondas. Neste dia o mar estava agitado, no dizer dos naturais, habituados a estas andanças e a transportar turistas da Ponta da Baleia, para O Ilhéu das Rolas.

MAIS SERRAZES







Ao ler as tuas recordações do Parque de Campismo de Serrazes, lembro-me que me falaste dele. Um dia estava "a banhos" nas Termas e uma tarde resolvi ir conhecê-lo. Foi no mês de Setembro. Ao aproximar-me do Parque apareceram no meio do caminho dois lobos! Parei o carro silenciosamente e aguardei que eles desaparecessem. Só depois avancei e ao chegar ao Parque, deserto, dei a volta e regressei às Termas. Nunca mais voltei ao Parque de Serrazes.
Ângelo Ribau

BENTO XVI EM MADRID

Um artigo de Anselmo Borges no DN


Reunir cerca de um milhão e meio de jovens de todo o mundo, festivos e ordeiros, que se mantiveram serenos durante uma forte tempestade, que ficaram em silêncio recolhido em momentos intensamente religiosos, é obra. Dir-se-á que foram para conhecer novas terras e novas gentes, conviver, encontrar outras culturas. Pergunta-se: e que mal há nisso?, não é bom que convivam e aprendam o exercício de uma lição maior: o diálogo intercultural? Deixo aí algumas notas, acompanhado, aqui e ali, do teólogo Xabier Pikaza.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

OUTRAS FÉRIAS: Serrazes de paz e natureza virgem



Solar dos Malafaias



Serrazes foi uma grande experiência de férias diferentes. O contacto com a natureza, virgem e verdejante, deixou marcas indeléveis no meu espírito e no espírito de todos os meus filhos e esposa. Não conhecíamos tal povoação do concelho de S. Pedro do Sul, mas um casal amigo, Margarida e Jeremias Bandarra, teve a gentileza de nos indicar o parque de campismo ainda desconhecido de muita gente, mais dada a esta forma de gozar férias sem grandes custos.
 A primeira visita terá sido numas miniférias, ao que suponho de Carnaval. Chuva, muita chuva, estragou-nos a festa. Mas nem assim deixámos de programar o acampamento para o mês de agosto. E assim foi. Nesse longínquo mês de agosto e noutros que se lhe seguiram. O parque de campismo de Serrazes tinha o estritamente necessário, sem luz elétrica. Porém, lá nos adaptámos a essas raras condições de sobrevivência. A luz veio tempos depois.


Pedra da Escrita



O contacto com a natureza sem mácula, longe de ruídos e da poluição, sem multidões no acampamento, sem horários nem pressas, era a mais-valia desejada para quem precisava mesmo de descansar. E que recordações!

MUNDO HIPÓCRITA

As reportagens suscitadas pela luta de um povo que quer ver-se livre do ditador e sanguinário kadhafi mostram-nos como este mundo está cheio de políticos hipócritas. Também há, obviamente, outra gente hipócrita. Gente que, por interesses pessoais, é capaz de vender a alma ao diabo. Os políticos que durante 40 anos bajularam o terrorista Kadhafi, para com ele negociarem o seu petróleo, são precisamente os mesmos que agora se vangloriam com a esperada queda do ditador. Veja-se na televisão como políticos sem estofo moral o recebiam e acarinhavam, em nome, dizem, dos interesses pátrios. Será que na política vale tudo? Será legítimo sentarmo-nos à mesa com gente deste calibre? Não haveria petróleo noutras áreas, para se dispensar o de Kadhafi?

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mais voluntariado de proximidade

Texto da Rádio Terra Nova


O padre João Gonçalves diz que é hora da sociedade civil organizar comissões locais para a promoção do voluntariado. Deu o "pontapé de saída", ontem, com uma reunião que juntou representantes dos Centros Sociais da Paróquia de Ílhavo. Em tempos de crise, tempos de isolamento social, diz que "é importante criar mecanismos que ajudem a criar uma rede de apoio". E tudo começa com a promoção das acções de voluntariado. "Existem tantas necessidades que as comunidades locais tem de se organizar e apostar no voluntariado de proximidade, de vizinhança, ás vezes, ao nosso lado, estão pessoas que precisam de apoio, de uma palavra e temos de arranjar respostas, no campo do voluntariado, mas temos de nos organizar", disse, em declarações à Rádio Terra Nova. - Posted using BlogPress from my iPad

