quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005

Há matrimónios que podem ser declarados nulos

A Santa Sé acaba de publicar uma instrução, intitulada "A Dignidade do Matrimónio", dirigida a agentes de direito, nomeadamente a todos os especialistas que trabalham nos tribunais eclesiásticos, com a preocupação de tornar mais célere a análise dos processos de declaração de nulidade de matrimónios. Os números tornados públicos dizem que, em 2002, registaram-se no mundo 56 236 processos de nulidade matrimonial, tendo 46 092 desses processos recebido sentença afirmativa. É também significativa a distribuição geográfica desses processos. O maior número ocorre nos países ocidentais: 8885 processo na Europa e 30 968 na América do Norte, contra, por exemplo, 343 em África ou 1562 na Ásia. A preocupação da Santa Sé é melhorar o funcionamento dos tribunais eclesiásticos e foi nesse contexto que apresentou este documento, ainda não traduzido em Português. Há muito que se diz que se celebram na Igreja bastantes casamentos, muitos deles a darem nas vistas pela pompa com que se fazem, que não são matrimónios. Não passam de uma mera formalidade, direi cívica, sem qualquer preocupação sacramental. Depois, por inúmeras razões, multiplicam-se os divórcios e as separações por motivos fúteis, sem qualquer respeito pelas promessas assumidas. Ora, eu penso que alguns desses casamentos poderiam muito bem ser declarados nulos, mas a verdade é que pouca gente sabe que há tribunais eclesiásticos, onde processos nesse sentido terão de ser estudados. Será que os casais católicos têm conhecimento de que os seus matrimónios podem ser declarados nulos, em circunstâncias especiais? Não seria importante divulgar mais o direito que assiste aos casais, ou a qualquer dos seus membros, de pedirem a anulação dos seus casamentos, nas condições previstas nas leis da Igreja? Continuo a pensar que sim e continuo a pensar, também, que a Igreja tem divulgado muito pouco as funções dos tribunais eclesiásticos e as razões que podem levar à declaração de nulidade de matrimónios.
Para conhecer melhor aquela instrução da Santa Sé, ver na Ecclesia o texto "Santa Sé propõe renovação na pastoral dos divorciados" Fernando Martins NB: Manifeste a sua opinião neste blogue, em comentários, logo depois do texto, ou por e.mail: rochamartins@hotmail.com Posted by Hello

Artigo para pensar

Há artigos jornalísticos, às vezes muito simples, que nos obrigam a pensar. Como este que hoje sugiro aos visitantes do meu blogue. Há empresas e grupos económicos, nomeadamente bancos, que têm lucros fabulosos, quantas vezes à custa de quem tem necessidades no dia-a-dia. Leiam no PÚBLICO este artigo e depois façam um simples comentário. Neste blogue ou por intermédio de rochamartins@hotmail.com. A partilha é sempre útil. Obrigado.
F.M.

Para começar bem a Quaresma

"Naquele tempo, disse Jesus aos discípulos: 'Tomai cuidado em não fazer diante dos homens as vossas práticas religiosas, para serdes vistos por eles. Aliás, não teríeis recompensa diante do vosso Pai que está nos Céus. Assim, ao dares esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem as pessoas fingidas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvadas pelos homens. Em verdade vos digo: já têm a sua recompensa. Mas, sempre que deres esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a mão direita, para que a tua esmola seja em segredo. E teu Pai, que vê no segredo, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como as pessoas fingidas: elas gostam de orar de pé, nas sinagogas e nos cantos das praças, para se mostrarem aos homens. Em verdade vos digo: já têm a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai, presente no segredo. E teu Pai, que te vê no segredo, te dará a recompensa. E, quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como as pessoas fingidas: desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já têm a sua recompensa. Tu, porém, ao jejuares, deita perfume na cabeça e lava o rosto, para não mostrares aos homens que jejuas, mas a teu Pai, lá em segredo. E teu Pai, que vê no segredo, te dará a recompensa.'" Do Evangelho de S. Mateus
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2005

