sábado, 21 de julho de 2012

VINDE COMIGO E DESCANSAI


Por Georgino Rocha




“Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco” é o apelo e a recomendação de Jesus, após ter acolhido e ouvido os discípulos regressados da primeira experiência missionária. A narração do que acontecera deixava perceber que a missão decorrera bem. As instruções tinham sido observadas. A confiança na palavra do Mestre estava confirmada. O êxito enchia de alegria contagiante o coração de todos. A sobriedade de meios, a simplicidade de vida, a itinerância doméstica, a eficácia do anúncio, a libertação do espírito oprimido pelas forças do mal são credenciais comprovadas e adquirem valor distintivo de quem é discípulo de Jesus em qualquer circunstância.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Morreu o historiador José Hermano Saraiva


Hermano Saraiva (Foto de o Sol)


Morreu hoje, com 92 anos, em Palmela, o historiador José Hermano Saraiva, porventura o mais dinâmico divulgador da História de Portugal. Estou convencido que muitíssimos portugueses passaram a gostar mais da nossa história graças aos programas televisivos que ele preparou e apresentou ao longo da sua vida, com entusiasmo contagiante e usando um estilo muito próprio.
Recordo que a sua “História Concisa de Portugal” mereceu largos elogios dos especialistas, tendo um crítico sublinhado (cito de cor) que Hermano Saraiva conseguira num simples parágrafo, com grande poder de síntese, apresentar diversas informações.

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Dia do Amigo


Por Maria Donzília Almeida

Conversa em Piódão


Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo»
é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!



Alexandre O'Neill


“Possuir um amigo é ser dono de um tesouro! “ Esta parece ser, para o senso comum, quase uma verdade do Sr lapalisse, dada a evidência do significante. Na realidade, este conceito reveste-se de tal importância e significado, que a língua portuguesa dispõe de várias expressões para o designar. Assim, temos: amigo do peito, amigo do coração, amigo de Peniche, amigo da onça, amigo presente, amigo ausente... Há também os amigos do alheio, que proliferamm, na era moderna, como ratazanas em tubos de esgoto, et cetera!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Será que o Diabo existe?

Aqui está uma boa pergunta, que exige boas reflexões. Nunca é tarde para abordar um assunto com este. Cá por mim, sugiro que os meus leitores pensem um pouco... Depois, podem ler na Tribo de Jacob



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Formação dos novos padres e promoção vocacional


Por António Marcelino




«A crise vocacional, a nível do país, persiste. Numa ou outra diocese notam-se sinais de melhoria. O seminário menor foi dando lugar ao pré-seminário ou ao seminário em família, e decresceu em muitos padres e comunidades o interesse por novas vocações. Estas exprimem-se agora mais em idade adulta e com jovens vindos das universidades, alguns com cursos já completados.
Passados cinquenta anos, à luz ainda bem viva do Vaticano II, torna-se de novo necessária uma reflexão cuidada sobre escolas teológicas, seminários, vocações e formação pastoral dos novos padres.»

Cesário Verde: Ave Marias





Para lembrar o poeta
no dia da sua morte: 19 de julho de 1886











AVE MARIAS

          Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

          O céu parece baixo e de neblina,
O gás extravasado enjoa-me, perturba;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.

          Batem os carros de aluguer, ao fundo,
Levando à via férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista, exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!

          Semelham-se a gaiolas, com viveiros,
As edificações somente emadeiradas:
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros.

          Voltam os calafates, aos magotes,
De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos;
Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos,
Ou erro pelos cais a que se atracam botes.

          E evoco, então, as crónicas navais:
Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado!
Luta Camões no Sul, salvando um livro a nado!
Singram soberbas naus que eu não verei jamais!

          E o fim da tarde inspira-me; e incomoda!
De um couraçado inglês vogam os escaleres;
E em terra num tinir de louças e talheres
Flamejam, ao jantar, alguns hotéis da moda.

          Num trem de praça arengam dois dentistas;
Um trôpego arlequim braceja numas andas;
Os querubins do lar flutuam nas varandas;
Às portas, em cabelo, enfadam-se os lojistas!

