sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Curtir umas boas férias


Corroborando tudo o que o autor deste blog tem afirmado, (com uma pontinha de orgulho bairrista) sobre as belezas naturais da nossa boa zona balnear, hoje, constatei isso mesmo, na minha inauguração do período de férias. Foi, ali, na Barra, com o seu imponente farol, num tempo espetacular, em que as águas mal reputadas do nosso Oceano Atlântico, nada ficaram a dever às águas tépidas do Mar Adriático, na costa banhada por ele.
Foi o 1.º dia de Agosto, que começou lindamente, com uma praia a convidar a uns bons mergulhos e a uma fruição intensa das suas potencialidades.
A nossa zona é, de facto muito atrativa e oferece imensas formas de relaxar e curtir umas boas férias.

Férias em tempos difíceis — 2

Leituras




Se as deslocações são caras, se férias fora de casa se tornam incomportáveis para desempregados e profissionais de escassos rendimentos, podemos servir-nos do que temos à mão, relendo, por exemplo, algum livro, porventura capaz de nos guiar em viagens de sonho. As releituras oferecem-nos, à partida, momentos de gozo indiscutíveis. Garantimos isto por experiência própria. Contudo, se houver possibilidades de adquirir ao menos um livro, sugerimos um recente do padre e poeta José Tolentino Mendonça, “Nenhum Caminho será Longo”, uma obra que nos leva a refletir sobre a amizade. Diz o autor que «Gostaria muito que este livro nos colocasse a pensar sobre o significado e a pertinência da amizade nos vários âmbitos: vida pessoal, contextos comunitários e crentes, sociabilidades…A amizade é uma experiência universal e representa, para cada pessoa, um percurso inapagável de humanização e de esperança».
Ainda podemos recorrer às bibliotecas públicas, onde é possível requisitar obras para leitura domiciliária, ou ler jornais e revistas. Também podemos ver filmes, ouvir DVD e CD, bem como consultar enciclopédias.
Boas férias para todos.

Sonhos


"É possível desistir de um sonho, 
apenas por outro sonho ainda maior!" 
Fabio Leto

Batismo no Ferry-Boat

Passagem do Forte da Barra para S. Jacinto 



Fomos fazer o nosso batismo no Ferry-Boat. Apesar de este meio de transporte ligar o Forte da Barra a S. Jacinto há bastante tempo, só agora ousámos fazer a travessia, levando connosco o nosso carrinho. A Lita não se entusiasmou com a ideia, convencida que estava de que a passagem seria complicada, quando afinal é coisa fácil e rápida. 
A entrada no Ferry foi muito acessível, tal como a saída, e a viagem foi serena, que ondulação não havia na Ria. Pudemos assim olhar do meio da laguna o casaria circundante, próximo e mais distante, apreciar o Porto de Aveiro de um ângulo pouco comum e sentir a maresia a invadir-nos todos os poros. 
O preço, com o carro, não é lá muito acessível, mas aceita-se para quem deseja chegar depressa ao outro lado. Foram 10 euros. Mas para os moradores, se precisarem de utilizar o Ferry com regularidade, os custos tornar-se-ão pesados, a não ser que haja tarifas especiais para eles. 
Foi, no fundo, uma experiência agradável, que será repetida quando me der vontade de circular pela marginal que nos liga de S. Jacinto a Ovar, saboreando uma paisagem rara, com um espelho de água a merecer mais dinâmica turística. 
Do outro lado da Ria, pudemos visitar S. Jacinto, onde trabalhei uns tempos, e a Torreira, a praia da meninice e juventude da Lita. Mas disso falarei um dia destes.
Os funcionários apresentaram-se sorridentes, cuidadosos e delicados. Orientavam a entrada e a saída dos carros e garantiam a segurança. O tempo, sem sol a aquecer-nos, não se apresentava frio, mas a luminosidade não era muita. Foi pena.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Museu Marítimo em festa



De 8 a 10 de agosto, o Museu Marítimo de Ílhavo vai celebrar  76 anos ao serviço da cultura, abarcando um significativo conjunto de áreas relacionadas com o Mar e a Ria. No dia 8, os visitantes poderão contar com visitas guiadas e,  na mesma data, pelas 21.30 horas, vai ter lugar a sessão solene comemorativa do aniversário, de que destacamos  a inauguração das exposições “Cápsula do Tempo – Memória da Grande Pesca” e “New Found Land - Fotografia de Luís Monteiro”, a abertura da Sala de Pintura do Museu Marítimo de Ílhavo, a apresentação da Revista do Museu Marítimo de Ílhavo “ARGOS” e, ainda,  a assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal de Ílhavo e a TEAM – Truques e Engenhocas Associação de Modelismo.

