No CAE (Centro de Artes e Espectáculos), Figueira da Foz, no bar interior, os olhos de quem saboreia um café ficam inundados de luz, que se torna desafio para passear. O Parque das Abadias, verdejante e acolhedor, é sempre um bom princípio para quem reconhece a importância da caminhada frequente, compassada e lenta para os mais idosos, frenética para os mais jovens.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Anglicanos
Responsável teme fim da Igreja em 20 anos
«A Igreja Anglicana poderá deixar de existir, como uma
estrutura funcional, dentro de 20 anos, a manter-se a actual tendência.
Reunidos em Sínodo Geral, os representantes da Igreja ouviram graves avisos
sobre o futuro. O reverendo Patrick Richmond, da Diocese de Norwich, alertou para
a avançada idade da maior parte dos fiéis e a continuada perda de jovens nas
celebrações dominicais.
“A tempestade perfeita que vemos aproximar-se no horizonte são
as comunidades envelhecidas. A média de idades é agora de 61 anos, com muitos
acima disso”, disse Richmond, referindo 2020 como o ano a partir do qual se vai
sentir a queda no número de fiéis.»
Em RR
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Semana Jovem Ílhavo 2011
Entre 15 e 23 de julho, vai realizar-se, no município de Ílhavo, mais uma edição da Semana
Jovem, destinada a rapazes e raparigas de todas as idades. Nela estão envolvidas associações
e voluntários que aceitaram o desafio de viver uma semana de jovens e
para jovens.
Haverá concertos, atividades noturnas, teatro, animação de rua, desporto,
praia, dança e fotografia, entre outras iniciativas.
Ver programa aqui.
Foi identificado novo quadro de Leonardo da Vinci
"Salvator Mundi"
«Um quadro que se julgava perdido de Leonardo da Vinci foi identificado numa colecção privada norte-americana e vai ser exposto em Londres, na National Gallery, já em Novembro. A recente descoberta da obra de arte, intitulada “Salvator Mundi”, datada de meados de 1500, representa a figura de Cristo. A última vez que um quadro foi atribuído a Leonardo da Vinci foi em 1909 com a obra de arte “Benois Madonna”, exposta, actualmente, no Museu Hermitage em São Petersburgo, na Rússia.»
Ler no PÚBLICO
Sabores na Figueira da Foz
Na Figueira da Foz, numa zona, junto ao casino, que atrai turistas e veraneantes, não faltam pevides, tremoços, amendoins e doces de chupar e de comer, estes últimos vedados a diabéticos. Pacientemente, os vendedores esperam os gulosos e os que gostam de roer sabores sempre agradáveis. Dizem que os tremoços não fazem mal, porque não terão açúcar nem gorduras. Até me afiançaram que os podemos comer à vontade porque o nosso organismo os rejeita completamente. Então, vamos a isso, sem abusos.
Ainda o exemplo de Maria José Nogueira Pinto
Não me recordo da morte de alguém ter suscitado tantos testemunhos de apreço como aconteceu por estes dias com Maria José Nogueira Pinto. De todas as áreas políticas vieram elogios ao seu testemunho, à sua coerência e ao seu exemplo de mulher de fé. Vasco da Graça Moura, ateu ou agnóstico confesso, também não escondeu como apreciou a vida intensa de Maria José. Contudo, uma simples frase de José Pacheco Pereira, hoje na "Sábado", interpelou-me mais do que muito do que tem sido dito. Diz assim: «Ela [Maria José Nogueira Pinto] fez mais pela fé em que acreditava do que uma Igreja inteira.» É verdade, penso eu.
Há muitos anos li um livro que deve estar no meio de outros das minhas estantes, cujo título e teor (estou a citar de cor), "Cristo desceu à rua", me interpelaram bastante na altura. Da leitura ainda recordo uma ideia que me ficou para a vida, e que era mais ou menos assim: quando muitos passam fome (guerra?), há uns que vão rezar para a igreja, pedindo a Deus que os ajude, enquanto outros vão dar-lhes de comer. É isso. Se a oração é importante, os testemunhos concretos na vida são-no muito mais.
Pacheco Pereira, na sequência da frase que me serviu de mote a estas considerações, salienta: «o valor da propaganda pelo exemplo, uma expressão de origem anarquista, é o mais poderoso de todos.»
