sexta-feira, 4 de março de 2016

14 mil plantas nas dunas da Praia da Barra

14 000 Plantas dão uma “mãozinha” 
às dunas na luta contra a erosão costeira 
e na Adaptação às Alterações Climáticas



«Depois de em maio de 2014 ter sido iniciada a operação de reconstrução do areal da Praia da Barra, seriamente afetada pelo então rigoroso inverno de 2013, numa ação que envolveu a recarga com 350 mil metros cúbicos de areia, foi agora chegada a vez de consolidar todo aquele trabalho de parceria entre a Câmara Municipal de Ílhavo e a Agência Portuguesa do Ambiente.
Assim, duas turmas de Eco-Escolas do Município de Ílhavo — a EB 2,3 José Ferreira Pinto Basto e a EB1 da Chave -— juntaram-se ao Vereador do Ambiente, Marcos Ré, e ajudaram a dar “uma mãozinha” às dunas, deixando assim a sua marca positiva no combate à erosão costeira.
Esta intervenção prevê a colocação de 14 000 pés de estorno (planta apropriada à estabilização do cordão dunar) para uma área a renaturalizar de aproximadamente 7000 m2, em toda a extensão do cordão dunar compreendido entre o Molhe Sul e o apoio de praia offshore, e tem um valor de investimento global de aproximadamente 5.000,00 euros por adjudicação da Câmara Municipal de Ílhavo à empresa Espojardins (empresa com intervenções recentes na obra de reforço do cordão dunar Costa Nova – Mira).»

Fonte: CMI

A nossa gatinha Biju morreu

O gosto pela solidão

Morreu hoje a nossa gatinha Biju com cancro que não lhe perdoou a sua existência serena no meio de nós. Tinha 15 anos e parecia saudável. Era assistida com regularidade pelo médico veterinário, mas de repente tudo se precipitou.
Não considero um lugar-comum proclamar-se que, «quanto mais conheço os homens, mais gosto dos animais». É verdade. Os animais domesticados são companhia agradável, fieis aos donos e disponíveis para a convivência. Até dão a impressão de que se alegram com as alegrias da família, ficando tristes quando pressentem dores e tristezas de quem deles cuida.
Quando a doença se manifestou, longe estávamos de pensar que seria o fim. A Biju enfrentou outros males, mas tudo ultrapassou, dando-nos o exemplo, inconsciente decerto, de teimosia em viver.
Cá em casa morava no sótão com a filha, a Guti, com quem teve algumas quezílias temporárias que a seguir esquecia.
Quando nova, ia dar as suas voltas, mas logo regressava à janela por onde saía habitualmente. Depois corria para os seus aposentos, onde a dona, a minha Lita, tudo tinha preparado: camas adequadas à estação do ano, água fresca, alimentação própria, uma janela para apreciar o ambiente e o sossego de que tanto gostava. Tardes e noites inteiras sem se mostrar e sem se incomodar com o mundo.
Quando estranhava a ausência da dona, à noitinha, descia pela porta sempre entreaberta e miava como que a saudar ou chamar a Lita. E então, na altura em que a Lita se aprontava para subir ao sótão, a Biju corria feliz da vida à sua frente.
Morreu deixando um certo vazio em toda a família, mas legou-nos uma filha que dela herdou o gosto pela solidão, por uma vida sem pressas, sem querer incomodar seja quem for, mas desejado também que a não incomodassem.  

