Mostrar mensagens com a etiqueta Bíblia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Bíblia. Mostrar todas as mensagens

sábado, 7 de maio de 2016

A Bênção de Jesus, Fonte da Alegria no Amor

Reflexão de Georgino Rocha

Betânia
Jesus leva os discípulos para as proximidades de Betânia, terra de referência para algumas iniciativas da sua missão, ergue as mãos estendidas e abençoa-os. Depois, oculta a sua presença física, indicando outro modo de estar com eles e de os acompanhar na missão de serem suas testemunhas. Promete-lhes o Espírito Santo que, em breve será enviado, promessa cumprida na celebração que a Igreja faz no Pentecostes. Será ele a luz da memória, a força do testemunho no presente e o guia dos caminhos a percorrer rumo ao futuro desejado.
Sem Jesus na liderança visível, os discípulos ficam perante os desafios que surjam no cumprimento fiel do mandato que receberam. Recorrem, por isso, à oração comunitária, promovem assembleias conjuntas, apelam à participação de quem está envolvido, bendizem a Deus pelas maravilhas que vão fazendo em nome de Jesus ressuscitado. Exemplos deste modo de proceder são a escolha de Matias para “ocupar” o lugar de Judas, o traidor, o processo de eleição dos “diáconos” para o serviço das mesas, o “concílio” de Jerusalém para dirimir a questão de saber se para ser cristão é preciso ou não praticar antes os ritos judaicos. E surge a sentença normativa para o agir das comunidades eclesiais: “Decidimos o Espírito Santo e nós…”

sábado, 12 de março de 2016

Bem-aventurados os ricos!

Crónica de Anselmo Borges 

 "A raiz de todos os males 
é a paixão pelo Dinheiro"

1 Mais de mil milhões de pessoas têm de viver com menos de 1,14 euros por dia. A cada dia morrem de fome entre 30.000 e 40.000 pessoas (16.000, crianças). Em 2015, 6% apenas da população detinham metade da riqueza do mundo, mas neste ano de 2016 a situação agravar-se-ia, pois aquele número desceria para 1%, o que significa que a distribuição da riqueza seria a mais desigual de sempre, disse o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Nos últimos anos, tem-se assistido ao aumento da concentração da riqueza nos bolsos de uma elite cada vez mais restrita: entre 2010 e 2015, a fortuna dos mais ricos aumentou em cerca de 44%, mas o património dos mais pobres diminuiu. Os pobres, apesar de, em geral, estarem menos mal, são cada vez mais pobres. É o que acaba de confirmar o relatório da ONG Oxfam: o 1% dos mais ricos tem 50,1% da riqueza mundial. As 62 pessoas mais ricas do planeta possuem tanta riqueza como a metade mais pobre da população mundial: 3.600 milhões.
Os famosos "mercados", com a financeirização especulativa da economia, potenciados pelas novas tecnologias e pela falta de uma governança global, fazem, numa linguagem esotérica, inacessível ao leigo, jogos que causam crises em cadeia e que os mais pobres acabarão por ter de pagar. E também há trafulhice explícita, sendo um exemplo disso (só um exemplo) o construtor automóvel Volkswagen, que fez batota, ao falsear as emissões dos motores em caso de teste, derrubando assim, como lembrou A. Lacroix, a teoria de Max Weber, segundo a qual a Europa do Norte seria "mais séria e virtuosa" do que a do Sul.

Adúltera perdoada vai em paz

Reflexão de Georgino Rocha

«Todos possuidores 
de uma dignidade inalienável» 

Por que me trazeis apenas a mulher? Onde está o homem que a acompanhava quando foi apanhada em flagrante? Ninguém é adúltero sozinho. Sois cúmplices da sua fuga? Quereis sonegar a sua responsabilidade? Não sabeis ler o que Moisés prescreveu? “O homem que cometer adultério com a mulher do seu próximo tornar-se-á réu de morte, tanto ele com a sua cúmplice” (Lev 20, 10; cf Dt 22, 22).
Estas e outras questões decorrem do episódio protagonizado por escribas e fariseus que apresentam a Jesus uma mulher surpreendida em adultério e, em jeito de armadilha, querem saber o que fazer em tais situações. Cobrem-se com a autoridade de Moisés. Aguardam o parecer de Jesus que, parece, não tem alternativa. Ou diz pura e simplesmente: Cumpram a lei e negaria a misericórdia que tanto evidenciava na sua prática ou preferia esta e distanciava-se dos preceitos recebidos e religiosamente observados.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Com quem começar o novo ano? (II)

Crónica de Frei Bento Domingues 

Bento Domingues

 O cristianismo nasce no reino 
da liberdade criadora!



