segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Bento XVI traça retrato preocupante do mundo



Papa lança alerta contra os flagelos da pobreza
e da fome e da destruição do ambiente


Bento XVI apelou esta Segunda-feira à defesa do ambiente e ao desarmamento nuclear, num encontro com o corpo diplomático acreditado no Vaticano, assinalando o início de um novo ano.

O Papa apresentou um retrato preocupante do mundo, com referência a “graves violências”, associadas aos “flagelos da pobreza e da fome e também às catástrofes naturais e à destruição do ambiente”.
Em particular, condenou as “resistências de ordem económica e política na luta contra a degradação do ambiente”, lembrando o fracasso da recente Cimeira de Copenhaga sobre as alterações climáticas.
Neste contexto, Bento XVI deixou votos de que “no decurso deste ano, primeiro em Bona e depois no México, seja possível chegar a um acordo para enfrentar de maneira eficaz esta questão”.
“Trata-se de uma aposta tanto mais importante quanto em jogo está o próprio destino de algumas nações, nomeadamente alguns Estados insulares”, precisou.
O Papa afirmou que “a negação de Deus desfigura a liberdade da pessoa humana, mas devasta também a criação” e que “daqui resulta que a salvaguarda da criação não visa tanto responder a uma exigência estética, como sobretudo a uma exigência moral".
Na linha de várias outras intervenções proferidas nos últimos meses, Bento XVI pediu que “esta atenção e este empenho pelo ambiente apareçam devidamente ordenados no conjunto dos grandes desafios que se colocam à humanidade” e criticou o “açambarcamento por alguns dos bens destinados a todos”.

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Ser cristão é fazer a experiência diária, alegre e feliz, de ouvir a voz da consciência...



ESTOU BAPTIZADO. SOU CRISTÃO?


A pergunta parece redundante. De facto, quem é baptizado entra num estilo de vida tipicamente cristão. Pode assemelhar-se a quem entra na Universidade para ser bom aluno. O normal será viver de acordo com o seu novo estatuto, não sendo suficiente matricular-se ou simplesmente dizer-se universitário.
A festa do baptismo de Jesus – que se consuma na manhã de Páscoa com a ressurreição - faz-nos ver a novidade do ser cristão. Não basta o baptismo da água, à maneira de João Baptista, apesar de muito positivo. Não basta manter um costume, apesar da sua relação familiar e social. Não basta o rito religioso, apesar da marca que lhe está atribuída: ser expressão de uma atitude crente.
A vida, nos anos da sua duração, traz-nos muitos “baptismos de água” que revelam o grau da nossa humanidade: conselhos de sabedoria, atitudes de fortaleza e honradez, gestos de partilha e generosidade, lições de economia solidária, guias de entretenimento alegre e positivo, acções de formação ética e profissional, compromissos em prol da justiça e da paz.
À água é preciso unir o Espírito Santo – afirma João Baptista aos que tinham outras expectativas; Espírito que se manifesta de vários modos e vai moldando a vida de quem o acolhe com abertura e simplicidade de coração.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Os meus livros antigos






"Longe" é um livro de sonetos de José Gomes Ferreira, em 2.ª edição, da Seara Nova,  de  MCMXXVII.
Tem, como curiosidade, o facto de apresentar o cartão do autor, Cônsul de Portugal na Noruega, dedicado ao seu amigo Alfredo Brochado.

NA CATEDRAL DA LAREIRA

Na Catedral da Lareira
há chamas ajoelhadas,
erguendo as mãos da fogueira,
esguias como as espadas.


São poentes os vitrais…
Ardem pinheiros… Perfume…
As chamas rezam missais
com letras feitas de lume.


Quero rezar com vocês!...
Ó Sol! Senhor português,
escuta o meu sonho, atende-o…


Vem ensinar-me a rezar
— tu que és o brando luar,
e a flor, o fruto, e o Incêndio…

