domingo, 9 de janeiro de 2011

Gafanha da Nazaré: Cortejo dos Reis com ares de renovação

A Sagrada Família com o Anjo


Realizou-se hoje na Gafanha da Nazaré o Cortejo dos Reis, de tradição secular. Desta feita, com ares de renovação, que os tempos são outros. Mais exigência, sob o ponto de vista artístico. Ainda bem, para não se sentir qualquer tipo de desânimo.

Padres Francisco e Pedro José


Em jeito de agradecimento pela participação de tanta gente, o nosso Prior, Padre Francisco Melo, valorizou o espírito de renovação, sentido na forma como os autos foram representados, mas também no modo como alguns “quadros” foram cuidadosamente preparados. Tudo, referiu, «para que esta tradição se mantenha; tradição que é de alegria, de cor, de festa, de encontro, mas também de liberdade, porque não houve inscrições nem foi preciso pagar para as pessoas participarem; hoje todos fomos Reis, porque viemos ao encontro do Deus-Menino com as nossas ofertas».

A chefe Custódia

A chefe Custódia e 80 escuteiros do agrupamento 588 do CNE trabalharam o tema “Mulheres da Seca e Pescadores da década de 40 do século passado». Apresentaram-se a rigor, porque consideraram importante divulgar imagens que tendem a diluir-se. As chefes e as escuteiras mostraram as mulheres da seca; os chefes e os escuteiros exibiram os pescadores. «Eu acho que foi muito bom apostar-se na renovação do Cortejo dos Reis e,  como São Pedro ajudou, houve muita participação e muitas prendas para o Menino», garantiu-nos.

Margarida Vilarinho com seu pai, Manuel Alberto


O Manuel Alberto participa nesta festa há 50 anos. E disse: «é com paixão que vivo estes momentos.» Sabe todos os papéis dos autos de cor e nos ensaios chama sempre a atenção para a necessidade de «estarem atentos, porque pode ser preciso substituir algum que falte por doença ou outro motivo».
Recordou que um dia recebeu os Reis Magos da varanda da casa da D. Conceição Vilarinho, atual residência da D. Ester Morais, anexa à igreja matriz. Foi uma maneira de ultrapassar uma dificuldade surgida pela morte de Manuel Fidalgo Filipe (o Perrana). Os papéis desapareceram e tivemos de improvisar com a ajuda do Padre Domingos. Depois tudo se resolveu.
O Manuel Alberto explicou que, quando aparece alguém com vontade de viver esta experiência, ensina-lhe  o que tem a dizer, «exigindo  o melhor, porque nem todos nascem para atores». E garantiu: «quando um dia eu não puder, não falta quem possa substituir-me.»


O carro do moinho, com quadra e sacas

A Ascensão Rocha estava num grupo da Marinha Velha que apresentou uma cena dos Moinhos do Tio Conde (pai e filho). Houve alguma investigação para se apurar o possível da realidade. Fizeram sacas para o milho e para a farinha, que «as meninas levavam à cabeça», e até fizeram umas quadras para ensinar algumas tradições.
Lembrou que os lavradores levavam o milho e outros cereais ao moinho, trazendo em troca a farinha, descontando em peso o correspondente ao trabalho do moleiro. Quando não havia vento, não havia farinha. Então deixavam o cereal e procuravam a farinha mais tarde. Quem não tivesse cereais podia comprar a farinha. Ainda ouvi histórias da boroa, mas isso fica para outro dia.

Rei Herodes ostenta a sua coroa

Assisti ao auto “Palácio de Herodes”, onde o rei sanguinário recebeu os Reis Magos. Bem ensaiados, trajes cuidados, som muito bom. E como sempre a simpatia do povo da nossa terra.
Depois foi a cerimónia do “Beijar o Menino”, com Reis Magos, com as suas ofertas (ouro, incenso e mirra), pastores e o povo. Os cânticos bonitos que passam de geração em geração. E, se não me engano, o Rei Herodes andava por ali disfarçado.
O leilão das ofertas foi durante a tarde.

