quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CETA - 3 de março - 18.30 horas




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PONTO ESSENCIAL DA VIDA DA IGREJA

Um artigo de António Marcelino

Foi na celebração da Eucaristia, a partir do Concílio, que o povo cristão melhor captou, por certo, o sentido da liturgia conciliar. Pôde, então, perceber que há uma unidade na celebração que não se pode menosprezar e muito menos destruir. As coisas já andavam pelos mínimos. Ainda está na mente de muita gente e justificava-se que, ao largo da celebração, estivesse sempre gente a entrar. Dizia-se que cumpria o preceito quem participasse no “levantar a Deus”, ou seja, na primeira elevação que se seguia à consagração. O moralismo do preceito nunca educou na fé e na vivência da Eucaristia.

MENSAGEM DO PAPA PARA A QUARESMA



"A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sal 119/118, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão."

Ler a MENSAGEM

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Dia Europeu do Apoio à Vítima - 22 de fevereiro


Um texto de Maria Donzília Almeida



O crime hediondo que há pouco tempo abalou o país inteiro e deixou a sociedade portuguesa em suspenso fez refletir sobre as causas profundas que levam uma criatura a cometer um crime.
O Dia Europeu da Vítima de Crime é assinalado hoje, quando se regista um aumento de mulheres afetadas por crimes, principalmente de violência doméstica. A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, APAV, assinalou 6539 mulheres afetadas por crime em 2009, uma média de 18 por dia, a maioria entre 26 e 45 anos, num total de 7639 vítimas apoiadas pela entidade. No balanço da sua atividade no ano passado, a APAV aponta um acréscimo de 1,3 por cento dos processos de apoio, que totalizaram 10 132, com o número de pessoas ajudadas a ultrapassar 20 mil. No total, foram registados 17 628 crimes, a maior parte de violência doméstica.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Dia Internacional da Língua Materna: 21 de fevereiro


Um texto de Maria Donzília Almeida



As línguas maternas têm um papel fundamental na nossa vida, pois são o meio pelo qual verbalizamos o mundo pela primeira vez, sendo as lentes pelas quais começamos a entendê-lo. O Dia Internacional da Língua Materna é o momento de reconhecer a importância destas e de nos mobilizarmos pela diversidade linguística. Como fontes de criatividade e meios para a expressão cultural, elas também são importantes para a saúde das sociedades, além de serem fatores de desenvolvimento e crescimento. Hoje conhecemos a importância do ensino na língua materna para obtermos bons resultados de aprendizagem. Todos os saberes a utilizam para veicular informação, como suporte da investigação e aliada da ciência. A instrução em língua materna é uma poderosa forma de lutar contra a discriminação e para que o conhecimento alcance as populações marginalizadas. Como verdadeiros mananciais de conhecimento, as línguas também são o ponto de partida básico na busca por maior sustentabilidade no desenvolvimento e para criar relações mais harmoniosas com o meio ambiente As línguas maternas convivem, pacificamente, com a aquisição de outras línguas. Um espaço linguístico plural permite compartilhar a riqueza da diversidade, acelerando o intercâmbio de conhecimentos e experiências. A partir da língua materna, a aprendizagem de outros idiomas deve ser uma das altas prioridades da educação no século XXI.

Praias de Aveiro em risco muito elevado

Diz o DN: 


«As praias do litoral aveirense vivem uma situação de "risco muito elevado", dizem os especialistas. Barra, Costa Nova ou Areão têm perdido dezenas de metros de areal nos últimos anos, a Vagueira "pode ser arrasada de um dia para o outro..." E o problema tem epicentro no concelho de Ovar, com Furadouro e Cortegaça ainda mais encurtados e 50 famílias do bairro dos pescadores de Esmoriz com as casas fortemente ameaçadas.»

Ver aqui

Conspiração para matar Bento XVI?





O que está a dar, na comunicação social, são os escândalos. E se eles estiverem ligados à Igreja Católica, muito mais valor têm, sendo esmiuçados até ao tutano. Mesmo que sejam simples boatos, é certo e sabido que têm logo honras de primeira página e destaque, com grandes parangonas, no interior.  Depois, os desmentidos já não interessam. No jornal i de hoje vem mais um, com o título “Vatileaks”. Ou a estranha conspiração para matar oPapa Bento XVI. Vejam só. 