1. Para mim, Jesus Cristo foi desde sempre, é e será o ser sublime, supremo e ideal que a humanidade produziu. Enquanto Judeu, é o único orgulho que sinto de ser da sua raça. A sua existência, as suas palavras, o seu sacrifício e a sua fé deram ao mundo o mais nobre presente jamais recebido: o do amor, do amor do próximo, do amor do pobre, a compaixão, a humildade, enfim todos os sentimentos que enobrecem o ser humano… é o Homem supremo. Estas são palavras do famoso músico Arthur Rubinstein (1887-1982).
Santa Tereza de Avila [1] (1515-1582), com ascendência judaica, escreveu um dos mais belos sonetos da literatura espanhola, nascidos da sua paixão porJesus: (…) Muéveme, enfin, tu amor de tal manera/ que aunque no hubiera cielo, yo te amara,/ y aunque no hubiera infierno, te temiera (…).

sábado, 7 de novembro de 2015

A pessoa: ser em tensão

Crónica de Anselmo Borges no DN


Anselmo Borges
«A luz racional é afinal apenas 
uma ponta num imenso oceano 
inconsciente e também tenebroso»

Já não é sustentável uma concepção dualista do ser humano, à maneira de Platão ou Descartes: composto de alma e corpo, matéria e espírito. O homem é uma realidade unitária, para lá do dualismo e do materialismo. O jesuíta J. Mahoney, que já foi membro da Comissão Teológica Internacional, escreveu de modo feliz: "Não se deve considerar a alma humana, constitutiva da pessoa, como se fosse um espírito puro infundido a partir de fora num receptáculo biológico no instante da concepção, mas referir-se a ela mais apropriadamente entendendo-a como um brotar ou emergir a partir do interior do próprio material biológico dado pelos progenitores, genuínos originantes pela sua parte, sem necessidade de ter de recorrer a uma intervenção divina quase milagrosa, para a produção de uma nova realidade. Portanto, a afinidade que existe entre matéria e espírito permite-nos, e inclusivamente exige-nos, considerar o emergir da nova pessoa humana como um processo que leva tempo e requer um certo período de existência pré-pessoal como o umbral através do qual se dá a passagem a uma existência animada no sentido pleno da palavra."

domingo, 19 de outubro de 2014

A CULPA É DE CRISTO?


CRÓNICA DE BENTO DOMINGUES
NO PÚBLICO


1. Encontrei, na escadaria da Igreja de Santo Ildefonso (Porto), um senhor que, de costas para o templo, aproveitou para descarregar sobre mim não só o habitual anticlericalismo nortenho, mas também o seu desprezo agressivo pelas religiões, frutos do medo, da ignorância e da sacralização da maldade humana.
O Islão é um ninho de criminosos, o Judaísmo, uma rede dos bancos norte americanos, o Cristianismo, um mundo caótico de divisões em cascata, piorando sempre a configuração anterior. O papa Francisco chegou demasiado tarde para salvar a face de um catolicismo que a própria Europa já rejeitou. Etc.! Se as instituições e os serviços sociais da Igreja ajudam muita gente a aguentar a pobreza e a miséria, não revelam nem combatem as suas causas reais. Pelo contrário, ajudam-nas a sobreviver.
Estranhei que não terminasse a sua diatribe com a fórmula habitual, em circunstâncias análogas: Cristo, sim; Igreja, não! No caso referido, foi Cristo que pagou todas as despesas à base de especulações teológicas e cristológicas.