Os ricos e a crise

Andam por aí a advogar a ideia de levar os ricos a serem generosos, ajudando o Estado a endireitar as contas com um imposto especial. Parece que a ideia veio de alguns ricos americanos que, dizem, estão cansados de receber benesses do Governo através de isenções fiscais. Os que falaram estão dispostos a contribuir. Outros ficaram calados. Em Portugal, pelo que ouvi e li, parece que não vale a pena estar à espera deles, os ricos. Um diz, com grande lata, que até nem é rico. É, pelos vistos, um simples assalariado. Outros nem se pronunciam, porque continuam à espera de facilidades. Um economista, Miguel Beleza, afiança que não temos assim tantos ricos e que os contributos de que se fala não seriam significativos. Alguns, esclarecem, que, afinal, a grande ajuda dos ricos está nos empregos que possam oferecer. Cá para mim, acho que não vale a pena tentar esperar dos abastados qualquer generosidade que implique redução do défice público. Tenho por experiência próprio, em ações de solidariedade, que os pobres e remediados estão muito mais disponíveis para colaborar do que os milionários. O resto são cantigas. - Posted using BlogPress from my iPad

Figueira da Foz: alguns apontamentos

Nas férias de 2011, vividas mais na Figueira da Foz, dei comigo a tentar saber um pouco mais dos Mónicas, como construtores navais, alguns dos quais exerceram essa profissão na cidade mais identificada pela sua extensíssima praia.


De algumas coisas que li, dispersas e existentes na Biblioteca anexa ao Museu Santos Rocha, fiquei a saber que as primeiras referências conhecidas sobre a construção naval naquela zona datam da segunda década do século XVI, conforme refere a Monografia da Freguesia de S. Julião da Figueira da Foz (MFSJFF), de Rui Ascensão Ferreira Cascão. Diz o autor que «a primeira carreira de construção naval (…) ficaria a SE da Igreja Matriz, provavelmente na margem da Praia da Ribeira, para o lado da R. das Parreiras». 
 Em 1517, há referências a um tal «Diogo Viana,”mestre de fazer navios”, e nos últimos vinte anos do século XVIII houve, citando Santos Rocha, «um primeiro de expansão de construção naval», seguindo-se, muito mais tarde, na década de 40 do século XIX, «uma segunda fase relativamente boa».  Rui Ascensão afirma, depois, que, «a partir de 1859, se iniciou uma longa crise que conduziu à paralisação quase completa desta actividade, por volta de 1875».
Entretanto, a MFSJFF Sublinha que «laboravam no século XIX seis estaleiros, não contando com o da Gala. O estaleiro de Baixo situava-se entre a actual R. Bartolomeu Dias e o local onde foi implantada a estação ferroviária; dele saiu a maior parte dos cerca de 50 navios construídos entre 1813 e 1893, a maior parte deles da responsabilidade dos conceituados carpinteiros navais Gonçalves Mendes (Francisco e seus filhos Manuel, Filipe, Vítor e José),» 

 Nota: Os apontamentos vão continuar - Posted using BlogPress from my iPad

Agosto triste




Não há dúvida. Pode ser um lugar-comum dizer-se que há muito tempo que não havia um agosto tão triste. Mas eu penso, realmente, que este mês não deixa saudades a ninguém. É mesmo um mês para esquecer, tão desagradável tem sido ele. Contudo, quem goza férias, tem de encontrar alternativas. A leitura pode ser uma boa maneira de passar o tempo quando a temperatura não é o que devia ser. - Posted using BlogPress from my iPadh

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ela foi uma Grande Companheira



Conheci-a em fins de 1961. Tinha um aspecto de disponibilidade, mas a sua manutenção tornava-se muito cara. E eu já tinha esposa e um filho, e estes estavam em primeiro lugar. Namorei-a durante algum tempo, e, aconselhado por um amigo lá me decidi. Estávamos próximo a embarcar para o Ultramar e era a altura. Ou agora ou nunca. Quando embarcámos levei-a comigo e daí em diante nunca mais a deixei e ela também sempre me acompanhou, por aquele maldito mato, em operações diurnas e até nocturnas.

