sábado, 25 de abril de 2015

Seguir Cristo, o Bom Pastor

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha
“Eu sou o Bom Pastor” – afirma Jesus, fazendo o seu autorretrato com os traços mais marcantes da sua identidade. Recorre a uma metáfora muito conhecida dos ouvintes, sobretudo a partir do profeta Ezequiel, em que se espelha a relação de Deus com o seu povo. Aproveita a oportunidade surgida com a tensão provocada pelos fariseus durante a cura do cego de nascença. Repete várias vezes esta declaração que contrasta fortemente com o proceder dos pastores mercenários, que usam o nome e assumem a função, mas não a desempenham com honradez, sobretudo quando o perigo ameaça.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

(In)tolerância

Crónica de Maria Donzília Almeida


“O sucesso torna as pessoas modestas, 
amigáveis e tolerantes; 
é o fracasso que as faz ásperas e ruins.“

William Maugham






Descia eu a artéria principal da nossa pitoresca vila, após a missa dominical do dia de Páscoa. O tráfego automóvel era já intenso e sucedia-se em movimento contínuo. 
Ia observando, à minha volta, o aspeto matinal de uma povoação que acorda para a vida, se espreguiça e dá sinais de vitalidade nesta primavera incipiente.
A certa altura, inopinadamente, sou surpreendida, nos meus pensamentos introspetivos, por um buzinar estridente e um derrapar de pneus, ali mesmo em frente, na via pública. Ato contínuo, observo uma picardia entre dois automobilistas que se mimoseavam com palavras e gestos, frequentemente usados na gíria da condução automóvel.
Era o primeiro espetáculo da manhã, desse dia que comemorava a ressurreição de Cristo, a libertação da escravatura do povo judeu, a época, por excelência da reconciliação, do perdão, do renascimento do homem novo.

Congresso da Região de Aveiro

Nota informativa



«Por decisão do Conselho Intermunicipal da Região de Aveiro o Congresso da Região de Aveiro 2015 foi remarcado para os dias 28 e 29 de maio de 2015.
A CI Região de Aveiro pretende, à semelhança das duas edições anteriores, realizadas em 2011 e 2013, que o Congresso da Região de Aveiro seja um momento de apresentação, discussão e debate dos principais assuntos e projetos desta região.»

Fonte: CIRA

Conservação e Restauro no Museu de Aveiro

Informação cultural 


quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dia Mundial do Livro

Concurso Literário Jovem2015

Amanhã, 23 de abril, Dia Mundial do Livro, pelas 18 horas, no Centro Cultural da Gafanha da Nazaré, vai realizar-se a sessão de entrega dos Prémios e dos Certificados de Participação no Concurso Literário Jovem2015, por iniciativa da Câmara Municipal de Ílhavo. O concurso teve por destinatários os alunos do Ensino Básico dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos, assim como do Ensino Secundário, tendo como principais objetivos estimular hábitos regulares de leitura e de escrita e potenciar a criatividade e a imaginação de cada um. Participaram 189 jovens com 205 trabalhos, com textos  poéticos e narrativos.
Confesso que dou muito valor a estas iniciativas, tanto mais que os livros são uma extraordinária fonte de cultura e de conhecimentos. Estimular a leitura junto de crianças e jovens é o primeiro passo para que os envolvidos descubram que os livros permitem a descoberta de novos mundos, novas ideias e outras gentes, enquanto animam a sensibilidade, o espírito criativo e a capacidade cívica e artística. 

Padre Miguel Lencastre e António Morais



Pessoa amiga teve a gentileza de me endereçar esta foto que mostra, em especial, dois bons amigos que nos deixaram fisicamente, mas que permanecem num recanto especial das minhas memórias. São eles, como decerto já notaram, o António Morais e o Padre Miguel Lencastre, que partilharam amizade e tarefas em prol da Igreja Católica, do Movimento de Schoenstatt, do Stella Maris e de outras instituições.
A acompanhar a foto vinha a informação de que  ela está relacionada com um evento de recolha de fundos na vila de Jaraguá, periferia de São Paulo, Brasil, destinados à construção de um centro para o Movimento de Schoenstatt.
Sei, por conhecimento pessoal, que ambos participaram na Gafanha da Nazaré em inúmeras iniciativas, tanto no âmbito da comunidade paroquial e humana, mas ainda do Movimento de Schoenstatt, onde levaram à prática uma colaboração estreita e dedicada em favor do nosso povo. 
Ambos mostraram a sua disponibilidade para servir, nada esperando em troca, dando-nos um exemplo nem sempre fácil de encontrar. E é por esse motivo que hoje os evoco, graças também a quem me ofereceu a fotografia. Venham outras.