Fernando Martins

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

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A Nossa Gente: José Vida dos Santos (Mestre Zé Vida)

Mestre Zé Vida

«Neste mês de Janeiro, em que se assinala o XII Aniversário do Grande Capítulo Gastronómico da Confraria do Bacalhau, dedicamos esta rubrica a José Vida dos Santos, cuja história de vida sempre esteve ligada à pesca do bacalhau e à gastronomia.
Nascido na Gafanha da Nazaré, a 18 de Março de 1928, o Mestre Zé Vida, como é conhecido, frequentou a Escola Primária da Cale da Vila, tendo concluído apenas a 1.ª classe. Após alguns anos a trabalhar na
Seca do Bacalhau, na “Pascoal e Filhos”, foi para o Estaleiro dos “Mónicas” como ajudante dos Mestres, decorria então a II Guerra Mundial. Aí ajudou a construir, entre outros, os barcos de guerra, conhecidos por Caça-Minas, cujo destino era a Inglaterra.
Sendo filho de um pedreiro e porque naquela altura só os filhos de pais marítimos tinham a possibilidade de obter a cédula marítima, lembra com saudade o Mestre João Mónica (sócio da empresa) que tratou desse assunto, bem como pagou a sua viagem de comboio até Lisboa, em Abril de 1945, para que o Mestre Zé Vida pudesse embarcar no “Lutador”, navio de madeira que ajudou a construir quando estava no Estaleiro.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 219

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM - 2


O CELERÍFERO

Caríssima/o:

As bicicletas que usámos durante anos e anos não sofreram grandes modificações, embora nos travões, campainhas, campânulas e farolins se fossem notando alguns melhoramentos.
Mas afinal qual foi a origem da bicicleta? Quem foi o seu inventor?

A invenção da bicicleta como meio de locomoção é algo muito difícil de precisar no tempo. Vários autores defendem que a bicicleta surgiu pela mão do conde francês Mede de Sivrac, outros consideram que a sua criação é posterior àquela data.

Entretanto existem registos de que os antigos egípcios já conheciam aquele meio de locomoção, ou pelo menos já idealizavam nos seus hieróglifos a figura de um veículo de duas rodas com uma barra sobreposta.

sábado, 8 de janeiro de 2011

EXPRESSO: Carta da Semana

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ÍLHAVO: A saudável loucura do banho dos "magníficos"


«Todos os anos, assim que Janeiro começa, uns quantos maduros esquecem o frio - e, se calhar, o bom senso -, despem a roupa e entram no mar da praia da Barra, em Ílhavo, para entregarem o corpo às primeiras ondas da nova maré. Auto-intitulam-se "magníficos" e o banho que tomam nestes preparos constitui já uma tradição da passagem de ano da cidade. Há quem ali vá para se juntar à arrepiante celebração e quem se resguarde e fique apenas a ver até que ponto chega este misto de coragem, superstição, saudável loucura e bravata. Se não fosse por mais nada, o indómito banho tem a vantagem de dar razão ao adágio segundo o qual aquilo que não nos mata acaba por nos tornar mais fortes (há uma versão que diz que "o que não mata engorda", mas não há necessidade de estar a reinar com algum dos senhores que aparecem no retrato). Uma tradição é uma tradição e, afinal de contas, esta é daquelas que não prejudicam ninguém e não pagam impostos, e talvez nem sequer contribua para aumentar o buraco na camada de ozono. Calhando, faz até bem à pele e ao espírito, à circulação sanguínea e a outros achaques da espécie, coisa de que dificilmente se poderão gabar aqueles que começam o ano preguiçando no quente da cama, babando as respectivas fronhas e fazendo contas aos dias que faltam para que seja Natal outra vez.

Jorge Marmelo»

 
In PÚBLICO

Classe política é um mundo à parte, diz Ferreira Leite



Diz quem sabe do que está a falar: a classe política é um mundo à parte. Manuel Ferreira Leite, antiga ministra, garante  que «As medidas tomadas e o proclamado objectivo de credibilizar a classe política têm sido marcados por demagogia e de demagogia em demagogia a classe política tornou-se num mundo à parte em que os cidadãos não se revêem». E acrescentou:  «A situação é tão grave que a representatividade pode ser posta em causa» até porque «nenhum país se desenvolve com base em incompetência de dirigentes». Mais: A  classe política está «completamente desacreditada»  e tem líderes que «infelizmente se habituaram a sobreviver com promessas que nunca cumpriram».
É triste mas é verdade, também na minha maneira de ver.