CARNAVAL antes da QUARESMA

Hoje, o povo vai brincar, por aqui e por ali, ao Carnaval. Em Portugal e no mundo ocidental. Nas aldeias, vilas e cidades, embora, com a sua industrialização, se tenha perdido o sentido de uma verdadeira festa popular e espontânea. Perde-se no tempo a razão das festas carnavalescas, mas, para nós católicos, tem uma certa lógica. A Quaresma, que se inicia logo a seguir, em quarta-feira de cinzas, vai ser um período de oração, de meditação, de uma mais intensa vivência da caridade, de partilha e de generosidade, de autêntica preparação para a Páscoa e para uma mais convincente interiorização da Ressurreição de Jesus, razão de ser da nossa fé. Brinquemos hoje, portanto, para amanhã entrarmos numa outra onda, de busca do transcendente, do Deus da vida, rumo a uma vida diferente, capaz de transformar o mundo, para melhor, nem que seja apenas, e para começar, à nossa volta. Para conhecer um pouco melhor a história do Carnaval, leia «Do Carnaval às cinzas», na Ecclesia.
F.M.
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IMIGRANTES

Muitos imigrantes ainda não podem aspirar a ter um negócio Muitos imigrantes radicados entre nós ainda não podem aspirar a ter um negócio próprio. Trata-se de uma injustiça, até porque eles já representam cinco por cento do PIB (Produto Interno Bruto) do nosso País. Urge, pois, que a legislação portuguesa seja revista para que os que optaram por viver entre nós, e connosco, possam viver como nós. Para mais informação, ler o Jornal de Notícias.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005

A clivagem escondida das eleições

Os que visitam este Blogue talvez gostem de ler um artigo de opinião, de João César das Neves, "A clivagem escondida das eleições". Experimentem.

O Altar nunca deve ser palco de política partidária

Quando tenho conhecimento de que há padres que se servem do ambão onde proclamam o Evangelho para pregarem opções político-partidárias, penso logo que esse sacerdote errou a vocação. Sei que as nossas atitudes têm ou devem ter muito de política, sobretudo quando procuram sensibilizar os outros para a construção de uma sociedade mais justa e mais fraterna, onde não haja miséria e fome degradantes, nem a exploração seja de quem for. Mas também sei que a igreja e as suas celebrações nunca podem criar divisões entre a família paroquial, apresentando uns partidos como santos e outros como diabos. Se analisarmos os programas dos diversos partidos políticos, é certo e sabido que em todos podemos encontrar projectos que qualquer cristão poderá assumir, como compatíveis com a Doutrina Social da Igreja. Mas também é certo que nos mesmos partidos haverá muita coisa que não está de acordo com a nossa consciência. O que é preciso é sabermos distinguir onde está o meio-termo e o essencial para um futuro melhor e para o bem-estar das populações. Ora, a análise dos programas partidárias deve ser feita, a meu ver, na sociedade e até nas diversas organizações eclesiais, porque os cristãos, bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e leigos, têm de estar inseridos no mundo e não fechados nos templos. E nas celebrações, onde se reza e se partilha a Palavra de Deus e onde comungamos o Corpo de Cristo para melhor gerarmos comunidade fraterna, nunca deverá haver espaço para comícios políticos, penso eu. Fernando Martins
Foto: Altar nunca deve ser tribuna de política partidária
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Que tristeza de campanha eleitoral...

