terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Praias de Aveiro em risco muito elevado

Diz o DN: 


«As praias do litoral aveirense vivem uma situação de "risco muito elevado", dizem os especialistas. Barra, Costa Nova ou Areão têm perdido dezenas de metros de areal nos últimos anos, a Vagueira "pode ser arrasada de um dia para o outro..." E o problema tem epicentro no concelho de Ovar, com Furadouro e Cortegaça ainda mais encurtados e 50 famílias do bairro dos pescadores de Esmoriz com as casas fortemente ameaçadas.»

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Conspiração para matar Bento XVI?





O que está a dar, na comunicação social, são os escândalos. E se eles estiverem ligados à Igreja Católica, muito mais valor têm, sendo esmiuçados até ao tutano. Mesmo que sejam simples boatos, é certo e sabido que têm logo honras de primeira página e destaque, com grandes parangonas, no interior.  Depois, os desmentidos já não interessam. No jornal i de hoje vem mais um, com o título “Vatileaks”. Ou a estranha conspiração para matar oPapa Bento XVI. Vejam só. 

O CARNAVAL






Apesar das polémicas, o Carnaval animou e ainda vai animar os portugueses. Mesmo sem dispensa de ponto, as festas carnavalescas vieram para a rua e não houve frio que impedisse o povo de folgar, ora seguindo as tradições portuguesas ora copiando o carnaval carioca onde o calor ajuda na animação. 
Apesar de não ser fã desta festa popular, que vem de tempos ancestrais para descontrair, já que a quaresma vem a seguir, precisamente na quarta-feira de cinzas, não deixo de apreciar quem gosta de parodiar a vida, com políticos e políticas à cabeça. Antes assim que carregarmos frustrações e injustiças, quiçá algumas raivas que a troika criou em nós para escaparmos  à anunciada bancarrota das contas públicas e de muitas famílias, por se habituarem, erradamente, a viver à grande e à francesa, gastando mais do que entra na saca dos rendimentos normais. 
Depois dos festejos, é certo e sabido que vamos cair na real, no quotidiano cheio de lutas para poupar ou para conseguir o indispensável para viver ou sobreviver. Isto para quem trabalha, porque, para quem está desempregado,  a luta por um emprego minimamente estável vai fazer esquecer festas e brincadeiras, com ou sem máscaras. 
Bom Carnaval para este ano, com votos de que o próximo seja mais festivo e mais esperançoso.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Dia da Resistência não Violenta - 20 de fevereiro


Um texto de Maria Donzília Almeida 



Disse Jesus:“... mas se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra» S.Mateus, cap. 5: vv. 38 e 39.
Jesus não nos proibiu a defesa, mas condenou a vingança. Ao dizer-nos para oferecermos uma face em resposta à agressão na outra, defendia a ideia que não devemos retribuir o mal com o mal; que é mais glorioso para Ele ser ferido que ferir, suportar, pacientemente, uma injustiça que cometê-la; que mais vale ser enganado que enganar, ser arruinado que arruinar os outros.
Mais que uma simples efeméride, o dia 20 de Fevereiro deve relembrar, à nossa sociedade, que a luta por aquilo em que acreditamos, por aquilo que consideramos correcto, não deve ser feita, utilizando a violência. Com o recurso à força estamos simplesmente a perder a razão que eventualmente possamos ter. A luta por todas as causas deve basear-se no diálogo, em manifestações pacíficas, que demonstrem a nossa posição.
Um dos exemplos mais marcantes da História, sobre uma luta pacifica é sem dúvida Mahatma Ghandi, uma das principais personalidades a nível mundial de defesa dos Direitos Humanos, cuja vida foi dedicada à luta pela independência da Índia. Criador do principio do Satyagraha, principio da não agressão, do protesto não violento, Ghandi é uma enorme inspiração para todos aqueles que lutam por uma sociedade mais justa e pacifica. Certa vez, o líder indiano comentou: “Posso até estar disposto a morrer por uma causa, mas nunca a matar por ela!”. Quando, em certos momentos, a violência começou a manifestar-se, entre os Indianos, Gandhi praticou o jejum, por duas vezes, colocando em risco a sua própria vida, com o objetivo de sensibilizar os seus seguidores a não fazer uso da violência. O termo “não-violência” em sânscrito – “ahimsa” – tem o significado profundo de não dano, não prejuízo. Daí surge a ideia central desse conceito que nos inspira a sermos pacíficos, o que é bastante diferente de ser passivo.