António dos Santos Rocha, um ilustre figueirense




António dos Santos Rocha (1853 - 1910) foi um figueirense ilustre que em tudo dignificou a sua terra. Assim se lê no monumento que em sua honra foi construído em MCMLIII, junto ao Museu Municipal que o tem como patrono. Celebrou-se desta forma o centenário do seu nascimento. Em letras gravadas, pode ler-se que Santos Rocha foi um eminente arqueólogo e pré-historiador, bem como fundador do referido museu. Também se lê que foi um notável jurisconsulto, historiógrafo, e presidente do município. Numa placa ao lado do monumento ainda se vê que os maçónicos o homenagearam no centenário da sua morte, em 28 de março de 2010.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Leituras em agosto

"Encontros Marcados": 
o mais recente livro de Gonçalo Cadilhe




Todas as boas leituras servem para qualquer época do ano. Mas temos de convir que as leituras de viagens casam melhor, a meu ver, com períodos de férias. Talvez porque podemos seguir, sem grandes custos, viagens virtuais que alimentam sonhos e enriquecem a nossa imaginação. Em agosto, entre outras leituras, li o mais recente livro de Gonçalo Cadilhe, "Encontros Marcados". Gonçalo Cadilhe é natural da Figueira da Foz, sendo hoje um viajante profissional, com muitos textos e livros publicados, relatando, através de uma escrita que denota grande sensibilidade e profundos conhecimentos captados, bem apoiados numa cultura geral muito completa. O autor revela-nos que "viajar serve para encontrar o que não se procura", enquanto nas suas andanças nos recorda factos históricos, nos apresenta gentes e paisagens exóticas, nos conduz até civilizações estranhas. Gonçalo Cadilhe colabora no Expresso, na Visão e noutras publicações. Em alguns livros de viagens dá-nos conta da volta a mundo sem aviões, da rota de Fernão de Magalhães, entre outras, garantindo que a sua viagem preferida será a "próxima". Na badana da capa lê-se: "Neste livro, Gonçalo Cadilhe repercorre lugares, livros, filmes, canções, pessoas e momentos que fizeram dele o ser humano - e o viajante - que é hoje. Um livro pessoal, inspirador e indispensável para todos os que gostam de viajar - pelo mundo e dentro de si próprios." 

Donzília Almeida em S. Tomé

Mais um pouco de história, com oportunidade





A flora aqui é riquíssima. Encontrei espécies botânicas, completamente desconhecidas para mim. É notória a abundância de frutos, com que a natureza presenteou esta terra e estas gentes. Ao nível das infraestruturas sociais, saúde, educação e abastecimento de água e eletricidade, ainda há muito por fazer! É um país africano com as características de muitos outros. Só de referir que, à noite, as ruas estão quase às escuras, só havendo luz nos resorts e sua proximidade. A influência dos Portugueses ainda se faz sentir, sobretudo nos edifícios urbanos e... na nossa querida língua portuguesa! O povo é afável, mas muito pobre. O turismo veio dar movimento e vida a estas paragens e sobretudo trouxe muitos postos de trabalho a esta gente. O clima é quente, mas não exageradamente, e a água do mar faz inveja às temperaturas gélidas do mar que banha as nossas costas, exceto a algarvias. S.Tomé está rodeado por mar em toda a sua extensão, mar esse onde aparecem rochas pretas como breu, que me parecem de origem vulcânica. À mistura com a areia da praia, aparecem conchas de várias formas que fazem as delícias dos turistas. Eu também fiz a minha colheita! Os nativos mergulham para capturar as conchas maiores e mais bonitas, que depois vendem aos turistas. Têm que fazer pela vida! 