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AVEIRO: Diálogos na Cidade

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O amor a Deus sem amor ao próximo é uma ilusão


O que diria Jesus hoje?

Anselmo Borges

Os dias de Natal são especiais. Há uma atmosfera diferente, o melhor de nós pode revelar-se: mais proximidade, mais intimidade, mais amor, mais solidariedade. Directa ou indirectamente, há uma presença inegável: o nascimento de um Menino, com "a mensagem mais bela e revolucionária da história mundial", no dizer de Heiner Geissler, que foi ministro do Governo Federal da Alemanha e que escreveu um livro admirável precisamente com o título: "O que diria Jesus hoje?"
Mesmo se muitas vezes os que se reclamam de Jesus fizeram da sua mensagem um Disangelho, como disse Nietzsche, ela é real e verdadeiro Evangelho, notícia boa e felicitante.
Essa mensagem tem na sua base a afirmação de que é o ser humano, com a sua dignidade inviolável e fundamentada em Deus, que ocupa o centro de toda a actividade política e económica. Essa dignidade e os direitos que dela derivam constituem o critério de todas as leis, mesmo das leis "divinas", e o fundamento para a convivência em igualdade de todos os seres humanos, independentemente do sexo, cultura, etnia, religião, classe, nação, estatuto social ou jurídico.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A polémica das ações de Cavaco Silva

Todos sabemos que em política vale tudo ou quase tudo para certos agentes. Se for preciso desacreditar um adversário, alguns tentam logo descobrir maneira de o passar para o lado dos inimigos a abater. Assim está a acontecer com a questão das ações que Cavaco Silva comprou à sociedade que também era dona do BPN. Vai daí, cai o Carmo e a Trindade por todo o país.
José Manuel Fernandes esclareceu no PÚBLICO de hoje uma série de questões, há muito divulgadas, mas que uns tantos políticos não estão interessados em aceitar. Isto é, para destruir o adversário (ou inimigo?) vale tudo. É a política que temos.
Só mais um esclarecimento: nunca  fui seguidor das políticas defendidas pelo Prof. Cavaco Silva.

ler a crónica de José Manuel Fernandes aqui.

“Luz do Mundo”: um livro para ler e meditar


Acabei de ler “Luz do Mundo”, o livro que contém o essencial de várias entrevistas concedidas pelo Papa Bento XVI ao jornalista Peter Seewald. Bento XVI foi o primeiro Papa com a coragem de se sentar para responder a perguntas feitas por um jornalista, abarcando, livremente, muitos e diversos temas da Igreja Católica e do planeta em que vivemos. O Papa, pelo que percebi, não fugiu a qualquer questão, por mais complexa que fosse, nem esteve com rodeios para manifestar a sua opinião, sem esconder as suas dúvidas. Talvez por isso, foi um crente, cidadão, teólogo, pensador, estudioso e próximo, humanamente falando, que se expôs com toda a humildade, mas ainda com toda a frontalidade.
Confesso que fui daqueles que, ao ouvir o anúncio da sua eleição, depois do fumo branco dizer ao mundo que já havia Papa, ficaram perplexos, porque outra coisa esperavam: Um Papa mais novo e com capacidade para imprimir um outro rosto à Igreja, sem se esquecer de prosseguir o espírito universalista e intimista selado por João Paulo II com toda a gente, crentes e não crentes.

