terça-feira, 15 de outubro de 2013

SCHOENSTATT em jubileu

Bispo de Aveiro preside à celebração
da abertura do Ano Jubilar




Este jubileu será uma excelente oportunidade para a renovação da Aliança de Amor, rumo à construção de um homem novo para uma nova sociedade.


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“Gafanha… Retalhos do passado”


Um novo livro 
de Maria Teresa Filipe Reigota




Quatro anos depois de publicar “Gafanha… o que ainda vi, ouvi e recordo”, Maria Teresa Filipe Reigota oferece aos interessados pela história gafanhoa, e não só, um novo trabalho, que batizou com o nome de “Gafanha… Retalhos do passado”, com edição do Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo e apoio da Câmara Municipal de Ílhavo e da Junta de Freguesia de São Salvador. Uma ajuda especial veio de seu marido, João Fernando Moço Reigota, fundador e presidente da direção daquele Rancho, a quem a autora dedica esta obra.
Teresa Reigota, para além das tarefas profissionais, como professora do Ensino Básico, fez parte do grupo fundador do Rancho Regional liderado por seu marido, mas a sua veia de estudiosa tem-se afirmado no âmbito da investigação e recolha das tradições etnofolclóricas, aproveitando uma faceta que muito aprecio, qual é a de reter na mala das recordações retalhos do passado que merecem ser contados, fundamentalmente com sentido pedagógico. Não é por acaso que se garante que o presente se alicerça na vida e no pensar dos nossos avós, sendo certo que o futuro sem memória pode correr o risco de perder o norte.

Evocando…

15 de outubro de 2013

Faria, hoje, 94 anos, se não tivesse havido a precipitação da sua partida. O enorme temporal que se abateu no país e, particularmente, na nossa zona, parece ter arrastado o Zé da Rosa, no caudal dos destroços e da destruição que abalou a natureza.
Sempre em sintonia com a mãe natura, da qual herdou o apelo telúrico que tão intensamente, transmitiu a esta sua descendente, parece ter sentido o chamamento para o retorno à paz, à harmonia, à bem-aventurança.
Ainda não deixei de matutar na relação entre a sua partida e o amainar da tempestade. Esperou que ela acalmasse, para na serenidade e pacificação, deixar este mundo!
Ficou uma imensa saudade e uma marca indelével, naqueles que hão de perpetuar a sua memória.

Aniversário - 15 de outubro


Já partiste deste mundo
Onde muito peregrinaste!
Sentir e pesar profundo
É o rasto que deixaste!

dedicação foi total,
a causas que abraçaste!

Respeitamos tua memória,
Os teus códigos de valor!
Seremos nós para a história
As pétalas da tua flor!


M.ª Donzília Almeida

14 de Outubro de 2013



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Vai faltando paciência para tanta conversa

O perdoado que não perdoa

Frei Bento Domingues

1. Vai faltando paciência para tanta conversa sobre a situação de Portugal antes, durante e depois da troika. Conversas de avaliações e mais avaliações, de segundo resgate ou não, de programas cautelares, de ajustamentos e desajustamentos, de renegociação da dívida, de pedido de mais tempo, de ameaças com os nossos misteriosos credores, de promessas de regresso aos mercados, de recessão com ou sem espiral e com medições fantasiosas dos défices na elaboração dos orçamentos que não são para entender, mas para sofrer.
Conversas sobre a dívida pública, em crescimento, acompanhada de austeridade e mais austeridade, de cortes e mais cortes nas magrezas das pensões da gente que não é rica, com a máquina de fazer desempregados, de tornar os pobres mais pobres e os remediados sem remédio.
Conversas nos jornais, nas rádios e televisões sobre aumento da emigração e diminuição do acesso ao ensino superior, sobre a impossível renovação etária e a solidariedade entre gerações, os idosos estarão a mais e as crianças não serão a esperança.
O recurso ao vocabulário psicanalítico - de masoquistas a sádicos - para classificar o comportamento dos portugueses sobre a sustentabilidade ou insustentabilidade da dívida tornou a conversa fiada numa troca de insultos. A Constituição da República e o Tribunal Constitucional surgem como cartas fora do baralho.

