Mostrar mensagens com a etiqueta Cultura. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cultura. Mostrar todas as mensagens

sábado, 26 de maio de 2012

O tempo digital e o seu frenesim

Por Anselmo Borges, 

no DN


Enigma maior é o tempo. Lá está Santo Agostinho: "O que é o tempo? Como são o passado e o futuro, uma vez que o passado já não é e o futuro ainda não é?" E o presente? Mal dizemos "agora" e já caiu no passado. "Se, portanto, o presente, para ser tempo, tem de cair no passado, como podemos dizer que algo é, se só pode ser com a condição de já não ser?"
As culturas experienciam o tempo, cada uma a seu modo: nas tradicionais, o tempo privilegiado é o passado - lá está o mito do paraíso perdido; na modernidade, privilegiou-se o futuro - o passado é simplesmente o ultrapassado, a caminho da realização das utopias.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MANUEL CORREIA, UM ARTISTA MULTIFACETADO


Entrevista conduzida por Fernando Martins

Capitão Correia mostra a técnica utilizada

Manuel Correia, 67 anos, natural de Ílhavo, casado, dois filhos e um neto, oficial da Marinha Mercante, é um apaixonado pelas artes, sobretudo pelas artes plásticas. Autodidata, começou na Escola Primária a manifestar um gosto especial pelo desenho e pintura, tendo participado no Concurso Milo, da Nestlé, a nível nacional, onde foi distinguido com uma Menção Honrosa. E desde essa altura, nunca mais deixou de pintar, interessando-se por várias técnicas: pintura a óleo e em acrílico, aguarela e desenho, mosaísmo e cerâmica. Esta última, a arte do fogo, é, sem dúvida, a sua paixão. «Há uns três anos frequentei um curso de cerâmica, curso esse que envolveu, na verdade, diversas tecnologias necessárias, como a moldagem em barro, a pintura, as muflas e a cozedura, entre outras», disse.
Manuel Correia, mais conhecido por Capitão Correia, gosta imenso de música, interpretando vários instrumentos de corda, em especial viola, cavaquinho e viola braguesa. A música popular portuguesa merece a sua preferência, pela sua riqueza e variedade que denunciam a matriz das terras que lhe deram expressão.

Pormenor do trabalho que está a ultimar para a casa paroquial

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A BÍBLIA VISTA POR SETE PERSONALIDADES DA CULTURA



Luís Miguel Cintra


Luís Miguel Cintrauís Miguel Cintra, Alice Vieira, Tiago Cavaco, Esther Mucznik, Dimas Almeida, Teresa Toldy e José Tolentino Mendonça: sete personalidades da vida pública portuguesa, entre os quais um ator, uma escritora e teólogos católicos, protestantes e judaicos falam sobre os livros da Bíblia que mais os atraem.

Ler aqui

sábado, 24 de dezembro de 2011

Uma em cada três pessoas no mundo é cristã


JESUS NÃO ERA CRISTÃO? 
Anselmo Borges 

Uma "notícia", proclamada alto e bom som na televisão e nos media em geral: "Jesus não era cristão." O seu arauto: José Rodrigues dos Santos. 
Afinal, em que ficamos: Jesus era cristão ou não? Se por cristão entendermos um discípulo de Jesus Cristo, então Jesus não era cristão, pois ele não foi discípulo de si mesmo. Se entendermos por cristão aquele movimento histórico que chegou até nós com esse nome e que tem na sua base a fé em Jesus, o Cristo, então Jesus era cristão, na medida em que a sua pessoa e o que ele anunciou e fez constituem o fundamento do cristianismo. Foi em Antioquia, que, pelo ano 48, pela primeira vez, os discípulos receberam o nome de cristãos, como pode ler-se nos Actos dos Apóstolos. 
Infelizmente, entre nós, o saber sobre a religião e as religiões é primário. A razão está em que o estudo do fenómeno religioso tem estado ausente da Universidade. Depois, há alguma má vontade, por vezes justificada, contra a Igreja, e esta não se tem esforçado suficientemente para esclarecer os cristãos e as pessoas em geral.

