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terça-feira, 15 de abril de 2014

A fé alimenta-se de poesia


«Cada poema é um início. Como o estar sempre perante o branco, perante o silêncio, perante o não saber. E recomeçar. A fé alimenta-se muito disso, porque a fé não é o acumulado do ontem, mas é viver no aberto da esperança e do corpo, do nascer e do morrer, do amor e da fragilidade. E no fundo a escrita treina-me para a sucessão de começos que a vida é nas suas várias dimensões.»

José Tolentino Mendonça

De uma entrevista publicada na revista ESTANTE, para ler aqui

sábado, 22 de fevereiro de 2014

D. António Francisco e as portas da fé

Novo Bispo do Porto acredita 
que diálogo entre Igreja e sociedade
passa pelos «umbrais da arte»




«O diálogo entre a Igreja e a Sociedade passa, mais vezes do que imaginamos, pelos umbrais da arte e aí se abrem as portas da fé, porque a arte e a cultura transportam em si um ministério profético», sublinhou o prelado em 2013 no texto de apresentação da exposição “Diocese de Aveiro – Presente e Memória”.

Para o até agora bispo de Aveiro, uma das poucas dioceses portuguesas com um setor da Pastoral da Cultura formalmente instituído, a relação dos católicos com outras perspetivas atravessa «necessariamente» os «caminhos abertos da Cultura, em que a Igreja soube tantas vezes ser pioneira».

«Estejamos também nós disponíveis para fazer deste diálogo franco um serviço e um tesouro sem esquecer nunca que a arte transporta em si um ministério profético», apelou então D. António Francisco dos Santos.

Ler o texto de Rui Jorge Martins aqui 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A Fé do povo da Murtosa


Homenagem a Nossa Senhora


A fé do povo da Murtosa está bem patente nesta homenagem a Nossa Senhora. Pode ser vista no Bico, recanto onde atracam embarcações lagunares, e onde se contemplam horizontes de águas convidativas a passeios, por tão serenas elas serem. Outrora predominavam os moliceiros, mas hoje, com a agricultura em morte lenta, já o moliço não interessa. Porém, pode ser que a crise nos obrigue a todos a olhar para a terra com outros olhos.


sábado, 27 de julho de 2013

O saber para agir e viver

Os três estádios da existência 
e o combate da fé

Sören Kierkegaard


«A fé e o amor são levados ao paroxismo. Luterano, foi crítico ácido da Igreja oficial dinamarquesa: "Na sumptuosa catedral, eis que aparece o Reverendíssimo e Venerabilíssimo pregador da Corte, o eleito do grande mundo, e aparece perante um círculo de uma elite e prega com emoção sobre este texto que ele mesmo escolheu: "Deus escolheu o que é humilde e desprezado no mundo" - e ninguém se põe a rir." Mas, já à beira da morte, foi-lhe perguntado se acreditava em Jesus Cristo. E ele (cito de cor): "Sim. Em quem haveria de acreditar nesta hora?"»

Anselmo Borges

sábado, 13 de julho de 2013

A Luz da Fé

A última encíclica de Bento XVI



«A fé tem o seu fundamento na experiência crente de Jesus, naquela sua experiência avassaladoramente felicitante de Deus enquanto Abbá (querido paizinho). Acreditou, entregando a sua vida até à morte a esse Deus-Amor e ao seu Reino de vida digna para todos. Os cristãos acreditam como ele e nele, que está vivo em Deus, o Deus da Vida. E procuram agir como ele, levando avante, na confiança e no combate pela vida, o Reino do Deus da vida para todos.»

Anselmo Borges


sexta-feira, 14 de junho de 2013

FÉ NA AGRICULTURA?