Blogue da Semana


Ana Maria Lopes mostrando talheres do Titanic (Foto da RR)


Destaco para esta semana o blogue "Marintimidades", que tem por arrais Ana Maria Lopes, especialista em temas marítimos e outros, relacionados com a Ria de Aveiro.
Lê-se na abertura do blogue que «"Marintimidades" foi criado para falar das coisas do mar, da ria, de embarcações, de artes, de museologia marítima e de eventos que surjam dentro desta área, publicitando-os, e sobre eles detendo um olhar...»

Medo

«Um dos efeitos do medo 

é perturbar os sentidos e fazer que as coisas 

não pareçam o que são»


Miguel de Cervantes Saavedra 
(1547-1616), escritor espanhol

No PÚBLICO de ontem

Santuário de Schoenstatt

21 de outubro



No dia 21 de outubro de 1979, foi solenemente inaugurado o Santuário de Schoenstatt na Colónia Agrícola da Gafanha da Nazaré, em cerimónia presidida pelo Bispo de Aveiro, D. Manuel de Almeida Trindade. Participaram muitos membros do Movimento, bem como peregrinos, simpatizantes e amigos, todos envolvidos na esperança de contribuírem para a construção «do homem novo para uma nova sociedade», seguindo a espiritualidade apoiada em três grandes pilares: Nossa Senhora, Santuário e Fundador do Movimento, Padre Kentenich
A Primeira Pedra, a Pedra Angular, veio de Roma e foi abençoada pelo Papa João Paulo II. Tem incrustada na face frontal uma outra pedra trazida do túmulo de S. Pedro, na qual está gravada a inscrição “Tabor Matriz Ecclesiae”, que mais não é do que a missão deste Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt.
O Santuário de Schoenstatt, declarado por D. António Marcelino como Santuário Diocesano, em 21 de setembro de 1993 (completou, portanto, 20 anos; também é dia do aniversário natalício de D. António Marcelino), congrega pessoas de todas idades e condições sociais, dando testemunho de que ali é bom estar.
Os impulsionadores da construção foram as Irmãs de Maria, à frente das quais estava a Irmã Custódia, os Padres Miguel e António Borges, e Vasco Lagarto.
A construção importou em cerca de mil contos, sendo de distinguir a contribuição de todos quantos se encontravam sensibilizados para a vivência espiritual do Movimento.
Das diversas ofertas salientamos as seguintes: Altar – Instituto das Irmãs de Maria do Brasil; Imagem da Mãe – Instituto dos Padres de Schoenstatt de Portugal; Moldura Luminosa – Senhoras de Schoenstatt; Janelas – Casais do Movimento; Campanário – Mães de Salreu; Bancos – Um casal de Lisboa; Alicerces – Mães da Gafanha; S. Miguel – Padre Miguel e Mães; Custódia – Mães da Gafanha; S. Pedro e S. Paulo – Padres Diocesanos; Espada de S. Paulo – Rapazes do Movimento.

Fernando Martins



sábado, 12 de outubro de 2013

Deus ainda tem futuro?

Perguntar: "Deus ainda tem futuro?" não é contraditório? (Para os crentes terá até sabor a blasfémia). De facto, se Deus não existir, a pergunta não tem sentido. Mas também não tem sentido se Deus existir, pois faz parte do conceito de Deus ser Presença eternamente presente. A pergunta supõe, pois, um acrescento implícito: Deus ainda tem futuro na e para a Humanidade?

Com razão, perguntava Karl Rahner, talvez o maior teólogo católico do século XX: O que aconteceria, se a simples palavra "Deus" deixasse de existir? E respondia: "A morte absoluta da palavra "Deus", uma morte que eliminasse até o seu passado, seria o sinal, já não ouvido por ninguém, de que o Homem morreu."

Václav Havel, o grande dramaturgo e político, pouco tempo antes de morrer, surpreendeu muitos ao declarar que "estamos a viver na primeira civilização global" e "também vivemos na primeira civilização ateia, numa civilização que perdeu a ligação com o infinito e a eternidade", temendo, também por isso, que "caminhe para a catástrofe".

