quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Boas Festas para todos os meus leitores e amigos


O meu Menino Jesus

Foram inúmeros os votos de Boas Festas que recebi, e decerto ainda receberei por estes dias, por variadas formas: cartões, telefonemas, SMS, e.mails e pessoalmente, que agradeço, por este meio, na impossibilidade de a todos me dirigir individualmente.

Formulo votos, então, de Santo Natal e de Feliz Ano de 2010. Que a ternura do meu Menino Jesus se aconchegue na ternura do coração dos meus leitores e amigos, como sinal indelével de que haveremos de construir um mundo muito melhor.


Fernando Martins

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

D. José Policarpo nega «pacto» com José Sócrates



Cardeal-Patriarca escreve aos católicos de Lisboa a respeito da aprovação do Projecto de Lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo

O Cardeal-Patriarca de Lisboa,   D. José Policarpo, negou qualquer “pacto” com o Primeiro-Ministro a respeito do Projecto de Lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo apresentado pelo Governo.

Numa carta enviada aos católicos de Lisboa, assegura-se que “nem o Senhor Primeiro-Ministro sugeriu nenhum «pacto» nem o Patriarca de Lisboa podia assumir qualquer compromisso que significasse, ainda que indirectamente, o condicionamento da liberdade da Igreja”.
A missiva, enviada à Agência ECCLESIA, desmente o "pacto" noticiado por "um jornal diário da capital" que, segundo o Cardeal, deixava entender “uma certa condescendência da Igreja com o referido Projecto-Lei”.
D. José Policarpo deixa claro que “a Hierarquia da Igreja mantém, assim, toda a liberdade de anunciar a sua doutrina acerca desta questão e fá-lo-á quando achar oportuno e pelos meios consentâneos com a sua missão”.

“A Igreja reconhece a legitimidade legislativa do Estado, mas não deixará de interpelar a consciência dos decisores e de elucidar a consciência dos cristãos sobre a maneira de se comportarem acerca de leis que ferem gravemente a compreensão cristã do homem e da sociedade”, acrescenta.
O Cardeal-Patriarca assegura ainda que “a Hierarquia da Igreja não quer imiscuir-se na esfera política e na área de competência do Estado e dos seus Órgãos de Soberania”.
Nesse sentido, manifesta-se a disponibilidade da Igreja para “o diálogo com pessoas e instituições”, excluindo que a Hierarquia venha a assumir “formas públicas de pressão política que os cristãos, no exercício dos seus direitos de cidadania, são livres de promover ou de nelas participar”.

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José Régio faleceu há 40 anos





Nas Encruzilhadas Regianas


José Régio, de seu verdadeiro nome José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde, no longínquo ano de 1901. Passados 24 anos, em 1925 escreveu um livro que assinala a sua revelação como poeta, perante o público e a crítica: "Poemas de Deus e do Diabo".


O seu berço foi o norte de Portugal, mas a cidade de Portalegre e o liceu Mouzinho de Albuquerque acolheram-no de braços abertos. Naquela localidade junto à Serra de S. Mamede se fixou (durante 30 anos) o poeta que, juntamente com João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca fundou a Revista "Presença". 
A sua actividade literária ao nível da poesia não se resume somente à obra citada nas linhas anteriores. Publicou também "As Encruzilhadas de Deus" (1936); "Fado" (1941); "Mas Deus é Grande" (1945); "Filho do Homem" (1961) ou "Cântico Suspenso" (1968). Pode dizer-se, com toda a certeza, que atingiu a sua consagração entre os principais poetas portugueses contemporâneos. 
Mas o "sangue literário" não parou de correr nas veias de José Régio e este revela-se também noutras áreas como romancista, novelista, ensaísta e dramaturgo, assinando obras de relevo como "Jogo da Cabra Cega" (1934); "A Velha Casa" (com cinco volumes escritos de 1945 a 1966); "Benilde ou a Virgem Mãe" (escrito em 1947 e adaptado mais tarde ao cinema por Manoel de Oliveira) ou "Salvação do Mundo" (1955). 
A terra que o viu nascer despediu-se dele a 22 de Dezembro de 1969. A sua importância ao nível da literatura foi tanta, que as casas onde nasceu e viveu são hoje museus com o seu nome.


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O Menino Jesus aí está representado nos estandartes

Natal 2009




O MENINO JESUS
DAS PRENDINHAS VEM A CAMINHO!