O CARNAVAL






Apesar das polémicas, o Carnaval animou e ainda vai animar os portugueses. Mesmo sem dispensa de ponto, as festas carnavalescas vieram para a rua e não houve frio que impedisse o povo de folgar, ora seguindo as tradições portuguesas ora copiando o carnaval carioca onde o calor ajuda na animação. 
Apesar de não ser fã desta festa popular, que vem de tempos ancestrais para descontrair, já que a quaresma vem a seguir, precisamente na quarta-feira de cinzas, não deixo de apreciar quem gosta de parodiar a vida, com políticos e políticas à cabeça. Antes assim que carregarmos frustrações e injustiças, quiçá algumas raivas que a troika criou em nós para escaparmos  à anunciada bancarrota das contas públicas e de muitas famílias, por se habituarem, erradamente, a viver à grande e à francesa, gastando mais do que entra na saca dos rendimentos normais. 
Depois dos festejos, é certo e sabido que vamos cair na real, no quotidiano cheio de lutas para poupar ou para conseguir o indispensável para viver ou sobreviver. Isto para quem trabalha, porque, para quem está desempregado,  a luta por um emprego minimamente estável vai fazer esquecer festas e brincadeiras, com ou sem máscaras. 
Bom Carnaval para este ano, com votos de que o próximo seja mais festivo e mais esperançoso.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Dia da Resistência não Violenta - 20 de fevereiro


Um texto de Maria Donzília Almeida 



Disse Jesus:“... mas se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra» S.Mateus, cap. 5: vv. 38 e 39.
Jesus não nos proibiu a defesa, mas condenou a vingança. Ao dizer-nos para oferecermos uma face em resposta à agressão na outra, defendia a ideia que não devemos retribuir o mal com o mal; que é mais glorioso para Ele ser ferido que ferir, suportar, pacientemente, uma injustiça que cometê-la; que mais vale ser enganado que enganar, ser arruinado que arruinar os outros.
Mais que uma simples efeméride, o dia 20 de Fevereiro deve relembrar, à nossa sociedade, que a luta por aquilo em que acreditamos, por aquilo que consideramos correcto, não deve ser feita, utilizando a violência. Com o recurso à força estamos simplesmente a perder a razão que eventualmente possamos ter. A luta por todas as causas deve basear-se no diálogo, em manifestações pacíficas, que demonstrem a nossa posição.
Um dos exemplos mais marcantes da História, sobre uma luta pacifica é sem dúvida Mahatma Ghandi, uma das principais personalidades a nível mundial de defesa dos Direitos Humanos, cuja vida foi dedicada à luta pela independência da Índia. Criador do principio do Satyagraha, principio da não agressão, do protesto não violento, Ghandi é uma enorme inspiração para todos aqueles que lutam por uma sociedade mais justa e pacifica. Certa vez, o líder indiano comentou: “Posso até estar disposto a morrer por uma causa, mas nunca a matar por ela!”. Quando, em certos momentos, a violência começou a manifestar-se, entre os Indianos, Gandhi praticou o jejum, por duas vezes, colocando em risco a sua própria vida, com o objetivo de sensibilizar os seus seguidores a não fazer uso da violência. O termo “não-violência” em sânscrito – “ahimsa” – tem o significado profundo de não dano, não prejuízo. Daí surge a ideia central desse conceito que nos inspira a sermos pacíficos, o que é bastante diferente de ser passivo.

Um livro de João Gonçalves Gaspar: “Pio XII — Defensor do Homem — Recordações e Testemunhos”



Nesta obra, o sacerdote e escritor com predileção pela história, João Gonçalves Gaspar, responde, de forma elevada, a apreciações e a críticas, «mais ideológicas do que historiográficas, sobre as atitudes do papa Pio XII e da Igreja Católica em face das atrocidades nazi-fascistas durante a segunda guerra mundial (1939-1945)». E fê-lo por não poder calar algo que conheceu e viveu, «em cima dos acontecimentos», durante os seus anos de jovem.
No Prefácio, o Bispo de Aveiro, D. António Francisco, refere que escrever hoje um livro sobre Pio XII «exige coragem, determinação e lucidez», numa alusão clara ao autor, «que há muito nos habituou ao rigor da investigação, à exigência da verdade e à beleza da palavra».
O prelado aveirense frisa: «A história de um Pontífice escreve-se habitualmente mais a partir das palavras ditas e dos textos do magistério publicadas do que de actos documentados e de pessoas implicadas nos acontecimentos que à história dão o autêntico rosto da verdade. E isso é pena!»
João Gaspar desenvolve o tema, longo e complexo, por 9 capítulos, começando precisamente por “D. João Evangelista de Lima Vidal e Mons. Eugénio Maria Pacelli (Pio XII), duas personalidades cujas vidas acompanhou de perto.
O autor evoca memórias de D. João em relação ao papa de quem foi condiscípulo, «vivendo debaixo das mesmas telhas, firmando-se entre ambos uma amizade de que Aveiro viria a beneficiar.»
Seguem-se capítulos sobre Pio XII “Lutador pela Paz, “Salvador de Judeus”, “Salvador de Roma”, “Na gratidão dos Judeus… e não só”, “Na recordação de João Paulo II” e, ainda, em jeito de conclusão, “Pio XII — Profeta da Paz”.

