PELO QUINTAL ALÉM – 46
A ROMÃZEIRA
A
Juventino
e Herdeira
Caríssima/o:
a. A plantação da primeira romãzeira obedeceu a uma lógica interesseira: os grãos da romã são muito apreciados cá em casa. Havia já uma que dava frutos pouco convidativos, azedos; e ainda uma outra que em tempos (há quantos anos!) trouxera da casa do Juventino mas que, sendo das doces, só muito poucas vezes nos brindou com escassos frutos. Em horto especializado comprou-se a garantia de romãs de óptima qualidade! E de novo a expectativa ficou aquém do prometido... que o doce esperado nunca apareceu...
Finalmente de casa de gente boa e amiga veio uma plantazinha que já este ano nos regalou com duas belas, magníficas romãs e, finalmente, das boas, daquelas que os grãos são mesmo doces!
e. As nossas memórias tragam grãos de romãs azedos, mas bonitos...
i. A utilização da romãzeira é usual em jardins e é crescente o seu cultivo em vasos, adaptando-se a varandas e pequenos espaços.
As romãs, cujas sementes, envoltas por uma polpa translúcida e líquida, são as partes comestíveis e apresentam um sabor doce e suavemente adstringente, podem ser consumidas ao natural, em saladas de frutas ou na forma de sumos, geleias e vinhos.
Em Portugal é muito utilizada no Natal e Fim do Ano.
o. Indicações medicinais: afecções da boca, olhos e pele, amigdalites, cólicas intestinais, envelhecimento, doenças cardíacas.
Propriedades: anti-séptico, antiinflamatório, antioxidante, adstringente, diurético.
As folhas, casca da raiz e do fruto são usadas para efeitos medicinais. Os frutos são ricos em ácido gálico, grenalina e tanino. A casca da planta, de sabor acre, é utilizada em gargarejos no tratamento da amigdalite (inflamação das amígdalas e gengivas).