A ligação entre a religião e a agricultura perde-se na memória dos tempos. No Antigo Testamento, lemos que a vida dos Judeus no Egito melhorou depois de José ter interpretado bem as vacas gordas e magras do sonho do faraó, antecipando a fartura e fome provocadas pela evolução da produção de trigo. Recordemos também as inúmeras parábolas agrícolas que Jesus Cristo nos deixou: a parábola do semeador, do trigo e do joio, dos trabalhadores da vinha, da ovelha perdida, da figueira estéril…

Ler mais aqui

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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Manifestações religiosas


Multidões, grupos e elites



«Durante os séculos de um acentuado clericalismo, o povo não passava de consumidor de uma religião tradicionalista e festivaleira, nem sempre agradável nem fácil. O fermento deve ser da natureza da massa para que a possa levedar. Sempre que não existe este cuidado de criar na comunidade um fermento vivo e ativo que ajude a preparar as manifestações religiosas, as oriente e apoie, e continue depois a prestar uma ajuda renovadora, os resultados positivos, menores se não mesmo nulos, serão sempre mais ou menos passageiros. Organizar manifestações é mais fácil e rápido do que educar na fé os que nelas participam.» 

António Marcelino

domingo, 26 de maio de 2013

Afetos

O mundo dos afectos, a fé e a cura


Afetos (Foto do mundo global)



A definição do Homem como animal racional não dá conta adequada do que somos: de facto, não começamos por pensar, mas por sentir. Somos afectados pelo meio ambiente, desde o ventre materno. Daí, não ser indiferente uma gravidez querida e serena e uma gravidez vivida no meio da inquietação e do sobressalto.

sábado, 13 de abril de 2013

É com Fé que todos somos homens, quando o somos.


Óscar Lopes e o Transcendente
Anselmo Borges

Óscar Lopes

Figura cimeira da cultura portuguesa do século XX, Óscar Lopes deu contributos fundamentais para a linguística, a crítica literária, a história da literatura. Falámos várias vezes. Em 1970, convidei-o para uma "mesa redonda" sobre "a crise da fé hoje", na qual também participou o bispo do Porto, D. António Ferreira Gomes. O que aí fica é uma homenagem ao pensador e professor, a partir dessa "mesa redonda".

D. António Ferreira Gomes, que tinha chegado havia pouco tempo do exílio, revelou que tinha "uma cartinha muito breve do Sr. Dr. Óscar Lopes (não combinámos nada), em que diz que a sua participação seria "um depoimento na primeira pessoa do singular acerca daquilo que durante 50 anos julgo ter crido a partir de um fervoroso catolicismo de infância. Apenas desejaria descobrir o melhor de mim mesmo no melhor catolicismo de hoje, e contribuir para tudo aquilo que deveras nos transcende"." E o bispo do Porto acrescentou: "Nós sabemos que a maior parte da nossa boa gente não transcende. Muitas vezes para o povo a religião no geral não significa nada de transcendente." E, depois de denunciar a religião das promessas, a religião utilitária, afirmou: "A religião cristã, entretanto, o limiar diferencial da religião cristã começa quando alguém se debruça sobre o outro, quando alguém se volta para aquilo que o transcende, seja o outro neste mundo, seja o outro absoluto (a relação ao outro absoluto é exactamente também a relação ao irmão). Por conseguinte, eu tenho para mim que quem procura pôr-se deveras em relação com aquilo que nos transcende está numa atitude religiosa. Desculpe, Senhor Doutor, se o ofendo." E Óscar Lopes: "De modo algum."


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

A alegria completa nasce da fé


VIMO-LO CHEIO DE GRAÇA E DE VERDADE

Georgino Rocha


“Vimo-Lo cheio de graça e de verdade” é como João apresenta o Verbo de Deus que se faz carne e habita entre nós. “Vimo-lo” é certeza reconhecida e testemunho assertivo, afirmação testada e anúncio jubiloso. O Verbo de Deus faz-se carne humilde e a sua glória brilha na fragilidade de uma criança. A Palavra eterna ressoa nas vozes do tempo e assume as formas de comunicação humana. A tenda de Deus ergue-se na história e assume as “marcas” contingentes da humanidade, configurando-se não como templo de pedras, mas como consciência desperta para a dignidade da sua vocação a deixar-se encher de graça e de verdade. Grande maravilha! Felizes os que a sabem apreciar.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Será que a fé ajuda mesmo a viver?


A fé ensina a viver melhor?