Viver em atitude de gratidão

Elogio a quem agradece


Georgino Rocha


O elogio surge da boca de Jesus numa povoação onde passava a caminho de Jerusalém. Com ele, iam os discípulos desejosos de colher os seus ensinamentos. Sai-lhe ao encontro um grupo de dez leprosos que, em voz alta, imploram a sua compaixão. Jesus põe-nos à prova, encaminhando-os, de acordo com a Lei judaica, para os sacerdotes. E não diz, nem faz mais nada. No percurso, acontece a maravilha da cura. O grupo continua a viagem; mas um não, e regressa junto de Jesus para lhe expressar a gratidão pelo benefício alcançado. E este era estrangeiro, samaritano, de outra etnia cultural e religiosa, excluído das bênçãos prometidas aos Judeus.

Uma folha cai ao céu




Que sociedade estamos a construir? Que sociedade queremos? Quando acordamos para combater o mundo sem alma? Quando cuidamos dos nossos maiores como eles cuidaram de nós?

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Tempo de luto

Quando soube do falecimento de D. António Marcelino, resolvi suspender a habitual edição do meu blogue, em jeito de luto, até ao funeral do saudoso Bispo Emérito de Aveiro. Era o mínimo que podia fazer em homenagem ao prelado aveirense a quem devo a minha ordenação diaconal, em 1988, fez há dias 25 anos. Limitei-me, pois, a publicar textos alusivos ao que a Diocese estava a viver, em relação ao bispo que Deus chamou para descansar a Seu lado, como creio, pela fé que me anima. 
Antes, contudo, de voltar à edição desde meu espaço, quero, ainda, tornar público o que há três anos escrevi sobre D. António Marcelino, como simples recordação do que então senti, que coincide com o que sinto hoje.

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D. António Marcelino: Um bispo sempre a correr


Com a resignação de D. Manuel de Almeida Trindade, D. António Marcelino passa a Bispo Residencial de Aveiro em 20 de Janeiro de 1988. No final do ano, anuncia o Congresso dos Leigos que haveria de mexer com crentes e comunidades. Ordena os primeiros Diáconos Permanentes da Diocese de Aveiro e a Igreja aveirense inicia assim uma dinâmica mobilizadora de novos desafios, enfrentados, de certo modo, a partir do II Sínodo Diocesano, que se realizou entre 1990 e 1995.
A nossa diocese tinha agora um corredor de fundo a liderá-la. Um bispo que não pára, que quer estar em todas as frentes, que estimula alguns mais adormecidos, que dá o exemplo da frontalidade num mundo a caminhar a passos apressados para a secularização, que salta para a comunicação social onde se sente como peixe na água, que dá a cara na denúncia das injustiças, que prega um Reino de Deus na terra e para o tempo presente.
Pioneiro nos media, para uma nova evangelização, D. António Marcelino nunca foi um bispo de gabinete, privilegiando antes a acção no meio da massa, ao jeito de querer ser fermento de um mundo novo.
Cria o ISCRA (Instituto Superior de Ciências Religiosas) e lança o CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), porque aposta na formação permanente de todo o Povo de Deus. Participa em Sínodos de Bispos e em congressos, faz conferências e orienta retiros. E escreve sempre, semanalmente, no Correio do Vouga e noutros jornais. Dá entrevistas e atende ao telefone quem precisa de lhe falar com alguma urgência.
As visitas pastorais não cessam, os encontros de jovem não são descurados, as visitas a doentes e idosos comovem-no. O passar do milénio levou-o a todas as paróquias da diocese durante um ano. Quem esteve atento, por devoção e obrigação, como eu estive, não pode deixar de admirar este bispo que tudo queria fazer depressa, depressa, com medo de não chegar a todo o lado. E falava como vivia ou como gostava de viver: sempre a correr.

Fernando Martins

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Mensagem à Diocese do Bispo de Aveiro