José Gomes Ferreira

Centenário da República




Ética Republicana

Com as programadas celebrações da República Portuguesa, que envolvem, para já, cerca de 500 iniciativas, abrangendo os mais diversos campos, fala-se muito de ética e de ideais republicanos dos que, em Lisboa, em 1910, substituíram a Monarquia pela República.
Na minha adolescência li um livro, intitulado Proscritos, de Luís Gonzaga de Azevedo, que me deu uma triste imagem dessa ética, mais tarde corroborada por historiadores cultores da verdade histórica. Contava, com fotos ilustrativas, as perseguições que os republicanos protagonizaram, junto da Igreja católica, em especial do clero e da Companhia de Jesus, bem como de todos os que, mesmo republicanos, discordavam do pensamento dos vencedores e dos que ocupavam os cargos de liderança.
Mais tarde, ao ler a história da primeira república, fiquei admirado com a tirania e o caos em que caiu o País, abrindo as portas à segunda república, que nos deu quase meio século de ditadura.
Afinal, a República, que durante anos e anos muitos portugueses ignoraram, nada tinha de democracia e de fraternidade, muito menos de liberdade e de igualdade, como proclamavam os arautos do novo regime, que pescaram na Revolução Francesa os propósitos nobres que estariam na base de uma sociedade nova e mais justa.
Historiadores actuais, Vasco Pulido Valente e Rui Ramos, por exemplo, explicam bem o que foram esses tempos, de perseguições, assassínios, falta de liberdade, censura, manipulação de eleições, organização de bandos criminosos e outras tropelias indignas de gente civilizada. Aos jesuítas chegaram a medir a cabeça, ao jeito nazi.
É óbvio que tudo já lá vai e que hoje o importante é olhar o futuro, na certeza de que melhores dias virão, nesta terceira república que nos é dado viver.
Houve aspectos positivos? É claro que houve, os quais devem ser lembrados com respeito por todos os que procuraram levá-los à prática na construção do nosso País, na aurora do século XX. Mas também não podemos enterrar a nossa História, sob pena de passarmos, aos nossos jovens,  uma mensagem falsa da mudança de regime.

Fernando Martins

A Crónica Dominical de Bento Domingues no PÚBLICO



(Clicar na imagem para ampliar)

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 166

PELO QUINTAL ALÉM – 3




A COUVE

A
Senhora Mestra Joana Rosa
Ti Pluremes

Caríssima/o:

Com licença, hoje, apresento a couve.
Não preciso de dizer que há muitas variedades de couve... ou será que os nossos jovens já não distinguem a galega do repolho?
Não se dispensava na horta por mais pequena que fosse.



a. Ainda hoje é rainha no nosso Quintal.
E mal vai quando, como neste Natal, não arranjamos para a bacalhoada da Consoada: dias antes saraivada tremenda furou e destroçou as folhas de tal forma que tivemos que ir a outro quintal mais afortunado...

e. Terreno bem cavado e melhor adubado com o rico esterco do curral do reco, ela ia medrando e... Podia não haver muita coisa para um caldo, mas uma ou duas batatas, um olhinho de azeite quando o havia, e uma boa braçada de couves...
Parece que foi ontem...
A senhora mestra perguntou a doutrina a um catequizando e este houve-se tão bem que ela, como prémio, mandou-o a casa da ti Pluremes para lhe catar as couves... Aquilo era só bicharada: encheu uma caçarola com lagartas gordas.
E ninguém imagina a recompensa que recebeu por esta caçada: um prato de caldo cheio até às bordas! Foi uma merenda de truz!

i. Desta hortaliça tudo se aproveita, como sabeis...
Em tardes de fome e de penúria os talos sabiam que nem bolos da Comunhão!

o. No capítulo da”couve e a saúde” é uma fartura...
A couve é um vegetal muito rico em Cálcio, Fósforo e Ferro, minerais importantes à formação e manutenção de ossos e dentes e à integridade do sangue. Contém ainda vitamina A, indispensável à boa visão e à saúde da pele; e vitaminas do Complexo B, que tem por funções proteger a pele, evitar problemas do aparelho digestivo e do sistema nervoso.
Esta hortaliça é laxante pela sua grande quantidade em fibras; boa para a asma e bronquite. Além disso, a couve é muito boa para combater as enfermidades do fígado, como a icterícia e os cálculos biliares, assim como os cálculos renais, as hemorróidas, e as menstruações difíceis ou dolorosas.
E o suco? É um tónico excelente, muito recomendado às crianças em fase de desenvolvimento. E não digo mais senão parece que estamos na festa do S. Paio a ouvir as virtudes da banha da cobra: ele é o caldo da couve cozida que é indicado nas enfermidades da pele; a couve dissolve também os cálculos, combate a artrite e as dores reumáticas e as nevralgias, desinfecta o intestino, cura as úlceras gástricas e dá óptimo resultado no combate a vermes. Em caso de febre, aplica-se à cabeça do enfermo cataplasma refrescante de folha de couve, que serve, também, para tratar feridas inflamadas...