          Vazam-se os arsenais e as oficinas;
Reluz, viscoso, o rio, apressam-se as obreiras;
E num cardume negro, hercúleas, galhofeiras,
Correndo com firmeza, assomam as varinas.

          Vêm sacudindo as ancas opulentas!
Seus troncos varonis recordam-me pilastras;
E algumas, à cabeça, embalam nas canastras
Os filhos que depois naufragam nas tormentas.

          Descalças! Nas descargas de carvão,
Desde manhã à noite, a bordo das fragatas;
E apinham-se num bairro aonde miam gatas,
E o peixe podre gera os focos de infecção!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Cortes na despesa do Estado


O acórdão do Tribunal Constitucional gerou a polémica esperada e o  Governo apressou-se a informar que respeitava a decisão dos juízes. Surgiram de imediato  ideias que levaram os cronistas e comentadores (sempre os mesmos) da comunicação social a avançar com a hipótese de aplicar os cortes dos subsídios (Natal e Férias) aos trabalhadores do setor privado, como se eles tivessem algo a ver com as despesas do Estado. Vai daí, o FMI diz que a solução só pode passar por cortes na despesa…do Estado.

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Saber e Experiência arrumados em prateleira


Lojas de saber, ciência por um euro

Por António Marcelino

Professores universitários, carimbados de inúteis e dispensáveis por terem feito setenta anos, não resignados por se julgarem ainda capazes de muito, organizam-se, em Coimbra, sob a batuta do Prof. Pedroso de Lima, para, em favor dos outros, devolverem à sociedade o que esta investiu neles, para lhes proporcionar, ao longo dos anos de estudo e de magistério, o que lhes permitiu de saber e competência. Gente que ensinou dispõe-se agora a dar cursos de pequena duração, acessíveis às diversas idades e condições, com o alvo de proporcionar, sobretudo aos desempregados, meios que lhes permitam não desistir e serem, eles próprios, criadores e inovadores. Apenas um euro simbólico por participante e total gratuidade por parte dos mestres. As temáticas vão “da física à medicina, das ciências em geral às lições de vida”. Em maio arrancou a iniciativa com o curso “os Sons e a Vida”. Mais de cem participantes e, entre eles, alguns professores jubilados.
Uma lufada de ar fresco numa sociedade acomodada. Arruma-se, por vezes em prateleiras douradas, muito saber e experiência que fazem falta a muita gente. Menos mal que a livre iniciativa privada e a decisão de não morrer antes da morte dão lugar a coisas novas, orientadas para o bem e com a marca visível de uma gratuidade solidária.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Os exageros de D. Januário





"Este Governo é profundamente corrupto, nestas atitudes a que estamos a assistir", disse, constatando que "Portugal, de facto, é um asilo". E pergunta: "Então isto é um exagero meu?!"

"O problema é civilizacional, porque é ético. Eu não acredito nestes tipos, em alguns destes tipos, porquê?, porque são equívocos, porque lutam pelos seus interesses, porque têm o seu gangue, porque têm o seu clube, porque pressionam a comunicação social, etc. O que significa que os anteriores, que foram tão atacados, quer dizer, eram uns anjos ao pé destes diabinhos negros, alguns, que acabam de aparecer", refere o bispo, que há pouco tempo já comparara o atual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, com António de Oliveira Salazar."

Li no DN


Nota: Declaro, antes de mais, que não sou filiado em qualquer partido político, mas reconheço que eles são fundamentais numa sociedade democrática. Também declaro que tenho por princípio ético respeitar os poderes legitimamente eleitos e instituídos.
Depois disto, quero dizer que há muito tempo me habituei a ouvir Januário Ferreira, Bispo das Forças Armadas e de Segurança, como quem ouve um indivíduo que nem sempre pensa no que diz, porventura com o propósito de dar nas vistas.
Como bispo que é, acho que devia ser mais contido, sem, porém, deixar de ser frontal na denúncia do erro e no anúncio daquilo que considera correto para a construção de um mundo mais justo e mais fraterno. Nessa linha, as acusações que faz têm de ser provadas, para não passarem por gratuitas. Um cidadão com as responsabilidades que o bispo Januário tem não pode nem deve ficar isento de provar o que afirma em público. Espero, portanto, que o Procurador Geral da República tenha em conta que ninguém está acima da Justiça, seja bispo ou leigo.
Adianto ainda que Portugal está a passar um mau momento, com muitos portugueses a viverem dramas terríveis, mas nem isso me pode levar a ofender quem quer que seja, com a violência com que o Bispo das Forças Armadas o fez.
Sempre aprendi na Igreja Católica que devemos ser construtores de paz e não promotores de guerras. Januário Ferreira esqueceu-se disso.