No falecimento  de D. António Marcelino 


Faleceu hoje, tarde do dia 9 de Outubro, no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, o senhor D. António Baltazar Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro.
Nasceu D. António Marcelino a 21 de Setembro de 1930, na freguesia de Lousa, concelho de Castelo Branco, diocese de Portalegre e Castelo Branco. Oriundo de uma família profundamente cristã era filho de Manuel de Almeida Marcelino e de Maria Cajado.
Desde cedo manifestou o desejo de ser sacerdote. Ingressa no Seminário Menor de Gavião e daí passa, cinco anos depois, para o Seminário de Alcains onde frequenta os anos do Curso Filosófico. No Seminário Maior da Diocese, sedeado na vila de Marvão, conclui o Curso Superior de Teologia.
É ordenado presbítero pelo senhor D. Agostinho de Moura na Catedral de Castelo Branco, em 9 de Junho de 1955. Enviado para Roma prossegue os seus estudos de Direito Canónico na Universidade Gregoriana.
Regressado a Portugal, inicia em 1958 o seu múnus pastoral como professor do Seminário recém-inaugurado da Diocese, em Portalegre, e aí lecciona Direito Canónico, Teologia Moral e Filosofia.
Passado algum tempo é incumbido pelo seu Bispo de iniciar o Movimento dos Cursos de Cristandade, levando a outras dioceses de Portugal este Movimento.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Exéquias de D. António Marcelino

Na sequência da informação do falecimento de D. António Baltasar Marcelino, a diocese de Aveiro torna público que as celebrações exequiais decorrerão em Aveiro do seguinte modo:

10 de outubro - quinta-feira

Da parte da manhã o corpo será colocado na igreja do seminário de Aveiro

19h00 – Eucaristia
21h30 – Vigília de oração

11 de outubro – sexta-feira

09h00 - Laudes e transladação para a Sé de Aveiro
15h00 - Eucaristia exequial na Sé de Aveiro, seguindo depois o cortejo fúnebre para cemitério central de Aveiro

A diocese de Aveiro a viver em missão jubilar está unida na oração e gratidão a Deus pela vida e ministério de D. António Baltasar Marcelino.

D. António Marcelino regressou à casa do Pai

Que Deus o aconchegue
no seu regaço maternal

A triste notícia do falecimento de D. António Marcelino chegou-me pelo telefone, abruptamente. O choque que senti não tem palavras que o definam. Embora esperada a sua partida para o seio de Deus, fiquei, contudo, com a tranquilidade necessária para a aceitar, porque acredito que D. António Marcelino intercederá por nós junto do Senhor de todos os dons. 
D. António passou pela Diocese de Aveiro como um corredor de fundo, animando tudo e todos, rumo a uma Igreja mais aberta ao mundo dos homens e mulheres destes tempos. Rápido no pensar e no agir, foi dos bispos que mais apostaram na comunicação social, qual profeta que denuncia as injustiças, mas que não deixa de proclamar caminhos que nos conduzam a uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais caritativa e mais solidária. 
Nesta hora difícil, louvo a Deus pelos ensinamentos que dele recebi, pelo seu testemunho de crente e de bispo que me ordenou diácono permanente, pelo homem corajoso que enfrentou com determinação os desafios do Vaticano II, na convicção de que a Igreja Católica e o mundo só teriam a ganhar com as luzes que do concílio dimanaram.
Que Deus o aconchegue no seu regaço maternal. 

Fernando Martins

A morte também se lê: António Marcelino

 “Sem Memória 

e sem Tempo de memória fecunda, 

não existimos e morremos lentamente”




Tento escrever na eminência do fim. Emperro. A amizade que faz crescer, a instituição que não tem mão pesada e a história feita em comum, ambas se tornam Vida, Memória e Fé. António Marcelino está gravemente doente. Deseja morrer em terras de Aveiro. Releio o seu artigo no Correio do Vouga, 18 setembro 2013, seu “testamento vital”. Volto ao texto próprio “Um homem para os outros!” que escrevi em 08-12-2006, e lhe enviei por e-mail, de modo privado, e no modo do seu pedido para a publicação imediata como “carta aberta” no CV. Ao querer “facilidades”, emperro cada vez mais. 

Se o arrependimento fosse causa de morte, eu continuava vivo. É certo que arrependo-me perante certos «Mestres», que foram apreciados pelo filtro do Evangelho; na medida em que apontam e fazem luz sobre o verdadeiro Mestre dos mestres: Jesus Cristo. Como na parábola moderna da caminhada na praia, na hora do Gólgota, serão levados no colo de Deus. É disto que sinto necessidade de escrever com a intuição do instante. A relação com esse «tipo» de mestre cristificado arrasta somente para Deus, vida abundante (cfr. Jo 14,6;12). 