Hoje é dia de Cortejos dos Reis nas Gafanhas da Nazaré e Encarnação


No Palácio de Herodes (foto de arquivo)


As comunidades católicas das Gafanhas da Nazaré e Encarnação andam hoje envolvidas com os seus Cortejos dos Reis, respeitando tradições e devoção ao Menino Deus nascido a 25 de Dezembro. Depois dos cortejos, realizados mesmo debaixo de inverno, haverá os leilões das ofertas. Não poderei estar, que o tempo não mo permite, mas não serei gafanhão totalmente ausente destas manifestações da fé de um povo. Que tudo corra bem, apesar de tudo, são os meus votos.

sábado, 9 de janeiro de 2010

O Prior Sardo não quis ser juiz em causa própria?

O centenário da Gafanha da Nazaré, em retalhos, também passará por aqui e por ali

Crónica de um Professor: Porquê esta febre acerca da legitimação das uniões homossexuais?



Casamento gay

Sem pretender atirar mais uma acha para a fogueira, ou deitar água na fervura, de um tema tão quente e que está na ordem do dia, ocorreu-me fazer alguma reflexão.
Há já muito tempo, que o casamento entre pessoas do mesmo sexo está em debate aceso, tendo já feito correr rios de tinta e abrasado os espíritos mais inflamados.
Ainda bem que ontem foram assinados acordos entre o Ministério de Educação e os sindicatos, o que tendo acontecido veio aplacar os ânimos exaltados dos Professores e serenado os mais belicosos da classe. Fora isto, ganharia foros de exclusividade na Assembleia da República tendo ultrapassado assuntos e problemas de que enferma a sociedade portuguesa: desemprego, pobreza, vandalismo, marginalidade e até violência doméstica. Aqui, calam-se as estatísticas e apenas é dada visibilidade aos casos pontuais que emergem dos recônditos da sociedade. Quando algum caso gritante vem a lume, é escalpelizado nos jornais diários, a população estremece, comenta, protesta, mas vai dormir o sono dos justos, como se nada se passasse ao lado.
O tema referido em epígrafe, teve o dom de mobilizar tudo e todos.
Parece que Portugal está perante o problema mais premente de todos os tempos — o casamento!

Vasco Pulido Valente: Cozinha Política

Por outras palavras, se as negociações neste momento em curso produzirem por um Orçamento por flagrante milagre do Altíssimo, produzirão necessariamente um Orçamento do medo: medo da "Europa", medo da "comunidade" financeira internacional e, simplesmente, medo da reacção da populaça, já exasperada com as querelas dos políticos. Ora o medo, no fundo, quer dizer que o PS e o PSD nem se atrevem a dizer que sim, nem se atrevem a dizer que não; e que o equívoco em que vivemos continuará, entre a gritaria e o rápido apodrecimento do regime. Mau ano novo, como previu Cavaco.
Vasco Pulido Valente

No Público de hoje

PÚBLICO: "Enquanto houver quotas, não há paz nas escolas"

Um grande bico-de-obra está aqui: Enquanto houver quotas, não há paz nas escolas. E, afinal, os professores ainda se queixam de falta de informação, mas a que tinham não justificava manifestações de entusiasmo, lê-se no Público.

O que seria a Igreja sem esse Concílio?, sem ele, como seria o próprio mundo?




Libertação e política


Volto ao teólogo flamengo Edward Schillebeeckx, um dos mais notáveis e influentes pensadores católicos do século XX, que morreu, com 95 anos, no passado dia 23 de Dezembro, em Nimega (Holanda), em cuja universidade ensinou. Foi um dos principais mentores do Concílio Vaticano II, acontecimento determinante do século XX. De facto, aos seus críticos é preciso perguntar: o que seria a Igreja sem esse Concílio?, sem ele, como seria o próprio mundo?
E. Schillebeeckx fez parte de uma plêiade excepcional de teólogos - entre eles, M. D. Chenu, H. Urs von Balthasar, Yves Congar, Henri de Lubac, Karl Rahner, J. B. Metz, Hans Küng -, que ousaram pensar e que deram uma nova orientação ao cristianismo e à Igreja. Um dos problemas maiores da Igreja actual é que precisamente essa geração está a desaparecer e não tem substitutos à altura.
Acusado de pôr em perigo a ortodoxia, teve de enfrentar por três vezes a Congregação para a Doutrina da Fé - uma das vezes, porque defendeu que a comunidade poderia designar membros seus não ordenados para presidir à Eucaristia -, e denunciar os seus métodos inquisitoriais, constatando que a Igreja se ia desviando do Concílio e se tornava cada vez mais monolítica, confundindo unidade com uniformidade.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