quinta-feira, 3 de março de 2016

A nossa gente: Urbino Vieira Grave

Uma tradição 
que não quis deixar morrer 

Neste mês de março, em que se realiza mais uma edição da Rota das Padeiras, promovida pela Câmara Municipal de Ílhavo em parceria com a A.C.R. “Os Baldas”, dedicamos a rubrica “A Nossa Gente” ao moleiro Urbino Grave. 
Urbino Grave nasceu a 11 de julho de 1939, em Vale de Ílhavo, e desde tenra idade aprendeu esta antiga profissão, que herdou do seu pai e do seu avô, dedicando-se a apreciar o ritmo pachorrento com que o moinho procedia à moagem dos cereais. 
Estudou até à 4.ª classe num tempo em que a vida era dura e se tornava imperioso auxiliar na lavoura e na moagem. Com apenas 12 anos de idade, Urbino Grave já fazia o transporte da farinha para os clientes: as padeiras de Vale de Ílhavo e padarias de Ílhavo e da Gafanha da Nazaré. 
Antes de casar, ainda trabalhou durante três anos na CUF (Companhia União Fabril), em Cantanhede e em Coimbra, mas foi a arte de moleiro que lhe preencheu o ser. 
Urbino Grave recorda-se das águas nascentes do Vale das Maias (Município de Vagos) passarem pela levada que abastecia a azenha fundada pelo seu avô José João Grave.

Casa da Música da Gafanha da Nazaré em marcha


O Executivo Municipal adjudicou à firma Teixeira, Pinto & Soares, Lda a construção da Casa da Música da Gafanha da Nazaré, através da “Requalificação das instalações da Cooperativa de Consumo Gafanhense”, pelo valor de 607.206,42 euros + IVA e um prazo de execução de 14 meses. O processo segue agora para contrato e visto prévio do Tribunal de Contas.
Com esta obra, a Câmara Municipal de Ílhavo cumpre o objetivo de criar um equipamento cultural que acomode condignamente as Associações da Freguesia da Gafanha da Nazaré que se dedicam especialmente à promoção do folclore e do ensino e prática de música.

Fonte: CMI

NOTA: Este foi um passo significativa em ordem à construção da Casa da Música da Gafanha da Nazaré. Fazemos votos de que os prazos sejam cumpridos.

terça-feira, 1 de março de 2016

Renovação da carta de condução no Espaço Cidadão

Serviço simpático e eficiente

Hoje, eu e a minha Lita fomos ao Espaço Cidadão, instalado na Câmara Municipal de Ílhavo, para renovar a Carta de Condução. Saímos de casa com pressa, para apanhar vez, porque a nossa experiência, de outras renovações em anos anteriores, na repartição instalada em Esgueira, não nos abria a porta ao otimismo. Ali, sala cheia de gente, com senha de acesso na mão e com os olhos postos na caixa luminosa, onde surgia o número a seguir, tínhamos de apelar à paciência para não desesperarmos. Mas desta feita, em Ílhavo, não foi assim.
Chegámos relativamente cedo, entrámos, levantámos a senha no local indicado por um funcionário e minutos depois, com a entrega do atestado médico, a diligente e simpática funcionária tudo despachou com ligeireza, depois de confirmar o processo. Deu instruções sobre o documento a apresentar no caso de haver intervenção da polícia, nas habituais ações de fiscalização na via pública. 
Faço esta referência ao trabalho no Espaço Cidadão, na área da renovação das cartas, pela eficiência e rapidez com que fomos recebidos e atendidos. Julgo, pelo que observei, que nos outros setores daquele serviço haverá atendimento semelhante.

NOTA: Nós, portugueses, temos muito o hábito de criticar quem nos atende nos departamentos públicos. Certamente, com alguma razão em muitos casos. E se os maus atendimentos nos merecem protestos, penso que nos casos inversos temos a obrigação de louvar a simpatia, a eficiência e a competência. É o que faço hoje. Amanhã poderá ser diferente.