Padre Pedro José 

Ler mais aqui

Ler a crónica de D. António de 18 de setembro aqui

Mensagem do Bispo de Aveiro

D. António Marcelino


Quero que a minha primeira palavra se volte para Deus, pedindo-Lhe bênção e ajuda para o Senhor D. António Marcelino, que se encontra doente. O Senhor D. António Marcelino foi recebido no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, e aí foi acompanhado clinicamente para proceder a exames que exigiam internamento hospitalar. De Aveiro foi transferido, uma semana depois, para os Hospitais Universitários de Coimbra para prosseguir esses exames.
Sentindo que é muito delicada a situação de saúde do Senhor D. António Marcelino, venho pedir que todos nós o tenhamos presente na nossa dedicação e oração. Confiamo-lo ao amor e à bondade de Deus, ao carinho e comunhão de todos nós e ao contínuo e permanente saber de quantos dele cuidam, o visitam e acompanham com dedicação e competência.
As horas de sofrimento e de doença unem-nos mais ao amor redentor de Deus e fortalecem o nosso viver na comunhão e na oração da Igreja de Aveiro e na gratidão ao Senhor D. António Marcelino que a serve com inexcedível generosidade e entrega.

António Francisco dos Santos, 
Bispo de Aveiro

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Cápsula do Tempo — Memórias da Grande Pesca

NO MUSEU MARÍTIMO DE ÍLHAVO, 
ATÉ 13 DE JANEIRO DE 2014




«Pode uma baleeira do Bissaya Barreto, antigo navio-motor da frota bacalhoeira portuguesa, navio construído e batizado na Figueira da Foz em 1942, guardar de forma inviolável preciosas memórias da Grande Pesca? Pode um barco de madeira recuperado por antigos artesãos de construção naval vir a ser uma Cápsula do Tempo?
A memória social não é de ninguém. Por isso, não pode nem deve ser “encapsulada”. A não ser que queiramos tomar a ideia de reter ou “encapsular” o tempo como metáfora libertadora da própria recordação.
Os museus comprometidos com o trabalho identitário assumem a condição utópica de guardiões da memória. O Museu Marítimo de Ílhavo tem dedicado o seu projeto cultural nas representações construídas sobre a pesca do bacalhau, num processo de patrimonialização que procura ser aberto e pluralizador, socialmente responsável.»


Ler todo o texto de Álvaro Garrido aqui

Cortes nas pensões

Bispos expressam “grande preocupação” 

com cortes nas pensões de sobrevivência






Os bispos católicos portugueses expressaram nesta terça-feira “uma grande preocupação” com o anunciado corte nas pensões de sobrevivência, disse hoje em Fátima o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Manuel Morujão.


Li no PÚBLICO

E o economista Miguel Beleza afirma que  Cortes nas pensões de sobrevivência só avançam porque visados “não podem fugir"

A velhice e as rugas

"A velhice faz-nos mais rugas no espírito do que na cara"


Montaigne (1533-1592), escritor francês

No PÚBLICO de hoje


Missão Jubilar — Dia da Procissão

Na Gafanha da Nazaré, 

a procissão sai da igreja da Chave para a igreja matriz, 

pelas 21 horas





Com a procissão de velas que vamos realizar no dia 11 de Outubro, antevéspera do aniversário da última aparição de Nossa Senhora em Fátima,
queremos voltar o olhar do nosso coração para Maria. Ela é modelo de fé, medianeira de graça, companheira de caminho, intercessora junto de seu Filho, Jesus. Ela é Mãe de Deus, Mãe da Igreja e nossa Mãe.
Com Ela caminhamos: Ela é cheia de graça. Com Ela acreditamos: Ela é Mestra na escola da Fé. Com Ela rezamos: Ela tem um lugar incontornável na história da salvação.
Em comunhão com o Papa Francisco consagramos o Mundo e confiamos a nossa Diocese ao olhar vigilante e maternal de Maria.
Convido toda a Diocese a louvar Maria e a sentir o olhar terno e o coração atento da Mãe de Deus sobre cada um de nós e sobre todos quantos aqui vivem.
Em cada vela acesa e na luz que da procissão irrompe espelha-se o olhar de Maria e manifesta-se o amor do seu coração às nossas famílias e à nossa Terra. “Um dia vou louvar Maria…Hoje é o Dia!”