 Maria Donzília Almeida 

Edição com dificuldades

Os meus habituais leitores e amigos devem ter verificado que tem havido algumas anomalias na edição das mensagens. A adesão às novas tecnologias, neste caso ao iPad, obriga sempre a um período de adaptação. Espero melhorar, dia após dia, até chegar a um trabalho razoável. Peço desculpa pelos incómodos provocados. Obrigado. Fernando Martins - Posted using BlogPress from my iPad

S. Tomé: Uma aventura em África

Um texto de Maria Donzília Almeida



O primeiro contacto com a ilha, na tarde de 20 de Julho, evocou, em nós, a memória de João de Santarém e Pedro Escobar, quando em 1460, desembarcaram em S. Tomé! No século XXI, também estávamos à descoberta de uma terra desconhecida! O meio que nos levou à ilha, não foi a caravela do tempo das Descobertas, nem uma qualquer piroga que viemos depois a observar no imenso mar que abraça a ilha. Desde o tempo dos marinheiros portugueses, houve grande evolução da ciência e tecnologia, pelo que as distâncias foram drasticamente encurtadas. Em poucas horas, as pessoas mudam-se de um continente para outro e as comunicações tornam-se mais fáceis. O cheiro da terra, o bafo quente da noite S. Tomense, trouxeram, bem nítida, a memória dos navegadores portugueses. Na época áurea dos Descobrimentos, no reinado de D. João II, os Portugueses alargaram o território, contribuindo para o engrandecimento da pátria. Devido à evolução natural das coisas, a História mudou de rumo e hoje, S. Tomé e Príncipe é um país independente, com uma jovem democracia.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

RTN: Festival do Bacalhau é "ponto de encontro" de amigos com a tradição

Texto da Rádio Terra Nova





«Milhares de pessoas passaram durante cinco dias pelo Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, em mais uma edição do Festival do Bacalhau. A noite de domingo, a última deste ano, terminou quando a chuva estava quase a chegar ao Jardim Oudinot. 
Para os milhares de visitantes deste certame cumpriu-se o ritual das provas de bacalhau, o interesse na animação musical e a observação do artesanato feito em Ílhavo e na região. Quem passou pelo Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, diz que encontrou o que procurava, qualidade. “Está bom, cinco estrelas. Venho todos os anos e a qualidade é boa. Venho pelos concertos e pelo prato de bacalhau”, dizia um dos frequentadores diários do espaço. A valorização do que é regional mereceu sinal de aprovação. “Venho a tudo. Moro aqui perto e gosto muito porque mostra o nosso artesanato e a nossa comida. Temos que mostrar as nossas coisas”, dizia uma senhora acompanhada de familiares e amigos. 

Aniversário do Navio-Museu Santo André





10.º Aniversário do Navio-Museu Santo André A edição de 2011 do MarAgosto continua a marcar a vida do Município de Ílhavo, com momentos diversificados de festa, música, desporto, actividades recreativas entre outros. Desta vez uma nota especial para as Comemorações do 10.º Aniversário da Inauguração do Navio Museu Santo André, amanhã, 23AGO11, onde será possível visitar o Navio entre as 10h00 e as 23h00, conhecendo as características de uma embarcação de Pesca de Bacalhau, bem como toda a história associada a essa Nobre Arte, percebendo o processo e os mecanismos de cura do Bacalhau. ​Pelas 18h00 terá lugar a Sessão Solene evocativa do 10.º Aniversário, com a entrega dos prémios do Concurso de Fotografia “Olhos sobre o Mar”, seguida da inauguração da exposição Memórias de uma “Vida de Mar”. ​O dia de Aniversário terminará com um espectáculo de fogo de artifício, pelas 23h00, no Jardim Oudinot. ​

Fonte: CMI 

Sporting não acerta o passo nem os passes







O Sporting não acerta o passo nem os passes. Muito menos acerta na baliza dos adversários. Com ou sem árbitros de nomeada. O árbitro de ontem, que apitou o jogo do Sporting com o Beira-Mar, Fernando Martins de seu nome, que nada tem a ver comigo, foi escolhido pelas equipas ou seus dirigentes e saiu-se muito bem, pelo que li e ouvi. A conhecida guerra entre equipas e árbitros talvez tenha solução à vista. Seria engraçado que, a partir de uma solução como esta, os árbitros passassem a ser escolhidos pelas equipas. Será que acabariam as guerras?