Quem se aventura a viajar nesta quadra de mau tempo, mas de bons augúrios, depara com esta cena, n vezes repetida: uma mancha rubra na paisagem, com umas pinceladas de branco, sob a forma tosca de um pai natal. Empoleirado nos telhados, em pose de malabarista de circo, aí está a figura a que os Portugueses deram a representação do Natal.
Uma festa que para muitos se circunscreve à troca de prendas, vê-se o afã em as concretizar, que mascarou os afectos de bens materiais perecíveis, precisava deste símbolo para lhes dar sustentabilidade.
Reportando-me aos meus tempos de infância, lembro com saudade e ternura a figura responsável pelas prendas que nos caiam no sapatinho. Na véspera do Natal, no dia de ceia em que a família se reunia para celebrar o nascimento do Menino, era tarefa obrigatória dos mais novos, colocarem o seu sapatinho no borralho, para que durante a noite, o Menino Jesus descesse a chaminé e lá depositasse as sua prendinhas.

“80 Graus Norte – Recordações da Pesca do Bacalhau”

Miguel Veiga, à esquerda, apresentou o livro de Valdemar Aveiro

Valdemar Aveiro escreve
sem muletas de ninguém

“80 Graus Norte – Recordações da Pesca do Bacalhau”, um livro de Valdemar Aveiro, viu a luz do dia, em 3.ª edição, no passado sábado, 19 de Dezembro. Apresenta-se em formato clássico, grafismo cuidado e com ilustrações expressivas.
Miguel Veiga, advogado e político nortenho, que “também escreve umas coisas” sublinhou na apresentação da obra que o seu amigo escreve “musicalmente”, tocando as “cordas da sua lira” e usando uma técnica “sem parangonas nem chavões”. Faz-se acompanhar de “notáveis qualidades, amáveis e aprazíveis”, sem esconder a “lhaneza e a coloquialidade, a simplicidade e a simpatia”.
Citando o Padre António Vieira, disse que “não há coisa mais escrupulosa no mundo que papel e uma pena”, acrescentando que “dois dedos com uma pena é o ofício mais arriscado que tem o género humano”.
O advogado e político do Norte, pessoa também muito dada à cultura, às artes e à escrita, afirmou que gosta das histórias de Valdemar Aveiro, “naquilo que representam de um género coloquial e eficaz e, sobretudo, intenso e fluido, espesso e rápido, quase falado, do vastíssimo universo das narrativas”. E refere ainda que o Capitão Valdemar, “lobo e trovador do mar”, escreve “pelo seu pé e sem muletas de ninguém”.
“80 Graus Norte – Recordações da Pesca do Bacalhau” veio substituir, nesta edição, o primeiro título do livro – “Figuras e Factos do Passado”. Segundo o autor, o antigo título não se “ajustava aos temas abordados”, enquanto o actual “é uma referência geográfica à latitude mais elevada que os portugueses atingiram em busca do bacalhau”. Foi na década de 30 do século passado que quatro capitães ilhavenses, em três navios da frota aveirense e um de Viana do Castelo, se aventuraram nos mares gelados da Groenlândia. Eram tempos de navegação à vela e de iluminação a petróleo.

FM

As redes sociais estão aí a gerar o que de bom e de menos bom a humanidade tem




Nós e as redes sociais

1. Aquele caso da mãe que, passado cinco horas, veio anunciar ao Facebook o falecimento de seu filho, ajuda, com toda a verdade, a compreender os alcances do novo mundo digital. As redes sociais estão aí, todos os dias, a gerar o que de bom e de menos bom a humanidade tem. Com todo o realismo, não se pode querer o sol na eira e a chuva no nabal quando efectivamente estes meios de comunicação são reflexo da verdade diária do que acontece a cada momento. Talvez esta nova ordem da comunicação seja a maior revolução de todas em toda a história humana. O “tempo real” pode ser acompanhado como nunca por todos; para o “ar” do espaço público mundial pode vir tudo o que alguém quiser que apareça. Existam critérios, bom senso, pressupostos dignos e humanos naquilo que se põe no ar.

Para preparar o Natal

NATAL- 2009





FIGURAS DO MEU PRESÉPIO

E a estrela,
que tinham visto no Oriente,
 ia adiante deles, até que,
chegando ao lugar
onde estava o Menino,
parou.