NOTA: Como estou de férias, não poderei confirmar, com rigor, a ideia que me ficou do livro que li. Não poderei precisar se se tratava de fome ou guerra. No fundo, seria uma situação complicada que necessitaria de intervenção humana imediata.
Toda a gente tem opinião acerca de tudo
Um mundo de interrogações
incómodas mas necessárias
António Marcelino
É inevitável, no agir do dia-a-dia de cada pessoa, o confronto entre os tempos já vividos e os que se vivem agora com o futuro no horizonte. Só no presente podemos ter memória do que se vivemos antes e abertura realista para projectos novos. O presente, porém, aparece-nos cada vez mais confuso e inquietante. Há menos memória, mas mais possibilidades para muitas coisas e mais problemas a enfrentar. São mais difíceis as relações e a comunicação pessoal atenta, pela abundância dos canais massificadores e porque o mundo de muitas pessoas e os valores em causa não coincidem em aspectos essenciais. Toda a gente tem opinião acerca de tudo, do que conhece e do que não conhece. E, quanto menos se conhece, mais se é dogmático nas afirmações e menos respeitador das opiniões alheias. Constroem-se mais muros que pontes, no dia a dia, na política, nas opções desportivas, que só no aspecto religioso se vai notando o contrário. Há mais diplomas de escola, mais festas e passeios de finalistas, mas menos conhecimento de coisas essenciais da vida. Por sistema, alguns vão apagando o passado e pensam, como ideal, um presente de imediatos, sem horizontes, sem projectos que se justifiquem a longo prazo.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
ÍLHAVO: cidade há 21 anos
Hoje, 13 de julho, assinala-se o 21.º aniversário da
elevação de Ílhavo a cidade, com um conjunto de ações centradas no programa de
Regeneração Urbana do Centro Histórico da Cidade, que está em execução. A
sessão evocativa terá lugar, pelas 19 horas, no edifício da Escola n.º1 de
Ílhavo (Rua Ferreira Gordo), na qual será feita a visita ao edifício e a
apresentação pública do projeto da “Casa da Música de Ílhavo”, conforme anuncia a câmara municipal.
***
É sempre salutar celebrar datas marcantes, não apenas para
chamar a atenção dos mais distraídos para factos históricos, mas também para
anunciar caminhos do futuro.
Quando se fala na extinção de autarquias, câmaras e juntas
de freguesia, por imposição da troika e por imperativo de altos interesses do
país, é bom que tomemos consciências de que há casos e casos. Realmente, há
autarquias que talvez não tenham razão de existir, por força da desertificação
de algumas regiões. Face a essa realidade, que é bem visível, creio que não
podemos nem devemos cair na tentação de meter a cabeça debaixo da areia. Nessa
linha, não creio que o concelho de Ílhavo, câmara e suas quatro freguesias,
esteja na situação-limite de sofrer as consequências do corte em estudo. De
qualquer forma, entendo que devemos estar atentos, tendo em vista a defesa dos
nossos legítimos interesses.
FM
Poesia para começar o dia
Oração para o tempo de férias
Senhor, seja este o tempo
de nos relançarmos em aliança mais pura com o real
convictos daquilo que a hospitalidade
paciente e fraterna do mundo
em nós revela
Que saibamos apreciar a imediatez flagrante em que a vida se
dá,
mas também as suas camadas profundas, escondidas, quase
geológicas.
Que no instante e na duração saibamos escutar,
hoje e sempre,
o vivo, o desperto, o fremente
e o seu esperançoso trabalho.
Recebe, de nós,
a aurora e o verde azulado dos bosques.
Recebe o silêncio intacto dos espaços.
Recebe a música oceânica do vento.
Mas recebe igualmente a marcha desencontrada da história,
o desenho inacabado da nossa conversa terrena,
esta espécie de parto que,
entre dor e alegria,
nos une.
Sejam os nossos quotidianos gestos
mergulhados na vivacidade da troca,
abertos ao que de todos os pontos
da humanidade e do mundo converge,
impelido pelo teu Espírito.
Que a frágil chama de amor hoje acesa
Ilumine tudo por dentro:
desde o coração da menor partícula
à vastidão das leis mais universais.
