quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Evocando o segundo bispo 
da restaurada Diocese de Aveiro

Recordo hoje D. Domingos da Apresentação Fernandes, o primeiro bispo com quem falei. Faleceu há 54 anos e quem o conheceu sabe que foi um prelado que viveu o seu ministério episcopal com muito entusiasmo, apesar da fragilidade da sua saúde. 

Ver as minhas memórias aqui

Grutas de Postojna

Crónica de Maria Donzília Almeida

Porta de entrada

Quando visitei as Grutas de Santo António e as Grutas de Alvados , em pleno Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, na década de sessenta do século passado, fiquei verdadeiramente deslumbrada. Senti-me como Alice no País das Maravilhas num mundo fantástico, irreal e agradeci a Deus pelo dom de habitar um país encantado.
Nas minhas deambulações pelo mundo, na minha década de sessenta, encontrei algo semelhante num pequeno país, a Eslovénia, que integra as “Pérolas do Adriático”.
Ao longo de apenas cerca de 47km de costa, as suas praias são agradáveis e convidam ao desporto e à aventura, mas ao mesmo tempo à calma e ao descanso. As cidades de Piran, Koper, Izola e Portoroz, repousam junto às águas mornas do Adriático, o que só por si, justifica a grande afluência de turistas. São bonitas, acolhedoras e repletas de pontos de especial interesse, como salinas e falésias, o palácio Almerigogna, em Koper, a Igreja de São Jorge e a Praça Tartini em Piran, entre muitos outros. 
Uma das mais importantes atracões da Eslovénia, é a visita às suas magníficas grutas. Existem mais de sete mil no país, entre elas Krizna, cujos lagos de água límpida podem ser atravessados de barco, Skocjanske, um espectacular sistema de grutas declarado Património Mundial pela UNESCO em 1986.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Oração Ecuménica em Aveiro

Terça-feira, 
19 janeiro - 21h15
Igreja da Misericórdia



Vem já de longa data a tradição dos cristãos de Aveiro das diferentes tradições se reunirem em oração comum na Semana de Oração pela Unidade da Igreja. Este ano, estando a Igreja católica a viver o Ano da Misericórdia, de comum acordo, acertou-se que a oração ecuménica se realizasse na igreja da Misericórdia, no centro da cidade de Aveiro, no próximo dia 19, terça-feira, às 21h15.
Como habitualmente, no final da oração, haverá um momento de convívio, servindo-se um chá aos participantes.

Fonte: Diocese de Aveiro

domingo, 17 de janeiro de 2016

Cortejo dos Reis: Desafio à nossa persistência e à nossa fé



«A nossa igreja transformou-se na tenda que Deus quis habitar entre nós». Isto mesmo afirmou o nosso prior, Padre César Fernandes, antes de dar o Menino a beijar, no encerramento do Cortejo dos Reis deste ano. Afinal, o cortejo traz até ao presente a peregrinação que os Reis Magos e seus séquitos fizeram, há mais de dois mil anos, em busca do Menino, guiados pela estrela de Belém, para O adorarem como filho de Deus.  
O Padre César deu os parabéns a todo o povo da Gafanha da Nazaré por «manter viva esta tradição tão bonita», salientando que a recebemos dos nossos antepassados. «Esta tradição — sublinhou — está muito arreigada nas nossas gentes, e temos, por isso, de a transmitir aos vindouros», tão pura e genuína como a herdámos.
O nosso prior frisou que o Cortejo dos Reis é «a manifestação natalícia que mais se impôs», garantindo que «tem raízes profundas na nossa terra», envolvendo toda a comunidade.

“Filinto — O poeta amargurado” pede palco

A peça sobe ao palco 
no Centro Cultural de Ílhavo, 
dia 31 de janeiro, pelas 17 horas 



O leitor da peça de teatro “Filinto — O poeta amargurado”, de Senos da Fonseca, fica com conhecimentos de quem foi este ilhavense, caído no esquecimento, injustamente, graças ao trabalho e rigor de Senos da Fonseca. Trata-se de uma obra que poderia ser classificada como «engenharia literária ou literatura engenhosa», sendo certo que «literatura é beleza», afirmou Rita Marnoto, no sábado, 16 de janeiro, na sede da Junta de Freguesia de S. Salvador, Ílhavo, na apresentação do livro. 
Rita Marnoto, docente da Universidade de Coimbra, é uma ilhavense que sente prazer um estar em Ílhavo, «as suas raízes». «Ílhavo é o único sítio onde chego e sou identificada», mas também «onde recordo os afetos que me tornam grata». 
Referindo-se a Filinto Elísio, de seu nome Francisco Manuel do Nascimento, nascido em Lisboa, mas de raízes ilhavenses, Rita Marnoto afirma que o trabalho de Senos da Fonseca «recupera um homem pouco estudado», tal como está a acontecer com diversos escritores da nossa terra, nomeadamente, Alexandre da Conceição e Mário Sacramento, entre outros. Contudo, frisa que a obra de Filinto foi recentemente reeditada, graças, aliás, à sua intervenção pessoal, quando indicou o escritor para constar da lista de autores que mereciam a reedição.

Com quem começar o novo ano (III)

Crónica de Frei Bento Domingues 

«Sem a conversão do desejo 
não há reforma possível. 
O Papa Francisco que o diga.»