João Ferreira do Amaral escreve sobre Astrologia e Televisão

A Astrologia e actividades afins, nos melhores dos casos, são um conjunto de banalidades. Nos piores, são chorrilhos de disparates a roçar a fraude. O espantoso é que já sabe isto desde há séculos. Mas a nossa portuguesíssima carapaça de ignorância, que embora menos espessa do que já foi, continua a ser um apetitoso mercado para estas actividades, leva, em consequência da guerra das audiências, a que o tempo dedicado a previsões astrológicas vá em crescendo.

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A Internet está a mudar a nossa forma de pensar?

Em texto publicado hoje no PÚBLICO, segundo caderno,  Ana Gerschenfeld ajuda-nos a reflectir sobre a questão.

MINISTRO DAS OBRAS PÚBLICAS EM VISITA AO PORTO DE AVEIRO




Ramal ferroviário do Porto de Aveiro
vai arrancar durante o mês de Março



A exploração do ramal ferroviário do Porto de Aveiro vai arrancar durante o mês de Março, revelou o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, no final de uma visita a esta estrutura portuária.
António Mendonça, que efectuou a sua primeira visita ao Porto de Aveiro após a tomada de posse do novo Governo, destacou a importância do transporte de mercadorias entre o Porto de Aveiro e a Linha do Norte, em Cacia, através da linha ferroviária, um investimento de 72 milhões de euros, e louvou o potencial da estrutura portuária.
"Tivemos oportunidade de discutir com a administração os notáveis projectos que tem feito", disse o governante, salientando o "potencial para o desenvolvimento do seu hinterland".
"Trata-se de um porto jovem mas que já tem um presente muito significativo. Em Dezembro foi já completada a ligação ferroviária, que é muito importante e vem complementar as ligações rodoviárias", salientou o ministro.

Governo e Sindicatos chegam a acordo. Finalmente!




Todos Ganharam

O Governo e os principais Sindicatos de professores chegaram a acordo. Já não era sem tempo. Tudo porque houve diálogo. Assim devia ser sempre. Só não é quando não há gente capaz de falar e de ouvir, até se chegar a um consenso. Desta vez, aconteceu. Ainda bem. A serenidade voltará às nossas escolas, onde há alunos para ensinar e para aprender. E professores que devem seguir essa mesma linha: ensinar e aprender. Houve vencedores e vencidos? Não! Houve apenas vencedores: O ministério, os professores, os alunos, as famílias e as comunidades. Todos, afinal.

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A vida nova é construída por nós com atitudes e gestos que exprimem vida



Futuro sem projecto ou projecto sem futuro?


O futuro ou é um projecto que se constrói tendo em conta o passado e a reflexão no presente sobre o que nos foi transmitido e a realidade que se vive, ou então é um vazio e apenas se traduzirá uma sucessão de acontecimentos, imediatos e sem nexo.
Quando se diz “ano novo, vida nova”, não estamos a auspiciar um resultado automático. A vida nova é construída por nós com atitudes e gestos que exprimem vida.
O confronto sério entre o já vivido e o que se deseja viver é fundamental para projectar o futuro, com critérios válidos, tanto para as pessoas, como para as instituições. A menos que se pense que tudo esteve e continua bem e não vale a pena mudar nada, nem sonhar nada diferente. De uma atitude de morte não se pode esperar vida. Cada um sabe de onde parte e o que é que anima os seus votos e desejos de futuro.
Há, porém, um espaço comum de que todos podemos falar, com os elementos públicos de que dispomos e a seriedade que o tema comporta. Falo do futuro do país que somos.
O passado recente traz até nós a percepção de que ele não constituiu, a seu tempo, um futuro programado. A não ser que a programação tenha sido inspirada numa cultura à revelia da vida e da realidade, só ao gosto de alguns, para os quais o bem comum e as suas indeclináveis exigências nada dizem.