E tão naturalmente invada
cada elemento, cada mola, cada liame,
florescendo e amadurecendo
toda a vida que em nós vai germinar.
terça-feira, 12 de julho de 2011
RÁDIO TERRA NOVA: 25 anos de projetos e sonhos
Vasco Lagarto, a alma da Terra Nova
Tozé Bartolomeu, uma saudade
A Rádio Terra Nova (RTN) celebra hoje as suas Bodas de
Prata. São 25 anos ao serviço dos sem vez nem voz, os que nunca aparecem
nos órgãos de comunicação social de amplitude nacional. Quem está atento
minimamente à ação diária desta rádio com sede na Gafanha da Nazaré, sabe
perfeitamente que é assim. E por força das novas tecnologias da informação, a
Terra Nova pode ser ouvida e lida em todo o mundo, por emigrantes e não só.
Nessa linha, torna próximos quantos têm raízes nestas terras beijadas pela Ria
de Aveiro.
***
Recordo hoje, com alguma emoção, o dia 12 de julho de 1986.
Havia no ar, há uns tempos, a febre das chamadas Rádios Piratas, e a
Cooperativa Cultural da Gafanha da Nazaré até se tornara associada da Rádio
Oceano, nascida em Aveiro. Numa assembleia-geral, quando o Vasco Lagarto anunciou essa posição da
nossa cooperativa, eu próprio lancei o repto: E por que razão não avançamos nós
para uma rádio na Gafanha da Nazaré? O Vasco sorriu e não adiantou grande
conversa. Tempos depois, conhecedor profundo dessa área tecnológica, a rádio,
sem nome, foi para o ar.
No dia 12 de Julho, fui alertado por um filho (estavam lá o
Fernando e o Pedro, tendo sido a voz deste último a primeira a ouvir-se nas
ondas hertzianas, com fonte na sede da Cooperativa Cultural) e corri para lá.
Assisti a toda a azáfama, enquanto se diziam umas coisas e se punham no prato
os LP, porque era preciso estar no ar.
Recordo que choveram alguns telefonemas. E no final da
tarde, numa espécie de mesa-redonda, no improvisado estúdio, foi possível
conversar, com algumas pessoas que entretanto chegaram, sobre a importância de
uma rádio, ensaiando eu o lugar de entrevistador.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Grupo Columbófilo da Gafanha nasceu há 59 anos
Adelino Pina com filho de campeão
O pombo-correio dá-nos lições espantosas
de resistência e do
sentido de orientação
O Grupo Columbófilo da Gafanha (GCG) foi fundado em 1952. É,
provavelmente, a mais antiga instituição criada na nossa terra. Tem uma longa
história gerada à volta da paixão pelos pombos-correios, porém, pouco conhecida
de muitos gafanhões. Imerecidamente, diga-se de passagem.
Adelino Pina, atual presidente da direção, defende como
objetivos fundamentais para o desenvolvimento da columbofilia entre nós, mas
não só, a obtenção de uma nova sede que garanta mais visibilidade e
funcionalidade, mas ainda deseja a construção de um columbódromo, com
finalidades pedagógicas. O GCG também deseja instalar um pombal numa
Instituição particular de solidariedade social, preferencialmente com crianças
portadoras de alguma deficiência, pois é conhecida a importância educativa no
contato com animais. Para a concretização destes sonhos, que são pertinentes
para o GCG, a associação regista o apoio da Câmara Municipal de Ílhavo, cujo
presidente, Ribau Esteves, tem mantido um diálogo muito frutuoso com os
dirigentes.
Oliveira com 2850 anos
A mais antiga árvore de Portugal é uma oliveira, com os seus 2850 anos de existência. É obra! Mora em Santa Iria de Azóia, Loures, e a sua idade foi cientificamente determinada. Já tem a certidão de nascimento, como convinha a quem gosta da verdade. Cá para mim, não hão de faltar turistas e outros curiosos para ver idosa com ganas de continuar entre nós, portugueses. As azeitonas lá estão a atestar o que digo Veja mais no EXPRESSO.
