quarta-feira, 29 de outubro de 2014

RAMAL DO PORTO DE AVEIRO VAI SER ELETRIFICADO

MAIS UMA BOA NOTÍCIA



«A empreitada de electrificação do ramal ferroviário de acesso ao Porto de Aveiro deverá arrancar nos próximos dias, prevendo-se que esteja concluída em Agosto de 2015, anunciou esta segunda-feira a REFER.
A obra, cujo concurso foi lançado com um preço base de dois milhões de euros, compreende as intervenções necessárias à electrificação do ramal de acesso ao Porto de Aveiro e das linhas da Plataforma Logística de Cacia.
Segundo a Administração do Porto de Aveiro (APA), este investimento vai permitir reduzir a poluição e tornar o porto mais competitivo, já que todo o trajecto vai passar a ser feito com material circulante de tração eléctrica.

CONTRASTES NO FORTE DA BARRA

 Mas há mais contrastes 
em tão pequena área


Bonito

Feio
Os contrastes servem para nos acordar para a realidade do que nos envolve. Sem eles, teríamos um mundo cinzento. Neste caso, servem para chamar a nossa atenção para o que não está bem. Eu presumo que haverá razões legais para justificar a existência daquele casarão com ruínas interiores escondidas para quem passa. Mas não seria melhor aproveitá-lo para, com uma reconstrução bonita, se tornar num edifício útil para a área portuária ou para a comunidade?

ECOMARE FICARÁ PRONTO EM FEVEREIRO

Um novo equipamento dedicado 
ao conhecimento e economia do mar 
encontra-se em construção na Gafanha da Nazaré
Jornalista:  João Peixinho

(Foto do meu arquivo)

«Encontra-se na fase final a construção do ECOMARE, entre o Porto de Pesca Costeira e o Jardim Oudinot, em Ílhavo, a concluir no próximo mês de Fevereiro, abrindo as portas a um Centro de Extensão e de Pesquisa Ambiental e Marinha (CEPAM) e uma Unidade de Pesquisa e Recuperação de Animais Marinhos (UPRAM) com a condução científica da Universidade de Aveiro (UA), promotora da obra, e da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem.
A Câmara de Ílhavo participa no co-financiamento da parte nacional e na gestão partilhada, a Administração do Porto de Aveiro cede os terrenos e a Oceano XXI reconhece a importância da obra.»

Texto de João *Peixinho, no Diário de Aveiro de hoje

terça-feira, 28 de outubro de 2014

MILHÕES PARA O PORTO DE AVEIRO

 
Verba destina-se a apoiar um projecto ferroviário
que irá permitir reduzir a poluição 
e melhorar a competitividade da estrutura portuária




«A Comissão Europeia (CE) anunciou ontem a aprovação de um investimento de 40,5 milhões de euros do Fundo de Coesão para um projecto ferroviário da RTE-T (Rede Transeuropeia de Transportes), que irá permitir reduzir a poluição e melhorar a competitividade do porto de Aveiro.
Segundo especificou a CE, em comunicado, espera-se que o projecto em questão esteja concluído até finais de 2014, prevendo-se que sejam construídos cerca de nove quilómetros de RTE-T ferroviária e seis quilómetros de caminhos-de-ferro paralelos entre a plataforma de logística multimodal do porto de Aveiro e Cacia, para a recepção e expedição de mercadorias no referido porto.
“Estão também previstas a electrificação e sistemas de sinalização e telecomunicações, ficando assim reduzido o transporte rodoviário de mercadorias de e para o porto e facilitado o transporte das mercadorias recebidas”, acrescenta ainda a CE.»

Um trabalho da jornalista Maria José Santana no Diário de Aveiro de hoje


NOTÍCIA DA RESTAURAÇÃO DA DIOCESE DE AVEIRO

28 - X - 1938 

Foi publicamente conhecida em Aveiro a jubilosa notícia da restauração da Diocese. O acontecimento foi efusivamente saudado pelo povo e pelas autoridades locais com manifestações de muita alegria (Correio do Vouga, 29-10-1938) – J.

