domingo, 27 de novembro de 2011

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 265


DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 48 



ADIVINHAS 

Caríssima/o: 

Pois a bicicleta também pode ser um brinquedo e objecto de brincadeira. Há quem tudo aproveite e, fazendo-nos sorrir, também nos ponha a pensar... 
Seja então a brincar que hoje vamos de bicicleta até às adivinhas; e se umas já são muito “batidas”, pode ser que ao menos nos distraiam; se nem isso, com pedalada suave afastemo-nos e procuremos um bom domingo ao ar livre. 

Vamos então à primeira adivinha: 

1 - Qual é coisa, qual é ela 
que é redonda como o sol, 
Tem mais raios do que uma trovoada 
E anda sempre aos pares? 

Não está muito escorreita, mas aceitemos a resposta: “a bicicleta”. 

E a segunda pergunta assim:

Uma reflexão para este domingo:



ESPERA VIGILANTE E ACTIVA
Georgino Rocha

Era costume dos judeus abastados e ricos, quando tinham de se ausentar, confiar os seus bens aos cuidados dos servos, atribuindo-lhes responsabilidades concretas. Deviam desempenhá-las bem até que os patrões regressassem, não deixando ou enviando qualquer pré-aviso. O proceder dos servos manifestava a qualidade da relação com os seus senhores.
Jesus conhece bem os usos e costumes dos seus conterrâneos. Recorre frequentemente a eles, dando-lhes novas dimensões, enriquecendo-os com elementos que abrem horizontes mais vastos e interpelantes. Com estes recursos pedagógicos, os discípulos podem captar mais facilmente a mensagem que lhes quer transmitir. Hoje, lança mão da parábola do dono da casa que a confia aos seus empregados e parte de viagem. Deixa duas recomendações: cumprir responsavelmente a tarefa atribuída e estar vigilantes. E adianta uma breve explicação: O regresso pode acontecer a qualquer hora. O que vos digo a vós, digo-o a todos.

sábado, 26 de novembro de 2011

Vida e Harmonia captadas por Carlos Duarte

Fotografia de Carlos Duarte

O fotógrafo artista nunca passa indiferente pelo mundo que o rodeia. O comum dos mortais é que nem sempre capta a beleza que o envolve, a não ser que ela o provoque, despertando-o da sua apatia.
O Carlos Duarte habituou-nos, e ensinou-nos, a prestar atenção a quanto nos cerca. Neste registo, lá estão, na paleta das cores, as tonalidades fortes envolvendo a fonte de luz, a nervura da vida e o negrume da noite que tudo quer dominar. O verde da esperança e o azul do céu, de braço dado, libertam-se das trevas.  Mas deste quadro sobressai ainda a certeza de que a claridade é  sinal de vida e  harmonia, que se abraçam ternamente.   

FM

Quem pode pôr em dúvida a dramática crise de Deus?


CRISES E OPORTUNIDADES (2)
Anselmo Borges

Como escrevi aqui, no sábado passado, a crise faz parte da realidade. A evolução, desde o Big Bang, há 13 700 milhões de anos, foi deparando com crises e até becos sem saída, mas encontrou oportunidades, foi oportunista: a prova é que estamos cá.
Há transformações que implicam a mudança de paradigma - paradigma é, segundo Th. Kuhn, "an entire constellation of beliefs, values, techniques, and so on, shared by the members of a given community" (uma constelação total de crenças, valores, técnicas, etc., partilhados pelos membros de uma determinada comunidade). Ora, os paradigmas entram em crise. Por exemplo, o paradigma moderno entrou em crise e já se fala em macroparadigma pós-moderno: já não eurocêntrico, pois o mundo tornou-se multipolar; já não androcêntrico, pois tem de haver parceria entre homens e mulheres; a economia de mercado tem de ter sentido social e ecológico; impõe-se o diálogo inter-cultural e inter-religioso...

UM ANO SEM HOMILIAS NAS IGREJAS?