Um livro de João Gonçalves Gaspar: “Pio XII — Defensor do Homem — Recordações e Testemunhos”



Nesta obra, o sacerdote e escritor com predileção pela história, João Gonçalves Gaspar, responde, de forma elevada, a apreciações e a críticas, «mais ideológicas do que historiográficas, sobre as atitudes do papa Pio XII e da Igreja Católica em face das atrocidades nazi-fascistas durante a segunda guerra mundial (1939-1945)». E fê-lo por não poder calar algo que conheceu e viveu, «em cima dos acontecimentos», durante os seus anos de jovem.
No Prefácio, o Bispo de Aveiro, D. António Francisco, refere que escrever hoje um livro sobre Pio XII «exige coragem, determinação e lucidez», numa alusão clara ao autor, «que há muito nos habituou ao rigor da investigação, à exigência da verdade e à beleza da palavra».
O prelado aveirense frisa: «A história de um Pontífice escreve-se habitualmente mais a partir das palavras ditas e dos textos do magistério publicadas do que de actos documentados e de pessoas implicadas nos acontecimentos que à história dão o autêntico rosto da verdade. E isso é pena!»
João Gaspar desenvolve o tema, longo e complexo, por 9 capítulos, começando precisamente por “D. João Evangelista de Lima Vidal e Mons. Eugénio Maria Pacelli (Pio XII), duas personalidades cujas vidas acompanhou de perto.
O autor evoca memórias de D. João em relação ao papa de quem foi condiscípulo, «vivendo debaixo das mesmas telhas, firmando-se entre ambos uma amizade de que Aveiro viria a beneficiar.»
Seguem-se capítulos sobre Pio XII “Lutador pela Paz, “Salvador de Judeus”, “Salvador de Roma”, “Na gratidão dos Judeus… e não só”, “Na recordação de João Paulo II” e, ainda, em jeito de conclusão, “Pio XII — Profeta da Paz”.

“Pio XII — Defensor do Homem — Recordações e Testemunhos”,
de João Gonçalves Gaspar.
Edição da Diocese de Aveiro,
Outubro de 2011


Serra da Boa Viagem: Memorial Floresta



Nos meus arquivos, nem sempre bem organizados, de quando em vez encontro imagens que me recordam viagens que fiz. Desta feita, veio-me à mão esta foto captada na serra da Boa Viagem, com um memorial assinalado pela sensibilidade de Fernando Pessoa, cujos ritmos, inconfundíveis, nos deixam a pensar. 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

CARNAVAL - 2012





Carnaval

Ai que linda Cinderella!
Mas no fundo não é ela!
Pobre gata borralheira
Que trabalha a vida inteira
P’ra hoje se divertir
Quem sabe se p’ra carpir!
Uma vida atormentada
Em dívidas mergulhada,
Neste país da desgraça
Que só vive da trapaça!
Nada é já como dantes
Nem sequer os governantes
São gente de confiança!
Já se perdeu a esperança!
Só sabem apregoar
Medidas p’ra controlar
E o povo na pobreza
A contar os seus tostões
Nem sequer tem ilusões
Mas tem a firme certeza
Que aqueles figurões
Longe destes foliões,
Vivem à grande e à francesa!
Quando virá mão heróica
Que nos liberte da Troika?

Maria  Donzília Almeida
19.02.2012

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 278


PITADAS DE SAL – 8 



O SAL 

Caríssima/o: 

«Desde o momento em que se inicia a preparação da marinha para a gestação do sal, passando pela recolha da água nos canais vizinhos, sua engorda salineira, e toda aquela teia delicada de que o marnoto se vale na luta heróica pela sua subsistência, até ao limiar da morte do sal em pleno Outono, sempre o marnoto é tocado de carinho, engenho e arte. 

O sal de Aveiro não nasce, como nascem e medram os frutos silvestres. É feito pelo marnoto, com o seu talento, sofrimento e dedicação.» [Victor Manuel Machado Gomes] 

«Já em textos de 1057 se faz referência às águas marítimas de Esgueira. 
Era na altura a produção e o comércio do sal origem da riqueza desta região, então com o mar a banhar-lhe os pés. 
O sal de Aveiro imperou nos mercados nacionais e estrangeiros até ao século XVII... 
Exportações de Aveiro: sal, laranja e cortiça; e vidro e porcelana da Vista Alegre.»[ p. 53 do Diccionário Geographico Abreviado de Portugal e suas Possessões Ultramarinas, P. Francisco dos Prazeres Maranhão, 1852] 