Mt. 2, 9


E, de repente.... é urgente armar o meu Presépio.
As figuras centrais já esperam os novos figurantes que este Natal abundam e difícil me é fazer a escolha.
Todavia não os posso sentar: habituados ao balanço do mar não se quedariam sossegados e a agitação instalar-se-ia. Fiquem, pois, adonde lhes der mais jeito, certamente a mirar a Estrela.
Qual cardume de bacalhaus que enche, arredonda e levanta o saco, eis os pescadores do meu Canto pressurosos e excitados...Saul, Mário, João André, Manuel Joaquim, ... e quantos, quantos mais! Por todos, ali fica o ti Artur Calção!
Mas já o Armando Grilo, contra-mestre, acende o cigarrito e senta-se – longe de imaginar que o seu SANTO ANDRÉ lhe ficaria tão a jeito...
E capitães? O que aí vai!... Ao capitão Ferreira da Silva não me levarão a mal se juntar os dois irmãos, o João e o José Maria Vilarinho.
... Que também poderiam, com igual mérito, ocupar o cadeirão dos armadores; contudo, com respeito e admiração, aqui a primazia – que a todos alegrará – será dada ao nosso Prior Sardo que, nos primórdios, foi empreendedor e arriscou pela sua Terra.
Claro que dos construtores navais o mestre Manuel Maria assume o risco e a manobra.
Pesca abundante, entrada triunfante, descarga rápida e as tinas enchem-se de bacalhau; logo as mesas aquecidas pelo sol, estendal preparado... Corre, corre... E uma voz se impõe na anarquia aparente, é a mandanta. Na seca do Egas é a ti Júlia [da Rocha (Carlota)]... Mas no Cunha, nos Ribaus, no Pascoal, ...podíamos encontrar outras mandantas sempre ouvidas e respeitadas.
Mais perto de nós surgem os armazenistas; ficará ali muito bem o “Menino” que tão cedo nos deixou.
Espaço apertado, mas ainda bonda para um apreciador e um capelão.
Hoje, na Confraria Gastronómica do Bacalhau, o apreciá-lo é devoção; para nós era uma necessidade, para matar a fome. E, em tardes de ocupação, a apetecida merendinha do ti João Lé, então de férias da sua Venezuela, virava 'festival' onde apareciam as lascas do dito cru, bem regadas com o azeite do irmão, um regalo para a boca e um aconchego imperdível.
E a todos abençoaria, como se à roda do leme, o Padre Artur, capelão do GIL EANES, com o seu sorriso aberto e os braços levantados qual mastro que sustém a Estrela!
Armado o Presépio, lava-se e arruma-se o convés e vamos para a mesa que já chama por nós o “Bacalhau da D. Julinha dos Anjinhos”.

Santo Natal!

Manuel

Boa e oportuna ideia...

Participantes lamentaram que a Igreja
se veja privada de «quadros altamente qualificados»





Bispo de Viseu recebeu padres
que pediram dispensa

O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, teve um encontro com os sacerdotes que pediram dispensa do exercício de ordens sacras. Desde que assumiu a diocese (23 de Julho de 2006), o prelado desta diocese desejava realizar este encontro porque “eles tiveram, – tal como eu – em determinado momento o desejo de servir a igreja com alegria e dedicação”. Com o andar do “tempo sentiram – por muitas razões – que não era este o seu caminho” – disse à ECCLESIA o bispo de Viseu.
A resposta á questão «como se sentem?» era um dos anseios de D. Ilídio Leandro. Neste Ano Sacerdotal “não podia deixar de estar com eles”. E adianta: “Alguns vão à Sé no dia em que foram ordenados” para celebrar aquela data.
Esta iniciativa promovida pelo bispo de Viseu reuniu 17 «dispensados» dos 29 existentes na diocese. “Cinco responderam que não podiam vir - alguns estão no estrangeiro –, mas apoiavam e sentiam-se felizes pelo convite – sublinhou.

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Aí temos o Inverno...



BOM INVERNO PARA TODOS


Oficialmente, começa hoje o Inverno. Na prática, já o temos há bastante tempo. O que nos vale é que depois da tempestade vem a bonança, com flores e promessa de que a alegria do Verão está à porta.
Cá para mim, apesar de tudo, cada estação tem a sua magia. O que é preciso é ter o dom de a saborear no dia-a-dia, para sentirmos que afinal a vida vale mesmo ser vivida, com a certeza de que o importante é sermos felizes, fazendo felizes quem nos rodeia.
O Inverno dá-nos tempo para se ficar por casa. Com livros, música e criatividade, de parceria com o gosto de partilhar amizades e de cimentar conhecimentos, haverá motivos para que o frio, o vento e a chuva nos dêem oportunidades de nos encontrarmos a nós próprios.
Bom Inverno para todos.

