sábado, 26 de janeiro de 2013

Justiça para os humilhados


FIXOS EM JESUS OS OLHOS DA ASSEMBLEIA
Georgino Rocha

Georgino Rocha

A leitura que Jesus faz na sinagoga da sua terra desperta a atenção da assembleia a ponto de todos fixar nele o olhar. A que se deverá esta atenção expectante dos presentes e esta fixação convergente de olhares?
Ao facto de ser um conterrâneo recém-chegado a fazer a leitura, ele que regressava do rio Jordão onde se tinha feito baptizar, começando a sua vida pública? Ao texto escolhido e proclamado, certamente bem conhecido, pois faz parte do livro escrito por um profeta anónimo pelos anos 537-520 e colocado sob a autoridade de Isaías? À mensagem tão contrastante, então como agora, que convida a uma viragem interior completa: os desanimados para alimentarem a esperança, os abandonados para acreditarem que são reintegrados, os pobres e oprimidos para confiarem na libertação que se aproxima? Ao jeito e à posição de Jesus que atraía e insinuava a boa notícia contida na passagem anunciada?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Com o Vaticano II, os programas pastorais pouco ou nada mudaram


O Concílio é de hoje, o passado não o esgotou
António Marcelino

António Marcelino


«Hoje dispomos de meios variados para chegar ao povo cristão. Há que aproveitá-los também, em ordem ao seu conhecimento do Concílio, à renovação comunitária e ao compromisso cristão na sociedade. Não se pode ouvir, por mais tempo, a queixa de muita gente que diz não ir mais longe, porque ninguém lhe dá a mão. A Igreja é constituída por pessoas normais, jovens e adultos. Se se pensa só nas elites e estas não são formadas para ir ao encontro dos outros com o seu saber e experiência de fé, trabalha-se em vão e empobrece-se sempre mais a comunhão eclesial.»

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Bispo de Aveiro apelou à “ousadia profética e determinação cultural”


Estarreja: Debate integrado na “Missão Jubilar” 
juntou Jorge Sampaio e D. António Couto

Ecumenismo vai ser 
«muito mais rico e cheio de alegria»
D. António Couto



«Fator religioso tanto pode ser 
de afastamento como de aproximação»
Jorge Sampaio


Jorge Sampaio, Carlos Daniel e D. António Couto

«O responsável pelo ecumenismo no episcopado católico, o bispo D. António Couto, expressou ontem, quarta-feira, em Estarreja, o seu otimismo quanto à aproximação dos cristãos de diferentes Igrejas em Portugal. 
Durante um debate sobre ecumenismo e diálogo inter-religioso com Jorge Sampaio, antigo presidente da República, o prelado vaticinou que no futuro o ecumenismo em Portugal “será muito mais rico e cheio de alegria e amizade”. 
Perante centenas de pessoas reunidas no Cineteatro local para assistir à iniciativa programada pela Diocese de Aveiro, D. António Couto afirmou que vê com “muito gosto” que os jovens portugueses “lutam” e “estão a dar passos belos” pela unidade dos cristãos. 
“Estamos no tempo do diálogo, do coração a coração, da fraternidade”, sublinhou o bispo de Lamego, que ao recordar o tempo passado em Israel para estudar a Bíblia falou do relacionamento que estabeleceu, enquanto padre católico, com judeus e palestinianos. 
D. António Couto testemunhou que “fações diversas não lutam apenas entre si mas também estabelecem laços de amizade. E quando há amizade quebra-se o gelo e a rigidez”. 