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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Passeio de fim de ano à Capital da Cultura

Por Maria Donzília Almeida




"O professor disserta sobre ponto difícil do programa.
Um aluno dorme,
Cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudi-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O professor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo."

Carlos Drummond de Andrade


Para acabar em beleza, realizou-se o passeio de final de ano, no passado dia 13, como forma de encerrar as atividades do ano letivo, 2011/2012.
Este ano, o destino escolhido foi consentâneo com a nossa história e com o evento que decorre no Alto Minho.
Muito cedo, para desfrutarmos de um dia longo e bem preenchido, partimos da Gafanha às 7 h da manhã, rumo ao berço da nossa nacionalidade – Guimarães. O tempo prometia cumplicidade com o cansaço e a expetativa dos “turistas”!
A viagem decorreu sem incidentes e depressa nos colocámos na bela e antiga cidade de Guimarães. Parece que uma fada passara ali a sua varinha, pois a cidade airosa e fresca, ostentava um rosto lavado e o arranjo meticuloso dos seus jardins. Decerto, a autarquia providenciara para que a receção ao alto posto de capital europeia da cultura, fosse bem sucedida e acolhesse os forasteiros com graça e um aspeto de casa arrumada.

Crónica de Bento Domingues

No PÚBLICO de ontem




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domingo, 15 de julho de 2012

Ainda a licenciatura do ministro Relvas

Alberto João Jardim, líder madeirense, acredita que a sua experiência vai garantir-lhe tirar os cursos de veterinária, biologia, informática e astronomia. Desta vez, Alberto João teve graça. Não costumo achar graça ao que ele diz e faz, mas hoje dou-lhe razão, por graça.
Com o exemplo de Relvas, para quê estudar? E como ele fez, tenho cá para mim que outros já fizeram o mesmo. Se calhar, o que importa agora é descobrir a universidade que faça o trabalhinho mais barato!
Ao que Portugal chegou!

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RSI - Desempenhar tarefas úteis

Li no PÚBLICO


"Mota Soares quer que os beneficiários devolvam “um pouco do esforço que a sociedade está a fazer a essa mesma sociedade” (Foto: Rita Baleia)
O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou hoje que os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) vão passar a ser obrigados a procurar trabalho, fazer formação profissional e desempenhar tarefas úteis à sociedade."


Ora aqui estão medidas acertadas. Haverá pessoas impossibilitadas de responder às exigências, mas as que puderem trabalhar devem fazê-lo, sim senhor. Sempre será melhor do que nada fazer.


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Poesia para este tempo

Li no caderno Economia do EXPRESSO



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sábado, 14 de julho de 2012

Formados por Jesus, enviados dois a dois

Por Georgino Rocha

Jesus marca o ritmo do tempo. Quer que o seu projecto entre numa fase nova: lançar os discípulos na primeira experiência da missão. Por isso, faz a escolha dos doze, símbolo da totalidade, confere-lhes poder sobre as forças do mal, define o anúncio da mensagem a proclamar e dá instruções claras e precisas.. Tudo em conformidade com o que tinha feito - e eles tinham visto e ouvido - nas viagens pelas aldeias e na ida às sinagogas, no contacto com as multidões, nas conversas em família.