FILHO, OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS

Uma reflexão de Georgino Rocha


Que declaração tão ousada! Que certeza tão firme! Que proximidade tão terna e familiar! Que afirmação tão provocante! Estas exclamações podem traduzir expressões da atitude de Jesus em relação ao paralítico em Cafarnaum. O episódio ocorre em casa aonde regressa o curador do leproso, após ter passado o tempo da descontaminação. Aí acorre tanta gente que barra a porta de entrada. Aí estão sentados rabinos e escribas, mestres em “fabricar” leis e a interpretá-las em nome de Deus. Aí chegam os amigos do paralítico, transportando-o numa enxerga. Aí acontece um diálogo em que o desafio e a resposta põem a claro a novidade de Deus que Jesus anuncia e realiza.
O Nazareno está a blasfemar – dizem. “Só Deus pode perdoar os pecados”. E segundo as leis religiosas era e continua a ser verdade. Mas Jesus, incomodado com os “murmúrio” do coração deles e condoído com a situação do paralítico, questiona-os abertamente: “Porque pensais assim nos vossos corações”?

sábado, 18 de fevereiro de 2012

COMO BRUXELAS ESTÁ A DESTRUIR A GRÉCIA

"Afundada numa violenta depressão, a Grécia está a ser exaurida por uma UE "incompetente" e pelo seu "insensível" comissário para os Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, acusa Peter Oborne, num veemente comentário de página inteira."


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PÔR DO SOL ENTRE PALMEIRAS

Foto do Ângelo Ribau




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POLÍTICA E ÉTICA

Um artigo de Anselmo Borges 
no DN 



Quando se pergunta: o que é o Homem?, as tentativas de resposta foram múltiplas ao longo dos tempos. Mas lá está, essencial, a de Aristóteles: um animal que fala, que tem logos, um animal político. 
O ser humano é constitutivamente um ser social. Fazemo-nos uns aos outros, genética e culturalmente. Procedemos de humanos e tornamo-nos humanos com outros seres humanos. A relação entre humanos não é algo de acrescentado ao ser humano já feito: pelo contrário, constitui-nos. A prova está nos chamados meninos-lobo: tinham a possibilidade de tornar-se humanos, mas, sem o contacto com outros humanos, não acederam à humanidade. É isso: somos humanos entre humanos e com humanos. Apesar da experiência, que também fazemos, da solidão metafísica - cada um é ele, ela, de modo único e intransferível -, não há dúvida de que só na relação nos fazemos. O individualismo atomista contradiz a humanidade que somos. 

POESIA PARA ESTE SÁBADO

Carlos Anastácio em entrevista ao Timoneiro


Entrevista conduzida por Fernando Martins


Carlos Anastácio


O trabalho faz parte da luta contra a solidão 


Carlos Ramos Anastácio, 76 anos, casado, dois filhos e dois netos, serralheiro civil em situação de reformado, ocupa os seus dias a trabalhar, por gosto, para se entreter e por necessidade de se sentir útil. Não trabalha para ganhar dinheiro, pois oferece muito do que faz, na sua pequena oficina, sem grandes recursos técnicos, aos familiares e amigos que o procuram ou que o visitam, na esperança de uma ajuda. No caso, por exemplo, de um utensílio que está meio gasto ou a precisar de reparação. Há dias, um amigo pediu-lhe que desse um jeito a uma tenaz, gasta nas pontas pelo uso. O Carlos consertou a tenaz, reconstituindo as pontas e, ao entregá-la, ofereceu ao amigo uma nova em aço inoxidável. O Carlos é assim. 
Na visita que lhe fizemos há dias apreciámos algumas peças perfeitas e luzidias. Uma enxada ainda sem cabo, uma tenaz, um pequeno ancinho para o jardim, uma pá para o lixo, grelhas para assar sardinhas, fogareiros e até um barquinho com caldeirinha para se deslocar pela força do vapor. Tem, contudo, uma alteração a fazer, para o barquinho não navegar somente para o lado em que está virado. 
Tudo feito em aço inoxidável, que o Carlos é, como sempre gostou de ser, um «serralheiro limpo», pois não gosta de mexer em ferrugens. Tem iniciado um carrinho de mão para o jardim, entre outras objetos que o levam a manter-se ativo, numa luta tenaz contra uma certa solidão provocada pelo seu estado de saúde, que o obriga a usar cadeira de rodas. Porém, mostrou, durante a conversa que manteve connosco, uma grande vontade de receber amigos com quem possa conversar, desabafar e passar algum tempo. 
O Carlos Anastácio iniciou a sua vida profissional na famosa, para a época, oficina de Manuel da Silva, onde mais tarde se instalou o Stand Dias. Por ali foi aprendendo e trabalhando até cumprir o serviço militar. E lembra que «na oficina do senhor Manuel da Silva se aprendia a fazer as coisas muito bem feitas». Depois foi para a Empresa de Pesca de Aveiro, mais conhecida por empresa do Egas, que trabalhava, como o Carlos nos frisou, apenas para os navios da casa. Daí, mudou-se para a Miradouro, do empresário França Morte.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