Foguetos incomodam


Festas aos santos e necessidades do povo
António Marcelino



Há períodos em que os foguetes, hoje muito caros, incomodam mais. Não é por prejudicarem o sono dos vizinhos, mas pelos confrontos a que nos obrigam. As festas tradicionais, com patronos religiosos, ganharam prestígio fora e mostram, cá dentro, o bairrismo de quem as promove. Não são um campo fácil de renovação. O povo tem direito a divertir-se e as tradições devem conservar-se. É verdade. Porém, na programação da festa – a Igreja, como educadora que deve ser, tem nisto responsabilidade – deve olhar-se ao momento que se vive. Despesas ontem normais, hoje podem ser exageradas e provocadoras. As festas precisam de um santo e o santo precisa de quem saiba interpretar a sua vida, que nunca foi de ostentação, nem de passar ao lado de quem precisa. Por isso mesmo é santo. É, pois, de esperar que, ao programar a festa se cortem despesas, para, em louvor do santo, ao ir encontro dos pobres da paróquia ou mesmo de fora? Um trabalho não se faz apenas numa reunião, mas no cuidado de transmitir valores e preocupações e de incentivar à parcimónia e à partilha fraterna. A imagem da Igreja está nos gestos que ajudam a perceber a sua missão e a sua preocupação com os mais pobres.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Cortejo dos Reis - 2013

Textos (Fernando Martins) 
e fotos (Custódia Bola e Vítor Sardo) dedicados, 
em especial, aos gafanhões espalhados pelo mundo





Enquanto houver meninas e meninos e quem os estimule a viver as festas paroquiais, o Cortejo dos Reis não morrerá, antes sairá reforçado, ano após ano. Exemplo disso é este grupo que, já cansado da caminhada, recorre a um carro cheio de presentes para o Menino-Deus.



Os escuteiros são presença assídua no cortejo como noutras iniciativas paroquiais, diocesanas e cívicas. Eles têm, ainda, a noção pedagógica das suas participações. Neste caso, optaram pela tração humana, puxando com garra, de bicicleta, o carro das ofertas.




Os pastores são peça importantíssima de um qualquer cortejo da época natalícia. Não foram eles os primeiros, na noite fria do nascimento de Jesus, a chegar à gruta para adorar o Menino, acalentado no colo de Sua Santíssima Mãe?





O nosso Corte dos Reis nunca poderia sobreviver se lhe faltasse o testemunho de gente de todas as idades. Aqui se apresenta a Dona Alice, que é uma pessoa de idade e um exemplo a seguir. Todos os anos, desde nova, faz o percurso a pé e consegue encher a latinha de dinheiro, para oferecer ao Deus-Menino!


O Rei Herodes sempre foi o “mau da fita” no Cortejo dos Reis. Não era ele um déspota, sem coração, capaz dos maiores horrores? E não queria que os magos lhe dessem notícia do lugar onde estaria o anunciado rei dos judeus para o ir adorar? Queria matá-l’O, mas enganou-se. Os magos perceberam a perfídia do tirano.



Aqui vão os Reis Magos a fechar o cortejo. Partiram de longe com os seus séquitos para adorar o nosso Salvador. E peregrinaram com alegria, guiados pela estrela de Belém, com músicos e cantores, mas também com o povo que alimentava a mesma certeza, para oferecerem ao Menino-Deus o que tinham: Ouro, incenso, mirra, cordeiros e tudo o mais que puderam juntar. O nosso Salvador não merecia tudo isto?




O ponto mais alto do nosso Cortejo dos Reis é, sem dúvida, a enternecedora cerimónia da adoração do Menino-Deus. Os Reis e seus séquitos, com o povo, ao som de lindas melodias, que vêm do tempo dos nossos avós, beijam o Salvador acabado de nascer, a Luz do Mundo para uma sociedade nova. E depois vem o leilão dos presentes oferecidos com muito amor.

Notas

No Cortejo distinguiram-se, pela sua empenhada envolvência, o Agrupamento de Escuteiros, a Catequese, a Obra da Providência, o Movimento de Schoenstatt, diversos lugares da paróquia, grupos espontâneos e muitas pessoas a título individual.
Durante o percurso foram apresentados sete autos: O anúncio do Anjo, o Encontro dos Reis, o Encontro dos Pastores, a Fonte de Elias, O Rei Herodes e, a fechar, na igreja matriz, o Beijar do Menino. Os autos envolveram diretamente 24 atores e o grupo dos cantores e músicos foi constituído por 40 pessoas.