"Calendário Histórico de Aveiro"
de António  Christo e João Gonçalves Gaspar


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ARES DE OUTONO: RAMOS SECOS



No meio da calçada, ramos secos deixados pelo vento, esquecidos e com morte lenta à vista, são um exemplo da finitude. Tudo quanto nasce acaba assim. Que ao menos, de tudo o que  morre, fique uma simples imagem. pálida que seja, na memória dos que vivem.

SÍNODO DAS FAMÍLIAS

Os documentos, os balanços e as crónicas

No blogue de António Marujo, um jornalista muito atento ao que se diz e pensa na Igreja Católica e no mundo, há textos que merecem ser lidos por quem se interessa pelo Sínodo das Famílias, que ainda não fechou as portas. 

Pode ler aqui  os desejos de Bento XVI, os balanços da assembleia e o caminho do futuro.

DIA MUNDIAL DA TERCEIRA IDADE

Crónica de Maria Donzília Almeida

Maria Donzília Almeida


Para o ignorante, a velhice é o inverno da vida; 
para o sábio, é a época da colheita.

Talmude



Primeira, ou terceira idade?
Que importa se há juventude?
Não tenham de mim piedade,
Na meia está a virtude!



Muita tinta já correu sobre o tema em epígrafe e particularmente sobre a melhor designação desta faixa etária: para uns é a meia, para outros, a terceira idade. Sendo um dado adquirido que ninguém gosta de ficar velho, é também uma verdade incontestável que a única forma de viver mais é ir somando anos, que mais não é que envelhecer. Cada um tem da sua idade, uma perspetiva muito própria, sobretudo se se aproxima ou está no limiar do crepúsculo da vida. 
Fazendo um paralelismo com a natureza, em que o fim do dia é o culminar de todo o esplendor do astro-rei, quando este mergulha no oceano como uma espada de fogo a abraçar o horizonte, assim é a plenitude do ser humano, na idade madura.
Prefiro usar o eufemismo Idoso para designar uma pessoa de terceira idade. A Organização Mundial da Saúde classifica, cronologicamente, como idosos as pessoas com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60 anos de idade nos países em desenvolvimento. 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

GRAFITES COM NÍVEL




Há grafites e grafites. Uns bem concebidos e outros uma borrada sem sentido. Vão dizer-me (até parece que já estou a ouvir) que todos terão a sua mensagem. Pode ser. Mas deste, que está nos sanitários do Jardim Oudinot e que a imagem retrata, confesso que gostei. E até penso que as nossas autarquias poderiam aproveitar esta arte de rua, que muitos artistas cultivam com nível, para embelezar alguns muros que há por aí completamente abandonados. Um aplauso para os artistas que contribuem para um ambiente mais belo.

domingo, 26 de outubro de 2014

EU JÁ NÃO ACREDITO NO PAPA FRANCISCO

CRÓNICA DE FREI BENTO DOMINGUES
NO PÚBLICO


1. O Domingo passado não foi de grande festa para toda a Igreja. Está em curso um Sínodo dos Bispos no qual foi possível discutir temas considerados incómodos, como o do acolhimento eclesial dos homossexuais e dos divorciados recasados. Do relatório final da primeira etapa deste Encontro sobre a família esperava-se mais e melhor. Por outro lado, a beatificação do papa Paulo VI, responsável da Humanae Vitae (HV), - adiando questões que há muito deveriam estar superadas – também não foi um sinal muito encorajador. Mais do mesmo.
Não vale a pena dizer que isso não tem importância. Cada um ficará onde já estava. Os casais que se identificam com a doutrina da HV e a da Familiaris Consortio (J. Paulo II) suspenderam os seus receios. Quem aguardava, para já, uma alteração dessas posições, terá de esperar por melhores dias. O Sínodo sobre a família não está encerrado. Cada dia que passa, a realidade vai mostrando que a “Pastoral Familiar” não é a mais adequada, pois se “os pastores” conhecessem e escutassem as suas “ovelhas” não se contentariam apenas com as do rebanho privilegiado.

