terça-feira, 9 de agosto de 2022

Sabe o que é um agueiro?

Nas praias, todo o cuidado é pouco


«Um agueiro é um fenómeno que acontece no mar, junto à praia, e que consiste na existência de uma corrente, com a direção da terra para o mar, criada pelo retorno da água trazida pelas ondas para a praia. A zona do agueiro é caracterizada pela ausência de ondas e, por isso, muitos banhistas são levados a pensar que são as melhores áreas para tomar banho, mas são muito perigosas. Um agueiro pode ser identificado pelas setas sobre a água, pela existência de espuma à superfície e também por se encontrar revolta e com movimento contrário ao da rebentação.»

Notas: 
1. Transcrito da agenda da CMI referente a Agosto, com ligeira alteração;
2. Foto Google

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

Festival do Bacalhau - Já esta semana





Depois do confinamento imposto pelo COVID-19, o Festival do Bacalhau volta a animar o nosso Verão. Nosso e de todos os que sentem a necessidade da alegria, do convívio e de saborosos petiscos, porque nem só de trabalho e canseiras pode ser a vida de cada um.
O Festival do Bacalhau vai realizar-se entre 10 e 14 de Agosto, no Jardim Oudinot, Gafanha da Nazaré, com a participação de instituições do nosso concelho e de outras convidadas pela organização.
Sendo certo que o rei da festa tem de ser o bacalhau, que os marítimos da nossa região pescam desde tempos ancestrais nos mares da Terra Nova e Groenlândia, a verdade é que a festa não se faz só à mesa, havendo outros motivos de interesse que justificam uma visita às nossas terras já naquelas datas.
O passeio ao Jardim Oudinot, sala de visitas da região, o usufruto das belezas da Ria, o Navio Museu Santo André, o convívio com todos os visitantes, os concertos musicais a seu tempo anunciados e, finalmente, a degustação das mil e uma maneiras de preparar o fiel amigo justificam a deslocação ao Festival do Bacalhau. 
Lembramos que cada instituição com tenda montada tem a sua especialidade bem explicada na carta que será exibida a quem chega com apetite. Mais ainda: para além da posta do bacalhau, há as caras, os samos, as línguas,  as espinhas do fiel amigo e muito mais para petiscar e saborear. 

domingo, 7 de agosto de 2022

Ana Luísa Amaral

Homenagem à poeta Ana Luísa Amaral
que faleceu na sexta feira











«O vitelo mais gordo»
disse o pai. Mas era para o outro
que falava

E ele interrogou-se confundido,
o coração pesado de negócios,
esquecido de viagens e sonhos
por fazer

Deve ser coisa estranha
a lealdade,
como penoso o ofício
de amar

Perdida a juventude
entre contas e servos,
entre terras vedadas e cega obediência
que lhe restava

Senão juntar-se à festa
e comer do vitelo
e fingir alegria
em pródigos sorrisos?



Nota: Do livro ÁGORA. Ler mais aqui

Celebramos hoje 57 anos de casados

Recomeço hoje, 7 de Agosto, dia em que celebramos 57 anos de casados. Foi na igreja matriz do Bunheiro, Murtosa, em cerimónia presidida pelo nosso comum amigo, Pe. Manuel Ribau Lopes Lé, que eu e a Lita prometemos fidelidade e amor até ao fim dos tempos. E cá estamos a recordar os bons momentos que temos vivido, mas também os menos bons que soubemos ultrapassar, sempre com os nossos filhos (Fernando, Pedro, Paulo e Aida), netos (Filipa, Ricardo e Dinis) e agora uma bisneta (Benedita), filha do Ricardo e da Inês, nos nossos pensamentos e nos nossos corações, que nos hão de perpetuar no mundo.
Aqui ficam  votos sinceros das maiores venturas para familiares e amigos.