“Retalhos históricos da Escócia e Portugal”

O mais recente livro de Manuel Olívio da Rocha


“Retalhos históricos da Escócia e Portugal” é o mais recente livro de Manuel Olívio da Rocha, numa edição de autor. Trata-se, à semelhança de outros trabalhos, de uma edição familiar, a que o autor chama “Cadernos de Família”, sendo este livro o n.º 27 de uma coleção apenas disponível para esposa, filhos e netos, mas ainda para outros familiares e amigos. 
Com capa de Domingas Vasconcelos, sua filha, o caderno diz respeito a 2015. E porquê esta união entre Escócia e Portugal, já que entre as duas nações não haverá assim tanta ligação histórica? Simplesmente, ou fundamentalmente, porque Manuel Olívio tem filha, genro e netos naquelas paragens, tornando-se necessário, ao que julgo, estimular ligações com raízes comuns.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Temos de ser nós a pagar?

Serra da Estrela

«Cansa-me assistir regularmente ao espetáculo de meios militares - homens, helicópteros, navios, etc - e de outras estruturas públicas serem chamados para acorrer, nas montanhas ou no mar, a pessoas que, por puro deleite e gosto insensato pelo risco, se metem em alhadas. 
Será que os contribuintes portugueses têm obrigação de suportar os custos decorrentes da inconsciência desta gente? A lei prevê que o Estado possa ser ressarcido por estes gastos? Alguém sabe responder?»



O que não fiz e podia ter feito

Conímbriga

Quando me recordo dos passeios que dei, das viagens (poucas) que fiz e das terras por onde passei, sem disso tudo registar, algumas vezes, quaisquer imagens que me encantaram e que mantenho na memória, fico incomodado. É certo que não havia o digital nem redes sociais para as partilhar com a facilidade com que hoje toda a gente o faz. E quando vou à cata de algumas, em álbuns ou em caixotes, aos molhos, fico desolado com a má qualidade que ostentam. A vida é mesmo assim.
Quem poderia imaginar que em poucas décadas tantas e tão espantosas mudanças surgiriam ao alcance de um clique, dando-nos a visão clara da aldeia global em que vivemos, onde o aqui e o agora nos mostram os vizinhos do lado a milhares de quilómetros das nossas janelas? E não é que com todos podemos falar, sorrir e chorar, partilhar ideias, sentimentos, emoções e até um pedaço de pão? 
Boa semana para todos.

Fernando Martins

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Esta Quaresma começou bem (2)

Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO

«O Papa observou que a hibridação irreversível
da tecnologia aproxima o que está afastado,
mas, infelizmente, torna distante 

o que deveria estar perto.»

1. Há 25 anos, a convite do Centro Bartolomé de Las Casas, de Cusco, participei num congresso internacional sobre modelos de Inculturação e Modernidade, realizado na cidade do México. Samuel Ruiz Garcia, bispo de San Cristobal de las Casas, estava hospedado no convento dominicano onde também eu tinha sido fraternalmente acolhido. Pude conversar longamente com esta figura do catolicismo mexicano que, na altura, já andava nas bocas do mundo, vigiado pelo Governo e pelo Vaticano. Contou-me que tinha sido um padre muito conservador. O contacto com a vida terrível e humilhada dos índios de Chiapas, a participação no Vaticano II e na conferência de Medellin (Colômbia), mostraram-lhe que o caminho do catolicismo era o da incarnação nas culturas nativas. Daí brotou a teologia indigenista que se prolongou na teologia da libertação.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Sobre a eutanásia: perplexidades

Crónica de Anselmo Borges 



 «E o Estado fica com mais 
um encargo: dar a morte?»

1. O debate está aí. Só espero que seja sério, sereno, argumentado, sem pressas, distinguindo muito bem as questões e os conceitos. Por exemplo, todos querem a eutanásia, sim, no sentido etimológico da palavra: uma "boa morte" e também uma "morte assistida", com cuidados médicos adequados, presença afectiva, moral, espiritual. E é bom reflectir que, quando o que está em causa é viver ou morrer, não se pode pretender impor-se aos outros, para vencer a todo o custo. Aqui, não há vencedores nem vencidos: todos seremos vencidos. Mesmo para os crentes, que acreditam na vida para lá da morte, neste mundo, a morte, irreversível, é o poder que a todos derrota. Daí, o primado do combate pela vida.