«Há algum tempo eu havia escrito alguns apontamentos para um artigo quase sério depois de ter ido à missa e ter sofrido durante uma homilia. O início da celebração havia sido muito bonito, tínhamos entrado em um singelo crescendo em direção ao momento central; mas mais de 15 minutos de homilia, talvez não do mesmo grau de intensidade, me haviam feito experimentar um processo inverso.
A reportagem é de Marco Tosatti e está publicada no sítio Vatican Insider, 22-11-2011. A tradução é do Cepat.»
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

DIA INTERNACIONAL PARA A ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA SOBRE A MULHER - 25 de novembro




Aquele que maltrata uma mulher 
desceu à bestialidade dos primatas 
Maria Donzília Almeida
“Na mulher, não se bate 
nem com uma flor...”
De forma simbólica, estão aqui representadas duas formas antagónicas de lidar com a mulher. Se por um lado até o afago duma flor parecerá excessivo à delicadeza e fragilidade da mulher, quando se fala da outra face da moeda, de violência, de grosseria, está a levantar-se o véu dum problema social, que não é só dos nossos dias e tem feito muitas vítimas, ao longo da história - a violência doméstica.
Considero que qualquer criatura que ouse beliscar, nem que seja ao de leve, a integridade duma mulher, deixa de ser considerado Homem! Aquele que maltratou aquela que é a depositária da vida humana, que transporta no seu seio o recetáculo da própria Vida... desceu à bestialidade dos Primatas!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

UNIVERSITÁRIOS DE AVEIRO AJUDAM COLEGAS

"Podia ser mais uma campanha de recolha de alimentos que se multiplicam na altura do Natal. A diferença desta iniciativa é ter sido feita por associações de estudantes da Universidade de Aveiro com o objetivo de ajudar outros colegas."
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Painéis cerâmicos: motivos profissionais




Este painel cerâmico, que registei na Rua Sacadura Cabral, Gafanha da Nazaré, é, de certo modo, uma homenagem aos nossos marnotos e moços de marinha. A safra do sal tende a extinguir-se por completo na zona aveirense, restando poucas marinhas, sendo uma delas espaço museológico (Marinha da Troncalhada). Por isso, julgo que urge avançar com registos que fixem para a história a vida de tanta gente que labutou na produção do sal. Posso adiantar que já lancei o desafio a um amigo, colaborador do meu blogue, para que avance com este projeto. Ficamos todos a aguardar. Porém, nada impede que outros o façam.

Presépios Tradicionais Portugueses

Na Assembleia Municipal de Aveiro, antiga Capitania


EUA e CANADÁ celebram Dia de Ação de Graças




Thanksgiving Day 
Maria Donzília Almeida

O Thanksgiving Day, Dia de Ação de Graças é um feriado celebrado nos Estados Unidos  e no Canadá, observado como um dia de gratidão, a Deus, pelas benesses ocorridas durante o ano. Neste dia, as pessoas dão graças com festas e orações.  Os primeiros Dias de Ação de Graças na Nova Inglaterra eram festivais de agradecimento a Deus, pelas boas colheitas anuais. Por esta razão, o Dia de Ação de Graças é festejado no Outono,  após a realização das colheitas e é comemorado na quarta quinta-feira de novembro. 
O primeiro foi celebrado em Plymouth, Massachusetts, pelos colonos que fundaram a vila em 1620.  Após péssimas colheitas e um inverno rigoroso, os colonos tiveram uma boa colheita de milho no verão de 1621. Por ordem do governador da vila, em homenagem ao progresso desta em relação a anos anteriores, uma festividade foi marcada no início do outono de 1621. Os homens de Plymouth mataram patos e perus. Outras comidas que fizeram parte do cardápio foram peixes e milho. Cerca de noventa índios também participaram da festividade. Todos comeram ao ar livre em grandes mesas. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Revista Evoluir: há em cada um de nós um poeta


Fernanda Reigota, à direita, com formandas

A revista EVOLUIR proporcionou 
necessidade e libertação para a escrita


No passado sábado, 19 de novembro, foi lançada uma nova revista, EVOLUIR, no salão da igreja paroquial da Gafanha da Nazaré e em Ílhavo, na pastelaria Mims, junto ao Centro Cultural. Trata-se de uma publicação nascida na aula de Escrita Criativa, da Universidade Sénior (US) da Fundação Prior Sardo, orientada pela professora Fernanda Reigota. Os textos são de Albertina Vaz, António Capote, Dores Topete, Fátima Martinho, Júlia Sardo, Maria Jorge, Maria Júlia Labrincha e Victor Cabrita. A coordenação esteve a cargo de Albertina Vaz, Dores Topete e Fernanda Reigota. A leitura de alguns trechos contou com fundo musical de acordes de guitarra clássica, com João Mónica a interpretar algumas melodias. 