Nota: Quem souber mais sobre essa colaboração no Brasil, agradeço que me ajudem a completar este texto.

Os "banha da cobra"




De vez em quando, o saco das minhas memórias, talvez por demasiado cheio, abre brechas e algumas recordações saltam cá para fora. É curioso que, pensando bem, não brotam por dá cá aquela palha, porque, sem eu me dar conta, haverá razões que me fazem reviver cenas da minha infância. 
Hoje, por exemplo, lembrei-me dos "banha da cobra" que montavam banca às portas das igrejas, aos domingos, depois da missa, mas também nas feiras e arraiais. Chegavam com uma ajudante, subiam para um palanque, mala em cima de uma mesa improvisada, e mal o povo começava a sair da missa, punham-se a apregoar os seus produtos, em especial a "banha da cobra", que curava todas as maleitas, num esfregar de olhos. 
A pomada, afiançavam, exibindo atestados dos mais eminentes cientistas de Portugal e arredores, curava mesmo tudo. Dores de cabeça e de dentes, urticária, nervos e artroses, diarreias e sarampo, reumatismo e cólicas de qualquer espécie, queda do cabelo e impingens, torcicolos e trasorelho, mau-olhado e invejas, entorses e ventre descaído, unhas encravadas e tumores... Era tão milagrosa que até nem se podia vender nas farmácias, porque dispensava todos os outros fármacos, o que se traduziria em prejuízo para o negócio dos farmacêuticos e das indústrias que lhe estavam ligadas.
A conversa do vendedor, com paleio para dar e vender, com ou sem megafone, era de tal modo convincente que o povo, antevendo a cura dos seus males, queria doses dobradas, para si e família e até para vizinhos. E como especialistas em técnicas de vendas, com a ajuda da colaboradora, começava a distribuição, clamando alto e bom som que, quem pagar duas bisnagas leva três. Três para esta senhora, seis para aquele cavalheiro, e mais para esta aqui, que anda um pouco amarela, mas que vai ficar rosadinha, com a pomada santa.
O negócio evoluiu e do megafone os “banha da cobra” saltaram para a aparelhagem sonora, que guinchava que se fartava. E chegou aos nossos dias, com honras da rádio e da televisão. Bem-falantes, bem engravatados, com história que não muda. Leve duas embalagens e pague uma. O elixir da longa vida e da eterna juventude está na conversa fiada de gente que promete mundos e fundos para a nossa desejada felicidade… É só ouvir e seguir os seus conselhos. Ou fugir deles…

terça-feira, 21 de abril de 2015

Humildade

"A humildade é a base e o fundamento de todas as virtudes
 e sem ela não há nenhuma que o seja". 

Miguel de Cervantes Saavedra (1547-1616)

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Grandes veleiros



Tenho saudades dos grandes veleiros. São espetáculo raro entre nós, mas quando chegam ou zarpam, rumo a outras paragens, deixam saudades. Multidões, de perto e de longe, sabem apreciá-los e a romaria estende-se a todos os que se abrem aos olhares de curiosos e entendidos. O porte e o colorido são desafios para a nossa imaginação. Neles, seriam viagens de sonhos ímpares que guardaríamos vaidosos. Que haja motivos fortes para que demandem a barra de Aveiro e ancorem nos cais do nosso porto. São os meus votos.

Naufrágios e mortes no Mediterrâneo



Somos bombardeados frequentemente pelas notícias de naufrágios e mortes no Mediterrâneo. Tristeza, revolta, hipocrisia, crime, desespero, fome, desemprego, miséria, tráfico de pessoas, clandestinos, guerras, perseguições e políticas desumanas são palavras que me ocorrem. 
O Papa Francisco bem protesta, bem diz que a palavra que lhe ocorre é vergonha, mas tudo continua na mesma. Há leis e políticas de imigração e de emigração, há reportagens e mobilização de algumas instituições humanitárias para acudir aos sobreviventes e decerto para enterrar os mortos. Mas os desastres continuam e os políticos europeus permanecem atentos ao seu umbigo. Agora parece que vão reunir-se numa cimeira de emergência para tentar encontrar uma saída. Pode ser que daqui nasça uma comissão para estudar o assunto.