Idosos devem "morrer rapidamente"?

«Idosos devem "morrer rapidamente" 
para poupar o Estado, diz ministro japonês

O ministro das Finanças do novo governo japonês afirmou que os idosos doentes devem “morrer rapidamente” para aliviar o Estado do pagamento de cuidados médicos.»

Li esta notícia que não posso deixar de comentar, com alguma indignação, tão brutal é ela. Num país capitalista, onde é suposto haver respeito pelas pessoas que deram o seu melhor em prol da sociedade a que pertencem, não falta que deseje ou proponha a morte rápida dos velhos para aliviar o Estado.
O Estado, como diversas vezes já tenho escrito neste meu espaço, é mesmo uma entidade sem alma e sem sentimentos. O que interessa é a economia, o lucro, nem sabemos, afinal, em favor de quem. Só de quem está no ativo? E os que estiveram a trabalhar durante décadas? Por essa linha, qualquer dia aí teremos o massacre dos portadores de deficiência...
Só o trabalho da pessoa é que importa. A pessoa só merece viver enquanto produz. É isso? Que mundo horrível estaremos a construir?

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Renascimento da comunidade cristã

Ecumenismo

Criação comum

Irmão Roger


«Quer sejam católicas ou protestantes, as gerações ascendentes exigem mais do que reformas: um renascimento da comunidade cristã. Mas, muitas vezes, metem o carro à frente dos bois esquecendo que não há reforma de uma comunidade sem reforma do indivíduo. É preciso que o ser preceda o agir. Obcecados por uma vontade de reforma, arriscamo-nos a esquecer que a atualização começa nas profundezas de nós mesmos.

A estes jovens repito frequentemente: na comunhão fraterna que hoje junta várias gerações em Taizé, queremos escutar o Espírito Santo em vós, alargando a nossa inteligência, o nosso espírito, o nosso coração. Pedi a nossa conversão a Deus e construiremos em conjunto, e em conjunto diremos: «Vê, Senhor, o teu povo; considera os homens, nossos irmãos, pelo mundo. Separámo-nos, não nos conseguimos voltar a unir para participar numa criação comum. Desfaz a nossa suficiência. Abrasa-nos todos do fogo do teu amor».

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Exposição de Arte Sacra integrada na Missão Jubilar

No Museu da Cidade



«Foi inaugurada no domingo, dia 20 de Janeiro, a exposição “Diocese de Aveiro – Presente e Memória”. Em parceria com o Museu da cidade, a inauguração da mostra de arte sacra contou com a presença de mais de 200 pessoas vindas de toda a diocese. No acto inaugural intervieram Maria Helena Pinho e Melo, da Comissão Executiva da exposição, Celeste Amaro, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, D. António Francisco, Bispo de Aveiro, e Monsenhor João Gaspar, Vigário Geral da diocese.
A exposição que tem peças das 101 paróquias da diocese está patente até 7 de Abril, das 10h às 17h30, de terça a domingo. O catálogo que inclui fotografia e legenda de todas peças está à venda por 12 euros.»

Fonte: Portal da Diocese de Aveiro


Amigos de coração...



Ora aqui estão uns amigos de coração. Da esquerda para a direita: Padre António Maria Borges, eu próprio, Daniel Rodrigues e Padre Miguel Lencastre. Há uns bons anos. O Daniel veio à Gafanha da Nazaré para fazer uma reportagem. Eu acompanhei-o para lhe dar umas dicas. O Padre Miguel recebeu-nos na cozinha da Residência Paroquial para nos servir, ao seu jeito, um chá. E depois conversámos. Não me recordo da pessoa que disparou a máquina fotográfica, mas talvez tenha sido o João, empregado do Comércio do Porto, na delegação de Aveiro...
O Daniel já nos deixou, mas a sua memória permanece viva em Aveiro e sua região. Os restantes, como estão jovens nesta foto. 