Cortejo dos Reis: domingo, 9 de janeiro

Humberto Rocha, à direita, regista o Cortejo

No domingo, 9, teremos mais um Cortejo dos Reis, antiga tradição que aposta, e bem, na renovação. Tudo se conjuga para que isso aconteça, embora seja difícil atingir grandes melhorias de um dia para o outro. Devagar se vai ao longe, diz o velho ditado. O importante é que as pessoas participem, dando o seu melhor nessa perspetiva. E não faltará quem continue a registar para a posteridade o que nas ruas da Gafanha da Nazaré vai viver-se no domingo. Como também é hábito, o Humberto Rocha, médico e apaixonado pelas coisas da nossa terra e da nossa gente, lá estará a filmar o que mais o sensibiliza. Deve ter uma excelente coleção dos mais variados eventos gafanhões, de há muitos anos a esta parte.

CHINA: Governo quer punir filhos adultos que não visitem os pais idosos



«A China é um dos países onde a percentagem de idosos na população total mais vai crescer. O governo central vai aprovar uma lei que punirá os filhos adultos que não visitem os pais regularmente.
A notícia é avançada pelo jornal estatal China Daily e está em destaque no El Mundo. A política que durante muito tempo impôs um só filho aos casais leva a que agora o gigante asiático enfrente graves problemas de envelhecimento da sua população.
Num dos países onde os idosos eram mais venerados e respeitados, o governo central quer travar o abandono desta tradição reformulando a Lei de Protecção dos Direitos e Interesses dos Idosos. Na proposta de lei pode ler-se que "os familiares que não devem ignorar ou isolar os idosos e devem visitá-los frequentemente se não vivem debaixo do mesmo tecto".»
In DN

NOTA: Lei curiosa, no mínimo. Em Portugal, segundo notícias que vêm a lume com frequência, há idosos em lares que são esquecidos pelos filhos e outros familiares. Nos hospitais, acontece a mesma coisa. Em suas casas, os idosos também são, alguns, ostracizados pelos descendentes. E se em Portugal surgisse uma lei semelhante à que se anuncia na China? Seria bonito...

FM

Porto de Aveiro liga-se a Madrid


 
O Porto de Aveiro estreou hoje, 7 de janeiro, a ligação a Madrid por ferrovia. A estreia concretizou-se através de composição com destino à estação El Salobral, transportando carregamento de bobines provenientes de Inglaterra, e que chegaram ao Porto de Aveiro por via marítima.
O comboio que hoje partiu rumo à capital espanhola era composto por 13 vagões, com 715 ton de carga líquida e 1050 TBRS de carga bruta.
A operação portuária esteve a cargo da SOCARPOR, S.A.
Consolida-se, deste modo, o alargamento do hinterland do Porto de Aveiro ao país vizinho.
Recorde-se que, nos primeiros oito meses de funcionamento, o comboio do Porto de Aveiro transportou 123 mil toneladas, contribuindo para o crescimento de 30% da infraestrutura em 2010. A ferrovia aliviou igualmente as vias rodoviárias, retirando 5381 camiões da rota do porto.
A ligação entrou em funcionamento a 29 de março de 2010 e já representa 4,13% dos transportes. Em média, são três comboios que percorrem, diariamente, os nove quilómetros que unem o Porto de Aveiro à plataforma multimodal de Cacia, transportando, sobretudo, pasta de papel, aglomerado de madeira, cereais e cimento

Fonte: Porto de Aveiro

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Novo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo

Bombeiros de Ílhavo


O Executivo Municipal, ao tomar conhecimento da aprovação do projeto do Novo Quartel do Bombeiros Voluntários de Ílhavo, deliberou aprovar a declaração de Utilidade Pública da Expropriação com caráter de urgência e posse administrativa das parcelas de terreno afetas à construção do Novo Quartel, tendo em vista o início imediato das obras.
O Novo Quartel dos Bombeiros será construído em terrenos inseridos em espaço urbanizável, de acordo com o Plano Diretor Municipal em vigor, estando previsto um encargo de 216 101,36 euros com as expropriações das referidas parcelas de terreno.
Com esta deliberação a CMI pretendeu agilizar o processo de construção do Novo Quartel dos Bombeiros, cujas atuais instalações se encontram no centro da Cidade de Ílhavo, em más condições estruturais, o que contribui para a degradação do bom ambiente urbano que se deseja para aquela zona.
 
Fonte: CMI