José Tolentino Mendonça 



«... cada vez estamos mais distantes da fonte, do original, do acontecimento, porque vivemos na novela dos comentários e das interpretações» 

A fé, manifestada em Jesus, ensina-nos a viver neste mundo. O nosso ponto de partida pode ser a passagem da Carta a Tito (Tt 2, 12), onde se diz a propósito de Jesus: “a graça de Deus, fonte de salvação, manifestou-se a todos os homens, ensinando-nos a viver neste mundo”. Esta frase é um desafio, antes de tudo, a tomarmos a sério a humanidade de Jesus como narrativa de Deus e do Homem. Nessa humanidade temos o caminho, a verdade e a vida. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Alguns católicos vivem fora de um tempo plural


Escândalo de alguns 
"católicos atentos na fé"
António Marcelino

A caixa de correio electrónico enche-se, repetidamente, de um manifesto anónimo de alguns católicos que se dizem ”atentos na fé”, falam de um laicismo entranhado na Igreja e atacam o clero pela sua infidelidade a Deus ao admitirem que alguns dias santificados, que também são feriados nacionais, possam agora deixar de o ser.
E dizem, reportando-se à Mãe de Deus, que Jesus revelou, não sabemos a quem, nem quando, estas palavras: “Quem Me adora, terá de adorar a minha excelsa Mãe e quem adora a minha excelsa Mãe, a Mim adora”… Falam ainda de “promoção de Deus e despromoção de Deus” e “denunciam o comportamento laico do clero, manifestado no desvelo e instruções banalizadas com que defendem as causas de Deus, as únicas que eles devem defender”. Tudo por causa do feriado de Nossa Senhora da Assunção, que o do Corpo de Deus parece merecer menos atenção.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

NÃO HÁ BILHARACOS SEM ABÓBORA


Nadine Almeida

A paróquia não tem só missas e catequese 

Com realização do Grupo Cáritas da paróquia da Gafanha da Nazaré, teve lugar num salão da igreja matriz, no sábado, 10 de dezembro, uma ação de formação aberta aos seus membros e a todos os interessados no voluntariado. Na abertura, o Prior da Gafanha da Nazaré, padre Francisco Melo, frisou a importância desta iniciativa, ao mesmo tempo que alertou para a urgência de todos os grupos e instituições se manterem ligados. Disse que «a paróquia não tem só missas e catequese», tendo acrescentado que «não há bilharacos sem abóbora», isto é, não pode haver ação caritativa sem fé. 
O Padre Francisco referiu que «não há nada mais forte do que o coração de um voluntário», porque «ele não dá a vida por dinheiro, mas por causas». E ainda adiantou que o Grupo Cáritas da nossa paróquia deu «uma volta de 360 graus», estando presentemente «no bom caminho». 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Concurso "Portugal: múltiplas vivências de fé"



A Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial lançou a 16 de novembro, Dia Internacional da Tolerância, o concurso de fotografia “Portugal: Múltiplas vivências de fé”.
A iniciativa, que tem como objetivo «a promoção do diálogo inter-religioso», pretende «eleger fotografias que documentem qualquer prática da fé, símbolo, estrutura ou artefacto que ajude a ilustrar como os portugueses ou estrangeiros residentes em território nacional expressam as suas crenças religiosas».
Os trabalhos, que deverão ser apresentados até 10 de janeiro, serão avaliados segundo a sua originalidade, adequação à mensagem que se pretende transmitir e criatividade.
Os 10 finalistas serão revelados até 18 de janeiro e a entrega dos prémios ocorre a 23 do mesmo mês, integrados num seminário subordinado ao tema “O diálogo inter-religioso no combate à discriminação”, a realizar em Lisboa.