NOVO CARDEAL PORTUGUÊS: A mulher deve poder ficar em casa

No PÚBLICO online




"Em entrevista ao Correio da Manhã, Monteiro de Castro afirma que “o maior problema de Portugal” é o “pouco apoio que o Estado dá à família”. “A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos”, sustenta.
A resposta surge na sequência de uma pergunta sobre se está a acompanhar a situação difícil do país. O mesmo acontece na entrevista que o novo cardeal português dá ao Jornal de Notícias, na qual insiste que “Portugal tem de dar mais força às famílias, pôr os nossos portugueses a produzir em Portugal e não fora”. “Devíamos dar muito mais valor à família e ao valor da mulher em casa”, continua.
“O trabalho da mulher a tempo completo, creio que não é útil ao país. Trabalhar em casa sim, mas que tenham de trabalhar de manhã até à noite, creio que para um país é negativo. A melhor formadora é a mãe, e se a mãe não tem tempo para respirar como vai ter tempo para formar”, questiona Monteiro de Castro, ainda na entrevista ao Jornal de Notícias.

CÚPULA É MAIS EUROPEIA NUMA IGREJA CADA VEZ MAIS DO SUL

NO PÚBLICO DE HOJE






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MAIS UM LIVRO DE AIDA VIEGAS



​No próximo dia 24 de fevereiro, sexta-feira, pelas 17 horas, vai ser apresentado no Salão Cultural da Casa da Cultura de Aveiro o livro "LAURA - Um Grito no Silêncio". A sessão é organizada pela Academia de Saberes daquela cidade e pela autora, Aida Viegas.
Conhecida e multifacetada escritora, Aida Viegas merece o apoio dos aveirenses e não só.

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Formação adequada e participação ativa

Um artigo de António Marcelino




Um princípio conciliar muito claro e exigente, expresso na Constituição da Liturgia, refere-se à consciência necessária da Igreja e dos cristãos, em geral, de que é “através da liturgia que se atua e opera a nossa redenção”. Assim se pode dizer que os crentes só podem fazer a experiência completa do mistério pascal de Cristo mediante a sua participação na liturgia da Igreja. Há uma unidade indissolúvel entre o dom de Deus que vem até nós e nos santifica e a ação cultual da Igreja, que significa ir ao encontro desse dom para acolher, louvar e agradecer. Esta unidade traduz-se na centralidade do mistério pascal e na presença de Cristo na Igreja. “Cristo está presente na sua Igreja, muito especialmente nas acções litúrgicas”, assim diz o Concílio.
A natureza da liturgia e dos seus efeitos tornou-se mais expressiva na fórmula, já antes citada e, hoje, muitas vezes repetida: “A liturgia é o ponto mais alto para o qual tende a vida e ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde dimana toda a sua força”.
Para a melhor compreensão desta realidade, o Concílio logo sentiu a necessidade de indicar dois caminhos complementares para orientar toda a renovação: a formação litúrgica dos cristãos e a sua participação ativa nas celebrações. Um e outro iriam depender da hierarquia, dado que ela é um serviço permanente ao Povo de Deus. 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

"CARNAVAIS DA RIA" NO MUSEU DA CIDADE DE AVEIRO ATÉ 29 FEVEREIRO






Esta é uma exposição de caráter lúdico que oferece de forma unificadora uma gama de objetos de estudo, peças, imagens e informações representativas e dispersas dos diferentes municípios da Região de Aveiro, formando um conjunto cultural, que reflete modos de vida, expressões culturais, crenças e costumes regionais.
Para a concretização da referida exposição, contribuíram Municípios de Águeda, Albergaria-a-Velha, Estarreja, Murtosa e Sever do Vouga; as Juntas de Freguesia de Oliveirinha e da Glória [Aveiro] a Fundação do Carnaval de Ovar e ainda instituições como, a Associação Cultural e Recreativa Os Baldas e a Associação Chio-Pó-Pó de Ílhavo.
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Praia da Barra: pôr do sol

Pôr do sol (Foto do Ângelo Ribau)

Tenho para mim que o registo de uma imagem como esta exige uma boa dose de paciência, um cuidado especial na regulação da objetiva e um olhar atento para não perder a oportunidade que, penso eu, dura poucos segundos.. Já tentei, mas não resultou. Ou sai desfocada, ou o sol, com o seu brilho intenso, abafa tudo... Como não sou artista, nem com a digital no automático sai coisa de jeito. Quem me dá umas lições?

