sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Moliceiros da Ria de Aveiro





“Moliceiros da Ria de Aveiro”, numa edição, a 3.ª, da Câmara Municipal de Aveiro, é uma brochura de apenas 53 páginas, que se lê ou relê num fôlego. A autarquia aveirense diz, na abertura, que entendeu «resgatar do tempo a parte mais significativa duma obra editada pelo Instituto para a Alta Cultura, em 1943, de autoria do etnógrafo D. José de Castro, sobre os Moliceiros da Ria de Aveiro». E acrescenta que este trabalho «é o resultado dum profundo trabalho de pesquisa levado a cabo ao longo de 3 anos, de 1940 a 1943, e que reflecte, em larga medida, a realidade da vida económica da Ria de Aveiro, numa época em que o Barco Moliceiro ainda desempenhava papel importantíssimo».
Para além dos escritos, desenhos e fotografias de D. José de Castro, o livrinho, muito bem ilustrado, ainda apresenta um poema de Amadeu de Sousa, um texto e fotografia de Gaspar Albino, um glossário de Diamantino Dias e mais fotografias de Manuel Gamelas e da CINEX.
Para ler ou reler, obviamente, quando houver saudades dos moliceiros ou da nossa laguna.
Voltarei a ele quando puder….

FM

O verão, triste, já lá vai, viva o outono!


O verão, triste, já lá vai, viva o outono! Será (o outono) como sempre foi: triste, acastanhado, cinzento, prenúncio do inverno que vem logo a seguir. Porque já sabemos como ele é, não estranhamos o vento, nem a chuva, nem o frio. Afinal, o outono é uma estação que não engana ninguém. 

Turismo em Aveiro: A ria sempre com interesse



Não há dúvida sobre a importância da nossa Ria de Aveiro. O turismo, sempre ouvi dizer, é um manancial com muito ainda por explorar. Quando vejo vida à sua volta, é bom sinal. Ontem os barcos não paravam com viagens sucessivas. Não sei se é assim todos os dias, mas se for todos temos de nos congratular.

OUTONO de 2011

Ilustração Portuguesa, 1922, n.º 832, 28 de Janeiro


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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Papa Bento XVI no seu país natal



Bento XVI

«Bento XVI convidou hoje os católicos alemães a manifestarem a sua pertença à Igreja, ainda que se confrontem com a “experiência dolorosa de que há peixes bons e maus, trigo e joio”.
“Se o olhar se fixa nas realidades negativas, então nunca mais se desvenda o grande e profundo mistério da Igreja”, disse o Papa, de 84 anos, na homilia da missa a que preside no estádio olímpico de Berlim, diante de dezenas de milhares de pessoas que lotaram o espaço”.
A intervenção deixou críticas aos que manifestam “insatisfação e descontentamento, se não virem realizadas as próprias ideias superficiais e erróneas de «Igreja» e os próprios «sonhos de Igreja»”.»
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ADIG: jogos tradicionais no Jardim Oudinot


Pião


A ADIG está a organizar um encontro para os interessados poderem exibir os seus dotes na área dos jogos tradicionais. No dia 2 de outubro, a partir das 14.30 horas, todos podem aparecer no Jardim Oudinot, com o material para a "guerra" dos piões. Haverá outras "guerras" sem pião, claro, como a dos calarotes. O importante é aparecer.

Aveiro: proas de moliceiros




Andei hoje por Aveiro sem destino certo. Quando assim é, até parece que enfrentamos um sensação especial e rara de liberdade. Paramos quando nos apetece, olhamos para aqui e para ali, fixamos um pormenor nunca visto e, ainda, recordamos rostos perdidos no tempo.
Verifiquei que o turismo à volta da ria está com vida, com bastantes estrangeiros a saltarem para os moliceiros para a viagem rápida pelos canais. E apreciei recantos, e falei com pessoas amigas, e visitei uma livraria para ver como param as modas, e almocei rápido num restaurante que surgiu na hora própria, e comprei uma revista do dia, e tomei café numa esplanada bastante frequentada.
Para assinalar este meu dia dedicado à cidade, registei na minha digital algumas fotos que hei de partilhar com o meus amigos. Aqui fica primeira com as proas dos moliceiros.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A ADIG já tem um blogue




A ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha) já tem o seu blogue (http://adig-blog.blogspot.com/), com o intuito de partilhar com o mundo do ciberespaço informações, saberes, vontades, apostas e tudo o mais que venha a ter interesse para a valorização do nosso presente e futuro, sempre tendo em conta o nosso passado.
Será, tanto quanto é justo supor, um espaço de partilha, de troca de conhecimentos e até de emoções, na certeza de que somos gente com vontade de se exprimir com verdade e com arte.
Todos esperamos que os entusiasmos ora rejuvenescidos não esmoreçam nem sejam levados por nortadas, por mais fortes que elas se apresentem.
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Morreu o pintor Júlio Resende




"O pintor Júlio Resende morreu esta quarta-feira, em Valbom, Gondomar, aos 93 anos. O corpo do artista ficará em câmara-ardente na igreja paroquial de Valbom"
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Nota: Trabalho do pintor

O Sol bem quer furar, mas por vezes não consegue




O Sol bem quer furar para nos aquecer, mas nem sempre o consegue. Todos o desejamos e lhe suplicamos que desça até nós, mas as forças estão muito em baixo. É pena, claro.

Como é lida a Igreja em Portugal pela comunicação social




Janelas estreitas 
e relações limitadas

António Marcelino


«Há meios de comunicação social que, não só em relação à Igreja, mas também à política e a outras realidades sociais importantes, “adoram o conflito”, a divisão e o confronto, ainda que inútil, quando não mesmo ridículo. É seu gosto preferido explorar o que pode dividir e provocar fricção. É isto o que se vende a leitores ou ouvintes superficiais, sempre ávidos de novidades que choquem. Será esta a sua missão?»

Visita inesperada do Ruben e da Anabela



Ruben e Anabela


O Ruben Branco, que foi meu aluno, teve ontem a gentileza de me visitar. Vinha acompanhado de sua esposa Anabela. Já não os via há anos, mas foi com facilidade que os reconheci. Os mesmos olhos, as mesmas expressões, os mesmos sorrisos, as mesmas simpatias. Foi bom recebê-los e saber novas suas. Estão de férias entre nós e foi muito bom sentir que não se esqueceram desta nossa terra e sua gente. Lembrámos outras eras, amizades comuns e experiências vividas, ao mesmo tempo que vieram até nós pessoas e acontecimentos que perduram nas nossas memórias. E também fiquei a conhecer quanto apreciam o nosso país, com belezas que não nos cansamos de admirar e elogiar.A visita mostra que é possível e necessários conjugar outras eras com os tempos presentes, partilhando amizades, sensibilidades e emoções que alegram as nossas almas e enriquecem as nossas recordações ainda resistentes aos trabalhos da vida. Vão regressar e daqui, desde meu recanto, formulo votos sinceros de boa viagem e das maiores felicidades.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Figueira da Foz: maneira delicada de educar





EXPRESSO: Portugal é o país da Europa com mais autoestradas per capita

Portugal é o país da Europa com mais autoestradas per capita, o que promove ainda mais o uso do carro em detrimento da utilização dos transportes públicos, afirmou hoje um responsável da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACAM).
"Portugal tentou melhorar a mobilização com uma solução de 'penso rápido', que foi através do investimento em infraestruturas rodoviárias pesadas, nomeadamente autoestradas e hoje é o país da Europa com mais autoestradas per capita", disse Mário Alves à agência Lusa. Ver aqui

MUITO SE COMENTA, MAS POUCO SE FAZ

NO TEMPO DOS COMENTÁRIOS
Sandra Costa Saldanha


Deambulando pela vida alheia, descobrindo novidades sem interesse, discutindo tudo e criticando todos, cresce assustadoramente o número daqueles que perdem horas presos a um post ou a uma notícia online. Nos últimos meses, mais atentos às medidas de austeridade, mesmo até às políticas incompreensíveis, não somos só invadidos com notícias, mas verdadeiramente bombardeados de comentários, em que todos opinam, publicam e republicam, partilham e sugerem.

Mais um novo ano se iniciou

Árvore

Entrada


Regresso às aulas 
Maria Donzília Almeida

“Naquele tempo, a Escola 
era risonha e franca” 
Alcino Antunes 

Mais um novo ano se iniciou para aos alunos, sob os auspícios da mudança! Se já o filósofo Heráclito afirmou que a mudança é a maior e única constante da vida, nós como povo, temos vindo a assistir a grandes alterações na sociedade portuguesa. 
No setor a que me reporto, a educação, têm-se verificado grandes mudanças: a redução drástica de professores nas escolas, que atirou muitos para o desemprego, após “n” anos de serviço; a extinção de áreas curriculares não disciplinares como a Área de Projeto e o Estudo Acompanhado; o aumento da carga horária em Português e Matemática. Quanto a esta medida, interrogam-se os professores se será assim tão benéfico, quanto pensa a tutela, ou se não será asfixiante para os alunos que já passam muitas horas encerrados numa sala de aula. Os cortes orçamentais que a Troika nos impôs, começam a fazer-se sentir no quotidiano das escolas. Quando os nossos governantes cometem erros crassos na governação do país, é lamentável e injusto, que seja o povo trabalhador a arcar com as consequências