Dois campeões nacionais de atletismo são da Gafanha da Nazaré
Diana Hernandez e Ricardo Freitas
vencem lançamento de peso e disco
Realizaram-se, este fim-de-semana, na Pista do Estádio Universitário de Lisboa, os Campeonatos Nacionais de Juniores. Neste evento tomaram parte Diana Hernandez (da Barra ) e Ricardo Freitas (da Cale-da-Vila). Estes dois atletas do GRECAS (Vagos), não deixaram os seus créditos por mãos alheias.
A Diana ganhou a prova do lançamento do peso e foi vice-campeã na de disco. Ricardo Freitas venceu a prova do lançamento do disco, seguindo as pisadas da sua tia, Teresa Machado, melhor lançadora portuguesa de todos os tempos.
Estão assim de parabéns estes dois jovens lançadores gafanhões, já habituados a outros êxitos de igual valia.
Neste momento de contida alegria, não pode ser ignorado o apoio dado pelas seguintes entidades: Administração do Porto de Aveiro, nas pessoas do Eng.º José Luís Cacho – presidente do Conselho de Administração – ao Eng.º Jorge Rua – Director de Gestão de Espaços e Ambiente –, bem como ao Eng.º Fernando Caçoilo – Vice-Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo – pelas facilidades concedidas para a preparação dos nossos atletas, que, embora não representando o clube da terra, por o Grupo Desportivo da Gafanha ainda não ter a Secção de Atletismo devidamente reestruturada, aqui nasceram e por cá continuam a viver e a treinar.
Júlio Cirino
domingo, 10 de julho de 2011
Reflexão para este domingo: A cesta de Deus está cheia de boas sementes
SENTADO À BEIRA-MAR
Georgino Rocha
Sentado à beira-mar, faz o balanço da missão. O programa vai
a meio e parece comprometido. Expulso de Nazaré, onde é acusado de ter acessos
de loucura, dirige-se a Cafarnaúm, terra de encruzilhada de povos que vivem do
campo, do comércio e da pesca. Os discípulos questionam-se e fazem perguntas
que denotam pouco aproveitamento das lições anteriores.
Jesus, sentado à beira-mar, vira as costas à terra onde vive
gente ingrata e endurecida, revê o filme da sua aventura, renova a sua adesão
ao projecto de salvação que Deus Pai lhe confia e sonha novas ousadias. O
ambiente favorece-o nesta viagem interior: mar sereno a desafiar novas rotas,
brisa suave a despoluir preocupações sobrecarregadas, ondulação ritmada que, de
vez em quando, chega à praia e desperta outros entusiasmos e encantos ao
espreguiçar-se perante o seu olhar extasiado e sonhador, e junto aos seus pés
de cansado viajante.
Tecendo a vida umas coisitas - 245
DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 28
VOLTA À FRANÇA
Caríssima/o:
Antes de irmos para a Volta à França, apreciemos algumas
datas interessantes no mundo do ciclismo:
1868 - 1ª Prova masculina com bíciclos,
vencida pelo inglês James Moore, Parque Saint' Cloud Paris.
1ª
Prova Feminina, ocorrida no parque Bordelais, em Paris, no dia 1º de Novembro.
1884 - Na Itália, o plano desportivo
vai-se desenvolvendo. O Veloce Club de Firenze organiza a primeira corrida de
bicicletas, no dia 2 de Fevereiro, num circuito de 33 quilómetros. Um jovem de
apenas 16 anos, van Heste Rynner, é o vencedor.
1885 - Giusepe Pasta vence a I Volta
dos Bastiones, realizada em Milão, cobrindo os 11 quilómetros em 37 minutos.
1886 - Graças a alguns ingleses, foram
organizados os primeiros campeonatos mundiais, com boa consistência e
organização mais séria, na cidade de Leicester.
1892
- Na Europa foi constituída a Internacional Cyclist Association que teve
a sua sede em Londres, agrupando as Federações Nacionais dos Estados Unidos,
Bélgica, França, Canadá, Alemanha, Holanda, Inglaterra e Itália. Um dos
primeiros actos da ICA, foi a criação dos primeiros campeonatos do Mundo,
substituindo as provas até então promovidas por entidades particulares.
1895 - No dia 9 de Outubro toda a
cidade de Milão aplaude a chegada de Raffaelle Gatti, que regressa do
"Tour do Círculo Polar Ártico".
sábado, 9 de julho de 2011
A despedida de Maria José Nogueira Pinto
Nada me faltará
Maria José Nogueira Pinto
Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.
Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.
Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.
Ler todo o artigo no DN
"Correio da Manhã": sobre a ordenação das mulheres
Bispos solidários com D. Policarpo
«Declarações de D. José sobre a ordenação das mulheres não
caíram bem em Roma e o cardeal teve de explicar-se. Há quem fale em manifesto
exagero.
Os bispos portugueses estão solidários com D. José Policarpo
e qualificam de "exageradas" as pressões feitas sobre o patriarca,
que o levaram, na passada quarta-feira, a publicar um esclarecimento sobre o
caso da ordenação das mulheres.
O cardeal de Lisboa disse, em entrevista ao boletim da Ordem
dos Advogados, que "teologicamente não há nenhum obstáculo
fundamental" à ordenação feminina, declaração que teve amplo eco
internacional, com citações em diversos jornais europeus e, particularmente,
italianos.»
Ler mais aqui
PÚBLICO: Poema ao sábado
ENTRETANTO
Não há que ter ilusões:
nós também somos
o fim da nossa estrada.
Com estas mãos,
com este mesmo coração
é que chegamos
ao cabo do futuro,
à extrema situação
de que partimos.
Mas, entretanto,
escrevamos.
Rui Pires Cabral
Hoje, Festival de Folclore na Gafanha da Nazaré
Tenho acompanhado desde a sua fundação o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, participando, quando possível, nas suas mais importantes realizações. Os Festivais de Folclore, anuais, entram normalmente nas minhas agendas. Este ano, porém, por programações familiares, não poderei estar presente no festival que hoje se realiza na Gafanha da Nazaré. Desejo, contudo, que tudo decorra conforme os desejos dos dirigentes e componentes do Grupo Etnográfico, que tão longe tem levado as nossas tradições.
Aproveito para dizer que é cada vez mais importante valorizar o legado dos nossos antepassados, que foram gente de trabalho duro, de canseiras sem fim, de teimosia e de coragem, ou não fossem as dunas de areias movediças duras de roer. Eu sei que as novas gerações gafanhoas têm sido, nas últimas décadas, apanhadas por outras culturas, por força dos contactos inerentes à vida, o que, em princípio, não é mau, já que não podemos nem devemos ficar agarrados ao «orgulhosamente sós». As sociedades evoluem, crescem, progridem, misturam-se e integram-se de pleno direito na aldeia global, que é o mundo dos nossos dias. Mas também é verdade que a preservação das nossas tradições precisa de um recanto acolhedor nos nossos corações.
Sobre o Festival, veja aqui
FM
Ílhavo: "Menos Lixo, Mais Poupança"
A campanha “Menos Lixo, Mais Poupança”, a decorrer em Ílhavo, com duração prevista de um ano, tem como principal objetivo elucidar todos os cidadãos sobre a melhor maneira de produzir menos lixo, beneficiando ao mesmo tempo de vantagens individuais e financeiras. Todos os meses serão lançadas propostas de ação para a redução de lixo, reforçando as políticas ambientais de gestão de resíduos seguidas pela câmara municipal.
Para garantir a sustentabilidade financeira dos projetos a este nível em curso, as atuais taxas aplicadas não serão suficientes, sendo o executivo camarário obrigado a aumentá-las em mais 10 por cento, em relação aos valores actualmente praticados.
Reconhecendo que, no contexto de crise económica, este aumento vai sacrificar ainda mais os orçamentos familiares, a autarquia lança o compromisso de não aumentar a taxa sobre os resíduos, caso, em conjunto, seja capaz de reduzir o lixo produzido no município em quatro por cento (750 toneladas), até ao final do corrente ano.
Fonte: CMI
Os Dez Mandamentos: O ABC da Conduta Humana
Os Dez Mandamentos
Anselmo Borges
Em todas as épocas, há quem julgue estar-se num momento decisivo. Também para se dar importância.
Desta vez, porém, é mesmo a sério: encontramo-nos num cotovelo, num momento obscuro e decisivo, imprevisível, da História. A crise é imensa, de contornos não bem definidos, global. O que se segue pode ser pura e simplesmente o caos. As suas causas são múltiplas. Aliás, quanto aos fenómenos sociais, deve-se desconfiar das explicações monocausais.