Gostaria de poder aceitar, com alguma naturalidade, a campanha eleitoral em curso, com dois sérios candidatos ao cargo de primeiro-ministro: José Sócrates (PS) e Santana Lopes (PSD). Gostaria, mas tenho dificuldades em pactuar com o ambiente generalizado, entres os candidatos e seus mais directos apoiantes, de ofensas, desafios ridículos, acusações sem nexo, onde muitas vezes se procura atingir a dignidade do adversário, tido como inimigo a abater. Com mais de 30 anos de democracia e com novas gerações no palco da política, é difícil conceber a incapacidade que há para o diálogo e para o confronto de ideias, na apresentação, que é fundamental, dos projectos viáveis de cada partido. Mas de facto é o que se vê. A agravar todo este clima, registamos, com mágoa, o recurso aos velhos hábitos caciquistas, com a arregimentação de pessoas, muitas vezes a troco de umas viagens e de uns comes e bebes, para engrossarem as plateias onde os políticos vão descarregar os seus ataques contra os adversários. Não seria mais bonito que as pessoas fossem livremente aos comícios, assumindo as suas opções partidárias, sem pressões nem desafios pouco dignificantes? Como ainda estamos no princípio, vamos ser optimistas e esperar que tudo se componha até ao dia das eleições, 20 de Fevereiro.
Fernando Martins

domingo, 6 de fevereiro de 2005

AVEIRO: Imagoteca de A a Z

O Projecto Exposição de Fotografia "Imagoteca de A a Z", irá decorrer de Fevereiro a Dezembro, nas freguesias do concelho, com os objectivos de descentralizar as políticas culturais e promover o Património Cultural aveirense, através da iconografia e da fotografia à disposição na Imagoteca Municipal de Aveiro. O Projecto "Imagoteca de A a Z" consiste na realização de exposições de fotografia nas freguesias, em que, para cada letra do alfabeto, são criados temas alusivos às vivências do concelho, tendo por base de trabalho o acervo fotográfico da Imagoteca Municipal de Aveiro, a funcionar no Edifício da Fábrica Jerónimo Pereira Campos. Os temas a retratar são "Gentes e Costumes", "Canais da Cidade, Barcos e Água", "Evolução das Praças ao Longo dos Tempos" e "Fontes e Fontanários".
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PAPA ABENÇOA OS FIÉIS

O Papa João Paulo II acenou hoje, da janela do quarto em que se encontra desde terça-feira, no hospital de Gemelli, em Roma, à multidão que ansiosamente o esperava. O pontífice permaneceu nove minutos à janela, enquanto monsenhor Leonardo Sandri, a seu lado, lia o texto da oração do Angelus. No final, o Papa abençoou os fiéis com uma voz fraca e rouca, mas clara. Depois da bênção, o Sumo Pontífice voltou a saudar os crentes com a mão de direita e depois com as duas mãos.
"Mesmo aqui no hospital, no meio de outros doentes, a quem dedico o meu pensamento e afectividade, continuo a servir a igreja e toda a humanidade", foi sublinhado na mensagem do Sumo Pontífice lida por monsenhor Sandri.
Durante o tempo em que esteve à janela, que se encontrava aberta, apesar do frio cortante que se faz sentir na capital italiana, o Papa seguiu as orações de monsenhor Sandri, um dos seus mais próximos colaboradores, muito concentrado, mostrando sensíveis melhoras. Posted by Hello

Ouvir MENDELSSOHN

Ontem ouvi «Sonho de uma noite de Verão» de Mendelssohn, para me encher a alma. Mendelssohn é um «romântico clássico», como bem recorda Joana Carneiro, a maestrina que escreveu a introdução a este CD editado pelo EXPRESSO. E esta composição, integrada por oito textos musicais, qual deles o mais bonito, foi inspirada na obra homónima de Shakespeare. Mendelssohn compôs a abertura aos 17 anos, tendo escrito as restantes sete peças 16 anos depois, por encomenda do Rei Frederico Guilherme IV, para uma representação teatral. Ouvir esta composição é viver uns momentos de sonho e ficar um pouco (ou muito?) longe do barulho do mundo. E então, se soubermos que dela faz parte a célebre «Marcha Nupcial», tocada, às vezes muito mal, nos casamentos, estamos em crer que muitos reservarão uma tarde de domingo para ouvir «Sonho de uma noite de Verão» de Mendelssohn, que morreu apenas com 38 anos de idade, em 1847. F.M.
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Queremos um país virtual?