A partícula de Deus

Por Anselmo Borges

Para que a teoria-padrão da Física fosse validada, estava previsto, desde há cerca de 50 anos, o famoso bosão de Higgs, para dar massa às outras partículas. No passado dia 4, festejou-se no CERN, porque, mesmo que se não tenha a certeza total da descoberta da célebre partícula, houve um novo avanço científico no sentido de percebermos melhor o mundo e nos entendermos melhor a nós próprios. Foi um acontecimento histórico, a ponto de Stephen Haw-king sugerir a atribuição do Nobel a Peter Higgs, que teorizou sobre a existência do bosão.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Limites da Gafanha da Nazaré

Sessão de esclarecimento na quarta-feira,
pelas 21 horas,
na Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré

Na próxima quarta-feira, 18 de julho, vai realizar-se, pelas 21 horas, no salão nobre da Junta de Freguesia, uma sessão de esclarecimento para apresentação da versão da ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré) sobre os Limites da nossa freguesia.
Tanto quanto sei, trata-se de um assunto pertinente, que deve envolver os nossos conterrâneos preocupados com o progresso da Gafanha da Nazaré.
Este tema merece, da minha parte, algumas simples considerações:

1. Este assunto foi resolvido nos primórdios da nossa terra como freguesia e paróquia. Se o documento não foi homologado pelas entidades competentes, como seria normal, alguém terá errado;

2. Na falta de homologação, terá validade o usucapião, como se verifica em tantos casos;

3. Há anos, um técnico dos Serviços Cadastrais do Exército (penso que é este o nome correto) veio à Gafanha da Nazaré para identificar os referidos limites. Eu próprio o acompanhei, tendo-lhe indicado a Vala do Enjeitado, o local do Moinho do senhor Roque (numa esquina do aido), na Marinha Velha, e a casa do senhor Vicente, perto do senhor Hermínio, no mesmo lugar. O tal Moinho era de um antepassado do Prof. Roque. Penso que avô;

4. Esse técnico fez todos os registos, garantindo-me que estava esclarecido;

5. Não sei quem lhe indicou o meu nome e morada, mas a verdade é que, por outros motivos, também se repetiu a mesma cena;

6. Não sei qual é a razão por que a CMI e as Juntas de Freguesia da Gafanha da Nazaré e da Gafanha da Encarnação não conseguem, num regime democrático, sentar-se à mesma mesa para esclarecer o assunto. Será que o tema não tem relevância?

7. Também não compreendo o motivo por que os partidos políticos, uma mola-real da democracia, não tomam a iniciativa de avançar com uma qualquer proposta que conduza à descoberta de uma solução justa para o conflito, que vem de há tanto tempo.

Fernando Martins



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Maneiras de rezar

Umas sugestões para as férias





Ler um livro de pensamento exigente
com um forte desejo da verdade
sem avidez em saber
sem pretensão de disputar
mas por gosto, por amor da verdade
Abrir a porta profunda
a todo o pensamento que emerge
e deixá-lo permanecer em paz
de modo que ele venha a dar o seu fruto.

Maurice Bellet


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quinta-feira, 12 de julho de 2012

CAE da Figueira da Foz





No CAE (Centro de Artes e Espetáculos), o claustro, no primeiro piso, é um recanto de silêncio onde apetece estar. Do restaurante-bar vem o café, e ali, com uma exposição de mariscos voadores a sobrevoarem quem está, há mesmo ambiente para ler e para inalar e saborear o aroma da cafeína, cremosa, que nos afasta do bulício da vida.
Tenho para mim que os figueirenses ainda se não habituaram àquele recanto de paz. Não sei porquê. Vejo, claramente, que não aparecem muitos.
O restaurante serve refeições a preços módicos, à semana, com ementa própria para cada dia, e não falta a mais diversa informação sobre espetáculos, exposições de fotografia, pintura e outras artes, normalmente de entrada gratuita.
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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Crianças portuguesas emigram para trabalhar

Um drama terrível da nossa geração, a que urge pôr cobro, com mais justiça social, com mais educação e com mais amor.




"O comissário do Conselho da Europa para os direitos humanos alertou hoje que há crianças portuguesas a emigrar para trabalhar por causa da crise e famílias a retirar idosos das instituições para beneficiar das suas reformas."
Li no PÚBLICO
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