Poesia para todos

"O pássaro da cabeça": 
versos para crianças de Manuel António Pina


A Ana quer

A Ana quer
nunca ter saído
da barriga da mãe.
Cá fora está-se bem,
mas na barriga também
era divertido.

O coração ali à mão,
os pulmões ali ao pé,
ver como a mãe é
do lado que não se vê.

O que a Ana mais quer ser
quando for grande e crescer
é ser outra vez pequena:
não ter nada que fazer
senão ser pequena e crescer
e de vez em quando nascer
e voltar a desnascer.


Manuel António Pina

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Nota: Para crianças e para todos. Não há uma criança em cada um de nós?

Ecumenismo nos caminhos da comunhão

A propósito da Unidade dos Cristãos

Bento XVI


«“Para avançar nos caminhos da comunhão ecuménica é necessário que nos tornemos ainda mais unidos na oração, mais comprometidos na busca da santidade e mais empenhados nas áreas do investigação teológica e da cooperação ao serviço de uma sociedade mais justa e fraterna”, declarou o Papa, perante uma delegação ecuménica da Igreja Luterana da Finlândia, na sua visita anual ao Vaticano por ocasião da festa de Santo Henrique, primeiro bispo e patrono do país nórdico.
Bento XVI aludiu a um caminho conjunto de “justiça, misericórdia e retidão”, que tem de ser percorrido com “humildade” para que os cristãos testemunhem a sua fé aos que “estão em busca de um ponto seguro de referência num mundo em rápida mudança”.
“Neste caminho dos discípulos, somos chamados a avançar conjuntamente na estrada estreita da fidelidade à vontade soberana de Deus, enfrentando dificuldades e obstáculos que possam surgir”, prosseguiu.»

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Valdemar Aveiro: A nossa vida parece ficção

A sua vida daria um romance



Valdemar Aveiro, 78 anos, natural de Ílhavo e residente na Gafanha da Nazaré desde que se casou, dois filhos e dois netos, oficial da Marinha Mercante e atual administrador da Empresa de Pesca S. Jacinto, é autor de dois livros, entre outros, com recordações da pesca do bacalhau. São eles “80 Graus Norte” (3.ª edição) e “Murmúrios do Vento”, onde evoca cenas do quotidiano a bordo dos navios, mas também pessoas que o marcaram indelevelmente. Sobretudo gentes ligadas às empresas de pesca, mas não só, em especial as que com ele enfrentaram trabalhos heróicos e mares bravios. 
Quem conhece o capitão Valdemar, como é mais conhecido na região, sabe que a sua vida, de sonhos realizados e por realizar, de lutas insanas, de canseiras teimosamente enfrentadas e de desafios constantes, daria um romance. De qualquer forma, os seus escritos, memorialistas na sua pureza literária, são o romance que pode ser apreciado como tal pelo leitor comum. 
Questionado sobre a eventualidade de escrever um romance, frontalmente afirma que «não é preciso», porque «a nossa própria vida parece ficção». E adianta, em jeito de explicação: «Falo daquilo que sei, não falo de ouvido; falo daquilo que posso provar; das pessoas com quem convivi e convivo; de gente de uma nobreza extraordinária.» 
Valdemar Aveiro caracteriza, com exuberância, os sofrimentos dos homens do mar na pesca do fiel amigo, «Todos, doentes, sofrendo do mesmo mal — a saudade pungente, o isolamento, a solidão, a ansiedade pelo dia do regresso sem data prevista, o trabalho esfalfante, o alívio do choro, as lágrimas silenciosas vertidas na escuridão do seu catre com a cortina corrida; todos igualmente condenados à abstinência prolongada que altera comportamentos, cria tensões, gera crises de agressividade traduzidas em destemperos explosivos a degenerar em conflito!». 