«Queremos um país virtual?» é um artigo de Helena Sacadura Cabral, mãe de Paulo Portas (CDS/PP) e de Miguel Portas (BE), que vale a pena ler, para meditar. Temos como certo que os Partidos Políticos são fundamentais à democracia, mas não haverá outras formas de os portugueses se fazerem ouvir, participando, com mais interesse, na vida pública? Leia no Diário de Notícias.

SANTA JOANA nasceu há 553 anos

No dia 6 de Fevereiro de 1452, há precisamente 553 anos, nasceu em Lisboa a Princesa Joana, filha do Rei D. Afonso V e da Rainha D. Isabel, a qual viria a viver e a morrer, em Aveiro, em 12 de Maio de 1490, com fama de santidade. No dia 4 de Abril de 1693 foi beatificada pelo Papa Inocêncio XII e em 1965 foi declarada oficialmente padroeira da Cidade e Diocese de Aveiro. A Sala-Santuário de Santa Joana encontra-se na Igreja de Jesus, Museu da Cidade, tendo a sua instalação sido autorizada por bula do Papa Pio II, em 1461. O seu túmulo, belíssimo, está envolvido por uma decoração parietal de talha, azulejos e mármore, sob um tecto policromo, do estilo barroco, e é local de peregrinações de devotos da padroeira dos aveirenses.
Na procissão, que se realiza todos os anos, a 12 de Maio, feriado municipal, sob a presidência do bispo da diocese, incorporam-se irmandades, nomeadamente a de Santa Joana Princesa, com todos os seus membros, grupos religiosos e cívicos, bem como muito povo. Como sugestão de visita, não podemos deixar de indicar o Museu de Aveiro, que guarda religiosamente o túmulo da nossa padroeira, junto do qual vale a pena parar por uns momentos, para conversar com Santa Joana. Depois, o Museu, com todo o seu acervo, espera pelos visitantes, para uma visita sem pressas. Dirijo-me, em especial, aos aveirenses, pois sei que muitos nunca fizeram esta visita. Façam-na hoje, em homenagem à Princesa que um dia trocou os encantos de Lisboa pela humildade de Aveiro. Para saber mais sobre a Princesa, clique aqui ou leia o livro de monsenhor João Gonçalves Gaspar, «A Princesa Santa Joana e a sua época». F.M.
Foto: Princesa Joana Posted by Hello

sábado, 5 de fevereiro de 2005

CARTA ABERTA de católicos aos eleitores

Subscrita por algumas personalidades católicas, nomeadamente, entre outras, Daniel Serrão, Ernâni Lopes, Manuel Braga da Cruz, Francisco Sarsfield Cabral, João César das Neves, Maria José Nogueira Pinto, Maria João Avillez, Jaime Nogueira Pinto, Francisco Van Zeller, Rui Machete e Walter Osswald, foi hoje publicada uma Carta Aberta dirigida aos eleitores, onde se faz um apelo à participação de todos nas próximas eleições parlamentares. Mas também onde se apresentam algumas questões defendidas, através de muitos documentos, pela Igreja Católica. Citando uma Nota Doutrinal da Congregação para a Doutrina da Fé, os subscritores sublinham que, “quando a acção política se confronta com princípios morais que não admitem abdicações, excepções ou compromissos de qualquer espécie, é então que o empenho dos católicos se torna mais evidente e cheio de responsabilidade. Perante exigências éticas fundamentais e irrenunciáveis, os crentes têm, efectivamente, de saber que está em jogo a essência da ordem moral, que diz respeito ao bem integral da pessoa. É o caso das leis civis em matéria de aborto e da eutanásia, que devem tutelar o direito primário à vida, desde a sua concepção até ao seu termo natural. Do mesmo modo, há que afirmar o dever de respeitar e proteger os direitos do embrião humano”. Assim, defendem que devem ser salvaguardadas “a tutela e promoção da família, fundada no matrimónio monogâmico entre pessoas de sexo diferente, e protegida na sua unidade e estabilidade, perante as leis modernas em matéria de divórcio. Não se pode, de maneira nenhuma, pôr juridicamente no mesmo plano, com a família, outras formas de convivência, nem estas podem receber um reconhecimento legal como família. Igualmente, a garantia da liberdade de educação, que os pais têm em relação aos próprios filhos, é um direito inalienável, aliás reconhecido nas Declarações internacionais dos direitos humanos”. Reclamam, ainda, o direito à liberdade religiosa e o progresso de uma economia que esteja ao serviço da pessoa e do bem comum, no respeito pela justiça social, do princípio da solidariedade humana e do princípio da subsidiariedade, segundo o qual “os direitos das pessoas, das famílias e dos grupos, bem como o seu exercício, têm de ser reconhecidos”. Citando os nossos bispos, lembram, por fim, que, para os cristãos, “o critério de avaliação é o Evangelho e a doutrina social da Igreja”, devendo a democracia ser “o quadro político da liberdade, mas também da responsabilidade”. F.M.