sábado, 10 de dezembro de 2011

PADRE JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA NOMEADO PARA O CONSELHO PONTIFÍCIO PARA A CULTURA







«Bento XVI escolheu 10 representantes do mundo das artes, ciências e letras, para reforçar o diálogo entre a Igreja e a sociedade. O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), padre José Tolentino de Mendonça, foi hoje designado pelo Papa como consultor do Conselho Pontifício para a Cultura (CPC).
De acordo com uma nota publicada pela sala de imprensa da Santa Sé, este professor, biblista e poeta português partilha a lista de nomeados com figuras proeminentes da arte e das ciências, como o arquiteto espanhol Santiago Calatrava e o cientista alemão Wolf Joachim Singer.
A página do SNPC na Internet acrescenta que a escolha do sacerdote partiu de uma proposta apresentada a Bento XVI pelo presidente do Conselho Pontifício da Cultura, o cardeal italiano D. Gianfranco Ravasi.
Trata-se da segunda vez, num curto espaço de tempo, que um português é escolhido para exercer funções naquele dicastério, depois de em novembro o bispo D. Carlos Azevedo ter sido apontado como delegado do CPC.»
Li aqui

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

José Tolentino Mendonça vai continuar a dirigir o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura

José Tolentino Mendonça


Gostei de saber que o padre José Tolentino Mendonça vai continuar a dirigir o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura nos próximos três anos. Trata-se de uma continuidade mais do que justa, tendo em conta os méritos culturais e humanos deste padre e poeta, bem como a sua capacidade de diálogo com todas as correntes artísticas. Ver outras nomeações  aqui .

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O que é mais importante na relação da Igreja com a Cultura?



Relação entre Igreja e Cultura 
não se pode «manter 
por muito tempo tal qual se encontra» 
Lídia Jorge 

Não me parece que a relação entre a Igreja e a Cultura se possa manter por muito tempo tal qual se encontra. É verdade que se está perante dois universos difíceis de gerir, já que em parte são coincidentes, e em parte divergem. Entre outras divergências, sublinho o facto de a Cultura se basear na interpretação do pensamento sem limite de variáveis, sendo por natureza aberta e inconclusa, e a Religião fundamentar-se em silogismos de resolução fechada. Pelo meio, porém, existem todas as aproximações possíveis e desejáveis, não esquecendo que a Cultura se aproxima com mais facilidade da Religião do que a Religião da Cultura. No ponto em que estamos, vários me parecem ser os aspetos em que a aproximação da Igreja poderia ser útil para a sociedade crente e não crente dos nossos dias. 
Um dos aspetos tem a ver com a natureza do discurso pastoral. Se em determinados contextos a Igreja ainda associa a criação de ambientes e discursos pouco inteligíveis como forma de desencadear relações místicas, é bem verdade que hoje em dia se assiste à prática salutar de uma crescente aproximação do discurso lógico, interventivo, por vezes com alto grau de racionalidade e muita informação, como convém a uma sociedade cada vez mais aberta e exposta ao mundo da comunicação e da crítica globalizada. Mas nem todos os agentes da Igreja conseguem atingir um nível eficaz.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Lançamento da revista EVOLUIR



Na Gafanha da Nazaré, pelas 18 horas, no salão paroquial, e em Ílhavo, pelas 21 horas, na pastelaria Mims, junto ao Centro Cultural, vamos poder participar no lançamento da revista EVOLUIR, toda ela dedicada à Escrita Criativa. A presença dos amantes da cultura será um estímulo à continuidade da revista. 

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Igreja Católica e Cultura



Relação com a cultura 
«obriga a Igreja a sair para a rua»

Às vezes basta uma palavra: Deus.
E ouço a música, pinto o inferno.
É uma espécie de inocência ardente, um modo de ir para longe.
Sou elementar, anjos são os primeiros nomes.
(Herberto Helder)

Não é fácil tentar responder à questão sobre o que é mais importante (criar, manter, repensar) na relação da Igreja com a cultura. Por um lado, há uma tendência para centrar a questão não na Igreja mas na religião; por outro, a definição de cultura é tão ampla, que se fica sempre aquém (como dizia Agostinho da Silva, até “um pastel de bacalhau é cultura”).