“Pio XII — Defensor do Homem — Recordações e Testemunhos”,
de João Gonçalves Gaspar.
Edição da Diocese de Aveiro,
Outubro de 2011


Serra da Boa Viagem: Memorial Floresta



Nos meus arquivos, nem sempre bem organizados, de quando em vez encontro imagens que me recordam viagens que fiz. Desta feita, veio-me à mão esta foto captada na serra da Boa Viagem, com um memorial assinalado pela sensibilidade de Fernando Pessoa, cujos ritmos, inconfundíveis, nos deixam a pensar. 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

CARNAVAL - 2012





Carnaval

Ai que linda Cinderella!
Mas no fundo não é ela!
Pobre gata borralheira
Que trabalha a vida inteira
P’ra hoje se divertir
Quem sabe se p’ra carpir!
Uma vida atormentada
Em dívidas mergulhada,
Neste país da desgraça
Que só vive da trapaça!
Nada é já como dantes
Nem sequer os governantes
São gente de confiança!
Já se perdeu a esperança!
Só sabem apregoar
Medidas p’ra controlar
E o povo na pobreza
A contar os seus tostões
Nem sequer tem ilusões
Mas tem a firme certeza
Que aqueles figurões
Longe destes foliões,
Vivem à grande e à francesa!
Quando virá mão heróica
Que nos liberte da Troika?

Maria  Donzília Almeida
19.02.2012

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 278


PITADAS DE SAL – 8 



O SAL 

Caríssima/o: 

«Desde o momento em que se inicia a preparação da marinha para a gestação do sal, passando pela recolha da água nos canais vizinhos, sua engorda salineira, e toda aquela teia delicada de que o marnoto se vale na luta heróica pela sua subsistência, até ao limiar da morte do sal em pleno Outono, sempre o marnoto é tocado de carinho, engenho e arte. 

O sal de Aveiro não nasce, como nascem e medram os frutos silvestres. É feito pelo marnoto, com o seu talento, sofrimento e dedicação.» [Victor Manuel Machado Gomes] 

«Já em textos de 1057 se faz referência às águas marítimas de Esgueira. 
Era na altura a produção e o comércio do sal origem da riqueza desta região, então com o mar a banhar-lhe os pés. 
O sal de Aveiro imperou nos mercados nacionais e estrangeiros até ao século XVII... 
Exportações de Aveiro: sal, laranja e cortiça; e vidro e porcelana da Vista Alegre.»[ p. 53 do Diccionário Geographico Abreviado de Portugal e suas Possessões Ultramarinas, P. Francisco dos Prazeres Maranhão, 1852] 

FILHO, OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS

Uma reflexão de Georgino Rocha


Que declaração tão ousada! Que certeza tão firme! Que proximidade tão terna e familiar! Que afirmação tão provocante! Estas exclamações podem traduzir expressões da atitude de Jesus em relação ao paralítico em Cafarnaum. O episódio ocorre em casa aonde regressa o curador do leproso, após ter passado o tempo da descontaminação. Aí acorre tanta gente que barra a porta de entrada. Aí estão sentados rabinos e escribas, mestres em “fabricar” leis e a interpretá-las em nome de Deus. Aí chegam os amigos do paralítico, transportando-o numa enxerga. Aí acontece um diálogo em que o desafio e a resposta põem a claro a novidade de Deus que Jesus anuncia e realiza.
O Nazareno está a blasfemar – dizem. “Só Deus pode perdoar os pecados”. E segundo as leis religiosas era e continua a ser verdade. Mas Jesus, incomodado com os “murmúrio” do coração deles e condoído com a situação do paralítico, questiona-os abertamente: “Porque pensais assim nos vossos corações”?