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Procissão pela Ria em honra da Senhora dos Navegantes


Traineira Jesus nas Oliveiras (Foto do Marintimidades)


Razões ponderosas impediram-me de admirar a procissão pela ria em honra de Nossa Senhora dos Navegantes, com todo o seu colorido. Nem sequer pude participar na eucaristia nem assistir ao festival de folclore e ao concerto da Filarmónica Gafanhense. Ficará para o ano, se Deus quiser. Contudo, e com a devida vénia, ofereço aos meus amigos e leitores a excelente e oportuna descrição feita por Ana Maria Lopes, no seu blogue Marintimidades, que  podem ver aqui

Ao Sabor da Maré - 3

1. Cumpriu-se ontem, mais uma vez, a tradição da festa em honra da Senhora dos Navegantes, com a procissão pela Ria de Aveiro, que, esta, não é assim tão antiga como muita gente pensa. Começou, realmente, depois do 25 de Abril e, após uma pausa, foi retomada logo a seguir à EXPO'98, com experiências ouvidas pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, durante uma festa que lá teve lugar. De qualquer forma, a ideia surgiu, criou raízes e tem-se mantido, graças no Etnográfico e ao apoio incondicional da paróquia de Nossa Senhora da Nazaré.
Movimenta muita gente, muita coragem, mas também, certamente, muita devoção à Mãe de Deus, por quem, neste caso, vive as agruras do Mar, na busca de sustento para si e para a sua família. Esta festa, como todas as festas, aliás, tem muito de positivo. Aproxima as pessoas, gera fraternidade, provoca encontros quantas vezes inesperados, une as famílias, alimenta convívios nem sempre fáceis, promove a alegria e desperta vínculos de fé porventura adormecidos.
Daí o meu apoio e o meu interesse pelas festas populares. Contudo, não aprovo gastos exorbitantes, foguetes em demasia, artistas musicais sem nível ou mesmo rascas, muito embora, neste caso, haja outros gostos.
2. Com a demagogia de alguns políticos que até se dão ao luxo de brincar com coisas sérias é de aceitar, à partida, um certo desânimo por parte de muito boa gente. Portugal está a enfrentar uma grande crise, agravada com dívidas escondidas pelo "rei" da Madeira. Todos os portugueses de boa-fé sabem que o problema não se resolve com silêncios cúmplices nem com explicações esfarrapadas. O jornal i, de hoje, diz,  com razão: "Se [Passos Coelho] não puser na ordem Jardim, vai perder toda a autoridade política. Não pode estar a pedir austeridade a quem trabalha, cortar 3000 milhões de euros no Estado social e permitir ao seu companheiro de partido esconder o buraco das contas sem fazer nada." E acrescenta: "Há mais de 30 anos que [Alberto João Jardim] ergueu um Estado clientelar na Madeira. Jornais, clubes, empresas dependem de Jardim. Está sempre a arengar contra o "continente". É altura de ser colocado na ordem. Os governantes têm de cumprir a lei."

domingo, 18 de setembro de 2011

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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Uma Reflexão para este Domingo



PATRÃO BONDOSO, 
TRABALHADORES CIUMENTOS

Georgino Rocha


Pedro continua com as suas dúvidas interiores. E quer dissipá-las. Tinha aderido ao grupo do Mestre sem condições. Havia assinado um contrato em branco. Depois de tudo o que viu e ouviu, acha que chegou a hora de o preencher: E desabafa: Deixámos tudo, qual vai ser a nossa recompensa? Que nos espera no futuro? Com que podemos contar?
Jesus, que conhece bem os corações, dá-lhe uma resposta clarificadora. Aproveita a oportunidade do encontro com os discípulos e lança mão de um costume usual no campo que serve de base à sua parábola: a dos trabalhadores da vinha contratados pelo proprietário.
Este dono da vinha sai de madrugada, às nove da manhã, ao meio-dia, às três da tarde e, ainda, às cinco (uma hora antes de terminar a jornada laboral). Que o levaria a tantas saídas? Que segredo animaria a sua decisão? Que procurava com tanta urgência e preocupação?