PAPA ESTÁ MELHOR

O estado de saúde do Papa continua a melhorar, de acordo com as últimas informações oficiais do Vaticano, estando neste momento a alimentar-se "regularmente". Atendendo à evolução favorável da patologia respiratória, o próximo boletim sobre o estado de saúde do Papa apenas será divulgado na segunda-feira, pelas 12h (11h00 GMT). Está previsto que o Papa seguirá "pela TV, no seu quarto da Clínica Gemelli", a cerimónia da festa da Virgem da Confiança, padroeira do Seminário Maior de Roma. Navarro-Valls confirmou que para a oração do Angelus do próximo Domingo estão a ser estudadas as "modalidades" para a participação do Papa, explicando que "este é um encontro muito querido a João Paulo II, ao qual não quer faltar". Em declarações à Rádio Vaticano, aproveitou ainda para convidar os fiéis de todo o mundo "a vir directamente à Praça de São Pedro para acompanhar esta oração". O porta-voz do Vaticano revelou ainda àquela emissora católica que o Papa tem concelebrado a Missa que o seu secretário, o arcebispo Dziwisz, celebra todos os dias no seu quarto do hospital. De todo o mundo continuam a chegar a João Paulo II votos de rápida recuperação, mas uma marcou, em especial, o dia: Alia Agca, o turco que tentou matar o Papa no atentado de 13 de Maio de 1981, enviou "um abraço e os melhores votos". Não está garantida a hipótese de o Santo Padre presidir, amanhã, à missa dominical, embora o seu estado de saúde tenha continuado a melhorar, significativamente.
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IGREJA E MAÇONARIA

D. José Policarpo, Cardeal Patriarca de Lisboa, escreveu uma nota pastoral onde sublinha que "há muitas razões para que a Páscoa deste ano seja especial: o Ano da Eucaristia, a preparação do Congresso Internacional da Nova Evangelização, o desafio, cada vez mais exigente, a que os cristãos dêem testemunho da sua fé no seio da sociedade em que estão inseridos, mostrando que a fé em Jesus Cristo fundamenta a esperança e define critérios e ordens de valores na construção da cidade". No mesmo documento, o Patriarca de Lisboa aborda também a "longa e atribulada história" das relações "da Maçonaria com a Igreja durante os últimos três séculos, expressa em ataques, anticlericalismo, rejeição da dimensão misteriosa da fé e da verdade revelada, a que a Igreja respondeu com várias condenações, com penas de excomunhão para os católicos que aderissem à Maçonaria". D. José Policarpo refere que a fé católica e a visão do mundo que ela inspira não são compatíveis com a Maçonaria, acrescentando que um católico, consciente da sua fé e que celebra a Eucaristia, não pode ser mação. E se o for convictamente, não pode celebrar a Eucaristia, residindo a incompatibilidade nas visões inconciliáveis do sentido do homem e da história. Actualmente ainda existe uma luta entre a Maçonaria e a Igreja? O cardeal Patriarca responde: "não, nos termos em que se pôs no passado". Acentuou, no entanto, que não devemos "ser ingénuos" e garantiu que a Maçonaria, sobretudo em algumas das suas "obediências", lutará sempre contra valores inspiradores da sociedade que tenham a sua origem na dimensão sobrenatural da nossa fé". E conclui: "a expressão de uma visão laicista da sociedade assenta também sobre a falta de coerência dos cristãos com as implicações sociais da fé que professam e da Eucaristia que celebram".
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Santuário de Fátima com menos peregrinos