É urgente dar frutos de boas obras

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha
«É urgente acolher 
a paciência de Deus que brilha»


Jesus recebe notícias trágicas e reage com lucidez espantosa, aproveitando para apresentar a novidade do agir de Deus na história. São notícias do massacre de pessoas indefesas enquanto estavam no templo a praticar o culto; massacre levado a efeito pelo poder político com rosto pessoal – o de Pilatos. Ontem como hoje. E o cortejo de vítimas é incontável. Infelizmente.

Outra notícia triste refere-se à queda da torre de Siloé que causa danos graves e mata gente inocente. Sem dizer nada sobre o motivo de tal ocorrência, Jesus avança com a pergunta de interpelação pedagógica: “Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém?” E acrescenta: “De modo algum, vo-lo digo Eu”. O contraste evidencia o começo da novidade do proceder de Deus em relação às pessoas e a toda a humanidade.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Simplesmente Maria

Crónica de Maria Donzília Almeida


Quando cheguei à US tudo era novo para mim: os espaços, as pessoas, a natureza envolvente. A primeira pessoa com quem me cruzei, ocupava-se nas suas tarefas de horticultura ali, na Quintinha da Remelha. Com solicitude, deu-me as informações pretendidas e franqueou-me as portas do US…
Este nome evocava-me uma antiga instituição, vocacionada para o tratamento de toxicodependentes da Associação Le Patriarche, fundada em 1974, por Lucien Engelmajer.
As histórias de vida que ali se cruzaram, os dramas de jovens colhidos na teia das vicissitudes humanas, na sua luta contra a tirania das dependências, parecem ter deixado, aqui, um rasto de erosão. Um véu de decrepitude paira neste espaço, a começar nas palmeiras de braços caídos, que sucumbiram aos parasitas invasores.

Rota das Padeiras


As padas de Vale de Ílhavo 
valem quanto pesam

«Organizada pela Câmara Municipal de Ílhavo, em parceria com a Associação Cultural e Recreativa “Os Baldas”, a Rota das Padeiras visa promover as Padeiras de Vale de Ílhavo e as suas iguarias gastronómicas, tendo lugar na Sede da Associação (Rua Cabeço do Nuno, 8, Vale de Ílhavo, junto à Estátua da Padeira), onde decorrerão diversas iniciativas como Showcookings, Degustações, Workshops, entre outras, que permitirão aos visitantes apreciar de forma mais próxima todos os aspetos inerentes a este que é um dos expoentes máximos da gastronomia ilhavense.»

Fonte: CMI

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Rádio Terra Nova no PÚBLICO

Comunidade aveirense 
une-se para voltar 
a dar “voz” a rádio local

Reportagem de Maria José Santana


«Cidadãos anónimos, figuras do panorama nacional da rádio e investigadores da área da comunicação estão empenhados em ajudar a reerguer a antena da Rádio Terra Nova, que não resistiu ao temporal do dia 14.»

«“A nossa primeira reacção foi: e agora?”, confessa Vasco Lagarto, director da Terra Nova. Nessa fase, e mesmo ainda sem saber quanto custaria adquirir uma nova antena, toda a equipa da emissora teve noção de que a despesa seria demasiado elevada e que o projecto podia estar em causa. Mas o desânimo não tardou muito a dar lugar a sentimentos de esperança, por força de uma onda de solidariedade que nasceu da própria comunidade. “Mal se divulgaram as primeiras fotos, surgiram pessoas a mobilizarem-se para desencadearem movimentos e iniciativas”, testemunha Carlos Teixeira, jornalista na Rádio Terra Nova há 28 anos.»