Certo é que a ligação entre religião e cultura é tão forte que muitos autores ou mal as distinguem ou fazem depender a qualidade de uma da qualidade da outra - por exemplo, para Maria Zambrano, “uma cultura depende da qualidade dos seus deuses” e, para T. S. Eliot, “nenhuma cultura pode aparecer ou desenvolver-se exceto em relação com uma religião”. De facto, mais do que apenas uma herança, o Cristianismo, ao longo da História, tem sido uma matriz inspiradora da arte e da cultura em geral. Desde logo, na sua génese, há uma cumplicidade, um “húmus comum”, entre o Cristianismo e a Cultura Clássica. Ainda que com diferentes conceções do Homem, de Deus e da relação entre ambos, “conhece-te a ti mesmo” tanto proclamou Sócrates como proclama o Novo Testamento.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O QUE É MAIS IMPORTANTE NA RELAÇÃO DA IGREJA COM A CULTURA?





Alice Vieira: Pastoral da Cultura usa «linguagem nem sempre acessível a todos». «Penso que a Pastoral da Cultura está com muita força e a fazer um bom trabalho mas por vezes usa uma linguagem nem sempre acessível a todos. Temos de pensar que há muitas camadas diferenciadas de pessoas, pelo que é importante chegar a todas e que todas cheguem a nós, sem afastar ninguém.» 

 Ler mais aqui

domingo, 21 de agosto de 2011

PERGUNTA CRUCIAL, RESPOSTA SUBLIME

O SER HUMANO TENDE A FAZER PERGUNTAS 
QUE SACIEM A SUA FOME DE SABER
Georgino Rocha



O ser humano tende a fazer perguntas que saciem a sua curiosidade e fome de saber. É sinal dos limites da natureza finita e da aspiração infinita do seu espírito. Faz perguntas desde a mais tenra idade e sobre os mais diversos assuntos, chegando normalmente a interrogar-se sobre o sentido da vida, a identidade pessoal, a convivência em sociedade, o futuro após a morte, Deus, Jesus Cristo, Igreja, família. Tem tendência a interrogar Deus, a pedir-lhe explicações dos seus actos, a julgá-lo no “tribunal da razão” pelas suas ausências e cumplicidades. 
A pergunta do ser humano é um eco das perguntas que Deus lhe faz ao longo da história: Adão, onde estás? Caim, que fizeste do teu irmão? Povo meu, que te fiz eu? Responde-me – suplica por meio do profeta. E vós, quem dizeis que eu sou? – indaga Jesus aos seus discípulos. Este modo de ser manifesta a relação mais profunda e o diálogo mais salutar que, naturalmente, se estabelece entre ambos: criatura e criador, ser carenciado e salvador, ser peregrino na história e senhor do tempo e da eternidade. 

sábado, 21 de maio de 2011

Jornada da Pastoral da Cultura: Elogio da fraternidade



Estão abertas as inscrições para a 7.ª Jornada da Pastoral da Cultura, dedicada ao "Elogio da fraternidade", depois de 2009 e 2010 terem sido escolhidos os temas da "liberdade" e da "igualdade".
O encontro, que decorre a 17 de junho (sexta-feira), em Fátima, conta com a participação de José Mattoso (historiador), Lídia Jorge (escritora), Mário Gajo de Carvalho (realizador), António Jorge Cerejeira Fontes e André Cerejeira Fontes (arquitetos) e Joaquim Félix de Carvalho (teólogo).
Durante a tarde, D. Manuel Clemente (presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais), Manuel Braga da Cruz (reitor da Universidade Católica Portuguesa) e Manuel Carvalho da Silva (secretário-geral da CGTP) integram a mesa-redonda "O elogio da fraternidade", com moderação da jornalista Rebecca Abecassis.
A Jornada prossegue com a cerimónia de entrega do Prémio Árvore da Vida - Padre Manuel Antunes ao compositor Eurico Carrapatoso.