domingo, 19 de abril de 2015

Miguel Torga para refletir


Uma carta à Diretora do PÚBLICO


Miguel Torga actual

Partilho um pedaço da boa prosa de Miguel Torga, escrita em Chaves e publicada no seu Diário XIII. Escrita em 12 de Setembro de 1978? Não será gralha? Parece que Torga ressuscitou - para ver, com olhos tristes e cansados, os meninos a brincarem, chamando-se nomes e mais nomes feios, a candidato a candidato a Presidente da Res Publica (?) - e escreveu isto ontem... "com oitocentos anos de História, parecemos crianças sociais. Jogamos às escondidas nos corredores das instituições." Senhora directora, caros jornalistas, amigos leitores, leiam e reflictam, por favor, sobre este texto tão actual porque vos fará bem, ainda hoje, ainda hoje! “Bem quero, mas não consigo alhear-me da comédia democrática que substituiu a tragédia autocrática no palco do país. Só nós! Dá vontade de chorar, ver tanta irreflexão. Não aprendemos nenhuma lição política, por mais eloquente que seja. Cinquenta anos a suspirar sem glória pelo fim de um jugo humilhante, e quando temos a oportunidade de ser verdadeiramente livres escravizamo-nos às nossas obsessões. Ninguém aqui entende outra voz que não seja a dos seus humores. É humoralmente que elegemos, que legislamos, que governamos. E somos uma comunidade de solidões impulsivas a todos os níveis da cidadania. Com oitocentos anos de História, parecemos crianças sociais. Jogamos às escondidas nos corredores das instituições.”

Nelson Bandeira, Porto

A ressurreição não pode ser adiada (2)

Crónica de Frei Bento Domingues 

Frei Bento Domingues

1. Creio que a nossa ressurreição depois da morte é tarefa exclusiva do Deus dos vivos. Está bem entregue.
É a ressurreição dos mortos-vivos, dos sem rosto, dos mais pobres, dos mais desfavorecidos, dos não rentáveis, dos ejectados do círculo virtuoso do liberalismo económico, que constitui o desafio lançado a todas as pessoas de boa vontade. A peça de teatro de Jean-Pierre Sarrazac, O Fim das Possibilidades - uma Fábula Satânica –, encenada por Nuno Carinhas e apresentada nos TNSJ e TNDII [1], mede-se precisamente com o que há de mais arcaico e persistente no livro de Job, confrontado com as características da crise actual, aprofundando, em parábola, o seu conhecimento, a partir de muitos afluentes. 
Temos de enfrentar a desesperança, mas sem recorrer à publicidade enganosa: “o futuro está de volta”. José Silva Lopes era considerado um dos maiores economistas do país, mas não confundia a esperança com ilusões. Recebeu o Expresso [2] para uma entrevista, dois meses antes de morrer. Temos, agora, acesso à sua opinião sobre algumas questões incontornáveis da nossa actualidade.

Hoje apeteceu-me silêncio

Dunas na Praia da Barra

Há dias assim. Hoje apeteceu-me silêncio. Porta fechada às saídas, descoberta de um  recanto mais tranquilo, leituras sem pressas que me conduzissem para longe da minha rua que, também ela, não alimenta grande trânsito nem ruídos. 
Rentes de Carvalho, um escritor de quem lera uns textos apenas no seu blogue Tempo Contado e em publicações periódicas, guiou-me boa parte do dia por Trás-os-Montes, com o seu livro "Ernestina", um romance autobiográfico com boa dose de ficção a enriquecê-lo. Que delícia. Depois, para descomprimir, a leitura da entrevista de fundo da revista E do Expresso com Umberto Eco, feita pelo jornalista Luciana Leiderfarb. Umberto Eco, com os seus 83 anos, senhor duma cultura impressionante, é uma referência a ter em conta. Lê-lo é um prazer. De permeio, umas conversas com filhos e neta. A minha Lita sempre presente, mesmo que ausente.
A agenda registava tarefas programadas há dias. Tive mesmo de evitar segui-la. 
A chuva, de vez em quando, carregava o ar e a nostalgia aconchegava a minha desejada serenidade. Sem preocupações, sem tarefas escravizantes, sem barulhos exasperantes, sem horários que me manietassem. Todo eu e as minhas leituras. Agora  já é outro dia. Um bom domingo à medida de cada um. 