No Encontro Anual de Hoteleiros que o Santuário organiza todos os anos, apresentam-se, normalmente, dados estatísticos referentes ao número de peregrinos e sua participação nas eucaristias. Assim, no ano de 2004, foi sublinhado que participaram nas missas três milhões e 740 mil pessoas, tendo havido um decréscimo de 470 mil, em relação ao ano anterior. Segundo o padre Baptista, director dos Serviços de Peregrinos, esta quebra fica a dever-se à diminuição de participantes nas peregrinações aniversarias dos dias 12 e 13, de Maio a Outubro. Também foi reconhecida pelo Santuário a dificuldade em contabilizar as participações nas grandes concentrações dos dias 12 e 13, até porque em termos de comunhões, em comparação com 2003, apenas foram dadas 44 mil a menos, sublinhou o padre Baptista. Mesmo assim, e tendo em conta que nem todos os peregrinos que vêm ao Santuário participam nas missas, e esses não podem ser contabilizados, é possível apontar para mais de quatro milhões e 500 mil os peregrinos de Fátima, no ano de 2004.

NB: Texto refundido

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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005

Novos bispos auxiliares de Lisboa

O Vaticano acaba de nomear D. Carlos Moreira Azevedo e D. Anacleto Gonçalves de Oliveira como novos bispos auxiliares do Patriarcado de Lisboa. Estes novos bispos vêm substituir D. José Alves, que em Abril de 2004 foi nomeado bispo de Portalegre-Castelo Branco, e D. Manuel Felício, que exerce actualmente as funções de bispo coadjutor da Guarda. Carlos de Azevedo foi ordenado em 1977, estudou nos seminários do Porto e no Instituto de Ciências Humanas e Teológicas e doutorou-se em 1986 na Faculdade de História Eclesiástica da Universidade Gregoriana, em Roma. Entre outros cargos, foi cónego da Sé do Porto (1996), organizador de exposições de arte religiosa, representante da Conferência Episcopal Portuguesa no Conselho Consultivo do Instituto Português de Museus e é desde 2003 Presidente da Associação Portuguesa de Museus da Igreja. Também desempenhou as funções de vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa Anacleto Cordeiro frequentou o Seminário de Leiria e licenciou-se em Teologia na Universidade Gregoriana e em Ciências Bíblicas no Instituto Bíblico, ambos em Roma. Licenciou-se ainda em História na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e doutorou-se em Exegese Bíblica na Faculdade de Teologia Católica da Universidade de Westfalischen Wilhelms, Alemanha, em 1987. O novo bispo é padre desde 1970 e actualmente desempenhava funções no Conselho de Administração e de Gestão e Finanças do Santuário de Fátima, como assistente diocesano do Movimento de Educadores Católicos em Leiria e membro do Conselho Presbiterial e do Colégio de Consultores da diocese de Leiria-Fátima.
Foto: Aspecto da Sé de Lisboa

BISPO de Aveiro pede mais atenção aos idosos

Na sua mensagem quaresmal, o Bispo de Aveiro, D. António Marcelino, pede mais atenção às pessoas idosas, sobretudo pelas suas fragilidades, mas também pela pouca atenção que por algumas delas manifestam os seus familiares. D. António denuncia o diminuto interesse que lhes prestam alguns sectores da sociedade, enquanto lembra o muito que todos lhes devemos, podendo eles, ainda, com o seu contributo, humanizar a comunidade. Para ler a mensagem, clique aqui. Posted by Hello