A ideia da publicação desta revista surge no âmbito da disciplina de Escrita Criativa, «nas aulas e fora delas», como nos informa a professora Fernanda Reigota, animadora deste projeto nascido na US. Outros textos destes alunos já haviam sido publicados no blogue da universidade, Convida Saberes, e a determinada altura «a publicação [em revista] foi assumida por todos, como uma necessidade», afirma a nossa entrevistada. 
Num ápice, passou-se do projeto à sua concretização, depois da seleção, sempre com o objetivo de todos os alunos colaborarem, como veio a acontecer. «E agora vamos evoluir, porque a revista vai continuar; já estamos a escrever, com duas vertentes: a primeira, com a criação de uma narrativa coletiva, que seja testemunho da evolução da nossa sociedade, desde que nascemos, há mais de meio século; e a segunda, apoiando-nos em testemunhos, vivências, registos de figuras do concelho, mas também a partir de histórias contadas por pessoas, esperando delas licença para as recriarmos e publicarmos como testemunhos de vida», explica Fernanda Reigota.

UM SORRISO, UMA ESPERANÇA


Maria Donzília Almeida 

Solidariedade
Maria Donzília Almeida

Está a decorrer na escola, nesta semana de 21 a 25 de Novembro, uma atividade, em prol da LPCC- Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Teve como principais dinamizadoras, a professora de Moral e uma professora de História. Fazem parte de uma equipa de apoio à referida instituição, composta por várias pessoas, professores e funcionários, nas quais também me incluo. Cada um, conforme as suas aptidões e disponibilidade, colaborou com ideias e trabalho, na decoração do balcão de vendas, organização e angariação de “patrocínios”. É neste espaço que são expostos os vários artigos e acepipes, onde os alunos e restante comunidade escolar, vêm comprar, dando assim o seu contributo para a causa.
Num espírito de partilha e desprendimento, toda a comunidade contribuiu, no sentido de ajudar aqueles que já foram atingidos pelo cancro e/ou aqueles que poderão, no futuro vir a padecer do mesmo. A classe científica está a trabalhar, numa investigação intensa, almejando alcançar a cura desta enfermidade.
A venda e a extração de rifas, decorreu, hoje, toda a manhã. De tarde, chegou à escola, vinda do núcleo de voluntariado da LPCC de Coimbra, uma equipa, para dar aos alunos informação científica sobre o cancro. Esta decorreu em local acolhedor e muito confortável - a biblioteca da escola. Correu muito bem a palestra da jovem oradora, os alunos participaram com espírito cívico e no fim puseram, muito ordeiramente, as questões que a sua tenra idade, ainda lhes coloca.

Comunicação Social: É preciso remar contra a maré


Informar exige esclarecer-se

De quando em quando surgem notícias empoladas que, uma vez esclarecidas, já não encontram disponíveis aqueles que as deram para clarificar ou desmentir, se for o caso. As notícias referentes a casos que podem pôr em causa a Igreja têm nos jornais os jornalistas de serviço que mostram uma especial satisfação em dizer e em “morder”. Todos os dias há gente a reclamar e, quando muito, lá se atira para uma página de letra reduzida um desmentido a uma notícia que mereceu, ao dar-se, lugar de destaque.
No tempo em que as leis se respeitavam, obrigava-se a ser de outra maneira. Mas agora, os directores estão longe, os chefes não querem problemas, os colegas dizem que não é com eles e os tribunais sentenciam que não houve má-fé. Uma figura histórica famosa de França dizia: “Menti, menti, que alguma coisa fica!” E pronto, consciência tranquila e para a frente. Porque, para atrás, o coice já está dado.
Menos mal que não é sempre assim e não falta, na comunicação social, gente séria, correndo riscos, a remar contra esta maré negra.

António Marcelino

REMIND 25 – Exposição de FERNANDO GASPAR

No Museu da Cidade de Aveiro, entre 26 de novembro e 6 de janeiro 

Fernando Gaspar

No próximo dia 26 de novembro, vai ser inaugurada, no Museu da Cidade de Aveiro, a Exposição Individual REMIND 25, de Fernando Gaspar, natural de Vagos, evocativa dos seus 25 anos de carreira. Esta mostra é composta por obras originais e inéditas, subordinadas ao tema “Corpo Humano”. A exposição ocupa a totalidade das salas e os três pisos do Museu da Cidade, desenvolvendo-se através de um percurso. 
Nesta inauguração será apresentado o livro comemorativo, FERNANDO GASPAR - REMIND 25, que integra textos de convidados nacionais e estrangeiros, bem como a reprodução de todas as obras patentes na exposição. Trata-se de uma edição trilingue (português, francês e inglês).

