quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Rua Complexo Desportivo da Gafanha



Homenagem a todos os que contribuíram
para a construção do Complexo Desportivo

 
Em boa hora baptizaram uma rua da nossa terra com o nome de Complexo Desportivo da Gafanha. E digo em boa hora porque esse gesto reflecte a importância de uma estrutura desportiva que, presentemente, acolhe centenas de atletas de todas as idades, em especial ligados ao Grupo Desportivo da Gafanha (GDG). Mas ainda reflecte o esforço que diversas pessoas e entidades empreenderam para que o Complexo Desportivo fosse uma realidade.
Como é bem sabido, julgamos nós, os clubes amadores de futebol, que existiram na Gafanha da Nazaré, desde há muitas décadas, treinavam e jogavam em campos improvisados ou adaptados, minimamente, à prática do desporto-rei. Depois, por iniciativa da JAPA (Junta Autónoma do Porto de Aveiro), foi construído, no Forte da Barra, um campo, que foi posto à disposição do Grupo Desportivo da Gafanha, o mais representativo clube da nossa terra. Era um campo pelado, com balneários construídos para o GDG e que chegou a ter iluminação para treinos, já que os jogadores e treinadores tinham as suas profissões.
Nos finais da década de 60, do século passado, um gafanhão sugeriu os terrenos incultos da Colónia Agrícola como sendo a localização ideal para a instalação do novo campo de futebol do Gafanha, e em 20 de Março de 1976 o Secretário de Estado da Estruturação Agrária assina e autentica o Alvará de Cedência Gratuita à Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, para usufruto do Grupo Desportivo da Gafanha, de uma parcela agrícola com 8,5 hectares.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A mediocridade cresce como a erva daninha

Churchill

Incómodo dos medíocres

António Marcelino

Quando Churchill, ainda jovem, fez a sua primeira intervenção política na Câmara dos Comuns, no fim perguntou a um velho amigo de seu pai, também ele homem da política e que o tinha ouvido, o que pensava desta sua intervenção. E ele respondeu: “Mal, meu rapaz, muito mal. Devias aparecer mais tímido, nervoso, a gaguejar um pouco e meio atrapalhado… Porque foste brilhante, arranjaste, no mínimo, trinta inimigos: os medíocres, os oportunistas, os ambiciosos… Porque só pensam em si mesmos, em defender o seu lugar e em conquistar posições de relevo, sentem-se incomodados com quem tem talento e pode passar-lhes à frente. Eles vão fazer tudo para te derrubar…”
O episódio repete-se todos os dias, na política e fora dela, porque a mediocridade cresce como a erva daninha. Quem tem valor não aguenta e procura outros ares. Fora, há sempre lugar e acolhimento para os que valem. As cliques políticas, e não só elas, viciaram o ambiente, disseminaram a mediocridade e mostram que o vilão é sempre perigoso, quando tem na mão a vara do poder. De qualquer poder.
Para a máquina andar tem de se limpar toda a ferrugem que a entorpece. Haja quem tenha coragem e seja capaz, com êxito, desta difícil operação.

In CV

Um Presépio Japonês


Catedral de Santa Maria, Tóquio

Foto: guen-k

Um presépio japonês
 Guilherme d'Oliveira Martins

À Memória do João Bénard da Costa



Naquele dia de outono, Quioto estava na plenitude da sua beleza. O Pavilhão de Prata, o Ginkaku-ji, apagava-se diante da natureza pujante. Percebíamos que o importante não era o facto de a prata nunca ter sido colocada para tornar o edifício mais espetacular. Tudo se passava, afinal, como se apenas faltasse um espelho, pois o essencial era o jardim e a ordenação magnífica da natureza. E é a memória do xógum Yoshimasa, no distante século XIV, que está presente, a partir da recordação de seu avô, o qual num gesto de suprema audácia, cobriu de folha de ouro o surpreendente Kinkaku-ji… Ali, porém, naquele momento, mais do que a prata ou o ouro, estava a natureza em toda a sua intensidade. E talvez a ausência da prata pudesse ter sido um desígnio dos deuses, para que as árvores e as plantas pudessem tornar-se mais evidentes na sua magnitude. Era o tempo do momiji, em que a natureza culta, domada pelo ser humano, é dominada pelas folhas escarlate, como se fossem flores. Deambulámos pelos caminhos do jardim, contámos as suas pedras, deslumbrámo-nos com os musgos tratados, com as águas, com os lagos, com os jardins secos, com o saibro riscado ou a terra cuidadosamente penteada a representar ilhas, oceanos e os rios da vida. E caminhámos pela via dos mestres. Foi então que, naquela peregrinação singular, encontrámos em amena conversa, nesse caminho que nos leva a Namzen-ji, um monge budista e um clérigo cristão. Com surpresa, ouvimos o diálogo de quem se assumia ora como mestre ora como discípulo.