PAPA recupera lentamente

O Papa João Paulo II passou bem a noite no Hospital Policlínico Gemelli de Roma, onde recupera lentamente da gripe que o afectou e de algumas complicações daí derivadas. Entretanto, o Vaticano vai divulgar, ainda esta manhã, uma informação sobre o estado de saúde do Papa, admitindo-se a possibilidade do Sumo Pontífice se dirigir aos fiéis na Praça de São Pedro, via rádio, no próximo domingo. João Paulo II poderá mesmo recitar o Angelus a partir do seu quarto, como já fez em anteriores situações em que esteve hospitalizado. O Vaticano pensa também na possibilidade de João Paulo II se dirigir amanhã, igualmente via rádio, aos alunos do Grande Seminário de Roma, na sua qualidade de Bispo de Roma, com quem tradicionalmente se encontra para assinalar a Festa da Senhora da Confiança. As audiências com o Papa continuam adiadas, inclusive a que estava marcada com a nova secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice. Posted by Hello

SÓCRATES E SANTANA LOPES FRENTE A FRENTE

Fui um dos mais de 700 mil portugueses que assistiram de pé firme ao debate entre José Sócrates (PS) e Santana Lopes (PSD). Não para saber quem ganhava, ali, no confronto, porque isso, para mim, é irrelevante. A história está cheia de vencedores de debates que perderam eleições. Eu sei em quem vou votar, o mesmo acontecendo, decerto, com a grande maioria dos eleitores. Porém, mesmo assim, gostei de ver dois políticos que souberam contornar ou fugir às questões fundamentais com habilidade. Começaram com a questão dos execrandos boatos e calúnias, que devia merecer uns curtos minutos, mostraram algum consenso na política fiscal, voltaram ao passado para justificar o atraso de Portugal, perderam tempo com questões menores e o essencial ficou esquecido. De Saúde, incentivos e estímulos à Economia, Agricultura, Europa, combate ao Fisco, novo Regime Fiscal, reforma da Administração Pública, Educação e Escolas, Justiça, Segurança, Desemprego, baixos Salários, Segurança Social e alternativas, Ambiente, Descentralização, Emigração e Imigração e Referendos, entre outros assuntos, pouco ou nada disseram de convincente. Casamento de homossexuais, eutanásia, aborto, uniões de facto e clonagem, entre outras coisas marginais, que não aquecem nem arrefecem no contexto actual da grande maioria das preocupações dos portugueses, isso tudo é que os ocupou uma boa parte dos 90 minutos. Para mim, foi um debate sem chama nem grande interesse, com os candidatos à defesa e com a lição estudada, fundamentalmente para fazerem passar as mensagens de que os seus partidos são capazes de ultrapassar as dificuldades. Contudo, diga-se, de passagem, que só convenceram os seus correligionários, em minha opinião. A guerra vai começar agora, na rua, nos comícios estudados ao milímetro. Só desejo é que não seja uma guerra suja, com ataques e insinuações dirigidos aos candidatos, que são, no fundo, gente honesta que dá o que pode e sabe, para bem de todos nós. Fernando Martins

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005

JUSTIÇA: um texto de Francisco Sarsfield Cabral

É preciso "que se criem as condições para a Justiça prestar contas". A afirmação é do Presidente da República na sessão de abertura do ano judicial, há uma semana. Não se tratou de uma frase de circunstância este foi, talvez, o melhor discurso de Jorge Sampaio sobre a Justiça. Mas as tricas da pré-campanha eleitoral relegaram-no para plano secundário na comunicação social. Para ler na íntera, clique aqui. Foto: Francisco Sarsfield Cabral, director de informação da RR e jornalista do DN Posted by Hello