Fonte: ver aqui

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

... Um dia a fé revela-se


Encontrar a fé perdida

«A fé católica pode esconder-se atrás de perguntas difíceis, como a que um dia Clara Costa disparou à catequista: «Se Deus está em todo o lado, para que serve a confissão? Não posso simplesmente voltar-me para uma parede e dizer o que tenho a dizer?» Pode também surpreender os mais incrédulos, em momentos difíceis de desorientação e dor. Ou pode revelar-se simplesmente, quando alguém olha para dentro de si e percebe ter «a felicidade» - assim o dizem - de acreditar. Não é um caminho linear. Há quem se zangue, quem se afaste, quem resista, quem a deixe adormecer ou viva muitos anos sem dar por ela. Mas, se existe, um dia a fé revela-se.»

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ainda o exemplo de Maria José Nogueira Pinto



Não me recordo da morte de alguém ter suscitado tantos testemunhos de apreço como aconteceu por estes dias com Maria José Nogueira Pinto. De todas as áreas políticas vieram elogios ao seu testemunho, à sua coerência e ao seu exemplo de mulher de fé. Vasco da Graça Moura, ateu ou agnóstico confesso, também não escondeu como apreciou a vida intensa de Maria José. Contudo, uma simples frase de José Pacheco Pereira, hoje na "Sábado", interpelou-me mais do que muito do que tem sido dito. Diz assim: «Ela [Maria José Nogueira Pinto] fez mais pela fé em que acreditava do que uma Igreja inteira.» É verdade, penso eu.
Há muitos anos li um livro que deve estar no meio de outros das minhas estantes, cujo título e teor (estou a citar de cor),  "Cristo desceu à rua", me interpelaram bastante na altura. Da leitura ainda recordo uma ideia que me ficou para a vida, e que era mais ou menos assim:  quando muitos passam fome (guerra?), há uns que vão rezar para a igreja, pedindo a Deus que os ajude, enquanto outros vão dar-lhes de comer. É isso. Se a oração é importante, os testemunhos concretos na vida são-no muito mais.
Pacheco Pereira, na sequência da frase que me serviu de mote a estas considerações, salienta: «o valor da propaganda pelo exemplo, uma expressão de origem anarquista, é o mais poderoso de todos.»

NOTA: Como estou de férias, não poderei confirmar, com rigor, a ideia que me ficou do livro que li. Não poderei precisar se se tratava de fome ou guerra. No fundo, seria uma situação complicada que necessitaria de  intervenção humana imediata. 


sábado, 1 de novembro de 2008

Dia de Todos os Santos: Os meus santos


Hoje todo o mundo católico celebra o Dia de Todos os Santos. Os que a Igreja Católica considerou dignos das honras dos altares, mas todos os outros que, por certo, são incontáveis. Nascidos na Igreja Católica e nas outras religiões. Quiçá sem qualquer confissão religiosa. São os chamados santos laicos, os que, pelos seus méritos, Deus, com a sua infinita misericórdia, acolheu no seu seio. 
Nós, os católicos, acreditamos que os santos são todos os que, deixando a vida terrena, foram para Deus. Estão como Ele e n’Ele, gozando a felicidade plena e eterna. E também cremos que nessa situação poderão interceder por nós, numa prova de amor que nos religa, permanentemente, ao Criador. É por isso que eu, no meu dia-a-dia, me lembro com frequência dos meus santos, daqueles que conviveram comigo e eu com eles, dos que me deram exemplos de bondade e me testemunharam a ternura de Deus. Não me inclino normalmente para muitos santos que estão nos altares, porque nunca os senti, concretamente, nos meus caminhos da vida. Mas os meus santos, os que andaram comigo ao colo, que me levaram a descobrir o bem e o belo, me ensinaram a rezar, me apoiaram nos primeiros passos que dei, me ajudaram a levantar quando caí, me ensinaram a ler e a compreender o mundo, me estimularam a partilha da compaixão, me orientaram para viver a caridade, esses é que são para mim os santos que hoje e sempre recordo com muito amor. 
Eu sei que a Igreja não pode distinguir todos os santos que conhecemos, não haveria altares para todos. Também sei que a Igreja nos oferece os santos e os põe nos altares para que nos sirvam de exemplo. É verdade. Mas permitam-me que, mesmo assim, eu prefira os meus santos. Aqueles que continuam comigo, não apenas no dia 1 de Novembro, mas todos os dias do ano. 

Fernando Martins