O que é mais importante na relação da Igreja com a Cultura?


Não faz sentido que a Igreja pense 
em evangelizar sem «procurar 
a representação da Beleza»
Zita Seabra

A Igreja teve sempre uma relação privilegiada com a cultura. Ao pensar nos dois mil anos de Cristo, muitas das mais belas obras de arte têm a ver com o cristianismo e com a forma como se representa Deus e a Bíblia através da música, da pintura, da literatura e de todas as formas de expressão de arte. Abandonar a ideia do Belo e da sua busca, transformando a arte apenas num espaço vazio de sentimentos, faz perder a noção de Belo e afasta a Igreja daquilo que em muitos casos ela foi no encontro com as pessoas.
Não faz sentido falar de cultura sem falar da Igreja e não faz sentido que esta pense em evangelizar sem simultaneamente procurar a representação da Beleza. O papa Bento XVI tem falado e escrito sobre este tema, incentivando, tal como aconteceu noutras épocas, que a Igreja na sua liturgia e noutras formas de expressão não esqueça a procura do Belo. Esta demanda não se reduz ao património mas também se exerce nos dias de hoje, não deixando que algum mau gosto e incultura, que por vezes parecem sobrepor-se aos valores culturais inseparáveis dos valores espirituais, deixem abafar esse encontro constante entre Deus e a noção de cultura.
Há referências mundiais na literatura, na música, na arquitetura, na pintura. Não sei se a obra que na minha opinião mais nos aproxima de Deus, a Pietá, de Miguel Ângelo, podia ser feita sem o sentido de espiritualidade que ele coloca naquela escultura que nos espanta profundamente. No tempo atual também encontramos momentos assim, quando a fé e a cultura se juntam.

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Câmaras podem converter iluminações em ajuda a famílias carenciadas



EM ÉVORA 


«A Associação Comercial do Distrito de Évora propõe às Câmaras Municipais trocar as luzes de Natal por ajuda aos mais carenciados. É este o mote da campanha de Natal solidária denominada “Évora Distrito Mágico”. 
O objectivo é que os municípios disponibilizem parte da verba destinada à iluminação de Natal. O dinheiro será convertido em vales e entregue, posteriormente, a famílias necessitadas, que os devem trocar no comércio tradicional. 

Cáritas da Gafanha da Nazaré: Importa saber o que fazer e como fazer



O Grupo Cáritas Paroquial da Gafanha da Nazaré está a organizar uma ação de formação, aberta a todos os voluntários do Grupo Cáritas, amigos, parceiros e interessados na temática do voluntariado. 
Em tempos de crise e de maiores dificuldades, todos nós temos mais responsabilidade e o dever de ajudar ainda mais, ainda melhor. Para isso, é importante saber o que fazer, como fazer, quando fazer. A vontade de ajudar é o mais importante, mas o conhecimento torna-a mais eficaz. 
Por isso mesmo, e porque gostaríamos de poder conhecer os parceiros que partilham esta missão e estas ideias, teríamos muito gosto em recebê-los na Igreja Paroquial da Gafanha da Nazaré para uma aprendizagem conjunta, com o testemunho de alguns convidados, havendo momentos de partilha de experiências. 
A Formação realizar-se-á no dia 10 de dezembro, sábado, a partir das 13.45h no Auditório Priores, na Igreja Paroquial da Gafanha da Nazaré. 
Para mais informações, contactar com o Grupo Cáritas pelo telemóvel (968 800 862) ou por e-mail (gafanhadanazare@caritas.pt).