sábado, 18 de abril de 2015

Reconhecer Jesus Ressuscitado

Reflexão de Georgino Rocha

Georgino Rocha

Os discípulos de Emaús, após terem reconhecido Jesus, partem apressados e cheios de alegria para a cidade, encontram o grupo dos apóstolos reunido e narram a experiência gratificante vivida durante a caminhada. É a primeira vez que estão todos em comunidade. É a primeira vez que o “partir do pão” surge como momento especial de reconhecimento do Ressuscitado. É a primeira vez que se evoca a releitura da Sagrada Escritura como critério para a compreensão da história e reposição da verdade,
O acesso à experiência da ressurreição de Jesus dá-se, segundo Inácio de Loyola, pelo reconhecimento dos seus “santíssimos efeitos”. São estes que constituem a “janela” do espírito humano iluminado pela fé. São estes que provocam o encontro feliz que abre o entendimento do crente e o leva a identificar o Senhor. São estes que alargam os horizontes e lançam em maior profundidade as razões da esperança pascal.

Gafanha da Nazaré celebra 14 anos de cidade

19-IV-2015




Criada freguesia em 23 de Junho de 1910 e paróquia em 31 de Agosto do mesmo ano, a Gafanha da Nazaré é elevada a vila em 1969. A cidade veio em 2001, por mérito próprio. O seu desenvolvimento demográfico, económico, cultural e social bem justifica as promoções que recebeu do poder constituído no século XX, a seu tempo reclamadas pelo povo.
A Gafanha da Nazaré é obra assinalável de todos os gafanhões, sejam eles filhos da terra ou adotados. De todos os pontos do País, das grandes cidades e dos mais pequenos recantos, muitos chegaram e se fixaram, porque não lhes faltaram boas condições de vida.
A Gafanha da Nazaré é, hoje, uma mescla de muitas e variadas gentes, que, com os seus usos e costumes e muito trabalho, enriqueceram, sobremaneira, este rincão que a ria e o mar abraçam e beijam com ternura.
O Decreto-lei n.º 32/2001, publicado no Diário da República de 12 de Julho do mesmo ano, foi aprovado pela Assembleia da República em 19 de Abril de 2001, registando em 7 de Junho desse ano a assinatura do Presidente da República, Jorge Sampaio.
O povo comemorou a elevação a cidade com muita alegria, precisamente no dia da aprovação, pelo Parlamento, do desejo das autoridades e de quantos sentem esta terra como sua. A legitimidade popular consagrou essa data, 19 de Abril, como data de festa, sobrepondo-se à assinatura do Presidente da República. 
Este título de cidade colocou a nossa terra com mais propriedade nos mapas e roteiros. Mas se é verdade que o hábito não faz o monge, temos de reconhecer que pode dar uma ajuda. Como cidade, passou a reivindicar infraestruturas mais consentâneas com esse título, podendo os gafanhões assumir este acontecimento como marco histórico da sua identidade, como cidadãos de pleno direito.

Fernando Martins

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Celebrações Oficiais 

A Câmara Municipal de Ílhavo e a Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré realizam, nos próximos dias 19 e 20 de abril, um conjunto de ações que assinalam o 14.º Aniversário da Elevação da Gafanha da Nazaré a Cidade, dando especial atenção às obras em curso na Gafanha da Nazaré.
Neste âmbito, vimos por este meio convidar V. Exa. a participar nas Comemorações, com o seguinte programa:

19.ABR | Domingo
09h30
Hastear das Bandeiras na Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, com a presença da Filarmónica Gafanhense

20.ABR | Segunda-feira
14h00
Concentração para início da visita (junto à sede da Junta de Freguesia)
14h15
Visita à futura pista ciclável para as praias
14h30
Visita à obra de requalificação da Rua D. Manuel Trindade Salgueiro
15h00
Visita à obra do Ecomare (Laboratório de Ciências Oceanográficas)
16h00
Visita à obra de requalificação e ampliação do Mercado da Barra
17h00
Passagem pelo Eco-Drive
17h15
Visita à obra de Saneamento Básico da Gafanha da Nazaré
18h00
Balanço do dia, com ponto de situação da obra de saneamento básico pela AdRA (Salão Nobre da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré)

Fonte: Foto e programa da CMI

A barbárie e a indiferença

Crónica de Anselmo Borges 

Anselmo Borges



O direito à liberdade religiosa é um direito fundamental garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Mas acaba por ser um dos menos respeitados. De facto, o cristianismo já esteve do lado dos perseguidores, hoje é a religião mais perseguida. Os dados são verdadeiramente trágicos, a ponto de o Papa Francisco ter feito um apelo à comunidade internacional para que não permaneça "silenciosa e inerte". Na via-sacra de Sexta-Feira Santa foram lembrados todos os que presentemente são perseguidos, nomeadamente na Síria, no Iraque, no Egipto, na Nigéria, no Quénia, na Coreia do Norte: "Os nossos irmãos são perseguidos, decapitados, crucificados por causa da sua fé, sob o nosso silêncio cúmplice." O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros espanhol, Ignacio Ybáñez, também reconheceu nesta semana que "presentemente a situação é dramática", atingindo o seu auge com o Estado Islâmico: "Em cada hora que passa um cristão é morto."