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Eliana Machado: Uma voluntária ao serviço da paróquia da Gafanha da Nazaré

Eliana Machado

O voluntariado é importante nos tempos que correm

Eliana Mouta Machado, casada e com uma filha, reformada por invalidez há oito anos por força de uma artrite reumatóide, não se resignou a ficar em casa. Para além dos seus deveres de esposa e mãe, apostou em servir como voluntária nos tempos livres. Respondendo ao apelo do Prior José Fidalgo, para que substituísse uma funcionária do cartório em gozo de férias, aceitou o desafio e gostou do que fez: atendeu pessoas e executou tarefas próprias de uma paróquia que quer estar em organização permanente.
Eliana descobriu que se sentia bem nessa função e foi ficando. Depois do Prior Fidalgo, vieram os Padres Paulo Cruz e Francisco Melo, o actual Prior, a quem manifestou a vontade de permanecer no Cartório, como voluntária, como desde a primeira hora. E assim se mantém.
Presentemente, está a transpor para o computador, a partir dos livros oficiais, os registos de Baptismo, Casamento e Óbito, desde 2009 até 1960, retrocedendo no tempo. É uma tarefa que exige atenção e muito rigor, para não haver falhas que seriam muito prejudiciais à verdade histórica.

“Bags of Books” é uma editora sedeada na Gafanha da Nazaré

"Meu Amor"

Segundo noticiou o Diário de Aveiro, foi criada na Gafanha da Nazaré uma editora de livros ilustrados, a “Bags of Books”. Trata-se de um projecto do ilustrador e designer Francisco Vaz da Silva, que afirmou àquele jornal que as edições se destinam a crianças e adultos. O primeiro livro, “Meu Amor”, foi feito com ilustrações em tecido pela autora, a italiana Beatrice Alemagna.
Desejamos a Francisco Vaz da Silva os maiores êxitos editoriais, a partir da nossa terra.

Dois mil e Deus



Por Octávio Carmo

Que 2011 chegue em festa, como uma página em branco que Deus nos coloca diante das mãos, para preenchermos com as marcas do melhor que existe em nós


2010 chega ao fim e volta em nós este sentimento de impotência perante a inexorabilidade do tempo, as tantas expectativas que ficaram por cumprir, as surpresas, o sabor amargo de uma crise que, em muitos momentos, apagou do mapa toda e qualquer boa notícia que cada dia pudesse trazer consigo.

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

“Casa dos Vizinhos” abre no Porto



 
Li e gostei do que li. No Porto, na freguesia da Paranhos (Há anos, o pároco afiançou-me que é a maior freguesia de Portugal) abriu a “Casa dos Vizinhos”, obviamente para envolver as pessoas umas com as outras, rua a rua, combatendo problemas, procurando soluções, derrubando “muros” como a indiferença, o abandono e a solidão.
O mundo em que vivemos é, realmente, um mundo sem alma. Como prova disso, aí temos, na mesma rua ou prédio, pessoas que não se conhecem nem se saúdam quando se cruzam. O espírito de vizinhança dos tempos da minha meninice, em que se emprestava um ovo para a ceia ou um fósforo para acender a lareira, já lá vai. Mas seria bom que os vizinhos se olhassem mais uns aos outros.

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Sem-abrigo a nossa vergonha


A comunicação social ainda fala hoje das refeições quentes que foram oferecidas aos sem-abrigo e outros famintos do nosso país. Um dia destes até houve feijoada servida no Metro. Estou em crer que, daqui a uns dias, com os preparativos para a passagem do ano, que deve movimentar milhões em festas para toda a gente de posses e até remediados, poucos se lembrarão dos dois milhões de pobres que vivem entre nós. E prega-se tanto que o Natal devia ser celebrado todos os dias do ano. Pois é… Por enquanto lá o vamos celebrando uns diazitos dos 365 que o ano tem…

Navio-escola Sagres já regressou

Sagres
O navio-escola Sagres já regressou da viagem de circum-navegação, à qual se associou a Câmara Municipal de Ílhavo, que aproveitou, por esta forma, a excelente oportunidade de promover, além fronteiras, os valores e a cultura do nosso município, que tem “O Mar por Tradição”. Associação dos Industriais do Bacalhau foi parceira da CMI nesta aposta, fornecendo todo o bacalhau que fez as delícias da Tripulação e dos Convidados das recepções oficiais oferecidas pelo navio-escola Sagres.