Texto e imagem do PÚBLICO

domingo, 21 de fevereiro de 2016

O mar na minha tebaida


Pois é verdade. Tenho o mar na minha tebaida. Conchas, búzios e outros achados apanhados nas nossas praias, graças à sensibilidade da minha Lita, mas também ao seu bom gosto.
Vejo o arranjo todos os dias e todos os dias me debruço sobre o conjunto para apreciar objeto a objeto, nunca me cansando de descobrir pormenores de cada concha ou búzio, que a mãe natureza nos oferece. E não é que os búzios refletem nos meus ouvidos o som do mar?
Curiosamente, a oferta é lançada como coisa inútil pelas ondas nos areais, ali ficando à espera de alguém que se condoa do seu abandono e a recolha e lhe dê o destaque a que tem direito. 

Esta Quaresma começou bem (1)

Crónica de Frei Bento Domingues 

«A falta de humor teológico e litúrgico 
acaba sempre por sacralizar o ridículo.»

1. As Igrejas Católica Romana e Católica Ortodoxa, em 1054, consumaram, de forma solene, o seu progressivo divórcio: excomungaram-se reciprocamente. Dizia-me um amigo, pouco entendido em questões de religião: isso de excomunhões deve ser com como lançar um feitiço para o quintal do vizinho. Só funciona se os dois acreditarem nisso.
De facto, quase durante um milénio, foi mantida essa sacralizada ficção. As duas partes faziam de conta que Deus dependia das suas quezílias teológicas e culinárias. Teológicas, porque se imaginavam a viajar pelo interior da Santíssima Trindade e a observar o percurso seguido pela fonte do Espírito Santo. Culinárias, porque não se entendiam acerca do uso do pão,fermentado ou não fermentado, na celebração da Eucaristia, nem reconheciam a cada uma das igrejas a liberdade de seguir a receita da sua preferência. 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

ADIG em defesa de um ambiente sadio

Carta Aberta ao Prof. Carlos Borrego

Porto Comercial 
Não é novidade para ninguém que a ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha) está em luta por um ambiente sadio na nossa terra. Também não é novidade para ninguém que as indústrias, por mais simples que sejam, podem trazer-nos poluição, se não forem considerados os parâmetros definidos pela legislação em vigor. Mas se é certo que ninguém negará a importância de uma estrutura portuária no litoral português, pelo desenvolvimento que promove no país, em geral, e nas regiões em que se insere, em particular, também é verdade que não pode ser descurado o cumprimento das regras ambientais. O não cumprimento dessas regras acarreta, necessariamente, prejuízos para as populações, a vários níveis. Indústria e estruturas portuárias, sim!, mas nunca com ofensas ao povo e seus bens.
Vem isto a propósito de uma Carta Aberta dirigida ao Prof. Carlos Borrego que a ADIG tornou pública, na qual denuncia o não cumprimento de promessas em devido tempo acordadas, no sentido de serem minimizados os efeitos perniciosos de elementos poluentes, nomeadamente, o Petcoke ou coque de petróleo. 
Diz a ADIG que os estudos a elaborar pelo Prof. Carlos Borrego ainda não foram apresentados à APA (Administração do Porto de Aveiro), como garante esta organização. E salienta a ADIG: «De acordo com a informação dos Dirigentes da APA e da Cimpor, o início da construção da Barreira e, acessoriamente, da Estação de Tratamento, só está dependente da apresentação do resultado dos testes efetuados pelo Prof Borrego.»
Face a isto, impõe-se de facto que o processo não caia no esquecimento, antes se acelere, porque com a vida das pessoas e dos seus bens não se pode brincar.
Permitam-me que refira que tenho pelo Prof. Carlos Borrego a consideração devida a um cidadão honesto e muito competente na área do ambiente. Daí que reforce a proposta lançada pela ADIG, no sentido de o Prof. Carlos Borrego vir à Gafanha da Nazaré explicar o que se passa com tão candente problema que afeta tanta gente. 