sábado, 25 de outubro de 2014

IMPRENSA CRISTÃ DEVE APOSTAR NO SOCIAL

Imprensa de inspiração cristã 
deve rejeitar agenda «devocional» 
e apostar no «jornalismo social»



Segundo a Ecclesia, João Aguiar Campos afirmou hoje, no IX Congresso da AIC (Associação da Imprensa de Inspiração Cristã), «que a identidade da imprensa de inspiração cristã não corresponde a uma “bandeira beata”, tem de rejeitar uma agenda “devocional” e “apostar no jornalismo social”»

Aqui está uma excelente aposta, se é que se pretende chegar a mais leitores e ouvintes. É urgente deixar a sacristia e o adro das igrejas, voando para outras paragens. 

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MUDANÇA DA HORA

Amanhã, 26 de outubro, 
às 2 da manhã o relógio atrasará para a 1 hora




«Atrasar os ponteiros do relógio 60 minutos não parece ser complicado. Mas sabe a origem do horário de verão? Será que uma medida implementada em 1916 para poupar carvão ainda faz sentido?»
É melhor ver a explicação no Observador

IGREJA, SEXO E FAMÍLIA

Crónica de Anselmo Borges 
no DN

Aí está um tema sobre o qual a Igreja tem imensa dificuldade em falar. À partida, porque é em si mesmo difícil. Mas a dificuldade aumenta na Igreja, porque, para lá de outras razões, que talvez Freud ajudasse a explicar, está entregue ao papa, a cardeais, bispos e padres, que devem ser celibatários e não têm propriamente família. Mas que o tema é relevante, mostra-se, por exemplo, pela enorme importância dada pelos media ao Sínodo que lhe foi dedicado, cuja primeira fase - segue-se um ano de reflexão, que culminará na nova assembleia sinodal, em Outubro de 2015, e na Exortação final do Papa Francisco, nos inícios de 2016 - concluiu no domingo passado.

Quem foram os vencedores e os perdedores? Há quem insinue que o Papa Francisco não conseguiu levar adiante o seu projecto. Não creio nessa tese. É preciso perceber que se trata da primeira fase do Sínodo. Depois, sobretudo, criou-se um clima e abriram-se portas que já não é possível fechar. Votou-se um texto que, se em relação aos divorciados e aos homossexuais, não obteve os dois terços necessários para a aprovação, venceu, mesmo aí, por forte maioria, continuando, portanto, o debate. Que haja tomadas de posição diferentes, é sinal de vida, embora a Igreja não esteja habituada a este estilo de abertura democrática. Teve alto significado o facto de o Papa ter mandado votar os vários pontos e publicar os resultados, para que haja transparência e cada um assuma as suas responsabilidades.

ACIMA DE TUDO, O AMOR

Uma reflexão semanal de Georgino Rocha

A esplanada do Templo é palco de novo episódio. (Mt 22, 34-40). Os responsáveis dos grupos influentes mexem-se com grande persistência e à-vontade. Aproveitam-se de questões progressivamente mais delicadas e comprometedoras. Depois da política, vem a religião. Agora é o sistema e a hierarquia das verdades que se buscam. Assunto sério, se não houvesse uma segunda intenção: a de experimentar Jesus, a de ver como se posiciona face ao complicado conjunto legal - os peritos apontam 613 mandamentos –, a de saber a qual deles dá prioridade, que parecer tem sobre o núcleo central da vida dos judeus fiéis à Lei recebida de Moisés.