sábado, 5 de abril de 2014

JESUS FAZ REVIVER LÁZARO MORTO

Reflexão de Georgino Rocha 
para esta semana



“Lázaro, sai para fora” – grita Jesus com voz forte e determinada. E ele levanta-se e sai, amortalhado como havia sido colocado na sepultura. Jesus continua, dirigindo-se aos circunstantes: “Desligai-o e deixai-o ir”. E João, o narrador do sucedido, conclui: “Ao verem o que Jesus fez, acreditaram n’Ele”.
A revivificação de Lázaro constitui um sinal, na sequência de outros, que visam manifestar quem é Jesus e provocar a adesão à sua pessoa e mensagem: a água transformada em vinho nas bodas de Caná; o pão abençoado e repartido pela multidão; a cura do paralítico junto à piscina e a do cego de nascença; a doação da própria vida como belo e bom pastor; a vitória sobre a morte, simbolizada em Lázaro, e realizada aquando da ressurreição. Estes e outros sinais credenciam um conjunto de ensinamentos sobre a acção inovadora do Messias e induzem as testemunhas a tomar posição, aceitando ou rejeitando o que presenciam e ouvem.
Qual a nossa atitude perante tantos sinais de novidade que a vida nos traz? Deixamo-nos interpelar e somos consequentes?

sábado, 15 de fevereiro de 2014

FELIZES OS PUROS DE CORAÇÃO

Uma reflexão de Georgino Rocha 
para esta semana


Jesus sonha um homem novo, feliz, e faz a sua proposta de vida no ensinamento das bem-aventuranças. O local escolhido é a montanha que evoca o sítio em que Deus selou a aliança com o seu povo e lhe deu um código de comportamentos – os mandamentos. No Sinai, Moisés recebe a Lei. Neste monte, Jesus confirma o valor das promessas feitas por Deus e abre-lhe horizontes mais rasgados. 

O Reino – expressão usada para designar esta realidade – está já em realização e o coração prepara-se para o acolher e manifestar. Jesus vem não anular, mas potenciar; não denegrir, mas fazer brilhar; não aprovar os sinais exteriores, mas valorizar as atitudes interiores; não adiar a satisfação das aspirações, mas garantir que, desde já, a felicidade é possível se os ouvintes/discípulos viverem a sua proposta em todas as dimensões.

sábado, 10 de novembro de 2012

A História é uma herança essencialmente bíblica

DIÁLOGOS DE COIMBRA NA JOANINA

Anselmo Borges, 
no DN

A Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, um templo de rara beleza ao Livro, foi, no ano lectivo transacto, palco para três diálogos sobre as raízes da Europa. A iniciativa partiu do Padre Nuno Santos, Director do Instituto Universitário Justiça e Paz, e os intervenientes foram o biblista Virgílio Antunes, bispo de Coimbra, e três eminentes professores: o penalista José de Faria Costa, da Faculdade de Direito, o historiador Fernando Catroga, da Faculdade de Letras, o físico Carlos Fiolhais, da Faculdade de Ciências e Tecnologia. Moderou o jornalista Manuel Vilas-Boas, da TSF.
Todos estiveram de acordo na afirmação de que a Europa tem três heranças fundamentais: Atenas, Jerusalém e Roma, sugerindo alguém um quarto fundamento: o vitalismo bárbaro, a partir do Norte.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Manuel Capitolino Pata: Ação Católica e Bíblia


Manuel Pata

Tudo o que sou o devo à Ação Católica 

Manuel Capitolino Pata, 79 anos, casado com Angelina Ribau, seis filhos e sete netos, é militante da Ação Católica desde praticamente a infância, por influência de seu irmão António Pata, um dos fundadores da JOC (Juventude Operária Católica) na Gafanha da Nazaré. Por volta dos dez anos, começou a ler o jornal “O Trabalhador” de que seu irmão era assinante e distribuidor nos ambientes de trabalho e não só. Defendia este jornal, onde pontificava o Padre Abel Varzim, a aplicação da Doutrina Social da Igreja no mundo do trabalho e da vida em geral. 
Desde essa altura e ainda hoje o Manuel Pata mantém-se nos quadros da Ação Católica, agora na LOC (Liga Operária Católica), neste caso depois do seu casamento. Presentemente é coordenador da secção daquele organismo na Gafanha da Nazaré e membro da equipa diocesana. Há anos, porém, a LOC ligou-se ao Movimento de Trabalhadores Cristão, ao assumir uma perspetiva mais ampla, já que os trabalhadores não se enquadram na sua generalidade no operariado. 
Quando nos falou das suas leituras de menino e jovem, sobretudo do jornal “O Trabalhador”, frisou a importância da ação do Padre Abel Varzim, formado em sociologia na Bélgica, onde se apaixonou pela defesa dos operários. Defendia os sindicatos livres e a aplicação da Doutrina Social da Igreja na vida toda, como essencial à promoção da dignidade do ser humano. 
A partir das leituras, a curiosidade instalou-se no espírito do Manuel Pata, ainda menino e jovem. Daí surgiram um sem-número de perguntas que dirigia ao irmão António, muitas delas sobre a situação dos trabalhadores que «viviam miseravelmente, sem nenhumas condições de vida, sem liberdade, sem higiene e sem direitos no trabalho». E quem olha para o presente, em que os trabalhadores têm liberdade de falar e de reivindicar os seus direitos, não faz a mínima ideia do que era antes do 25 de Abril, frisou o nosso entrevistado. 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