Fernando Martins


Farol do Cabo Mondego com mar à vista

Farol do Cabo Mondego
Gosto muito desta paisagem com o Farol do Cabo Mondego a emprestar mais beleza ao enquadramento. Este farol foi o terceiro a ser construído no nosso país, uns anitos antes do Farol da Barra de Aveiro, que tem data de inauguração de 1893. Não tem a altura do nosso, mas não deixa de nos proporcionar momentos agradáveis, com o oceano a dominar no horizonte. Não me perguntem porquê, mas gosto mesmo. Gosta-se porque se gosta, diz-se. Quantas vezes nem pensamos no porquê das coisas. 
Quando vou à Serra da Boa Viagem, passeio que não faço há já bastante tempo, não deixo de contemplar este panorama sem fim, que estimula a nossa imaginação ávida de chegar mais alto e mais longe.


Balanço de uma viagem à Grécia

Crónica de viagens 
de Maria Donzília Almeida

Partenon
Capela de S. Paulo
Kalambaca - Mosteiro









Ilha de Hidra
Render da Guarda












«A democracia... 
é uma constituição agradável, 
anárquica e variada, 
distribuidora de igualdade 
indiferentemente a iguais e a desiguais.»

Platão

Viajar pela Grécia é uma aventura para qualquer forasteiro e uma desventura para os nacionais residentes, que veem o seu país nas bocas do mundo, pelas piores razões. Apesar de ter sido o berço da democracia, encontra-se hoje em maus lençóis, pois os gregos não têm sabido dar continuidade aos grandes vultos da antiguidade.
A Grécia foi o berço da cultura clássica que atingiu o seu apogeu no século V a.C. onde a democracia foi instaurada por Clístenes, na cidade-estado de Atenas.

A caminho do México, Havana

Crónica de Anselmo Borges 
no DN

«Briguem como homens 
e rezem como homens de Deus»

1 A causa fundamental da divisão da Igreja do Ocidente e da Igreja do Oriente e do cisma em 1054, com a excomunhão mútua, foi política, com reivindicação de importância e poderes de Roma e Constantinopla, respectivamente. Depois, sucederam-se lutas, inclusive com massacres de um lado e do outro, com o que isso significa de indignidade e escândalo entre cristãos.
Em 1964, o Papa Paulo VI e Atenágoras I, Patriarca de Constantinopla, abraçaram-se em Jerusalém, concordando em declarar nulas as excomunhões. Houve mais encontros entre Papas e Patriarcas. Mas, em quase mil anos, isso nunca aconteceu, até ao passado dia 12, entre um Papa e um Patriarca de Moscovo. Agora, os tempos são outros; o Papa é Francisco e o Patriarca de Moscovo e de toda a Rússia é Cirilo; a ameaça de uma Terceira Guerra Mundial é real; a perseguição dos cristãos no Médio Oriente e no Norte de África é brutal; os desafios para as Igrejas são gigantescos; a importância de Putin na geopolítica é enorme; o pedido de Jesus pela unidade, sempre presente... Os esforços da diplomacia ao longo de anos conseguiram o encontro, com razão considerado histórico, de Cirilo, de visita a Cuba, e de Francisco a caminho do México.

É bom estar com Jesus. Experimenta!

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha
Quem vive o amor de doação 
realiza-se plenamente

Pedro condensa a experiência que faz com João e Tiago no monte Tabor declarando: “Mestre, que bom estarmos aqui!” Que bom estar contigo, ver o brilho da tua realidade profunda, a tua divindade, dar conta de quem te acompanha, Moisés e Elias, sentir-se envolvido pela nuvem da manifestação, ouvir a Voz celeste que proclama quem tu és: “ Este é o meu Filho, o meu Eleito. Escutai-O”. Que alegria transparece do estado de espírito de Pedro. Que satisfação experiencia, apesar da sonolência que o havia assaltado e do medo que o trespassava. Que mensagem transmite a toda a humanidade, sobretudo aos cristãos que desejam ser fiéis discípulos e corajosos missionários. Mensagem que vale a pena aprofundar e saborear.
“Não vos enganeis”. O homem com quem conviveis e vos acaba de anunciar o futuro próximo é uma pessoa normal, procede de forma humana, ama incondicionalmente porque deseja mudar as relações entre as pessoas e humanizar as leis e tradições, provocar a mudança do mundo para que se torne habitável por todos, e cada um se sinta feliz e realizado.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Presbitério Diocesano mais pobre