Ver Programa aqui

Os Arcos



Os Arcos, onde há muitos anos íamos engraxar os sapatos, por mãos hábeis no manejo das escovas e do pano que dava mais brilho e  que até estalava nas mãos dos artistas,  eram a sala de visitas de Aveiro, onde se conversava de tudo e mais alguma coisa. ~
A Casa dos Jornais, do senhor Duarte Augusto Duarte, era também outro ponto de encontro da gente que gostava de ler jornais e revistas. Eu era um dos visitantes. À sexta-feira e aos sábados, à tardinha, lá esperava o "Diário de Lisboa", um vespertino que rivalizava com o "Diário Popular". O primeiro das oposições ao Governo e o segundo conotado com o regime. 
Vezes sem conta presenciei o escritor, médico e político Mário Sacramento, que também aguardava a chegada do jornal, que o Manuel, filho do senhor Duarte, tinha ido levantar à estação da CP. Mário Sacramento era crítico literário do "Diário de Lisboa", tanto quanto me lembro.
Um dia destes passei pela antiga Casa dos Jornais, que permanece no mesmo sítio e, olhando, vi as janelas que convidam a entrar debaixo dos Arcos... Aqui ficam como convite às boas recordações.

Raivas

Para pensar um bocadinho... «Quanta raiva»




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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Elogio do tempo livre


Claude Monet


O caráter lúdico da existência, a festa, o divertimento, mais ou menos organizado, tomou formas distintas ao longo da história e nas diversas culturas. Aí plasmava-se o Homo ludens, e manifestava-se a impossibilidade de definir o homem a partir da caracterização unidimensional do Homo faber. A gratuidade do lúdico mostra uma dimensão existencial que não podemos negligenciar, abre uma clareira no utilitarismo habitual com que se pensa o tempo (time is money) e, em consequência, o homem. (...) Pensar o que se faz do tempo é refletir como se define o homem.

Não somos máquinas

Férias úteis para todos, uma utopia?

Costa Nova (Ria)

«As férias são um direito e também um dever. Não somos máquinas. O desgaste dá-se em todos, a mudança traz oportunidades, descansar é um preceito divino que permite dominar muitas coisas, não apenas a obra criada, mas até forças desviantes que brotam dentro de nós próprios.»


 António Marcelino

terça-feira, 30 de julho de 2013

Artesanato no Rossio


A FARAV está a decorrer no Rossio, em Aveiro, até 4 de Agosto. Há um pouco de tudo relacionado com o artesanato regional e não só. Os meus olhos fixaram-se num artesão, Adelino Nunes Aires, que lá estava, concentrado, de formão e martelo, a desbastar um pedaço de madeira, rumo a mais um barco em miniatura. Trabalhava com desenvoltura e segurança. De vez em quando, com um lápis, traçava riscos para se orientar no corte. 
A barraca dos seus artigos expostos mostrava que era um artista. Um artesão é sempre um artista, conotado com a pureza de quem não tem escola. A arte brota-lhe espontaneamente. 
Adelino Aires nem sequer era carpinteiro, pois a sua profissão estava mais ligada à metalurgia. Mas um dia aconteceu e hoje trabalha sem parar e sem se cansar. Porque gosta do que faz. E até já foi entrevistado na televisão.
Um diploma, encaixilhado, mostra os agradecimentos da Fundação Gil Eanes pela sua participação na Exposição Arte Náutica. 
Tem trabalhos com muitas horas de trabalho. Uma caravela registou 6400 horas de labuta. E a peça mais cara está avaliada em 4500 euros.