Os novos contendores pertencem aos fariseus, alegres por saberem que os saduceus se tinham remetido ao silêncio, após a disputa sobre a ressurreição. Era a sua vez e querem “marcar pontos” aproveitando-a com mestria porque têm reduzida influência junto do povo – virão a aumentá-la progressivamente e chegam a constituir a classe preponderante, por volta do ano 70 da nossa era, após a destruição do Templo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

REFORMA ADMINISTRATIVA, JUDICIAL E ELEITORAL DE AVEIRO

1855 - 24 de outubro

«Por decreto governamental, foi reformada a divisão administrativa, judicial e eleitoral do território do Distrito de Aveiro. Até esta data, toda a restinga de areia, desde o Furadouro à barra velha, pertencia à freguesia de Ovar; pelo referido decreto, apenas a costa do Furadouro ficou em Ovar, passando para o Bunheiro a costa da Torreira, para a Vera-Cruz a costa de São Jacinto, para Ílhavo a Costa Nova do Prado e para Vagos a costa da Vagueira (Rangel de Quadros, Aveiro – Apontamentos Históricos, III, fl. 187; Cf. Marques Gomes, O Districto de Aveiro, pg. 229) – J.»

Calendário Histórico de Aveiro, 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

MARINA DO OUDINOT JÁ COM BARCOS

Marina do Oudinot com barcos


Ontem passei pelo Jardim Oudinot, como já disse em mensagens anteriores. E quando cheguei vi a marina com barcos nos seus lugares, bem arrumados. Gostei de ver, sim senhor. Há bom tempo, quando por lá passava, ficava incomodado por sentir que a marina estava subaproveitada, em tempo de crise. Chegava mesmo a perguntar, a mim mesmo, como seria possível tal estado de coisas? Então faz-se um projeto e não se lhe dá uso? Terá sido uma questão burocrática. E justificar-se-ia tanta demora? Pronto, agora já está tudo operacional. Ainda bem.

É PRECISO CUIDAR DA NATUREZA

Hoje, no paredão da Meia-Laranja.
Alguém bebeu e ali deixou as garrafas  e outro lixo. 

Ontem, no Jardim Oudinot. O bebedor de cerveja
 já não teve forças 
 para deitar a garrafa no contentor do lixo


Diz-se, com razão, que é preciso cuidar da Natureza. Porém, nem todos têm os cuidados mínimos para que ela se mantenha asseada e higienicamente disponível para quem a usufrui. Os exemplos registados pela minha digital falam como gente. Transgressores não faltam. É pena.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

GRANDES VELEIROS VOLTAM EM 2016




O presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Fernando Caçoilo, anunciou hoje,  na conferência de imprensa de balanço do primeiro ano de mandato e visita à Gafanha da Nazaré, que os grandes veleiros regressam em 2016, como li no "site" da Rádio Terra Nova. Adiantou que está já a ser preparada uma escala  de uma regata de veleiros de grande dimensão, tendo acrescentado que a autarquia espera garantir a «presença dos veleiros, de novo, em Ílhavo»,  no referido ano. Ainda referiu que «o comércio local beneficiará desta iniciativa», já que «será um enormíssimo festival".
Não há dúvida de que a nossa gente, e não só, gosta dos veleiros e de tudo o que diz respeito ao mar e à ria. Com os Grandes Veleiros, será mesmo uma grande festa. 

CÂMARA DE ÍLHAVO EVOCA 1.ª GRANDE GUERRA

Cerimónia Evocativa do Centenário 
da 1.ª Grande Guerra 1914~2014



Vai ter lugar no próximo sábado,  25 de outubro, a Cerimónia Evocativa do Centenário da 1.ª Grande Guerra 1914~2014, promovida pela Câmara Municipal de Ílhavo em parceria com o Núcleo de Aveiro da Liga dos Combatentes.
Do programa, consta uma receção no Salão Nobre dos Paços do Município, pelas 10 horas, seguindo-se, às 11, no Jardim Henriqueta Maia,  a cerimónia de homenagem aos mortos da 1.ª Grande Guerra com a deposição de uma coroa de flores e descerramento de uma Placa Evocativa.
Esta será uma boa ocasião para em cada freguesia do município ilhavense se proceder ao levantamento das memórias de quantos participaram na guerra. Esta tarefa só será possível com o contributo dos familiares dos soldados que lutaram e morreram no conflito.