Gustave Eiffel morreu neste dia, em 1923

Gustave Eiffel


Alexandre Gustave Eiffel (Dijon, 15 de Dezembro de 1832 — Paris, 27 de Dezembro de 1923),  foi um engenheiro francês que participou na construção da Estátua da Liberdade em Nova Iorque e da Torre Eiffel de Paris. Também viveu em Portugal, onde montou ateliê e projectou pontes, nomedamanete, a de D. Maria Pia, Dupla de Viana do Castelo,  Ferroviária de Barcelos e, ainda, o Mercado de Olhão. É óbvio que a sua obra mais célebre será a Torre Eiffel, que  foi construída entre 1887 e 1889, em Paris, para a Exposição Universal de 1889, sendo hoje o símbolo da capital francesa. Actualmente possui 325 metros (adicionada a altura das antenas que possui). Na época de sua construção tinha aproximadamente 7 300 toneladas de ferro e hoje em dia tem aproximadamente 10 000 toneladas.

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Oportunidade histórica

«Os homens crescem mais nas tormentas que na bonança. Por isso vivemos hoje uma ímpar oportunidade histórica: podemos finalmente dar o salto que falta para nos confirmar no ritmo do futuro.» Concordo. Em vez de nos lamuriarmos, há que inventar oportunidades para singrar na vida. Leia aqui.

domingo, 26 de dezembro de 2010

José Estêvão nasceu neste dia, 26 de Dezembro


José Estêvão, grande parlamentar português e um aveirense ilustre, nasceu neste dia. A nossa região, incluindo a Gafanha da Nazaré,  muito ficou a dever a este político, pela sua intervenção em defesa dos nossos interesses. 

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TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 217

PELO QUINTAL ALÉM – 53



A OLIVEIRA

A
todos e cada um de vós
que espreitais este quintal

Caríssima/o:

a. “Verde foi meu nascimento
E de luto me vesti
Para dar a luz ao mundo
Mil tormentos padeci.”

Foi com esta adivinha e com as imagens dos livros de leitura das primeiras classes da escola primária que me familiarizei com a oliveira e a azeitona. Aliás esta era manjar e conduto para refeição “festiva”, mas só nesta altura soube que era à oliveira que se ia apanhar.
Lembrando-nos do empenho da Tia Albina que desejava uma oliveira junto do portão de entrada da casa, como sinal de Paz, houve mais do que uma tentativa da nossa parte mas as oliveiras não gostam da sombra das outras árvores e ficam tristes... A que o senhor Valentim ofereceu tarda em crescer!...

e. É possível que medrasse com dificuldade a oliveira, em algum quintal da Gafanha, e até teimasse mostrar algumas azeitonas (verdes e azedas) que para nós eram balas polidas para os nossos tiroteios, os marotos!

i. É uma árvore que raramente ultrapassa os dez metros de altura ... Porém, as raízes poderosas e compridas podem chegar a uma profundidade de seis metros, através do qual têm sempre a possibilidade de obter água para o seu desenvolvimento.

o. O azeite, quem o não sabe?, é óleo indispensável e insubstituível na culinária. Também possui propriedades diuréticas, laxantes e emolientes.
Não é hábito falarmos da arte do albitário mas hoje gostaria de vos dar uma dica que se poderá revelar muito útil nestes tempos de voltar às origens. É assim: quando um galináceo aparecia com gogo, a Tia Maria José sentava-o no colo, abria-lhe o bico e... aí vai disto, despejava uma colherada de azeite pelas goelas abaixo da ave que melhorava e, e mais tarde, (quem sabe se por virtude da qualidade do óleo...) dava uma rica canja.