A crise é, evidentemente, financeira, económica, política, social, religiosa, moral, de valores. Sim, de valores. De valores vinculantes.
Implantou-se o princípio do ter e do prazer e impera o individualismo descomprometido e consumista. Como já aqui escrevi, o célebre sociólogo Zygmunt Bauman, professor jubilado da Universidade de Leeds, caracterizou a situação como "modernidade líquida". Os laços, íntimos e sociais, são frágeis. Há o receio de compromissos a longo termo. Tudo deve ficar em aberto, para não fechar possibilidades.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Passos Coelho corta regalias no Governo
Passos Coelho quer Governo a dar o exemplo. Acho bem, mas fico com a sensação de que os poderosos do mundo da alta finança ainda não foram atingidos, por decisões do executivo nacional. Os trabalhadores já sabem que vão ficar com os salários congelados e que o 13.º mês vai sofrer um corte muito elevado. O Natal, para a maioria, vai ser mais triste. Aceito (aceitamos) para salvar Portugal.
Li no "SOL" online que os «Ministros deixam de ter direito a carro para uso pessoal ou fora da agenda oficial, acabam os cartões de crédito para despesas de representação e passa a haver limites salariais para os requisitados.
Passos Coelho decidiu acabar com as regalias nos ministérios. O primeiro-ministro (PM) quer que seja o Governo a dar o exemplo e vai cortar a eito nas despesas dos vários gabinetes.»
Para quando as decisões sobre institutos, fundações, departamentos, gabinetes e outras repartições que servem, apenas, ou quase, para dar empregos aos boys? E para quando a redução de juntas de freguesia, de câmaras municipais, de deputados, de assessores e de gestores com ordenados e prémios principescos?
O povo português, que ganha pouco ao fim do mês, esse já está a sofrer na pele os efeitos das más governações de políticos desastrados e incompetentes.
Sacerdote festejou o cancro de Chávez
Na Venezuela, um sacerdote católico festejou o cancro de Chávez, dizendo que "rezar pela saúde de Chávez é como pedir a Deus que cure as chagas das queimaduras a Lucifer". Não sei se este padre está no pleno uso da razão; não estará, porém, consciente dos seus deveres de clérigo, pois um cristão nunca pode desejar o mal ou a morte a ninguém, seja ele amigo ou inimigo.
Quando se fala, em privado ou em público, todos temos o dever de pesar as palavras e as afirmações, não vá dar-se o caso de elas ferirem alguém ou os princípios a que estamos vinculados. E no caso dos clérigos muito mais, para não haver necessidade de explicações e mais explicações.
Gafanha da Nazaré: Rua D. Dinis
D. Dinis: rei poeta e
lavrador
A Rua D. Dinis conduz-nos até ao século XIII, ao Rei
Lavrador, altura em que D. Dinis iniciou, em 1279, o seu longo reinado de 46
anos. Esta rua atravessa campos que outrora foram agricultados de forma intensiva.
Como as terras da atual Gafanha da Nazaré foram, durante séculos, de
lavradores, seria impensável não homenagear um rei a quem todos muito devemos.
Mas este rei, que impulsionou, como poucos, a agricultura, não se ficou por aí,
porque outros interesses, multifacetados, o moveram, para bem do povo e de
Portugal.
A sua biografia dá-nos conta do muito que desenvolveu D.
Dinis, que casou com Dona Isabel de Aragão, mais conhecida por Rainha Santa
Isabel, a do Milagre das Rosas, que serviu, muitíssimo bem, para ilustrar o seu
coração caritativo, quando transformou as esmolas que levava no regaço para os
pobres que a esperavam em rosas perfumadas.
Hábil diplomata, D. Dinis conseguiu salvar as riquezas da
Ordem dos Templários, extinta pelo Papa, transferindo-as para a Ordem de
Cristo, entretanto por si fundada. Esta Ordem haveria de desempenhar, mais
tarde, papel de relevo na gesta dos Descobrimentos. Desenvolveu o comércio,
mandou semear o pinhal de Leiria e organizou a marinha, contratando o genovês Manuel
Pezagno, que muito contribuiu para a formação dos nossos marinheiros e para a
defesa dos nossos interesses marítimos.
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