No centro da vida da Igreja, sempre Cristo, a Palavra


Por António Marcelino



«Foi longo o tempo em que o contacto com a Palavra de Deus, por parte do povo cristão, foi escasso. A Igreja de Roma temia adulterações na Bíblia e dificultava as traduções. Praticamente só tinha acesso à Bíblia o clero, mesmo assim o mais erudito, porque escasseavam as traduções, e a leitura, em grego ou latim, não era fácil. O Concílio encontrou o terreno preparado, porque o movimento bíblico, de cariz renovador, foi ajudando a descobrir o valor da Sagrada Escritura. Pode dizer-se que o passo definitivo que levou a Bíblia ao Povo parte da constituição conciliar.»
Em novembro de 1965 foi publicada a constituição conciliar sobre a Divina Revelação, com o título “Dei Verbum” ou a “Palavra de Deus”. Não foi um documento pacífico e exigiu, logo no início, uma decisão do Papa João XXIII, sem a qual seria difícil avançar. Roma tinha preparado um esquema a seu gosto e fez tudo para o impor. Outros bispos, atentos ao que se passava na Igreja e no mundo, derrubaram os sonhos romanos, para tornar possíveis horizontes novos e urgentes na Igreja. E João XXIII decidiu. O texto dos romanos foi retirado. O documento conciliar demorou a ter a sua redação final. O esquema retirado entrara na aula conciliar logo no primeiro mês. 

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A BÍBLIA VISTA POR SETE PERSONALIDADES DA CULTURA



Luís Miguel Cintra


Luís Miguel Cintrauís Miguel Cintra, Alice Vieira, Tiago Cavaco, Esther Mucznik, Dimas Almeida, Teresa Toldy e José Tolentino Mendonça: sete personalidades da vida pública portuguesa, entre os quais um ator, uma escritora e teólogos católicos, protestantes e judaicos falam sobre os livros da Bíblia que mais os atraem.

Ler aqui

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Bíblia deitou-se no divã e foi analisada por psicanalistas


Paranoia, neurose, depressão, descompensação psíquica e delírio foram alguns dos termos evocados a 7 de abril, em Lisboa, para qualificar personagens e narrativas de três textos bíblicos, durante um encontro que juntou teólogos católicos, psiquiatras e psicanalistas.
Cerca de 130 pessoas lotaram o auditório e espalharam-se pelas escadas da Casa Fernando Pessoa durante a segunda sessão do ciclo de conversas “A Bíblia, coisa curiosa”, dedicada à relação entre o conjunto de livros sagrados para os cristãos e a psiquiatria e psicanálise.

Ler mais aqui


domingo, 17 de abril de 2011

“A Bíblia, coisa curiosa”, para este domingo...


«Há alguma coisa da Bíblia que só um músico pode interpretar; há alguma coisa da Bíblia que só um mestre da vida interior, como um psicanalista, pode colher; há alguma coisa da Bíblia que só um poeta pode vislumbrar»

Ler mais aqui 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

INÊS PEDROSA: A Bíblia deve saltar “os muros das instituições religiosas”


«A escritora Inês Pedrosa afirmou esta quinta-feira à Agência ECCLESIA que “nas disciplinas dos currículos escolares devia estar integrado o conhecimento da Bíblia, enquanto texto de referência cultural”.
“A Bíblia molda-nos, mesmo que a desconheçamos”, por estar “nos fundamentos das instituições que temos e dos modos de organização mental, sentimental e até social”, assinalou a diretora da Casa Fernando Pessoa, em Lisboa.
“A nossa identidade” passa pela Bíblia, sublinhou a romancista, acrescentando que “quem não tem educação religiosa não tem acesso ao conhecimento desta parte importante da cultura”.
Inês Pedrosa considera que a Bíblia deve saltar “os muros das instituições religiosas” porque também “merece literariamente” essa aproximação, em virtude de conter “todos os géneros literários”.»