Lita e Fernando

sábado, 6 de agosto de 2022

Nietzsche e Deus

Crónica de Anselmo Borges 

Quando lemos atentamente a obra de Friedrich Nietzsche e nos debruçamos com simpatia sobre a sua vida, não podemos deixar de ficar afectados pelo drama até à loucura que a questão de Deus constituiu para ele, filho de pastor protestante. Aquele que fora uma criança piedosa e estudara teologia havia de proclamar publicamente em 1882, através de um louco, em A Gaia Ciência, a morte de Deus: "Deus morreu! Deus está morto! E fomos nós que o matámos!" "Conta-se ainda - continua - que o louco entrou nesse mesmo dia em várias igrejas e aí cantou o seu requiem aeternam deo. Expulso dos templos, ripostou sempre apenas isto: "Que são agora ainda estas igrejas senão os túmulos e os monumentos funerários de Deus?"."
Mas, ao mesmo tempo, o júbilo perante o "acto mais grandioso da História", que foi a morte de Deus, é atravessado por estas perguntas terríveis: "Quem nos deu a esponja para apagar todo o horizonte? Que fizemos nós, quando soltámos a corrente que ligava esta terra ao sol? Para onde se dirige ela agora? Para onde vamos nós? Para longe de todos os sóis? Não estaremos a precipitar-nos para todo o sempre? E a precipitar-nos para trás, para os lados, para todos os lados? Será que ainda existe um em cima de um em baixo? Não andaremos errantes através de um nada infinito? Não estaremos a sentir o sopro do espaço vazio? Não estará agora a fazer mais frio? Não estará a ser noite para todo o sempre, e cada vez mais noite?".

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Acolhe com satisfação o prazer que Deus nos oferece

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XIX do Tempo Comum

"A autenticidade do discípulo fiel está em saber conformar-se com Jesus Cristo, com o seu Evangelho e seus valores, o seu estilo de vida e escala de prioridades"

Jesus está preocupado em preparar bem os discípulos para o desempenho da missão que lhes quer confiar: O anúncio do Reino de Deus, isto é, que se promovam, na terra, relações de partilha e de fraternidade, espelho da dignidade comum de todas as pessoas e sementes do futuro definitivo da humanidade, na casa do Pai. Jesus acaba de chamar a atenção para a necessidade de buscar o que é fundamental no quotidiano, de acolher a vida como dom de Deus e tarefa nossa, de, sem medo, dar testemunho da verdade, de ser autêntico e transparente. Agora avança um passo mais: acolher o Reino que Deus nos confia, estar vigilantes face às circunstâncias, de ser responsáveis. Saborear a confiança que tem em nós, o prazer de nos servir como o administrador regressado da viagem de núpcias. E conclui este ensinamento afirmando pela “boca” de Lucas: “A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido”. Lc 12, 32-48.

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

A melhor leitura para férias

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO

“no Ocidente não se levantou outro modelo cultural (e, mais além do cultural, um modelo existencial) mais profundo e mais radical do que o modelo de Cristo. (…)"

Eduardo Lourenço

1. A partir de hoje até Setembro, suspendo estas crónicas. Costumava sugerir algumas leituras para o mês de Agosto. Não vou engrossar a ladainha de todos os que repetem que o cristianismo está em declínio irreversível. A história é o reino das surpresas. Muitas vezes, o que se julgava uma demonstração triunfante do catolicismo, nas viagens dos últimos Papas, veio a revelar-se uma grande manifestação de fraqueza.
Neste momento, o Papa Francisco não foi ao Canadá para recolher aplausos. Foi pedir perdão e penitenciar-se de crimes vergonhosos cometidos contra as famílias indígenas em instituições católicas. Que este gesto penitencial seja bem compreendido, rejeitado ou indiferente, para a opinião pública, não importa. Esta atitude do Papa Francisco não busca aplausos ou esquecimentos. Vale por si mesma ao repor a verdade. Nenhum outro motivo deve ser tido em conta.