Dia Internacional de Monumentos e Sítios — 18 de abril

Conhecer, Explorar, Partilhar



Sob o lema “Conhecer, Explorar Partilhar”, celebra-se hoje o Dia Internacional de Monumentos e Sítios, iniciativa que completa 50 anos. Os municípios mais vocacionados para o património cultural e natural não deixarão de programar projetos interessantes, visando despertar o interesse para o que há de importante a nível de Monumentos e Sítios. 
Em qualquer região, mais antiga ou mesmo moderna, tem sempre que visitar e que ensinar. Contudo, entendo que muitas vezes ficamos indiferentes às belezas e riquezas que possuímos, procurando outras terras para as nossas deambulações turísticas, recreativas e culturais, ignorando por sistema o que nos envolve.
Propositadamente, não indico nada para os nossos conterrâneos comemorarem condignamente este Dia Internacional, tanto mais que acredito na curiosidade e inteligência das nossas gentes. Todavia, sempre digo que há muitos museus, monumentos, edifícios de interesse histórico, paisagens, rios e ilhotas, ria e mar, jardins, floresta e parques de lazer, ruas com história e apenas com nomes que são outras tantas homenagens a figuras de relevo das nossas freguesias e do nosso concelho. Só os nomes dariam para imensas conversas  Mexam-se à cata de curiosidades. 

Fernando Martins

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Efeméride — Estrada de Aveiro à Gafanha

17 de abril de 1855 

Ponte da Cale da Vila

«Principiou o lanço de estrada de Aveiro à Gafanha, depois continuado até ao Forte da Barra; a obra ficou toda completa em 30 de Abril de 1861 (padre João Vieira Resende, Monografia da Gafanha, pg. 181) – J.»

Fonte: "Calendário Histórico de Aveiro" 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar


Na cidade…

Crónica de Maria Donzília Almeida




Foi na procura de uma mesa para colocar o tabuleiro, que entabulámos conversa com aquele jovem. Estávamos na zona da restauração de um centro comercial da nossa cidade de Aveiro e todas as mesas estavam ocupadas por casais, grupos, etc. Só aquela, mesmo defronte ao balcão de atendimento tinha apenas aquele jovem, que estava agarrado ao seu telemóvel.
Mais um a engrossar a multidão daqueles para quem o dispositivo de comunicação é um bem de primeiríssima necessidade e sem o qual a sua vida perde o significado. Foram estes os pensamentos preconcebidos, numa primeira abordagem visual da situação.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Feira de Março em Aveiro



A Feira de Março não estaria este ano à minha espera por razões pessoais. Acabei por aparecer, de fugida, com direito a duas farturas regadas com água de Luso, porventura a melhor água do mercado, segundo o meu gosto. Este abuso estragou-me o jantar, mas lá me aguentei com garantias de mais juízo por estes dias. 
A Feira de Março, por repetitiva, não me despertou grande interesse, mas acredito nas promessas do presidente da Câmara de Aveiro, Ribau Esteves, de que no futuro haverá inovações, em resposta aos desafios do tempo que vivemos. Fico a aguardar.
Desta visita registo alguns pormenores. Encontrei uma colega que não via há uns 40 anos e que me reconheceu, apesar das barbas. Ela está com a mesma fisionomia e sorriso, mas apoiava-se numa canadiana, por ter sofrido um percalço A idade é assim. Saía das farturas quando nós (eu e a Lita) entrávamos. Também registei que à tarde os interesses de quem vai à Feira se concentram no convívio. Vários grupos, na casa de sempre (Farturas da Família Armando), brindavam ao encontro e à vida, decerto, que ainda permite comer o doce frito, carregado de açúcar e canela, dito de Lisboa. Depois foi o regresso com a ajuda do guarda-chuva a substituir a bengala que ficou no carro. Até para o ano, se Deus quiser.