Ler mais aqui

terça-feira, 8 de março de 2011

"DOCUMENTOS DA IGREJA SOBRE A BÍBLIA"



"DOCUMENTOS DA IGREJA SOBRE A BÍBLIA" é uma obra com 2240 páginas. Esta novidade editorial é uma preciosa ajuda para todos os que desejam compreender melhor o percurso da BÍBLIA ao longo de dois mil anos. São do bispo do Porto, D. Manuel Clemente, as seguintes palavras sobre esta publicação:
«Duas palavras apenas, para agradecer este oportuno trabalho de Frei Herculano Alves, biblista capuchinho de comprovados méritos no estudo e na divulgação rigorosa da Sagrada Escritura (...).
A presente obra é de uma actualidade evidente, pois todos sabemos que, desde o concílio Vaticano II, a Igreja, no seu magistério oficial, tem apelado a todos os católicos para que façam da Bíblia o seu livro. A presente recolha de documentos da Igreja sobre a Bíblia é disto uma prova. Mais, o autor pretendeu precisamente levar esta voz da Igreja aos mais variados ambientes, não apenas aos ambientes eclesiais, mas também ao mundo da cultura, mormente o da cultura histórica.»

Ler mais aqui

domingo, 29 de novembro de 2009

Francisco José Viegas sobre a Bíblia Literária


«O escritor e editor Francisco José Viegas apresentou a nova edição e não evitou a polémica a propósito das declarações de Saramago. "A Bíblia não é um manual de costumes", disse Viegas, que se definiu como alguém "inquietado pela Bíblia".

"Há um conforto que vem da inquietação" que a leitura do texto bíblico provoca, disse. E a leitura deve levar o leitor a perder-se. Citou um rabi judeu: "Não perguntes o caminho a quem o conhece, pois de contrário não te poderás perder". A leitura da Bíblia, tal como as críticas, é interminável, disse ainda. Por isso seria "confrangedor" remeter o texto para as "velharias da humanidade".»

Ler mais aqui

Ler também na LER "Diário de ocasião" do mesmo escritor

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

BÍBLIA em edição literária



DEUS ESTÁ NO MEIO DE NÓS

Comecei hoje a ler a Bíblia, na sua edição literária. Digo ler, porque apenas a tinha lido na edição normal, em uso na Igreja Católica, com as respectivas e muito importantes  notas introdutórias em cada um dos seus livros e de rodapé. Agora tenho a mais recente edição, que demorou uns 30 anos a traduzir e a publicar, culminando um trabalho de vários especialistas, católicos e protestantes, de renome.
Comecei a ler, e  desde logo senti algo de muito diferente. A tradução oferece-nos um texto em linguagem corrente, o que faz com que mais facilmente possamos entrar no texto e no contexto. Parece uma livro acabado de escrever por escritor  multifacetado e com um jeito especial para nos convidar a prosseguir na leitura do mais publicado livro de todos os tempos.
Penso que esta edição vai ter um enorme êxito. Esta edição da Bíblia é um extraordinário convite, aberto a toda a gente, crentes ou não crentes, para  lermos uma biblioteca muito completa, com obras que abrangem vários domínios, de diversas épocas. História, poesia, contos, códigos, parábolas, provérbios, professias, cartas, tudo a oferecer-nos pistas de mensagens, de caminhos de vida nova, de um Deus que, afinal, está, hoje como sempre, no meio de nós e que podemos descobrir no dia-a-dia.  Se quisermos, claro.

Fernando Martins

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Uma boa pergunta para começar o dia: Para que serve a Bíblia? Para que serve o Livro?



Boa pergunta de Francisco José Viegas
e a sua resposta:

"Para ler. Para que a sabedoria e o conforto se encontrem algum dia, independentemente das nossas crenças, da nossa fé ou da nossa ausência de fé. Esta Bíblia [Edição Temas e Debates / Círculo de Leitores / Sociedade Bíblica] não é apenas o resultado de um esforço ecuménico num mundo em que as religiões  têm servido mais para desunir do que para unir. É uma iluminação milagrosa. Nós, os leitores da Bíblia, somos os servos da dúvida. Os servos voluntários da dúvida e da beleza. Porque servem a palavra que sobreviveu."

In revista Ler