Fernando Martins

Bento XVI lembra viagens de 2009

Confrontos não resolvidos
podem levar à violência


Bento XVI lembrou esta Segunda-feira as viagens que realizou ao longo de 2009, destacando em particular as viagens a África e à Terra Santa e a realização do Sínodo dos Bispos, com um apelo à “reconciliação” entre os povos.

“Um olhar sobre os sofrimentos e penas da história recente de África, mas também de muitas outras partes do planeta, mostra que confrontos não resolvidos e profundamente radicados podem levar, em certas situações, a explosões de violência”, alertou.
Dois dias depois de ter declarado Pio XII como venerável, o Papa recordou também a sua passagem pelo Yad Vashem, o museu do Holocausto, em Israel, que classificou como “um encontro com a crueldade da culpa humana, com o ódio de uma ideologia cega que, sem qualquer justificação, destinou à morte milhões de pessoas”.
“Este é, em primeiro lugar, um monumento comemorativo contra o ódio, um apelo à purificação e ao perdão, ao amor”, acrescentou.
No encontro de Natal com os membros da Cúria Romana, o Papa passou em revista alguns “pontos-chave” do ano da Igreja, que ficou marcado pela preocupação com o continente africano.
Lembrando a viagem que realizou em Março deste ano aos Camarões e Angola, Bento XVI falou na “alegria festiva e o afecto cordial” com que foi recebido e a maneira como decorreram as celebrações litúrgicas. A viagem abria caminho para a realização da assembleia especial do Sínodo dos Bispos para África, considerando o Papa que nos dois momentos “a renovação litúrgica do Vaticano II ganhou forma, de modo exemplar”.

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É essencial todo o esforço purificador no sentido da verdade, da justiça e da transparência



As raízes da transparência

1. A «transparência» vai-se afirmando como um valor inalienável em ordem à clareza dos tempos futuros. A própria recente Cimeira de Copenhaga, nas suas ambíguas lutas de argumentação, trouxe para o cimo da mesa a necessidade de um realismo vigilante em termos de aplicação de decisões, caminho este que só é possível com a transparência, a partilha de informação, o sentido de bem comum. À medida que nos estados ditos de organizados a corrupção foi alastrando salienta-se, simultaneamente, o emergir de instâncias que vêm zelar pela responsabilidade esquecida. Novos e admiráveis passos de progresso técnico são dados cada dia, mas estes não conseguem travar a dificuldade de preservar os territórios da transparência e da verdade de não querer acima daquilo que é o “dever ser”. Planos inclinados…

Os meus livros antigos



Mostro hoje um outro livro antigo da minha biblioteca. "O MARTYR DO GOLGOTHA", em três volumes, ilustrados a preto e branco, é da autoria de Henrique Perez Escrich. A tradução é de J. Cruzeiro Seixas. Trata-se da terceira edição publicada pela Bibliotheca do Cura de Aldeia, do Porto, datada de 1879, com permissão do Eminentíssimo Cardeal Bispo do Porto. Desta obra foram extraídos os Autos de Natal, apresentados, há muitos anos, no Cortejo dos Reis.
Henrique Perez Escrich foi um romancista e dramaturgo espanhol nascido em Valência em 1829 e falecido em 1897 na cidade de Madrid.
FM

No i de hoje li Golpezinhos de Estado

Até onde vai esta coabitação desgraçada? Como se há-de dar volta a isto? Será que anda por aí alguém a  querer matar o País? Será que...? Leiam aqui.

Almoço Solidário no Stella Maris

É preciso construir a Pátria da Fraternidade

No sábado, 19 de Dezembro, realizou-se mais um almoço solidário, por iniciativa do Clube Stella Maris, da Obra do Apostolado do Mar. Destinado a famílias e pessoas que vivem uma certa solidão, o Stella Maris contou com a colaboração de instituições, empresas, outras entidades e pessoas, normalmente disponíveis para a partilha, sobretudo em época natalícia, partilha essa que muitos cultivam durante todo o ano.
O nosso prior, Padre Francisco Melo, em seu nome e em nome do nosso Bispo, que não pôde estar presente por tarefas apostólicas inadiáveis, mostrou a sua gratidão aos que contribuem para que o Stella Maris seja possível, incentivando-os a prosseguir para “vencerem as dificuldades e enfrentarem os desafios para andarmos para a frente”. Disse que era importante que “esta instituição cresça mais para melhor servir”, manifestando a sua alegria pela colaboração prestada pelas instituições ligadas à Igreja. Ainda sublinhou que o nosso Bispo, D. António Francisco, nos lançou recentemente, na sua Mensagem de Natal, o desafio de partilharmos o encontro, contribuindo, de forma concreta, para a construção da “Pátria da fraternidade, da justiça e da paz”.