B Fachada é um dos cantautores da presente geração

José Tolentino Mendonça,
no EXPRESSO de sábado

Tolentino Mendonça


B Fachada é um dos cantautores da presente geração. Não falta quem o encoste já à linhagem dos José Afonso, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Jorge Palma e por aí fora. Com menos de 30 anos, produziu 12 reluzentes caixas de música que desarrumaram a música portuguesa e a infestaram de talento, ironia e más maneiras. (...) Porém, no final do ano de 2012 (...) o músico anuncia que se despede para uma estação de silêncio. (...) Fiquei a pensar na escolha de B Fachada, no que é essa necessidade de parar para a qual a vida, num momento ou noutro nos encaminha; nos fins que nos temos de impor se quisermos crescer, mesmo quando os ventos correm de feição; na urgência fundamental que representa escutar-se a si mesmo, perfurando camadas de distração e automatismo. Diria isto: por vezes o que nos aproxima da autenticidade é o continuar, por vezes é o parar. E só o saberemos no exercício paciente e inacabado da escuta. Mas esta audição a nós próprios não se faz sem coragem e sem esvaziamento. Não podemos estar à espera de condições ideais. (...) Falta-nos uma nova gramática que concilie os termos que a nossa cultura tem por inconciliáveis: razão e sensibilidade, eficácia e afetos, individualidade e compromisso social, gestão e compaixão... (...)

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Ano da Fé


domingo, 20 de janeiro de 2013

O Zé da Rosa partiu serenamente...

Depois da Tempestade 

Zé da Rosa 
O Zé anunciou a sua despedida 
e partiu para junto da Rosa


O dia amanheceu sereno, como se a terra descansasse de um grande tumulto! Como a chorar pelos estragos feitos pela tempestade, uma chuva miudinha, continuou a cair, tranquila, compassada, lamuriante... 
Temos, por vezes a sensação que a natureza se associa a nós, num lamento plangente, pelas nossas tristezas, pelas nossas amarguras, pelas nossas perdas! 
Assim aconteceu, hoje, neste dia do Senhor, pela manhãzinha, em que o Zé da Rosa, no seu ambiente familiar, rodeado pelo desvelo dos seus entes queridos, anunciou a sua despedida da terra e partiu para o jardim do Éden...onde irá juntar-se à Rosa que o trouxe a este mundo. 
Partiu sereno, tal como a chuva miudinha que cai, lá fora, sem um queixume, sem um ai... 
Tudo já foi dito desta figura exemplar...direi, agora, que não há palavras! Estas esgotaram-se durante o seu entardecer, nas memórias que ficarão para a posteridade! 
Peço a Deus, neste seu dia, que atenda a sua prece dos últimos tempos, passados no aconchego da família – “Que Deus me leve para bom lugar!” 
Tenho a profunda convicção, que Deus lhe fará esta última vontade, pois aprendi, na religião que me norteia a vida, que Ele é sumamente misericordioso e justo! 
No coração dos que ficam, apenas fica a eterna saudade e a marca indelével da sua íntegra personalidade! 
Que Deus o afague no seu regaço! 

Maria Donzília Almeida 

20.01.2013

Nota: Sei, por experiência própria, quanto custa a partida dos nossos pais para o seio de Deus. Não há palavras que traduzam o sofrimento que a saudade faz nascer, de forma indelével, no coração dos filhos pela  perda dos pais. Mas este sofrimento, que poderá ser atenuado pela convicção que nos anima da continuidade da vida, de forma gloriosa, pela ressurreição, assumida pela fé dos crentes, perdurará no tempo terreno, porque somos humanos e frágeis. 
Não podendo acrescentar mais nada, porque o que disser será sempre pequenino face à dor imensa, neste caso dos filhos e demais familiares do Zé da Rosa, permitam-me que sublinhe quanto a minha colaboradora e amiga Maria Donzília mostrou, de forma terna,  em textos encantadores, neste meu blogue, quanto  amava o seu pai, que hoje   deixou este mundo serenamente.
Com a promessa das minhas orações pela alma do pai da Donzília, dirijo a toda a família a certeza da minha solidariedade nesta hora difícil.