1. As renovadas investigações que, na observância do método histórico, procuram resgatar a memória de Jesus de Nazaré deixam muitos cristãos bastante desapontados: mas é só isto? Tanto barulho, tantos livros para tão pouco?
Esses estudos valem por si próprios, mas também ajudam, pelo menos indirectamente, a dar força à evocação que abre sempre, na Missa, a proclamação do Evangelho: naquele tempo!
É verdade que a grande maioria dos participantes na Eucaristia, se retiver apenas essa indeterminada evocação, continuará de memória vazia. De qualquer modo, essas investigações não fecham os cristãos no Ano Iassistindo à autópsia do cadáver errado, como por vezes se diz.
O que está em causa é, sobretudo, a fidelidade à condição temporal do cristianismo. Teria algum sentido dizer naquela eternidade? Os participantes nas celebrações de fé cristã atraiçoam a sua genuína significação quando não as entendem e vivem em confronto com os problemas pessoais, familiares, sociais e eclesiais, do nosso tempo.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Dia aberto no Museu de Ílhavo

Moliceiro e saleiro
Bacalhau
Recanto 
No Museu Marítimo de Ílhavo, que hoje visitei, encontrei um ambiente tranquilo que permitiu observar a vida serena dos bacalhaus, os nossos bacalhaus. Havia famílias inteiras por ali com as suas crianças buliçosas que, minuto a minuto, se quedavam a mirar os bacalhaus que vinham beijar as vidraças. 
Dia de entrada franca, havia sempre quem chegasse e partisse num vaivém contínuo. Não seria multidão, mas não faltavam visitantes. A entrada franca é assim. As pessoas vão quando lhes apetece, apreciam o que está exposto e deixam as crianças cirandar à vontade. Criam-se hábitos de sair de casa com objetivos, entra-se num espaço cultural, tem-se acesso a conhecimentos, convive-se com que veio ao mesmo, sai-se do ramerrão do quotidiano. E para os esclarecimentos, lá estavam os empregados solícitos e atentos.
Toda a gente, em geral, e os pais com filhos menores (ou maiores), em particular, só têm que aproveitar estas ofertas da autarquia ilhavense.

O futuro da Igreja (2)

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Jean Delumeau

Na obra que acaba de publicar, L'avenir de Dieu, que é o seu "testamento" intelectual, espiritual e religioso, Jean Delumeau, 92 anos, depois de mostrar que a grande falha da Igreja foi ter-se convertido em poder, como vimos no sábado passado, apresenta "pistas e proposições" para o futuro.

1. O governo da Igreja. Não tem o governo da Igreja Católica de "ser profundamente repensado e reconstruído", devendo estar "mais atento do que no passado aos desejos e aspirações dos fiéis"? Não deveriam estes "poder escolher os seus representantes que constituiriam uma espécie de parlamento da catolicidade?"
Antes, isso era irrealizável. Mas actualmente o mundo tornou-se uma pequena aldeia na qual todos podem comunicar instantaneamente entre si no planeta. Então, porque é que não poderei "manifestar o desejo de que os futuros responsáveis da Igreja Católica ao mais alto nível sejam um dia eleitos por um parlamento mundial dos fiéis para um mandato por tempo determinado? Em que é que esta prática atraiçoaria a mensagem de Cristo?"

O vinho de Jesus é a nossa alegria. Experimenta!

Reflexão de Georgino Rocha


«Faltando o vinho da festa na cultura, 
desvanece-se a clareza dos critérios éticos»

A festa de um casamento em Caná da Galileia oferece a Jesus a oportunidade de iniciar a série de sinais da novidade da sua missão. Sete são apontados por João evangelista como especialmente significativos, mas confessa que há muitos outros. Todos e cada um manifestam à saciedade o seu amor de doação incondicional, a paixão constante da sua vida entregue por um mundo novo.
O autor da narração apresenta o que acontece na boda dos noivos e o grande simbolismo que encerra. Todos os elementos descritos apontam para um horizonte aberto, novo, diferente. De cada um se pode colher uma mensagem de grande alcance que nos toca profundamente: O espaço familiar e público, o ambiente de festa nupcial, a presença da Mãe de Jesus e a sua atenção discreta ao que acontecia, o diálogo com Jesus e com os serventes, as talhas vazias que são, de novo, cheias de água corrente, a silenciosa intervenção de Jesus que, desta água, realiza a maravilha do vinho novo, com mais qualidade do que o anterior, a encantadora admoestação do chefe da mesa ao noivo: “Tu guardaste o vinho bom até agora”. Os rituais da purificação perdem sentido. Abre-se o horizonte a uma realidade nova, a do vinho de Jesus servido na ceia de despedida, a eucaristia agora celebrada como seu memorial. “Fazei isto em memória de mim”.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Cortejo dos Reis — Domingo, 17 de janeiro

Pastor vai adorar o Menino na igreja matriz
Vai realizar-se no domingo, 17 de janeiro, o Cortejo dos Reis. Com atraso, porque o tempo não o permitiu na passada semana. Desta feita, estou com fé de que vamos ter a festa dos Reis, porque pedi ao Deus-Menino que desse uma ajudinha. 
Ao contrário do que os mais pessimistas possam pensar, o nosso povo não perdeu o entusiasmo e tudo decorrerá como previsto, porque a nossa comunidade merece tudo. Então, boa participação para todos.

No meu blogue Memórias Soltas evoquei uma participação no Cortejo com o meu irmão. Eu teria uns oito anos e ele cinco. Com as prendas ao ombro, que naquele tempo não havia carrinhas para facilitar a vida aos participantes, caminhámos de Remelha até à igreja. Esfalfados, corremos para casa. Podem ler a minha recordação aqui