Joaquim Simões, presidente do clube Stella Maris, sedeado na Gafanha da Nazaré, na Cale da Vila, disse que esta festa familiar se concretizou pela quarta vez consecutiva, apesar da crise que afecta tudo e todos. E, logicamente, o próprio Stella Maris, por força das profundas alterações que se operaram na área portuária, pela radical diminuição da frota pesqueira portuguesa. Também pela ligação ferroviária ao Porto de Aveiro e pelas novas vias de acesso.

Desejou a todos os participantes e convidados um Feliz Natal e um bom Ano Novo, prometendo que o Stella Maris tudo fará para continuar no futuro com este almoço solidário. Mas ainda agradeceu aos colegas da direcção, aos Escuteiros e Jovens da Catequese, bem como aos seus dirigentes, a dedicação com que se envolveram neste encontro natalício.
Paulo Costa, vereador da Acção Social da Câmara Municipal de Ílhavo e representante do presidente da autarquia, congratulou-se com a solidariedade manifestada para com pessoas carentes. Prometeu que nas funções que há pouco começou a exercer procurará estar próximo de todos, "para os ouvir", tendo em vista decidir em função das necessidades detectadas. Referiu que temos de assumir as crises, “porque somos Portugal para o bem e para o mal, sem perdermos a esperança em dias melhores”, vivendo sempre em “espírito solidário”.

FM

domingo, 20 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS – 162

BACALHAU EM DATAS - 52




O FIM DA PESCA À LINHA

Caríssimo/a:

1974 - «Nos primeiros dias de Maio de 1974, tem lugar em Lisboa a última bênção dos navios e tripulações da frota bacalhoeira. Já se deu a revolução de Abril, a Organização Corporativa das Pescas começava a ser desmantelada, a explosão social chegava aos portos bacalhoeiros e a bordo dos próprios navios. A “bênção” de 1974 mantinha intactos os elementos cénicos e a evocação épica da “grande pesca”, mas estava longe da espectacularidade de outros tempos. Ao largo de Belém perfilavam-se uns poucos de navios embandeirados, pronos a largar para a Terra Nova. Cenário tão desolador e de tão nítido contraste com tempos idos que o “Jornal do Pescador” se coibiu de publicar as habituais fotografias. Nas palavras do bispo que presidiu à cerimónia, D. Maurílio Gouveia, o mundo marítimo passava naquele momento por profundas transformações que pareciam abalar as suas estruturas.» [Oc45, 91]

«Em 1974, o Gil Eanes amarrou ao cais em Lisboa. Depois de outra tentativa na área comercial foi definitivamente desactivado, aguardando a sua demolição. Foi salvo deste triste epílogo por uma comissão, os “Amigos de Gil Eanes”...» (v.1955) [HDGTM, 43]

No fim da festa, os alunos lá foram à sua vida


Mesa da França

Encerramento do período escolar


No dia 18 de Dezembro encerraram em todas as escolas do país, as actividades lectivas referentes ao 1.º período.
Iniciado em meados de Setembro, tem agora a 1ª interrupção lectiva, que, nos bons velhos tempos, se chamava férias do Natal. Agora, em pleno século XXI, ninguém pode ir para a neve fazer sky, já que nos são dados uns míseros dias para comemorar o Natal em família e gelo.....é o que vemos nas relações humanas, ainda que nesta quadra, a que alguns chamam festiva!
Também na Escola se procedeu a um digno encerramento de actividades, com a evocação do espírito natalício.