Revolução na Igreja Católica em Portugal

Por António Marujo


Presidência do episcopado pode ir para bispo do Porto. Patriarca só deverá sair em 2013. Cinco dioceses com mudanças anunciadas. Uma pequena revolução no catolicismo português


Cardeais e Bispos (Foto do PÚBLICO)


Um ano de mudanças profundas no topo da hierarquia católica marcará 2011. Substituições de bispos anunciadas em várias dioceses (com Lisboa e Coimbra à cabeça) acontecerão a par de diversas iniciativas que a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lançou e que pretendem, até final do ano, redefinir dinâmicas e estruturas da Igreja Católica em Portugal.
No início de Maio, renova-se a presidência da Conferência Episcopal Portuguesa: D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, foi eleito pela primeira vez para o cargo em 2005, chegando em Abril ao fim do segundo mandato, não podendo ser reconduzido.
O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, pode vir a ser o próximo presidente da CEP. Assim ele o queira. Há três anos, o próprio recusou ser vice-presidente, depois de inicialmente apontado numa votação indicativa dos seus pares, argumentando com a recente chegada ao Porto e a imensidão da tarefa de adaptação.

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Ler mais em A Igreja sabe o que quer?, comentário de António Marujo

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A Caminho do Natal

O nosso Menino Jesus

O Pai Natal não teve lugar à nossa mesa

Encontro

Numa antecipação marcada pela vivência natalícia de décadas, felizmente sempre no seio da família, é saboroso perspectivar o NATAL de 2010 com muito de bom que há-de ficar na história pessoal de cada um. O tempo de crise, a vários níveis, acicatou cada um a descobrir formas e estilos de vida mais solidários.
O encontro adivinhado na casa-mãe, com todos os membros da família a partilharem as alegrias próprias da quadra, onde os desejos de uma felicidade abençoada pelo Menino-Deus se pressente nos olhares de todos, é sinal de que tudo se conjuga para se reforçar o laço da ternura que almejamos.
Por momentos, deixámos à porta da noite santa as políticas e as dificuldades próprias, para acolhermos com carinho o que de bom vivemos, quantas vezes experimentando novas emoções, na alegria vivida pelos mais novos ao atingirem metas marcantes no ano prestes a fechar o portão da entrada. Entraram ainda, no alvoroço da hora que se aproxima, as memórias dos que têm lugar cativo nos nossos corações.

Aperitivos

Na hora dos aperitivos lá estão, efusivos, os cumprimentos afectuosos, como se não nos víssemos há muito tempo. Uma ou outra queixita, mais dos menos jovens, gestos carinhosos dos mais sensíveis, palavras amigas de circunstância, uma ou outra recordação de tempos idos, um olhar ternurento para o Presépio que vem dos avós. Ao lado, para as bandas da cozinha, atarefados, lá estão quem assumiu os preparativos finais por que todos esperam. Mesa posta, pratos e talheres de festa, tudo enfeitado como manda a tradição, o Menino-Jesus contempla, enternecido, no seu silêncio que tanto nos diz, a harmonia familiar. Estou em crer que chega mesmo a cirandar à nossa volta, apanhando-nos distraídos, ouvindo sorridente o que cada um diz… e pensa. Tudo se conjuga para que o NATAL de 2010 seja o reflexo do espírito que a Igreja nos tem ensinado a viver, não apenas nesta quadra, mas durante toda a vida.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Faleceu o António Morais