Ler mais aqui

quarta-feira, 13 de abril de 2011

EXPOSIÇÃO: Cristianismo na Cultura

No ISCRA, Seminário de Aveiro



Por iniciativa do ISCRA (Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro), está patente ao público, no Seminário de Santa Joana Princesa, uma exposição sobre Cristianismo na Cultura, que pode ser visitada entre terça e sábado, das 10 às 12 horas e das 15 às 17.30 horas. Grupos escolares só com marcação prévia.
A mostra apresenta diversas figuras proeminentes de vários ramos da cultura, as quais, de alguma forma, testemunham o seu agir enquanto cristãos. Ali podemos conviver, de maneira simples, com personalidades tão diversificadas como Antoni Gaudí (Arquitectura), Lech Walesa (Política), Martin Scorcese (Cinema), Jacques Maritain (Filosofia), Guglielmo Marconi (Física), Antoine Lavoisier (Química), Paul Claudel (Teatro) e Póvoa dos Reis (Biologia),  entre outros.
No folheto de divulgação, sublinha-se que «é cultura aquilo que se cultiva e que um dia se colherá, ideia bem expressa na própria etimologia do termo que alude a uma dimensão futura feita de cultivo e colheita.»

quinta-feira, 7 de abril de 2011

CLARÕES DE ESPERANÇA para este tempo


(Clicar na imagem para ampliar)


O Padre Georgino Rocha acaba de publicar mais um livro da sua autoria — CLARÕES DE ESPERANÇA —, que será, assim creio, um bom motor de reflexão para todos os leitores, nos tempos agitados que vivemos.
Perante o desânimo que se instalou em Portugal, e não só, por razões conhecidas, urge aproveitar as oportunidades que se nos apresentam, no sentido de  encontrarmos caminhos que possam conduzir a certezas de esperança, face ao mundo melhor que decerto almejamos. Por isso, valerá a pena participar no lançamento desta obra.

quarta-feira, 23 de março de 2011

AVEIRO: Semana da Cultura e Identidade Cristã



(Clicar nas imagens  para ampliar)

É preciso devolver os monumentos à comunidade


NA ROTA DAS CATEDRAIS

Sandra Costa Saldanha

A crescente procura de propostas culturais em torno do património religioso português, tem levado a Igreja a procurar, em conformidade, acolher os seus visitantes de modo qualificado. Pese embora as dificuldades sentidas, a sua potenciação cultural é cada vez mais uma realidade.
Factor estratégico e de desenvolvimento inequívoco, preconiza, sem dúvida, a consciência de uma urgente, e há muito reclamada, política de gestão e conservação do património da Igreja Católica em Portugal.
O projecto Rota das Catedrais constitui, neste estrito sentido, uma oportunidade única de valorização. Valorização do edificado, mas também das comunidades, dos fiéis e dos visitantes.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Os jovens privilegiam a música


«A geração "download"

Lucinda Canelas

Rapidez, diversidade e partilha definem a cultura que consomem os jovens em Portugal. Eles privilegiam a música. Pedem museus grátis. E lamentam não ter mais dinheiro para gastar. Retrato da geração "download".


Em época de frequências o Espassus, café com uma esplanada ampla à beira de uma piscina no bairro de Carnide, em Lisboa, enche-se de estudantes, muitos deles universitários. Em cima das mesas há portáteis, telemóveis, iPods, cadernos e alguns livros, mas poucos. O cenário repete-se todos os dias. E há até quem fique do pequeno-almoço ao fim da tarde.
Este café, como outros espalhados pelo país, é ao mesmo tempo lugar de estudo e de encontro, ponto de paragem obrigatório para grupos de jovens que dali partem para concertos, sessões de cinema e jogos de futebol.
"Combinamos aqui muitas vezes porque fica perto das nossas casas e toda a gente conhece", diz Catarina, 20 anos, estudante de Psicologia. Pode ser a primeira paragem de uma noite que só acaba no pequeno-almoço do dia seguinte ou o ponto de partida para umas férias de verão no sul com um festival de música pelo meio e muita praia. "Trazemos os computadores, trocamos música, vamos à Net sacar 'trailers' de filmes que havemos de ver no cinema ou em casa de alguém, encontramos amigos do secundário."»

Ver e ler mais aqui