Mesa da Suíça

O dia foi dedicado às adoráveis criancinhas que durante o ano nos dão cabo da cabeça, mas que acatam com muita alegria e euforia até, a prenda que a escolha lhes dá todos os anos. O objectivo das celebrações é dar-lhes a possibilidade de vivenciar o espírito de partilha, de confraternização que são a componente do Natal.
Cada turma com o seu DT ornamentou uma mesa com doces, bebidas, enfim, uma panóplia de iguarias que costumam degustar-se nesta quadra. Aqui, deve-se uma palavra de agradecimento às mãezinhas que afanosamente se esfalfaram para que os seus filhos trouxessem as sobremesas típicas e de fabrico artesanal. O que as mães não fazem pelos seus rebentos!

Hoje ninguém intelectualmente responsável põe em dúvida que Jesus existiu



A subversão da religião


No meio da vertigem das compras e das prendas, do consumismo, não sei quantas pessoas se lembrarão ainda de que a festa do Natal está referida ao nascimento de Jesus Cristo. Seja-se cristão ou não, crente ou ateu, impõe-se reconhecer que se trata de uma figura determinante da História. Sem ele, a nossa autocompreensão não seria a mesma.

Nos últimos tempos, a atenção voltou--se para o que não é de modo nenhum central, quando se pensa no que ele é e no seu significado: como e quando nasceu, se a mãe era virgem, se teve irmãos e irmãs... Compreende-se a curiosidade das pessoas, mas estas perguntas não vão ao essencial.
Hoje sabemos que Jesus nasceu alguns anos antes da era cristã (entre 6 e 4) - o erro deveu-se a Dionísio o Pequeno, quando no século VI calculou a data do seu nascimento. Provavelmente nasceu em Nazaré da Galileia, onde se criou. Os relatos dos Evangelhos referentes ao nascimento e à infância servem-se de linguagem simbólica para significar o que mais interessa. Assim, a data de 25 de Dezembro foi adoptada mais tarde pelos cristãos de Roma, para significar que ele é o Sol verdadeiro que a todos ilumina. A presença dos pastores e dos magos anuncia o núcleo da sua mensagem: que Deus se interessa em primeiro lugar pelos mais pobres e que não exclui ninguém.

Jantar de Natal da Obra da Providência



Eduardo Arvins com o nosso prior e o nosso bispo


O bem não faz ruído, mas irradia e contagia

A mais antiga instituição de solidariedade social vinculada à paróquia da Gafanha da Nazaré, a conhecida Obra da Providência, organizou ontem o seu jantar de Natal, para fundadoras, dirigentes, antigos dirigentes, funcionárias e suas famílias. Também presentes o nosso Bispo, D. António Francisco, e o nosso prior, Padre Francisco Melo.
Depois das boas-vindas e votos de Santo Natal, apresentados pelo presidente da direcção, Eduardo Arvins, os dirigentes serviram à mesa, num gesto não muito frequente. Quiseram, certamente, levar à prática o sentido de serviço e de família que sabe acolher.
D. António Francisco, com a sua reconhecida serenidade, esteve ontem, também, de visita à Obra da Providência, para conhecer esta instituição de solidariedade social, tutelada, desde a primeira hora, pela Diocese de Aveiro, concretamente, graças ao apoio incondicional do primeiro Bispo da Diocese Restaurada, D. João Evangelista de Lima Vidal.
No jantar, D. António recordou a parábola do Bom Samaritano para dizer que o comportamento das fundadoras da Obra, Maria da Luz Rocha e Rosa Bela Vieira, se inseriu nessa linha, quando acolheram em suas casas mulheres em risco moral e desejosas de mudar de vida. Mas as fundadoras, regista o nosso Bispo, “não as entregaram ao estalajadeiro” para que cuidasse delas, pagando-lhe para isso, mas receberam-nos nos seus próprios lares.
Frisou que Maria da Luz, jovem viúva com quatro filhos para educar e com negócios para gerir, não se intimidou quando “o próximo” precisou de ajuda. E disse, referindo-se a Rosa Bela, mais conhecida por Belinha, que na altura se dedicava a tratar de doentes pulmonares, aplicando-lhes injecções e acompanhando-os, que ela “nunca teve medo” do contágio. Como vicentinas, receberam esse espírito como dom a partilhar com os que mais precisam.
O nosso Bispo falou das novas pobrezas emergentes e da necessidade de todos estarmos atentos a quem precisa de ajuda, sendo urgente “viver a caridade” sem ser preciso sair da nossa terra, contribuindo, de maneira concreta, para a construção da “pátria da fraternidade”. E acrescentou que se torna premente cultivar o “sentido de respostas às novas pobrezas”, desenvolvendo o “espírito de vizinhança”.
E a terminar a sua intervenção no jantar, D. António garantiu que “o bem não faz ruído, mas irradia e contagia” tudo e todos; nós, à semelhança das fundadoras, "somos como a Lua; não temos luz, mas reflectimos a luz que recebemos".
Neste jantar, ainda falaram o nosso prior Francisco Melo, para sublinhar a importância da caridade, que nos deve animar no dia-a-dia, e eu próprio, para lembrar que a Obra da Providência continua a preservar, nos dias de hoje, o espírito da caridade com que nasceu. De todos e para todos foram manifestados votos de Santo Natal.