DIÁLOGOS COM DEUS EM FUNDO

Um livro de António Marujo



Na próxima segunda-feira, 27, pelas 18.30 horas, na Livraria Bucholz (R. Duque de Palmela ), vai ser lançado um livro do jornalista António Marujo, que inclui entrevistas que foi fazendo a pensadores do fenómeno religioso. A sessão conta com a presença do prof. Carlos Fiolhais. 
Diz o autor que os entrevistados são apresentados no livro pela ordem da publicação dos referidos textos. Assim, com esta obra, passaremos a ter acesso ao que pensam e dizem José Tolentino Mendonça, frei Bento Domingues, Joaquim Carreira das Neves, Mário Soares, Isabel Allegro de Magalhães, João Resina Rodrigues, José Augusto Mourão, Armindo Vaz, Horácio Araújo, Peter Stilwell, Maria de Lourdes Pintasilgo, Alfredo Bruto da Costa, Manuela Silva, D. Manuel Clemente, Alberto Azevedo, Teresa Toldy, Alfredo Teixeira, Anselmo Borges, Luís Archer, Dimas Almeida, D. Januário Torgal Ferreira, Laura Ferreira dos Santos, Joaquim Guerra e José Mattoso.
António Marujo sublinha que «Há um problema velho de décadas no catolicismo português: a quase ausência de uma reflexão, e de uma reflexão pertinente, sobre a sociedade, a experiência cristã e a própria questão de Deus». E acrescenta que um dos seus propósitos «tem sido o de dar expressão de cidadania à teologia, à reflexão sobre Deus, ao debate sobre a vida a partir da experiência crente. O debate cultural não pode continuar a remeter para a clandestinidade essas vozes que, pela sua diferença, podem ser um contributo fundamental também para a definição das escolhas sociais. Pelo contrário: religiões e cultura têm que se abrir mutuamente, para permitir que a condição humana seja mais dignamente vivida por todas as pessoas».

"A MÃE E O MAR"

Um documentário de Gonçalo Tocha




Nós, os litorâneos, facilmente nos apaixonamos por tudo o que diz respeito ao oceano, ao qual estamos ligados umbilicalmente. Uns mais do que outros, está bem de ver. E dentro destes últimos, destaco, permitam-me, Ana Maria Lopes que, no seu blogue, nos vai dando conta do que surge de interesse. Desta feita, um documentário, "A MÃE E O MAR", realizado por Gonçalo Tocha, filmado na praia de Vila Chã, em Vila do Conde.
Como gostei de ler, que não de ver o filme ainda, apresso-me a recomendar a descrição que dele faz Ana Maria Lopes,  no seu Marintimidades.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

COLÓNIA AGRÍCOLA DA GAFANHA

Subsídios para a sua história

Homenagem ao Colono

Placa com nome do autor da escultura

Lista de colonos

Um dia destes andei pela Mata da Gafanha, de que já falei neste meu blogue. Uma vez mais, reparei e fotografei, na rotunda central da Colónia Agrícola, a homenagem prestada aos colonos, cuja chegada registei na minha juventude. Vieram para agricultar areais inóspitos preparados para os receber. Depois, assisti à queda do projeto, que, julgo eu, não deu o que tinha sido sonhado. Mas a vida continua.