Cavaco cancela visita a escola

O presidente Cavaco Silva cancelou hoje uma programada visita à Escola António Arroio, alegadamente por falta de condições de segurança. Tenho dificuldades em aceitar esta atitude do nosso Presidente da República. Que eu saiba, uma manifestação de alunos não é, seguramente, uma ameaça terrorista. Uma manifestação tem de ser entendida como um direito democrático, sendo legítimo o protesto de falta de condições para uma escola funcionar convenientemente. Causa-me, por isso, a ser verdade que a razão estaria na falta de segurança, uma impressão muito negativa, saber que o nosso Presidente tem medo de manifestações de jovens.

PIETÀ

Um artigo  de Vasco Graça Moura,
no DN


Mulher com um familiar ferido durante protestos contra o presidente do Iémen, 
15.10.2011 (Samuel Aranda/The New York Times) 


A imagem da mulher que segura o filho morto nos braços tornou-se, a partir da Idade Média, uma importante referência plástica e emocional do Cristianismo. Da rude imaginária medieval, de origem alemã (os Vesperbilder), desde o século XIII, e da Pietà dita de Avignon, de meados do século XV - esta ainda com processos típicos dos primitivos na elaboração realista da representação -, até aos Renascentistas e Maneiristas, à estatuária religiosa do Barroco e a Van Gogh, a figuração da mater dolorosa tornou-se um símbolo do drama humano que representa a perda de um filho. Mas na série avulta, sem carga expressionista, a Pietà do Vaticano, de Miguel Ângelo (1499), em que são representadas a gravidade melancólica da mãe, alcandorada a um idealizado plano neoplatónico e metafísico, e a morte do filho, a finitude irremediável do corpo humano, numa articulação indissociável e deslumbrante entre esses dois planos.

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SETE DIAS - 16 a 22 de fevereiro

Na SÁBADO de hoje

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

“Camões e a Química – A Química em Camões”


Um livro de Armando Tavares da Silva



“Camões e a Química – A Química em Camões” é um livro de Armando Tavares da Silva, professor catedrático da Universidade de Coimbra na situação de aposentado. Trata-se de uma edição patrocinada pela CIRES — Companhia Industrial de Resinas Sintéticas, que veio a lume no âmbito das comemorações dos 50 anos de atividade daquela empresa. 
A obra de Camões, épica e lírica, tem sido suficientemente estudada e divulgada, decerto à medida da sua grandeza e qualidade, mas também do lugar de destaque que o “príncipe dos poetas portugueses” ocupa na história de literatura universal. 
Armando Tavares da Silva, com o seu gosto pelos temas históricos e com os seus elevados conhecimentos da Química, seria, como foi, a pessoa indicada para se debruçar sobre esta vertente da cultura na obra de Camões. Penso que não muitos estudiosos poderiam enveredar por aqui, olhando para a obra camoniana na mira de descobrir os seus conhecimentos nesta matéria não muito literária. 
Li o livro de Prof. Tavares da Silva com curiosidade, não obstante a minha posição de leigo nestes temas do âmbito da ciência ao mais alto grau. Confesso que, ao ler Os Lusíadas ou a lírica de Camões, nunca me passou pela cabeça catar palavras, frases ou expressões que denotassem os saberes do nosso maior poeta na área da Química. Daí um dos méritos deste trabalho do autor de “Camões e a Química – A Química em Camões”. 
O livro foi editado em excelente papel, capas cartonadas, e apresenta-se com boas ilustrações. 
Felicito o autor pelo trabalho que elaborou, sendo uma preciosa achega para um Camões não muito bem conhecido. 

FM 

Na contracapa pode ler-se, em jeito de desafio aos leitores: 

«Sendo Camões um homem do Renascimento, ávido de novas experiências e de conhecimento, até que ponto e em que medida as novas ideias e teorias no domínio da química — e dos materiais e substâncias, suas propriedades e aplicações — chegaram ao conhecimento de Camões e terão influenciado o seu pensamento e atitudes?»