terça-feira, 22 de novembro de 2011

IGREJA CATÓLICA: O sentir do povo cristão


«Estes sentimentos tomaram ainda mais conta do meu interior por um filme que recentemente e ocasionalmente vi, chamado “Jude”, e que nos relata o conflito interior e com a sociedade e Igreja Instituição, neste caso Protestante, pelo facto de a tradição não ser escrupulosamente cumprida, mesmo que à custa da felicidade das pessoas. O que vivi no crisma e este filme trouxeram ao de cima em mim a incapacidade que continuo a ver na Igreja para repensar e eventualmente alterar muito do que vai propondo como caminho a seguir e preconceitos que continua a alimentar: seja na experiência cristã, seja na moral sexual, seja na concepção do matrimónio, seja em tantos outros campos onde a Igreja persiste em que o Homem do século XXI é o mesmo da Idade média ou do tempo do Império Romano, ou que o Homem da Europa é o mesmo que da Ásia. Igual, só mesmo na dignidade. Claro que me irão contrapor logo que o pensar da Igreja não anda ao sabor de modas. Concordo. Mas ao longo da história da Igreja o “sensus fidei” ou seja o sentir do povo cristão foi muito importante no evoluir do pensamento e da proposta de fé da Igreja. Recordo a título de exemplo o dogma da Imaculada Conceição. A minha questão é se hoje a Igreja, com medo e incapaz de enfrentar o que alguns possam vir a dizer ou fazer, não estará surda para esse dom de Deus que é o sentir do povo cristão. Se o escutássemos, creio que muita coisa, mesmo muita coisa, iria mudar. Pelo menos seríamos portadores e geradores de liberdade.»

Francisco Melo,
Prior da Gafanha da Nazaré

NOTA: Excerto do artigo "Gratidão e Liberdade", última página de o TIMONEIRO

A nossa gente: professor de guitarra clássica João Mónica



Tive o prazer de ouvir e ver, há dias, na apresentação pública da revista EVOLUIR, a que farei referência mais alargada muito em breve, o nosso conterrâneo João Mónica, professor de guitarra clássica, interpretando uma composição de Fernando Sor, clássico-romântico, séc. XIX.
Fico sempre satisfeito quando encontro gente nossa que se dedica à arte, mormente à arte musical. João Mónica, em curta entrevista, disse-me que é formado pelo Conservatório de Música de Aveiro, com o 8.º grau e formação complementar. Está prestes a abrir uma escola, dando aulas, presentemente, em sua casa, na Rua Dona Filipa de Lencastre, a alunos com mais de 50 anos. 
Na sessão de lançamento da revista EVOLUIR, manifestou o seu gosto pelo convite que lhe dirigiram para animar, com a sua guitarra clássica, a leituras de excertos dos textos publicados, disponibilizando-se  para colaborar noutros eventos. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O Ilhavense já com 90 anos


Torrão Sacramento, diretor de O Ilhavense


O Ilhavense já tem 90 anos de vida em prol de Ílhavo e suas gentes. Não é fácil atingir tal idade nos tempos de hoje, tanto das pessoas como das instituições, sobretudo quando se trata de uma publicação periódica. É que, neste caso, a vida depende em grande parte da capacidade de adaptação e de respostas concretas às épocas sempre em profundas mutações. Mas O Ilhavense consegue manter-se à tona, tanto pela aceitação das populações como, e sobretudo, pelo esforço de quem o dirige e o elabora dia após dia e nele colabora com dedicação.
Com uma semana cheia de trabalhos e um fim de semana com ocupações inadiáveis, só hoje posso felicitar O Ilhavense, na esperança de que eu próprio (e muitos da minha geração) possa associar-me às celebrações do seu centenário. Na certeza, obviamente, de que até lá vai prosseguir na caminhada, sempre atento ao que se faz de bom e belo nestas nossas terras, mas também com olho aberto para denunciar o que se não faz de positivo.