É urgente espantar os fantasmas




Amanhã


É urgente
Espantar os fantasmas
que dormem na neblina
destruir os medos
despertar as consciências
acusar os culpados
desmascarar a falsidade.
Provar que o amor
ainda não sucumbiu.
E, arrastando os pés
em manhãs entristecidas
recrear sorrisos
em rostos fechados
onde a esperança e a coragem
há muito,
muito tempo se extinguiu.

Aida Viegas

Fátima pronta para receber o Papa: 12 e 13 de Maio




Estrutura está montada,
só falta acertar pequenos pormenores


Quando faltam cerca de cinco meses para a visita de Bento XVI a Portugal, D. António Marto confessou à Agência ECCLESIA que o Santuário de Fátima será o local onde a visita “dará menos trabalho na preparação” porque “é a quinta visita papal”. A estrutura está montada,só  falta “acertar pequenos pormenores”.
O responsável da liturgia, Pe. Carlos Cabecinhas, “está em Roma a ultimar algumas questões sobre a visita”.
Para além da vertente litúrgica, o bispo de Leiria-Fátima referiu também que, em Fátima, a “grande sala de imprensa ficará na igreja da Santíssima Trindade”. E avança: “já encomendámos equipamento moderno.”
A visita de Bento XVI ao Santuário de Fátima (12 e 13 de Maio) estimula o “completamento de alguns aspectos da igreja da Santíssima Trindade”.
D. António Marto já contactou várias vezes com Joseph Ratzinger antes deste ser nomeado Papa. Irá oferecer-lhe uma prenda, “mas ainda é cedo para revelar” o conteúdo.
No ano da celebração do centenário de nascimento de Jacinta Marto e no décimo aniversário da beatificação dos pastorinhos, o bispo de Leiria-Fátima sublinha que esta visita é “uma feliz coincidência”. E acrescenta: “é natural que ele faça alusão a estes aspectos, mas Bento XVI tem sempre um horizonte mais largo e, normalmente, mundial”.

Fonte: Ecclesia

Deus não tem nada a ver com o campo de batalha

O pior dos sinais

1. Na revista alemã Der Spiegel (19 Dezembro) o filho do líder da oposição ao actual presidente do Irão desapareceu. Esta situação incerta de Mir Hussein Moussavi faz parte de todo este “barril” de tragédia de uma das zonas mais inseguras do planeta. Diz nessa entrevista o filho do líder oposicionista que o seu pai está pronto para o «martírio» e que o caso dessa dolorosa consumação pode gerar «consequências catastróficas». As primeiras horas do ano além de notícias festivas deram-nos ecos de violências enraizadas em fundamentalismos de tensão incalculável. Quando da grande manifestação chamada «Ashura», onde três milhões de muçulmanos enchem as ruas da cidade santa Kerbala a celebrarem com autoflagelação, tambores e sangue, a principal cerimónia xiita (que canta em nome do martírio de Husssein no ano 680, neto de Maomé), criou-se o cenário favorável para a manifestação da oposição ao líder iraniano.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Grandes superfícies acolhem e aquecem idosos




Inverno. O frio, o vento e a chuva estão na agenda desta estação do ano. Basta sair à rua para perceber isto. E quando o frio vem tocado pelo vento, por mais brando que seja, ficamos enregelados. Chegar à grande superfície que constava do programa foi um alívio. Nada que se compare, nesta quadra, ao que se passa em países mais frios, com temperaturas que mostram a dureza da neve e a força dos temporais.
Quando cheguei ao destino, com temperaturas que me obrigaram a desapertar a casaca e a tirar o boné, senti a importância destes grandes espaços, com ar condicionada e bancos que convidam ao descanso e à cavaqueira. Sempre fica mais barato do que o aquecimento caseiro, sobretudo para pensões baixas.
Idosos em cada canto por ali estavam, tranquilos, em convívio pouco mexido e com a língua a encarregar-se de mostrar vida. Então lembrei-me que talvez fosse bom que alguém  animasse aquele pessoal, emprestando jornais, passando filmes ou programas musicais nas televisões. Sempre se juntava o útil ao agradável. E os idosos não deixariam de agradecer.