PAPA CONTINUA DOENTE

O Santo Padre continua internado na Clínica Gemelli, em Roma, mas o seu estado é considerado satisfatório, segundo anunciou o porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls. "O Papa descansou bem, durante toda a noite e as análises laboratoriais que foram feitas mostram resultados satisfatórios", disse Navarro-Valls a um grupo de jornalistas, na entrada da Clínica, dando ainda a entender que João Paulo II poderá ficar "cerca de sete dias" no hospital, citando a sua experiência pessoal da gripe. O internamento de urgência de João Paulo II no décimo andar do hospital foi sempre apresentado como uma "medida de precaução". Em declarações à Rádio Vaticano, Navarro-Valls tem assegurou que "não há motivos de alarme sobre o estado de saúde do Papa". O Cardeal Angelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, assegurou ontem que o Papa "estava a recuperar bem", posição reiterada pelo presidente do Conselho Pontifício para a Saúde, Cardeal Lozano Barrágan. Este último adiantou que os problemas respiratórios do Papa, que sofre de Parkinson, ficaram a dever-se ao facto de ele "não conseguir endireitar as costas", ficando com o diafragma e os pulmões apertados. A laringotraqueíte aguda de que sofre João Paulo II significa que o aparelho respiratório está submetido a uma forte inflamação, que dificulta grandemente a respiração. Entretanto, os bispos portugueses estão, neste momento, unidos em oração para que o Papa melhore o seu estado de saúde. "Pedimos a Deus o dom da saúde para ele", disse à Rádio Renascença D. Tomaz Silva Nunes, secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, que exortou também todos cristãos a unirem-se nesta "atitude de confiança". "Confiança é a atitude que todos nós devemos ter, independentemente da evolução do estado de saúde do Papa, que é precário como todos nós sabemos, embora ele tenha uma capacidade enorme de ultrapassar estes achaques", assinalou.

Fonte: Ecclesia e Rádio Renascença

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Em Aveiro: CONGRESSO EUCARÍSTICO DIOCESANO

De harmonia com o Plano Diocesano de Pastoral e nele previsto, vai realizar-se, nos dias 10 e 11 de Junho, o Congresso Eucarístico Diocesano. Consideramos o Congresso uma iniciativa de grande alcance para a celebração e vivência do Ano da Eucaristia; por isso mesmo desejamos que nele se empenhe toda a Igreja Diocesana. Este é o convite que o Bispo de Aveiro, D. António Marcelino, lança a todos os católicos da Diocese, no sentido de uma maior vivência da EUCARISTIA. Para ler a mensagem na íntegra clique aqui. Foto: D. António Marcelino Posted by Hello

PORTUGAL precisa de "um sobressalto cívico"

Trinta e quatro personalidades representativas das áreas financeira, universitária, empresarial e política tornaram público um manifesto em que defendem para Portugal "um sobressalto cívico", a definição urgente de uma estratégia nacional e a eliminação dos "bloqueios constitucionais". Os subscritores, de que se destacam Amândio de Azevedo, Cardoso e Cunha, Arlindo Cunha, Ernâni Lopes, João Salgueiro, Adriano Moreira, Loureiro dos Santos e Ludgero Marques, frisam que é preciso eliminar bloqueios que, “como a Constituição da República de 1976 ou as forças corporativas, continuam a condicionar o desenvolvimento do país". Entendem que "A Constituição deverá sofrer um processo de revisão que permita rapidamente adaptar Portugal aos desafios do século XXI", sublinhando que "Os governos podem suceder-se de quatro em quatro anos, mas a estabilidade das instituições não pode ser posta em causa no momento da sucessão, sob pena do país viver em permanente turbulência, num regime de rotativismo parlamentar do século XXI". Os subscritores do manifesto, intitulado "Um sobressalto cívico", recordam que o próximo Governo deverá "imediatamente" promover mudanças na administração pública, justiça, educação, inovação e ao nível da produtividade, premiando o Estado a qualidade empresarial. E acrescentam que "Portugal precisa urgentemente de uma ideia estratégica que não se resuma a uma estratégia de defesa nacional". "Torna-se necessário que a sociedade portuguesa seja um centro de produção de pensamento sobre o próprio devir e que a administração pública seja capaz de detectar e equacionar os problemas que relevam do interesse geral, fornecendo a base factual e analítica", colocando-se numa posição "equidistante dos interesses particulares que estão em causa", salientam os signatários do manifesto dirigido fundamentalmente aos Partidos Políticos.
F.M.