Padre Rogério

O Presbitério diocesano de Aveiro ficou mais pobre com o falecimento do padre Rogério, pároco de Cacia. Inesperado como todas as mortes o são, mas certo é que ninguém se pode livrar  dessa hora, a não ser, para os crentes, pela convicção da ressurreição. 
Não privei de perto com o padre Rogério, mas conhecia-o perfeitamente para de alguma forma manifestar o meu pesar pela sua partida tão cedo para o seio do Pai, quando tanto poderia ainda fazer pelo Povo de Deus que vive e trabalha na área diocesana. 
Partilho aqui um parágrafo do padre Pedro Correia, cuja amizade com o padre Rogério está bem patente no que escreveu:

«O Pe. Rogério: cumpriu-se de modo inteiro. A sua informalidade evangélica positiva deixava-me quase (sempre) desconcertado. Sempre desarmado com o seu “faro” existencial para o que importa viver pastoralmente na fronteira da Igreja (não à margem de). Um criativo por excelência. Invejava esse jeito de ser que conquista na proximidade (como agora se diz e abusa enquanto moda-a-ter e não modo-de-ser); fazendo cair as fronteiras e os murros do peso institucional. Não sou capaz mas aprendia mais contigo.»

Ler mais aqui 

Malditos preconceitos


Miguel Esteves Cardoso escreve sobre os malditos preconceitos. Em cinco parágrafos diz outras tantas verdades, com a simplicidade que lhe é conhecida. Outros não concordarão, mas eu não tenho qualquer preconceito em o afirmar. É indiscutível que escreve  bem, com graça e com verdade. Aqui fica o último parágrafo.

«Lutar contra os preconceitos é um dever aprazível para os escravos libertados que querem espalhar a alegria da libertação. Mas a melhor e mais nobre de todas as guerras é aquela contra as injustiças e ignorâncias exploradoras que mantêm os piores e mais brutos no poder sobre as melhores, mais justas e humanas. Como as mulheres.»

Para ler os outros parágrafos pode clicar aqui 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Um país onde a justiça trai as crianças

Isabel Stilwell


A afirmação que está no título desta minha mensagem é o tema de uma crónica de Isabel Stilwell publicada no "negócios". Logo em destaque, a abrir, vem este resumo: «Uma criança confia numa juíza, que lhe garante sigilo. A conversa é capa de revistas. Que País é este onde a Justiça trai e ataca, sem que ninguém diga nada?» Agora, desafio os meus leitores a lerem todo o texto. Vale a pena para percebermos em que mundo vivemos. E também para percebermos o nível de certa gente, mesmo dentro da Justiça Portuguesa e a trabalhar nos jornais. 

Podem ler aqui 


«Que tristeza! Perdão, irmãos!»

Papa critica tentativa de uniformizar 
cultura e reitera que família é essencial

Papa com indígena mexicano
«Muitas vezes, de forma sistemática e estrutural, os vossos povos acabaram incompreendidos e excluídos da sociedade. Alguns consideram inferiores os vossos valores, a vossa cultura e as vossas tradições. Outros, fascinados pelo poder, o dinheiro e as leis do mercado, espoliaram-vos das vossas terras ou realizaram empreendimentos que as contaminaram. Que tristeza! Como nos seria útil a todos fazer um exame de consciência e aprender a pedir perdão! Perdão, irmãos!»

Ler mais aqui