Fernando Martins

D. Manuel Clemente em entrevista ao EXPRESSO de hoje


Vivemos uma "deriva libertária"
desde a II Guerra Mundial

As sociedades ocidentais estão a viver uma "deriva libertária" desde o final da II Guerra Mundial, da qual resulta que se alguém quer algo, isso "é razão e quase que moral suficiente para seguir, independentemente do que os outros pensem ou do que as instituições nos peçam", afirma o bispo do Porto numa entrevista concedida ao Expresso e que será capa do suplemento Actual no próximo sábado. Confrontado com a necessidade de perceber se, mais do que uma deriva libertária o que assistimos é a uma afirmação do indivíduo, o prémio Pessoa 2009 sustenta, numa parte da entrevista agora divulgada em exclusivo na edição em linha do Expresso, que "não somos indivíduos. Filosoficamente falando somos pessoas. O indivíduo é aquele que já não se divide mais. Eu sou uma pessoa. Vivo no feixe de relações e vivo numa sociedade tão contraditória como a portuguesa, também com as instituições que têm promovido os valores que a têm definido ao longo dos tempos. Vivo com os outros e com as liberdades e as responsabilidades dos outros".
Não é apenas porque "me apetece ou queira que devo forçar a formalização daquilo que me apetece a mim e a mais um ou dois como eu", diz D. Manuel Clemente. Deste modo, mais do que saber se o interesse das instituições deve sobrepor-se aos interesses pessoais, o bispo defende que "devemos conjugar-nos como pessoa na relação com as outras pessoas e também com as instituições" .

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Evocando o Prior Guerra: segundo pároco da Gafanha da Nazaré

Hoje evoquei o Prior Guerra, segundo pároco da Gafanha da Nazaré. Sucedeu ao Prior Sardo, em 1922, e deixou a paróquia em 1948, regressando à sua terra - Ílhavo. Podem ver aqui.

Para preparar o Natal: O Natal não é ornamento


O Natal não é ornamento

O Natal não é ornamento: é fermento
É um impulso divino que irrompe pelo interior da história
Uma expectativa de semente lançada
Um alvoroço que nos acorda
para a dicção surpreendente que Deus faz
da nossa humanidade


O Natal não é ornamento: é fermento
Dentro de nós recria, amplia, expande


O Natal não se confunde com o tráfico sonolento dos símbolos
nem se deixa aprisionar ao consumismo sonoro de ocasião
A simplicidade que nos propõe
não é o simplismo ágil das frases-feitas

Os gestos que melhor o desenham
não são os da coreografia previsível das convenções


O Natal não é ornamento: é movimento
Teremos sempre de caminhar para o encontrar!


Entre a noite e o dia
Entre a tarefa e o dom
Entre o nosso conhecimento e o nosso desejo
Entre a palavra e o silêncio que buscamos
Uma estrela nos guiará

José Tolentino Mendonça

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

MAR PORTUGUÊS passa este sábado na RTP2




O documentário Mar Português, de Francisco Manso, já foi apresentado, em antestreia, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
O Porto de Aveiro foi uma das instituições que apoiaram a produção da obra, a par do Ministério da Cultura / Instituto do Cinema e Audiovisual. O guião é da autoria de Álvaro Garrido, professor universitário e consultor do Museu Marítimo de Ílhavo.
Teresa Patrício Gouveia da Fundação Gulbenkian, Jorge Wemans, director da RTP2, Francisco Manso, Mário Ruivo, Presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS) e Mário Soares, Presidente da Comissão Mundial Independente para os Oceanos, foram alguns dos oradores numa antestreia bastante concorrida.
Mar Português vai ser exibido este sábado, dia 19 de Dezembro, pelas 21h, na RTP2.
Mais detalhes sobre o documentário disponíveis no site da RTP

Fonte: Porto de Aveiro