FM

Chaves: O meu amigo António Fernandes partiu para Deus


António Fernandes


Estive ontem em Chaves, terra que há muito me habituei a considerar como das minhas preferidas. Por lá passei férias tentando identificar-me com a cidade e arredores. Visitei aldeias mais ou menos badaladas e outras desconhecidas, li algumas obras etnográficas, visitei castelos, fortes e castros, provei águas termais (Chaves, Vidago, Pedras Salgadas e Carvalhelhos) e fui, com a família, vezes sem conta, a salto, por carreiros pouco visíveis, a Espanha, numa altura de contrabando semiautorizado. Saboreei o vinho dos mortos, em Boticas, assisti à chega de bois, em Montalegre, e associei-me a festas. Tudo isto porque conheci na Gafanha da Nazaré uma família amiga que me entusiasmou por aquelas paragens, quando me falava de Chaves, dos pastéis típicos, da bola de carne e outros acepipes, mas também das termas, que os romanos utilizaram com proveito e que eu experimentei, das paisagens tão diferentes do meu Litoral. Aliás, Chaves terá nascido com o beneplácito do Imperador Romano Flávio. 
Nazaré Chaves e António Fernandes acolheram a minha família como se fosse sua família. Daí a amizade que perdurou através de décadas, até hoje. Chegámos a trocar de casa durante as férias de agosto. Íamos para Chaves para usufruir dos ares do interior, e eles vinham para a Gafanha da Nazaré, decerto com saudades do nosso mar. 
Ontem, porém, não fomos para fazer turismo, mas por razões de coração e gratidão. As amizades a isso nos aconselham. António Fernandes faleceu, depois de doença grave. Sei que tudo foi feito para que não sofresse. Mas teve de nos deixar. Para os crentes, como eu, ele está agora no coração de Deus, com seu filho José Carlos que o antecedeu nesta viagem há poucos meses, na flor da vida, aos 45 anos. 
António Fernandes era um militar da Força Aérea e nessa qualidade teve de participar na guerra que Portugal travou com as ex-colónias, certamente com dor, por ter de deixar aqui, na Gafanha da Nazaré, esposa e três filhos. Quando me escrevia, revelava sempre as saudades que tinha dos seus entes queridos e a vontade de regressar em breve para junto deles. 
Com ele e sua família partilhámos férias e sonhos, alegrias e cumplicidades, anseios de um mundo melhor e vontade de que os nossos filhos soubessem construir futuros risonhos apoiados no trabalho, no estudo e na honestidade. 
O meu amigo António Fernandes fechou o ciclo da vida terrena para iniciar outro numa nova dimensão; mas a sua presença permanecerá connosco, através de sua esposa Nazaré, filhos e netos, memórias vivas do legado que dele receberam. 
Que Deus o tenha no seu regaço de amor e misericórdia e que conforte a família e os amigos neste momento de dor. 

Fernando Martins

Concurso "Portugal: múltiplas vivências de fé"



A Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial lançou a 16 de novembro, Dia Internacional da Tolerância, o concurso de fotografia “Portugal: Múltiplas vivências de fé”.
A iniciativa, que tem como objetivo «a promoção do diálogo inter-religioso», pretende «eleger fotografias que documentem qualquer prática da fé, símbolo, estrutura ou artefacto que ajude a ilustrar como os portugueses ou estrangeiros residentes em território nacional expressam as suas crenças religiosas».
Os trabalhos, que deverão ser apresentados até 10 de janeiro, serão avaliados segundo a sua originalidade, adequação à mensagem que se pretende transmitir e criatividade.
Os 10 finalistas serão revelados até 18 de janeiro e a entrega dos prémios ocorre a 23 do mesmo mês, integrados num seminário subordinado ao tema “O diálogo inter-religioso no combate à discriminação”, a realizar em Lisboa.

Fonte: ver aqui

Aveirenses Ilustres: homenagem aos marnotos

Marnoto

Os marnotos da Ria de Aveiro vão ser homenageados no auditório do Museu da Cidade, no dia 23 de novembro, pelas 18.30 horas. Trata-se de uma iniciativa integrada no ciclo designado por Aveirenses Ilustres.

Ver mais aqui

domingo, 20 de novembro de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

Dia Internacional da Criança - 20 de novembro



O 1.º Dia Mundial da Criança foi comemorado a 20 de novembro de 1950, altura da minha entrada no mundo. A ONU reconhece-o como Dia Universal das Crianças por ser a data em que foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança. 

Após a 2.ª Guerra Mundial, em 1945, os países da Europa e Oriente , passaram muitas dificuldades económicas. As populações viviam, precariamente, em especial as crianças. Os adultos estavam mais preocupados em retornar à sua vida quotidiana, do que em preocupar-se com a educação dos seus filhos. Muitos ficaram órfãos, havia muita escassez de alimentos, e passaram por condições desumanas de sobrevivência. Aqueles que tinham, ainda, os seus pais vivos, tiveram de trabalhar para ajudar no orçamento doméstico. 

A UNICEF, organismo da Nações Unidas para a Infância tem-se batido muito pela defesa dos direitos da criança. 



Dádiva de Deus 
Iluminas os dias 
Alargas horizontes! 

Dom de vida 
Amanhecer de esperança! 

Criatura indefesa 
Reserva de energia 
Imaculada flor 
Apoio de meiguice 
Na velhice! 
aÇambarcadora de 
Afeto! 

Maria Donzília Almeida 

0.11.2011