Em 2010 escrevi o que se segue:

«É pertinente sublinhar, meio século passado, a importância da Colónia Agrícola da Gafanha para a região. Dezenas de famílias nela se estabeleceram, criando raízes que perduram. Mas não foi fácil a vida de muitos colonos que aceitaram o desafio do Governo.
Compará-los com os primeiros gafanhões que desbravaram as dunas, criando riqueza agrícola à custa de muita tenacidade e coragem, é injusto. Os gafanhões não tinham, nos seus horizontes, outros estímulos para além da terra que a natureza lhes ofertava. Não tinham outra saída, que não fosse cavar e cavar, semear e voltar a semear, colher pouco, que muito só por milagre…
Os colonos, aqui chegados, não puderam deixar de mirar ao largo o que havia: secas, oficinas, navios, ria, mar, indústrias várias, mais perto ou mais longe, com acessos fáceis e com meios de transporte.
Os colonos gozavam de apoios variados: técnicos, sementes e gado selecionados, equipamento agrícola, incentivos, casa para viver. Mas nem isso os impediu de rumar a outras atividades. A Colónia entrou em degradação e hoje é uma pálida ideia do projeto inicial.»

Um pouco da história da Colónia Agrícola pode ser lido aqui

terça-feira, 21 de outubro de 2014

UMA QUESTÃO PARA PENSAR UM POUCO

Greve ou terrorismo? 

«Com efeitos já sentidos no dia de hoje, inicia-se mais uma greve dos trabalhadores do Metro de Lisboa, uma das empresas que mais tem contribuído para as dificuldades de consolidação, destinatária de vultosas transferências e senhora de uma gigantesca dívida. Fundamenta-se a greve na oposição dos trabalhadores à intenção de privatizar a gestão do negócio do Metro, bem como em razões que se prendem com condições de trabalho.
Leio, estupefacto que, entre estas últimas avulta a reivindicação do pagamento de um subsídio de assiduidade. Isto é, um subsídio devido a quem compareça para trabalhar!»

Ler  aqui

POSTAL ILUSTRADO: MATA DA GAFANHA

 A Mata da Gafanha merece mais atenção 




A Mata da Gafanha, que se estende da parte norte da Gafanha da Nazaré até à Gafanha da Boa Hora, é, indiscutivelmente, um ex-líbris da nossa região, porém, nem sempre reconhecido como tal. Talvez por isso, raramente se fala da mata e da sua real importância, como zona verde com imensa capacidade de purificar o ar e útil na fixação das areias dunares, para além de cortar a ação dos ventos, fortes quanto baste, que outrora, tal como hoje, prejudicavam as culturas das povoações vizinhas Para além disso, não será nunca de menosprezar o seu interesse económico. 
Por outro lado, a Mata da Gafanha não tem sido suficientemente aproveitada a nível paisagístico, turístico e mesmo de lazer, apesar de possuir algumas infraestruturas conhecidas e espaços convidativos ao descanso.
O padre João Vieira Resende diz, na segunda edição, de 1944, do seu livro “Monografia da Gafanha”, que «A sementeira do penisco, começada a norte em 1888, tem sido muito morosa, ultrapassando somente depois de 1939 o sítio da capela de N. Senhora-da-Boa-Hora. Hoje [1944] está ligada com a Mata de Mira.»
A sementeira do penisco, como se compreenderá, necessitou de mão-de-obra de muitos gafanhões e não só.
Todos sabemos que há moradores, serviços, equipamentos sociais, culturais desportivos e religiosos, bem como algumas festas que dão vida àquela zona verdejante, mas realmente há espaço para muito mais. De qualquer forma, aqui fica o convite para que a visitem e a usufruam. 

Fernando Martins

ARES DE OUTONO: ROLAS EM RAMOS SECOS


O verão acordou estremunhado, mas acordou mesmo. Pode ser um desabafo de arrependimento pela falta que nos fez, mas vamos tê-lo por uns dias. Depois se verá. Contudo, as marcas do outono estão aí, como bem o demonstra este casal de rolas que descansa em ramos secos. Boa semana de trabalho, e não só, para todos.