António Francisco dos Santos, 
Bispo de Aveiro

Perdão da dívida

Crónica de Bento Domingues, 

no PÚBLICO de domingo




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O Marnoto Gafanhão — 11

Um texto inédito de Ângelo Ribau Teixeira


Que vida esta!



Começava mais uma época de trabalhos, que era exclusiva dos marnotos da Gafanha já que, os de Aveiro, não tendo terras, se limitavam a consumir o tempo, visitando de vez em quando a salina, acautelando alguma “cambeia” que as marés vivas tenham provocado, ou passeando debaixo dos arcos do Hotel Arcada, local soalheiro e abrigado dos ventos do nordeste, que no inverno enregelavam o corpo até aos ossos…
Enfim, cada qual nasce para o que nasce!
E para o Toino não era nada bom ser filho de lavrador, com terras! 
E lá foram na segunda-feira seguinte para os viveiros da “Corte do Paraíso” começar com a apanha do moliço. O pai do Toino com um ancinho e a gadanha ao ombro, o Toino com um ancinho, montam cada um na sua bicicleta e toca a andar em direção ao… “Paraíso”??!!!
Atravessaram a ponte de madeira que liga á estrada que dá a Aveiro e aí foram a caminho dos “moinhos”, onde se localizava o Paraíso. O vento norte corria de mansinho, mas frio como o gelo. As orelhas e as mãos sentiam-no bem. Pior seria quando tivessem, ao chegar ao viveiro, de tirar as calças, ficar em cuecas e entrar na lama. “Enfim, veremos…”, ia cogitando o Toino, tentando meter uma mão no bolso e conduzindo a bicicleta sem mãos.
Chegaram. Calças fora, cuecas arregaçadas e toca de descer para o viveiro.
— É pá! — diz o pai do Toino para um cunhado —  Está mesmo frio… Toca a gadanhar para aquecer. Enquanto nós cortamos o moliço, o Toino com o ancinho vai-o juntando em montes pequenos para depois serem “zurrados” para junto da estrada, d´onde mais tarde serão carregados para os carros de bois, que o conduzirão às terras, na Gafanha.
Com o correr do dia, e como o céu se encontrava límpido, o sol ia aquecendo o ar ambiente, mas não a lama onde se enterravam os trabalhadores. O corpo com o trabalho, aquecia. Mas as pernas e os pés, valha-lhes Deus, nem os sentiam…

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

As Pontes


Ponte no Jardim Oudinot

A ponte da foto substituiu a velha Ponte da Cambeia que conheci desde menino e que o progresso deixou que morresse. A outras aconteceu o mesmo. E vieram novas pontes mais de acordo com a vida atual. Não sou nostálgico ao ponto de carpir mágoas por ver  as que substituíram as primeiras pontes da Gafanha da Nazaré. Hoje, contudo, e a propósito desta foto guardada nos meus mal arrumados arquivos, apetece-me frisar a importância de estabelecermos pontes nas nossas relações pessoais e familiares, como fundamentais a uma vida social mais equilibrada. 
Depois das eleições autárquicas, que protagonizámos há dias, urge unir esforços para todos contribuirmos para o progresso sustentado das nossas terras e comunidades. Construindo pontes firmes que impeçam conflitos e guerras, que a nada conduzem.

Outras formas de blogar

"Outras formas de blogar" vai ser uma rubrica, sem dia nem hora certos, para sublinhar o que me dá gozo no mundo da blogosfera



Hoje registo, com muito gosto, dois blogues de duas jovens artistas que aprecio e de quem sou amigo desde sempre. Os meus parabéns, pois, para:

Sara Bandarra

e Cláudia Ribau


Reformar é também cortar...

Para pensar um pouco, que também é preciso


«Reformar é também cortar, e só o mais néscio dos observadores presumiria que Portugal sairia de uma falência das suas contas públicas sem prejuízos, perdas e danos para todos. Evidentemente, o desejável seria não termos chegado a esta humilhante situação de, pela terceira vez em pouco mais de trinta anos, sermos obrigados a submeter o nosso poder de decisão às decisões impostas pelos nossos financiadores, que, naturalmente, perante o descontrolo dos nossos gastos, nos obrigam a medidas draconianas e a custos elevados pelo dinheiro que (ainda) nos emprestam.»

Ler aqui...