Faleceu, esta noite, no Lar Nossa Senhora da Nazaré, o António Morais. Tinha 67 anos e estava profundamente ligado à comunidade paroquial, de que foi um empenhado colaborador. Estava muito doente, mas nunca perdeu a sua ligação a Deus e a Nossa Senhora, de quem era muito devoto.
O António Morais veio para a Gafanha da Nazaré com os pais e irmãos, em 1953, para explorarem uma padaria na Cale da Vila, que ficou a ser conhecida, até hoje, por Padaria do Morais. Casou e teve um filho, Marco António, que trabalha no aeroporto da Madeira.
Na década de 70 do século passado, o António Morais emigrou para o Brasil, de onde regressou, mais tarde, para retomar a actividade na padaria dos pais, que entretanto foi vendida. Nessa altura, dedicou-se à mediação imobiliária, durante algum tempo. Depois, deixou oficialmente essa ocupação, entregando-se a tempo inteiro à Igreja Católica, onde protagonizou uma intervenção muito intensa. Também ajudava quem o procurava na compra e venda de prédios rústicos e urbanos.
O António Morais fazia parte de diversas Irmandades (Nossa Senhora da Nazaré, Santíssimo Sacramento e Almas e S. Pedro) e do Apostolado de Oração. Participou com assiduidade nos Grupos Bíblicos, fez parte das Comissões Fabriqueira e da Construção do Lar de Nossa Senhora da Nazaré e colaborou, sempre que solicitado, com a Conferência de S. Vicente de Paulo e Obra da Providência. Assumiu, também, a missão de Ministro Extraordinário da Comunhão.
Como era uma pessoa bem relacionada e com vastos conhecimentos na região, passou a ser solicitado para cooperar nas obras relacionadas com a Igreja. Esteve na construção da Igreja da Barra e do Stella Maris, nos trabalhos em Schoenstatt e na própria igreja matriz.
O Morais participava na missa diariamente e as suas leituras voltaram-se, provavelmente em exclusividade, para a área espiritual e devocional, tendo Nossa Senhora como sua predilecta. Vivia e respirava à sombra da Igreja, preocupando-se grandemente com os problemas da comunidade paroquial, enquanto se sentia muito feliz com tudo o que de bom acontecia. Do mesmo modo, nunca deixou de marcar presença em actos ou cerimónias de âmbito diocesano.
O Morais, como era tratado pelos seus muitos amigos, deixou-nos, com a certeza de que outra vida o espera, e onde já está, sem sofrimento nem angústias, sem lutas nem preocupações. Agora, no seio de Deus.
O funeral será amanhã, sexta-feira, pelas 15 horas, para o cemitério da Gafanha da Nazaré.

Fernando Martins

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 216

NATAL- 2010



FIGURAS DO MEU PRESÉPIO



Eis o que diz o Senhor:

«Sairá um ramo do tronco de Jessé
e um rebento brotará das suas raízes.
Sobre ele repousará o Espírito do Senhor:
espírito de sabedoria e de inteligência,
espírito de conselho e de fortaleza,
espírito de conhecimento e de temor de Deus.»

Do Livro de Isaías



Caríssima/o:

Armar o Presépio com os netos é tarefa sempre nova e interpelante; cada ano traz novos motivos de interesse na escolha das figuras que vamos colocar.
Este ano, indo pelo quintal além, encontramos logo, mal pomos o pé de fora, no carreiro, o senhor José Araújo, amigo de longa data e que já ultrapassou a fasquia do centenário. Lá se ocupava no quintal do filho a preparar o terreno, a fazer as plantações; ele sachava, regava, afagava e conversava com as suas plantas. Claro que isto nada seria de extraordinário não se desse o caso de o senhor José ser cego e surdo! Parece que ainda o estou a ver com minha Mulher a colher umas uvas para a mesa:

O saco está cheio, mas vamos acolá que aquelas são especiais.
Fazendo linha recta, apalpou e cortou os cachos que tinham uns bagos deliciosos.
Pois ali fica, bom Amigo!

Figura franzina que nos dava o prazer e a alegria de nos receber no seu Convento no dia de Natal; a espera tornava-se-lhe pesada e se nos demorávamos telefonava a perguntar se tudo estava bem, que não nos distraíssemos, o chá arrefecia. Mas este não era seco, acompanhavam-no bolos de três assobios (daqueles que só os fogões das freiras sabem preparar...). Nunca nos despedíamos sem que ela nos entregasse uns mimos da horta e a prová-lo estão os chuchus que colhemos no nosso quintal este ano e são trinetos dos que nos ofereceu um Natal a Prima Graça.
Sentemo-la ali à sombra e o ar ficará mais encantador com o seu sorriso.

Presbíteros e Diáconos Permanentes ao serviço do Povo de Deus


Presbíteros e diáconos,
dificuldades reais sempre superáveis


António Marcelino


O último Simpósio nacional sobre o diaconado permanente, realizado em Fátima no início do mês, trouxe, mais uma vez, ao de cima, algumas dificuldades, reais mas superáveis, entre presbíteros e diáconos, tanto a nível da relação pessoal como pastoral. Não se podem universalizar as dificuldades, mas também não se devem menosprezar, pelo clima que se pode ir criando que não é bom nem para os diáconos já em exercício, quer para os novos candidatos.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ares do Inverno

Vagueira

Dizem os cientistas que o Inverno começou hoje, oficialmente. Veio com algum tempo de antecedência para nos habituarmos a ele. Não é preciso muito para termos consciência de que se trata de uma estação do ano fria e agreste. Para muitos, no entanto, o Inverno tem os seus encantos: convida-nos a ficar mais por casa, sugere-nos a leitura no aconchego da lareira acesa, proporciona o encontro da família, obriga-nos, delicadamente, a olhar para outras tarefas. Depois, quando ele se for, até saboreamos, com outro gosto, a Primavera regeneradora.