FM

Queremos contribuir para apagar as luzes dos quartos vazios

O Presidente da República recomendou aos partidos com assento parlamentar que assumissem as suas responsabilidades, no sentido de vencermos a crise. O défice não pode continuar a crescer, sendo urgente, à semelhança das famílias,  gastar menos do que entra em casa no fim do mês. Temos de aprender a poupar em tudo, inclusive, não podemos  Deixar a luz do quarto acesa.


Os meus amigos morreram todos.

Adagio ou allegro vivace?

Um velho de ombros largos, ainda direitos, sobe pela rua íngreme muito devagar, debaixo de chuva, até chegar à paragem do eléctrico onde se recolhe e se senta, colocando a bengala junto ao corpo. 
Usa óculos antigos de lentes grossas, mas tem um olhar limpo. Permanece calado, a olhar em frente, as mãos pousadas na curva da bengala, o chapéu de feltro meio dobrado a sair-lhe de um dos bolsos do sobretudo. Tem um ar pensativo e vê-se que está triste. 
Não está abatido mas percebe-se que alguma coisa o inquieta. Atravesso a rua para apanhar boleia de um carro e, como é domingo e os eléctricos demoram, pergunto ao velho onde mora e se quer boleia. Diz-me que vive na rua de cima mas gosta de caminhar e só está à espera que a chuva pare. Agradece com um gesto cavalheiro, olha para mim do fundo dos óculos grossos com o seu olhar limpo e desabafa: "O pior não são as caminhadas nem a chuva, o pior é não haver velhos. Os meus amigos morreram todos." 
A frase ficou a fazer eco e lembrou-me outra, proferida por João Lobo Antunes, comissário de O Tempo da Vida, o mais recente fórum sobre envelhecimento organizado pela Fundação Gulbenkian: "A velhice é apenas o último andamento da sonata do existir que desejaríamos que fosse, sempre que possível, um allegro vivace."

Laurinda Alves, no i



Separação entre a Igreja e o Estado foi um dos aspectos positivos da República


Comissão Nacional para as Comemorações admite que a questão religiosa é aspecto «muitíssimo importante»





Recordar o passado e projectar o futuro 




A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, afirmou que as comemorações pretendem “promover a reflexão colectiva sobre a nossa História”, procurando igualmente entender e aprofundar “os desafios do pensamento republicano para o século XXI”.
Entre as cerca de 500 iniciativas previstas para assinalar o centenário da República, mais de 50 estão ligadas a projectos relacionados com a cultura. O orçamento atribuído à CNCCR é de 10 milhões de euros.
“Pretendemos sobretudo partir do presente e olhar para o futuro”, fazendo com que os “ideais republicanos revisitados”, e “tudo o que tem a ver com a educação da cidadania”, contribuam para “um Portugal melhor”, afirmou Artur Santos Silva.
Este responsável sublinhou que “as grandes alterações” que ocorreram após a Implantação da República reflectiram-se “sobretudo na escola e na educação, vectores fundamentais da promoção da igualdade”.
Maria Fernanda Rollo indicou que as comemorações pretendem “promover o património cultural, especialmente da I República, que ainda precisa de muita investigação”.
O programa das actividades culturais está organizado de acordo com vários “eixos temáticos”: arte, desporto, exposições, espectáculos, publicações e animação do espaço público. Os eventos procurarão igualmente salientar a relação da República com escolas, universidades, ciência, cidadania, municípios, Regiões Autónomas, Lusofonia e meios de comunicação social.
As manifestações artísticas expressar-se-ão através da arquitectura, mostras de arquivos, banda desenhada, caricatura, cinema, dança, documentários, eventos multimédia, festivais, filatelia, moda, música, pintura, rádio, televisão e teatro, entre outras representações.



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A coexistência com as diferenças de culturas, credos, etnias…continua por fazer



Inovação e Humanismo

1. Há dias a notícia do último equipamento da mais alta definição de tecnologia da multinacional Google, em dinâmica de constante concorrência com a Apple, podem fazer-nos lembrar as antigas batalhas medievais, estas agora transferidas para os campos da forte inovação de ponta ou mesmo também para o campo de futebol, onde todas as grande cidades gostam de ter os seus grandes clubes representativos. Do mal, o menos; seja a tecnologia inovadora a conquista mais aspirada! Mas as regras deste jogo sedutor e concorrencial precisam de ser continuamente apuradas, quando não os novos instrumentos produzidos estão acima e fora da saudável realidade regulável e mesmo fora de patamares humanos.