A Caminho do Natal


Crónica de um Professor: Natal na Escola

Maria Donzília Almeida

Eram os últimos dias do 1º período escolar. No amplo espaço da entrada, apresentava-se uma colecção de árvores ecológicas que davam o toque da época. Era uma demonstração pedagógica, já que os alunos as haviam construído com materiais reciclados. Simbolizavam a árvore de Natal, que ganhou preponderância nos tempos modernos, destronando assim o presépio, quase esquecido. Antigamente, por estas bandas, fazia-se o presépio com musgo, a simular os caminhos sinuosos e as figurinhas de barro que lhe davam beleza e encantamento.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e é ver hoje a árvore de Natal a conquistar a supremacia. Também as luzinhas multicores que abundam por aí, a ornamentar as fachadas das moradias, exibem o colorido multicor, a rivalizar com a alvura imaculada da neve, que cobre as terras altas. No litoral é a geada que envolve com o seu manto branco, as terras cultivadas ou em pousio.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"Santo André" em obras de beneficiação

Navio-Museu Santo André

Até 31 de Dezembro de 2010 o Navio-Museu Santo André encontra-se encerrado ao público entre terça e sexta-feira, por motivos de obras de beneficiação e requalificação. Contudo, mantém-se aberto ao fim-de-semana, entre as 14h00 e as 17h00.

Saúde: Estamos sempre a aprender

"Boas agressões"

«Os radicais livres têm sido responsabilizados em várias doenças, nomeadamente nas doenças cardiovasculares e no envelhecimento. Usar e aconselhar antioxidantes constitui uma moda, e quando se verificou que o vinho tinha essas substâncias, clamou-se alto e em bom som que o papel protetor do vinho era devido a elas. Logo, beber uns copitos passou a adquirir o estatuto de medicamento ou de vacina! Mas só o vinho? Não! Chocolate, chás, brócolos, cenouras, morangos, tomates, vegetais verdes, amêndoas, castanhas, frutas cítricas e silvestres, só para citar alguns, têm componentes dotados desta atividade. Tudo bem. Resta saber, caso do vinho tinto, se as quantidades ingeridas, bebendo moderadamente, serão suficientes para ter algum efeito.»

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Compatriotas com fome em pleno século XXI

Aí temos a campanha eleitoral para as Presidenciais, com os aplausos de uns e as críticas de outros. Mas também com a indiferença de muitos. É o meu caso, quando me posso afastar.
Em período natalício, ao ouvir o que dizem os candidatos, apetece-me fugir de tanta banalidade e de tantos gestos menos positivos dos que aspiram a ocupar o lugar de Mais Alto Magistrado da Nação. Estamos mal…
Vivemos um momento difícil da nossa democracia, com o descrédito a envolver políticos e partidos. Tanto mais perigoso para o regime quanto estamos a sofrer as consequências de más governações, agravadas pelo descalabro do sistema financeiro a nível mundial.
Depois, é-se preso por ter cão e preso por não o ter. Os políticos do topo do nosso país, quais meninos rabugentos ou mimados, fazem guerra por tudo e por nada, apenas por interesses partidários e pessoais, como foi o caso do nosso primeiro-ministro se insurgir contra o Presidente da República, simplesmente por este sentir e dizer que nós, os portugueses, devíamos ter vergonha de haver, em pleno século XXI, compatriotas a passar fome.
Estes políticos de trazer por casa, que desconhecem o que é o sentido de Estado, já perderam o norte, se é que alguma vez o tiveram. Vai daí, falam por falar, convencidos de que, por dizerem palermices, na minha óptica, são os melhores. Não podem ser. A denúncia de tristes verdades, de que todos, provavelmente, somos responsáveis, deve continuar, no sentido de resolvermos os problemas o mais depressa possível.
Seria bom que durante esta semana que antecede o Natal se calassem para reflectir, dando-nos, assim, a oportunidade de, serenamente, olharmos mais uns para ou outros e para o bem de todos. Em paz.
Bom Natal.

Fernando Martins

A Caminho do Natal

Mensagem de Natal do Bispo de Aveiro,
D. António Francisco